O documento discute as perspectivas de profissionais de saúde sobre a morte no contexto hospitalar, enfatizando a importância do apoio multidisciplinar aos pacientes terminais e suas famílias. Também aborda os desafios em lidar com a dor total dos pacientes e as atitudes necessárias para compreender a finitude humana com compaixão.
1. A morte no contexto Hospitalar na visão
do profissional de saúde
É muito difícil dizer adeus
2. Doação de órgão
Do ponto de vista da socioantropologia
Doação se constitui o maior feito da ciência
Do ponto de vista da teologia:
O verbo se fez carne
Do ponto de vista da saúde:
Os profissionais se constituem a grande elite
3. O tempo de preparação não é tempo perdido
• O profissional da saúde, ininterruptamente está
próximo ao doente e aos seus familiares, não é
verdade?,
• Com relação a morte, cabe a ele a notícia, bem como
a solicitação para doação,
• É fundamental sua atividade multidisciplinar,
tornando-se parceiro da dor de um e esperança do
outro.
4. O doente terminal no momento de extrema “dor”
necessita de companhia (Jó 2:11-13)
•A maior dor sentida num hospital nem sempre é
a dor física:
• É a dor da solidão,
solidão
• É a dor do abandono,
• É a dor da rejeição,
• É a dor de sentir-se inválido,
inválido
• É a dor de depender de pessoas desconhecidas.
5. Motivos para se esquivar de enfrentar a finitude
Hoje em dia morrer é:
n Triste,
n Solitário,
n Mecânico,
n Desumano.
Um ato solitário e impessoal – O paciente é removido
de seu ambiente familiar e levado para hospital ou UTI.
Quando um paciente está gravemente enfermo, em
geral é tratado como alguém sem direito a opinar.
6. A difícil missão do profissional hospitalar
Não é só a pessoa que morre que é perdida, mas todo o
universo interno de quem ficou é destruído,
Por outro lado, alguém na fila de espera, depende
daquele potencial doador; sendo-lhe sua única
esperança, assemelha-se muito ao bebê que necessita do
leite da mãe,
Intermediar este momento requer muita solidariedade,
seriedade e profissionalismo
po
7. Atitudes diante da morte e do morrer
n Sociedade ignora e evita a morte;
n Medicina: uma nova, mas
despersonalizada ciência;
n Prolongar a vida / Mitigar o
sofrimento humano;
8. Atitudes diante da morte e do morrer
4. Psicologicamente negação da morte,
5. Não concebemos (inconscientemente)
nossa própria morte,
6. Acreditamos na nossa imortalidade:
“Ainda bem que não fui eu”.
9. Para reflexão aos profissionais de saúde
n A dor é um dos sintomas físicos mais
frequentemente relatados por pacientes,
causando importante redução na qualidade de
vida do indivíduo,
n A dor é uma experiência desagradável,
sensitiva e emocional, que deve ser aliviada,
n Em pesquisas na população geral e em médicos
dos EUA, as crenças e o comportamento
religioso foram estudados:
10. Para reflexão aos profissionais de saúde
4. Revelou-se que 95% das pessoas acreditam em Deus,
77% acreditam que os médicos devem considerar as
suas crenças espirituais, 73% esperam que devem
compartilhar as suas crenças religiosas com o
profissional médico e 66% demonstram interesse de
que o médico pergunte sobre sua espiritualidade.
5. No entanto, apenas 10% a 20% relataram que os
médicos discutiram a espiritualidade com elas.
11. Atitudes solidárias do profissional de saúde
n Acolha em ouvir e a receber em silêncio,
n Você pode ser alvo de raiva e do desejo de pôr a culpa
em alguém (transferência),
n Seja empático, fortaleça-o na sua fé,
n Ajude-a a fazer contato com a força de que ela mesma
dispõe (ex. a prece do “Pai nosso”),
n Nem sempre sua ajuda produz resultados imediatos e
milagrosos.
12. Compreenda o doente em sua subjetividade
Lembre-se que o doente em sua terminalidade pode vivenciar
fases bem elucidadas por Elisabeth Kubler-Ross
•Negação: (comigo não... exames ou médicos estão errados),
•Raiva: (exterioriza com todos e com o profissional sua dor),
•Barganha: (negociação e troca em suas crenças),
•Recolhimento: (esmorecimento, tristeza distimia...),
•Aceitação: (entrega-se: pode receber acolhimento e rende-se).
13. Ofereça amor incondicional
Primeiro procedimento: Olhe para a pessoa e
pondere que ela é um ser humano exatamente
como você (medo, solidão, tristeza, etc.)
Segundo procedimento: Coloque-se no lugar dela
e pergunte: o que mais você gostaria que eu
fizesse?
Finalmente: Tocar nas mãos do enfermo olhando
nos olhos.
14. O conceito da chamada “Dor Total”:
• Dor física (e outros sintomas físicos de desconforto),
• Dor emocional (ansiedade, depressão, sentir-se só),
• Dor social (medo da separação, sensação de abandono,
luto antecipatório),
• Dor espiritual (temor do futuro, crenças)
O sofrimento não identificado não pode ser aliviado.
15. Compreendendo na finitude
1. Uma pessoa com dor intensa jamais terá
condições de refletir sobre o significado de sua
existência.
3. O sofrimento físico não aliviado é um fator de
ameaça constante à sensação de plenitude
desejada pelos pacientes que estão morrendo.
16. Compreendendo na finitude
n Muito ajudaria se as pessoas conversassem
sobre a morte e o morrer, como parte
intrínseca da vida, do mesmo modo como não
temem falar quando alguém espera um bebê.
n Se agissem assim com mais frequência, não
precisaríamos nos perguntar se devemos
tocar nestes assuntos com o paciente, ou se
deveríamos esperar pela última internação
17. Sugestão para leitura
• Sobre a Morte e o Morrer – Elisabeth Kubler-Ross – Martins Fonte,
• ROCHA, Renata Alves et al. O Enfermeiro na Unidade de Terapia
Intensiva: um enfoque sobre seus sentimentos no cuidado diário de
pacientes em processo de morte. Juiz de Fora, 2004. 11 p. Artigo
científico do Curso de Especialização em Enfermagem em Terapia
Intensiva. Universidade Federal de Juiz de Fora,
• Giacoia Júnior, A visão da morte ao longo do tempo. Medicina,
• Kovács, M. J. Pensando a morte e a formação de profissionais de saúde.
• Aprendendo a dizer adeus – Marcelo Rittner – Planeta,
• No leito da enfermidade – Eleny Vassão – Cultura Cristã,
• Quando a morte chegar – Almir dos Santos – Juerpe.
• Consultas diversas extraídas de fontes anônimas.
18. Obrigado !
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