SlideShare a Scribd company logo
1 of 6
Download to read offline
Esta cartilha tem como objetivo de explicar aos alunos o que é exa-
                   tamente o plágio, problema tão presente hoje em dia no ambiente
                   universitário.
                   Além das implicações ético-legais sobre o tema, o aluno encontrará
                   aqui quais são os tipos mais comuns de plágio, exemplos de quando
                   ocorrem e a forma correta de escrever um texto científico. Também
                   conhecerá o que é o conjunto de licenças Creative Commons, um mo-
                   delo alternativo ao sistema tradicional de copyright.
                   Este material é uma iniciativa da Comissão de Avaliação de Casos de
                   Autoria (biênio 2008-2010), do Departamento de Comunicação So-
                   cial - Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS) da Universidade
                   Federal Fluminense. Esta Comissão não se presta somente a avaliar
                   ocorrências de plágio, mas tem a função de educar os alunos para que
    nem tudo que   eles não incorram neste tipo de situação.

       parece                  COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE CASOS DE AUTORIA

         é:                              Guilherme Nery (Presidente)
                                             Ana Paula Bragaglia
    entenda                                    Flávia Clemente
                                               Suzana Barbosa
     o que

áGio
                   O plágio acadêmico se configura        sejam capazes de refletir sobre sua

       é           quando um aluno retira, seja de        profissão, a partir da leitura e com-




P
L
                   livros ou da Internet, ideias, con-    preensão dos autores da sua área.
                   ceitos ou frases de outro autor        Faz parte da formação dos alunos
                   (que as formulou e as publicou),       que estes sejam capazes de articular
                   sem lhe dar o devido crédito, sem      as ideias desses autores de referên-
                   citá-lo como fonte de pesquisa.        cia com as suas próprias ideias.
                   Trata-se de uma violação dos di-       Para isto, é fundamental que os alu-
                   reitos autorais de outrem. Isso tem    nos explicitem, em seus trabalhos
                   implicações cíveis e penais. E o       acadêmicos, exatamente o que es-
                   “desconhecimento da lei” não serve     tão usando desses autores, e o que
                   de desculpa, pois a lei é pública e    eles mesmos estão propondo. Ser
                   explícita.                             capaz de tais articulações intelec-
                   Na universidade, o que se espera dos   tuais, portanto, torna-se critério bá-
                   alunos é que estes se capacitem tan-   sico para as avaliações feitas pelos
                   to técnica como teoricamente. Que      professores.
Pronto.
                                                                                                                  veja o que diz a lei
Agora você já sabe                                                           engana-se                              Código Civil                Art. 7
como ser um pesquisador.                                                        quem pensa                                    Art. 524          define as obras intelec­

                                                                              que só faz
                                                                                                                      “a lei assegura           tuais que são protegidas
Pratique essa idéia em                                                                                                                          por lei: considerando cmo

                                                                              plágio
cada um de seus trabalhos                                                                                            ao proprietário
                                                                                                                    o direito de usar,          obras intelectuais “as cria­
acadêmicos, incluindo                                                                                                                           ções do espírito, expressas
a sua monografia, e,                                                          quem copia,                             gozar e dispor
                                                                                                                        de seus bens,           por qualquer meio ou fixa­
para esclarecer qualquer dúvida quanto à forma correta de redação,
converse com seu professor
                                                                             palavra por palavra                       e de reavê-los           das em qualquer suporte,
                                                                                                                                                tangível ou intangível, co­
                                                                                um trabalho
                                                                                                                         do poder de
ou com a própria Comissão                                                                                           quem quer que,              nhecido ou que se invente
para Avaliação de Autoria.                                                    inteiro sem citar                        injustamente,            no futuro”.
                                                                                   a fonte                                os possua”.           Art. 22 a 24
                                                                                de onde o                                                       regem os direitos morais
                                                                                     tirou.                      Código Penal
                                                                                                                                                e patrimoniais da obra
                                                                                                                                                criada, como pertencen­
                                                                                                                      Crime contra o            tes ao seu Autor.
                                                                              Segundo o professor Lécio Ra­           Direito Autoral,
                                                                                                                                                Art. 33
                                                                              mos, citado por Garschagen                 previsto nos
                                              Cartilha sobre                                                                                    diz que ninguém pode
                                                                                                                     Artigos 7, 22, 24,
                                              Direitos Autorais               (2006), podemos listar pelo                                       reproduzir a obra inte­
                                          Convenção Universal                                                           33, 101 a 110,          lectual de um Autor, sem
                                    Lei de Direitos Autorais/                 menos 3 tipos de plágio:                    e 184 a 186
                                 Constituição                                                                                                   a permissão deste.
                                                                                      IntegrAL                 (direitos do Autor formulados
                                 Referências                                                                             pela Lei 9.610/1998)   Art. 101 a 110
                                 GARSCHAGEN, B. Universidade em tem-            o “engano” citado acima...                           e 299      tratam das sanções cíveis
                                 pos de plágio. 2006.
                                                                                       PArCIAL                        (falsidade ideológica).   aplicáveis em casos de
                                 Disponível em: http://observatorio.
                                                                                                                                                violação dos direitos au­
                                 ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?         que ocorre quando o trabalho                                      torais, sem exclusão das
                                 cod=366ASP006
                                 Acesso em 04/10/2009                         é um “mosaico” formado por                                        possíveis sanções penais.
                                 Site Creative Commons: http://creative       cópias de parágrafos e frases                                     Art. 184
                                 commons.org                                     de autores diversos, sem                                       configura como crime de
                                 Site Creative Commons no Brasil: http://
                                 creative commons.org.br/                          mencionar suas obras                                         plágio o uso indevido da
                                 LEMOS, Ronaldo. “Creative Commons”.                                                                            propriedade intelectual
                                 In: SPYER, Juliano. (Org.). Para entender
                                                                                    COnCeItUAL                                                  de outro.
                                 a internet - Noções, práticas e desafios     a utilização da idéia do autor                                    Art. 299
                                 da comunicação em rede. 2009 (on-
                                 line). Disponível em: http://educarede.
                                                                               escrevendo de outra forma,                                       define o plágio como cri­
                                 info/livro/Para%20entender%20a%20            porém, novamente, sem citar                                       me de falsidade ideológi­
                                 Internet.pdf Acesso em 16/06/2009.                   a fonte original                                          ca, em documentos par­



                                                                                                                                                                       3
                                                                                                                                                ticulares ou públicos.
plágioparcial   Vamos imaginar que, por solicitação do professor,
                alguns alunos “fizeram” artigos acadêmicos sobre
                                                                                                        mesmo citando   as fontes ainda assim a forma de escrever é incor-
                                                                                                                        reta, pois o pesquisador, ou seja, o aluno, não deve
                os chamados “tempos pós-modernos”. É uma situa-                                                         apenas fazer um levantamento de trechos de auto-
                ção hipotética, não ocorreu de fato, mas nos ajuda-                                                     res (“colcha de retalhos”), mas sim, criar um texto di-
                rá a entender como se configura o plágio e como                                                         ferente baseado nas ideias dos mesmos, explicando
                evitá-lo. Suponhamos, primeiramente, que eles “es-                                                      o que eles quiseram dizer com exemplos esclarece-
                creveram” assim:                                                                                        dores, entre outros complementos.
                                                                                                                        Dessa forma, é incorreto, por exemplo, colocar, em
                          Se desde a época do ‘desencaixe’ e ao longo da era moderna,
                                                                                                                        vários parágrafos sucessivos, literalmente o texto de-
                       dos ‘projetos de vida’, o ‘problema da identidade’ era a questão
                                                                                                                        les (entre aspas, portanto), ou mudando apenas uma
                       de como construir a própria identidade (...) – atualmente, o
                                                                                                                        ou outra palavra. Abaixo, uma versão incorreta, mes-
                       problema da identidade resulta principalmente da dificuldade
                                                                                                                        mo tendo as fontes citadas (as palavras alteradas
                       de se manter fiel a qualquer identidade por muito tempo.
                                                                                                                        estão em negrito).
                          A pós­modernidade representa o momento histórico pre­
                       ciso em que todos os freios institucionais que se opunham à
                       emancipação individual se esboroam e desaparecem, dando                                               Se desde a época do ‘desencaixe’ e ao longo da contempo-
                       lugar à manifestação dos desejos subjetivos, da realização in­                                     raneidade, dos ‘projetos de vida’, o ‘problema da identidade’ era
                       dividual, do amor­próprio.                                                                         o modo como construir a própria identidade (...) – hoje, o pro­
                                                                                                                          blema da identidade resulta principalmente da dificuldade de se
                          A substituição crescente dos ideais da cultura por ideais
                       estritamente consumistas, com fins de utilização dos indiví­                                       manter fiel a qualquer identidade por muito tempo. (BAUMAN,
                       duos como mera força de consumo e o atual aguçamento da                                            1999, p. 155)
                       descrença em projetos coletivos unificadores – talvez ainda                                           A pós­modernidade siginifica a época histórica precisa em
                       existentes nas chamadas “culturas de massas” – promovem a                                          que todos os freios institucionais que se opunham à emancipa­
                       constituição de um tipo de “pseudo­individuação” ancorada,                                         ção individual se desmoronam e desaparecem, dando lugar à
                       ainda mais estritamente, em mecanismos de idealização.                                             manifestação dos desejos subjetivos, da realização individual,
                                                                                                                          do amor­próprio. (LIPOVETSKY, 2004, p. 23)
                Tudo muito bonito, mas acontece que, além de o                                                                A substituição progressiva dos ideais da cultura por ideais
                professor conhecer muito bem o estilo de escrita                                                          totalmente consumistas, com fins de utilização dos indivíduos
                do aluno - e saber se ele escreve tão bem ou não - o                                                      como mera força de consumo e o atual aguçamento da descren­
                texto é o típico exemplo de plágio parcial, porque                                                        ça em projetos coletivos unificadores – talvez ainda existentes
                os parágrafos são copiados na íntegra, sem citação,
                                     1             2          3
                                                                                                                          nas chamadas “culturas de massas” – promovem a constituição
                de obras de Bauman , Lipovetsky e Severiano , res-                                                        de um tipo de “pseudo­individuação” baseada, ainda mais es­
                pectivamente.                                                                                             tritamente, em mecanismos de idealização. (SEVERIANO, 1999,
                1
                                                                                                                          p. 162­163)
                    BAUMAN, Z. Globalização e consequëncias humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.
                2
                    LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004.
                3
                 SEVERIANO, Maria de Fátima Vieira. As subjetividades contemporâneas sob o signo do




4
                consumo – os ideais narcísicos na publicidade da tv: produção e consumo. 1999. 567 p.



                                                                                                                                                                                         5
                Tese. (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Cam­
                pinas, Campinas, 1999.
plágioconceitual                   Agora vamos imaginar que este aluno mudou um
                                   pouco ou bastante este texto, ou seja, parafraseou as
                                                                                                           Como aponta Bauman (2009, p. 155), em outras épocas, os dilemas existenciais eram mais simples que atual­
                                                                                                           mente, quando diversificam­se os ideais. Na modernidade, a questão subjetiva central girava em torno de um
                                   citações, mas, na intenção ou não de fazer a ideia pa-
                                                                                                           pensamento como algum dia formar uma família e chegar à diretoria de uma empresa. Agora, o indivíduo
                                   recer genuinamente sua, novamente não colocou as
                                                                                                           passa a poder escolher também se quer formar uma família de forma independente, valendo­se das inova­
                                   referências. Suponhamos que o texto ficou assim(*):
                                                                                                           ções científicas de reprodução humana, e em quais países gostaria de trabalhar, sendo que estas opções já
       (*)
         Texto adaptado da tese          Em outras épocas, os dilemas existenciais eram mais simples       não serão as mesmas dentro de pouco tempo. A passagem a seguir esclarece ainda mais esta questão.
       de doutorado de Ana                                                                                    Se desde a época do ‘desencaixe’ e ao longo da era moderna, dos ‘projetos de vida’, o ‘problema da identidade’ era
                                    que atualmente. Na modernidade, a questão subjetiva central
       Paula Bragaglia, mem­                                                                                  a questão de como construir a própria identidade (...) – atualmente, o problema da identidade resulta principal­
                                    girava em torno de um pensamento como algum dia formar                    mente da dificuldade de se manter fiel a qualquer identidade por muito tempo. (BAUMAN, 1999, p. 155)
       bro desta Comissão, colo­
       cando lá, naturalmente,      uma família e chegar à diretoria de uma empresa. Atualmente,
                                                                                                           A “pós­modernidade” significa uma postura do indivíduo (pensamentos e ações) de, não apenas se perceber
       as devidas referências.      diversificam­se os ideais;
                                                                                                           mais livre para constituir uma identidade por negar a obediência cega à “tradição” e utilizar sua reflexivida­
                                         A “pós­modernidade” significa uma postura (pensamentos e          de/razão para questionar o que melhor pode lhe preencher, mas sim, de sentir essa liberdade ao extremo (já
                                    ações) do indivíduo de, não apenas se perceber mais livre para         que, diferentemente da modernidade, se depara com inúmeras opções de escolha que rapidamente expiram
                                    constituir uma identidade por negar a obediência cega à “tradi­        e são por outras substituídas), e ainda, de se permitir experimentar sem culpa também o seu lado irracional/
                                    ção” e utilizar sua razão para questionar o que melhor pode lhe        emocional. (LIPOVETSKY, 2004, p. 23) É exatamente isso o que Lipovetsky descreve no trecho abaixo.
                                    preencher, mas sim, de sentir essa liberdade ao extremo, e ainda,         A pós­modernidade representa o momento histórico preciso em que todos os freios institucionais que se opu­
                                    de se permitir experimentar sem culpa também o seu lado irra­             nham à emancipação individual se esboroam e desaparecem, dando lugar à manifestação dos desejos subjetivos,
                                    cional/emocional.                                                         da realização individual, do amor­próprio (...) – instala­se a era do vazio, mas “sem tragédia e sem apocalipse”.
                                         Vê­se na maioria das sociedades capitalistas atuais a valoriza­      (LIPOVETSKY, 2004, p.23)
                                    ção de modelos de identidade focados no consumo, isto é, na com­       Severiano (1999, p. 162­163) também discorre sobre esse assunto ao afirmar que se observa, na maioria das
                                    pra constante das tecnologias e marcas em destaque no momento          sociedades capitalistas atuais, a valorização de modelos de identidade focados no consumo, isto é, na com­
                                    e a desvalorização daqueles relacionados a escolhas duradouras,        pra constante das tecnologias e marcas em destaque no momento e a desvalorização daqueles relacionados
                                    como fazer parte de grupos voltados a alguma transformação             a escolhas duradouras, como fazer parte de grupos voltados a alguma transformação social, formar uma
                                    social, formar uma família, entre outras. Isso poderia estimular       família, entre outras. Isso poderia estimular uma pseudo­individuação, entendida aqui como uma ilusão de
                                    uma pseudo­individuação, ou seja, uma ilusão de saciedade que          saciedade que poderia levar à continuação de uma sensação de incompletude, e, em consequência, de mal­
                                    poderia levar à continuação de uma sensação de mal­estar.              estar. (SEVERIANO, 1999, p. 162­163) Abaixo, a fala da autora apresentando em detalhes tal reflexão.
                                                                                                              A substituição crescente dos ideais da cultura por ideais estritamente consumistas, com fins de utilização dos indiví­
                                   Sem dúvida, o texto ficou escrito de forma diferente                       duos como mera força de consumo e o atual aguçamento da descrença em projetos coletivos unificadores – talvez
                                   à dos autores retratada anteriormente, porém con-                          ainda existentes nas chamadas “culturas de massas” – promovem a constituição de um tipo de “pseudo­individuação”
                                                                                                              ancorada, ainda mais estritamente, em mecanismos de idealização. Através destes, as metas de auto­preservação
                                   tinua sendo a ideia deles a presente aqui, sendo ne-
                                                                                                              deixam de ser orientadas para projetos futuros, possibilitadores de autonomia e transformação da realidade estabe­
                                   cessário, da mesma forma, citar as fontes. Do modo                         lecida, passando a ser comandadas por um “ego ideal” de natureza imediatista e regressiva. (SEVERIANO,
                                   como está acima, temos novamente uma situação                              1999, p. 162­163)
                                   de plágio, dessa vez em sua versão conceitual.

                                   então, qual é a forma correta de colocar estas ideias no texto acadêmico?
                                   É simples: basta escrever com suas próprias palavras de modo a explicar todas as citações, apresentar as fontes no próprio tex-
                                   to, e, se necessário, incluir as citações diretas (texto literal do autor utilizado) à medida que o trabalho vai sendo desenvolvido.


6                                                                                                                                                                                         confira acima
                                                                                                                                                                                                                                 7
licenças creative commons: como funcionam                                                 Atribuição (by)
                                                                                          Permite que outros distribuam, remixem,
                                                                                                                                       vem conter menção ao Autor nos cré-
                                                                                                                                       ditos e também não podem ser usadas
Trata-se de um sistema alternativo às       sibilitam ao(s) autor(es) disponibilizar      adaptem ou criem obras derivadas, mes-       com fins comerciais, porém as obras de-
licenças tradicionais de utilização de      ao público alguns direitos sobre a sua        mo que para uso com fins comerciais,         rivadas não precisam ser licenciadas sob
obras protegidas, que permite ao cria-      criação, assegurando para si, paralela-       contanto que seja dado crédito pela cria-    os mesmos termos desta licença.
dor de uma obra decidir quais os direi-     mente, tanto o direito original pela          ção original. É a licença menos restritiva   Atribuição (by-nc-sa)
tos que pretende reservar para si, en-      criação, bem como outros direitos. As         em termos de quais usos outras pessoas       Uso Não Comercial
quanto autoriza o público a trabalhar       licenças possuem gradações, e vão des-        podem fazer de sua obra.                     Compartilhamento pela mesma Licença
com base nas suas ideias.                   de uma renúncia quase total, por parte        Atribuição (by-sa)                           Permite que outros remixem, adaptem
No modelo “Autoria Comum”, do Crea-         de quem licencia, até opções de caráter       Compartilhamento pela mesma Licença          e criem obras derivadas sobre sua obra
tive Commons (CC), trabalha-se com          mais restritivo, que proíbem a criação        Permite que outros remixem, adaptem          com fins não comerciais, contanto que
“Alguns Direitos Reservados” (Some          de obras derivadas ou o uso comercial         e criem obras derivadas ainda que para       atribuam crédito ao Autor e licenciem
Rights Reserved), em oposição ao mo-        dos materiais licenciados.                    fins comerciais, contanto que o crédi-       as novas criações sob os mesmos parâ-
delo “Todos os Direitos Reservados” ou      No Brasil, as licenças Creative Commons       to seja atribuído ao Autor e que essas       metros. Outros podem fazer o download
All Rights Reserved, que rege o tradi-      foram traduzidas e estão adaptadas à          obras sejam licenciadas sob os mesmos        ou redistribuir a obra original da mesma
cional e conhecido copyright.               legislação brasileira. No país, o Projeto     termos. Esta licença é geralmente com-       forma que na licença anterior, mas eles
                                            Creative Commons é coordenado pelo            parada a licenças de software livre. Todas   também podem traduzir, fazer remixes
Isto significa que, ao optar por publicar
                                            Centro de Tecnologia e Sociedade da           as obras derivadas devem ser licenciadas     e elaborar novas histórias com base na-
um determinado texto, um artigo cien-
                                                                                          sob os mesmos termos desta. Dessa for-       quela obra. Toda nova obra baseada na
tífico, um livro, uma música, um site ou    Faculdade de Direito da Fundação Ge-
                                                                                          ma, as obras derivadas também poderão        original deverá ser licenciada com a mes-
um filme com alguma licença Creative        túlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. O
                                                                                          ser usadas para fins comerciais.             ma licença, de modo que qualquer obra
Commons (veja quais são as seis princi-     Brasil foi o terceiro país a aderir à rede
pais no item 3.2) se permite a livre ma-    Creative Commons, presente em mais            Atribuição (by-nd)                           derivada, por natureza, não poderá ser
                                                                                          Não a Obras Derivadas                        usada para fins comerciais.
nipulação, distribuição, compartilha-       de 50 nações (LEMOS, 2009, p. 38).
mento e replicação destes conteúdos.        Existem mais de 150 milhões de obras          Permite a redistribuição e o uso para fins   Atribuição (by-nc-nd)
                                                                                          comerciais e não comerciais, contanto        Uso Não Comercial Não a Obras Derivadas
O Projeto Creative Commons foi idea-        licenciadas em Creative Commons, en-
                                                                                          que a obra seja redistribuída sem modi-      É a mais restritiva dentre as seis licenças
lizado em 2001 por Lawrence Lessing,        tre elas, o site da Agência Brasil http://
                                                                                          ficações e completa, e que os créditos       principais, permitindo redistribuição. Ela
professor da Universidade de Stanford       www.agenciabrasil.gov.br/,          http://
                                                                                          sejam atribuídos ao Autor.                   é comumente chamada “propaganda
(EUA), tendo por base a filosofia do        blog.planalto.gov.br/ e o site da Casa
                                            Branca www.whitehouse.gov.                    Atribuição (by-nc)                           grátis” pois permite que outros façam do-
copyleft, isto é: usar a legislação de
                                                                                          Uso Não Comercial                            wnload das obras originais de um Autor,
proteção dos direitos autorais com a        É importante que você observe sempre
                                                                                          Esta licença permite que outros remi-        e as compartilhem, contanto que men-
intenção de retirar barreiras para a di-    sob qual tipo de licença Creative Com-
                                                                                          xem, adaptem, e criem obras derivadas        cionem e façam o link ao Autor, mas sem
fusão de uma obra, a sua recombina-         mons um autor disponibiliza a sua obra                                                     poder modificar a obra de nenhuma for-
                                                                                          da obra original, sendo vedado o uso
ção e compartilhamento.                     para saber como poderá utilizá-la de                                                       ma, nem utilizá-la para fins comerciais.
                                                                                          com fins comerciais. As novas obras de-
Assim, as licenças jurídicas criadas pos-   modo legal.

conheça as seis principais licenças creative commons da menos para a mais restritiva

8                                                                                                                                                                            9
o autor tem direitos sobre o que cria
Por isso, a propriedade intelectual, em         um filme ou uma música da Internet,
qualquer de suas formas, é protegida            para cantar a música “parabéns a você”
por lei. De acordo com o Ministério da          em uma comemoração de aniversário, é
Cultura (MinC), a propriedade intelectu-        necessária a autorização do Autor. Mui-
al “lida com os direitos de propriedade         ta coisa, não é?
das coisas intangíveis oriundas das ino-        Estes direitos se referem não só ao ga-            Instituto de Arte e
vações e criações da mente”. Estão sob          nho financeiro, mas também à questão              Comunicação Social
proteção legal a propriedade industrial,        moral de reconhecer publicamente a               Rua Prof. Lara Vilela, 126
os cultivares e também o chamado di-            autoria de uma obra. O direito patrimo-        São Domingos – Niterói – RJ
reito autoral. A propriedade intelectual        nial ou econômico, no caso brasileiro,                CEP 24210-590
protege as criações, permitindo que             expira até 70 anos após a morte do au-                Departamento:
seus criadores usufruam direitos eco-           tor, quando a sua obra passa a ser consi-             gco@vm.uff.br
nômicos sobre produtos e serviços que           derada de “domínio público”. Já o direito             (21) 2629.9762
podem resultar de suas obras.                   moral é “intransferível, imprescritível e
                                                irrenunciável”.
                                                                                                       Coordenação:
O direito autoral se refere diretamente
à obra intelectual e o direito que seu                                                                ggc@vm.uff.br
                                                O direito moral dá ao criador a garan-
criador exerce sobre ela. Por obra inte-                                                              (21) 2629-9764
                                                tia de menção de título e nome de sua
lectual, entende-se “criação do espírito,                                                             (21) 2629-9765
                                                obra, opor-se a alteração que possa
expressa por qualquer suporte, tangível         prejudicá-la, ou à sua reputação, modi-       http://www.uff.br/jornalismo
ou intangível.” Programas de computa-           ficá-la sempre que quiser, retirá-la de       http://www.uff.br/publicidade
dor, obras literárias, artísticas e científi-   circulação e mantê-la inédita. Além da
cas se enquadram nesta categoria. E é           lei brasileira que regula os direitos auto-
justamente aí que se dão os problemas           rais (Lei Federal n º 9.610/98), também
mais comuns com relação à violação dos          existe uma convenção universal, assina-
direitos dos Autores!                           da em Genebra, em 6 de setembro de              UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Considera-se Autor a pessoa física cria-        1952, que protege o direito autoral em
dora da obra literária. O primeiro a ex-        todos os países que aderiram ao docu-
pressar uma idéia e fixá-la em suporte          mento. Entre eles, o Brasil.
material. Ao copiar uma música para seu         A Coordenação-Geral de Direito Autoral
mp3, ao ler o jornal diário e ter acesso        do Ministério da Cultura é responsável        PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ACADÊMICOS

às imagens produzidas pela tevê, você           pela Gestão da Política de Direito Au-
está tendo contato com um universo              toral. O texto acima foi redigido tendo
cercado por direitos autorais. Para fazer       como fonte a cartilha “Direito Autoral:
cópia de um livro, mesmo que esgotado           conheça e participe desta discussão so-
e sem finalidade comercial, para baixar         bre a cultura no Brasil”, publicado pelo
                                                MinC, em 2008, disponível no site www.


10
                                                                                                    www.ildonascimento.com
                                                minc.gov.br

More Related Content

Viewers also liked

Livro como aplicar o direito -escolas- joao baptista herkenhof (2)
Livro  como aplicar o direito -escolas- joao baptista herkenhof (2)Livro  como aplicar o direito -escolas- joao baptista herkenhof (2)
Livro como aplicar o direito -escolas- joao baptista herkenhof (2)
Tammycarvalho
 
Ines cartilha grafica_1-12
Ines cartilha grafica_1-12Ines cartilha grafica_1-12
Ines cartilha grafica_1-12
Beatriz Diniz
 

Viewers also liked (12)

Cartilha sobre plágio academico
Cartilha sobre plágio academicoCartilha sobre plágio academico
Cartilha sobre plágio academico
 
O que é direito
O que é direitoO que é direito
O que é direito
 
A defesa tem_a_palavra_pags_iniciais
A defesa tem_a_palavra_pags_iniciaisA defesa tem_a_palavra_pags_iniciais
A defesa tem_a_palavra_pags_iniciais
 
Livro como aplicar o direito -escolas- joao baptista herkenhof (2)
Livro  como aplicar o direito -escolas- joao baptista herkenhof (2)Livro  como aplicar o direito -escolas- joao baptista herkenhof (2)
Livro como aplicar o direito -escolas- joao baptista herkenhof (2)
 
Livro jurisdicao processo_direitoshumanos
Livro jurisdicao processo_direitoshumanosLivro jurisdicao processo_direitoshumanos
Livro jurisdicao processo_direitoshumanos
 
Constituição e Direitos Fundamentais em Perspectiva
Constituição e Direitos Fundamentais em PerspectivaConstituição e Direitos Fundamentais em Perspectiva
Constituição e Direitos Fundamentais em Perspectiva
 
Questões de História do Direito
Questões de História do DireitoQuestões de História do Direito
Questões de História do Direito
 
Ines cartilha grafica_1-12
Ines cartilha grafica_1-12Ines cartilha grafica_1-12
Ines cartilha grafica_1-12
 
Guia do ministério público para imprensa e sociedade
Guia do ministério público para imprensa e sociedadeGuia do ministério público para imprensa e sociedade
Guia do ministério público para imprensa e sociedade
 
Revista Jurídica, n. 19, julho/dezembro 2011
Revista Jurídica, n. 19, julho/dezembro 2011Revista Jurídica, n. 19, julho/dezembro 2011
Revista Jurídica, n. 19, julho/dezembro 2011
 
CÓMO SE HACE UN PROCESO - FRANCESCO CARNELUTTI
CÓMO SE HACE UN PROCESO - FRANCESCO CARNELUTTICÓMO SE HACE UN PROCESO - FRANCESCO CARNELUTTI
CÓMO SE HACE UN PROCESO - FRANCESCO CARNELUTTI
 
Participação política, direitos e democracia
Participação política, direitos e democraciaParticipação política, direitos e democracia
Participação política, direitos e democracia
 

Similar to Cartilha sobre plágio (8)

Cartilha sobre-plagio-academico
Cartilha sobre-plagio-academicoCartilha sobre-plagio-academico
Cartilha sobre-plagio-academico
 
Cartilha sobre plagio_academico
Cartilha sobre plagio_academicoCartilha sobre plagio_academico
Cartilha sobre plagio_academico
 
Cartilha sobre-plagio-academico
Cartilha sobre-plagio-academicoCartilha sobre-plagio-academico
Cartilha sobre-plagio-academico
 
Cartilha sobre-plagio-academico 1-
Cartilha sobre-plagio-academico 1-Cartilha sobre-plagio-academico 1-
Cartilha sobre-plagio-academico 1-
 
cartilha sobre plágio acadêmico
cartilha sobre plágio acadêmicocartilha sobre plágio acadêmico
cartilha sobre plágio acadêmico
 
Plágio acadêmico
Plágio acadêmicoPlágio acadêmico
Plágio acadêmico
 
Plágio trabalho anchieta
Plágio trabalho anchietaPlágio trabalho anchieta
Plágio trabalho anchieta
 
Plágio na ciência
Plágio na ciênciaPlágio na ciência
Plágio na ciência
 

More from morgannaprata

Desenvolvimento de uma metodologia para gestão...
Desenvolvimento de uma metodologia para gestão...Desenvolvimento de uma metodologia para gestão...
Desenvolvimento de uma metodologia para gestão...
morgannaprata
 
Etnomatemática, currículo e práticas sociais do mundo...
Etnomatemática, currículo e práticas sociais do mundo...Etnomatemática, currículo e práticas sociais do mundo...
Etnomatemática, currículo e práticas sociais do mundo...
morgannaprata
 
Modelo refer+¬ncias
Modelo refer+¬nciasModelo refer+¬ncias
Modelo refer+¬ncias
morgannaprata
 
O que  ¦é m- ¦étodo, pesquisa e ci- ¦ência (1)
O que   ¦é m- ¦étodo, pesquisa e ci- ¦ência (1)O que   ¦é m- ¦étodo, pesquisa e ci- ¦ência (1)
O que  ¦é m- ¦étodo, pesquisa e ci- ¦ência (1)
morgannaprata
 
Estrutura do artigo científico
Estrutura do artigo científicoEstrutura do artigo científico
Estrutura do artigo científico
morgannaprata
 
Apostila de metodologia cient+¡fica
Apostila de metodologia cient+¡ficaApostila de metodologia cient+¡fica
Apostila de metodologia cient+¡fica
morgannaprata
 
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de notebooks e netbooks
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de notebooks e netbooksLevantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de notebooks e netbooks
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de notebooks e netbooks
morgannaprata
 
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de computadores
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de computadoresLevantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de computadores
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de computadores
morgannaprata
 
Exerc+¡cio sobre writer
Exerc+¡cio sobre writerExerc+¡cio sobre writer
Exerc+¡cio sobre writer
morgannaprata
 

More from morgannaprata (20)

Artigo 3
Artigo 3Artigo 3
Artigo 3
 
Artigo 2
Artigo 2Artigo 2
Artigo 2
 
Lay artigo 2
Lay artigo 2Lay artigo 2
Lay artigo 2
 
Lay artigo 3
Lay artigo 3Lay artigo 3
Lay artigo 3
 
Lay artigo pdf
Lay artigo pdfLay artigo pdf
Lay artigo pdf
 
Artigo
ArtigoArtigo
Artigo
 
Paloma
PalomaPaloma
Paloma
 
Palom
PalomPalom
Palom
 
Paloma resumo
Paloma resumoPaloma resumo
Paloma resumo
 
Desenvolvimento de uma metodologia para gestão...
Desenvolvimento de uma metodologia para gestão...Desenvolvimento de uma metodologia para gestão...
Desenvolvimento de uma metodologia para gestão...
 
Etnomatemática, currículo e práticas sociais do mundo...
Etnomatemática, currículo e práticas sociais do mundo...Etnomatemática, currículo e práticas sociais do mundo...
Etnomatemática, currículo e práticas sociais do mundo...
 
Modelo refer+¬ncias
Modelo refer+¬nciasModelo refer+¬ncias
Modelo refer+¬ncias
 
O que  ¦é m- ¦étodo, pesquisa e ci- ¦ência (1)
O que   ¦é m- ¦étodo, pesquisa e ci- ¦ência (1)O que   ¦é m- ¦étodo, pesquisa e ci- ¦ência (1)
O que  ¦é m- ¦étodo, pesquisa e ci- ¦ência (1)
 
Estrutura do artigo científico
Estrutura do artigo científicoEstrutura do artigo científico
Estrutura do artigo científico
 
Apostila de metodologia cient+¡fica
Apostila de metodologia cient+¡ficaApostila de metodologia cient+¡fica
Apostila de metodologia cient+¡fica
 
Slides 1° bimestre
Slides 1° bimestreSlides 1° bimestre
Slides 1° bimestre
 
05 internet
05   internet05   internet
05 internet
 
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de notebooks e netbooks
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de notebooks e netbooksLevantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de notebooks e netbooks
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de notebooks e netbooks
 
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de computadores
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de computadoresLevantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de computadores
Levantamento de especifica+º+áes t+®cnicas de computadores
 
Exerc+¡cio sobre writer
Exerc+¡cio sobre writerExerc+¡cio sobre writer
Exerc+¡cio sobre writer
 

Cartilha sobre plágio

  • 1. Esta cartilha tem como objetivo de explicar aos alunos o que é exa- tamente o plágio, problema tão presente hoje em dia no ambiente universitário. Além das implicações ético-legais sobre o tema, o aluno encontrará aqui quais são os tipos mais comuns de plágio, exemplos de quando ocorrem e a forma correta de escrever um texto científico. Também conhecerá o que é o conjunto de licenças Creative Commons, um mo- delo alternativo ao sistema tradicional de copyright. Este material é uma iniciativa da Comissão de Avaliação de Casos de Autoria (biênio 2008-2010), do Departamento de Comunicação So- cial - Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS) da Universidade Federal Fluminense. Esta Comissão não se presta somente a avaliar ocorrências de plágio, mas tem a função de educar os alunos para que nem tudo que eles não incorram neste tipo de situação. parece COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE CASOS DE AUTORIA é: Guilherme Nery (Presidente) Ana Paula Bragaglia entenda Flávia Clemente Suzana Barbosa o que áGio O plágio acadêmico se configura sejam capazes de refletir sobre sua é quando um aluno retira, seja de profissão, a partir da leitura e com- P L livros ou da Internet, ideias, con- preensão dos autores da sua área. ceitos ou frases de outro autor Faz parte da formação dos alunos (que as formulou e as publicou), que estes sejam capazes de articular sem lhe dar o devido crédito, sem as ideias desses autores de referên- citá-lo como fonte de pesquisa. cia com as suas próprias ideias. Trata-se de uma violação dos di- Para isto, é fundamental que os alu- reitos autorais de outrem. Isso tem nos explicitem, em seus trabalhos implicações cíveis e penais. E o acadêmicos, exatamente o que es- “desconhecimento da lei” não serve tão usando desses autores, e o que de desculpa, pois a lei é pública e eles mesmos estão propondo. Ser explícita. capaz de tais articulações intelec- Na universidade, o que se espera dos tuais, portanto, torna-se critério bá- alunos é que estes se capacitem tan- sico para as avaliações feitas pelos to técnica como teoricamente. Que professores.
  • 2. Pronto. veja o que diz a lei Agora você já sabe engana-se Código Civil Art. 7 como ser um pesquisador. quem pensa Art. 524 define as obras intelec­ que só faz “a lei assegura tuais que são protegidas Pratique essa idéia em por lei: considerando cmo plágio cada um de seus trabalhos ao proprietário o direito de usar, obras intelectuais “as cria­ acadêmicos, incluindo ções do espírito, expressas a sua monografia, e, quem copia, gozar e dispor de seus bens, por qualquer meio ou fixa­ para esclarecer qualquer dúvida quanto à forma correta de redação, converse com seu professor palavra por palavra e de reavê-los das em qualquer suporte, tangível ou intangível, co­ um trabalho do poder de ou com a própria Comissão quem quer que, nhecido ou que se invente para Avaliação de Autoria. inteiro sem citar injustamente, no futuro”. a fonte os possua”. Art. 22 a 24 de onde o regem os direitos morais tirou. Código Penal e patrimoniais da obra criada, como pertencen­ Crime contra o tes ao seu Autor. Segundo o professor Lécio Ra­ Direito Autoral, Art. 33 mos, citado por Garschagen previsto nos Cartilha sobre diz que ninguém pode Artigos 7, 22, 24, Direitos Autorais (2006), podemos listar pelo reproduzir a obra inte­ Convenção Universal 33, 101 a 110, lectual de um Autor, sem Lei de Direitos Autorais/ menos 3 tipos de plágio: e 184 a 186 Constituição a permissão deste. IntegrAL (direitos do Autor formulados Referências pela Lei 9.610/1998) Art. 101 a 110 GARSCHAGEN, B. Universidade em tem- o “engano” citado acima... e 299 tratam das sanções cíveis pos de plágio. 2006. PArCIAL (falsidade ideológica). aplicáveis em casos de Disponível em: http://observatorio. violação dos direitos au­ ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp? que ocorre quando o trabalho torais, sem exclusão das cod=366ASP006 Acesso em 04/10/2009 é um “mosaico” formado por possíveis sanções penais. Site Creative Commons: http://creative cópias de parágrafos e frases Art. 184 commons.org de autores diversos, sem configura como crime de Site Creative Commons no Brasil: http:// creative commons.org.br/ mencionar suas obras plágio o uso indevido da LEMOS, Ronaldo. “Creative Commons”. propriedade intelectual In: SPYER, Juliano. (Org.). Para entender COnCeItUAL de outro. a internet - Noções, práticas e desafios a utilização da idéia do autor Art. 299 da comunicação em rede. 2009 (on- line). Disponível em: http://educarede. escrevendo de outra forma, define o plágio como cri­ info/livro/Para%20entender%20a%20 porém, novamente, sem citar me de falsidade ideológi­ Internet.pdf Acesso em 16/06/2009. a fonte original ca, em documentos par­ 3 ticulares ou públicos.
  • 3. plágioparcial Vamos imaginar que, por solicitação do professor, alguns alunos “fizeram” artigos acadêmicos sobre mesmo citando as fontes ainda assim a forma de escrever é incor- reta, pois o pesquisador, ou seja, o aluno, não deve os chamados “tempos pós-modernos”. É uma situa- apenas fazer um levantamento de trechos de auto- ção hipotética, não ocorreu de fato, mas nos ajuda- res (“colcha de retalhos”), mas sim, criar um texto di- rá a entender como se configura o plágio e como ferente baseado nas ideias dos mesmos, explicando evitá-lo. Suponhamos, primeiramente, que eles “es- o que eles quiseram dizer com exemplos esclarece- creveram” assim: dores, entre outros complementos. Dessa forma, é incorreto, por exemplo, colocar, em Se desde a época do ‘desencaixe’ e ao longo da era moderna, vários parágrafos sucessivos, literalmente o texto de- dos ‘projetos de vida’, o ‘problema da identidade’ era a questão les (entre aspas, portanto), ou mudando apenas uma de como construir a própria identidade (...) – atualmente, o ou outra palavra. Abaixo, uma versão incorreta, mes- problema da identidade resulta principalmente da dificuldade mo tendo as fontes citadas (as palavras alteradas de se manter fiel a qualquer identidade por muito tempo. estão em negrito). A pós­modernidade representa o momento histórico pre­ ciso em que todos os freios institucionais que se opunham à emancipação individual se esboroam e desaparecem, dando Se desde a época do ‘desencaixe’ e ao longo da contempo- lugar à manifestação dos desejos subjetivos, da realização in­ raneidade, dos ‘projetos de vida’, o ‘problema da identidade’ era dividual, do amor­próprio. o modo como construir a própria identidade (...) – hoje, o pro­ blema da identidade resulta principalmente da dificuldade de se A substituição crescente dos ideais da cultura por ideais estritamente consumistas, com fins de utilização dos indiví­ manter fiel a qualquer identidade por muito tempo. (BAUMAN, duos como mera força de consumo e o atual aguçamento da 1999, p. 155) descrença em projetos coletivos unificadores – talvez ainda A pós­modernidade siginifica a época histórica precisa em existentes nas chamadas “culturas de massas” – promovem a que todos os freios institucionais que se opunham à emancipa­ constituição de um tipo de “pseudo­individuação” ancorada, ção individual se desmoronam e desaparecem, dando lugar à ainda mais estritamente, em mecanismos de idealização. manifestação dos desejos subjetivos, da realização individual, do amor­próprio. (LIPOVETSKY, 2004, p. 23) Tudo muito bonito, mas acontece que, além de o A substituição progressiva dos ideais da cultura por ideais professor conhecer muito bem o estilo de escrita totalmente consumistas, com fins de utilização dos indivíduos do aluno - e saber se ele escreve tão bem ou não - o como mera força de consumo e o atual aguçamento da descren­ texto é o típico exemplo de plágio parcial, porque ça em projetos coletivos unificadores – talvez ainda existentes os parágrafos são copiados na íntegra, sem citação, 1 2 3 nas chamadas “culturas de massas” – promovem a constituição de obras de Bauman , Lipovetsky e Severiano , res- de um tipo de “pseudo­individuação” baseada, ainda mais es­ pectivamente. tritamente, em mecanismos de idealização. (SEVERIANO, 1999, 1 p. 162­163) BAUMAN, Z. Globalização e consequëncias humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999. 2 LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004. 3 SEVERIANO, Maria de Fátima Vieira. As subjetividades contemporâneas sob o signo do 4 consumo – os ideais narcísicos na publicidade da tv: produção e consumo. 1999. 567 p. 5 Tese. (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Cam­ pinas, Campinas, 1999.
  • 4. plágioconceitual Agora vamos imaginar que este aluno mudou um pouco ou bastante este texto, ou seja, parafraseou as Como aponta Bauman (2009, p. 155), em outras épocas, os dilemas existenciais eram mais simples que atual­ mente, quando diversificam­se os ideais. Na modernidade, a questão subjetiva central girava em torno de um citações, mas, na intenção ou não de fazer a ideia pa- pensamento como algum dia formar uma família e chegar à diretoria de uma empresa. Agora, o indivíduo recer genuinamente sua, novamente não colocou as passa a poder escolher também se quer formar uma família de forma independente, valendo­se das inova­ referências. Suponhamos que o texto ficou assim(*): ções científicas de reprodução humana, e em quais países gostaria de trabalhar, sendo que estas opções já (*) Texto adaptado da tese Em outras épocas, os dilemas existenciais eram mais simples não serão as mesmas dentro de pouco tempo. A passagem a seguir esclarece ainda mais esta questão. de doutorado de Ana Se desde a época do ‘desencaixe’ e ao longo da era moderna, dos ‘projetos de vida’, o ‘problema da identidade’ era que atualmente. Na modernidade, a questão subjetiva central Paula Bragaglia, mem­ a questão de como construir a própria identidade (...) – atualmente, o problema da identidade resulta principal­ girava em torno de um pensamento como algum dia formar mente da dificuldade de se manter fiel a qualquer identidade por muito tempo. (BAUMAN, 1999, p. 155) bro desta Comissão, colo­ cando lá, naturalmente, uma família e chegar à diretoria de uma empresa. Atualmente, A “pós­modernidade” significa uma postura do indivíduo (pensamentos e ações) de, não apenas se perceber as devidas referências. diversificam­se os ideais; mais livre para constituir uma identidade por negar a obediência cega à “tradição” e utilizar sua reflexivida­ A “pós­modernidade” significa uma postura (pensamentos e de/razão para questionar o que melhor pode lhe preencher, mas sim, de sentir essa liberdade ao extremo (já ações) do indivíduo de, não apenas se perceber mais livre para que, diferentemente da modernidade, se depara com inúmeras opções de escolha que rapidamente expiram constituir uma identidade por negar a obediência cega à “tradi­ e são por outras substituídas), e ainda, de se permitir experimentar sem culpa também o seu lado irracional/ ção” e utilizar sua razão para questionar o que melhor pode lhe emocional. (LIPOVETSKY, 2004, p. 23) É exatamente isso o que Lipovetsky descreve no trecho abaixo. preencher, mas sim, de sentir essa liberdade ao extremo, e ainda, A pós­modernidade representa o momento histórico preciso em que todos os freios institucionais que se opu­ de se permitir experimentar sem culpa também o seu lado irra­ nham à emancipação individual se esboroam e desaparecem, dando lugar à manifestação dos desejos subjetivos, cional/emocional. da realização individual, do amor­próprio (...) – instala­se a era do vazio, mas “sem tragédia e sem apocalipse”. Vê­se na maioria das sociedades capitalistas atuais a valoriza­ (LIPOVETSKY, 2004, p.23) ção de modelos de identidade focados no consumo, isto é, na com­ Severiano (1999, p. 162­163) também discorre sobre esse assunto ao afirmar que se observa, na maioria das pra constante das tecnologias e marcas em destaque no momento sociedades capitalistas atuais, a valorização de modelos de identidade focados no consumo, isto é, na com­ e a desvalorização daqueles relacionados a escolhas duradouras, pra constante das tecnologias e marcas em destaque no momento e a desvalorização daqueles relacionados como fazer parte de grupos voltados a alguma transformação a escolhas duradouras, como fazer parte de grupos voltados a alguma transformação social, formar uma social, formar uma família, entre outras. Isso poderia estimular família, entre outras. Isso poderia estimular uma pseudo­individuação, entendida aqui como uma ilusão de uma pseudo­individuação, ou seja, uma ilusão de saciedade que saciedade que poderia levar à continuação de uma sensação de incompletude, e, em consequência, de mal­ poderia levar à continuação de uma sensação de mal­estar. estar. (SEVERIANO, 1999, p. 162­163) Abaixo, a fala da autora apresentando em detalhes tal reflexão. A substituição crescente dos ideais da cultura por ideais estritamente consumistas, com fins de utilização dos indiví­ Sem dúvida, o texto ficou escrito de forma diferente duos como mera força de consumo e o atual aguçamento da descrença em projetos coletivos unificadores – talvez à dos autores retratada anteriormente, porém con- ainda existentes nas chamadas “culturas de massas” – promovem a constituição de um tipo de “pseudo­individuação” ancorada, ainda mais estritamente, em mecanismos de idealização. Através destes, as metas de auto­preservação tinua sendo a ideia deles a presente aqui, sendo ne- deixam de ser orientadas para projetos futuros, possibilitadores de autonomia e transformação da realidade estabe­ cessário, da mesma forma, citar as fontes. Do modo lecida, passando a ser comandadas por um “ego ideal” de natureza imediatista e regressiva. (SEVERIANO, como está acima, temos novamente uma situação 1999, p. 162­163) de plágio, dessa vez em sua versão conceitual. então, qual é a forma correta de colocar estas ideias no texto acadêmico? É simples: basta escrever com suas próprias palavras de modo a explicar todas as citações, apresentar as fontes no próprio tex- to, e, se necessário, incluir as citações diretas (texto literal do autor utilizado) à medida que o trabalho vai sendo desenvolvido. 6 confira acima 7
  • 5. licenças creative commons: como funcionam Atribuição (by) Permite que outros distribuam, remixem, vem conter menção ao Autor nos cré- ditos e também não podem ser usadas Trata-se de um sistema alternativo às sibilitam ao(s) autor(es) disponibilizar adaptem ou criem obras derivadas, mes- com fins comerciais, porém as obras de- licenças tradicionais de utilização de ao público alguns direitos sobre a sua mo que para uso com fins comerciais, rivadas não precisam ser licenciadas sob obras protegidas, que permite ao cria- criação, assegurando para si, paralela- contanto que seja dado crédito pela cria- os mesmos termos desta licença. dor de uma obra decidir quais os direi- mente, tanto o direito original pela ção original. É a licença menos restritiva Atribuição (by-nc-sa) tos que pretende reservar para si, en- criação, bem como outros direitos. As em termos de quais usos outras pessoas Uso Não Comercial quanto autoriza o público a trabalhar licenças possuem gradações, e vão des- podem fazer de sua obra. Compartilhamento pela mesma Licença com base nas suas ideias. de uma renúncia quase total, por parte Atribuição (by-sa) Permite que outros remixem, adaptem No modelo “Autoria Comum”, do Crea- de quem licencia, até opções de caráter Compartilhamento pela mesma Licença e criem obras derivadas sobre sua obra tive Commons (CC), trabalha-se com mais restritivo, que proíbem a criação Permite que outros remixem, adaptem com fins não comerciais, contanto que “Alguns Direitos Reservados” (Some de obras derivadas ou o uso comercial e criem obras derivadas ainda que para atribuam crédito ao Autor e licenciem Rights Reserved), em oposição ao mo- dos materiais licenciados. fins comerciais, contanto que o crédi- as novas criações sob os mesmos parâ- delo “Todos os Direitos Reservados” ou No Brasil, as licenças Creative Commons to seja atribuído ao Autor e que essas metros. Outros podem fazer o download All Rights Reserved, que rege o tradi- foram traduzidas e estão adaptadas à obras sejam licenciadas sob os mesmos ou redistribuir a obra original da mesma cional e conhecido copyright. legislação brasileira. No país, o Projeto termos. Esta licença é geralmente com- forma que na licença anterior, mas eles Creative Commons é coordenado pelo parada a licenças de software livre. Todas também podem traduzir, fazer remixes Isto significa que, ao optar por publicar Centro de Tecnologia e Sociedade da as obras derivadas devem ser licenciadas e elaborar novas histórias com base na- um determinado texto, um artigo cien- sob os mesmos termos desta. Dessa for- quela obra. Toda nova obra baseada na tífico, um livro, uma música, um site ou Faculdade de Direito da Fundação Ge- ma, as obras derivadas também poderão original deverá ser licenciada com a mes- um filme com alguma licença Creative túlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. O ser usadas para fins comerciais. ma licença, de modo que qualquer obra Commons (veja quais são as seis princi- Brasil foi o terceiro país a aderir à rede pais no item 3.2) se permite a livre ma- Creative Commons, presente em mais Atribuição (by-nd) derivada, por natureza, não poderá ser Não a Obras Derivadas usada para fins comerciais. nipulação, distribuição, compartilha- de 50 nações (LEMOS, 2009, p. 38). mento e replicação destes conteúdos. Existem mais de 150 milhões de obras Permite a redistribuição e o uso para fins Atribuição (by-nc-nd) comerciais e não comerciais, contanto Uso Não Comercial Não a Obras Derivadas O Projeto Creative Commons foi idea- licenciadas em Creative Commons, en- que a obra seja redistribuída sem modi- É a mais restritiva dentre as seis licenças lizado em 2001 por Lawrence Lessing, tre elas, o site da Agência Brasil http:// ficações e completa, e que os créditos principais, permitindo redistribuição. Ela professor da Universidade de Stanford www.agenciabrasil.gov.br/, http:// sejam atribuídos ao Autor. é comumente chamada “propaganda (EUA), tendo por base a filosofia do blog.planalto.gov.br/ e o site da Casa Branca www.whitehouse.gov. Atribuição (by-nc) grátis” pois permite que outros façam do- copyleft, isto é: usar a legislação de Uso Não Comercial wnload das obras originais de um Autor, proteção dos direitos autorais com a É importante que você observe sempre Esta licença permite que outros remi- e as compartilhem, contanto que men- intenção de retirar barreiras para a di- sob qual tipo de licença Creative Com- xem, adaptem, e criem obras derivadas cionem e façam o link ao Autor, mas sem fusão de uma obra, a sua recombina- mons um autor disponibiliza a sua obra poder modificar a obra de nenhuma for- da obra original, sendo vedado o uso ção e compartilhamento. para saber como poderá utilizá-la de ma, nem utilizá-la para fins comerciais. com fins comerciais. As novas obras de- Assim, as licenças jurídicas criadas pos- modo legal. conheça as seis principais licenças creative commons da menos para a mais restritiva 8 9
  • 6. o autor tem direitos sobre o que cria Por isso, a propriedade intelectual, em um filme ou uma música da Internet, qualquer de suas formas, é protegida para cantar a música “parabéns a você” por lei. De acordo com o Ministério da em uma comemoração de aniversário, é Cultura (MinC), a propriedade intelectu- necessária a autorização do Autor. Mui- al “lida com os direitos de propriedade ta coisa, não é? das coisas intangíveis oriundas das ino- Estes direitos se referem não só ao ga- Instituto de Arte e vações e criações da mente”. Estão sob nho financeiro, mas também à questão Comunicação Social proteção legal a propriedade industrial, moral de reconhecer publicamente a Rua Prof. Lara Vilela, 126 os cultivares e também o chamado di- autoria de uma obra. O direito patrimo- São Domingos – Niterói – RJ reito autoral. A propriedade intelectual nial ou econômico, no caso brasileiro, CEP 24210-590 protege as criações, permitindo que expira até 70 anos após a morte do au- Departamento: seus criadores usufruam direitos eco- tor, quando a sua obra passa a ser consi- gco@vm.uff.br nômicos sobre produtos e serviços que derada de “domínio público”. Já o direito (21) 2629.9762 podem resultar de suas obras. moral é “intransferível, imprescritível e irrenunciável”. Coordenação: O direito autoral se refere diretamente à obra intelectual e o direito que seu ggc@vm.uff.br O direito moral dá ao criador a garan- criador exerce sobre ela. Por obra inte- (21) 2629-9764 tia de menção de título e nome de sua lectual, entende-se “criação do espírito, (21) 2629-9765 obra, opor-se a alteração que possa expressa por qualquer suporte, tangível prejudicá-la, ou à sua reputação, modi- http://www.uff.br/jornalismo ou intangível.” Programas de computa- ficá-la sempre que quiser, retirá-la de http://www.uff.br/publicidade dor, obras literárias, artísticas e científi- circulação e mantê-la inédita. Além da cas se enquadram nesta categoria. E é lei brasileira que regula os direitos auto- justamente aí que se dão os problemas rais (Lei Federal n º 9.610/98), também mais comuns com relação à violação dos existe uma convenção universal, assina- direitos dos Autores! da em Genebra, em 6 de setembro de UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Considera-se Autor a pessoa física cria- 1952, que protege o direito autoral em dora da obra literária. O primeiro a ex- todos os países que aderiram ao docu- pressar uma idéia e fixá-la em suporte mento. Entre eles, o Brasil. material. Ao copiar uma música para seu A Coordenação-Geral de Direito Autoral mp3, ao ler o jornal diário e ter acesso do Ministério da Cultura é responsável PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ACADÊMICOS às imagens produzidas pela tevê, você pela Gestão da Política de Direito Au- está tendo contato com um universo toral. O texto acima foi redigido tendo cercado por direitos autorais. Para fazer como fonte a cartilha “Direito Autoral: cópia de um livro, mesmo que esgotado conheça e participe desta discussão so- e sem finalidade comercial, para baixar bre a cultura no Brasil”, publicado pelo MinC, em 2008, disponível no site www. 10 www.ildonascimento.com minc.gov.br