Este documento discute diversas atitudes que caracterizam cristãos e como eles tratam Jesus em suas vidas diárias. Algumas atitudes incluem permanecer na periferia dos ensinamentos, discutir sem propósito, preferir a separação, se concentrar no "eu", se entregar a paixões, duvidar, ser curioso ou vaidoso. O documento incentiva os leitores a transformarem Jesus em um padrão permanente de vida através de exemplo e a não evitarem as tribulações, que podem fortalecê-los.
3. “Examinai-vos a vós mesmos, se
permaneceis na fé; provai-vos a
vós mesmos.”
(Paulo - II Coríntios)
4. Diversas atitudes caracterizam os
cristãos:
Os que permanecem na periferia dos
ensinamentos
e exigem novas demonstrações de
Deus,
sem qualquer propósito de renovação
interior.
5. Diversas atitudes caracterizam os
cristãos:
Aqueles que se detém na literatura
e estimam as longas discussões sem
proveito real.
Outros preferem a separação,
e lançam-se às lutas de separatividade,
lamentáveis e cruéis.
6. Diversas atitudes caracterizam os
cristãos:
Todos os que se concentram no “eu”,
mergulham em pedidos infindáveis, a
reclamar proteção divina,
adiando a solução dos seus problemas
espirituais.
7. Diversas atitudes caracterizam os
cristãos:
Os que se retardam nos desvarios
passionais,
rogam para as emoções,
mantendo-se distante do
legítimo entendimento.
8. Diversas atitudes caracterizam os
cristãos:
Os que se atiram às correntes da
tristeza negativa
gastam o tempo em lamentações
estéreis.
9. Diversas atitudes caracterizam os
cristãos:
Aqueles que se consagram ao culto da
dúvida,
perdem a oportunidade da edificação
divina em si mesmos,
convertendo-se em críticos gratuitos,
ferindo companheiros e estraçalhando
reputações.
10. Diversas atitudes caracterizam os
cristãos:
Quantos se prendem à curiosidade
crônica,
“borboleteiam” aqui e ali,
longe do trabalho sério e necessário.
11. Diversas atitudes caracterizam os
cristãos:
Aqueles que se regozijam na
presunção,
passam o dia maltratando o próximo,
como inquisidores permanentes do
mundo.
12. Os que vivem na fé, contudo...
Acompanham o Cristo,
examinam a si próprios e
experimentam a si mesmos,
convertendo-se em refletores da
Vontade Divina,
cumprindo-a, fielmente, no caminho
da redenção.
13. “Que farei então de Jesus,
chamado o Cristo?”
(Pilatos - Mateus)
14. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Os ociosos tentam convertê-lo em
oráculo ,
que lhes satisfaçam as aspirações de
menor esforço.
15. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Os vaidosos procuram transformá-lo
em galeria de exibição,
através da qual façam mostruário
permanente de personalismo inferior.
16. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Os insensatos chamam-no à aprovação
de seus desvarios,
à distância do trabalho digno.
17. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Tal como no monte,
muitos o acompanham apenas
interessados
na multiplicação de pães para o
estômago.
18. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Outros se acercam dEle,
buscando atormentá-lo,
rogando “sinais do céu”,
á maneira dos fariseus arguciosos.
19. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Numerosos são os que visitam-no,
imitando o gesto de Jairo,
suplicando bençãos,
crendo e descrendo ao mesmo tempo.
20. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Muitos ouvem-lhe os ensinamentos,
examinando o melhor caminho de
estabelecerem a própria dominação.
21. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Vários corações observam-no,
com simpatia,
mas, na primeira oportunidade,
indagam
sobre a distribuição de lugares no céu.
22. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Outros muitos O acompanham,
estrada afora,
estimando-lhe os benefícios e as
consolações,
detestando-lhe as verdades cristalinas.
23. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Alguns levantam mãos-postas no
instante das vantagens,
e fogem do sacrifício e do testemunho.
24. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Grande maioria procede à moda de
Pilatos
que pergunta solenemente quanto ao
que fará de Jesus
e acaba crucificando-o,
com despreocupação do dever e da
responsabilidade.
25. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Poucos imitam Simão Pedro que,
após a iluminação no Pentecostes,
segue-o sem condições até a morte.
26. Que fazemos do Mestre Divino, nas
nossas lições diárias?
Raros copiam Paulo de Tarso
que se ergue, na estrada do erro,
colocando-se a caminho da redenção,
através de impedimentos e pedradas,
até o fim da luta.
27. Não basta fazer do Cristo Jesus o
benfeitor que cura e protege.
É indispensável transformá-lo em
padrão permanente da vida,
por exemplo e modelo de cada dia.
28. “E ele, respondendo, disse: O que
mete comigo a mão no prato, esse
me há de trair.”
(Jesus - Mateus)
29. A ingratidão não é planta de campo
contrário.
O infrator mais temível, em todas as
boas obras, é sempre o amigo
transviado, o companheiro leviano e o
irmão indiferente.
30. Porém, as maiores angústias não
procedem de círculos adversos,
mas justamente da esfera mais íntima,
quando a inquietação e a revolta, a
leviandade e a imprevidência
penetram o coração daqueles que mais
amamos.
No trabalho cristão, não é demais
aguardar grandes lutas e grandes provas...
31. De modo geral, a calúnia e o erro, a
maldade e o fel
não partem de nossos opositores
declarados,
mas, sim, daqueles que se alimentam
conosco,
nos mesmos pratos da vida.
33. Não devemos evitar a tempestade.
Se queremos a fortaleza...
A tempestade possui funções
regeneradoras e educativas, que é
imprescindível não menosprezar.
34. A tribulação é a tormenta das almas.
Mas , ninguém deve duvidar-lhe os
benefícios.
35. Que seria da criança sem a experiência?
Que será do espírito sem a necessidade?
36. Aflições, dificuldades e lutas, nos
permitem aumentar a nossa capacidade
de ampliar o nosso caminho.
37. È necessário, que o homem, apesar das
rajadas aparentemente destruidoras do
destino, se conserve de pé, sem medo,
marchando, firme, ao encontro dos
objetivos da vida.
38. Ai daqueles que se deitarem sob a
tempestade! Os detritos projetados do
montes pelas correntes do aguaceiro
poderão sufocá-los, arrastando-os para o
fundo do abismo.