O documento discute a metáfora mecânica como uma teoria clássica de organizações onde princípios da ciência mecânica são usados para entender economia, política e sociedade. A metáfora enfatiza racionalidade, eficiência e clareza em formatos organizacionais mecânicos. Pensadores como Weber, Taylor e Fayol contribuíram com definições de burocracia e gestão científica. A metáfora funciona bem em ambientes estáveis, mas tem limitações em lidar com mudanças.
2. Conhecimento Metafórico
O objetivo das metáforas não é o de corresponder à realidade,
pelo qual no discurso cientifico as metáforas por vezes tem um papel
explicativo, desempenhando assim um papel:
Pedagógico;
Retórico;
Papel de estimulação intelectual.
1º Objetivo é assegurar a maior fidelidade possível à realidade,
mas a infidelidade é mais refletida.
Teoria Organizacional – reflete sobre essa infidelidade
Possui um papel fundamental heurístico, podendo a infidelidade ser
particularmente estimulante
3. Metáfora Mecânica
A metáfora mecânica corresponde ao que se designa como teoria clássica das
organizações. Vive-se numa sociedade tecnológica dominada pelas necessidades de
máquinas e formas mecânicas de pensamento.
Os princípios derivados da ciência mecânica foram usados para a
compreensão da economia, da politica e da sociedade.
Na teoria organizacional fala-se em paralelismo existente entre mecanização e
organização.
Mecanismo e organização convergem no sentido de um formato
organizacional mecânico – Objetivo de racionalidade, eficiência e clareza.
4. Principais Pensadores
Max Weber:
Contribuiu com estudos acerca da
estrutura de autoridade.
Para responder a questão porque as
pessoas obedecem a ordens, o autor
constituiu dois sistemas:
Poder;
Autoridade.
Este último dividiu entre carismático,
tradicional e racional. O racional é o que
interessa ao modelo mecanicista porque
serve de base de apoio ao modelo
burocrático. E neste trabalho que se
encontra a mais completa definição de
burocracia, que e uma organização.
Frederick W. Taylor:
Este pensador publicou, em 1911, os quatro
grandes princípios da gestão científica. São
eles:
Desenvolvimento e uso de métodos
científicos para determinar o meio mais
eficiente de trabalhar;
Seleção científica e desenvolvimento
progressivo do trabalhador;
Reunião de ciência do trabalho com a
seleção científica e a formação dos
trabalhadores;
Constante e intima cooperação da gestão
e do trabalhador.
5. Principais Pensadores
Henri Fayal:
O autor afirma que toda a atividade
industrial pode ser dividia em vários
grupos de atividades. Entre eles:
Técnicas;
Comerciais;
Financeiras;
Segurança;
Contabilidade;
Gestão.
Foi então, que no seu tempo, o autor deu
a sua definição de gerir. Para ele gerir é
prever, organizar, comandar, coordenar
e controlar.
Peter Drucker:
Este sistema é baseado em cinco princípios:
Os objetivos habilitam a organização a
explicar o todo do fenómeno
organizacional;
Permite o teste destas afirmações com a
experiência atual;
Tornam possível a previsão de
comportamentos;
O impacto da decisão pode ser avaliado
ainda antes da sua implementação;
A realização futura pode ser aumentada
pela análise da experiência passada.
6. Principais Pensadores
William Ouchi:
Verificou que os japoneses tem um modelo de organização muito diferente dos
ocidentais e tenta encontrar uma maneira de reagir ao caso de os japoneses gerirem de
forma mais eficiente do que os ocidentes.
Organizações
características
Japonesa Americana
Emprego Para toda a vida Por curtos períodos de
tempo
Promoção Lenta Rápida
Carreira Não especializada Especializa
Controlo Mecanismos implícitos Mecanismos explícitos
Decisão Coletiva Individual
Responsabilidade coletiva Individual
Preocupação Baseada no todo Baseado no segmento ou
parte
7. Principais Pensadores
Rosabeth Moss Kanter:
Escreveu "Men and Woman of the
Corporation" em que descreve um
estudo realizado na empresa Indsco.
Constatou as dificuldades em alterar as
organizações e, por isso, a autora tenta
dividir entre organizações que podem
inovar e as que impede a inovação. Para
a empresa alcançar o seu potencial,
Kanter, sugere que sigam um método,
sendo ele:
Encorajar o orgulho pelas realizações
da firma;
Redução dos níveis hierárquicos;
Melhorar a comunicação lateral;
Aumentar a informação acerca dos
planos da organização.
Thomas Peters e Robert Waterman:
Escreveram a obra "In Search of
Excellence" e aborda diversos aspetos
interdependes da organização.
O modelo mecânico, caracterizou todas
as inovadoras e brilhantes empresas
americanas, nos anos 80, contendo 8
atributos, sendo eles:
Empenhamento na ação;
Proximidade do cliente;
Autonomia de espírito
empreendedor;
Produtividade através da motivação
das pessoas;
Orientação por valores;
Concentração no que sabem fazer;
Estruturas simples e staff reduzido;
Flexibilidade e rigor.
8. Vantagens e Desvantagens da Metáfora
É adequado quando:
As tarefas a realizar não se revestirem de
qualquer ambiguidade;
O meio envolvente for estável;
Quando o objetivo for produzir
exatamente o mesmo produto de vezes
seguidas;
Quando os recursos humanos integram as
organizações forem obedientes e capazes
de se comportar de acordo com as
normas prescritas.
Pode criar formas organizacionais que
dificilmente se adotam às mudanças do
meio envolvente;
Pode transformar as organizações em
burocracias sem sentido e sem razão de
existir;
Pode provocar efeitos desumanos,
essencialmente nos escalões mais baixos
da hierarquia.
Com a junção destas condições, o modelo
mecanicista conduz a bons resultados e é,
certamente o modelo a adotar.
Apresenta limitações, tais como:
Tudo isto tende a tornar o modelo mecanicista,
cada vez mais inadequada face às
transformações (técnicas, socais e económicas)
que se têm operado nos últimos tempos. Estas
requerem formatos organizacionais flexíveis e
adaptáveis.