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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO  Curso de Licenciatura em Pedagogia:  Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Modalidade a Distância Pólo Gravataí Eixo VI ARQUITETURA PEDAGÓGICA Do risco à arte Alunos: Marta Capistrano, Paulo Medeiros e Roselaine Zanette Gravataí - 2009
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],CONTEXTO
Tendo observado as salas de aula bastante empobrecidas, com paredes riscadas e trabalhos inutilizados por toda sorte de interferências alheias – desenhos obscenos, palavrões, juras de amor, etc – surge a proposta de direcionar este desejo de expressar-se não pelo viés da depredação, mas da construção do belo.   Para tanto, utilizamos vários espaços e recursos da Escola, de forma que os alunos tivessem acesso à arte tanto dos grandes mestres quanto de artistas de rua.  JUSTIFICATIVA
Oferecer aos alunos a oportunidade de conhecer formas de expressar-se que podem embelezar o seu entorno. Fazer com que os alunos assumam o papel de sujeitos investigativos, despindo-se da postura de expectadores do processo de aprendizagem. Formar cidadãos zelosos do patrimônio comum.  Os meios utilizados são, para nós, um flagrante de inovação, posto que os alunos utilizarão a Internet, pela primeira vez, para sua pesquisa, e compartilharão com todas as turmas da escola o que aprenderam, além da totalidade dos professores e funcionários. OBJETIVOS E MEIOS
PONTO DE PARTIDA Observando as paredes da sala de aula – foto  in loco  – os alunos são orientados a analisar o resultado da depredação sobre um patrimônio público.
Ao longo da observação, os alunos anotaram os tipos de interferências encontradas nas paredes. O resultado aparece neste gráfico, o qual foi feito pelo aluno Carlos, usando o software Excel: O espaço escolhido pelos alunos para observação foi a própria sala de aula e os corredores da Escola. Segundo suas anotações, um total de 28 palavrões foram encontrados, sendo que os demais itens aparecem em menor número.
No Laboratório de Informática da Escola os alunos foram orientados a procurar por imagens de pichações e escolher aquelas que mais os impressionaram, escrevendo o porquê da escolha. Usaram o Internet Explorer para navegação e o Google para localizar imagens. Indicaram-nas ao professor que, por meio de um data show, projetou as mesmas no telão. Com as imagens projetadas, os alunos teceram comentários primeiramente de forma oral, para depois registrarem por escrito. O registro foi feito no próprio caderno.
“ Achei muito feio o que fizeram com esta casa. Não sei bem se é uma casa, mas estragaram tudo .”  Tayane – 12 anos “  Meu, nem acredito. Como é que eles subiram nesse prédio? Cara, nada a ver fazer um negócio desses.”  Carlos – 15 anos
“ Eu sei onde fica isso; é em Porto Alegre. Meu trabalha ali perto. Por que não prendem quem faz isso?” Diego – 10 anos “ Ficou difícil ler o que tem na placa de trânsito por causa da pichação.” Priscila – 10 anos
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Foi apresentada aos alunos a proposta de colorir os corredores da Escola. A intenção era encantar os alunos, professores, funcionários e mesmo pais para uma forma de expressão que ao mesmo tempo os enlevasse e permitisse explorar o senso estético das linhas, formas e cores a utilizar.  Com este intuito, os professores escolheram as mandalas para este trabalho. Mandala é a palavra sânscrita que significa círculo, uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. "TURMA, O QUE FAREMOS?"
Mãos à obra Alunos pintando suas primeiras mandalas, ao som de música ambiente oriental.
Fazendo arte Primeira das cinco faixas com mandalas que os alunos fizeram.
Levando a arte aos corredores Os alunos escolheram os locais para expor seus trabalhos.
E a arte conquistou os demais... Os alunos da EJA, encantados pelas mandalas, aderiram ao trabalho.
Utilizamos para esta arquitetura pedagógica uma gama de estratégias – observação, registro, construção de gráficos, sensibilização em grupo – e softwares educacionais – Microsoft Excel, Internet Explorer – com o intuito de encantar os alunos e favorecer sua aprendizagem. Acreditamos que a adesão da EJA, de forma espontânea, ao trabalho com mandalas, atesta que o encantamento se efetivou. No que diz respeito à aprendizagem, a preocupação dos alunos com a preservação do patrimônio público, o apuro na confecção das mandalas e um desejo de criar um blog, eles próprios, para divulgar seus trabalhos, faz-nos crer que alcançamos nossos objetivos. O que estamos propondo é uma arquitetura pedagógica?  Por quê?
Nosso planejamento e prática foi inteiramente baseado no construcionismo, uma teoria proposta por Seymour Papert. Buscando ressignificar nossas ações pedagógicas, fomos buscar no construcionismo uma praxis “baseada na realização de uma ação concreta”, a qual resultasse “em um produto palpável, desenvolvido com o concurso do computador, que seja de interesse de quem o produz.”  Que concepção pedagógica fundamenta a proposta desta arquitetura? Referência externa:   http://pt.wikipedia.org/wiki/Construcionismo
Quais são nossas intenções ao fazer esta proposição? Fazer com que o aluno observe atentamente o ambiente a seu redor e perceba que nele pode interferir de forma a deixar uma marca positiva onde o homem passou e destruiu.  Motivar no aluno uma mudança de paradigma em relação a seu entorno: que o zelo pelo que é público torna os espaços não apenas mais belos, mas sensivelmente melhores, conferindo gradualmente um aumento na qualidade de vida daqueles que os usufruem.
A proposta é inovadora? No que ela inova?  Se eu não estivesse fazendo este curso, teria condições de propô-la? Acreditamos tratar-se de uma proposta inovadora, dado que rompem-se vários paradigmas, principalmente no que diz respeito a construção do conhecimento, de forma evidente a cargo não somente do educador, mas principalmente dos alunos. Sem qualquer dúvida, somente através do PEAD nos sentimos motivados para lançarmo-nos por tais meios em uma incursão pela construção da aprendizagem de forma tão significativa, democrática e instigante.
Qual é o papel do professor e dos alunos? Os professores assumem um papel de orientadores, enquanto fica a cargo dos alunos aprofundarem-se na pesquisa do tema proposto.
Que competências e conceitos (conteúdo interdisciplinar) pretendo desenvolver com esta arquitetura?  Como serão avaliados? Desenvolver no aluno o julgamento e a avaliação, para que busque a solução necessária. Isso se dará somente após cuidadosa observação e análise, após examinar e debater com seus pares e com o professor determinada situação – no caso, a depredação – apontando soluções de forma adequada, consistente, palpável. Noções de espaço e da paleta de cores são trabalhadas nas mandalas, buscando sempre a harmonia e o apuro no traçado do lápis. Trabalha-se com questões relacionadas ao bem comum e ao trato do que é público. A avaliação se faz ao longo do processo, notadamente pelos produtos resultantes do trabalho e à adesão dos alunos ao mesmo.

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO Curso de Licenciatura em Pedagogia:  Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Modalidade a Distância Pólo Gravataí Eixo VI ARQUITETURA PEDAGÓGICA Do risco à arte Alunos: Marta Capistrano, Paulo Medeiros e Roselaine Zanette Gravataí - 2009
  • 2.
  • 3. Tendo observado as salas de aula bastante empobrecidas, com paredes riscadas e trabalhos inutilizados por toda sorte de interferências alheias – desenhos obscenos, palavrões, juras de amor, etc – surge a proposta de direcionar este desejo de expressar-se não pelo viés da depredação, mas da construção do belo. Para tanto, utilizamos vários espaços e recursos da Escola, de forma que os alunos tivessem acesso à arte tanto dos grandes mestres quanto de artistas de rua. JUSTIFICATIVA
  • 4. Oferecer aos alunos a oportunidade de conhecer formas de expressar-se que podem embelezar o seu entorno. Fazer com que os alunos assumam o papel de sujeitos investigativos, despindo-se da postura de expectadores do processo de aprendizagem. Formar cidadãos zelosos do patrimônio comum. Os meios utilizados são, para nós, um flagrante de inovação, posto que os alunos utilizarão a Internet, pela primeira vez, para sua pesquisa, e compartilharão com todas as turmas da escola o que aprenderam, além da totalidade dos professores e funcionários. OBJETIVOS E MEIOS
  • 5. PONTO DE PARTIDA Observando as paredes da sala de aula – foto in loco – os alunos são orientados a analisar o resultado da depredação sobre um patrimônio público.
  • 6. Ao longo da observação, os alunos anotaram os tipos de interferências encontradas nas paredes. O resultado aparece neste gráfico, o qual foi feito pelo aluno Carlos, usando o software Excel: O espaço escolhido pelos alunos para observação foi a própria sala de aula e os corredores da Escola. Segundo suas anotações, um total de 28 palavrões foram encontrados, sendo que os demais itens aparecem em menor número.
  • 7. No Laboratório de Informática da Escola os alunos foram orientados a procurar por imagens de pichações e escolher aquelas que mais os impressionaram, escrevendo o porquê da escolha. Usaram o Internet Explorer para navegação e o Google para localizar imagens. Indicaram-nas ao professor que, por meio de um data show, projetou as mesmas no telão. Com as imagens projetadas, os alunos teceram comentários primeiramente de forma oral, para depois registrarem por escrito. O registro foi feito no próprio caderno.
  • 8. “ Achei muito feio o que fizeram com esta casa. Não sei bem se é uma casa, mas estragaram tudo .” Tayane – 12 anos “ Meu, nem acredito. Como é que eles subiram nesse prédio? Cara, nada a ver fazer um negócio desses.” Carlos – 15 anos
  • 9. “ Eu sei onde fica isso; é em Porto Alegre. Meu trabalha ali perto. Por que não prendem quem faz isso?” Diego – 10 anos “ Ficou difícil ler o que tem na placa de trânsito por causa da pichação.” Priscila – 10 anos
  • 10.
  • 11. Foi apresentada aos alunos a proposta de colorir os corredores da Escola. A intenção era encantar os alunos, professores, funcionários e mesmo pais para uma forma de expressão que ao mesmo tempo os enlevasse e permitisse explorar o senso estético das linhas, formas e cores a utilizar. Com este intuito, os professores escolheram as mandalas para este trabalho. Mandala é a palavra sânscrita que significa círculo, uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. "TURMA, O QUE FAREMOS?"
  • 12. Mãos à obra Alunos pintando suas primeiras mandalas, ao som de música ambiente oriental.
  • 13. Fazendo arte Primeira das cinco faixas com mandalas que os alunos fizeram.
  • 14. Levando a arte aos corredores Os alunos escolheram os locais para expor seus trabalhos.
  • 15. E a arte conquistou os demais... Os alunos da EJA, encantados pelas mandalas, aderiram ao trabalho.
  • 16. Utilizamos para esta arquitetura pedagógica uma gama de estratégias – observação, registro, construção de gráficos, sensibilização em grupo – e softwares educacionais – Microsoft Excel, Internet Explorer – com o intuito de encantar os alunos e favorecer sua aprendizagem. Acreditamos que a adesão da EJA, de forma espontânea, ao trabalho com mandalas, atesta que o encantamento se efetivou. No que diz respeito à aprendizagem, a preocupação dos alunos com a preservação do patrimônio público, o apuro na confecção das mandalas e um desejo de criar um blog, eles próprios, para divulgar seus trabalhos, faz-nos crer que alcançamos nossos objetivos. O que estamos propondo é uma arquitetura pedagógica? Por quê?
  • 17. Nosso planejamento e prática foi inteiramente baseado no construcionismo, uma teoria proposta por Seymour Papert. Buscando ressignificar nossas ações pedagógicas, fomos buscar no construcionismo uma praxis “baseada na realização de uma ação concreta”, a qual resultasse “em um produto palpável, desenvolvido com o concurso do computador, que seja de interesse de quem o produz.” Que concepção pedagógica fundamenta a proposta desta arquitetura? Referência externa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Construcionismo
  • 18. Quais são nossas intenções ao fazer esta proposição? Fazer com que o aluno observe atentamente o ambiente a seu redor e perceba que nele pode interferir de forma a deixar uma marca positiva onde o homem passou e destruiu. Motivar no aluno uma mudança de paradigma em relação a seu entorno: que o zelo pelo que é público torna os espaços não apenas mais belos, mas sensivelmente melhores, conferindo gradualmente um aumento na qualidade de vida daqueles que os usufruem.
  • 19. A proposta é inovadora? No que ela inova? Se eu não estivesse fazendo este curso, teria condições de propô-la? Acreditamos tratar-se de uma proposta inovadora, dado que rompem-se vários paradigmas, principalmente no que diz respeito a construção do conhecimento, de forma evidente a cargo não somente do educador, mas principalmente dos alunos. Sem qualquer dúvida, somente através do PEAD nos sentimos motivados para lançarmo-nos por tais meios em uma incursão pela construção da aprendizagem de forma tão significativa, democrática e instigante.
  • 20. Qual é o papel do professor e dos alunos? Os professores assumem um papel de orientadores, enquanto fica a cargo dos alunos aprofundarem-se na pesquisa do tema proposto.
  • 21. Que competências e conceitos (conteúdo interdisciplinar) pretendo desenvolver com esta arquitetura? Como serão avaliados? Desenvolver no aluno o julgamento e a avaliação, para que busque a solução necessária. Isso se dará somente após cuidadosa observação e análise, após examinar e debater com seus pares e com o professor determinada situação – no caso, a depredação – apontando soluções de forma adequada, consistente, palpável. Noções de espaço e da paleta de cores são trabalhadas nas mandalas, buscando sempre a harmonia e o apuro no traçado do lápis. Trabalha-se com questões relacionadas ao bem comum e ao trato do que é público. A avaliação se faz ao longo do processo, notadamente pelos produtos resultantes do trabalho e à adesão dos alunos ao mesmo.