Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
História do cinema desde as origens até os Irmãos Lumière
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A data de 28 de Dezembro de 1895, é
especial no que refere ao cinema, e sua
história.
Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os
Irmãos Lumière fizeram uma apresentação
pública dos produtos de seu invento ao qual
chamaram Cinematógrafo.
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O evento causou comoção nos 30 e poucos Contudo, a questão de saber quem inventou
presentes, a notícia se alastrou e, em pouco o cinema é problemática.
tempo, este fazer artístico conquistaria o
mundo e faria nascer uma indústria O cinema nasceu de várias inovações que vão
multibilionária. desde o domínio fotográfico até a síntese do
movimento utilizando a persistência da visão
O filme exibido foi L'Arrivée d'un Train à La com a invenção de jogos ópticos.
Ciotat.
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Desde a pré-história o homem busca registrar Aliada a necessidade de se
registrar o cotidiano, o
seu cotidiano, em cores, texturas e ... homem também quis fazer
MOVIMENTO!! este registro da forma mais
real possível.
Selecionava instantes
dentro do movimento e os
retratava de forma
seqüencial, visando simular
o efeito de movimento real.
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Lanterna Mágica -
Originárias na China por volta de 5.000 a.C. , foram 1640 – Obra do
disseminadas na Indonésia e depois da Europa do alemão Anthonasius
Kircher
século XVII.
Os teatros de sombras utilizam Sistema rudimentar,
marionetes articulados, constituído de placas
projetando suas sombras em de cristal desenhadas
anteparos (telas) de linho, graças e por partes móveis,
às características físicas da luz, que manipuladas
como a trajetória em linha reta e mecanicamente,
a relação entre distância, conferiam movimento
tamanho e nitidez da sombra aos personagens.
(princípio da distância focal).
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FANTASMAGORIA - Durante todo os século XVIII e XIX,
Mistura de teatro de até a criação do cinematógrafo, as
sombras, lanterna projeções em lanterna mágica
mágica, projeções de chegavam às cidades e vilarejos por
imagens de fundo e em
contadores de histórias que reuniam
espelhos e truques.
Febre na Europa os moradores em torno das imagens
durante o século XVIII, fantásticas e das histórias que elas
é o tataravô do cinema ilustravam.
de terror.
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1824 – Peter Mark Roget descobre o principio da
“Persistência Retiniana”, no qual “todo
movimento pode ser decomposto numa série de
imagens fixas.”
A fotografia, desenvolvida simultaneamente por
Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore
Niepce, e as pesquisas de captação e análise do
movimento representam um avanço decisivo na
direção do cinematógrafo.
Nos anos posteriores surgem vários aparelhos
ópticos.
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Thaumatrópio , inventado 1832 – Baseado nos postulados de Roget,
entre 1820 e 1825 por William Joseph Antoine Plateau cria o Fenacisticopio
Fitton.
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Em 1876, Eadweard James Muybridge fez
uma experiência, primeiro colocou doze e
depois 24 câmaras fotográficas ao longo de
um hipódromo e tirou várias fotos da
passagem de um cavalo. Ele obteve assim a
decomposição do movimento em várias
fotografias e através de um zoopraxinoscópio
pode recompor o movimento.
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Experiência de Eadweard James Muybridge, 1876. Experiência de Eadweard James Muybridge, 1876.
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Em 1882, Étienne-Jules Marey melhorou o Em 1891, Thomas Edison
inventou o cinetógrafo e
aparelho de Muybridge. posteriormente o
cinetoscópio.
O último era uma caixa movida
1ª. Câmera de filmagem
a eletricidade que continha a
CRONOFOTOGRAFIA película inventada por Dickson
Jules Marey em 1882 mas com funções limitadas. O
cinetoscópio não projetava o
filme.
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Baseado na invenção de Em 1895, o pai dos irmãos Lumière, Antoine,
Edison, Auguste e organizou uma exibição pública paga de
Louis Lumière filmes no dia 28 de dezembro no Salão do
inventaram o Grand Café de Paris.
cinematógrafo, um
aparelho portátil que
consistia num aparelho
três em um (máquina de
filmar, de revelar e
projetar).
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“O cinema é uma invenção sem futuro“ - Louis Lumière
A exposição foi um sucesso. Esta data, da
“Nossa invenção pode ser explorada por um certo tempo como uma primeira projeção pública paga, é
curiosidade científica, mas tirando isso, ela não tem nenhum valor comumente conhecida como o nascimento
comercial.“ - Auguste Lumière do cinema mesmo que os irmãos Lumière
não tenham reivindicado para si a invenção
de tal feito.
Porém as histórias americanas atribuem um
maior peso ao americano Thomas Edison pela
invenção do cinema.
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Os irmãos Lumière enviaram ao mundo, a fim Do mesmo ano, ainda dos irmãos Lumiére o
de apresentar pequenos filmes, os primeiros filme "The Sprinkler Sprinkled", uma pequena
documentários como um início do cinema comédia.
amador. Menos de 6 meses depois, Edison projetaria
seu primeiro filme, "Vitascope".
"Sortie de l'usine Lumière à Lyon" (ou
"Empregados deixando a Fábrica Lumière") é
tido como o primeiro documentário da
história sendo dirigido e produzido por Louis
Lumière.
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Nesta mesma época, um mágico ilusionista
chamado Georges Méliès (1861-1938), que
comandava um teatro nas vizinhanças do local
da primeira exibição mencionada, quis comprar
um cinematógrafo, para utilizá-lo em seus
números de mágica.
No entanto, os Lumière não quiseram vender-
lhe, e o pai dos irmãos inventores chegou a dizer
a Meliès que o aparelho tinha finalidade
científica e que o mágico teria prejuízo, se
gastasse dinheiro com a máquina, para fazer
entretenimento.
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Meliès conseguiu um aparelho semelhante, Georges Méliès (1861-1938), diretor, ator, produtor,
fotógrafo e figurinista, é considerado o pai da arte do
depois, na Inglaterra, e foi o primeiro grande cinema.
produtor de filmes de ficção, com narrativas, Pioneiro na utilização de figurinos, atores, cenários e
voltados para o entretenimento. maquiagens, opõe-se ao estilo documentarista.
Realiza os primeiros filmes de ficção – Viagem À Lua
Em suas experimentações, o mágico
(Voyage dans la lune, Le / Voyage to the Moon - 1902)
descobriu vários truques que resultaram nos e A Conquista do Pólo (Conquête du pôle, La /
primeiros efeitos especiais da história do Conquest of the Pole - 1912) – e desenvolve diversas
técnicas: fusão, exposição múltipla, uso de maquetes
cinema. Foi o responsável, portanto, pela e truques ópticos, precursores dos efeitos especiais.
inserção da fantasia na realização de filmes.
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Pequenos documentários e ficções são os
primeiros gêneros do cinema. A linguagem
cinematográfica se desenvolve, criando
estruturas narrativas.
Na França, na primeira década do século XX,
são filmadas peças de teatro, com grandes
nomes do palco, como Sarah Bernhardt.
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David W. Griffith (1875-1948), nascido nos Estados Em 1913 surgem, com Max Linder – que mais
Unidos, é considerado o criador da linguagem tarde inspiraria Chaplin –, o primeiro tipo cômico
cinematográfica.
No cinema, é o primeiro a utilizar dramaticamente o e, com o Fantômas, de Louis Feuillade, o
close, a montagem paralela, o suspense e os primeiro seriado policial.
movimentos de câmera.
Em 1915, com Nascimento de Uma Nação (The Birth
of a Nation), realiza o primeiro longa-metragem
americano, tido como a base da criação da indústria
cinematográfica de Hollywood.
Com Intolerância (Intolerance), de 1916, faz uma
ousada experiência, com montagens e histórias
paralelas.
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A produção de comédias se intensifica nos Com o recesso do cinema europeu durante a 1ª
Estados Unidos e chega à Inglaterra e Rússia. Na Guerra Mundial, a produção de filmes
Itália, Giovanni Pastrone realiza superproduções concentra-se em Hollywood, na Califórnia, onde
épicas e históricas, como Cabíria, de 1914. surgem os primeiros grandes estúdios.
Em 1912, Mack Sennett, o maior produtor de
comédias do cinema mudo, que descobriu
Charles Chaplin e Buster Keaton, instala a sua
Keystone Company.
No mesmo ano, surge a Famous Players (futura
Paramount) e, em 1915, a Fox Films Corporation.
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Para enfrentar os altos salários e custos de O desenvolvimento dos grandes estúdios
produção, exibidores e distribuidores proporciona o surgimento do star system, o
reúnem-se em conglomerados autônomos, sistema de "fabricação" de estrelas que
como a United Artists, fundada em 1919. encantam as platéias.
A década de 20 consolida a indústria Mary Pickford, a "noivinha da América",
cinematográfica americana e os grandes Theda Bara, Tom Mix, Douglas Fairbanks e
gêneros – western, policial, musical e, Rodolfo Valentino são alguns dos nomes mais
principalmente, a comédia –, todos ligados expressivos.
diretamente ao estrelismo.
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Na Alemanha surgiu o expressionismo alemão:
Sombras, loucura e grotesco. O movimento tenta
representar o clima pós-guerra e dura até a
ascensão de Hitler, que proibiu as “artes
degenaradas” e afugentou grandes artistas.
Se destacam os filmes "Das Cabinet des Dr. Caligari"
("O gabinete do doutor Caligari"), de 1920, do
Theda Bara (a diretor Robert Wiene, "Nosferatu", "Phantom"
esquerda) e Rodolfo ambos de 1922 e do diretor Friedrich Wilhelm
Valentino (acima). Murnau e Metrópolis de Fritz Lang de 1929.
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Na França, os cineastas entre 1919 e 1929 começaram
um estilo chamado de Cinema Impressionista Francês
ou cinema de vanguarda (avant garde em francês).
Se destacaram nesta época o excêntrico cineasta Abel
Gance, que filma com três câmeras postas lado a lado, e
depois realiza a projeção com três projetores, criando o
formato widescreen com seu filme épico "J’Accuse" e
Jean Epstein com seu filme "A queda da casa de Usher"
de 1929.
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Na Espanha surgiu o cinema surrealista Na Rússia, a falta de película leva estudantes de
cinema a descobrirem a montagem, usando
donde se destacou o diretor Luis Buñel. vários pedaços de filmes famosos e a
justaposição de imagens.
"Un Perro andaluz" (ou "Um Cão Andaluz" em Faz-se um cinema ideológico, influenciado pela
revolução russa, sem perder o impacto visual.
português) de 1928 foi o filme que mais Destaque para o cineasta Serguei Eisenstein que
representou o cinema surrealista de Buñel. criou uma nova técnica de montagem, chamada
montagem intelectual ou dialéctica. Seu filme
de maior destaque foi "The Battleship Potemkin"
("O Encouraçado Potemkin“), de 1925.
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Durante a segunda guerra, infelizmente, Já haviam sido feitos experimentos com som,
cerca de 90% dos filmes mudos se perderam. mas com problemas de sincronização e
De fato, a maioria dos filmes mudos foi amplificação.
derretida a fim de recuperarem o nitrato de As primeiras experiências de sonorização,
prata, um componente caro. feitas por Thomas Edison, em 1889, são
seguidas pelo grafonoscópio de Auguste
Baron (1896) e pelo cronógrafo de Henri Joly
(1900), sistemas ainda falhos de
sincronização imagem-som.
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Em 1926, a Warner Brothers introduziu o
sistema de som Vitaphone (gravação de som
sobre um disco) e, em 1927, a lançou o filme "The
Jazz Singer", um musical que pela primeira vez
na história do cinema possuía alguns diálogos e
cantorias sincronizados aliados a partes
totalmente sem som.
Em 1928 o filme "The Lights of NewYork“,
(também da Warner), se tornaria o primeiro
filme com som totalmente sincronizado. Sistema Vitaphone
1927 – The Jazz Singer Um projetor com uma
Primeiro filme falado vitrola acoplada
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1928 – Walt Disney realiza o primeiro filme de animação Tempos Modernos - 1936
sonoro com o rato Mickey como protagonista: Steamboat
Willie (O Barco a Vapor Willie)
O som gravado no disco do sistema Vitaphone foi logo
sendo substituído por outro sistema como o Movietone da
Fox, DeForest Phonofilm e Photophone da RCA com
sistema de som no próprio filme. Steamboat Willie - 1928
O Beijo, lançado em 1929 e protagonizado pela atriz sueca
Greta Garbo, foi o último filme mudo da MGM e o último
da história de Hollywood, com exceção de duas jóias raras
de Chaplin: Luzes da Cidade e Tempos Modernos.
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As experiências com filme colorido haviam começado Como registro de imagens e som em
já em 1906, mas só como curiosidade. Os sistemas
experimentados, como o Technicolor de duas cores, comunicação, o Cinema também é uma
foram decepcionantes e fracassaram na tentativa de mídia.
entusiasmar o público. Mas por volta de 1933, o
Technicolor foi aperfeiçoado com um sistema de três
cores comercializável, empregado pela primeira vez A indústria cinematográfica se transformou
no filme Vaidade e beleza (1935), de Rouben em um negócio importante em países como a
Mamoulian. Índia e os Estados Unidos.
Na década de 1950, o uso da cor generalizou-se tanto
que o preto e branco ficou praticamente relegado a
"pequenos" filmes.
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A Alemanha nazista compreendeu bem a Na Itália, pós segunda-guerra, surgiu o Neo-
importância comunicacional do cinema como
instrumento de propaganda do regime, realismo como reação ao cinema fascista do
regime de Mussolini, que propunha a máxima
com "O Triunfo da
naturalidade, com atores não profissionais,
Vontade" (Triumph des
Willens / Dokument vom
iluminação natural e com uma forte crítica
Reichsparteitag - 1934), social.
de Leni Riefenstahl, e "O
Judeu Suss" (Jud Süß /
Jew Süss - 1940), de Veidt
Harlan.
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Nos anos 1960, surgem nos EUA, Stanley Kubrick (O
Dr. Fantástico), John Frankenheimer (Sob o domínio
do mal) e Sidney Pollack (A noite dos desesperados),
voltados para a crítica social e os problemas humanos.
Na década de 1970, Francis Ford Coppola (O poderoso
chefão, Apocalypse now), Martin Scorsese (Taxi
driver) e Robert Altman (Mash) dissecam aspectos
traumáticos da sociedade americana.
Emigrados do Leste europeu, o tcheco Milos Forman
(Um estranho no ninho) e o polonês Roman Polanski
(Chinatown) aclimatam-se aos EUA.
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No final da década, a era das ORIGEM - Em 8/7/1896, apenas sete meses
superproduções renasce, com depois da histórica exibição dos filmes dos
Steven Spielberg (Encurralado) irmãos Lumière em Paris, realiza-se, no Rio de
e George Lucas (Guerra nas
Janeiro, a primeira sessão de cinema no país.
estrelas). As bilheterias
Um ano depois, Paschoal Segreto e José Roberto
registram fenômenos de
público, como Rocky, o lutador, Cunha Salles inauguram, na rua do Ouvidor, uma
que lança o ator e diretor sala permanente. Em 1898, Afonso Segreto roda
Sylvester Stallone. o primeiro filme brasileiro: algumas cenas da
Surge o cinema Blockbuster. baía de Guanabara.
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Durante dez anos o cinema brasileiro praticamente Forma-se, entre 1908 e 1911, um centro carioca
inexiste devido à precariedade no fornecimento de de produção de curtas que, além da ficção
energia elétrica.
A partir de 1907, com a inauguração da usina de Ribeirão
policial, desenvolve vários gêneros: melodramas
das Lages, mais de uma dezena de salas de exibição são tradicionais (A cabana do Pai Tomás), dramas
abertas no Rio de Janeiro e em São Paulo. históricos (A república portuguesa), patrióticos
A comercialização de filmes estrangeiros é seguida por (A vida do barão do Rio Branco), religiosos (Os
uma promissora produção nacional. Documentários em milagres de Nossa Senhora da Penha),
curta-metragem abrem caminho para filmes de ficção
cada vez mais longos. carnavalescos (Pela vitória dos clubes) e
Os estranguladores (1908), de Antônio Leal, baseado em comédias (Pega na chaleira, As aventuras de Zé
fato policial verídico, com cerca de 40 minutos de Caipora).
projeção, é considerado o primeiro filme de ficção A maior parte é realizada por Antônio Leal e José
brasileiro, tendo sido exibido mais de 800 vezes. Labanca, na Photo Cinematographia Brasileira.
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A partir de 1930, a infra-estrutura para a ATLÂNTIDA - Fundada em 1941 por Moacir Fenelon,
produção de filmes se sofistica com a Alinor Azevedo e José Carlos Burle, estréia com
Moleque Tião, filme que já dá o tom das primeiras
instalação do primeiro estúdio produções: a procura de temas brasileiros. Logo,
cinematográfico no país, o da companhia porém, predomina a chanchada, com baixo custo e
Cinédia, no Rio de Janeiro. Em 1941 é criada a com grande apelo popular, como Nem Sansão nem
Atlântida, que centraliza a produção de Dalila, de Carlos Manga, e Aviso aos navegantes, de
chanchadas cariocas. Watson Macedo, com Anselmo Duarte no elenco.
Esse gênero domina o mercado até meados de 1950,
A reação paulista acontece mais tarde com o
promovendo comediantes como Oscarito, Zé
ambicioso estúdio da Vera Cruz, em São Trindade, Grande Otelo e Dercy Gonçalves.
Bernardo do Campo.
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VERA CRUZ - Empreendimento grandioso, a Companhia IDENTIDADE NACIONAL - Em meados da
Vera Cruz surge em São Paulo, em 1949. Renegando a década de 50, começa a surgir uma estética
chanchada, contrata técnicos estrangeiros e ambiciona
produções mais aprimoradas, como: Floradas na serra, do nacional.
italiano Luciano Salce, Tico-tico no fubá, de Adolfo Celli, e Nesta época são produzidos Agulha no palheiro
O canto do mar, de Alberto Cavalcanti, que volta da (1953), de Alex Viany, Rio 40 graus (1955), de
Europa para dirigir a Vera Cruz. O cangaceiro (1953), de Nelson Pereira dos Santos, e O grande momento
Lima Barreto, faz sucesso internacional, iniciando o ciclo (1958), de Roberto Santos, inspirados no neo-
de filmes sobre cangaço.
Amácio Mazzaropi é um dos grandes salários da
realismo italiano.
companhia, vivendo o personagem caipira mais bem- A temática e os personagens começam a
sucedido do cinema nacional. A ausência de um esquema expressar uma identidade nacional e lançam a
viável de distribuição é apontada como a principal causa semente do Cinema Novo.
do fracasso da Vera Cruz.
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CINEMA NOVO - "Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça" é o CINEMA MARGINAL - No final da década de 60, jovens
lema de cineastas que, nos anos 60, se propõem a realizar filmes diretores ligados de início ao Cinema Novo vão, aos
de autor, baratos, com preocupações sociais e enraizados na poucos, rompendo com a antiga tendência, em busca de
cultura brasileira. novos padrões estéticos. O bandido da luz vermelha, de
Vidas secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos, é o precursor. Rogério Sganzerla, e Matou a família e foi ao cinema, de
Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha, e Os fuzis, de Rui Júlio Bressane, são os filmes-chave dessa corrente
Guerra, também pertencem à primeira fase, concentrada na underground alinhada com o movimento mundial de
temática rural, que aborda problemas básicos da sociedade contracultura e com a explosão do tropicalismo na MPB.
brasileira, como a miséria dos camponeses nordestinos.
Dois autores têm, em São Paulo, suas obras consideradas
Após o golpe de 64, a abordagem centraliza-se na classe média como inspiradoras do cinema marginal: Ozualdo Candeias
urbana, como em A falecida, de Leon Hirszman, O desafio, de
Paulo César Sarraceni, e A grande cidade, de Carlos Diegues, que (A margem) e o diretor, ator e roteirista José Mojica
imprimem nova dimensão ao cinema nacional. Marins (No auge do desespero, À meia-noite levarei sua
alma), mais conhecido como Zé do Caixão.
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DÉCADA DE 70 - Remanescentes do Cinema Novo ou
cineastas estreantes, em busca de um estilo de maior
comunicação popular, produzem obras significativas:
São Bernardo, de Leon Hirszman; Lição de amor, de
Eduardo Escorel; Dona Flor e seus dois maridos, de
Bruno Barreto; Pixote, de Hector Babenco; Tudo bem
e Toda a nudez será castigada, de Arnaldo Jabor;
Como era gostoso o meu francês, de Nelson Pereira
dos Santos; A dama do lotação, de Neville d'Almeida;
Os inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade, e
Bye, bye, Brasil, de Cacá Diegues, que reflete as
transformações e contradições da realidade nacional.
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Pornochanchada – No esforço para reconquistar DÉCADA DE 1990 - A extinção da Lei Sarney e
o público perdido, a "Boca do Lixo" paulista da Embrafilme e o fim da reserva de mercado
produz "pornochanchadas". Influência de filmes para o filme brasileiro fazem a produção cair
italianos em episódios, retomada de títulos quase a zero.
chamativos e eróticos, e reinserção da tradição A tentativa de privatização da produção esbarra
carioca na comédia popular urbana, marcam na inexistência de público num quadro onde é
uma produção que, com poucos recursos, forte a concorrência do filme estrangeiro, da
consegue uma boa aproximação com o público, tevê e do vídeo.
como Memórias de um gigolô, Lua-de-mel e Uma das saídas é a internacionalização, como
amendoim e A viúva virgem. em A grande arte, de Walter Salles Jr., co-
No início dos anos 1980, evoluem para filmes de produzida com os EUA.
sexo explícito, de vida efêmera.
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A partir de 1993 há uma retomada da
produção.
Em 1994, numa parceria inédita entre
televisão e cinema, Cacá Diegues roda “Veja
Esta Canção”, com produção da TV Cultura,
de São Paulo.
Em 1995, Carla Camurati lança "Carlota
Joaquina - Princesa do Brasil". A imprensa liga
o filme à retomada do cinema brasileiro.
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1996 - "O Quatrilho", de Fábio Barreto, é
indicado ao Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro.
1997 - "O Que é Isso Comanheiro?", de Bruno
Barreto, é indicado ao Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro. Hector Babenco concorre à
Palma de Ouro de Cannes com "Coração
Iluminado". No ano seguinte, “Central do
Brasil” concorre em diversos festivais e ao
Oscar.
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Em 2000, O cinema brasileiro retorna depois de
11 anos à mostra competitiva do Festival de
Cannes com o longa Estorvo, de Ruy Guerra,
baseado no romance de Chico Buarque, e o curta
Três Minutos, de Ana Luíza Azevedo.
2002 - “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles,
baseado em romance de Paulo Lins, participa
fora de concurso da seleção oficial do Festival de
Cannes, impressiona a crítica internacional e dá
início a uma bem-sucedida carreira, com público
superior a 3 milhões de espectadores no Brasil e
direitos de distribuição vendidos para 62 países.
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Hoje o cinema brasileiro goza de bastante http://www.webcine.com.br/historia1.htm
importância no cenário internacional, Wikipedia
exportando diversos talentos para o cinema Revista Superinteressante Ed. 219, nov/2005
mundial como o atores Rodrigo Santoro e http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/
Alice Braga, e o diretor Fernando Meirelles. historia-do-cinema/historia-do-cinema-4.php
Apresentação de aula do Prof. Luis Salles.
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