O documento discute insuficiência hepática e hipertensão portal. Apresenta as causas, mecanismos e consequências da insuficiência hepática aguda e crônica, incluindo alterações na circulação, formação de ascite e encefalopatia hepática. Também aborda os mecanismos da hipertensão portal e sua relação com a circulação hiperdinâmica na insuficiência hepática.
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfHELLEN CRISTINA
Trabalho em equipe, comunicação e escrita.
Pensamento crítico, científico e criativo.
Análise crítica de dados e informações.
Atitude ética.
Bibliografia
B1 MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Enfermagem do Trabalho - Programas,
Procedimentos e Técnicas. São Paulo: IÁTRIA, 2012. E-book. ISBN 9788576140825
B2 LUCAS, Alexandre Juan. O Processo de Enfermagem do Trabalho. São Paulo:
IÁTRIA, 2004. E-book. ISBN 9788576140832
B3 CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Introdução à
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book.
ISBN 9788527730600
C1 CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 37
Comentadas e Descomplicadas. Rio de Janeiro: Método, 2022. E-book. ISBN
9786559645893
C2 OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios
para a enfermagem e a saúde. Barueri: Manole, 2017. E-book. ISBN 9788520455333
C3 KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527730198
C4 GUIMARÃES, Raphael Mendonça; MESQUITA, Selma Cristina de Jesus. GPS - Guia
Prático de Saúde - Enfermagem. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2015. E-book.
ISBN 978-85-8114-321-7
C5 BECKER, Bruna; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Gestão em enfermagem na
atenção básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. ISBN 9788595029637
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
3. Insuficiência
Hepática
•Processos fisiológicos essenciais hepáticos:
• Produção de albumina e diversas outras proteínas
• Armazenar e liberar glicose (glicogênio) e lípidios (colesterol)
• Biotransformação de substancias:
Amônia em uréia
Inativação de hormônios esteróides
Inativação de drogas e toxinas
4. Mecanismos Gerais da
Insuficiência Hepática
• 1- Deficit funcional do parênquima hepático
Disfunção Hepatocelular
• 2 - Falha do fluxo sanguíneo (venoso + arterial)
Hipertensão venosa portal
• 3- Falha do fluxo biliar Colestase
5. DISFUNÇÃO HEPATOCELULAR
CARACTERÍSTICAS:
-Ativação das células estreladas
(deposição de matriz extracelular)
-Ativação das células de Kupffer
(macrófagos)
-Perda das microvilosidades
dos hepatócitos
(síntese de proteínas)
-Perda das “fenestrae” endoteliais
6. LESÃO HEPÁTICA: 1 - ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS ESTRELADAS
Célula hepática
estreladal
Célula hepática
estrelada
Fator de crescimento derivado das plaquetas
Matrix metaloproteinases
Endotelina-1
Fator crescimento
derivado das plaquetas
Proteínae
quimioatraente
dos monócitos
Vit A
7. LESÃO HEPÁTICA: 2 - ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS DE KUPFFER
Proteína C, ferritina, complemento, haptoglobina
11. MECANISMOS DE COLESTASE (para conhecimento)
A secreção da bile requer integração de eventos celulares, ainda pobremente compreendidos.
Entretanto, é possível definir defeitos celulares específicos que ocorrem na lesão hepática colestática .
O mecanismo da secreção biliar envolve como as células epiteliais se polarizam, como os elementos do
citoesqueleto funcionam e como estes mecanismos são regulados.
Começam a se estabelecer bases para a terapia de muitas doenças colestáticas.:
1. Alterações estruturais e da função das membranas basolateral (sinusoidal) e apical (canalicular):
Colestase por estrógenos; colestase da gravidez; colestase associada a nutrição parenteral total.
2. Alterações do citoesqueleto.
2.1. Microtúbulos (transporte vesicular transcitótico diminuído): colchicina, etinilestradiol e clorpromazina.
2.2. Microfilamentos (diminuição das contrações canaliculares e aumento da permeabilidade paracelular):
Clorpromazina e andrógenos; cirrose infantil dos índios norte-americanos.
2.2.3. Filamentos Intermediários (colapso canalicular): níquel.
2.3. Regulação da secreção biliar.
2.3.1. Aumento do cálcio intracelular (diminuição do fluxo biliar):
Ácidos biliares colestáticos (litocolato e taurolitocolato); cálcio, vasopressina,
Colestase induzida por sepse ou endotoxina, colestase induzida por linfocina.
2.3.2. Ativação da cinase protéica C (diminuição do fluxo biliar) e ativação do AMP cíclico (aumento do
fluxo biliar): Ésteres forbóis, dibutril CAMP.
12. MECANISMOS DE COLESTASE (para conhecimento) (continuação)
2.4. Aumento da permeabilidade paracelular (dissipação de gradientes osmóticos ou eletromecânicos):
Estrógenos, clorpromazina, ligação de ducto biliar, ácidos biliares mono-hidroxilados, colestase da
gravidez, contraceptivos orais, nutrição parenteral total.
2.5. Polaridade celular alterada (perda do transporte vetorial causada pela disfunção de microtúbulos e
alterações das junções apertadas):
Colchicina, ligação de ductos biliares e provavelmente isquemia.
2.6. Perfusão alterada dos hepatócitos (diminuição do transporte de oxigênio e nutrientes para os
hepatócitos; diminuição da atividade de transporte de proteínas pela membrana; disfunção de
citoesqueleto, aumento da permeabilidade paracelular e perda da polaridade da célula):
Ésteres forbóis, alfa-1 agonistas, clorpromazina, choque, insuficiência cardíaca congestiva, vasoconstritores.
2.7. Obstrução canalicular e de ductos biliares intra-hepáticos (diminuição do fluxo biliar causada pela
precipitação nos ductos biliares ou lesão imune dos ductos biliares):
Acidos biliares mono-hidroxilados, protoporfíria, colestase induzida por drogas (clorpromazina e tricíclicos),
síndromes do desaparecimento dos ductos biliares (ductopenia idiopática), colangite esclerosante primária e
cirrose biliar primária, colangite auto-imune (cirrose biliar primária antimitocôndria negativo), sarcoidose,
histiocitose X, doença do enxerto versus hospedeiro, rejeição do enxerto.
2.8. Toxicidade dos sais biliares (diminuição do transporte de proteína pela membrana, aumento do cálcio
intracelular ou da permeabilidade paracelular, precipitação de ácidos biliares dentro dos ductos): ácidos
biliares mono-hidroxilados, colestase recorrente intra-hepática
15. FISIOPATOLOGIA DA HIPERTENSÃO PORTA
LESÃO HEPÁTICA ->
LIBERAÇÃO DE MÚLTIPLOS FATORES PELO CONTEÚDO CELULAR HEPÁTICO ->
VASODILATAÇÃO ESPLÂNCNICA E SISTÊMICA ->
DESEQUILÍBRIO CONTINENTE/CONTEÚDO SANGUÍNEO ARTERIAL ->
ATIVAÇÃO SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA ALDOSTERONA ->
RETENÇÃO DE SÓDIO E ÁGUA ->
EXPANSÃO DO VOLUME PLASMÁTICO ->
ESTADO DE CIRCULAÇÃO HIPERDINÂMICA ->
AUMENTO DO FLUXO VENOSO PORTAL-> HIPERTENSÃO PORTAL
17. CIRCULAÇÃO HIPERDINÂMICA–CONSEQUENCIAS RENAIS
DIMINUIÇÃO DA RELAÇÃO CONTEÚDO/CONTINENTE SANGUÍNEO
ARTERIAL
VASOCONSTRIÇÃO RENAL
SÍNDROME HEPATO-RENAL:
-Insuficiência renal sem lesão renal aparente
-Aguda ou crônica
-Mau prognóstico
-Incide em pacientes com doença hepática crônica grave com
hipertensão porta
-Mais comum em pacientes com ascite
18. CIRCULAÇÃO HIPERDINÂMICA - CONSEQUENCIAS CARDÍACAS
-Aumento do débito cardíaco
-Aumento da frequência cardíaca
-Aumento da contratilidade -> sobrecarga -> falência ->
-> débito cardíaco diminuído (Miocardiopatia cirrótica)
Vasodilatação esplâncnica
Diminuição da resistência vascular sistêmica
Ativação do SNS
19. CIRCULAÇÃO HIPERDINÂMICA–FORMAÇÃO DE ASCITE
TEORIAS:
“UNDERFILLING”-TEORIA CLÁSSICA:
-Hipertensão portal -> aumento da formação de linfa -> ascite
->hipovolemia -> ativação SRAA -> retenção de sódio e água -> mais ascite ->
->síndrome hepatorrenal
“OVERFLOW”:
-Hipertensão sinusoidal -> retenção de sódio -> aumento da volemia ->
hiperfluxo -> ascite -> Sindrome hepatorrenal
VASODILATAÇÃO:
-Vasodilatação arteriolar esplâncnica desencadeando retenção de sal e água
20. CIRCULAÇÃO HIPERDINÂMICA – CONSEQUÊNCIAS RESPIRATÓRIAS
VASODILATAÇÃO ARTERIAL PULMONAR
ALTERAÇÕES DA RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO
HIPOXEMIA
PLATIPNÉIA – dispneia em pé
21. EVOLUÇÃO DA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA:
CONSEQUÊNCIAS:
-ICTERÍCIA
-VARIZES GÁSTRICAS E DE ESÔFAGO
-HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
-ASCITE -> Peritonite bacteriana espontânea
-SÍNDROME HEPATORRENAL
-ENCEFALOPATIA PORTOSSISTÊMICA
23. • Disfunção das células de
Kupffer
• Disfunção dos leucócitos
• Disfunção da opsonização e
complemento
• Liberação de citocinas e
endotoxinas
imunossupressoras
Evitar procedimentos invasivos
Insuficiência hepática
Aumento da probabilidade de infecções
29. Insuficiência Hepática- Exame físico geral
• Estado geral
• Queda progressiva do estado geral
• Anorexia, fraqueza, emagrecimento
• Icterícia
• Incapacidade do fígado metabolizar bilirrubinas
• Fatores constitucionais:
(Obesidade, características genéticas)
• Febre
• Incomum, mesmo na peritonite bacteriana espontânea
1)
30. Insuficiência hepática -Manifestações Cutâneas
• Spiders (“aranhas vasculares”)
• Consistem de arteríola central da qual
irradiam numerosos pequenos vasos
• Localizadas principalmente em tórax e
pescoço
• Eventualmente podem aparecer em
outras doenças
• Pelo aumento de estrogênio circulante
• Face, tórax e membros superiores
2)
31. Insuficiência hepática - Manifestações Cutâneas
• Eritema palmar
• Coloração vermelho-viva em
eminência tenar, hipotenar e
polpas digitais
• Hiperestrogenismo ->
Formações de anastomoses
arteriovenosas
• Leuconíquia
• Opacificação do leito ungueal
3)
38. 10 – Neuropsiquiátrico - Encefalopatia Hepática
•Síndrome neuropsiquiátrica reversível causada pelo
acúmulo de substâncias nitrogenadas.
•Caracterizada por:
-rebaixamento do nível de consciência
-convulsões
-alterações musculares – (contraturas, mioclonias)
-coma
Principal manifestação da Insuficiência Hepática avançada
39. Insuficiência Hepática e SNC
Fisiopatologia da encefalopatia hepática
• a) Amônia:
•+ Produzida nos intestinos, p/ bactérias entéricas
Degradam aminas, aminoácidos e purinas
•O fígado desdobra: Amônia -> Uréia + Glutamina
•Excesso de amônia não metabolizada
Interferência no transporte de aminoácidos no
encéfalo
Redução da glutamina no cérebro
Alteração no metabolismo energético cerebral
40. Insuficiência Hepática e SNC
Fisiopatologia
b) Ação sinérgica de toxinas
• Acúmulo de outras neurotoxinas:
-mercaptenos
-ácidos graxos de cadeia curta
-compostos fenólicos
c) Alterações dos neurotransmissores
Redução de neurotransmissores
(dopamina, noradrenalina e serotonina)
e
Elevação de falsos neurotransmissores (octopamina)
d) Ácido gama-amino butírico (complexo receptor GABA)
41. Insuficiência Hepática e SNC
Fisiopatologia
a) + b) +c) +d)
REDUÇÃO DA EXCITAÇÃO NEURONAL ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA
• O aumento do tônus do sistema neurotransmissor inibitório GABA
aumenta a sensibilidade aos benzodiazepínicos, com potencialização
dos efeitos.
• Uso de flumazenil (antagonista de benzodiazepínicos) pode melhorar
transitoriamente o nível de consciência
42. Encefalopatia Hepática - História
•Fatores desencadeantes:
•Excesso de proteína na dieta
•Infecção
•Hemorragia digestiva alta
•Insuficiência renal
•Constipação
•Sedativos
43. 1)Encefalopatia Hepática – Exame físico geral
•Hálito hepático (faetor hepaticus)
• Cheiro de “bolor adocicado”
• Provavelmente por produtos nitrogenados de baixo peso
44. Encefalopatia Hepática - Propedêutica
•Flapping (“asterixis”)
•Sinal mais característico, porém não é específico
•Causado por supressão no sistema de ativação
reticular, com alteração do tônus muscular,
postura e reflexos
•Bilateral e assíncrono
45. Encefalopatia Hepática - Propedêutica
• Flapping (“asterixis”) -caracterização
Movimento involuntário grosseiro
das mãos, semelhante ao “bater de
asas”, quando os braços são
mantidos em extensão horizontal ou
quando o antebraço é fixo e as mãos
posicionadas em hiperextensão
Outra possibilidade é pedir para o
paciente apertar 2 dedos do
examinador – este sente períodos
breves de relaxamento
48. A cirrose, estágio final de várias doenças hepáticas,
apresenta alta prevalência em todo o mundo,
com elevadas taxas de morbidade e mortalidade,
sendo a responsável por 90 % dos
casos de hipertensão portal.
HIPERTENSÃO PORTA = PROGNÓSTICO PIOR
IMPORTANTE SABER QUE...
50. SISTEMA PORTAL: AREA ESPLÂNCNICA
Não é doença em si, e sim uma
complicação de doenças diversas
A veia porta é derivada da veia esplênica
e da veia mesentérica superior e
inferior.
Recebe o sangue que vêm da circulação
esplâncnica para o fígado.
O fígado é o principal sítio de resistência
ao fluxo venoso portal
Comporta-se como uma rede vascular
distensível de baixa resistência
A pressão venosa portal é normalmente
baixa (5-10 mmHg), sendo a
hipertensão portal definida como p. v.
portal superior a 10 mmHg.
51. Veia porta (PV)
( 65 - 85% do fluxo sg ) Artéria hepática (HA)
( 15 - 35% do fluxo sg )
Tronco celíaco
Aorta
Sinusóides hepáticos
Os sinusóides hepáticos recebem sangue da veia porta e da artéria hepática,
desaguando nas veias centrolobulares e daí até as veias
hepáticas, depois para a veia cava inferior e o coração (prox. Slide)
53. A VASCULATURA HEPÁTICA NORMALMENTE APRESENTA
COMPLACÊNCIA ALTA COM POUCA VARIAÇÃO DE FLUXO QUANDO O
VOLUME DE SANGUE E A PRESSÃO NO SISTEMA PORTA VARIAM
57. Apresenta normalmente valores baixos:
3 a 5mmHg
PRESSÃO PORTAL
Hipertensão portal
Valores maior que 6mmHg
complicações ocorrem quando atinge
Valores acima de 10 - 12mmHg
58. Em qualquer sistema vascular o
Fluxo sangüíneo (Q) depende da:
Pressão sanguínea (DP)
e da
Resistência vascular (R)
59. • Fluxo sangüíneo (ml / min) Q
= Volume de sangue que passa por um ponto
da circulação por um período de tempo.
• Gradiente de pressão (mm Hg) DP
= Diferença de pressão entre dois pontos.
Pressão sangüínea é a força exercida pelo
sangue contra uma área do vaso.
• Resistência (mm Hg.ml -1.min) R
= Impedimento do fluxo sangüíneo pelo vaso.
60. Se nós temos que:
Fluxo sanguíneo(Q) = Gradiente de pressão(DP)
Resistência ( R )
Logo, concluímos que:
Gradiente de pressão(DP) = Fluxo(Q) X Resistência(R)
E onde a resistência (R)...
61. RESISTÊNCIA VASCULAR
R =
8 h l
p r4
R = resistência
h = viscosidade do sangue
l = comprimento do vaso
r = raio do vaso
A resistência vascular é determinada
primariamente pela 4ª. potência do
raio do vaso
62. D P = Q
8 h l
p r 4
D P = 16
D P= 256
r diminui 50%
r diminui = 25%
Se o fluxo Q
é constante
r = 100%
D P , Resistência e raio vascular
D P = 1
R⁴=
63. DP = Q X R
DP Hipertensão Portal
Fluxo Sanguíneo
Portal ( Q )
Resistência ( R )
ao Fluxo Portal
quando fluxo e resistência aumentam juntos...
64. PP = 3 mmHg PP = 4 mm Hg
Fluxo Portal = 800 ml/min
( Jejum )
Fluxo Portal = 1.500 ml/min
( Pós prandial )
devido à dilatação passiva dos vasos:
intra e extra-hepáticos de baixa resistência
Em condições normais, um aumento de fluxo sanguíneo
portal produz aumento discreto
(ou nenhum) na pressão portal ...
D P = Q x R
65. Um aumento de fluxo sangüíneo portal na cirrose hepática
(por exemplo) produz grande aumento da Pressão Portal
PP = 10 mmHg PP = 16 mm Hg
Fluxo Portal = 800 ml/min
( Jejum )
Fluxo Portal = 1.500 ml/min
( Pós prandial )
A PP aumenta porque os vasos intra-hepáticos são incapazes
de dilatar como no fígado normal e os vasos
extra-hepáticos estão muito dilatados
D P = Q x R
66. Hipertensão Portal – classificação:
baseada no local onde há resistência aumentada
Pós Hepática
Intra Hepática
Pré Hepática
67. Conseqüentemente, as hipertensões portais podem ser
classificadas como ...
PRÉ-HEPÁTICA - TROMBOSE VEIA ESPLÊNICA
- TROMBOSE VEIA PORTA
INTRA-HEPÁTICA
- PRÉ-SINUSOIDAL: ESQUISTOSSOMOSE
- SINUSOIDAL: CIRROSE ALCOOLICA
- PÓS-SINUSOIDAL:
DOENÇA VENO-OCLUSIVA(doença veno-oclusiva por
quimioterápicos), FIBROSE PERIVENULAR( induzida pelo
álcool )
PÓS-HEPÁTICA - TROMBOSE VEIA HEPÁTICA (S. Budd-Chiari)
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (Miocardiopatias /Pericardite
constritiva)
68. Conexões do sistema portal com a circulação sistêmica em
várias regiões:
Quando há obstrução ao fluxo portal, o
sangue começa a se acumular em leitos
vasculares que normalmente drenam
para a veia porta:
Consequências:
Ascite
Esplenomegalia e hiperesplenismo
Sistema circulatório colateral se
desenvolve para descomprimir o
sistema portal (por exemplo, varizes
do esôfago e hemorróidas)
70. Idade
- defeitos congênitos
• Pré-escolar - onfalites
- infusões na veia umbilical
• Adolescentes / adultos jovens : esquistossomose
- cirrose
- hepatites B / C
• Adultos/idosos - síndrome de Budd-Chiari
- neoplasias
ANAMNESE
71. Procedência
• Áreas endêmicas:
• Esquistossomose
• Chás de mato (plantas do gênero Sênecio):
- no Norte e Nordeste e em áreas onde o gado ingira tal
planta (leite com alcalóides pirrolizidínicos causam lesões
irreversíveis do fígado)
ANAMNESE
72. ANAMNESE
• História patológica pregressa
•Hepatite, viroses, intoxicações
• História social
•Vida em locais sem saneamento básico, desnutrição, etc.
74. • Nível de consciência variável
-encefalopatia hepática
• Inspeção
- sinais de insuficiência hepatocelular (nem sempre)
- circulação colateral no abdomen (superficial)
- hemorragia digestiva (colateral profunda)
- hérnias
- aumento volume abdominal (massas,visceromegalias,ascite)
- obesidade
Exame clínico do paciente com aumento da pressão
no sistema porta...
75. • Palpação
- Hepatomegalia (presente ou não)
-Esplenomegalia (com ou sem hiperesplenismo)
(se de evolução rápida= trombose da veia esplênica)
• Percussão
- viscerometria
- pesquisa ascite
• Ausculta do abdomen (sopros)
Obs: os achados podem depender da etiologia da hipertensão
Exame clínico do paciente com hipertensão portal...
76. EXAME FÍSICO
• Ascite
instalação rápida da ascite ocorre na:
trombose supra-hepática
(síndrome de Budd-Chiari)
• insuficiência hepatocelular em geral presente
• sintomas gerais
• sintomas relacionados aos demais aparelhos e sistemas
80. Circulação colateral
• A circulação colateral abdominal superficial - vasos ingurgitados
irradiando da cicatriz umbilical com fluxo sanguíneo ascendente,
acima da cicatriz umbilical e descendente, abaixo da cicatriz
umbilical
• Sinal de Curvellier-Baumgarten
(sopro contínuo umbilical, caput medusae,
dilatação das colaterais)
81. A hipertensão portal é manifestação clínica séria de várias
doenças,com destaque para as doenças do fígado.
A principal causa de hipertensão portal em nosso meio
é a cirrose pelo álcool,seguida das hepatopatias
virais(VHB e VHC) e da esquistosomose.
A correta determinação da etiologia e a terapêutica
adequada fazem a diferença
Conclusões