2. Apresentação do Minicurso
1º Dia
• Introdução sobre espécies ameaçadas
• História e filosofia da conservação
2º Dia
• Avaliando o estado de conservação das espécies
3º Dia
• Aplicações e Limitações
3. O que é uma espécie?
• Definição morfológica
Grupo de indivíduos distintos morfológica, fisiológica ou bioquimicamente de outros.
• Definição biológica
sp. 1 sp. 2
Grupo de indivíduos que normalmente procriam entre si em condições naturais.
sp. 1 sp. 2 sp. 3
8. Humanos e a extinção de espécies
Número de extinções
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
Extinções
População Humana (Milhões)
8.000
7.000
6.000
5.000
3.000
2.000
1.000
População Humana
0
0
Fonte: USGS
Tempo
4.000
Popullaaççãão Humaanaa
Extinções
Extinções
1800
1830
1860
1890
1920
1950
1980
2010
Tempo
10. Causas de extinção
• Destruição de habitat
• Fragmentação de habitat
• Degradação de habitat
• Superexploração das espécies para o uso humano
• Introdução de espécies exóticas
• Aumento de ocorrência de doenças
(Primack e Rodrigues, 2001)
16. Causas de extinção
Degradação de habitat
Importância da mata ripária
Proteção contra erosão e filtragem de substâncias tóxicas
17. Causas de extinção
Superexploração das espécies para o uso humano
Mamo (Drepanis pacifica)
Dugongo-de-steller
(Hydrodamalis gigas)
Descrita em 1741
Extinta ~30 anos depois
18. Causas de extinção
Introdução de espécies exóticas
Introdução de Boiga irregularis
Extinção de ~10 aves em Guam
Introdução de coelhos na Austrália
19. Causas de extinção
Aumento de ocorrência de doenças
Dioctophyma renale
e o lobo-guará
Atinge alguns carnívoros, como o cachorro
Na Tanzânia,
cinomose canina
21. O valor de uma espécie
Valor ecológico
Valor econômico
Valor científico
Valor cultural
Valor recreacional
Valor de existência
22. História e filosofia da conservação
Platão
(428-348 a.C.)
Sobre a degradação da terra:
23. História e filosofia da conservação
Henry Thoreau
(1817-1862)
• Natureza como um templo divino.
• “Limpa e refresca a alma”.
• Basicamente: conservar a criação divina.
24. História e filosofia da conservação
Sea Birds Preservation Act 1869
(Reino Unido)
• Primeira lei ambiental?
• Proibido machucar, matar ou capturar aves
marinhas entre 1º de abril e 1º de agosto.
25. História e filosofia da conservação
Primeiras organizações para a conservação da natureza
• Zoological Society of London (1826)
• Royal Society for the Protection of Birds (1889)
• Fauna and Flora International (1903)
26. História e filosofia da conservação
Gifford Pinchot
(1865-1946)
• Conservação da natureza serve para o desenvolvimento.
• O melhor recurso na máxima quantidade pela máxima
duração de tempo.
27. História e filosofia da conservação
Aldo Leopold
(1887-1948)
• Conservação envolve aspectos biológicos, sociais, econômicos.
• “Uma coisa é correta quando tende a preservar a
integridade, a estabilidade, e a beleza da comunidade
biótica. Ela é errada quando tende ao contrário.”
28. Paradigmas da Conservação
• Conservacionismo Radical
• Culto à vida selvagem
• Conservacionismo Utilitarista
• Conservação como um uma questão de custo-benefício
• Conservacionismo Ecoeficiente
• Busca do desenvolvimento sustentável e ecoeficiência
• Conservacionismo Socio-ambiental
• Conservação como questão de equidade e justiça
29. Paradigmas da Conservação
• Conservacionismo Radical
• Culto à vida selvagem
• Conservacionismo Utilitarista
• Conservação como um uma questão de custo-benefício
• Conservacionismo Ecoeficiente
• Busca do desenvolvimento sustentável e ecoeficiência
• Conservacionismo Socio-ambiental
• Conservação como questão de equidade e justiça
30.
31. Paradigmas da Conservação
• Conservacionismo Radical
• Culto à vida selvagem
• Conservacionismo Utilitarista
• Conservação como um uma questão de custo-benefício
• Conservacionismo Ecoeficiente
• Busca do desenvolvimento sustentável e ecoeficiência
• Conservacionismo Socio-ambiental
• Conservação como questão de equidade e justiça
32.
33. Paradigmas da Conservação
• Conservacionismo Radical
• Culto à vida selvagem
• Conservacionismo Utilitarista
• Conservação como um uma questão de custo-benefício
• Conservacionismo Ecoeficiente
• Busca do desenvolvimento sustentável e ecoeficiência
• Conservacionismo Socio-ambiental
• Conservação como questão de equidade e justiça
34.
35. Paradigmas da Conservação
• Conservacionismo Radical
• Culto à vida selvagem
• Conservacionismo Utilitarista
• Conservação como um uma questão de custo-benefício
• Conservacionismo Ecoeficiente
• Busca do desenvolvimento sustentável e ecoeficiência
• Conservacionismo Socio-ambiental
• Conservação como questão de equidade e justiça
36. • Soluções que levem em conta os interesses e necessidades dos diversos
grupos sociais envolvidos nas decisões sobre conservação
38. Origem das Listas Vermelhas
International Union for Conservation of Nature
(IUCN ou UICN)
• 1948, França.
• “A just world that values and conserves nature”.
39. Origem das Listas Vermelhas
Década de 1950
Rasmus-Vilhelm Hoier
Jean-Jacques Petter
Leofric Boyle
40. Lista Vermelha da IUCN
Sir Peter Scott
(1909-1989)
• Fundada em 1964
• Avalia o risco de extinção de espécies em escala global.
• Categorização de espécies em categorias de ameaça.
41. Lista Vermelha da IUCN
Primeiras publicações:
1964
A Preliminary List of Rare Mammals.
A List of Rare Birds.
The Launching of a New Ark. Relatório da WWF.
1966
Red Data Book. Volume 1. Mammalia, a compilation.
Red Data Book. Volume 2. Aves.
Mostrar
Primeiras Listas
42. Lista Vermelha da IUCN
1966 Mamíferos e Aves
1970 Angiospermas
1975 Anfíbios e Répteis
1978 “Plantas”
1979 Peixes
1983 Invertebrados
43. Categorias e Critérios da Lista Vermelha
• O problema da subjetividade.
• Padronização era necessária.
46. Categorias e Critérios da Lista Vermelha
(Version 3.1; IUCN, 2001; Segunda edição: 2012)
47. O que é uma lista vermelha
Ferramenta para determinar quais espécies estão mais próximas da extinção
Identificar e documentar espécies que precisam de mais atenção para a conservação
Providenciar um índice global de mudanças na biodiversidade
48. Listas Vermelhas:
Espécies Ameaçadas
Avaliação global e regionalEstados Brasileiros com Listas Vermelhas Regionais de Aves Ameaçadas
José Hidasi Neto
Espírito Santo
Minas Gerais
Pará
Paraná
Rio de Janeiro
Rio Grande do Santa Catarina
São Paulo
50. Lista Vermelha da IUCN
• Como é a avaliação?
Coleta
de
dados
Avaliação
da
espécie
Submissão Revisão Publicação
51. Lista Vermelha da IUCN
• Como é a avaliação?
Coleta
de
dados
Avaliação
da
espécie
Submissão Revisão Publicação
NT
Chrysocyon brachyurus
52. Lista Vermelha da IUCN
• Quem avalia?
Species Survival Commission
(SSC)
Mostrar
Annual Report
53. Lista Vermelha da IUCN
• Quem avalia?
Species Survival Commission
determina
Grupos de especialistas
54. Lista Vermelha da IUCN
• Quem avalia?
Species Survival Commission
determina
Coordenadores de
Red List Authorities (RLAs)
Exemplos
Cetáceos
Barbara Taylor
Hipopótamos
Chris Ransom
56. Workshops de Conservação
• Quem avalia?
Exemplo: Workshop ocorrido na Jordânia
Avaliação da biodiversidade de água doce do oeste da Ásia
Aproximadamente 500 espécies avaliadas!
57. Qualquer um pode avaliar!
• Quem avalia?
Pesquisadores independentes
Estudantes
Pessoas em projetos relacionados com espécies ameaçadas
58. Avaliação de uma espécie
• O que é observado?
População e tamanho da população
Indivíduos maduros
Subpopulações
Tempo geracional
Redução
Declínio continuado
Flutuação acentuada
Fragmentação severa da população
Extensão de ocorrência
Área de ocupação
Localização
Análise quantitativa
59. Avaliação de uma espécie
População e tamanho da população
População
Nº de indivíduos
Tamanho da População
Nº de indivíduos maduros
Capazes de se
reproduzir
60. Avaliação de uma espécie
Subpopulações
• Grupos de indivíduos
• Pouca troca demográfica ou genética
Ctenomys lami
61. Avaliação de uma espécie
Tempo geracional
Idade média dos últimos
progenitores
Reflete taxa de renovação
62. Redução
Avaliação de uma espécie
Anos
Nº de indivíduos maduros
Anos
Nº de indivíduos maduros
Declínio continuado
63. Avaliação de uma espécie
Flutuação acentuada
Anos
Nº de indivíduos maduros
64. Avaliação de uma espécie
Fragmentação severa da população
Subpopulação
Subpopulação
Subpopulação
Subpopulação
Subpopulação
65. Avaliação de uma espécie
Ocorrência de uma espécie
Extensão de ocorrência
Área de ocupação
67. Avaliação de uma espécie
Análise quantitativa
Estimativa de probabilidade de extinção
• ciclo de vida
• requisitos de habitat
• ameaças
Exemplo:
Análise de Viabilidade Populacional (AVP ou PVA)
68. Lista Vermelha da IUCN
• Como é a avaliação?
Coleta
de
dados
Avaliação
da
espécie
Submissão Revisão Publicação
69. Avaliação de uma espécie
• Definição de uma categoria
População e tamanho da população
Subpopulações
Indivíduos maduros
Tempo geracional
Redução
Declínio continuado
Flutuação acentuada
Fragmentação severa da população
Extensão de ocorrência
Área de ocupação
Localização
Análise quantitativa
Mostrar
Categories and Criteria
70. Lista Vermelha da IUCN
• Como é a avaliação?
Coleta
de
dados
Avaliação
da
espécie
Submissão Revisão Publicação
78. Listas Vermelhas regionais
Chrysocyon brachyurus
• Espécies e ecossistemas ameaçados dentro de unidades geopolíticas
• Importantes para conservação mais efetiva
• Oferecem informações à IUCN
80. Avaliação regional
• O que é observado?
Condições das populações – dentro e fora
Visitante não reprodutivo?
Condições do habitat – dentro e fora
Efeito de resgate?
Mostrar
Regional Guidelines
81. O que considerar regionalmente?
• Condições das populações – dentro e fora
105. Brasil
Onde há Listas Vermelhas regionais?
Mostrar
Lista Vermelha BR
106. Onde há Listas Vermelhas regionais?
Mostrar
Meu texto
Estados Brasileiros com Listas Vermelhas Regionais de Aves Ameaçadas
Espírito Santo
Minas Gerais
Pará
Paraná
Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
São Paulo
(Hidasi-Neto & Cianciaruso, 2014)
123. Déficit Linneano
Novas espécies são descritas em
áreas que apresentam espécies DD
Sp. Descrita em área com spp. DD
Sp. Descrita em área sem spp. DD
133. Espécie bandeira
Sua imagem aumenta o apoio à conservação da natureza.
O panda e a WWF
O Lince-euroasiático e o
parque na Polônia
A onça-pintada e a
nota de R$50,00
134. Espécie indicadora
Indica a existência de outras formas de diversidade
ou de mudanças nos ecossistemas
135. Espécie-chave
Possui grande contribuição nos processos ecossistêmicos.
Espécies-engenheiras Predadores de topo
136. Espécie guarda-chuva
Sua proteção leva à proteção de várias outras espécies.
Seus requerimentos são os mesmos de várias outras espécies:
• Área de ocorrência/ocupação
• Alimento
• Habitats
• ...
144. Da identificação à priorização de espécies ameaçadas de extinção
identificação à priorização de espécies ameaçadas de extinção
Da identificação à priorização de espécies ameaçadas de extinção
PASSO 1 PASSO 2 PASSO 3
Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4
Passo 1 Passo 2 3 Passo 4
Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4
Identificar espécies
próximas da extinção
Listá-las de acordo
com o grau de ameaça:
Listá-las de acordo
com o grau de ameaça:
Criticamente ameaçada
Ameaçada
Vulnerável
Quase ameaçada
Menor preocupação
Atualizar a lista
constantemente
Conhecer a ecologia e
história evolutiva das
espécies ameaçadas
Utilizar novas metodologias
para avaliar possíveis
mudanças no grau de ameaça
de espécies
Do que se alimenta
Onde e como se alimenta
Quando e quanto se alimenta
Quando e quanto se reproduz
Ameaçada
Quase ameaçada
Grau de ameaça
Priorizar a conservação
de certas
espécies ameaçadas
Selecionar espécies
Selecionar espécies
de acordo com:
de acordo com:
Grau de ameaça
Importância ecológica
Importância evolutiva
Importância cultural
Importância econômica
Probabilidade de
recuperação
das populações da espécie
Recursos necessários a recuperação da espécie
Recursos disponíveis conservação de espécies
Selecionar espécies
Incentivar estudos sobre:
de acordo com:
Características das espécies
Do que se alimenta
Do que se alimenta
Onde e como se alimenta
Quando e quanto se alimenta
Quando e quanto se reproduz
Onde e como se alimenta
Quando e quanto se alimenta
Quando e quanto se reproduz
Evolução
Espécie 1
Espécie 2
Espécie 3
Exemplo de mudança:
Parentesco entre espécies
Identificar Espécies
Próximas da Extinção
Listá-las de acordo
o grau de ameaça:
Criticamente ameaçada
Ameaçada
Vulnerável
Quase ameaçada
Menor preocupação
Atualizar a lista
constantemente
Conhecer a ecologia e
história evolutiva das
espécies ameaçadas
Utilizar novas metodologias
para avaliar possíveis
mudanças no grau de ameaça
de espécies
Ameaçada
Quase ameaçada
Priorizar a conservação
de certas
espécies ameaçadas
Grau de ameaça
Importância ecológica
Importância evolutiva
Importância cultural
Importância econômica
Probabilidade de
recuperação
das populações da espécie
Recursos necessários para
a recuperação da espécie
Recursos disponíveis para a
conservação de espécies
Incentivar estudos sobre:
Características das espécies
Evolução
Espécie 1
Espécie 2
Espécie 3
Exemplo de mudança:
Parentesco entre espécies
Identificar Espécies
Próximas da Extinção
Criticamente ameaçada
Ameaçada
Vulnerável
Quase ameaçada
Menor preocupação
Atualizar a lista
constantemente
Conhecer a ecologia e
história evolutiva das
espécies ameaçadas
Utilizar novas metodologias
para avaliar possíveis
mudanças no grau de ameaça
de espécies
Ameaçada
Quase ameaçada
Grau de ameaça
Priorizar a conservação
de certas
espécies ameaçadas
Grau de ameaça
Importância ecológica
Importância evolutiva
Importância cultural
Importância econômica
Probabilidade de
recuperação
das populações da espécie
Recursos necessários a recuperação da espécie
Recursos disponíveis para conservação de espécies
Incentivar estudos sobre:
Características das espécies
Evolução
Espécie 1
Espécie 2
Espécie 3
Exemplo de mudança:
Parentesco entre espécies
(Hidasi-Neto & Cianciaruso, 2014)
145. O valor de uma espécie
Valor ecológico
Valor econômico
Valor científico
Valor cultural
Valor recreacional
Valor de existência
155. Exercício
Ent
Nos últimos 5 anos:
• Tamanho da População: 1000 para 100
• Área de ocorrência: 500 km² para 200 km²
• + declínio continuado da área de ocorrência
• + flutuação extrema do tamanho da população
156. Exercício
Ent
Nos últimos 5 anos:
• Tamanho da População: 1000 para 100
CR
• Área de ocorrência: 500 km² para 200 km²
• + declínio continuado da área de ocorrência
• + flutuação extrema do tamanho da população
EN
?
157. Exercício
Ent
Nos últimos 5 anos:
• Tamanho da População: 1000 para 100
CR
• Área de ocorrência: 500 km² para 200 km²
• + declínio continuado da área de ocorrência
• + flutuação extrema do tamanho da população
EN
158. Exercício
Dementador
• Nos últimos 3 anos:
• Área de ocupação: 2500 km² para2200 km²
• + declínio continuado
• + encontrado em 9 locais
• Probabilidade de extinção na natureza: 15% em
100 anos
159. Exercício
Dementador
• Nos últimos 3 anos:
• Área de ocupação: 2500 km² para2200 km²
• + declínio continuado
• + encontrado em 9 locais
<VU
• Probabilidade de extinção na natureza: 15% em
100 anos
<VU
160. Exercício
Dementador
• Nos últimos 3 anos:
• Área de ocupação: 2500 km² para2200 km²
• + declínio continuado
• + encontrado em 9 locais
• Probabilidade de extinção na natureza: 15% em
100 anos
LC ou NT?
161. Exercício
Chupa-cabra
• Probabilidade de extinção na natureza: 10% em
100 anos
• Tamanho da população: 190
162. Exercício
Chupa-cabra
• Probabilidade de extinção na natureza: 10% em
100 anos
VU
• Tamanho da população: 190
EN
163. Exercício
Chupa-cabra
• Probabilidade de extinção na natureza: 10% em
100 anos
VU
• Tamanho da população: 190
EN
164. Exercício
Smaug
• População: 1
• Ocorre em apenas um local não natural
165. Exercício
Smaug
• População: 1
• Ocorre em apenas um local não natural
CR ou EW?
166. Exercício
Wyvern
• Tamanho da população: 9000
• + declínio estimado de 13% em 8 anos
• Probabilidade de extinção de 9% em 100 anos
167. Exercício
Wyvern
• Tamanho da população: 9000
• + declínio estimado de 13% em 8 anos
VU
• Probabilidade de extinção de 9% em 100 anos
<VU
168. Exercício
Wyvern
• Tamanho da população: 9000
• + declínio estimado de 13% em 8 anos
VU
• Probabilidade de extinção de 9% em 100 anos
<VU