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A AUTONOMIA DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DE FERIDAS : SEU
                                            PAPEL FUNDAMENTAL



                                                                     COSTA, Tatiana Melgaço Calçada
                                                                               MACHADO, Bruna Alves

                                                     RESUMO

                  Introdução. O cuidado sob medida para o paciente acometido de feridas , tem por
                  finalidade promover a hemostasia e a cicatrização promovendo então a melhora da
                  lesão. A avaliação do enfermeiro é de extrema importância , pois será ele que traçará
                  a metodologia do tratamento.Objetivamos atentar para o papel do enfermeiro e sua
                  autonomia no tratamento de feridas em um hospital da rede privada situado na cidade
                  do Rio de Janeiro.Metodologia.Observamos o trabalho e rotina das enfermeiras dos
                  quatro plantões da clinica médica dentro dessa instituição onde a responsabilidade é
                  do enfermeiro para com o tratamento de feridas, sendo ela baseada em um protocolo
                  que foi implementado pela chefia de enfermagem deste hospital, sendo neste
                  projetado um caminho clínico para promover a cicatrização da ferida.
                  Resultado.Constatou-se que com a autonomia obtida após incessante treinamento, o
                  enfermeiro não só indicará como realizar o curativo como também o realizará,
                  reduzindo os riscos e complicações, acelerando assim a evolução da ferida.
                  Ressaltando também que quando o enfermeiro coloca em prática a sua autonomia
                  prioriza um cuidado individualizado e contínuo ao paciente , possibilitando assim a
                  definição de indicadores de qualidade contribuindo para uma melhor assistência a
                  esses pacientes.conclusão. Constatamos que o sucesso da cicatrização da ferida
                  dependerá do curativo e de cada etapa do tratamento, que incluirá a avaliação
                  planejamento , implementação e registro. Sendo dever do enfermeiro acompanhar
                  todos esses processos trazendo para si a responsabilidade e autonomia no tratamento
                  de feridas.




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THE NURSE'S AUTONOMY IN THE WOUND TREATMENT:
                                              A FUNDAMENTAL ROLE


                                                      ABSTRACT


              Introduction: The best pratice in caring for wounds objectives the cure of the injury by
              promoting it's hemostasis and healing, promoting the wound's improvement. Once the
              nurse defines the treatment metodology. His evaluation is of special interest. We intend to
              reinforce the nurse's role and autonomy, when treating wounds in a general hospital in
              Rio de Janeiro city. Metodology: We made a routine over the nurse's work in this hospital
              where they are responsibles of the wound treatment. Their work is based on a protocol
              fixed by the nurse's leadership department of the hospital. Results: We found that when
              the nurse has autonomy (acquired after a rigorous training program) she'll realizes and
              denoted the dressing, reducing risks and complications and acelerating wound healing. It's
              important to focalize that when the nurse exerts his autonomy, the care for the pacient
              with wounds becomes individualyser and continous allowing best quality control and
              benefit to the pacient. Conclusion: The Success in healing a wound depends on dressing
              and each step of the treatment wich includes evaluation, planning, executing and
              recording the data. The nurse should be responsible and autonomus in the treatment of
              wounds.




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1. Considerações iniciais

             O significado da palavra ferida ultrapassa a simples definição da perda da solução de
            continuidade da pele. Ao buscar sinônimos para a ferida encontramos definições como coisa
            que penaliza, desgraça, aquilo que deixa cicatriz.

            Da mesma forma o cuidar da ferida de alguém vai muito alem dos cuidados gerais ou da
            realização de um curativo. Uma ferida pode ao ser apenas uma lesão física , mas algo que dói
            sem necessariamente precisar de estímulos sensoriais.

             O cuidado sob medida para o paciente acometido de feridas , tem por finalidade promover a
            hemostasia e a cicatrização reduzindo assim o risco de infecção , promovendo então a
            melhora da lesão. A avaliação do enfermeiro é de extrema importância , pois sera ele que
            traçará a metodologia do tratamento.




             O tratamento da ferida é um processo dinâmico que depende da avaliação da necessidade ou
            não da continuidade do mesmo fora do hospital. Sendo essa avaliação sistematizada, tendo
            prescrições distintas e de freqüência, tipo de curativo ou cobertura necessária que podem ser
            variáveis de acordo com o momento evolutivo do processo cicatricial cabendo ao enfermeiro
            estar avaliando intensamente todo esse processo

            Devemos dar um tratamento adequado , isto é personalizado. Devemos considerar todos os
            fatores individuais do paciente e os recursos materiais e humanos de que dispomos. O produto
            de escolha deve ser avaliado com relação às indicações, as contra indicações, aos custos e a
            eficácia. Para isso é necessário ver o paciente como um todo não só a ferida e será o
            enfermeiro que deverá se fazer presente , resultando em um cuidado integral a esse cliente.




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1.1Objetivo

            Objetivamos atentar para o papel do enfermeiro e sua autonomia no tratamento de feridas em
            um hospital da rede privada situado na cidade do rio de janeiro.

            1.2Objeto de estudo

            Enfermeiros que trabalham num hospital da rede privada onde exercem um papel fundamental
            no tratamento de feridas como cuidadores e orientadores desses curativos.

            1.3Questão norteadora

                • Qual a importância da autonomia do enfermeiro no tratamento de feridas ?

            1.4 Problema

            A autonomia do enfermeiro no tratamento de feridas é uma disciplina emergente e uma
            estratégia de sistematização da assistência a fim de otimizar e aumentar a eficiência deste
            cuidado. Tivemos como problema à consolidação desta prática que vem de encontro as
            necessidades dos profissionais de enfermagem onde o papel do enfermeiro não é somente a
            execução do curativo determinado pelo médico e sim o preenchedor de uma lacuna
            importante sendo ele o principal cuidador desse paciente portador de uma ferida tendo
            suficiente autonomia após incessante tratamento e aprimoramento e reciclagem profissional
            para determinar o protocolo a ser seguido.

            1.5Relevância / justificativa

            A falta de interesse, a incapacidade de somente achar que seu papel é de realizar um curativo
            faz com que muitos enfermeiros não tenham a autonomia que os é oferecido no tratamento de
            uma ferida. Tivemos como

            Justificativa a verdadeira responsabilidade que o enfermeiro deverá ter no tratamento de uma
            ferida. A aplicação de uma assistência de enfermagem que dá autonomia e valoriza o
            enfermeiro como profissional contribuindo assim este trabalho ,atenta para os enfermeiros que




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a avaliação continua de todo o processo da assistência é de sua responsabilidade, contribuindo
            assim para novas pesquisas e para futuros profissionais.

                                    Capitulo II

           2.0 Metodologia/ desenvolvimento

            Trata-se de uma pesquisa descritiva observacional que compreende a importância da
            autonomia do enfermeiro diante do tratamento de uma ferida                     pois segundo
            MINAYO(1993,p32) “Este estudo se preocupa nas ciências sociais com um nível de realidade
            que não pode ser quantificado.”

            Observamos os enfermeiros de um respectivo hospital privado onde atentamos para o
            fundamental papel destes, sendo este que executa o curativo e mantem o maior contato com o
            paciente durante todo os eu tratamento.

             Como instrumento de coleta de dados observamos o trabalho e rotina das enfermeiras dos
            quatro plantões da clinica médica dentro dessa instituição onde a responsabilidade é do
            enfermeiro para com o tratamento de feridas, sendo ela baseada em um protocolo (anexo)que
            foi implementado pela chefia de enfermagem deste hospital, sendo neste projetado um
            caminho clínico para promover a cicatrização da ferida. Sendo também este protocolo um
            elemento necessário a avaliação pela entidade prestadora da assistência a saúde , da relação
            custo –efetividade do tratamento empregado no paciente.

               O protocolo se constitui como um documento de extrema importância no tratamento de
            feridas pois como a cada plantão se tem uma nova enfermeira é através do protocolo que se é
            construído e seguido toda uma estrutura de tratamento , como o curativo deverá ser feito e
            acompanhando pois assim a cada plantão se pode comparar a evolução e o tratamento da
            ferida.

              O enfermeiro deve também avaliar a causa da ferida, qualquer condição clinica subjacente,
            história da ferida, tratamento empregado até aquela data , condições clínicas de base
            (desnutrição, diabetes, hepatopatia, neuropatia, etc..). com isso , o enfermeiro pode manter um




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plano e sistema de controle da ferida definindo os instrumentos, suas diretrizes, fechando
            então o protocolo.

               A autonomia inclui ainda avaliar a pele , a ferida , os curativos do paciente, planejar o
            tratamento da ferida, selecionar, avaliar e trocar cobertura, prevenir infecção ,diagnosticar a
            etiologia da ferida, efetuar documentação fotográfica (com autorização prévia do cliente),
            recomendar exames complementares que possam auxiliar no diagnóstico e na evolução da
            cicatrização, preenchendo assim um papel importante no tratamento de feridas, sendo a sua
            figura preponderante e por estas razoes em muitos aspectos suas condutas são sobrepostas a
            dos outros componentes da equipe .

                                               Capitulo III

                                     Fundamentação bibliográfica

             1. Anatomia da pele

              A pele é uma estrutura indispensável para a vida humana. Ela forma uma barreira entre os
            órgãos internos e o ambiente externo e ainda participa de muita funções vitais do corpo é
            formada de três camadas que se encaixam fortemente uma as outras , e são : epiderme , derme
            e tecido subcutâneo ( hipoderme)

              1.1 Epiderme : camada mais superficial da pele, é formada por células epiteliais dispostas
            em várias camadas. A epiderme não é vascularizada e sua principal função é proteger contra
            agressões do meio externo

             1.2 Derme : consiste no tecido conjuntivo contendo fibras colágenas e fibras elásticas ;
            contem vasos sanguíneos, nervos , vasos linfáticos , folículo piloso e glândulas sudoríparas e
            sebáceas. É a camada intermediária que fornece estrutura e força de sustentação a pele.

              1.3Tecido subcutâneo : conhecido como tecido adiposo, tendo como principal função
            proporcionar barreira mecânica e promover a termoregulação.

            2.Funções da pele




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Sendo o maior órgão do corpo humano , é a principal barreira contra as agressões do meio
             externo e as suas principais funções são :

         •        Proteção
         •        Sensação
         •        Regulação de água
         •        Regulação térmica
         •        Produção de vitamina
         •        Resposta imune.




             2.1Fatores que alteram a integridade da pele:

         •          Sol
         •          Hidratação
         •          Medicamentos
         •          Sabões
         •          Status nutricional
         •          Doenças
         •          Estresse
         •

             3.Fisiologia da cicatrização

              O processo cicatricial é subdividido em três fases distintas e subseqüentes , sendo a
             primeira designada de inflamatória que pode durar em torno de 24 a 48 horas. A resposta
             inflamatória é uma reação natural de qualquer trauma agudo ou incisão cirúrgica . sendo a
             inflamação um pré-requisito do processo de cicatrização. A segunda fase , chamada de
             fibroblastica , de granulação e ainda proliferativa , ocorre depois da limpeza da área
             lesionada, após a atuação dos neutrofilos e macrófagos. Ocorre ainda a reepitelização , pela
             migração e proliferação de queratinócitos proporcionando contração da ferida durando
             aproximadamente duas semanas. A ultima fase denomina-se de maturação, reparadora ou




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remodeladora, ocorre depois de três semanas e pode durar meses ou anos, pois é nessa fase qe
               vai haver o deposito de colágeno de forma gradativa, com a finalidade de aumentar a força
               tensil da ferida. Nessa fase ocorre também a diminuição da capilarização , tornando-a mais
               pálida.(AZULAY1999p53)

               4.Tipos de cicatrização

                   4.1 Primeira intenção

                  Geralmente ocorre a lesão por instrumentos cortantes, com bordos regulares e de ajuste por
               suturas . ocorre o mínimo de perda tecidual, com resposta inflamatória e menor índice de
               defeitos e complicações .

                  4.2 Segunda intenção

                Ocorre quando há perda acentuada de tecido, geralmente devido a complicações, como por
               exemplo infecção. Não há possibilidade de fechamento de bordos, necessitando portanto de
               manter o meio úmido para a formação de um novo tecido. Período cicatricial mais prolongado
               e há maior índice de defeitos cicatriciais

                  4.3 Terceira intenção

               Ocorre através de fechamento de bordos por sutura, após a ferida estar granulada, depois de
               debelar a infecção / complicação

               5.Classificação das feridas

                 5.1Quanto à causa:

           •        Intencional ou cirúrgica: lesão programada e realizada em condições assépticas.
           •        Acidental ou traumática: lesões imprevistas

               5.2Quanto à etiologia:




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•           Aguda: quando há ruptura da vascularização com desencadeamento imediato do
              processo de hemostasia e reação inflamatória aguda.
         •           Crônica : quando há desvio do processo cicatricial fisiológico e é caracterizada por
              resposta inflamatória intensa

              5.3 Quanto ao conteúdo microbiano

          •         Limpa: lesão feita em condições assépticas
          •         Limpa contaminada : lesão com tempo inferior a seis horas entre o trauma e o
              atendimento e sem contaminação significativa.
          •         Contaminada: lesão com tempo superior a seis horas entre o atendimento e o trauma e
              com presença de contaminantes.
          •         Infectada: presença de agente infeccioso local e evidencia de intensa reação
              inflamatória e destruição de tecidos.

              6. Fatores que afetam a cicatrização das feridas

         •          Fatores locais

              Os fatores locais que impedem a cicatrização de feridas incluem pressão , ambiente seco ,
              trauma, edema,infecção , necrose e incontinência .

         •          Fatores sistêmicos

               Os fatores sistêmicos incluem idade, biótipo , doenças crônicas , condições nutricionais,
              insuficiências vasculares , imunossupressão e radioterapia

              7.Complicações da cicatrização de ferida

              As complicações mais comuns são

         •          Infecção – drenagem de material purulento ou inflamação das bordas da feidas
         •          Hemorragia- interna ou externa
         •          Deiscência – separação das camadas da pele e tecido , comum 3 a11 dias após a lesão




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•            Evisceração – protusão dos órgãos viscerais através da abertura da ferida
         •            Fístula – comunicação anormal entre dois órgãos ou entre um órgão e a superfície do
             corpo.

             8.Objetivos do tratamento de feridas

             O objetivo do profissional de saúde ao tratar uma ferida e mantê-la úmida , limpa a salvo de
             trauma físico, preservando a integridade cutânea do paciente. A escolha dos curativos mais
             eficientes e a implementação dos procedimentos ou técnicas apropriadas ajudam a atingir esse
             objetivo. (DANTAS.2003p123)

             9. A escolha do curativo

             Existem mais de 2.000 produtos para tratar feridas no mercado, o que torna a escolha do
             curativo uma tarefa difícil e desafiadora. O desenvolvimento de uma rotina de tratamento e
             planejamento dos cuidados com a ferida exige consideração dos:

         •                Fatores relacionados com a ferida e apele, como causa, gravidade, ambiente,
             condições da pele em torno da ferida, tamanho e profundidade da ferida, localização
             anatômica, volume de exsudato e risco ou presença de infecção.
         •                Fatores relacionados com o paciente, como condições vasculares, nutricionais e
             clinicas; necessidade de controle de odor; bem estar e preferências e a relação custo -
             beneficio.
         •                Fatores relacionados com o curativo como disponibilidade, durabilidade e
             adaptabilidade e usos.( HESS,200p77)

                                                  Capitulo IV

              Análise de dados

             Constatou-se que com a autonomia obtida após incessante treinamento , o enfermeiro não só
             indicará como realizar o curativo como também o realizará, reduzindo os riscos e
             complicações ,acelerando assim a evolução da ferida. Ressaltando também que quando o
             enfermeiro coloca em prática a sua autonomia prioriza um cuidado individualizado e




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contínuo ao    paciente , possibilitando assim a definição de indicadores de qualidade
            contribuindo para uma melhor assistência a esses pacientes.

            Conclusão

              O enfermeiro tendo autonomia deve repensar continuamente os processos terapêuticos
            existentes através da educação continuada, transmitir, estimular e facilitar o aprendizado
            destes conhecimentos, disseminando as técnicas efetivas de avaliação e tratamento das
            feridas, através de reciclagens periódicas dos profissionais incentivando os enfermeiros ao
            aprofundamento, participações em trabalhos científicos, assim buscando e oferecendo sempre
            novas contribuições que favoreçam uma intervenção eficaz na assistência , recuperação e
            reintegração social do paciente.

             Constatamos que o sucesso da cicatrização da ferida dependerá do curativo e de cada etapa
            do tratamento, que incluirá a avaliação planejamento , implementação e registro. Sendo de
            dever do enfermeiro acompanhar todos esses processos trazendo para si a responsabilidade e
            autonomia no tratamento de feridas.




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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

            AZULAY&AZULAY.Dermatologia.Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1999.

            DANTAS, Sonia Regina P.E. Abordagem multiprofissional do tratamento de Feridas. Rio
            de janeiro: Atheneu, 2003.

            HESS, Cathy Tomas. Tratamento de feridas e ulceras. Reichmanne& Affonso: 2002.p75-80.

            MINAYO, Maria Cecília De Souza. Pesquisa Social-teorica: Método criatividade. 11.ed.
            Petrópolis: vozes,1999.




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Protocolo para avaliação e acompanhamento de ulceras e feridas




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A%20autonomia%20do%20enfermeiro[1]

  • 1. A AUTONOMIA DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DE FERIDAS : SEU PAPEL FUNDAMENTAL COSTA, Tatiana Melgaço Calçada MACHADO, Bruna Alves RESUMO Introdução. O cuidado sob medida para o paciente acometido de feridas , tem por finalidade promover a hemostasia e a cicatrização promovendo então a melhora da lesão. A avaliação do enfermeiro é de extrema importância , pois será ele que traçará a metodologia do tratamento.Objetivamos atentar para o papel do enfermeiro e sua autonomia no tratamento de feridas em um hospital da rede privada situado na cidade do Rio de Janeiro.Metodologia.Observamos o trabalho e rotina das enfermeiras dos quatro plantões da clinica médica dentro dessa instituição onde a responsabilidade é do enfermeiro para com o tratamento de feridas, sendo ela baseada em um protocolo que foi implementado pela chefia de enfermagem deste hospital, sendo neste projetado um caminho clínico para promover a cicatrização da ferida. Resultado.Constatou-se que com a autonomia obtida após incessante treinamento, o enfermeiro não só indicará como realizar o curativo como também o realizará, reduzindo os riscos e complicações, acelerando assim a evolução da ferida. Ressaltando também que quando o enfermeiro coloca em prática a sua autonomia prioriza um cuidado individualizado e contínuo ao paciente , possibilitando assim a definição de indicadores de qualidade contribuindo para uma melhor assistência a esses pacientes.conclusão. Constatamos que o sucesso da cicatrização da ferida dependerá do curativo e de cada etapa do tratamento, que incluirá a avaliação planejamento , implementação e registro. Sendo dever do enfermeiro acompanhar todos esses processos trazendo para si a responsabilidade e autonomia no tratamento de feridas. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 2. THE NURSE'S AUTONOMY IN THE WOUND TREATMENT: A FUNDAMENTAL ROLE ABSTRACT Introduction: The best pratice in caring for wounds objectives the cure of the injury by promoting it's hemostasis and healing, promoting the wound's improvement. Once the nurse defines the treatment metodology. His evaluation is of special interest. We intend to reinforce the nurse's role and autonomy, when treating wounds in a general hospital in Rio de Janeiro city. Metodology: We made a routine over the nurse's work in this hospital where they are responsibles of the wound treatment. Their work is based on a protocol fixed by the nurse's leadership department of the hospital. Results: We found that when the nurse has autonomy (acquired after a rigorous training program) she'll realizes and denoted the dressing, reducing risks and complications and acelerating wound healing. It's important to focalize that when the nurse exerts his autonomy, the care for the pacient with wounds becomes individualyser and continous allowing best quality control and benefit to the pacient. Conclusion: The Success in healing a wound depends on dressing and each step of the treatment wich includes evaluation, planning, executing and recording the data. The nurse should be responsible and autonomus in the treatment of wounds. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 3. 1. Considerações iniciais O significado da palavra ferida ultrapassa a simples definição da perda da solução de continuidade da pele. Ao buscar sinônimos para a ferida encontramos definições como coisa que penaliza, desgraça, aquilo que deixa cicatriz. Da mesma forma o cuidar da ferida de alguém vai muito alem dos cuidados gerais ou da realização de um curativo. Uma ferida pode ao ser apenas uma lesão física , mas algo que dói sem necessariamente precisar de estímulos sensoriais. O cuidado sob medida para o paciente acometido de feridas , tem por finalidade promover a hemostasia e a cicatrização reduzindo assim o risco de infecção , promovendo então a melhora da lesão. A avaliação do enfermeiro é de extrema importância , pois sera ele que traçará a metodologia do tratamento. O tratamento da ferida é um processo dinâmico que depende da avaliação da necessidade ou não da continuidade do mesmo fora do hospital. Sendo essa avaliação sistematizada, tendo prescrições distintas e de freqüência, tipo de curativo ou cobertura necessária que podem ser variáveis de acordo com o momento evolutivo do processo cicatricial cabendo ao enfermeiro estar avaliando intensamente todo esse processo Devemos dar um tratamento adequado , isto é personalizado. Devemos considerar todos os fatores individuais do paciente e os recursos materiais e humanos de que dispomos. O produto de escolha deve ser avaliado com relação às indicações, as contra indicações, aos custos e a eficácia. Para isso é necessário ver o paciente como um todo não só a ferida e será o enfermeiro que deverá se fazer presente , resultando em um cuidado integral a esse cliente. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 4. 1.1Objetivo Objetivamos atentar para o papel do enfermeiro e sua autonomia no tratamento de feridas em um hospital da rede privada situado na cidade do rio de janeiro. 1.2Objeto de estudo Enfermeiros que trabalham num hospital da rede privada onde exercem um papel fundamental no tratamento de feridas como cuidadores e orientadores desses curativos. 1.3Questão norteadora • Qual a importância da autonomia do enfermeiro no tratamento de feridas ? 1.4 Problema A autonomia do enfermeiro no tratamento de feridas é uma disciplina emergente e uma estratégia de sistematização da assistência a fim de otimizar e aumentar a eficiência deste cuidado. Tivemos como problema à consolidação desta prática que vem de encontro as necessidades dos profissionais de enfermagem onde o papel do enfermeiro não é somente a execução do curativo determinado pelo médico e sim o preenchedor de uma lacuna importante sendo ele o principal cuidador desse paciente portador de uma ferida tendo suficiente autonomia após incessante tratamento e aprimoramento e reciclagem profissional para determinar o protocolo a ser seguido. 1.5Relevância / justificativa A falta de interesse, a incapacidade de somente achar que seu papel é de realizar um curativo faz com que muitos enfermeiros não tenham a autonomia que os é oferecido no tratamento de uma ferida. Tivemos como Justificativa a verdadeira responsabilidade que o enfermeiro deverá ter no tratamento de uma ferida. A aplicação de uma assistência de enfermagem que dá autonomia e valoriza o enfermeiro como profissional contribuindo assim este trabalho ,atenta para os enfermeiros que Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 5. a avaliação continua de todo o processo da assistência é de sua responsabilidade, contribuindo assim para novas pesquisas e para futuros profissionais. Capitulo II 2.0 Metodologia/ desenvolvimento Trata-se de uma pesquisa descritiva observacional que compreende a importância da autonomia do enfermeiro diante do tratamento de uma ferida pois segundo MINAYO(1993,p32) “Este estudo se preocupa nas ciências sociais com um nível de realidade que não pode ser quantificado.” Observamos os enfermeiros de um respectivo hospital privado onde atentamos para o fundamental papel destes, sendo este que executa o curativo e mantem o maior contato com o paciente durante todo os eu tratamento. Como instrumento de coleta de dados observamos o trabalho e rotina das enfermeiras dos quatro plantões da clinica médica dentro dessa instituição onde a responsabilidade é do enfermeiro para com o tratamento de feridas, sendo ela baseada em um protocolo (anexo)que foi implementado pela chefia de enfermagem deste hospital, sendo neste projetado um caminho clínico para promover a cicatrização da ferida. Sendo também este protocolo um elemento necessário a avaliação pela entidade prestadora da assistência a saúde , da relação custo –efetividade do tratamento empregado no paciente. O protocolo se constitui como um documento de extrema importância no tratamento de feridas pois como a cada plantão se tem uma nova enfermeira é através do protocolo que se é construído e seguido toda uma estrutura de tratamento , como o curativo deverá ser feito e acompanhando pois assim a cada plantão se pode comparar a evolução e o tratamento da ferida. O enfermeiro deve também avaliar a causa da ferida, qualquer condição clinica subjacente, história da ferida, tratamento empregado até aquela data , condições clínicas de base (desnutrição, diabetes, hepatopatia, neuropatia, etc..). com isso , o enfermeiro pode manter um Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 6. plano e sistema de controle da ferida definindo os instrumentos, suas diretrizes, fechando então o protocolo. A autonomia inclui ainda avaliar a pele , a ferida , os curativos do paciente, planejar o tratamento da ferida, selecionar, avaliar e trocar cobertura, prevenir infecção ,diagnosticar a etiologia da ferida, efetuar documentação fotográfica (com autorização prévia do cliente), recomendar exames complementares que possam auxiliar no diagnóstico e na evolução da cicatrização, preenchendo assim um papel importante no tratamento de feridas, sendo a sua figura preponderante e por estas razoes em muitos aspectos suas condutas são sobrepostas a dos outros componentes da equipe . Capitulo III Fundamentação bibliográfica 1. Anatomia da pele A pele é uma estrutura indispensável para a vida humana. Ela forma uma barreira entre os órgãos internos e o ambiente externo e ainda participa de muita funções vitais do corpo é formada de três camadas que se encaixam fortemente uma as outras , e são : epiderme , derme e tecido subcutâneo ( hipoderme) 1.1 Epiderme : camada mais superficial da pele, é formada por células epiteliais dispostas em várias camadas. A epiderme não é vascularizada e sua principal função é proteger contra agressões do meio externo 1.2 Derme : consiste no tecido conjuntivo contendo fibras colágenas e fibras elásticas ; contem vasos sanguíneos, nervos , vasos linfáticos , folículo piloso e glândulas sudoríparas e sebáceas. É a camada intermediária que fornece estrutura e força de sustentação a pele. 1.3Tecido subcutâneo : conhecido como tecido adiposo, tendo como principal função proporcionar barreira mecânica e promover a termoregulação. 2.Funções da pele Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 7. Sendo o maior órgão do corpo humano , é a principal barreira contra as agressões do meio externo e as suas principais funções são : • Proteção • Sensação • Regulação de água • Regulação térmica • Produção de vitamina • Resposta imune. 2.1Fatores que alteram a integridade da pele: • Sol • Hidratação • Medicamentos • Sabões • Status nutricional • Doenças • Estresse • 3.Fisiologia da cicatrização O processo cicatricial é subdividido em três fases distintas e subseqüentes , sendo a primeira designada de inflamatória que pode durar em torno de 24 a 48 horas. A resposta inflamatória é uma reação natural de qualquer trauma agudo ou incisão cirúrgica . sendo a inflamação um pré-requisito do processo de cicatrização. A segunda fase , chamada de fibroblastica , de granulação e ainda proliferativa , ocorre depois da limpeza da área lesionada, após a atuação dos neutrofilos e macrófagos. Ocorre ainda a reepitelização , pela migração e proliferação de queratinócitos proporcionando contração da ferida durando aproximadamente duas semanas. A ultima fase denomina-se de maturação, reparadora ou Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 8. remodeladora, ocorre depois de três semanas e pode durar meses ou anos, pois é nessa fase qe vai haver o deposito de colágeno de forma gradativa, com a finalidade de aumentar a força tensil da ferida. Nessa fase ocorre também a diminuição da capilarização , tornando-a mais pálida.(AZULAY1999p53) 4.Tipos de cicatrização 4.1 Primeira intenção Geralmente ocorre a lesão por instrumentos cortantes, com bordos regulares e de ajuste por suturas . ocorre o mínimo de perda tecidual, com resposta inflamatória e menor índice de defeitos e complicações . 4.2 Segunda intenção Ocorre quando há perda acentuada de tecido, geralmente devido a complicações, como por exemplo infecção. Não há possibilidade de fechamento de bordos, necessitando portanto de manter o meio úmido para a formação de um novo tecido. Período cicatricial mais prolongado e há maior índice de defeitos cicatriciais 4.3 Terceira intenção Ocorre através de fechamento de bordos por sutura, após a ferida estar granulada, depois de debelar a infecção / complicação 5.Classificação das feridas 5.1Quanto à causa: • Intencional ou cirúrgica: lesão programada e realizada em condições assépticas. • Acidental ou traumática: lesões imprevistas 5.2Quanto à etiologia: Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 9. Aguda: quando há ruptura da vascularização com desencadeamento imediato do processo de hemostasia e reação inflamatória aguda. • Crônica : quando há desvio do processo cicatricial fisiológico e é caracterizada por resposta inflamatória intensa 5.3 Quanto ao conteúdo microbiano • Limpa: lesão feita em condições assépticas • Limpa contaminada : lesão com tempo inferior a seis horas entre o trauma e o atendimento e sem contaminação significativa. • Contaminada: lesão com tempo superior a seis horas entre o atendimento e o trauma e com presença de contaminantes. • Infectada: presença de agente infeccioso local e evidencia de intensa reação inflamatória e destruição de tecidos. 6. Fatores que afetam a cicatrização das feridas • Fatores locais Os fatores locais que impedem a cicatrização de feridas incluem pressão , ambiente seco , trauma, edema,infecção , necrose e incontinência . • Fatores sistêmicos Os fatores sistêmicos incluem idade, biótipo , doenças crônicas , condições nutricionais, insuficiências vasculares , imunossupressão e radioterapia 7.Complicações da cicatrização de ferida As complicações mais comuns são • Infecção – drenagem de material purulento ou inflamação das bordas da feidas • Hemorragia- interna ou externa • Deiscência – separação das camadas da pele e tecido , comum 3 a11 dias após a lesão Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 10. Evisceração – protusão dos órgãos viscerais através da abertura da ferida • Fístula – comunicação anormal entre dois órgãos ou entre um órgão e a superfície do corpo. 8.Objetivos do tratamento de feridas O objetivo do profissional de saúde ao tratar uma ferida e mantê-la úmida , limpa a salvo de trauma físico, preservando a integridade cutânea do paciente. A escolha dos curativos mais eficientes e a implementação dos procedimentos ou técnicas apropriadas ajudam a atingir esse objetivo. (DANTAS.2003p123) 9. A escolha do curativo Existem mais de 2.000 produtos para tratar feridas no mercado, o que torna a escolha do curativo uma tarefa difícil e desafiadora. O desenvolvimento de uma rotina de tratamento e planejamento dos cuidados com a ferida exige consideração dos: • Fatores relacionados com a ferida e apele, como causa, gravidade, ambiente, condições da pele em torno da ferida, tamanho e profundidade da ferida, localização anatômica, volume de exsudato e risco ou presença de infecção. • Fatores relacionados com o paciente, como condições vasculares, nutricionais e clinicas; necessidade de controle de odor; bem estar e preferências e a relação custo - beneficio. • Fatores relacionados com o curativo como disponibilidade, durabilidade e adaptabilidade e usos.( HESS,200p77) Capitulo IV Análise de dados Constatou-se que com a autonomia obtida após incessante treinamento , o enfermeiro não só indicará como realizar o curativo como também o realizará, reduzindo os riscos e complicações ,acelerando assim a evolução da ferida. Ressaltando também que quando o enfermeiro coloca em prática a sua autonomia prioriza um cuidado individualizado e Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 11. contínuo ao paciente , possibilitando assim a definição de indicadores de qualidade contribuindo para uma melhor assistência a esses pacientes. Conclusão O enfermeiro tendo autonomia deve repensar continuamente os processos terapêuticos existentes através da educação continuada, transmitir, estimular e facilitar o aprendizado destes conhecimentos, disseminando as técnicas efetivas de avaliação e tratamento das feridas, através de reciclagens periódicas dos profissionais incentivando os enfermeiros ao aprofundamento, participações em trabalhos científicos, assim buscando e oferecendo sempre novas contribuições que favoreçam uma intervenção eficaz na assistência , recuperação e reintegração social do paciente. Constatamos que o sucesso da cicatrização da ferida dependerá do curativo e de cada etapa do tratamento, que incluirá a avaliação planejamento , implementação e registro. Sendo de dever do enfermeiro acompanhar todos esses processos trazendo para si a responsabilidade e autonomia no tratamento de feridas. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
  • 12. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA AZULAY&AZULAY.Dermatologia.Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1999. DANTAS, Sonia Regina P.E. Abordagem multiprofissional do tratamento de Feridas. Rio de janeiro: Atheneu, 2003. HESS, Cathy Tomas. Tratamento de feridas e ulceras. Reichmanne& Affonso: 2002.p75-80. MINAYO, Maria Cecília De Souza. Pesquisa Social-teorica: Método criatividade. 11.ed. Petrópolis: vozes,1999. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
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