O documento discute vários tipos de dor torácica, incluindo suas características clínicas, etiologia e exames físicos relevantes. Aborda condições como síndrome coronariana aguda, pericardite, pneumotórax e tromboembolismo pulmonar. O objetivo é treinar o raciocínio clínico para diagnóstico diferencial de causas de dor torácica.
Entendendo algumas das arritmias cardíacas
Graduação em Enfermagem
Universidade do Estado do Amazonas
Enfermagem Clínica
5º período
Prof. Tiago Nogueira
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfHELLEN CRISTINA
Trabalho em equipe, comunicação e escrita.
Pensamento crítico, científico e criativo.
Análise crítica de dados e informações.
Atitude ética.
Bibliografia
B1 MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Enfermagem do Trabalho - Programas,
Procedimentos e Técnicas. São Paulo: IÁTRIA, 2012. E-book. ISBN 9788576140825
B2 LUCAS, Alexandre Juan. O Processo de Enfermagem do Trabalho. São Paulo:
IÁTRIA, 2004. E-book. ISBN 9788576140832
B3 CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Introdução à
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book.
ISBN 9788527730600
C1 CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 37
Comentadas e Descomplicadas. Rio de Janeiro: Método, 2022. E-book. ISBN
9786559645893
C2 OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios
para a enfermagem e a saúde. Barueri: Manole, 2017. E-book. ISBN 9788520455333
C3 KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527730198
C4 GUIMARÃES, Raphael Mendonça; MESQUITA, Selma Cristina de Jesus. GPS - Guia
Prático de Saúde - Enfermagem. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2015. E-book.
ISBN 978-85-8114-321-7
C5 BECKER, Bruna; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Gestão em enfermagem na
atenção básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. ISBN 9788595029637
2. DOR TORÁCICA
É um dos sintomas mais comuns nos serviços
de emergência, ambulatórios de cardiologia e
clínica geral
Nem sempre é referido como dor, às vezes a
queixa é de sensação de pressão ou de
desconforto torácico
3. ETIOPATOGENIA
Causas podem estar na própria parede do
tórax, pleuras, pulmões, pericárdio, coração,
vasos, mediastino, esôfago, diafragma e em
outros órgãos.
Por isso a importância da pesquisa de
características semiológicas na anamnese, e
bom exame físico.
Lembrar de pedir para o paciente localizar
com a mão a área da queixa, e fazer inspeção
e palpação do local.
7. TREINANDO O RACIOCÍNIO CLÍNICO...
Quais as CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS
desta dor torácica?
Por estas características, qual o provável
ÓRGÃO/ESTRUTURA acometido?
Quais os achados do EXAME FÍSICO? Eles
corroboram meu raciocínio inicial?
Qual o DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO?
Quais os possíveis DIAGNÓSTICOS
ETIOLÓGICOS E DIFERENCIAIS?
8. TREINANDO O RACIOCÍNIO CLÍNICO...
CARACT. SEMIOLÓGICAS
SEDE
DURAÇÃO
EVOLUÇÃO
INTENSIDADE
QUALIDADE
IRRADIAÇÃO
FAT. MELHORA
FAT. PIORA
SINTOMAS ASSOCIADOS
PERÍODO DE DISSEMELHANÇA
9.
10.
11. SD CORONARIANA AGUDA
Envolve um amplo espectro de condições clínicas
que vão desde a isquemia silenciosa, passando pela
angina instável até o IAM com ou sem SUPRA de ST
SD com pior prognóstico: ANGINA INSTÁVEL, IAM
COM E SEM ELEVAÇÃO DE ST.
Características similares, de difícil distinção só com
dados clínicos.
F.R.: Hiperlipidemia, DM, história familiar.
- HAS, Tabagismo (inespecífico), cocaína (24x risco)
- >40 anos de idade
- Idosos e mulheres = é comum não ter os sintomas
clássicos.
12. Angina Estável
Sinal de doença isquêmica crônica
a dor é retroesternal, constritiva ou opressiva,
às vezes descrita como desconforto difuso;
pode irradiar para o MSE, para ambos os
membros ou para a região cervical e
mandibular.
É precipitada por esforços físicos
Aliviada rapidamente pelo repouso,
Duração não costuma exceder 5 a 10 minutos
13. SD CORONARIANA AGUDA
ANGINA INSTÁVEL ou IAM
a dor tem as mesmas características da angina
estável (dor é retroesternal, constritiva ou
opressiva, às vezes descrita como desconforto
difuso);
Sua duração é maior (em geral superior a 20
minutos)
virá quase sempre acompanhada de sintomas
disautonômicos como sudorese, palidez cutânea,
náuseas e vômitos.
14. Classificação da Dor
Torácica tipo Anginosa
Característica da dor
1.Desconforto retroesternal
2. Desencadeado por esforço ou emoção
3.Alivio com repouso ou nitrato
15. SD CORONARIANA AGUDA
FISIOPATOLOGIA:
resulta da de oferta de O2 pelo fluxo↓
coronariano e/ou do consumo de O2 pelo↑
miocárdio
acúmulo de metabólitos e acidose local
estímulo de terminações nervosas
DOR OU DESCONFORTO
16. SD CORONARIANA AGUDA
FISIOPATOLOGIA
Causa + comum = ateroesclerose
Mecanismo da dor não totalmente esclarecido
Metabolismo anaeróbio estimula fibras simpáticas→
aferentes que se dirigem aos gânglios da cadeia→
simpática percorrem medula espinhal até tálamo e→
córtex cerebral, conjuntamente com fibras sensitivas
somáticas dos dermátomos
Portanto, dor mal definida com percepção
relacionada aos dermátomos correspondentes
(Lembrem-se da explicação do mecanismo da aula de
dor referida....)
17.
18. SD CORONARIANA AGUDA
Q.C.:
Aperto, opressão, pressão, queimação no tórax, ou outras
queixas relacionadas aos dermátomos.
Tipicamente agravada ou desencadeada por atividade
física. Outras possibilidades: frio, relação sexual, stress.
Tende a ser gradual, aumentando com o tempo.
Não reprodutível por compressão.
Dor por alguns semanas ou por dias/semanas,
provavelmente não é isquêmica.
Alívio com nitrato não confirma origem cardíaca.
Vômitos, sudorese, dispnéia aos esforços, síncope podem
estar presentes (atenção ao DD).
19.
20.
21. SD CORONARIANA AGUDA
E.F.:
B3 , B4, sopro de insuficiência mitral.
Checar estase jugular (IAM direito,
tamponamento pericárdico)
Pulmonar: estertores secundários à congestão
pulmonar.
Raio X tórax (pode ajudar a excluir outras causas)
ECG normal não afasta diagnóstico
Dosagem de marcadores de necrose miocárdica
ou teste de estresse cardíaco.
22. Para ajudar...
B3: som que acontece na fase inicial da
diástole, durante enchimento ventricular
rápido; reflete complacência ventricular ou↓
volume diastólico ventricular ;↑
Pode ser normal em jovens < 30 anos
Patologias: doença coronariana,
cardiomiopatias, válvulas incompetentes,
pequeno CIV, e "Ductus Arteriosus".
23. Para ajudar...
B4: é um som diastólico que acontece
durante a fase final diastólica ao mesmo
tempo da contração atrial.
Produzido por ventrículos com complacência
diminuída ou que estão recebendo um
volume diastólico aumentado,
É de baixa frequência e ouvido antes do
primeiro som.
24. A forma mais adequada de avaliar estase jugular é posicionando a
cabeceira do leito a 45° e avaliar a altura da coluna formada pela veia
túrgida em relação ao ângulo de Louis. A medida normal é de 4,0 cm;
valores acima destes são descritos como presença de estase jugular.
25. PERICARDITE
FISIOPATOLOGIA: geralmente de natureza
inflamatória
Superfície visceral do pericárdio não tem
inervação sensitiva.
Dor resultante do comprometimento do folheto
parietal da pleura = pericárdio parietal tem
poucas fibras nervosas sensitivas aferentes, que
se dirigem ao SNC pelos nervos frênicos.
Assim, a dor seria predominantemente
relacionada com a inflamação da pleura parietal
adjacente
26. PERICARDITE
FISIOPATOLOGIA:
Origem: Infecções (especialmente virais)
podem preceder o quadro; idiopática
F.R.: trauma torácico, doenças autoimunes,
IAM, cirurgia cardíaca recente, uso de
procaínamida, hidralazina, isoniazida.
Jovens
27.
28. PERICARDITE
Q.C.: dor retroesternal , tipo perfurante ou em peso,
que piora com inspiração profunda e tosse (tipo
pleurítica).
Duração: horas a dias
Pode irradiar para ombros, dorso ou pescoço
(irritação da pleura diafragmática)
Se derrame pericárdico, dor pode aliviar na posição
sentada e inclinado para frente (patognomônico)
Dispnéia (25-40%), febre (17%), atrito pericárdico
(até 85%)
Como diferenciar atrito pericárdico de pleural na
ausculta? Som presente durante apnéia
29. PERICARDITE
Se tamponamento cardíaco: estase jugular,
hepatomegalia, taquicardia, hipotensão e
pulso paradoxal ou sinal de Kussmaul
(consiste no aumento da turgência jugular, ou
das pulsações venosas durante a inspiração) .
Tríade de Beck do tamponamento:estase
jugular, hipotensão, abafamento de bulhas
30. Queda na pressão sistólica durante a inspiração > 10
mmHg. Quando severo, o pulso paradoxal pode ser
comprovado pela ausência do pulso radial durante a
inspiração. O pulso paradoxal pode estar ausente nas
seguintes situações: choque importante, insuficiência
aórtica, comunicação interatrial ou hipertrofia
ventricular esquerda. É importante lembrar que o
pulso paradoxal não é patognomônico de
tamponamento, podendo estar presente nos
pacientes com asma, doença pulmonar obstrutiva
crônica e choque hipovolêmico.
31.
32.
33.
34. DISSECÇÃO DE AORTA
FISIOPATOLOGIA:
Ocorre em pacientes com alterações
degenerativas da camada média (perda de fibras
elásticas e musculares lisas da camada média,
que são substituídas por colágeno, com
predisposição a formação de cistos – necrose
cística)
Havendo fissura do endotélio ou hematoma na
camada média forma-se coluna de sangue na→
parede do vaso (falso lúmem) separando a
camada íntima da adventícia dor torácica e→
predisposição a hemorragias fatais
35.
36. DISSECÇÃO DE AORTA
75% ; maioria na sétima década♂
FR: Arterioesclerose, idade avançada, SD de Marfan, Sd de
Turner, HAS
CLÍNICA:
Dor de início súbito, de forte intensidade (máxima no
momento do aparecimento) – com esse quadro, 90% de
sensibilidade na detecção; persistente
Dor descrita como “rasgando”, em região anterior e
posterior do tórax, podendo irradiar para costas, região
interescapular e abdome
Pode estar associado com a manifestação de AVC, síncope,
Insuf. Cardíaca, IAM, isquemia isolada em membros, dor
abdominal, IRA ou sangramento GI. (dependendo da altura
da lesão)
37. DISSECÇÃO DE AORTA
E. F.:
Comum achado de assimetria de pulsos ou
sintomas neurológicos
Sinais de má perfusão tecidual
Ex. cardiológico:
- pode revelar sopro diastólico de aorta
(qdo dissecção progride até valva aórtica)
- pode ter estase jugular secundária a
tamponamento cardíaco.
38. PLEURITES
FISIOPATOLOGIA
Semelhante a da pericardite
Acometimento do folheto parietal (folheto
visceral não tem inervação sensitiva),
geralmente de natureza inflamatória
39. PLEURITES
Q.C.:
DOR PLEURÍTICA – localizada em um HTX,
com sensação de peso, pontada ou facada.
Piora caracteristicamente com a tosse e
respiração profunda.
Qdo inflamação atinge a superfície
diafragmática da pleura a dor pode irradiar
para o ombro e para pescoço do mesmo lado.
40. PNEUMOTÓRAX
FISIOPATOLOGIA: traumático, primário ou
secundário (DPOC, asma, fibrose cística, TB,
etc...)
Ruptura de folheto
Perda da pressão
negativa intrapleural
Colapso pulmonar
Mecanismo de
Válvula
Processo progressivo
41. PNEUMOTÓRAX
F.R.: tabagismo, pneumotórax prévio, DPOC,
mudanças barométricas agudas.
Grupo de risco elevado: jovens e longilíneos
(para pneumotórax espontâneo)
Q.C.: dor pleurítica e dispnéia de início súbito
(que pode ser decorrente da dor ou de
comprometimento da oxigenação em casos
mais graves.
42. PNEUMOTÓRAX
E.F.:
Dispnéia e cianose
Taquipnéia, taquicardia, hipotensão,
sudorese
↓ MV e Timpanismo à percussão pulmonar
↓ expansibilidade e FTV
No pneumotoráx hipertensivo pode haver
desvio de traquéia (para lado contrário da
lesão) e estase jugular
45. TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
FISIOPATOLOGIA: migração de um êmbolo ou
coágulo para o pulmão, formado em alguma veia
do corpo, especialmente em MMII.
TVP principal responsável
Dor pode ocorrer por distensão aguda da artéria
pulmonar (embolia pulmonar maciça), ou da
reação pleural (nos casos de infarto do pulmão)
F.R.: idade avançada, mobilidade reduzida,
cirurgia recente, neoplasias, gravidez,
tromboembolismo prévio, ICC, DPOC.
46.
47.
48. TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
Q.C.:
Aparecimento súbito de dor torácica
pleurítica e dispnéia.
Pode ocorrer síncope, hipotensão e até PCR
E.F.: pode mostrar alterações mínimas
(sibilos transitórios - secundários à liberação
de subst. broncoconstritoras, derrame
pleural, infarto pulmonar – com propedêutica
de condensação) ou ser completamente
normal.
49.
50. OUTRAS CAUSAS PULMONARES
HIPERTENSÃO PULMONAR: semelhante à
dor cardíaca, porém sem fatores de melhora
NEOPLASIAS: comprometimento pleural ou
ósseo
TRAQUEOBRONQUITES: principalmente
relacionada com a tosse
51. MUSCULOESQUELÉTICAS
Pioram com compressão local, movimentação de
membros e tronco, postura antálgica nos espasmos
musculares.
COSTOCONDRITE /SD DE TIETZE: acomete
esterno e costelas, produz dor esternal persistente,
acompanhada de sinais inflamatórios.
FRATURA DE COSTELA: dor acentuada nas regiões
correspondentes, com piora a palpação local,
movimentos do tórax e respiração.
HERPES ZOSTER: dor contínua de forte
intensidade, com confirmação somente após o
aparecimento de lesões cutâneas
eritematovesiculosas na área dolorosa
54. DIGESTIVAS
DOR ESOFÁGICA
FISIOPATOLOGIA:
Alterações da motilidade do esôfago, como o
espasmo esofágico podem ser responsáveis
por dor
Refluxo gastroesofágico é a causa mais
comum de dor torácica relacionada ao
esôfago, independente de esofagite.
55. DOR ESOFÁGICA
CLÍNICA:
Determina comumente dor retroesternal,
habitualmente descrita como queimação
Acompanha-se de outros sintomas dispépticos
como DISFAGIA, PIROSE, ERUCTAÇÃO e gosto
ruim na boca.
Na hérnia de hiato e refluxo gastroesofágico os
sintomas pioram a noite ou ao se deitar após as
refeições.
E.F: podem estar presentes sibilância, tosse,
rouquidão
56. RUPTURA DO ESÔFAGO
SD DE BOERHAAVE - perfuração espontânea do esôfago.
Causa rara, mas potencialmente fatal
Diagnóstico diferencial: SCA
Q.C. clássico (mas nem sempre presente): vômitos
seguidos de dor torácica de forte intensidade, dispnéia,
enfisema subcutâneo e rápido colapso circulatório. Dor no
ombro e/ou epigástrica podem estar presentes.
Após 12h do início do quadro, é comum achado de febre e
sinais de sepse (mediastinite).
EX físico: sons pulmonares, enfisema subcutâneo tórax e↓
pescoço.
Alt. Radiológicas: pneumomediastino, hidropneumotórax,
derrame pleural e alargamento do mediastino
60. DIGESTIVAS
ÚLCERA PÉPTICA , COLECISTOPATIA,
PANCREATITE
CLÍNICA: dores no epigastro ou base do tórax (o
que pode levar a suspeita de uma dor de origem
cardíaca – 35% dos pacientes com dça
coronariana podem ter sintomas GI)
Nos processos abdominais com acometimento
do diafragma a dor pode irradiar para ombro.
Nem sempre é facil distinguir uma dor torácica
de origem digestiva.
E.F.: exame cuidadoso do abdome para DD.
61. DISTURBIOS
GASTROINTESTINAISSINTOMAS DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Queimação em epigastro ou ½ inferior do
tórax
Refluxo X Isquemia Miocárdica
Dor durante a alimentação ou que piora
com a deglutição
Favorece doença de TGI
Dores pós-prandiais TGI X Cardíaca
Eructações, gosto ruim na boca e
indigestão
Doença esofágica X Isquemia coronariana
Dor que melhora com antiácido Não deve ser usado para confirmar
doença de refluxo ou dispéptica
Dor que melhora com nitratos Dor isquêmica x Espasmo esofágico
Ser acordado pela dor epigástrica Úlcera péptica X Sd Coronariana
63. BIBLIOGRAFIA
Med Minas Gerais 2010; 20(2 Supl 1): S24-S29
Sociedade Brasileira de Cardiologia;
Bras Cardiol 2002; 79 (supl II ): 1.
Benseñor, I.M. et al, Semiologia Clínica
Martins, M.A. et al, Clínica Médica – HCFMUSP, Vol 1
Porto, C.C., Exame Clínico.
64. Vamos praticar?
Mulher de 52a, tabagista, portadora de DPOC,
apresenta dor torácica intensa, de aparecimento
súbito e dispnéia rapidamente progressiva há
2h. A dor está localizada em hemitórax direito,
com sensação de peso, irradiação para ombro
direito, que piora com a tosse e respiração
profunda, não apresentando fatores de melhora.
Ao exame físico, os dados que chamam atenção
são: dispnéia (FR 28IPM), cianose e estase
jugular. No exame pulmonar de hemitórax D há
da expansibilidade pulmonar, do frêmito↓ ↓
toracovocal, timpanismo à percussão e de↓
murmúrios vesiculares.
65. TREINANDO O RACIOCÍNIO CLÍNICO...
CARACT. SEMIOLÓGICAS
SEDE HTX D
DURAÇÃO HÁ 2h
EVOLUÇÃO SÚBITA
INTENSIDADE INTENSA
QUALIDADE PESO
IRRADIAÇÃO OMBRO DIREITO
FAT. MELHORA SEM FAT. DE MELHORA
FAT. PIORA TOSSE E RESPIRAÇÃO PROFUNDA
SINTOMAS ASSOCIADOS DISPNÉI A PROGRESSIVA
PERÍODO DE DISSEMELHANÇA N/A
66. TREINANDO O RACIOCÍNIO CLÍNICO...
Quais as CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS
desta dor torácica?
Por estas características, qual o provável
ÓRGÃO/ESTRUTURA acometido?
Quais os achados do EXAME FÍSICO? Eles
corroboram meu raciocínio inicial?
Qual o DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO?
Quais os possíveis DIAGNÓSTICOS
ETIOLÓGICOS E DIFERENCIAIS?