Mais do que simples lembranças de viagem, analisamos o artesanato erótico como expressão do grupo folkcomunicacional erótico-pornográfico. A partir do reconhecimento histórico da função sagrada de imagens e festas religiosas, delineamos vias interpretativas do fenômeno: enquanto discurso pornográfico-transgressor, como expressão cultural passível de preservação e de intepretação nos museus e como objeto de apropriação/ressignificação por parte das classes populares, da indústria turística e da indústria do sexo. Como foco, privilegiamos as representações fálicas, símbolos da fertilidade e da potência sexual masculina. Finalizamos com a proposta de uma pesquisa empírica em rede em âmbito nacional, a partir da qual se verificará, entre outros objetivos, a construção dos significados de gênero e a articulação de ativistas midiáticos para a defesa deste patrimônio cultural.