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Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
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CLIPPING – 22/06/2016
Acesse: www.cncafe.com.br
Clima, estoques baixos e quebra na Ásia pressionam e preço do café sobe
DCI
22/06/2016
Fernando Barbosa
Com chuvas e geadas no último mês em São Paulo, Paraná e no Sul de Minas Gerais,
estoques de passagem baixos para a entressafra e quebra no mercado asiático, o café
brasileiro tem nova alta de preços.
De acordo com relatório do Centro de Estudos Avançados de Economia
Aplicada (Cepea), as geadas atingiram lavouras de café arábica em áreas
mais baixas, com perdas ainda inexpressivas.
No entanto, a grande preocupação dos produtores é a chuva - justamente
no momento da colheita, o que prejudica a qualidade do grão.
"O estrago das chuvas será maior, porque compromete a qualidade e a
bebida do café. Ninguém esperava na quantidade que foi. O volume [da
produção da safra] deve se manter, mas certamente teremos perda na
qualidade", disse ao DCI o presidente executivo do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro
(foto: CNC/Paula Franco).
Na avaliação do analista da Markestrat, consultoria especializada em agronegócio, José Carlos
de Lima, os problemas climáticos podem fazer com que o preço da saca do café de 60 quilos
varie entre R$ 480 a R$ 520.
Para se ter ideia, o preço da saca de café chegou a R$ 509 em 17 de março. Com o início da
colheita, esse valor caiu e bateu os R$ 452,57 em 25 de maio. Porém, com a diminuição da
oferta por conta das chuvas e a geada, o valor registrado na última sexta-feira (17) foi de R$
492,90.
"Não sei se os produtores estão segurando o café, esperando uma alta maior de preço, ou se
na realidade o que nós temos é um reposicionamento. Vejo o setor trabalhando muito mais
focado em resolver o seu estrago no tamanho de produção e na colheita das próprias
fazendas", disse a diretora da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em
inglês), Vanusia Nogueira.
Robusta – Os polos de produção do tipo robusta também sofreram com as temperaturas e
ajudaram a aumentar o preço do produto. Ao contrário de estados como São Paulo, Paraná e o
Sul de Minas Gerais, o Espírito Santo tem sofrido com as secas desde o início deste ano.
Relatório do Cepea indica que, "apesar da colheita ainda estar em andamento, produtores já
indicam que o estado dos pés de cafés é preocupante, uma vez que não se verifica volume
considerável de chuva há quase seis meses".
"O preço do robusta foi o que mais reagiu. Quando o valor do arábica estava mais elevado, as
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indústrias mudaram o blend, passaram a usar mais o robusta e que gerou a valorização",
afirmou Silas Brasileiro, do CNC. Ele estima que as perdas do robusta com os problemas
climáticos variam entre dois a três milhões de sacas.
Estoques – Os estoques de passagem, utilizados na entressafra, também devem pressionar
os preços e deixar o produtor com maior aporte para financiar sua produção em um período de
recursos escassos e com juros mais altos.
Segundo o Cepea, os estoques de passagem devem ser de quatro milhões de sacas até o fim
de julho, quando se encerra o ciclo 2015/2016 -os mais baixos desde a safra 2011/2012,
quando foram registrados 2,2 milhões de sacas.
O presidente do CNC, Silas Brasileiro, avalia que isso é um reflexo positivo de preços para o
produtor. "Foram dois anos consecutivos de estoques baixos. Com a produtividade menor, foi
uma oportunidade de vender a reserva. Isso trouxe um equilíbrio entre oferta e demanda, e
esse equilíbrio vai ajudar o produtor a ter renda", pontuou ele.
O analista da Markestrat, José Carlos de Lima, relaciona ainda a quebra de safra em países do
mercado asiático, como o Vietnã, o segundo maior produto mundial, para a valorização do
grão.
"Quando se pensa em um importante produtor com problemas climáticos, consumo constante e
baixo estoque mundial, há uma boa oportunidade de exportação", disse.
De acordo com dados divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos, a safra prevista para o Vietnã em 16/17 deve ser de 27,3 milhões de sacas, queda de
dois milhões ante 15/16, "devido a altas temperaturas e condições secas".
Cooxupé planeja crescimento até 2021
Sistema Ocemg - Giro Cooperativo
22/06/2016
As reuniões do terceiro planejamento estratégico da Cooxupé, elaborado
juntamente com o Rabobank - cooperativa especialista no setor de
alimentos e agronegócios, já foram concluídas. A partir de agora começa o
plano de ação, seguindo as recomendações estratégicas do relatório que
projetam o crescimento sustentável da empresa até 2021. Os primeiros
planejamentos aconteceram nos anos de 2000 e 2007.
Carlos Paulino, presidente da cooperativa, explicou que este planejamento é
importante para a definição de diretrizes a longo prazo. "A cooperativa é uma empresa muito
grande e, por isso, precisa ter claramente suas metas e caminhos estabelecidos para
alcançarmos nossos objetivos corporativo e mercadológico, de modo que nosso trabalho não
pode ser feito aleatoriamente, mas baseado em um planejamento que começou anos atrás e
que estamos cumprindo todas as etapas planejadas", apontou.
O terceiro planejamento estratégico identificou como estão os negócios atuais da Cooxupé,
assim como as tendências do mercado. Outros passos apontaram quais são os investimentos
que ainda precisam ser feitos, qual o aporte financeiro necessário e os pilares para sustentar o
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crescimento projetado para os próximos cinco anos. Dentre os passos, ainda foram
identificadas as perspectivas do crescimento de consumo de café e as exigências do
consumidor.
"Todos os planejamentos estratégicos nos mostram que estamos no caminho certo para fazer
com que a Cooxupé cresça e esteja cada vez mais preparada para os desafios futuros.
Esperamos que em 2021 possamos comemorar resultados positivos do plano de ação deste
terceiro planejamento que começou em 2015 e concluiu neste ano", afirmou o vice-presidente
Carlos Augusto Rodrigues de Melo.
Aperto de crédito no Brasil ameaça produtores e exportações agrícolas
Thomson Reuters
22/06/2016
Reese Ewing e Guillermo Parra-Bernal
Reuters - A pior crise de crédito do Brasil em duas décadas está forçando endividados
produtores de grãos, açúcar e café a reduzirem investimentos, fazendo com que integrantes
desses setores na nação líder em exportações agrícolas deixem de aproveitar uma
recuperação nos preços globais.
Os bancos, atingidos por uma onda de calotes e falências desencadeada pela recessão mais
dura do país em oito décadas, apertaram o crédito, trazendo crescimento dos empréstimos
para uma mínima de 17 anos em abril.
Os produtores agrícolas, que se endividaram pesadamente nos últimos anos para financiar
uma rápida expansão, estão entre os mais atingidos.
"Nós não vimos uma contração de crédito como esta na história recente", disse Alexandre
Figliolino, que presta consultoria para empresas do setor agrícola. "Podemos perder dois anos
de expansão agrícola."
Vários agentes do setor bancário disseram à Reuters que esperam que o crédito permaneça
apertado por pelo menos mais um ano, ampliando uma forte desaceleração na produção
agrícola.
A área plantada com grãos, incluindo a soja e o milho, cresceu apenas 0,3 por cento este ano,
em comparação com um crescimento de 3 por cento em 2015 e de 5 por cento em 2014,
mostrou uma análise dos dados do Ministério da Agricultura.
As safras de soja e milho caíram neste ano pela primeira vez desde 2011 e 2013,
respectivamente.
Embora as exportações de ambos produtos tenham crescido fortemente durante o ano
passado devido à alta do dólar, os analistas esperam que as exportações de milho recuem até
junho de 2017, com produtores de carnes disputando a matéria-prima escassa.
As exportações de café também têm diminuído nos últimos meses, em comparação com os
níveis recordes de 2015, com o setor reconstruindo estoques após dois anos de seca.
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O aperto coincide com uma recuperação nos preços globais das commodities.
Os preços internacionais do açúcar bruto estão no mais elevado patamar em quase 3 anos; a
soja está operando perto de uma máxima de dois anos; e os preços do café e milho estão
próximos de uma máxima de quase um ano.
O Brasil é o segundo maior exportador de milho e o principal de soja, café e açúcar.
Na semana passada, o diretor-presidente da Cosan Limited, Marcos Lutz, disse acreditar que
safra de cana será menor na atual temporada.
Apesar do maior déficit global de açúcar em décadas, Lutznão prevê investimento em
capacidade a curto ou médio prazo, em meio a restrições de financiamento.
Macquarie Bank Ltd, Itaú Unibanco eRabobank estão entre os bancos que estão renegociando
créditos antes de oferecer novos empréstimos para capital de giro ou investimento.
Banco Pine SA, ABN Amro Group, Credit Agricole SA e outros têm seguido essa mesma
estratégia.
A Odebrecht Agroindustrial, a produtora de grãos de capital fechado Bom Jesus e empresa
agrícola JPupin estão entre osgrandes produtores que estão reestruturando dívidas ou que
entraram com pedido de proteção contra credores, depois de acumularem mais de 15 bilhões
de reais em passivos combinados.
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Com a taxa de juro de referência em 14,25 por cento, perto da máxima em uma década, e
termos de empréstimo mais duros, os produtores estão confiando mais em operações "barter"
(troca) de produtos por insumos, afirmou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária
(Imea), em um relatório recente.
As multinacionais são também mais ativas no financiamento de curto prazo.
Com credores menores mais retraídos, o Banco do Brasil, principal financiador da agricultura,
elevou os empréstimos a juros subsidiados em 44 por cento neste ano.
Ainda assim, os líderes da indústria dizem que o crédito dos bancos do setor privado, que
representam cerca de 40 por cento dos empréstimos da agricultura, continua a ser essencial.
Esse crédito, no entanto, tornou-se muito mais difícil de se obter.
Um executivo de um dos bancos brasileiros que lida com tomadores agrícolas de médio e
grande portes disse a clientes que no passado poderiam pegar 20 milhões de reais de
empréstimo que eles agora só poderiam obter metade disso.
"Alguns agricultores vão quebrar nestas condições", disse Marco Parzianello, que dirige uma
grande fazenda em Sorriso (MT). "Nós seguramos a expansão para acumular reservas de
caixa e tivemos sorte de fazê-lo."
Café híbrido para Amazônia tem produtividade ótima em testes
Embrapa Rondônia
22/06/2016
Renata Silva
Cafés clonais híbridos (foto: Rafael
Rocha) que estão sendo desenvolvidos
pela Embrapa Rondônia para a região
Amazônica – resultantes do
cruzamento de plantas de café
canéfora do grupo Robusta com
plantas do grupo Conilon – têm obtido
resultados surpreendentes. A pesquisa
teve início há 12 anos, e o resultado
final esperado é a seleção de clones
altamente produtivos para comporem a
próxima cultivar de café a ser lançada
pela Embrapa para a região Amazônica
em meados de 2018. Este é o segundo
ano de colheita das áreas em testes finais com estes híbridos e alguns clones estão
produzindo mais de 100 sacas por hectare. "A expectativa é que essa produtividade seja
mantida ou incrementada na próxima safra", comenta o pesquisador da Embrapa Marcelo
Curitiba, um dos responsáveis pelas áreas em avaliação.
Com a demanda crescente por cultivares clonais, o objetivo dos pesquisadores é alavancar a
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produtividade média de café de Rondônia e região que hoje registra 19 sacas/ha em Rondônia.
"Com o lançamento de novas cultivares altamente produtivas, esperamos um incremento de
25% na produtividade média. Além disso, essas cultivares permitirão que cafeicultores mais
tecnificados alcancem produtividades acima de 100 saca/ha", afirma Teixeira.
Nessa pesquisa, estão sendo avaliados genótipos (clones) de cafeeiros para a composição de
novas cultivares de café, altamente produtivas, resistente à ferrugem -alaranjada – uma das
principais doenças que atacam os cafeeiros –, e que são adaptados às condições climáticas da
região Amazônica. O responsável por este trabalho, o pesquisador da Embrapa Rondônia,
Alexsandro Teixeira, explica que o ensaio de Validação de Cultivo e Uso (VCU) é composto por
seis experimentos, sendo quatro no Estado de Rondônia e dois no Acre. Em Rondônia, as
áreas estão plantadas nos municípios de Alta Floresta do Oeste, Ouro Preto do Oeste,
Ariquemes e Porto Velho.
Já no Acre as áreas, uma irrigada e outra não irrigada, estão plantadas no Campo
Experimental da Embrapa Acre, em Rio Branco. Para implantação e condução dos
experimentos, a Embrapa Rondônia conta com o apoio do cafeicultor Ademar Schmidt e do
engenheiro agrícola Gildásio Mendes da Emater de Alta Floresta D´Oeste, assim como da
equipe do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) em Ariquemes, e de pesquisadores e técnicos da
Embrapa Acre.
Este ano, a colheita dessas áreas experimentais de cafés híbridos teve início no começo de
maio, e está sendo realizada de forma seletiva, na medida em que os frutos ficam maduros. A
colheita está em andamento nos municípios de Ouro Preto do Oeste, Porto Velho, Alta Floresta
do Oeste e Rio Branco. "Cada clone é colhido separadamente e a seleção dos melhores
materiais será baseada na produtividade", explica Teixeira. A colheita será realizada em três
etapas, considerando o ciclo de maturação dos clones − precoce, intermediário e tardio. A
previsão é de que a colheita dos genótipos tardios seja realizada até o início de julho. Além da
produtividade, o pesquisador Alexsandro Teixeira afirma que serão avaliadas a uniformidade
de maturação, o tamanho de grãos e a qualidade de bebida.
Esses híbridos que estão sendo testados pela Embrapa Rondônia foram obtidos no ano de
2004 e foram submetidos à avaliação durante seis safras, 2007 a 2012. A partir dessas
avaliações foram selecionadas as melhores plantas para comporem o ensaio final de
competição de clones, aqui denominado de VCU.
Com a expressiva produção dos cafeeiros em teste, está agendada para o dia 10 de junho a
realização de um Dia de Campo sobre café em Rio Branco, na Embrapa Acre, que
demonstrará os resultados preliminares dos ensaios naquele estado. O evento, que conta com
o apoio do governo do Estado do Acre, também abordará aspectos do cultivo dos cafeeiros;
doenças e pragas, irrigação e colheita e secagem dos frutos de café. Todas as ações
relacionadas com o desenvolvimento de novas cultivares de café contam com o apoio do
Consórcio Pesquisa Café, Embrapa Café, Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), Fundação de Apoio à Pesquisa de Rondônia (Fapero) e Usina Hidrelétrica (UHE)
Jirau.
Melhoramento de plantas: do cruzamento à nova cultivar
Para saber como uma cultivar de café de alta qualidade chega ao campo, é preciso conhecer
um pouco sobre o melhoramento de plantas. Trata-se de um processo oneroso e demorado.
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No caso de plantas anuais como milho, soja ou feijão, esse processo dura aproximadamente
de oito a dez anos. Já no caso de plantas perenes, como é o caso do café, o lançamento de
uma nova cultivar pode demorar até 20 anos.
No caso do café canéfora, também conhecido como conilon ou robusta, o processo se inicia
com o cruzamento entre duas ou mais plantas que possuem características comerciais de
interesse dos consumidores. As sementes desses cruzamentos são colhidas, plantadas e
avaliadas durante quatro safras de produção. Somente nessa primeira etapa são oito anos de
pesquisa. Com os resultados dessas avaliações, realiza-se uma seleção das melhores plantas.
Essas plantas selecionadas são clonadas e avaliadas durante quatro safras novamente, só que
agora com repetição.
Os resultados atuais já são mais consistentes tornando possível a seleção de plantas de elite
para a instalação dos ensaios de competição regional, também conhecidos como Valor de
Cultivo e Uso (VCU). As plantas elite selecionadas, que nesse caso são clones, são plantadas
em diversos locais da região para que sejam avaliadas quanto à adaptação a estes diferentes
ambientes. Nessa segunda etapa são mais doze anos de pesquisa.
De posse dos resultados finais, forma-se a cultivar de café com os clones que apresentaram
alto potencial produtivo e outras características comerciais de interesse do mercado. Essa
cultivar é registrada e protegida no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
e, posteriormente, são selecionados viveiristas que multiplicam e comercializam a cultivar entre
os cafeicultores.
Cafeína é saudável e deve ser incluída na dieta, aponta estudo
Portal ABIC
22/06/2016
Boa notícia para os amantes do cafezinho: ao contrário do que se imaginava, o consumo de
cafeína não causa alterações nos batimentos cardíacos ou doenças relacionadas ao sistema
cardiovascular. É o que aponta um estudo da Universidade de São Francisco, Califórnia (USCF
-EUA).
A grande preocupação com o controle do consumo de cafeína deve-se sobretudo pelo
consenso que existia, até então, sobre seu efeito prejudicial a taxa extra de batimentos
cardíacos. Acreditava-se que o consumo dessa substância, presente não somente no café,
mas em chás, chocolates e até mesmo em determinados medicamentos, poderia aumentar o
risco de doenças como AVCs (acidente vascular cerebral) e arritmias cardíacas.
Porém, de acordo com o estudo ministrado pelo cardiologista Dr. Gregory Marcus, a
comunidade médica deve reconsiderar as recomendações sobre o consumo do nutriente, pois
ao contrário do que se acredita, a cafeína pode trazer benefícios a saúde do coração.
O estudo
A pesquisa contou com 1.388 participantes selecionados aleatoriamente a partir do banco de
dados do Estudo de Saúde Cardiovascular do Instituto do Coração americano (NHLBI). Essa
base contou com cerca de 6.000 pacientes, com exceção daqueles com problemas de arritmia
conhecidos.
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Pesquisadores do Instituto acompanharam o consumo regular de produtos com cafeína
durante o período de 12 meses, avaliando a frequência alimentar e monitorando os batimentos
cardíacos dos pacientes durante 24h por dia. A frequência consumo de café, chá e chocolate
era determinado através de um formulário de pesquisa.
O resultado não apontou diferenças no número de PACs (Contrações Atriais Prematuras) ou
PVCs (Contrações Ventriculares Prematuras) nos pacientes, ambos principais indícios de
anormalidade na taxa de batimentos cardíacos e sinais de arritmias comuns. A consideração
final dos pesquisadores é que não é possível associar o consumo de cafeína à arritmias. O
estudo publicado no Jornal da Associação Americana do Coração é a maior amostra sobre o
impacto da cafeína ao sistema cardiovascular realizado até então.
Então a cafeína faz bem?
O próprio Ministério da Saúde Americano apontou a importância desse nutriente e destacou
que adultos saudáveis podem, e devem, incluir a cafeína na sua dieta sem aumentar os riscos
de doenças crônicas como câncer ou doenças do coração. Porém é importante ressaltar que
seu consumo recomendado é de 400mg/dia (equivalente a 3 xícaras de café ou 5 latas de
energético, por exemplo) e sempre observando a dieta como um todo, evitando exageros como
açúcares, cremes e outras gorduras como “aditivos”.
O principal benefício da cafeína é seu efeito estimulante sob o Sistema Nervoso Central, e essa
é uma das evidências pelas quais julgava-se que o café e outros alimentos com cafeína
poderiam ser nocivos ao coração. Na verdade, a sua ação sob o cérebro aumenta o estado de
alerta do indivíduo, levando-o a ficar mais ativo, aumentando a circulação sanguínea e
elevando a taxa dos batimentos cardíacos. O hábito de tomar um cafezinho para despertar faz
todo sentido exatamente por isso, a cafeína tem sobretudo um efeito energético no organismo.
Por essa razão praticantes de atividades físicas são os que mais podem se beneficiar das
propriedades desse nutriente.
O efeito energético dessa substância aumenta a disposição para os treinos, a resistência e
ainda potencializa a queima de gordura, levando a um maior rendimento e promovendo
resultados mais rápidos. Não é à toa que o café tem sido explorado exaustivamente como
potente termogênico, e levando muitas pessoas a questionarem a segurança do seu consumo
como suplemento.
Produtores de café na Colômbia temem efeitos de chuvas do La Niña
Thomson Reuters
22/06/2016
Julia Symmes Cobb e Luis Jaime Acosta
Reuters - Produtores colombianos de café, que ainda lidam com as consequências da seca do
El Niño, se preparam agora para fortes chuvas do La Niña, que podem prejudicar ainda mais a
safra do país, afirmou à Reuters o presidente da federação cafeeira da Colômbia nesta terça-
feira.
Produtores que estão terminando a colheita de grãos encolhidos pela falta de chuva logo terão
de lidar com solo excessivamente úmido e com a possível disseminação do fungo roya, que
deixa as folhas com aspecto enferrujado, afirmou o executivo da federação, Roberto Velez.
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Enquanto um forte fenômeno El Niño — caracterizado pelo aquecimento da superfície do
oceano Pacífico que provoca calor e condições mais secas — se aproxima do desfecho,
meteorologistas da Colômbia dizem que há uma chance de 76 por cento de que o fenômeno
oposto, La Niña, comece no final deste ano ou no início de 2017, provocando condições mais
úmidas.
O El Niño afetou cerca de metade das regiões de café da Colômbia e resultou em uma colheita
de menor qualidade, disse Velez.
Embora ainda não se saiba a potencial gravidade do La Niña, as nuvens de chuva que
bloqueiam os raios de sol poderiam atrasar a floração e o clima úmido poderia potencializar os
efeitos "devastadores" do fungo roya, afirmou ele.
"Para produtores de café, o La Niña é mais danoso do que o El Niño", disse. "O La Niña nos
preocupa".
A Colômbia há tempos se orgulha de exportar somente os grãos mais finos, mas no último ano
a federação modificou os padrões de exportação para ajudar produtores a venderem grãos de
menor qualidade em meio à seca.
O país produziu 14,6 milhões de sacas de 60 kg de arábica lavado ao longo dos últimos 12
meses, disse Velez, acima das 14,17 milhões de sacas produzidos em 2015, a maior colheita
em 23 anos.

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  • 1. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck CLIPPING – 22/06/2016 Acesse: www.cncafe.com.br Clima, estoques baixos e quebra na Ásia pressionam e preço do café sobe DCI 22/06/2016 Fernando Barbosa Com chuvas e geadas no último mês em São Paulo, Paraná e no Sul de Minas Gerais, estoques de passagem baixos para a entressafra e quebra no mercado asiático, o café brasileiro tem nova alta de preços. De acordo com relatório do Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (Cepea), as geadas atingiram lavouras de café arábica em áreas mais baixas, com perdas ainda inexpressivas. No entanto, a grande preocupação dos produtores é a chuva - justamente no momento da colheita, o que prejudica a qualidade do grão. "O estrago das chuvas será maior, porque compromete a qualidade e a bebida do café. Ninguém esperava na quantidade que foi. O volume [da produção da safra] deve se manter, mas certamente teremos perda na qualidade", disse ao DCI o presidente executivo do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro (foto: CNC/Paula Franco). Na avaliação do analista da Markestrat, consultoria especializada em agronegócio, José Carlos de Lima, os problemas climáticos podem fazer com que o preço da saca do café de 60 quilos varie entre R$ 480 a R$ 520. Para se ter ideia, o preço da saca de café chegou a R$ 509 em 17 de março. Com o início da colheita, esse valor caiu e bateu os R$ 452,57 em 25 de maio. Porém, com a diminuição da oferta por conta das chuvas e a geada, o valor registrado na última sexta-feira (17) foi de R$ 492,90. "Não sei se os produtores estão segurando o café, esperando uma alta maior de preço, ou se na realidade o que nós temos é um reposicionamento. Vejo o setor trabalhando muito mais focado em resolver o seu estrago no tamanho de produção e na colheita das próprias fazendas", disse a diretora da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês), Vanusia Nogueira. Robusta – Os polos de produção do tipo robusta também sofreram com as temperaturas e ajudaram a aumentar o preço do produto. Ao contrário de estados como São Paulo, Paraná e o Sul de Minas Gerais, o Espírito Santo tem sofrido com as secas desde o início deste ano. Relatório do Cepea indica que, "apesar da colheita ainda estar em andamento, produtores já indicam que o estado dos pés de cafés é preocupante, uma vez que não se verifica volume considerável de chuva há quase seis meses". "O preço do robusta foi o que mais reagiu. Quando o valor do arábica estava mais elevado, as
  • 2. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck indústrias mudaram o blend, passaram a usar mais o robusta e que gerou a valorização", afirmou Silas Brasileiro, do CNC. Ele estima que as perdas do robusta com os problemas climáticos variam entre dois a três milhões de sacas. Estoques – Os estoques de passagem, utilizados na entressafra, também devem pressionar os preços e deixar o produtor com maior aporte para financiar sua produção em um período de recursos escassos e com juros mais altos. Segundo o Cepea, os estoques de passagem devem ser de quatro milhões de sacas até o fim de julho, quando se encerra o ciclo 2015/2016 -os mais baixos desde a safra 2011/2012, quando foram registrados 2,2 milhões de sacas. O presidente do CNC, Silas Brasileiro, avalia que isso é um reflexo positivo de preços para o produtor. "Foram dois anos consecutivos de estoques baixos. Com a produtividade menor, foi uma oportunidade de vender a reserva. Isso trouxe um equilíbrio entre oferta e demanda, e esse equilíbrio vai ajudar o produtor a ter renda", pontuou ele. O analista da Markestrat, José Carlos de Lima, relaciona ainda a quebra de safra em países do mercado asiático, como o Vietnã, o segundo maior produto mundial, para a valorização do grão. "Quando se pensa em um importante produtor com problemas climáticos, consumo constante e baixo estoque mundial, há uma boa oportunidade de exportação", disse. De acordo com dados divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a safra prevista para o Vietnã em 16/17 deve ser de 27,3 milhões de sacas, queda de dois milhões ante 15/16, "devido a altas temperaturas e condições secas". Cooxupé planeja crescimento até 2021 Sistema Ocemg - Giro Cooperativo 22/06/2016 As reuniões do terceiro planejamento estratégico da Cooxupé, elaborado juntamente com o Rabobank - cooperativa especialista no setor de alimentos e agronegócios, já foram concluídas. A partir de agora começa o plano de ação, seguindo as recomendações estratégicas do relatório que projetam o crescimento sustentável da empresa até 2021. Os primeiros planejamentos aconteceram nos anos de 2000 e 2007. Carlos Paulino, presidente da cooperativa, explicou que este planejamento é importante para a definição de diretrizes a longo prazo. "A cooperativa é uma empresa muito grande e, por isso, precisa ter claramente suas metas e caminhos estabelecidos para alcançarmos nossos objetivos corporativo e mercadológico, de modo que nosso trabalho não pode ser feito aleatoriamente, mas baseado em um planejamento que começou anos atrás e que estamos cumprindo todas as etapas planejadas", apontou. O terceiro planejamento estratégico identificou como estão os negócios atuais da Cooxupé, assim como as tendências do mercado. Outros passos apontaram quais são os investimentos que ainda precisam ser feitos, qual o aporte financeiro necessário e os pilares para sustentar o
  • 3. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck crescimento projetado para os próximos cinco anos. Dentre os passos, ainda foram identificadas as perspectivas do crescimento de consumo de café e as exigências do consumidor. "Todos os planejamentos estratégicos nos mostram que estamos no caminho certo para fazer com que a Cooxupé cresça e esteja cada vez mais preparada para os desafios futuros. Esperamos que em 2021 possamos comemorar resultados positivos do plano de ação deste terceiro planejamento que começou em 2015 e concluiu neste ano", afirmou o vice-presidente Carlos Augusto Rodrigues de Melo. Aperto de crédito no Brasil ameaça produtores e exportações agrícolas Thomson Reuters 22/06/2016 Reese Ewing e Guillermo Parra-Bernal Reuters - A pior crise de crédito do Brasil em duas décadas está forçando endividados produtores de grãos, açúcar e café a reduzirem investimentos, fazendo com que integrantes desses setores na nação líder em exportações agrícolas deixem de aproveitar uma recuperação nos preços globais. Os bancos, atingidos por uma onda de calotes e falências desencadeada pela recessão mais dura do país em oito décadas, apertaram o crédito, trazendo crescimento dos empréstimos para uma mínima de 17 anos em abril. Os produtores agrícolas, que se endividaram pesadamente nos últimos anos para financiar uma rápida expansão, estão entre os mais atingidos. "Nós não vimos uma contração de crédito como esta na história recente", disse Alexandre Figliolino, que presta consultoria para empresas do setor agrícola. "Podemos perder dois anos de expansão agrícola." Vários agentes do setor bancário disseram à Reuters que esperam que o crédito permaneça apertado por pelo menos mais um ano, ampliando uma forte desaceleração na produção agrícola. A área plantada com grãos, incluindo a soja e o milho, cresceu apenas 0,3 por cento este ano, em comparação com um crescimento de 3 por cento em 2015 e de 5 por cento em 2014, mostrou uma análise dos dados do Ministério da Agricultura. As safras de soja e milho caíram neste ano pela primeira vez desde 2011 e 2013, respectivamente. Embora as exportações de ambos produtos tenham crescido fortemente durante o ano passado devido à alta do dólar, os analistas esperam que as exportações de milho recuem até junho de 2017, com produtores de carnes disputando a matéria-prima escassa. As exportações de café também têm diminuído nos últimos meses, em comparação com os níveis recordes de 2015, com o setor reconstruindo estoques após dois anos de seca.
  • 4. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck O aperto coincide com uma recuperação nos preços globais das commodities. Os preços internacionais do açúcar bruto estão no mais elevado patamar em quase 3 anos; a soja está operando perto de uma máxima de dois anos; e os preços do café e milho estão próximos de uma máxima de quase um ano. O Brasil é o segundo maior exportador de milho e o principal de soja, café e açúcar. Na semana passada, o diretor-presidente da Cosan Limited, Marcos Lutz, disse acreditar que safra de cana será menor na atual temporada. Apesar do maior déficit global de açúcar em décadas, Lutznão prevê investimento em capacidade a curto ou médio prazo, em meio a restrições de financiamento. Macquarie Bank Ltd, Itaú Unibanco eRabobank estão entre os bancos que estão renegociando créditos antes de oferecer novos empréstimos para capital de giro ou investimento. Banco Pine SA, ABN Amro Group, Credit Agricole SA e outros têm seguido essa mesma estratégia. A Odebrecht Agroindustrial, a produtora de grãos de capital fechado Bom Jesus e empresa agrícola JPupin estão entre osgrandes produtores que estão reestruturando dívidas ou que entraram com pedido de proteção contra credores, depois de acumularem mais de 15 bilhões de reais em passivos combinados.
  • 5. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Com a taxa de juro de referência em 14,25 por cento, perto da máxima em uma década, e termos de empréstimo mais duros, os produtores estão confiando mais em operações "barter" (troca) de produtos por insumos, afirmou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em um relatório recente. As multinacionais são também mais ativas no financiamento de curto prazo. Com credores menores mais retraídos, o Banco do Brasil, principal financiador da agricultura, elevou os empréstimos a juros subsidiados em 44 por cento neste ano. Ainda assim, os líderes da indústria dizem que o crédito dos bancos do setor privado, que representam cerca de 40 por cento dos empréstimos da agricultura, continua a ser essencial. Esse crédito, no entanto, tornou-se muito mais difícil de se obter. Um executivo de um dos bancos brasileiros que lida com tomadores agrícolas de médio e grande portes disse a clientes que no passado poderiam pegar 20 milhões de reais de empréstimo que eles agora só poderiam obter metade disso. "Alguns agricultores vão quebrar nestas condições", disse Marco Parzianello, que dirige uma grande fazenda em Sorriso (MT). "Nós seguramos a expansão para acumular reservas de caixa e tivemos sorte de fazê-lo." Café híbrido para Amazônia tem produtividade ótima em testes Embrapa Rondônia 22/06/2016 Renata Silva Cafés clonais híbridos (foto: Rafael Rocha) que estão sendo desenvolvidos pela Embrapa Rondônia para a região Amazônica – resultantes do cruzamento de plantas de café canéfora do grupo Robusta com plantas do grupo Conilon – têm obtido resultados surpreendentes. A pesquisa teve início há 12 anos, e o resultado final esperado é a seleção de clones altamente produtivos para comporem a próxima cultivar de café a ser lançada pela Embrapa para a região Amazônica em meados de 2018. Este é o segundo ano de colheita das áreas em testes finais com estes híbridos e alguns clones estão produzindo mais de 100 sacas por hectare. "A expectativa é que essa produtividade seja mantida ou incrementada na próxima safra", comenta o pesquisador da Embrapa Marcelo Curitiba, um dos responsáveis pelas áreas em avaliação. Com a demanda crescente por cultivares clonais, o objetivo dos pesquisadores é alavancar a
  • 6. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck produtividade média de café de Rondônia e região que hoje registra 19 sacas/ha em Rondônia. "Com o lançamento de novas cultivares altamente produtivas, esperamos um incremento de 25% na produtividade média. Além disso, essas cultivares permitirão que cafeicultores mais tecnificados alcancem produtividades acima de 100 saca/ha", afirma Teixeira. Nessa pesquisa, estão sendo avaliados genótipos (clones) de cafeeiros para a composição de novas cultivares de café, altamente produtivas, resistente à ferrugem -alaranjada – uma das principais doenças que atacam os cafeeiros –, e que são adaptados às condições climáticas da região Amazônica. O responsável por este trabalho, o pesquisador da Embrapa Rondônia, Alexsandro Teixeira, explica que o ensaio de Validação de Cultivo e Uso (VCU) é composto por seis experimentos, sendo quatro no Estado de Rondônia e dois no Acre. Em Rondônia, as áreas estão plantadas nos municípios de Alta Floresta do Oeste, Ouro Preto do Oeste, Ariquemes e Porto Velho. Já no Acre as áreas, uma irrigada e outra não irrigada, estão plantadas no Campo Experimental da Embrapa Acre, em Rio Branco. Para implantação e condução dos experimentos, a Embrapa Rondônia conta com o apoio do cafeicultor Ademar Schmidt e do engenheiro agrícola Gildásio Mendes da Emater de Alta Floresta D´Oeste, assim como da equipe do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) em Ariquemes, e de pesquisadores e técnicos da Embrapa Acre. Este ano, a colheita dessas áreas experimentais de cafés híbridos teve início no começo de maio, e está sendo realizada de forma seletiva, na medida em que os frutos ficam maduros. A colheita está em andamento nos municípios de Ouro Preto do Oeste, Porto Velho, Alta Floresta do Oeste e Rio Branco. "Cada clone é colhido separadamente e a seleção dos melhores materiais será baseada na produtividade", explica Teixeira. A colheita será realizada em três etapas, considerando o ciclo de maturação dos clones − precoce, intermediário e tardio. A previsão é de que a colheita dos genótipos tardios seja realizada até o início de julho. Além da produtividade, o pesquisador Alexsandro Teixeira afirma que serão avaliadas a uniformidade de maturação, o tamanho de grãos e a qualidade de bebida. Esses híbridos que estão sendo testados pela Embrapa Rondônia foram obtidos no ano de 2004 e foram submetidos à avaliação durante seis safras, 2007 a 2012. A partir dessas avaliações foram selecionadas as melhores plantas para comporem o ensaio final de competição de clones, aqui denominado de VCU. Com a expressiva produção dos cafeeiros em teste, está agendada para o dia 10 de junho a realização de um Dia de Campo sobre café em Rio Branco, na Embrapa Acre, que demonstrará os resultados preliminares dos ensaios naquele estado. O evento, que conta com o apoio do governo do Estado do Acre, também abordará aspectos do cultivo dos cafeeiros; doenças e pragas, irrigação e colheita e secagem dos frutos de café. Todas as ações relacionadas com o desenvolvimento de novas cultivares de café contam com o apoio do Consórcio Pesquisa Café, Embrapa Café, Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Apoio à Pesquisa de Rondônia (Fapero) e Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau. Melhoramento de plantas: do cruzamento à nova cultivar Para saber como uma cultivar de café de alta qualidade chega ao campo, é preciso conhecer um pouco sobre o melhoramento de plantas. Trata-se de um processo oneroso e demorado.
  • 7. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck No caso de plantas anuais como milho, soja ou feijão, esse processo dura aproximadamente de oito a dez anos. Já no caso de plantas perenes, como é o caso do café, o lançamento de uma nova cultivar pode demorar até 20 anos. No caso do café canéfora, também conhecido como conilon ou robusta, o processo se inicia com o cruzamento entre duas ou mais plantas que possuem características comerciais de interesse dos consumidores. As sementes desses cruzamentos são colhidas, plantadas e avaliadas durante quatro safras de produção. Somente nessa primeira etapa são oito anos de pesquisa. Com os resultados dessas avaliações, realiza-se uma seleção das melhores plantas. Essas plantas selecionadas são clonadas e avaliadas durante quatro safras novamente, só que agora com repetição. Os resultados atuais já são mais consistentes tornando possível a seleção de plantas de elite para a instalação dos ensaios de competição regional, também conhecidos como Valor de Cultivo e Uso (VCU). As plantas elite selecionadas, que nesse caso são clones, são plantadas em diversos locais da região para que sejam avaliadas quanto à adaptação a estes diferentes ambientes. Nessa segunda etapa são mais doze anos de pesquisa. De posse dos resultados finais, forma-se a cultivar de café com os clones que apresentaram alto potencial produtivo e outras características comerciais de interesse do mercado. Essa cultivar é registrada e protegida no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, posteriormente, são selecionados viveiristas que multiplicam e comercializam a cultivar entre os cafeicultores. Cafeína é saudável e deve ser incluída na dieta, aponta estudo Portal ABIC 22/06/2016 Boa notícia para os amantes do cafezinho: ao contrário do que se imaginava, o consumo de cafeína não causa alterações nos batimentos cardíacos ou doenças relacionadas ao sistema cardiovascular. É o que aponta um estudo da Universidade de São Francisco, Califórnia (USCF -EUA). A grande preocupação com o controle do consumo de cafeína deve-se sobretudo pelo consenso que existia, até então, sobre seu efeito prejudicial a taxa extra de batimentos cardíacos. Acreditava-se que o consumo dessa substância, presente não somente no café, mas em chás, chocolates e até mesmo em determinados medicamentos, poderia aumentar o risco de doenças como AVCs (acidente vascular cerebral) e arritmias cardíacas. Porém, de acordo com o estudo ministrado pelo cardiologista Dr. Gregory Marcus, a comunidade médica deve reconsiderar as recomendações sobre o consumo do nutriente, pois ao contrário do que se acredita, a cafeína pode trazer benefícios a saúde do coração. O estudo A pesquisa contou com 1.388 participantes selecionados aleatoriamente a partir do banco de dados do Estudo de Saúde Cardiovascular do Instituto do Coração americano (NHLBI). Essa base contou com cerca de 6.000 pacientes, com exceção daqueles com problemas de arritmia conhecidos.
  • 8. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Pesquisadores do Instituto acompanharam o consumo regular de produtos com cafeína durante o período de 12 meses, avaliando a frequência alimentar e monitorando os batimentos cardíacos dos pacientes durante 24h por dia. A frequência consumo de café, chá e chocolate era determinado através de um formulário de pesquisa. O resultado não apontou diferenças no número de PACs (Contrações Atriais Prematuras) ou PVCs (Contrações Ventriculares Prematuras) nos pacientes, ambos principais indícios de anormalidade na taxa de batimentos cardíacos e sinais de arritmias comuns. A consideração final dos pesquisadores é que não é possível associar o consumo de cafeína à arritmias. O estudo publicado no Jornal da Associação Americana do Coração é a maior amostra sobre o impacto da cafeína ao sistema cardiovascular realizado até então. Então a cafeína faz bem? O próprio Ministério da Saúde Americano apontou a importância desse nutriente e destacou que adultos saudáveis podem, e devem, incluir a cafeína na sua dieta sem aumentar os riscos de doenças crônicas como câncer ou doenças do coração. Porém é importante ressaltar que seu consumo recomendado é de 400mg/dia (equivalente a 3 xícaras de café ou 5 latas de energético, por exemplo) e sempre observando a dieta como um todo, evitando exageros como açúcares, cremes e outras gorduras como “aditivos”. O principal benefício da cafeína é seu efeito estimulante sob o Sistema Nervoso Central, e essa é uma das evidências pelas quais julgava-se que o café e outros alimentos com cafeína poderiam ser nocivos ao coração. Na verdade, a sua ação sob o cérebro aumenta o estado de alerta do indivíduo, levando-o a ficar mais ativo, aumentando a circulação sanguínea e elevando a taxa dos batimentos cardíacos. O hábito de tomar um cafezinho para despertar faz todo sentido exatamente por isso, a cafeína tem sobretudo um efeito energético no organismo. Por essa razão praticantes de atividades físicas são os que mais podem se beneficiar das propriedades desse nutriente. O efeito energético dessa substância aumenta a disposição para os treinos, a resistência e ainda potencializa a queima de gordura, levando a um maior rendimento e promovendo resultados mais rápidos. Não é à toa que o café tem sido explorado exaustivamente como potente termogênico, e levando muitas pessoas a questionarem a segurança do seu consumo como suplemento. Produtores de café na Colômbia temem efeitos de chuvas do La Niña Thomson Reuters 22/06/2016 Julia Symmes Cobb e Luis Jaime Acosta Reuters - Produtores colombianos de café, que ainda lidam com as consequências da seca do El Niño, se preparam agora para fortes chuvas do La Niña, que podem prejudicar ainda mais a safra do país, afirmou à Reuters o presidente da federação cafeeira da Colômbia nesta terça- feira. Produtores que estão terminando a colheita de grãos encolhidos pela falta de chuva logo terão de lidar com solo excessivamente úmido e com a possível disseminação do fungo roya, que deixa as folhas com aspecto enferrujado, afirmou o executivo da federação, Roberto Velez.
  • 9. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Enquanto um forte fenômeno El Niño — caracterizado pelo aquecimento da superfície do oceano Pacífico que provoca calor e condições mais secas — se aproxima do desfecho, meteorologistas da Colômbia dizem que há uma chance de 76 por cento de que o fenômeno oposto, La Niña, comece no final deste ano ou no início de 2017, provocando condições mais úmidas. O El Niño afetou cerca de metade das regiões de café da Colômbia e resultou em uma colheita de menor qualidade, disse Velez. Embora ainda não se saiba a potencial gravidade do La Niña, as nuvens de chuva que bloqueiam os raios de sol poderiam atrasar a floração e o clima úmido poderia potencializar os efeitos "devastadores" do fungo roya, afirmou ele. "Para produtores de café, o La Niña é mais danoso do que o El Niño", disse. "O La Niña nos preocupa". A Colômbia há tempos se orgulha de exportar somente os grãos mais finos, mas no último ano a federação modificou os padrões de exportação para ajudar produtores a venderem grãos de menor qualidade em meio à seca. O país produziu 14,6 milhões de sacas de 60 kg de arábica lavado ao longo dos últimos 12 meses, disse Velez, acima das 14,17 milhões de sacas produzidos em 2015, a maior colheita em 23 anos.