Este documento fornece instruções sobre como escrever uma carta argumentativa para vestibulares e concursos públicos. Ele explica que uma carta deve ter data, vocativo, texto, fecho e assinatura. Além disso, enfatiza a importância de seguir a norma culta da língua portuguesa e evitar frases longas ou informais.
Escrever bem não é um conhecimento como, por exemplo, saber resolver uma equação de segundo grau. Escrever é mais que um conhecimento propriamente, é uma habilidade, é uma prova de que você está em sintonia com o mundo em que vive e sabe se expressar diante dele. Não é isso que as empresas de Recursos Humanos exigem de seus candidatos hoje? Esse “saber se expressar” significa muito e é, muitas vezes, o que difere os grandes dos pequenos.
Escrever bem não é um conhecimento como, por exemplo, saber resolver uma equação de segundo grau. Escrever é mais que um conhecimento propriamente, é uma habilidade, é uma prova de que você está em sintonia com o mundo em que vive e sabe se expressar diante dele. Não é isso que as empresas de Recursos Humanos exigem de seus candidatos hoje? Esse “saber se expressar” significa muito e é, muitas vezes, o que difere os grandes dos pequenos.
1. AULA DE
PRODUÇÃO
TEXTUAL
Carta Argumentativa
O que é uma carta?
É uma modalidade de texto escrito que
contém uma mensagem dirigida a uma
empresa (pública ou privada) ou pessoa
específica.
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2. Como ela é cobrada no vestibular?
Vestibulares e concursos públicos estão, cada
vez mais, aderindo a esta modalidade textual
para avaliar seus candidatos.
A carta merece atenção especial no que diz
respeito à sua forma, estética e composição.
A carta que é cobrada nesses exames
normalmente exige do seu autor um bom
domínio técnico, além de um tom polido e
formal. Portanto, escolha bem as palavras que
for usar.
Geralmente é apresentado um texto de
apoio, que norteará o aluno sobre o
conteúdo da carta.
A modalidade que mais aparece é a carta
argumentativa e/ ou comercial.
Normalmente esse tipo de texto é dirigido a
autoridades ou pessoas públicas
(políticos, artistas etc).
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3. Cuidados na elaboração
O texto sempre deverá ser escrito na
norma culta da língua portuguesa,
portanto, seja formal, não use gírias,
clichês (os famosos “chavões”) e lugares
comuns.
Ex. de frases a serem evitadas:
Venho por meio desta solicitar (...)
Sem mais para o momento, aproveitamos o ensejo para renovar
nossos votos de consideração e apreço.
As pessoas precisam parar para pensar, colocar a mão na
consciência e agir de forma mais ética;
Para que as pessoas leiam mais, é necessário que se faça um
trabalho de conscientização;
O texto da carta é sempre objetivo, direto
e impessoal. Portanto, não se estenda
demais e não “puxe o saco” de ninguém,
isso é uma gafe terrível!
Ex:
Manifesto minha opinião (...)
Aguardamos deferimento. Atenciosamente,
Ao invés de:
Venho por meio desta manifestar minha opinião
(esse tipo de construção é prolixa, portanto, não
use!)
Sem mais, subscrevemo-nos.
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4. Vá direto ao assunto e situe o seu
interlocutor sobre os motivos que o
levaram a escrever a carta. Se fizer
menção à uma reportagem ou entrevista,
cite a data da publicação na mídia, pois
muitos assuntos podem ser extraídos de
textos antigos.
Ex.:
Parabenizo Vossa Excelência a respeito da
reportagem publicada na Revista Veja, em Maio
de 2008...
A carta argumentativa quase sempre
pedirá que você se posicione em relação
ao assunto proposto e é uma das únicas
modalidades em que se escreve em
PRIMEIRA PESSOA.
Ex.:
Na minha opinião, a educação brasileira está
beirando o caos e a culpa disso não é só do poder
público, uma vez que na rede particular a
qualidade vem decaindo ano após ano. Prova
disso é que...
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5. Elementos essenciais
Data;
Local, dia, mês e ano.
Foz do Iguaçu (e não Iguaçú), 26 de Agosto de 2011.
Vocativo (sempre precedido de vírgula)
É o que “invoca” o destinatário. Diferente de
TRATAMENTO
Excelentíssimo Senhor Prefeito,
Tratamento para este caso: Vossa Excelência
TEXTO
Introdução
Apresentação do assunto/ motivo da carta.
Desenvolvimento
Exposição da sua opinião.
Conclusão
Retome o ponto forte do seu texto e tente convencer o
interlocutor.
Fecho
Atenciosamente, (para pessoas do mesmo nível hierárquico)
Respeitosamente, (para pessoas que ocupam um cargo ou
tenham títulos importantes)
Assinatura
Item obrigatório, exceto quando a banca examinadora fizer
uma ressalva para que a carta NÃO SEJA ASSINADA.
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6. Dicas relevantes
Delimite seu parágrafo corretamente!!
Recue o início da primeira linha do parágrafo
aproximadamente 2cm da margem esquerda.
Parâmetro de medida: “2 dedos”
MAIS e MAS não tem o mesmo significado!
MAIS = Adição, soma;
MAS = Oposição, idéia contrária.
CONCERTEZA, DERREPENTE e PORISSO
NÃO EXISTEM!!
Escrita correta: com certeza – de repente – por isso
1 parágrafo deve OBRIGATORIAMENTE conter
mais de uma frase. Não construa parágrafos de
uma única frase;
Tome cuidado para não escrever frases muito
longas. Procure construir frases curtas (de até
15 palavras), isso torna o teu texto mais objetivo
e, portanto, mais fácil, tanto para quem escreve
(você dificilmente cairá nas armadilhas da
língua portuguesa) quanto para quem lê;
Escreva o texto sempre com caneta
esferográfica azul ou preta;
Utilize toda a linha do texto, de margem à
margem, exceto quando iniciar um novo
parágrafo;
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7. Não use gírias ou expressões “da moda”;
As conjunções (Assim, mas, porém, todavia,
portanto etc) devem sempre ser precedidas de
vírgula;
“COISA”: é uma palavra muito genérica, que
não expressa nada específico e quantitativo,
portanto, não deve ser usada em um texto que
visa objetividade;
“CONSCIENTIZAÇÃO”: é uma palavra que o
autor usa geralmente para eximir-se, ou seja,
“fugir da responsabilidade”, “tirar o corpo fora”,
nem que seja para fugir de elaborar uma boa
argumentação.
O que ZERA uma carta?
Ausência de QUALQUER elemento
essencial (data, vocativo, fecho ou
assinatura);
Letra ilegível;
Escrita a grafite;
Não atendimento à proposta (fuga do
tema);
Número de linhas insuficientes.
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8. PRONOMES DE TRATAMENTO
Atentar para os usos corretos de acordo com o Manual
de Redação da Presidência da República e quadro
demonstrativo entregue individualmente.
IMPORTANTE!
Embora alguns livros ainda tragam o uso do
pronome ilustríssimo, o Manual de Redação
da Presidência da República orienta que
“fica dispensado o emprego do superlativo
ilustríssimo para as autoridades que recebem
o tratamento de Vossa Senhoria e para
particulares. É suficiente o uso do pronome
de tratamento Senhor.” (p. 11)
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!!
Prof. Patrícia
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