Este relatório descreve uma saída de campo realizada por estudantes para identificar espécies de anfíbios e verificar a presença da doença quitridiomicose. Eles visitaram oito locais no Parque Natural da Serra da Estrela e encontraram principalmente rãs-verdes e um tritão-marmorado, nenhum dos quais apresentava sinais da doença.
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Saída Campo Anfíbios PNS Estrela
1. Turma A Grupo 1
Participação: Turma ____ Grupo ___
-> Ana Sofia Cunha nº2
-> Beatriz Eusébio nº4
-> Madalena Teodoro nº12
-> Raquel Morgadinho nº20
Acompanhamento:
Não existiu qualquer tipo de acompanhamento por parte de
professores.
Sumário:
A saída de campo foi realizada no dia 1 de Novembro entre as 11:30
horas e as 16 horas.
Identificação da saída de campo:
Visitámos oito locais, todos em Valhelhas, pertencentes ao Parque
Natural da Serra da Estrela.
Os diferentes locais vão ser descritos um pouco mais à frente na descrição de factos.
2. Objectivos da saída de campo:
Nesta saída de campo, pretendemos identificar algumas espécies de
anfíbios presentes no local anteriormente referido. Também pretendemos verificar a
presença ou não da doença de Quitridiomicose nos respectivos.
Descrição dos factos observados na saída de campo:
O nosso objectivo era fazer a saída de campo na noite de 31 de Outubro
para 1 de Novembro, mas tal não foi possível devido ao péssimo tempo que se fez
sentir.
O que é certo é que conseguimos fazer uma excelente recolha de dados
no dia 1 de Novembro.
Saímos de casa, por volta, das 11:30 horas. De seguida, seguimos a pé
para o primeiro local visitado (troço da Ribeira de Famalicão) onde estivemos cerca de
30 minutos. De seguida, fomos para o segundo local (outro troço da Ribeira de
Famalicão) onde tivemos o mesmo período de tempo. Seguimos para o terceiro local.
Este era um tanque que se encontrava relativamente perto da estrada (no Bairro de
São Pedro). Estivemos cerca de 20 minutos. O quarto local visitado foi novamente um
tanque perto do anterior. Posteriormente, fomos em direcção ao rio. Não foi feita
qualquer recolha porque a corrente era demasiado rápida e da qual nos impossibilitou
qualquer trabalho de campo. Passamos para a outra margem do rio, onde visitamos os
restantes lugares. Já deste lado do rio, o primeiro local a ser visitado foi um poço, o
segundo local foi um charco e por último, novamente um poço. Decidimos voltar para
casa por volta das 16 horas.
3. Análise da saída de campo - recolha de informação e dados estatísticos na saída de
campo:
O primeiro lugar a ser visitado foi um troço da Ribeira de Famalicão. Neste local,
pudemos constatara a presença de um esgoto que lhe dava um pH mais ácido do que o
previsto para aqueles tipos de locais. Talvez pela presença desse esgoto não se
visualizou nenhum anfíbio.
pH: 6,70
Temperatura: 14ºC
O segundo local foi um outro troço da ribeira de Famalicão. Neste local já encontrámos
um anfíbio da espécie Rana Perezi (Rã Verde). O anfíbio não apresentava qualquer tipo
de indícios ou sintomas da doença Quitridiomicose.
pH:8,00
Temperatura: 14ºC
O terceiro local a ser visitado foi um tanque no Bairro de São Pedro. Encontramos
novamente uma rã verde que não apresentava quaisquer vestígios da doença.
pH:8,10
Temperatura: 16ºC
O quarto local foi um outro tanque no bairro de São Pedro. Encontramos um girino da
espécie Rana Perezi.
pH: 7,93
Temperatura: 14ºC
O quinto local foi um poço de águas paradas. Encontramos um tritão de espécie
Triturus marmoratus. O tritão ainda era muito jovem, no qual se verificava “as veias e
as artérias à flor da pele”.
pH: 8,01
4. Temperatura: 12º
O sexto local que visitámos foi um charco de pequena profundidade. Conseguimos
apanhar 3 anfíbios, mas um deles fugiu. Eram todos da mesma espécie anteriormente
vista.
pH: 7,93
Temperatura: 16,50 ºC
Por último, visitámos um poço fundo, onde não conseguimos recolher qualquer tipo de
informação.
pH:7,00
Temperatura: 16ºC
Após toda a recolha e manipulação dos anfíbios podemos constatar algumas
características das espécies que avistamos.
A Rã-verde (Rana perezi), como adulto, é uma rã de grande tamanho, cujo
comprimento atinge com frequência 75 mm e pode, mais raramente, alcançar 100mm.
Tem fofinho pontiagudo ou ligeiramente arredondado; tímpano grande e bem visível,
com tonalidade castanha ou amarela; olhos grandes, muito juntos e proeminentes,
com pupila horizontal elíptica; íris dourada com pigmentação escura. Os membros
anteriores são robustos com quatro dedos, os membros posteriores compridos, fortes
e musculosos com cinco dedos unidos por membranas interdigitais completas. A pele é
lisa ou ligeiramente verrugosa. A coloração dorsal de fundo é geralmente verde
embora também possam surgir exemplares acastanhados e acinzentados. Apresenta
uma linha vertebral verde clara ou amarela e duas pregas dorsolaterais, normalmente
amareladas ou acastanhadas. Nos membros posteriores apresenta bandas negras
transversais. O ventre é esbranquiçado ou acinzentado e pode apresentar
pigmentação escura.
O tritão-marmorado (Triturus marmoratus) é um tritão de tamanho médio,
normalmente até 160 mm. Apresenta a cabeça deprimida, com contorno arredondado
e olhos proeminentes, em posição lateral, glândulas parótidas evidentes; o corpo de
5. secção é redonda ou ligeiramente aplanado; cauda achatada lateralmente, de igual
tamanho ou ligeiramente maior do que o corpo; membros bem desenvolvidos, com
quatro dedos alongados nas patas anteriores e cinco posteriores.; pele granulosa;
dorso de coloração esverdeada com manchas escuras de tamanho e distribuição
variável. Apresenta pequenos pontos negros distribuídos mais ou menos regularmente
no dorso, que coincidem com as protuberâncias do tegumento; ventre branco, creme
ou cinza
Análise crítica:
A nossa saída de campo superou as nossas expectativas. Não estávamos à
espera do bom tempo que se apanhou o que nos facilitou, e muito, a recolha dos
dados que queríamos. Esta saída de campo proporcionou-nos muitos dados com o
qual podemos trabalhar. Não conseguimos recolher informações acerca do tamanho
pois não foi levado para o trabalho de campo uma régua. Foi feita uma medição mas
não é a mais correcta.
Conclusões:
Concluímos que em Valhelhas, nos locais pertencentes ao Parque
Natural Serra da Estrela, a espécie de anfíbios dominante é a Rã-Verde(Rana perezi).
Em relação à doença, nos anfíbios recolhidos, não se detectou a
presença da doença Quitridiomicose.