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A Teoria Ética
Utilitarista de
Jeremy Bentham
e Stuart Mill
Definição do Utilitarismo
“Por princípio da utilidade, entendemos o princípio
segundo o qual toda a ação, qualquer que seja, deve ser
aprovada ou rejeitada em função da sua tendência de
aumentar ou reduzir o bem-estar das partes afetadas pela
ação. (...) Designamos por utilidade a tendência de alguma
coisa em alcançar o bem-estar, o bem, o belo, a felicidade,
as vantagens, etc. O conceito de utilidade não deve ser
reduzido ao sentido corrente de modo de vida com um fim
imediato."
O Princípio da Utilidade
 Devemos agir de modo a que da nossa ação resulte a maior
felicidade ou bem-estar possível para as pessoas por ela
afetadas. Uma ação boa é a que é mais útil, ou seja, a que
produz mais felicidade global ou, dadas as circunstâncias,
menos infelicidade. Quando não é possível produzir
felicidade ou prazer devemos tentar reduzir a infelicidade.
 O princípio da utilidade é por isso conhecido também como
princípio da maior felicidade.
Uma Ética Consequencialista
 Considera–se que a ética de Mill é consequencialista porque
defende que o valor moral de uma ação depende das suas
consequências.
 É boa a ação que tem boas consequências ou dadas as
circunstâncias melhores consequências do que ações
alternativas.
 A ação é avaliada pelas suas consequências e o motivo ou
a intenção não são decisivos porque se referem ao carácter
do agente e não à ação em si mesma.
 Não há ações particularmente boas.
 Para o utilitarista, as ações são moralmente corretas ou
incorretas conforme as consequências: se promovem
imparcialmente o bem-estar, são boas. Só as consequências
as tornam boas ou más. Assim sendo, não há, para o
utilitarista, deveres que devam ser respeitados em todas as
circunstâncias.
 Não há deveres morais absolutos.
Uma Teoria Ética Hedonista
 Todas as atividades humanas têm um objetivo último, isto é,
são meios para uma finalidade que é o ponto de
convergência de todas. Esse fim é a chamada felicidade ou
bem-estar.
 Procuramos em todas as atividades a que nos dedicamos
viver experiências aprazíveis e evitar experiências dolorosas
ou desagradáveis. Esta perspectiva que identifica a
felicidade com o prazer ou o bem-estar tem o nome de
hedonismo.
Felicidade Geral e
Felicidade Individual
 A felicidade de que fala o utilitarismo não é simplesmente a
felicidade individual. Mas também não é a felicidade geral à
custa da felicidade do agente. A minha felicidade é tão
importante como a dos outros envolvidos, nem mais nem
menos.
 A minha felicidade não conta mais do que a felicidade dos
outros.
 E quando Mill se refere a outras pessoas não abre exceções
para as de que mais gostamos, como familiares e amigos.
Devemos ser estritamente imparciais.
O Principio da Utilidade e as
Normas Morais Comuns
 Que valor têm normas morais como as que proíbem o roubo,
o assassinato ou a mentira para um utilitarista como Mill?
Uma vez vale outras vezes não?
 Nas nossas decisões morais devemos ser guiados pelo
princípio de utilidade e não simplesmente pelas normas
morais da nossa sociedade. Nos diz como devemos agir
para que das nossas ações resultem as melhores
consequências possíveis em termos globais.
Os Fins e os Meios
 Para Mill, o fim – a felicidade geral – justifica frequentemente
os meios. Na teoria utilitarista, há uma prioridade dos fins da
ação em relação aos meios.
 Para ele, é suficiente que a felicidade produzida com a ação
seja superior ao sofrimento eventualmente provocado com a
sua realização para que a ação tenha valor moral.
 É neste sentido que há uma prioridade dos fins da ação, da
maximização da felicidade para o maior número, sobre os
meios, mesmo que a ação produza sofrimento a algumas
pessoas.
Utilitarismo e Egoísmo
 O egoísta é parcial.
 Devemos procurar agir de forma a promover unicamente o
nosso próprio bem-estar e felicidade.
 Esta é para o egoísta ético a única forma moralmente válida
de ação.
 O utilitarista é imparcial.
 Devemos procurar agir de forma a promover a felicidade de
todos os que são afetados pela ação (incluindo a felicidade
do próprio agente).
 A minha ação é correta se promover de forma imparcial (ou
seja, sem distinções) os interesses de todas e cada uma das
pessoas implicadas pela ação, sendo o interesse de cada
pessoa a obtenção da felicidade.
Acadêmicos:
AMANDA CAROLINE PEDRO
ELVIS ANDRE SOUZA LIMA
OTAVIO AUGUSTO PADILHA
REGIANE CRISTINA BENDER

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A Teoria Ética Utilitarista

  • 1. A Teoria Ética Utilitarista de Jeremy Bentham e Stuart Mill
  • 2. Definição do Utilitarismo “Por princípio da utilidade, entendemos o princípio segundo o qual toda a ação, qualquer que seja, deve ser aprovada ou rejeitada em função da sua tendência de aumentar ou reduzir o bem-estar das partes afetadas pela ação. (...) Designamos por utilidade a tendência de alguma coisa em alcançar o bem-estar, o bem, o belo, a felicidade, as vantagens, etc. O conceito de utilidade não deve ser reduzido ao sentido corrente de modo de vida com um fim imediato."
  • 3. O Princípio da Utilidade  Devemos agir de modo a que da nossa ação resulte a maior felicidade ou bem-estar possível para as pessoas por ela afetadas. Uma ação boa é a que é mais útil, ou seja, a que produz mais felicidade global ou, dadas as circunstâncias, menos infelicidade. Quando não é possível produzir felicidade ou prazer devemos tentar reduzir a infelicidade.  O princípio da utilidade é por isso conhecido também como princípio da maior felicidade.
  • 4. Uma Ética Consequencialista  Considera–se que a ética de Mill é consequencialista porque defende que o valor moral de uma ação depende das suas consequências.  É boa a ação que tem boas consequências ou dadas as circunstâncias melhores consequências do que ações alternativas.  A ação é avaliada pelas suas consequências e o motivo ou a intenção não são decisivos porque se referem ao carácter do agente e não à ação em si mesma.
  • 5.  Não há ações particularmente boas.  Para o utilitarista, as ações são moralmente corretas ou incorretas conforme as consequências: se promovem imparcialmente o bem-estar, são boas. Só as consequências as tornam boas ou más. Assim sendo, não há, para o utilitarista, deveres que devam ser respeitados em todas as circunstâncias.  Não há deveres morais absolutos.
  • 6. Uma Teoria Ética Hedonista  Todas as atividades humanas têm um objetivo último, isto é, são meios para uma finalidade que é o ponto de convergência de todas. Esse fim é a chamada felicidade ou bem-estar.  Procuramos em todas as atividades a que nos dedicamos viver experiências aprazíveis e evitar experiências dolorosas ou desagradáveis. Esta perspectiva que identifica a felicidade com o prazer ou o bem-estar tem o nome de hedonismo.
  • 7. Felicidade Geral e Felicidade Individual  A felicidade de que fala o utilitarismo não é simplesmente a felicidade individual. Mas também não é a felicidade geral à custa da felicidade do agente. A minha felicidade é tão importante como a dos outros envolvidos, nem mais nem menos.  A minha felicidade não conta mais do que a felicidade dos outros.  E quando Mill se refere a outras pessoas não abre exceções para as de que mais gostamos, como familiares e amigos. Devemos ser estritamente imparciais.
  • 8. O Principio da Utilidade e as Normas Morais Comuns  Que valor têm normas morais como as que proíbem o roubo, o assassinato ou a mentira para um utilitarista como Mill? Uma vez vale outras vezes não?  Nas nossas decisões morais devemos ser guiados pelo princípio de utilidade e não simplesmente pelas normas morais da nossa sociedade. Nos diz como devemos agir para que das nossas ações resultem as melhores consequências possíveis em termos globais.
  • 9. Os Fins e os Meios  Para Mill, o fim – a felicidade geral – justifica frequentemente os meios. Na teoria utilitarista, há uma prioridade dos fins da ação em relação aos meios.  Para ele, é suficiente que a felicidade produzida com a ação seja superior ao sofrimento eventualmente provocado com a sua realização para que a ação tenha valor moral.  É neste sentido que há uma prioridade dos fins da ação, da maximização da felicidade para o maior número, sobre os meios, mesmo que a ação produza sofrimento a algumas pessoas.
  • 10. Utilitarismo e Egoísmo  O egoísta é parcial.  Devemos procurar agir de forma a promover unicamente o nosso próprio bem-estar e felicidade.  Esta é para o egoísta ético a única forma moralmente válida de ação.  O utilitarista é imparcial.  Devemos procurar agir de forma a promover a felicidade de todos os que são afetados pela ação (incluindo a felicidade do próprio agente).  A minha ação é correta se promover de forma imparcial (ou seja, sem distinções) os interesses de todas e cada uma das pessoas implicadas pela ação, sendo o interesse de cada pessoa a obtenção da felicidade.
  • 11. Acadêmicos: AMANDA CAROLINE PEDRO ELVIS ANDRE SOUZA LIMA OTAVIO AUGUSTO PADILHA REGIANE CRISTINA BENDER