1. Epistemologia 4. O Processo de Conhecer 1. Conhecimento e Epistemologia, , 2. Problemas fundamentais da teoria do conhecimento, 3. Conhecimento objetivo e subjetivo (ideologia e neurose), 5. Conhecimento e ciência. Miranda-Sá, LS Jr.
4. Conhecer não acontece como simples acumulação mecânica e passiva, de dados cognitivos pela consciência, trata-se de um procedimento dinâmico sob constante atualizaçao e revisão.
5. O conhecimento sobre objetos elementares envolve incontáveis percepções, associações e outros processos mentais realizados em miríades de neurônios e conexões neuronais. Além do quê, concretiza-se como processo psicológico e como processo sócio-cultural .
15. A Indiciação A indiciação (ou início da evidenciação) consiste na identificação do objeto ou fenômeno a conhecer como existente, como algo que existe com alguma autonomia em relação aos demais objetos e fenômenos; e sua distinção como algo singular no mundo; alguma coisa diferente das outras já conhecidas .
16. Indiciação A evidenciação inicia a individuação e pode se dar a partir da identificação de qualquer característica que individualize algo, confundindo-se, portanto, com o início da descrição, até porque nenhum dos níveis do processo cognitivo pode ser considerado como estanque em relação aos demais .
17. Indiciação Os conceitos filosóficos de generalidade , particularidade e singularidade ou individualidade permitem entender o momento da evidenciação no procedimento cognitivo. Inicialmente, cada objeto ou fenômenos aparece a quem o percebe como algo singular. .
18. A D escrição Na descrição acumulam-se infor-mações cada vez mais exatas e completas sobre as caracterís-ticas do objeto do conhecimento. Informações que, em geral, se iniciam em dados sobre a sua forma e sua aparência .
19. D escrição Dados que permitem elaborar uma imagem organizada daquele objeto que possa se comunicada e entendida e que o identifiquem como entidade singular individualizada .
20. D escrição Descrever é enumerar caracterizar os elementos perceptivos da aparência e da forma do objeto descrito, buscando uma reprodução verbal ou gráfica de sua imagem. Seja este objeto um elemento concreto da realidade, seja uma entidade abstrata, um ente ideal, conceitual .
21. D escrição As descrições podem enumerar diferentemente as características perceptíveis do objeto descrito ou podem refletir ângulos diferentes de apreciação de uma única realidade particular que esteja sendo descrita .
22. D escrição De certa forma, descrever é atribuir ou negar proprie-dades à coisa descrita; isto é, descrever é enunciar juízos sobre uma coisa .
23. D escrição Existem exigências características da linguagem científica que caracteri-zam a t écnica e a ética do estilo científico , sem esquecer que a conta-minação do senso comum é um dos impedimentos do desenvolvimento das ciências.
25. Descrever e Medir A medição é um instrumento da descrição que implica na maior exatidão da descriç ão quando bem usada nos casos em que é possível fazê-lo. Medir (ou aferir a medida) é comparar alguma característica mensurável de um objeto de estudo com um padrão tomado como referência na an álise e na indução .
29. Classificar Classificar é uma maneira de sistematizar a descrição de um conjunto e elementos de diferentes maneiras, usando diferentes critérios, encarando seus componentes de diversas maneiras e, por isto, praticando um tipo de análise. Processo que leva a conhecer melhor o conjunto trabalhado naquele processo .
34. Nominaç ão Conceituar é o processo cognitivo de sintetizar em uma palavra, ou em uma expressão verbal com mais de uma palavra, os atributos tidos como mais essenciais e mais gerais que se reconhece (ou se supõe reconhecer) em um objeto, processo ou fenômeno, objetivo ou subjetivo.
35.
36. Categoria (conceito-chave, conceito-mestre ou categoria conceitual) é tal maneira geral sobre um certo aspecto particular do mundo, pois expressa as propriedades e as leis mais amplas e mais essenciais daquele nível de organização da natureza, da sociedade ou do pensamento (v.g. categorias filosóficas, epistemológicas, histológicas, farmacológicas, psicológicas ou as de cada uma das ciências específicas).
40. Explicaç ão 1. Etapa da investigação cientí-fica esclarece a essência de um objeto.
41. Explicaç ão 2. Processo cognitivo que conduz ao esclarecimento do conteúdo de uma certa unidade sistêmica, da qual os seus elementos possam ser independentes e diferenciados uns dos outros.
42. Explicaç ão 3. Procedimento lógico-metodológico de substituir um conceito do conhecimento comum ou da representação corriqueira de um objeto, ambos imprecisos, por um conceito científico exato.
43. Explicaç ão Em Medicina, o conceito de explicação (de uma enfermidade) sempre se confundiu com a noção de causalidade e o entendimento de seus mecanismos patogênicos (etio-patogenia).
44. Tipos de Explicação Científica - que não são auto-excludentes Dedutivas, Probabilísticas e Genéticas.
45. As ciências existe porque a) é possível explicar e entender o universo de uma maneira natural e inteligente; b) as explicações sobre os fatos do mundo estão mais ou menos escondidas atrás das aparências pela quais eles se apresentam antes os sentidos de quem os observa; c) sabendo explicar era possível prever acontecimentos futuros e atuar de modo a melhorar as condições de vida.
46. Nunez afirma com muita razão: A explicação pertence ao domínio da necessidade e da causalidade. A compreensão pertence ao domínio da liberdade, da possibilidade e da valoração. A necessidade é uma região ontológica, a liberdade é outra ... Nunez, F.O. Psicologia Médica, Ed. Lopez, Buenos Aires, 1974, p. 61.
48. Três Sentidos de interpretar : O Primeiro sentidos de interpretar se mostra como fundamentalmente lógico (= a entender).
49. O segundo sentido, encerra o conteúdo heurístico de descobrir o significado dos fatos narrados através do estudo deles (a hermenêutica) ou da sintonia psíquica. O terceiro sentido do verbo interpretar, inclui a necessidade de se empregar um sistema de referência exterior aos fatos mesmos e própria da subjetividade de quem opera o procedi-mento para encontrar sua interpretação; Isto é, uma referência externa possibilita o pro-cedimento interpretativo .
50. Esta manobra hermenêutica permite que se empregue como referência qualquer aventura pseudo-científica ou que se consagre na opinião pública, qualquer aberração lógica, desde que suficientemente capaz de se transformar em um dogma. Por causa disto, não se deve admitir interpretação na atividade científica (embora ela permaneça muito bem tolerada na religião) .
54. Definiç ão No conhecimento científico, definir implica em identificar o definido em dois planos: um, genérico , denotativo (ou intensivo ) que designa uma classe de objetos à qual o termo pode ser aplicado; e, outro, conotativo (ou extensivo ), que expressa sua(s) propriedade(s) específica(s) ou típica(s).