O documento discute a situação da produção de café no Brasil e no mundo. Chuvas abaixo da média e estiagem afetam lavouras de café no sul e no Cerrado de Minas Gerais, prejudicando a safra de 2015. Exportações de café brasileiro cresceram mais de 50% em janeiro de 2015, mas estoques globais podem não ser suficientes para impedir alta nos preços devido à demanda firme e quebras de safra no Brasil e em outros países.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 13/02/2015
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CNC: Procafé informa baixo volume de chuvas e déficits hídricos em Minas Gerais
P1 / Ascom CNC
13/02/2015
— Fundação Procafé alerta para volume de chuvas reduzido e existência de déficits hídricos em
regiões produtoras do Cerrado e do Sul de Minas Gerais.
FALTA D’ÁGUA — Nesta semana, a Fundação Procafé divulgou seus boletins de avisos
fitossanitários para as regiões Sul e Cerrado de Minas Gerais, referentes a janeiro. Na parte sul do
Estado – maior área produtora de café no Brasil –, em especial nos municípios de Varginha, Carmo
de Minas, Boa Esperança e Muzambinho, atestou-se que as chuvas voltaram a ficar abaixo da média
histórica, alcançando apenas 47% do esperado.
No Cerrado Mineiro, região representada pelos municípios de Araxá, Patrocínio e Araguari nos
boletins da Procafé, novamente as precipitações ficaram muito aquém da média. Em Araxá e
Patrocínio, por exemplo, com chuvas de 46,8 milímetros e 76,4 mm, os índices pluviométricos foram,
respectivamente, cerca de 250 mm e 160 mm inferiores ao normal para essas cidades (296 mm e 233
mm em janeiro). Já em Araguari, o volume de chuvas ficou 123 milímetros menor que a média.
Em meio a esse cenário, a Fundação Procafé alerta para a ocorrência de deficiência hídrica em
Araxá e Patrocínio em volume superior a 60 mm. Assim, o CNC comunica que tal panorama é muito
crítico para o atual estágio fenológico dos cafeeiros, uma vez que a falta de água nesta época é
extremamente prejudicial para a formação dos grãos e, consequentemente, para a produtividade da
safra 2015 no Cerrado Mineiro.
O CNC alerta, também, para que o produtor de ambas as regiões fique atento ao nível das
precipitações em fevereiro, pois a falta d’água nesse período ocasiona prejuízos à granação dos
frutos, afetando a produtividade das lavouras, além de já impactar o desenvolvimento dos internódios,
cujo número oscila entre quatro e seis, quando deveria se situar de oito a 10 nós por ramo, conforme
temos alertado em nossos boletins anteriores.
Aliado a isso, ainda há a expectativa para a ocorrência de novos veranicos neste mês, no Cerrado
Mineiro, e a restrição do uso da água em lavouras irrigadas, uma vez que os reservatórios hídricos se
encontram em volumes muito baixos, limitando os trabalhos de irrigação.
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MERCADO — A desvalorização do real e a previsão de chuvas para parte das regiões produtoras
brasileiras pressionaram as cotações futuras do arábica nos últimos dias. Os preços têm mantido o
comportamento volátil, refletindo as incertezas quanto à colheita que se aproxima no Brasil.
Nesta semana, a divisa norte-americana apresentou significativa alta, atingindo os maiores valores
em relação ao real desde o ano de 2004. O dólar comercial encerrou a sessão de ontem a R$ 2,8209,
com valorização de 1,6% desde a última sexta-feira. Preocupações quanto ao desempenho da
economia brasileira e, no âmbito externo, à crise da Grécia são os principais fatores de fortalecimento
do dólar.
No cenário climático, informações da Climatempo indicam que, até 26 de fevereiro, há possibilidade
de acumulados de chuvas da ordem de 100 a 150 mm sobre os Estados de São Paulo, Parará e nas
regiões Sul, Oeste e Noroeste de Minas Gerais. Porém, o restante de Minas e o Espírito Santo serão
afetados por um bloqueio atmosférico, resultando em grande diminuição das precipitações.
Diante dessa conjuntura, na Bolsa de Nova York, o vencimento maio do Contrato C foi cotado, na
quinta-feira, a US$ 1,6745 por libra-peso, acumulando queda de 215 pontos em relação ao final da
semana passada. As rolagens de posição foram intensificadas nos últimos dias, dada a proximidade
do período de notificação de entrega do vencimento março, a partir 19 de fevereiro.
Já na ICE Futures Europe, as cotações do robusta apresentaram tendência de alta, afetadas pela
situação de estiagem e de retração das vendas no Vietnã. Ontem, o vencimento maio/2015 encerrou
o pregão a US$ 2.020 por tonelada, com ganhos de US$ 55 desde o final da semana anterior.
No mercado físico brasileiro, os preços do café conilon (o robusta nacional) também registraram
significativa alta, atingindo o maior valor desde 2001, conforme a série histórica do Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na quinta-feira, o indicador calculado pela instituição
para essa variedade foi cotado a R$ 309,25/saca, com valorização de 3,4% na semana. Assim, houve
aquecimento dos negócios. Já o indicador do arábica continuou volátil, mas sem apresentar variação
significativa nos últimos dias, atingindo, ontem, R$ 482,45/saca. Devido à oscilação dos preços, a
comercialização seguiu fraca.
Em relação ao comércio exterior, o café foi destaque nos resultados da balança comercial do
agronegócio no primeiro mês do ano. De acordo com o último informe estatístico do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as exportações totais de café (verde e industrializado) do
Brasil atingiram 2,98 milhões de sacas em janeiro, volume 4,3% superior ao mesmo mês de 2014. A
receita cambial apresentou expressivo crescimento, de 50,5%, resultando em US$ 589 milhões. Com
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isso, a participação do setor café no total das divisas geradas pelo agronegócio saltou para 10,4%,
ante os 6,7% registrados em janeiro do ano passado.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo
Receita com exportação de café aumenta mais de 50% em janeiro de 2015
Ascom Mapa
13/02/2015
Cláudia Lafetá
As exportações de café alcançaram o valor de U$ 589 milhões em janeiro deste ano, receita 50,49%
maior do que os U$ 391,42 milhões totalizados no mesmo período em 2014. Já o volume de
exportação do café no primeiro mês de 2015 aumentou em 4,35%, em relação ao mesmo período em
2014. Ao todo, foram mais de 2,98 milhões de sacas de café de 60 kg vendidas ao exterior, sendo
que no mesmo período do ano passado foram exportadas 2,85 milhões de sacas.
O café continua como o quinto item mais exportado do agronegócio brasileiro, ficando atrás das
carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais e cereais, farinhas e preparações. O produto
representou 10,4% de todas as exportações, no mês analisado. Os principais países importadores
são Alemanha, Estados Unidos, Itália, Bélgica e Japão.
Esses são dados do Informe Estatístico do Café, que é publicado mensalmente pelo Departamento
do Café (DCAF) da Secretaria de Produção e Agroenergia (SPAE) do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa).
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OIC: produção deve aumentar em 34 mi/sacas para suprir demanda em cinco anos
Agência Estado
13/02/2015
Os produtores de café ao redor do mundo terão de produzir 34,2 milhões de sacas
de 60 kg a mais nos próximos cinco anos para atender a crescente demanda pelo
produto, disse nesta sexta-feira o diretor executivo da Organização Internacional
do Café (OIC), o brasileiro Robério Silva (foto: Wenderson Araújo). Ele, que
participa de uma conferência em Nairóbi, no Quênia, já prevê um pequeno déficit
do produto.
Segundo Silva, até 2020 a demanda por café deve saltar das atuais 141,6 milhões
para 175,8 milhões de sacas. Tal projeção é feita justamente em um período de
estoques apertados e de seca nos cafezais do Brasil, principal produtor mundial.
"E, neste ano, a estiagem atinge as plantações de robusta", afirmou o dirigente da entidade,
acrescentando que é hora de a África aumentar sua produção.
A expectativa é de que a demanda por café aumente a uma taxa de 2,5% por ano pelos próximos
cinco anos. "O consumo está aumentando graças ao incremento de renda na China, na Índia e na
América Latina", comentou Silva. Fonte: Dow Jones Newswires.
Estoque de café é insuficiente para impedir rali de preços em 2015/16
Agência Estado
13/02/2015
Os estoques globais de café não devem ser suficientes para impedir uma rali de
preços durante a safra 2015/16, uma vez que a demanda permanece firme e as
plantações do Brasil ainda sofrem os efeitos da severa estiagem do ano passado. A
avaliação é da chefe da consultoria norte-americana Ganes Consulting LLC, Judith
Ganes Chase (foto: reprodução Twitter).
A expectativa é de que as reservas mundiais de café diminuam em 4 milhões de
sacas de 60 kg neste ano, o que pode apertar ainda mais os estoques, segundo
Judith. Além disso, a produção de Brasil e Indonésia não deve se recuperar a tempo
para preencher tais reservas.
Especificamente com relação ao robusta, a consultora comenta que, neste ano, o clima adverso no
Brasil e no Vietnã tende a prejudicar a produção da variedade. "Simplesmente não há estoques para
segurar os preços", diz. "Especuladores ainda preveem um rali (das cotações)." Fonte: Dow Jones
Newswires.
Mudanças climáticas e a disponibilidade de arábicas
CaféPoint
13/02/2015
Por Carlos Henrique Jorge Brando*
Os últimos anos têm testemunhado perdas ocasionadas por
mudanças climáticas na produção de arábica em diversas regiões
do Brasil e do restante da América Latina, enquanto a produção de
robusta tem crescido continuamente. A Colômbia, um dos principais
produtores de arábica, apenas agora começa a beneficiar-se de um
projeto de renovação de lavouras que coincidiu com um clima adverso,
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prejudicando durante anos o florescimento de seus cafezais. Costa Rica, Guatemala e outros países
da América Central, além do México e Peru, afetados pela ferrugem favorecida pelo calor e umidade
iniciados em 2011/2012, estrangularam o mercado de arábicas especiais e lavados. A maioria destes
países ainda não recuperou os patamares de produção do período “pré-ferrugem”. A estiagem que
atingiu o Brasil em 2014 veio em seguida ocasionando uma quebra de 5 milhões de sacas, além de
perdas esperadas em 2015 como reflexo da seca do ano anterior e das condições atuais do clima –
altas temperaturas e talvez uma estiagem moderada.
Enquanto as perdas na Colômbia afetaram o mercado para o arábica lavado de qualidade, as da
América Central afetaram o mercado de cafés especiais e as perdas do México e Peru afetaram o
mercado de orgânicos. Já as perdas no Brasil foram de longe as maiores em uma única safra, com
impacto não apenas no mercado dos cafés naturais como também no fornecimento de lavados e de
cereja descascados.
E embora os volumes estocados localmente tenham compensado a quebra na produção – o país
apresentou uma exportação recorde em 2014 e ocupou o espaço deixado pelas quebras de safra de
arábicas dos outros países – o quadro pode ser muito diferente em 2015, cuja safra indica os
mesmos números de 2014 em um cenário de estoques esgotados.
O gráfico abaixo, com a média móvel de 4 anos da produção brasileira desde 2011, demonstra que
uma safra 2015 semelhante a 2014 marcará a interrupção de um padrão médio de crescimento de
produção total e de arábica, em particular, em mais de uma década. A inflexão representa a perda em
relação à média móvel de quatro anos, contemplando os anos de 2014 e 2015 com redução de
aproximadamente 2 a 3 milhões de sacas anuais, o que obviamente é inferior à quebra anual de fato,
esta próxima a 5 milhões de sacas.
Teorias que explicam a seca de 2014 variam desde um fenômeno atípico isolado ou uma ocorrência
cíclica a cada 40 anos aproximadamente a uma série de secas sucessíveis com perda de intensidade
ao longo de um período de 3 a 5 anos. O comportamento do clima em janeiro último indica que muito
além de um fenômeno isolado anual, o cenário atual poderia enquadrar-se nesteúltimopadrão
descrito acima. Talvez ainda seja cedo para esta afirmação, mas existem bons motivos para esta
hipótese. Como os produtores brasileiros de arábica irão reagir se as perdas causadas pela seca
persistirem em 2015 e a probabilidade de recorrência em 2016 aumentar?
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A resposta imediata seria a irrigação, que no entanto enfrenta barreiras crescentes tais como:
disponibilidade de água, custos de outorga e necessidade de adaptação do manejo, além dos custos
de implantação e operação destes sistemas. Isso sem contar que mesmo em áreas irrigadas, o café
sofreu em 2014 com as altas temperaturas. Seria o caso da tendência em direção ao gotejamento ser
revista em favor da aspersão, caso comprovado o benefício colateral de atenuante de calor nas áreas
de café irrigado?
A prática de sombreamento em áreas já implantadas contribui para a manutenção da umidade e
redução da temperatura, porém com impactos negativos naprodutividade e na possibilidade de
mecanização da colheita. A qualidade do produto no entanto deve beneficiar-se deste sistema, uma
vez que a prática induz um período de maturação mais longo, que apresenta uma correlação positiva
com atributos desejáveis da bebida.
O uso de variedades resistentes a períodos prolongados de estiagem e altas temperaturas são
soluções de longo prazo que não deveriam ser descartadas, considerando as indicações atuais de
aquecimento global. Provavelmente seja ainda muito cedo para considerar a migração das lavouras
em direção ao sul do país; o alto custo e dificuldade desta opção seria um último recurso após todas
outras possibilidades se esgotarem.
Uma vez que, com exceção da irrigação, todas as soluções são de médio e longo prazo e períodos
de estiagem devem fazer parte da realidade das principais áreas de produção do Brasil, encerro este
artigo com as seguintes questões; primeiro, quais origens irão tomar o espaço do Brasil no mercado
global, já que se trata de uma oportunidade aberta aos nossos competidorese, segundo, como o
governo brasileiro e o setor privado reagirão a este desafio: política setorial, financiamento, pesquisa,
transferência de tecnologia, seguros, etc?
* Engenheiro civil pela Escola Politécnica da USP; pós-graduação a nível de doutorado em economia
e negócios no Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA; sócio da P&A Marketing
Internacional.
Guia de Cafeterias do Brasil 2015 chega às bancas
Revista eSpresso
13/02/2015
O Guia de Cafeterias do Brasil 2015 (Café Editora) chega às bancas,
livrarias, revistarias com informações completas de onde tomar bons
cafés acompanhados de quitutes em 80 cidades do Brasil.
O Brasil é o maior produtor e exportador do grão e está em segundo
lugar no consumo mundial, atrás dos Estados Unidos. Com tantos
lugares para apreciar o café, o objetivo do Guia é ajudar a encontrar
as opções mais completas e que oferecem variedade. O Guia chega
com a missão de facilitar a busca por espaços aconchegantes, que
servem produtos de qualidade, ótimo atendimento e também
diversos métodos de preparo para apreciar o café.
Esta edição, a terceira do guia já publicado em 2013 e 2014, reúne
casas em 20 Estados brasileiros. As cafeterias estão divididas por
localização, por marca de café servido e também acompanham
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informações sobre disponibilidade de wi-fi para o cliente, qual é o ponto forte e os principais atrativos
para comer e beber.
O leitor também encontra o prêmio Top 20: Melhor Cafeteria do Brasil e Cafeteria Revelação. O
primeiro indica aos leitores as 20 melhores casas que, pelo critério de tradição, pioneirismo,
atendimento, ambientação, e, principalmente, qualidade do café servido são indicadas como
autênticas representantes do Brasil. As Cafeterias Revelação representam as doze que mais se
destacaram durante o ano de 2014. Para esses dedicados empresários e empresárias os prêmios
são um incentivo para dar sequência ao belo trabalho.
Para a experiência ser completa, o Guia de Cafeterias do Brasil traz ao leitor informações sobre a as
diferentes moagens do café, como degustar e curiosidades sobre inusitados métodos de preparo pelo
mundo.
SERVIÇO
Guia de Cafeterias do Brasil 2015, Café Editora - 260 págs. (www.guiadecafeterias.com.br)
Preço: R$ 19,90
Venda: cafeterias e bancas de jornal, revistarias e livrarias de todo Brasil e na Café Store
(www.cafestore.com.br)
Café: associação africana pretende liberar crédito para aumentar produção
Agência Estado
13/02/2015
A Associação de Cafés Finos da África pretende liberar crédito em até três meses para que pequenos
produtos melhorem a produtividade de suas plantações e aproveitem a alta das cotações da
commodity no mercado internacional. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo chairman da
entidade, Abdullah Bagersh.
Em 2013/14, os pequenos produtores produziram 85% de toda a safra de 18 milhões de sacas do
continente. Conforme Bagersh, essa produção pode aumentar em 50% nos próximos seis anos
justamente com o acesso facilitado ao crédito.
Além disso, acrescenta o chairman da associação, o aumento da produção na África será importante
para atender à crescente demanda pelo produto. "Nossa meta inicial (de desembolso) é de US$ 10
milhões", afirmou Bagersh. Fonte: Dow Jones Newswires.
Começa pesquisa de novas variedades de café em El Salvador
CaféPoint
13/02/2015
Reportagem: http://www.laprensagrafica.com / Tradução: Juliana Santin
O projeto de pesquisa que busca desenvolver novas variedades para o cultivo de café já
está em marcha. O Instituto Mundial de Café (WRC), da Universidade do Texas A&M,
trabalhará com 19 países produtores – da Ásia, da África e da América – para encontrar
mudas de café que cumpram com os requisitos de produtividade, resistência a doenças e
qualidade na bebida.
8. Conselho Nacional do Café – CNC
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Em El Salvador, o órgão envolvido na pesquisa é a Fundação para Pesquisas de Café (Procafe).
Segundo Óscar Ramos, gerente técnico da fundação, foram recebidas já 23 variedades e esperam
receber mais oito nos próximos dias. Os países de onde procedem as variedades são Índia, México,
Honduras e Brasil. No entanto, El Salvador forneceu exemplares dos arbustos pacamara, que embora
sejam vulneráveis a doenças como a ferrugem, têm uma qualidade de bebida que os compradores
exigentes apreciam muito. Os materiais enviados pelo instituto americano que coordena todo o
trabalho são cultivados a partir de 1.000 metros de altura.
As mudas recebidas por El Salvador estão em fazendas da Procafé localizadas em Usulután e Santa
Ana, com fins experimentais. Os resultados poderão observar como mínimo em três anos, porque
esse é o tempo que demora para o arbusto amadurecer. Uma vez transcorrido esse tempo, será
determinado como se adaptarão as plantas no clima salvadorenho e se alcançarão todo seu potencial
nas condições locais. “No final, haverá uma diversidade genética muito interessante”, disse Ramos.
Tim Schilling, diretor do WRC, disse que também foram traçadas metas para longo prazo. “A
pesquisa em vários ‘ambientes de clima extremo’ nessa prova global nos permitirá observar como
essas variedades se comportariam nos climas ‘futuros’, que serão observados entre 30 e 50 anos a
partir de agora. Essa será a primeira vez que teremos a oportunidade de ver como a mudança
climática afetará realmente o café no futuro”.
Os setores público e privado envolvidos na atividade cafeeira agroindustrial concordam que o parque
cafeeiro salvadorenho urge uma renovação.
Há três desafios pontuais: encontras as variedades idôneas, distribuir material certificado e ter acesso
a financiamento de longo prazo para o produtor.
Sobre a certificação, até o momento não existe nenhuma entidade no país que gere mudas
certificadas. Somente o Centa Café, divisão especializada do Ministério da Agricultura e Pecuária
(MAG), tem autorização para garantir a procedência de uma muda em particular.
Quanto às variedades adequadas, os produtores enfrentam o dilema entre resistência a pragas e
qualidade da xícara. Não há variedades suficientes que cumpram ambos os requisitos de uma vez.
Carlos Borgonovo, presidente da Abecafe, disse que é o momento de promover uma mudança. “O
Bourbon pode ser cultivado em áreas muito privilegiadas: boa terra, altura e condições muito
especiais de micro-clima. Porém, áreas assim no país não passam de 5% do parque”.