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NERVOS
CRANIANOS
Prof. Olavo S. Valente
Introdução
• Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo.
Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura
específica, sendo numerados em algarismos romanos, de
acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal.
• As fibras motoras ou eferentes dos nervos cranianos originam-
se de grupos de neurônios no encéfalo, que são seus núcleos
de origem.
• Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras
corticonucleares que se originam dos neurônios das áreas
motoras do córtex, descendo principalmente na parte
genicular da cápsula interna até o tronco do encéfalo.
• Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos
neurônios situados fora do encéfalo, agrupados para formar
gânglios ou situados em periféricos órgãos dos sentidos.
• Os núcleos que dão origem a dez dos doze pares de nervos
cranianos situam-se em colunas verticais no tronco do
encéfalo e correspondem à substância cinzenta da medula
espinhal.
• De acordo com o componente funcional, os nervos cranianos
podem ser classificados em motores, sensitivos e mistos.
• Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e
acessoriamente os músculos látero-posteriores do pescoço.
São eles:
• III - Nervo Oculomotor
• IV - Nervo Troclear
• VI - Nervo Abducente
• XI - Nervo Acessório
• XII - Nervo Hipoglosso
• Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e
por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que
não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato).
Os sensoriais são:
• I - Nervo Olfatório
• II - Nervo Óptico
• VIII - Nervo Vestibulococlear
• Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro:
• V - Trigêmeo
• VII - Nervo Facial
• IX - Nervo Glossofaríngeo
• X - Nervo Vago
Nervo Olfatório
• As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma área
especial da mucosa nasal que recebe o nome de mucosa
olfatória. Em virtude da existência de grande quantidade de
fascículos individualizados que atravessam separadamente o
crivo etmoidal, é que se costuma chamar de nervos
olfatórios, e não simplesmente de nervo olfatório (direito e
esquerdo).
• É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem
impulsos olfatórios, sendo classificados como aferentes
viscerais especiais. Mais informações sobre o nervo olfatório
podem ser encontradas em Telencéfalo (Rinencéfalo).
Nervo Óptico
• É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se
originam na retina, emergem próximo ao pólo posterior de
cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico.
Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o
quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as
quais continuam no tracto óptico até o corpo geniculado
lateral. O nervo óptico é um nervo exclusivamente sensitivo,
cujas fibras conduzem impulsos visuais, classificando-se como
aferentes somáticas especiais.
Nervo Oculomotor, Troclear e
Abducente
• São nervos motores que penetram na órbita pela fissura
orbital superior, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do
bulbo ocular, que são os seguintes: elevador da pálpebra
superior, reto superior, reto inferior, reto medial, reto lateral,
oblíquo superior, oblíquo inferior. Todos estes músculos são
inervados pelo oculomotor, com exceção do reto lateral e do
oblíquo superior, inervados respectivamente, pelos nervos
abducente e troclear. As fibras que inervam os músculos
extrínsecos do olho são classificadas como eferentes
somáticas.
Nervo Trigêmio
• O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente
sensitivo consideravelmente maior. Possui uma raiz sensitiva e
uma motora. A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos
centrais dos neurônios sensitivos, situados no gânglio
trigemial, que se localiza no cavo trigeminal, sobre a parte
petrosa do osso temporal.
Nervo Facial
• É também um nervo misto, apresentando uma raiz motora e
outra sensorial gustatória. Ele emerge do sulco bulbo-pontino
através de uma raiz motora, o nervo facial propriamente dito,
e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio.
Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os dois
componentes do nervo facial penetram no meato acústico
interno, no interior do qual o nervo intermédio perde a sua
individualidade, formando-se assim, um tronco nervoso único
que penetra no canal facial.
Nervo Vestibulo-Coclear
• Costituído por dois grupos de fibras perfeitamente
individualizadas que formam, respectivamente, os nervos
vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente sensitivo, que
penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino,
entre a emergência do VII par e o flóculo do cerebelo. Ocupa
juntamente com os nervos facial e intermédio, o meato
acústico interno, na porção petrosa do osso temporal.
Nervo Glossofaríngeo
• É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do
bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, que se dispõem
em linha vertical. Estes filamentos reúnem-se para formar o
tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo forame
jugular. No seu trajeto, através do forame jugular, o nervo
apresenta dois gânglios, superior e inferior, formados por
neurônios sensitivos.
Nervo Vago
• O nervo vago é misto e essencialmente visceral. Emerge do
sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos
radiculares que se reúnem para formar o nervo vago. Este
emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o
tórax, terminando no abdome. Neste trajeto o nervo vago dá
origem a vários ramos que inervam a faringe e a laringe,
entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a
inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais.
Nervo Acessório
• Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz espinhal
é formada por filamentos que emergem da face lateral dos
cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula,
constituindo um tronco que penetra no crânio pelo forame
magno. A este tronco unem-se filamentos da raiz craniana que
emergem do sulco lateral posterior do bulbo.
Nervo Hipoglosso
• Nervo essencialmente motor. Emerge do sulco lateral anterior
do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se unem
para formar o tronco do nervo. Este, emerge do crânio pelo
canal do hipoglosso, e dirige-se aos músculos intrínsecos e
extrínsecos da língua (está relacionado com a motricidade da
mesma). Suas fibras são consideradas eferentes somáticas.
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  • 2. Introdução • Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal. • As fibras motoras ou eferentes dos nervos cranianos originam- se de grupos de neurônios no encéfalo, que são seus núcleos de origem. • Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras corticonucleares que se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex, descendo principalmente na parte genicular da cápsula interna até o tronco do encéfalo.
  • 3. • Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurônios situados fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em periféricos órgãos dos sentidos. • Os núcleos que dão origem a dez dos doze pares de nervos cranianos situam-se em colunas verticais no tronco do encéfalo e correspondem à substância cinzenta da medula espinhal.
  • 4.
  • 5. • De acordo com o componente funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em motores, sensitivos e mistos. • Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos látero-posteriores do pescoço. São eles: • III - Nervo Oculomotor • IV - Nervo Troclear • VI - Nervo Abducente • XI - Nervo Acessório • XII - Nervo Hipoglosso
  • 6. • Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são: • I - Nervo Olfatório • II - Nervo Óptico • VIII - Nervo Vestibulococlear
  • 7. • Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro: • V - Trigêmeo • VII - Nervo Facial • IX - Nervo Glossofaríngeo • X - Nervo Vago
  • 8.
  • 9. Nervo Olfatório • As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma área especial da mucosa nasal que recebe o nome de mucosa olfatória. Em virtude da existência de grande quantidade de fascículos individualizados que atravessam separadamente o crivo etmoidal, é que se costuma chamar de nervos olfatórios, e não simplesmente de nervo olfatório (direito e esquerdo).
  • 10. • É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo classificados como aferentes viscerais especiais. Mais informações sobre o nervo olfatório podem ser encontradas em Telencéfalo (Rinencéfalo).
  • 11.
  • 12.
  • 13. Nervo Óptico • É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao pólo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no tracto óptico até o corpo geniculado lateral. O nervo óptico é um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais, classificando-se como aferentes somáticas especiais.
  • 14.
  • 15.
  • 16. Nervo Oculomotor, Troclear e Abducente • São nervos motores que penetram na órbita pela fissura orbital superior, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular, que são os seguintes: elevador da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior, oblíquo inferior. Todos estes músculos são inervados pelo oculomotor, com exceção do reto lateral e do oblíquo superior, inervados respectivamente, pelos nervos abducente e troclear. As fibras que inervam os músculos extrínsecos do olho são classificadas como eferentes somáticas.
  • 17.
  • 18.
  • 19. Nervo Trigêmio • O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo consideravelmente maior. Possui uma raiz sensitiva e uma motora. A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos, situados no gânglio trigemial, que se localiza no cavo trigeminal, sobre a parte petrosa do osso temporal.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Nervo Facial • É também um nervo misto, apresentando uma raiz motora e outra sensorial gustatória. Ele emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio. Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os dois componentes do nervo facial penetram no meato acústico interno, no interior do qual o nervo intermédio perde a sua individualidade, formando-se assim, um tronco nervoso único que penetra no canal facial.
  • 25.
  • 26.
  • 27. Nervo Vestibulo-Coclear • Costituído por dois grupos de fibras perfeitamente individualizadas que formam, respectivamente, os nervos vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a emergência do VII par e o flóculo do cerebelo. Ocupa juntamente com os nervos facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal.
  • 28.
  • 29. Nervo Glossofaríngeo • É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, que se dispõem em linha vertical. Estes filamentos reúnem-se para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo forame jugular. No seu trajeto, através do forame jugular, o nervo apresenta dois gânglios, superior e inferior, formados por neurônios sensitivos.
  • 30.
  • 31. Nervo Vago • O nervo vago é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o nervo vago. Este emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. Neste trajeto o nervo vago dá origem a vários ramos que inervam a faringe e a laringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais.
  • 32.
  • 33. Nervo Acessório • Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz espinhal é formada por filamentos que emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula, constituindo um tronco que penetra no crânio pelo forame magno. A este tronco unem-se filamentos da raiz craniana que emergem do sulco lateral posterior do bulbo.
  • 34.
  • 35. Nervo Hipoglosso • Nervo essencialmente motor. Emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo. Este, emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, e dirige-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua (está relacionado com a motricidade da mesma). Suas fibras são consideradas eferentes somáticas.