1) A BM&FBovespa lançará um novo contrato futuro de café tipo 6/7 para aumentar a liquidez do mercado de café na bolsa.
2) As previsões apontam para uma safra nacional de café entre 40,09 e 43,30 milhões de sacas, menor do que o estimado anteriormente, devido aos efeitos da seca.
3) O El Nião, previsto para julho, pode elevar os preços do café no mercado internacional, apesar de não beneficiar a safra brasileira que já foi prejudicada pela se
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CLIPPING – 29/05/2014
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BM&FBovespa lançará novo contrato de café em busca de mais liquidez
Thomson Reuters
29/05/2014
Fabíola Gomes
Reuters – A BM&FBovespa vai lançar no segundo semestre deste ano um novo contrato futuro de
café, com objetivo de aumentar a liquidez da commodity na bolsa, cuja movimentação vem caindo
gradativamente nos últimos anos.
A informação foi divulgada pelo diretor Comercial e de Desenvolvimento de Mercado da
BM&FBovespa, Fábio Dutra, durante evento do setor em São Paulo.
A única alteração do novo contrato será a especificação do tipo de qualidade do café, que passará de
peneira 4/5 para 6/7, mas manterá as demais características do contrato anterior, como quantidade e
meses de vencimento.
O contrato atual, para o café peneira 4/5, tem vencimento aberto até setembro de 2015, um tipo mais
voltado para a exportação. Já o tipo 6/7 é um café mais comum para o mercado brasileiro.
Ambos serão negociados ao mesmo tempo na bolsa.
"Planejamos lançar no final deste ano, e começa a negociar no início do ano que vem...", disse Dutra.
Ele mencionou que a liquidez no mercado futuro de café do Brasil é muito baixa em relação a outros
mercados futuros mais maduros de commodities no mundo.
"Em mercados maduros, o giro de contratos futuros equivale a 10 ou 20 vezes a safra. A gente aqui é
um percentual pequeno", disse, acrescentando que fica abaixo de 1 por cento.
Dutra afirmou que a liquidez no mercado futuro de café, ou seja, o número de negócios neste
segmento, vem diminuindo ano a ano no café.
"Nos últimos cinco anos, a gente perdeu muito volume... Muito pelo efeito do IOF, que incide na
negociação para quem vai operar o contrato futuro e afeta o investidor estrangeiro", disse.
A expectativa agora, com este contrato que deve atrair mais participantes nacionais, é "aumentar de
forma relevante" os negócios com o café no mercado futuro.
CEPEA: Colheita de arábica deve ser intensificada
Cepea/Esalq USP
29/05/2014
Caso o clima permaneça favorável, a colheita de café arábica da safra 2014/15 deve avançar nas
principais regiões produtoras do País nos próximos dias. Para esta variedade, as atividades se
iniciaram pontualmente entre o final de abril e meados de maio, e o volume ofertado ainda é pequeno
na maioria das praças. Já quanto ao robusta, a quantidade de grãos colhidos é maior, e lotes do
Espírito Santo já têm sido comercializados.
Em relação aos preços, nessa quarta-feira, 28, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida
dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 406,10/saca de 60 kg, alta de 1,48% em relação
à quarta anterior, porém com recuo de 13,7% em maio. Já no mercado de robusta, o Indicador
CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 237,74/saca de 60 kg na quarta-feira, queda
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de 3,36% em relação à quarta anterior e de 8,68% no acumulado do mês (até dia 28) – a retirar no
Espírito Santo. (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)
Café sobe com previsão de safra cada vez menor
Valor Econômico
29/05/2014
Janice Kiss
O pesquisador José Braz Matiello, da Fundação Procafé -
participante do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela
Embrapa Café - tem visitado como nunca as plantações do
sul e oeste de Minas Gerais, maior produtor do grão no país.
Suas andanças são feitas com o intuito de avaliar o prejuízo
da seca que se abateu sobre a atual safra (2014/2015) justo
no ciclo bienal de colheitas fartas dos cafezais. E a
constatação foi ruim.
Segundo Matiello, as perdas são estimadas em 30%, que
equivalem entre 4 milhões e 4,2 milhões de sacas a menos
colhidas nos campos sul mineiros. Somando outras regiões de Minas e do país, como São Paulo e
Espírito Santo, a safra nacional atual alcançará entre 40,09 milhões e 43,30 milhões de sacas, nas
contas do Procafé.
Os dados apontam para uma colheita menor sobre o volume já revisado pela Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) para a temporada, que foi 44,6 milhões de sacas, queda de 9,3% em relação
ao período anterior. No seu primeiro levantamento, a autarquia havia estimado uma safra de 46,5
milhões a 50,1 milhões de sacas.
Conforme o pesquisador, a seca atingiu os grãos na fase de sua formação e o peso deles será 10% a
20% menor. Segundo ele, as lavouras que mais sofreram com esse revés do clima são as jovens,
instaladas em áreas de baixa altitude e mal adubadas.
"É só no segundo semestre que vamos ter a real noção do prejuízo", diz Carlos Alberto Paulino da
Costa, presidente da Cooxupé. Considerada a maior cooperativa de cafeicultores do mundo, com
11,5 mil associados e instalada em Guaxupé (MG), a Cooxupé atua no Sul de Minas, Cerrado mineiro
e Vale do Rio Pardo (SP).
O presidente tem ciência das notícias ruins que irá receber em setembro, quando termina a colheita -
"o prejuízo da seca é irreversível", diz - mas considera que a bienalidade poderá atenuar essa fase
adversa com uma colheita de 5, 5 milhões de sacas, em comparação às 4,6 milhões do ano passado.
A previsão de exportação da cooperativa é de 3 milhões de sacas, ante as 2,8 milhões de sacas em
2013.
"Por enquanto, a situação do café é complicada e o mercado é repleto de interrogações", avalia
Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, em Santos (SP). Segundo ele, a produção nacional
abaixo do previsto aponta para uma tendência de alta de preços. Carvalhaes comenta que em
dezembro de 2013, a saca do café arábica - que rende grãos mais nobres e bebida de melhor
qualidade - era comercializada por R$ 275. Na semana passada, esse preço atingiu R$ 420, mas
antes chegou a R$ 480. O cafeicultor Francisco Miranda, presidente da Cooperativa dos Cafeicultores
da Zona de Três Pontas (Cocatrel), que reúne 5 mil associados no sul de Minas Gerais, aguarda por
preços melhores como recompensa pela safra que será menor do que o planejado. "É a esperança",
diz. Pelos seus cálculos, a cooperativa vai receber entre 800 mil e 1 milhão de sacas neste ciclo
2014/2015. No período anterior, foram 1,5 milhão de sacas.
A colheita atual nem bem começou e Miranda já volta seus pensamentos e preocupações para a
próxima safra. Como cafeicultor, ele sabe que a planta que não se desenvolveu o suficiente, não
3. Conselho Nacional do Café – CNC
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garante uma boa produção no ano que vem. Além disso, se o inverno for seco, a planta terá um
déficit hídrico no período da florada, afetando o próximo ciclo. Se chover, melhora a safra seguinte,
mas piora a qualidade do produto que está sendo colhido no campo. "Em resumo, não tem para onde
correr."
Na avaliação da barista Cecília Sanada, do Ateliê Café Daterra, é preciso "deixar a safra andar um
pouquinho para avaliar com mais segurança a qualidade do café que vai entrar no mercado", afirma.
Ela explica que quando uma planta se estressa em razão de alguma deficiência, o teor de fenol
produzido por ela aumenta. Essa substância tem a capacidade de alterar o índice de cafeína e
comprometer o sabor e o aroma da bebida. "Mas é muito cedo para fazer uma constatação desse
tipo", informa a barista.
Leia mais em: http://www.valor.com.br/agro/3566440/cafe-sobe-com-previsao-de-safra-cada-vez-
menor#ixzz338PAjrsW
Analistas já calculam eventuais prejuízos com El Niño
Valor Econômico
29/05/2014
Janice Kiss
As variações da temperatura têm despertado a atenção do consumidor, que constata que o excesso
de chuva, ou a falta dela, recaem sobre a alta de preços nos alimentos, como hortaliças, carnes, aves
e ovos, além de leite e derivados, responsáveis pela pressão sobre o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) no primeiro semestre deste ano.
Segundo especialistas, essa preocupação tende aumentar com a possível chegada do El Niño,
notícia que já mexe com os mercados mundiais. O fenômeno é marcado pelo aquecimento incomum
das águas do Pacífico à costa leste sul-americana, que pode alterar padrões climáticos no mundo
todo. Há 17 anos, o El Niño foi responsável por causar drásticas chuvas e deslizamentos na
Califórnia e falta d'água na Austrália.
Previsto para acontecer em julho - normalmente o fenômeno
ocorre no fim do ano - o El Niño de 2014 tem se tornado
tema de análises do Banco Mundial, que prevê alta de
preços no café, no açúcar e na soja. A Organização
Internacional do Cacau estima perdas de 2,4% na produção
do fruto.
No entanto, a chegada desse evento climático pode ser
benéfica para os plantios de milho e soja no Brasil, como
apontou um levantamento feito pelo Instituto Nacional de
Ciências Agroambientais do Japão. Porém, as chuvas do El
Niño não vão beneficiar em nada a colheita do café no Brasil, que termina em setembro e foi
prejudicada pela seca. Na avaliação de Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, especializado
em cafeicultura, "a chuva ajudará na florada da safra seguinte, mas afeta a qualidade do grão que
está sendo colhido", informa. "Somente no fim da safra vamos ter noção da qualidade do grão que
entrará no mercado", avalia a barista Cecília Sanada.
Segundo o diretor Paulo Etchichury, da Somar Meteorologia, normalmente os efeitos do El Niño no
país causam chuvas no Sul e seca no Nordeste. Mas essa avaliação precisa ser revista conforme as
particularidades do fenômeno. "Não dá para simplificar o El Niño e suas consequências no mercado."
Leia mais em: http://www.valor.com.br/agro/3566442/analistas-ja-calculam-eventuais-prejuizos-com-
el-nino#ixzz338Ps8yJD
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Profissionais de cooperativas da Região do Cerrado passam por treinamento em pós-colheita
Ascom Federação dos Cafeicultores do Cerrado
29/05/2014
Entre os dias 28 e 29 de maio, profissionais ligados ao departamento de qualidade das cooperativas
filiadas a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, passam por um treinamento avançado focado em
pós-colheita e qualidade. Esse treinamento faz parte do Programa de Qualidade no Café realizado
pela Federação em parceria com Sebrae.
O curso é ministrado por professores da Universidade Federal de Lavras, que possuem um longo
Know-how no assunto qualidade em café, são eles o Mestre Bruno Ribeiro e o Doutor Virgílio
Anastácio.
O objetivo do treinamento é que esses profissionais, que estão em contato com os produtores,
possam ser disseminadores e repassar aos produtores técnicas de pós-colheita que, vão influenciar
diretamente na qualidade do café que produzem.
Juliano Tarabal, Superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado ressalta a importância
desses profissionais estarem bem preparados. “É fundamental que os profissionais das Cooperativas
estejam preparados para repassar conhecimentos de pós-colheita e qualidade do café para os
produtores. A qualidade do café é hoje fator fundamental para acesso a mercado, haja vista que os
cafés somente podem ser lacrados com Selo de Denominação de Origem quando obtém pelo menos
80 pontos pela escala da Associação Americana de Cafés Especiais” – finalizou Tarabal.
Conab inicia quarta etapa de fiscalização de estoques públicos
Conab – Imprensa
29/05/2014
Flávia Agnello
Nesta semana, teve início a quarta etapa de fiscalização de estoques públicos. Técnicos da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) inspecionarão os armazéns dos estados do Rio
Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Sergipe, Pará,
Amapá, Amazonas, Rondônia, Rio de Janeiro, Acre e Paraíba. Os trabalhos prosseguem até 14 de
junho e envolvem 32 profissionais.
A expectativa da Companhia é fiscalizar 623.218 mil toneladas de grãos entre milho, trigo, café, feijão
e arroz, em 196 armazéns do país. Os produtos foram adquiridos por meio de Aquisição do Governo
Federal – AGF e Contrato de Opção, entre outras modalidades.
Os fiscais observam, entre outros quesitos, as condições de armazenagem, conservação e a
quantidade de grãos armazenados. Até o final deste ano outras cinco rodadas de fiscalizações estão
programadas, além das operações especiais conforme demandas dos programas operados pela
Companhia.
Nas três primeiras etapas, foram fiscalizadas 5,63 milhões de toneladas em 544 armazéns, em
números acumulados, sendo constatados 11 desvios de produto, totalizando 25.794 toneladas de
milho, em armazéns localizados nos estados do Mato Grosso e Goiás. Ao todo, 95 profissionais
estiveram envolvidos nessas ações.
Marcus Magalhães - Previsão de safra cheia no Vietnã contribui para quedas nas cotações
Notícias Agrícolas
29/05/2014
Previsões feitas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de uma safra recorde
de café robusta (conilon) no Vietnã estimularam novas quedas nos preços do café nesta quarta-feira
(28). De acordo com o analista de mercado Marcus Magalhães, esta notícia e a falta de novidades
5. Conselho Nacional do Café – CNC
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sobre a safra brasileiradesencadeou as vendas dos contratos na Bolsa de Nova Iorque e provocou o
“efeito manada”, em que os traders saem das posições compradas.
“A falta de notícias no setor deixa o grande player internacional com um sentimento de que enquanto
não tiver um fator novo no Brasil, que é a maior origem produtora de café, que possa influenciar os
preços, eles ficam reféns”, explica Magalhães, completando que as notícias de quebra na safra
mineira já foi precificada pelo mercado.
O analista defende que, apesar das quedas, o cenário é positivo para o mercado. “Cada queda do
mercado, no meu modo de ver, é muito mais uma janela de entrada do que uma porta de saída,
porque o mercado, se você olhar para frente, de maneira macro, é muito mais construtivo do que
derrotista”.