1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 09/05/2014
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CNC: setor busca medidas para melhorar cenário econômico da cafeicultura
P1 / Ascom CNC
09/05/2014
- Representantes da produção se reúnem com Governo para sugerir medidas que melhorem o
cenário econômico da cafeicultura brasileira.
POLÍTICAS PARA O CAFÉ — Na terça-feira, 6 de maio, reunimo-nos com a secretária de Produção
e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Cleide Edvirges, por
duas vezes. Na primeira, apresentamos uma pauta de reivindicações do setor e, na segunda, que
também contou com a presença do diretor do Departamento do Café, Jânio Zeferino, ao sermos
convidados pela Comissão Nacional do Café da CNA, defendemos interesses comuns para a
cafeicultura e buscamos medidas de apoio frente à atual condição de dificuldade após dois anos de
baixos preços e do veranico que afetou severamente os cafezais no começo de 2014.
Entre os assuntos tratados nos encontros, destacamos o posicionamento do presidente executivo do
CNC, Silas Brasileiro, que, em debate sobre o repasse dos recursos do Fundo de Defesa da
Economia Cafeeira (Funcafé), apontou a necessidade de, neste ano, voltarmos a atenção às
cooperativas para melhorar o acesso de recursos a todos os produtores, haja vista que essa verba do
Funcafé têm caráter social e, por isso, os conceitos de sua aplicação precisam ser revistos, fazendo
com que chegue ao maior número possível de cafeicultores.
Ainda sobre os recursos do Fundo, os representantes do setor produtivo cobraram o Governo para
que faça anúncios únicos e não segmentados, como acontecerá este ano, uma vez que os valores
destinados às linhas de capital de giro (R$ 900 milhões) serão anunciados juntamente com o Plano
Safra 2014/2015. Apresentar o montante total de forma unificada é fundamental para evitar
expectativas no mercado, as quais são desnecessárias e geram riscos dispensáveis para os
produtores.
Vale reiterar que o setor produtivo não concorda, em hipótese alguma, com a elevação de taxas para
os recursos destinados às linhas de comercialização, visto que, conforme supracitado, o Funcafé tem
um caráter social. Dessa maneira, os juros devem ser, efetivamente, os mesmos para as demais
linhas de crédito, ou seja, 5,5% ao ano. Mesmo sendo voltados à comercialização, vale destacar que
um virtual aumento nos juros elevaria o preço do café nas gôndolas e cafeterias e, por conseguinte,
oneraria o consumidor final, fato que não desejamos.
Outra matéria tratada diz respeito às Resoluções BACEN nº 4.289 e nº 4.301. O setor explicou ao
Governo que ambas não atenderam totalmente a demanda da cafeicultura, por isso solicitou a
alteração da data estabelecida para a amortização mínima de 20% do saldo atualizado das linhas de
custeio e estocagem para até 31 de dezembro de 2014. Essa medida se faz necessária, já que boa
parte dos produtores não terá condições financeiras para honrar o compromisso até 30 de junho
próximo, haja vista que vivenciaram um cenário de dois anos seguidos de baixos preços, que os
cafezais sofreram com o veranico do começo deste ano e, ainda, que os cafeicultores não terão o
produto para negociar e quitar a parcela, uma vez que o prazo para pagamento antecede a época de
colheita.
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A questão da prorrogação dos passivos referentes às Cédulas de Produto Rural (CPRs) também foi
debatida. O setor recordou do acordo firmado com o Governo para sanar essa situação e, para isso,
propôs a criação de uma linha de financiamento envolvendo um montante de R$ 200 milhões.
Por fim, os representantes da produção reiteraram a necessidade do Governo Federal honrar o
compromisso firmado desde o ano passado, o qual implica reajustes anuais nos preços mínimos dos
cafés arábica e robusta, situando-os sempre próximos à realidade dos custos de produção no campo.
Este ano, já houve um reajuste de 15,48% no preço mínimo do conilon, que saiu de R$ 156,57 para
R$ 180,80 por saca, atendendo a um pleito da cafeicultura capixaba junto à Secretaria de Produção e
Agroenergia do Mapa e ao Ministério da Fazenda, que contou com o apoio do CNC.
Já o atual preço mínimo do arábica, de R$ 307,00 por saca – reajustado no ano passado após
congelamento desde 2009, quando equivalia a R$ 261,69 –, está bem aquém dos custos para se
cultivar, haja vista que a tabela de custo médio apresentada no ano passado era de R$ 343,00. Como
em 2013 não houve cumprimento por parte do Governo com uma justa correção de preços do
arábica, os produtores têm convivido com um endividamento crônico, razão pela qual o CNC
continuará trabalhando para que este pleito seja atendido.
MERCADO — Diante da aproximação do período mais intenso da colheita no Brasil, o mercado
futuro de café arábica continuou operando de maneira volátil nesta semana, com tendência de queda.
Agentes de mercado aguardam a colheita de volumes mais expressivos para avaliar o tamanho das
perdas quantitativas e qualitativas causadas pelo veranico do primeiro bimestre.
As previsões de clima mais seco nas origens brasileiras nos próximos dias e movimentos de
realização de lucros pressionaram as cotações futuras na Bolsa de Nova York. Ontem, o vencimento
julho do contrato C da ICE Futures US foi cotado a US$ 1,9550, acumulando perda de 770 pontos.
Os preços futuros do robusta na Bolsa de Londres também caíram nesta semana, que foi mais curta
devido ao feriado da segunda-feira na Inglaterra. O fechamento do vencimento julho do contrato 409
deu-se a US$ 2.134 por tonelada ontem, com desvalorização de US$ 20 no acumulado dos últimos
três dias.
A Associação da Indústria e Exportadores de Café da Indonésia voltou a divulgar projeções que
mostram tendências de expressivo aumento do consumo naquele país, diante do aumento de renda
da população. De acordo com os dados apresentados, o consumo deve crescer 33% nos próximos
dois anos, saltando para 400 mil toneladas em 2016, ante as 300 mil toneladas estimadas para este
ano. Com isso, haverá menos café robusta indonésio disponível para exportação. A Associação
também aponta o crescimento da demanda por bebidas de melhor qualidade, já prevendo aumento
da participação da variedade arábica na produção do país para 25% em três anos, ante os 19% de
2013.
No mercado doméstico brasileiro, a semana foi de baixa liquidez na comercialização, com produtores
segurando as vendas diante do nível ofertado de preços para o café. Os indicadores do Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon encerraram
a quinta-feira a R$ 457,59 e R$ 253,61 por saca, respectivamente, com perda acumulada de
aproximadamente 2% em relação ao final da semana antecedente.
Após atingir a maior cotação do último mês na segunda feira, o dólar comercial voltou a desvalorizar-
se ante o real, encerrando a quinta-feira R$ 2,2144, nível próximo ao observado no final da semana
anterior. Mesmo com a redução das intervenções do Banco Central do Brasil quando o câmbio cai
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abaixo de R$ 2,20, o fluxo cambial positivo, a melhora dos resultados do comércio exterior chinês e o
sentimento de redução nas tensões na Ucrânia motivaram a tendência de apreciação do real ante o
dólar.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC
Volume de café exportado sobe 8,3% ante abril de 2013, informa o CeCafé
Communicação Assessoria Empresarial
09/05/2014
As exportações brasileiras de café registraram em abril um incremento de 8,3% no volume de sacas
embarcadas se comparado ao mesmo mês em 2013. Foram exportadas 3.006.248 sacas (verde,
torrado & moído e solúvel), contra 2.776.094 em abril do ano passado. A receita, por sua vez,
apresentou aumento de 5,3% na mesma base comparativa, fechando em US$ 520,986 milhões. No
período de janeiro a abril foram exportadas 11.452.977 sacas, o que representou um crescimento de
12,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As informações são do Balanço das
Exportações divulgado hoje pelo CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Guilherme Braga, diretor-geral do CeCafé, avalia que os números mostram uma “recuperação dos
preços no mês de abril com a saca de 60kg sendo vendida a um preço médio FOB de US$173, em
relação a março, quando ela estava avaliada em US$160, em média. Isso representa um aumento
real em torno de 8%. O volume exportado em abril também pode ser considerado bom, por ser um
mês de entre-safra e a expectativa é que isso se mantenha no mês de maio”.
Considerando o ano-safra, foram comercializadas 27.942.081 sacas de café entre julho de 2013 e
abril de 2014, quantidade 7,8% superior à registrada no mesmo período da safra anterior. Já a receita
acumulada ao logo destes dez meses da safra 2013/2014 foi de US$ 4,203 bilhões.
De acordo com o levantamento, a variedade arábica respondeu por 85,3% das vendas do país no
período de janeiro a abril, o solúvel por 9,4% e, o robusta, por 5,2% das exportações. Os cafés
diferenciados (arábica e conillon) tiveram participação de 22,2% nas exportações em termos de
volume e de 29,8% na receita cambial.
O relatório aponta ainda que nos quatro primeiros meses de 2014 a Europa foi o principal mercado
importador de café do Brasil, respondendo pela compra de 55% do total embarcado do produto,
enquanto América do Norte adquiriu 24% do total de sacas exportadas, Ásia 16%, América do Sul
3%, África 1% e Oceania 1%.
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As exportações brasileiras para os chamados Países Importadores Emergentes tiveram um aumento
de 28,9% nesse mesmo período. O Brasil também registrou crescimento 8% nas exportações para os
Países Importadores Tradicionais, considerando a mesma base comparativa. Houve também
crescimento de 93,5% de exportações brasileiras para países produtores.
Segundo o Balanço das Exportações, a lista de países importadores no período de janeiro a abril de
2014 segue liderada pelos Estados Unidos, que adquiriram 2.324.792 sacas (20% do total
exportado), seguidos pela Alemanha, com 2.232.440 sacas (19% do total). A Itália ocupou a terceira
colocação, importando 882.981 sacas do produto brasileiro (8%). No quarto lugar está a Bélgica, com
772.145 sacas (7% do total) e, no quinto lugar o Japão (6%), com 731.998 sacas.
Os embarques de café no quarto mês deste ano foram realizados em grande parte pelo porto de
Santos, por onde foram escoados 76,2% do produto exportado (8.722.347 sacas), pelos portos do
Rio de Janeiro, que embarcaram 19,2% do total (2.198.231 sacas), e pelo porto de Vitória, de onde
saíram 2,2% do total (249.144 sacas).
A cafeicultura familiar brasileira no contexto do Ano Internacional da Agricultura Familiar
Embrapa Café - Gerência de Transferência de Tecnologia
09/05/2014
Carolina Costa e Flávia Bessa
A Organização das Nações Unidas - ONU declarou 2014 como o Ano
Internacional da Agricultura Familiar - AIAF. A agricultura familiar inclui
todas as atividades agrícolas de base familiar e está ligada a diversas
áreas do desenvolvimento rural, inclusive à cafeicultura. Além de estar
intimamente vinculada à segurança alimentar, esse tipo de agricultura
preserva os alimentos tradicionais, contribui para alimentação balanceada,
para a proteção da agrobiodiversidade e para o uso sustentável dos
recursos naturais.
De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação
e Agricultura), o AIAF visa aumentar a visibilidade da agricultura familiar e
dos pequenos agricultores, focalizando a atenção mundial na importante missão de erradicação da
fome e pobreza, provisão de segurança alimentar e nutricional, melhora dos meios de subsistência,
gestão dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável,
particularmente de áreas rurais. A proposta do AIAF, segundo a ONU, é promover ampla discussão
e cooperação mundial para aumentar a conscientização e entendimento dos desafios que os
pequenos agricultores enfrentam. O AIAF também pretende ajudar a identificar maneiras eficientes
de apoiar a agricultura familiar.
Segundo o Censo Agropecuário de 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,
81% dos estabelecimentos produtores de café são de agricultura familiar. A cafeicultura familiar
emprega em torno de 1,8 milhão de pessoas por ano e é responsável por 38% do café produzido no
Brasil. De acordo com o IBGE, a área colhida por cafeicultores familiares corresponde a 44% da
área colhida de café no Brasil.
Consórcio Pesquisa Café – Criado em 1997, ao longo dos seus 17 anos de trabalho, no
desenvolvimento dos seus projetos vem privilegiando a cafeicultura familiar no Brasil. Segundo o
Informe Estatístico do Café – Departamento do Café/Mapa, a área de produção e a produtividade do
café, em 1997, era de 2,4 milhões de hectares com produtividade de 8,0 sacas/hectare e produção
total de 18,9 milhões de sacas de 60kg. Em 2013, conforme a Conab (dez/2013), com praticamente
a mesma área de produção – 2,3 milhões de hectares - o País produziu 49,1 milhões de sacas, com
uma produtividade de 24,38 sacas/ha.
O Consórcio congrega instituições de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas principais
regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a interação das instituições e a
5. Conselho Nacional do Café – CNC
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otimização de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais. Foi criado por dez instituições:
Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária - Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto
Agronômico - IAC, Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa,
Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio,
Universidade Federal de Lavras - Ufla e Universidade Federal de Viçosa - UFV.
Contribuições do Consórcio para a cafeicultura familiar – Para o professor Juarez Sousa e
Silva, que desenvolve pesquisas na Universidade Federal de Viçosa - UFV, integrante do
Consórcio, os pequenos cafeicultores, com exceção dos organizados no sistema de cooperativas,
têm poucas possibilidades de comercializar a produção diretamente com os mercados
consumidores, ou de retê-la, aguardando melhores preços. Esses cafeicultores, explica Juarez, por
não produzirem café com agregação de valor, vendem o produto a atravessadores que pagam o
preço que melhor lhes convém. “Entretanto, pesquisadores do Consórcio desenvolvem e transferem
tecnologias em pós-colheita, entre outras de interesse da lavoura cafeeira, apropriadas à
cafeicultura de base familiar. Simultaneamente, vêm produzindo e disponibilizando material
bibliográfico, em linguagem simples, para a construção e utilização das tecnologias com eficiência
comprovada”, acrescenta Juarez.
Conheça algumas cultivares desenvolvidas pelo Consórcio com potencial de uso pela cafeicultura
familiar:
BRS Ouro Preto – Recomendada especialmente para Rondônia – segundo produtor de café
conilon do Brasil – a cultivar foi obtida pela seleção de cafeeiros com características adequadas às
lavouras comerciais do estado e adaptada ao clima e ao solo local, com tolerância aos principais
estresses climáticos da região: alta temperatura, elevada umidade do ar e déficit hídrico moderado.
A BRS Ouro Preto tem potencial para aumentar a produtividade da cafeicultura em Rondônia e
poderá ter sua recomendação estendida para outras regiões da Amazônia. A produtividade média
do café em Rondônia é de 11 sacas/ha; já a da Conilon BRS Ouro Preto é de 70 sacas/ha.
Centenária Incaper 8132 – Desenvolvida pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica
e Extensão Rural - Incaper, a cultivar é formada pelo agrupamento de nove clones compatíveis de
maturação tardia, com colheita concentrada no mês de julho. A produtividade, considerada alta, é
de 82,36 sacas beneficiadas por hectare. Seu maior destaque é a qualidade superior da bebida que
apresentou, em testes sensoriais, características de sabor e aroma que remetem ao achocolatado,
caramelo e frutado.
Jequitibá Incaper 8122 – Desenvolvida pelo Incaper, a cultivar é formada pelo agrupamento de
nove clones compatíveis de maturação intermediária, com colheita concentrada no mês de junho.
Destaca-se pela elevada produtividade, de 88,75 sacas beneficiadas por hectare, e pela qualidade
superior da bebida. Em análises sensoriais, a bebida apresentou características de sabor adocicado
e aroma que remete ao chocolate amargo e a caramelo com chocolate.
Diamante Incaper 8112 – Desenvolvida pelo Incaper, a cultivar é formada pelo agrupamento de
nove clones compatíveis de maturação precoce, com colheita concentrada no mês de maio. A
produtividade, considerada alta, é de 80,73 sacas beneficiadas por hectare. O maior destaque da
cultivar é a qualidade superior da bebida que apresentou, em testes sensoriais, características de
sabor e aroma que remetem ao cacau e ao chocolate. Apresentou, ainda, toque de frutas vermelhas
e retrogosto adocicado.
IPR 100 – Desenvolvida pelo Instituto Agronômico do Paraná – Iapar, a IPR 100 foi a primeira
cultivar de café arábica resistente ao nematoide M. paranaensis sem a necessidade de enxertia.
Desenvolvida a partir do melhoramento genético tradicional, a nova variedade faz parte dos
esforços da instituição em buscar alternativas de controle do parasita sem a necessidade de
aplicação de agroquímicos, que encarecem o custo para o agricultor e ainda podem contaminar o
solo e até o lençol freático porque os nematoides vivam nas raízes das plantas. A cultivar é indicada
preferentemente para regiões quentes, com temperatura média anual acima de 21,5°C – e
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principalmente para a região Noroeste do Estado do Paraná, onde a presença do nematoide é mais
frequente. Gera bebida de boa qualidade, encorpada, levemente ácida e de sabor doce.
Tupi RN IAC 1669-22 – Desenvolvida pelo Instituto Agronômico - IAC, a cultivar apresenta elevada
produtividade, boas características agronômicas e tecnológicas e precocidade em relação às
cultivares comumente utilizadas. Resistente à ferrugem e ao nematóide Meloidogyne exigua, requer
menor utilização de agroquímicos, gerando considerável economia e sensível redução dos riscos
relacionados à poluição ambiental e à saúde dos agricultores e consumidores. Em plantios irrigados,
a cultivar produziu 91, 50 e 89 sacas beneficiadas por hectare nos três primeiros anos,
respectivamente, em espaçamento de 3,6x0,5m.
IPR 103 – Desenvolvida pelo Iapar, a cultivar apresenta moderada resistência à ferrugem-do-
cafeeiro, resistência parcial à necrose dos frutos e sistema radicular rústico. Possui alto vigor e
produtividade. Gera bebida de qualidade boa e é adaptada ao calor e a solos pobres.
Araponga MG 1 – Desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais –
Epamig e pela Universidade Federal de Viçosa - UFV, a cultivar possui alto vigor vegetativo, boa
arquitetura das plantas, alta produtividade e resistência à ferrugem, proporcionando redução no
custo de produção e menor impacto ao meio ambiente por permitir menor utilização de defensivos
agrícolas no manejo da cultura. A qualidade da bebida é idêntica à das cultivares comerciais Catuaí
e Mundo Novo, de acordo com testes realizados durante o processo de seleção da cultivar.
Topázio MG 1190 – Desenvolvida pela Epamig e Universidade Federal de Lavras - Ufla, a cultivar
proporciona excelente produtividade e elevado vigor vegetativo, não exibindo depauperamento
precoce depois de elevadas produções. Os frutos são de coloração amarela e as folhas, quando
novas, são predominantemente de cor bronze-escuro. Gera bebida de boa qualidade.
Paraíso MG H 419-1 – Desenvolvida pela UFV, a cultivar é indicada para as regiões cafeeiras do
Estado de Minas Gerais aptas para o cultivo da espécie Coffea arábica. Apresenta alto nível de
resistência ao agente causador da ferrugem-do-cafeeiro e representa uma opção para a produção
de café orgânico, em razão de ser resistente à ferrugem-alaranjada-do-cafeeiro, que é a principal
doença da cultura. Seu porte baixo facilita a colheita e mecânica dos cafeeiros, além de possibilitar
maior densidade de plantio.
Oeiras MG 6851 – Resultado do esforço conjunto entre a UFV e a Epamig, a maioria dos cafeeiros
dessa cultivar são resistentes às raças de Hemileia vastatrix Berk et Br., prevalecentes nas regiões
cafeeiras do Estado de Minas Gerais. No entanto, já se observa, em alguns locais, a ocorrência de
plantas com moderada incidência de ferrugem. É preferencialmente indicada para as regiões de
elevada altitude do Triângulo Mineiro, alto Paranaíba, Sul de Minas e Zona da Mata de Minas. Em
razão de sua resistência à ferrugem-do-cafeeiro e de seu porte e arquitetura, pode ser utilizada em
plantios adensados em espaçamentos de 2,0 a 2,5m entre fileiras e de 0,50 a 0,70m entre plantas
dentro das fileiras.
Catiguá MG 1, MG 2 – Desenvolvida pela Epamig e UFV, as cultivares são resistentes às raças
prevalecentes do fungo causador da ferrugem-do-cafeeiro. As folhas novas da Catiguá MG1
apresentam cor bronze. Já as da Catiguá MG2 apresentam coloração bronze e verde. Devido às
folhas ligeiramente lanceoladas e posicionadas em ângulo agudo em relação ao ramo, sugerindo
um formato de espinha de peixe, tais cultivares são facilmente identificadas. Seus frutos, quando
bem maduros, são de coloração vermelha intensa. A altura das plantas, o diâmetro médio da copa e
a produtividade são semelhantes aos das cultivares Catuaí Vermelho IAC 144 e IAC 15. A catiguá
MG2 apresenta bebida de excelente qualidade.
Mais tecnologias para a cafeicultura familiar – Várias são as tecnologias desenvolvidas no
âmbito do Consórcio e aplicáveis à pequena propriedade e à cafeicultura familiar, entre elas: além
das cultivares, pode-se citar o cultivo de café adensado; manejo de plantas daninhas usando
leguminosas herbáceas consorciadas com café; tecnologias para pós-colheita como a abanadora
manual para fazer a limpeza do café durante colheita; lavador portátil; Sistema para Limpeza de
Águas Residuárias - SLAR; rodo enleirador para café; silo-secador; fornalha a carvão vegetal;
7. Conselho Nacional do Café – CNC
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terreiro secador híbrido e secador solar.
Conheça também outras tecnologias de pós-colheita com potencial de uso pela cafeicultura familiar
divulgadas em publicações técnico-científicas disponíveis no site da Embrapa Café nos links abaixo:
Infraestrutura mínima para produção de café com qualidade – opção para a cafeicultura
familiar
http://www.sapc.embrapa.br/index.php/view-details/diversos/949-infraestrutura-minima-para-
producao-de-cafe-com-qualidade-opcao-para-a-cafeicultura-familiar
Fornalha a carvão para secagem de café e grãos
http://www.sapc.embrapa.br/index.php/view-details/circular-tecnica/939-circular-tecnica-2-fornalha-a-
carvao-para-secagem-de-cafe-e-graos
Lavadores e sistema de reuso da água no preparo do café
http://www.sapc.embrapa.br/index.php/view-details/circular-tecnica/948-circular-tecnica-4-lavadores-
e-sistema-de-reuso-da-agua-no-preparo-do-cafe
Construção e utilização do terreiro híbrido para a secagem do café
http://www.sapc.embrapa.br/index.php/view-details/comunicado-tecnico/recomendacoes-
tecnicas/942-comunicado-tecnico-3-construcao-e-utilizacao-do-terreiro-hibrido-para-a-secagem-do-
cafe
Construção de ventiladores centrífugos para uso agrícola
http://www.sapc.embrapa.br/index.php/view-details/comunicado-tecnico/recomendacoes-
tecnicas/943-comunicado-tecnico-3-construcao-de-ventiladores-centrifugos-para-uso-agricola
Produção de café cereja descascado – equipamentos e custo de processamento
http://www.sapc.embrapa.br/index.php/view-details/comunicado-tecnico/recomendacoes-
tecnicas/946-comunicado-tecnico-4-producao-de-cafe-cereja-descascado-equipamentos-e-custo-de-
processamento
Café: preço do robusta deve cair nos próximos meses, avalia Commerzbank
Agência Estado
09/05/2014
A tendência é de queda para os preços futuros do café robusta nos próximos meses, apesar dos
temores quanto às safras da Indonésia e do Vietnã, avalia o Commerzbank, em nota. Para o banco,
o robusta seguirá as cotações da variedade arábica, que deve passar por uma correção técnica
após os fortes ganhos do início do ano, quando uma severa estiagem prejudicou as plantações do
Brasil. A instituição prevê que no terceiro trimestre o preço médio do robusta será de US$ 1.800 por
tonelada. Nos últimos três meses do ano, a cotação média deve cair para US$ 1.600/t. Fonte: Dow
Jones Newswires.