O documento explica conceitos básicos sobre histograma e exposição em fotografia digital, incluindo: (1) O histograma mostra a distribuição de tons de uma imagem; (2) Ele ajuda a analisar se a exposição capturou todos os detalhes ou se está queimada/escura; (3) Exemplos demonstram como diferentes cenas aparecem no histograma; (4) A exposição normal sugerida pela câmera nem sempre é correta, dependendo das condições.
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Histograma r2
1. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
O Histograma
O Histograma é um gráfico que mostra os diversos
níveis de luminosidade de uma imagem e a quantidade
de pixels presentes em cada um destes níveis.
2 Imagem totalmente branca
Entendendo o que é o histograma Vamos agora à uma imagem totalmente branca (255),
como esperamos que seja seu histograma?
Precisamos entender antes o comportamento de um
pixel em uma imagem e como ele é mostrado no histo-
grama. Em uma foto digital cada pixel pode variar de 0
(preto absoluto) até 255 (branco absoluto). Em outras
palavras, o brilho de um pixel é determinado por um
número que vai de 0 a 255.
Então podemos ter 255 zonas de brilho e o histograma
nada mais é que a representação de quantos pixels na
imagem caem em cada uma dessas 255 zonas de bri-
lho. Ou seja, quantos pixels na imagem são totalmente
pretos (nivel de brilho 0), quantos estão no nível 1, nível
2.....até o nível 255.
Em um histograma, o “cinza médio” é representado
pelo pixel de brilho 128. No caso de uma imagem co-
lorida (RGB), cada pixel tem um brilho correspondente,
obtido através de uma média luminosa de seus canais Veja na figura acima que agora todos os pixels caem
RGB. Para a análise dos tons, é recomendado que se na zona de brilho 255 (branco absoluto), logo o filete à
use o histograma de luminosidade e não o separado direita representa todos os pixels da sua foto.
em canais, que é mais difícil de ser analisado.
Mais que uma poderosa ferramenta, o histograma é a 3 Imagem totalmente preta
total revolução da fotografia digital, é como se sua ca-
mera tivesse 255 fotômetros spot, como se o sistema Para uma cena totalmente preta (0), teremos o resul-
de zonas do Ansel Adams tivesse 255 zonas! A partir tado abaixo, onde todos os pixels caem na zona de
do conhecimento da análise de um histograma, o fotó- brilho 0, representada pelo filete à esquerda:
grafo saberá com exatidão, após fazer uma imagem,
todas as suas tonalidades, se errou, ele saberá onde e
o quanto ele errou, o quanto é possível corrigir e como.
1. Imagem totalmente cinza
O cinza médio no histograma tem nível de brilho 128,
logo, uma imagem cinza média criada digitalmente
deve ter todos os pixels na zona 128 e resulta no se-
guinte histograma:
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2. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
4 Imagem Texturizada
Em uma cena real, dificilmente o histograma será re-
presentado apenas por um filete, salvo os casos acima
de imagens criadas no computador, as cenas registra-
das por uma camera em exposições normais sempre
apresentam variações de tonalidades, por mínimas que
sejam, considere o histograma da imagem abaixo:
Considere a imagem da caneca e seu respectivo
histograma. A pequena área à esquerda representa as
tonalidades do preto, desde o preto sem informação
até as tonalidades de cinza escuro. O pequeno monte
a seguir representa as tonalidades escuras do azul e
vermelho e um filete à direita representando o fundo
estourado branco. Como o objetivo era um fundo
branco para recorte totalmente homogêneo, o filete era
esperado.
Entendendo o que representam as linhas do histogra-
É muito simples analisar este histograma, existem basi-
ma, fica mais fácil de julgar a imagem, por exemplo, se
camente duas áreas bem distintas, a área escura, com
o filete à direita estivesse deslocado, saberíamos que
mais variação de tons (por isso é mais larga no gráfico)
a área em volta da caneca estaria cinza, e neste caso
e a área branca, com menos variação de tons (por isso
como desejávamos o branco 255, teríamos que refazer
é mais fina e mais alta no gráfico).
a foto, este é o feedback que a análise do histograma
Concluímos então que quanto mais textura e detalhes proporciona, não existe nada tão preciso.
uma tonalidade apresenta, mais suave será sua transi-
ção no gráfico, e também concluímos que um pico no
histograma representa uma área mais homogênea.
Estas conclusões serão de grande importância para a
análise dos casos práticos.
4 O histograma como feedback
Em diversas situações o preview do nosso LCD não
é confiável, podemos estar em sol forte, ambente
muito escuro, etc. Independente de qualquer situação,
aprender a interpretar o histograma é o meio mais
preciso para analisar a gama de tons de uma imagem,
independente do tamanho e precisão de sua tela, o
histograma “não mente”.
Através dessa análise, o fotógrafo saberá com exatidão
se obteve o resultado desejado, e se errou, ele saberá
onde e o quanto ele errou, o quanto é possível corrigir
e como será feita essa correção.
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3. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
5 O Balão
Considere a imagem do balão abaixo e seu respectivo
histograma:
Repare agora a parede à direita, mostrando grande
quantidade de brancos sem informação (brilho 255).
Mesmo em condições adversas de preview do LCD, a
análise do histograma mostra que esta imagem está
com os brancos estourados.
Os tons mais escuros da base do balão e a área de
sombra são representados pela área à esquerda do
histograma. O grande pico representa o céu azul,
que como já sabemos, normalmente é médio. A parte
clara do céu é representada mais a direita e por final,
o branco do balão é representado pela área à direita
do histograma. Repare que a distância desta àrea que
representa ao branco à parede direita do histograma
nos mostra que a imagem não está estourada.
Vamos supor que a imagem tivesse estourado:
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4. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
O Casarão O Lago
Nesta foto do casarão, a análise do histograma é bem
simples. O dia era de sol fortíssimo, próximo do meio
dia, logo é uma cena de alto contraste. O que de certa
forma facilida a identificação dos tons no histograma.
A minha prioridade era não deixar os brancos estoura-
rem, então eu fiz a fotometria pensando nisso.
Analisando o histograma da esquerda para a direita,
temos a primeira pequena concentração de pixels, que
representa a área mais escura da imagem, formada
pelas esquadrias das janelas e pela parte do brasão
do casarão. Logo adiante um outro pico bem mais
estreito (lembre-se dos casos hipotéticos acima, um
pico estreito representa uma área mais homogênea)
representando as janelas do casarão. Logo após este
pico estreito, está um monte baixinho, representando a
área de sombra laranja. Ela é larga, pois existem vários Típico de uma cena de natureza, o histograma do lago
tons de laranja na sombra, a parede é de textura bem é bem mais concentrado. Não existem muitas áreas
mais irregular que o vidro. Logo a seguir um outro pico homogêneas e sim uma grande quantidade e varieda-
alto mais largo, representando o céu escuro (usei um de de tons médios, mais predominantemente escuros,
polarizador, senão provavelmente este céu cairia no devido à sombra das árvores. Também não existe nada
centro do histograma) e a largura desse pico é devido próximo do branco nem do preto absolutos, então por
a uma ligeira transição no azul escura para um azul um isso a centralização do gráfico.
pouco mais claro, se fosse um azul mais constante ele
seria mais estreito. Continuando, o penúltimo pico é
baixo e largo, um pouco mais claro que o tom médio,
logicamente trata-se da área laranja clara (um ótimo
locam para se fazer a fotometria spot. Por fim, o último
pico representa os brancos ainda com um pouco de
textura, e a localização desse pico me mostrou que eu
não perdi informação nesta área importante.
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5. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
Tipos de medição do fotômetro incorporado
Medição Spot Parcial Ponderada ao Centro Matricial
(Center Weighted) (Evaluative)
(Multi-Pattern)
Símbolo
Cobertura
Características Limita a medição à uma pe- Limita a medição à uma área É feita uma media de toda a Funciona através da segmen-
quena área geralmente central geralmente central ao VF. imagem porém é dada ênfase à tação da área da imagem. A
ao VF. A medição parcial cobre parte central (típicamente entre leitura é feita em cada segmen-
A medição spot cobre de 1% geralmente 9,5% da imagem, e 60% e 75%). to separadamente, e depois
a 3,5% da área da imagem, e todo o resto é desprezado pelo Tipo mais comum de padrão de o padrão é comparado com
todo o resto é desprezado pelo fotômetro. medição, encontrado na grande uma biblioteca de situações
fotômetro. Com o auxílio de uma tele, a maioria das SLR manuais, e conhecidas.
Com o auxílio de uma tele, a medição parcial pode se tornar sempre presente nas modernas Dados como ponto de foco,
medição spot fica ainda mais extremamente precisa, elimi- SLR, analógicas ou digitais. tamanho do sujeito, posição,
precisa, permitindo a leitura de nando a necessidade de se ter a distancia, nível de luz, luz
áreas ainda mais detalhadas. opção de medição spot. frontal, luz de fundo, cores, etc.
São levados em conta no ajuste
da exposição.
O funcionamento deste sistema
pode variar de acordo com a
camera, mas todos seguem
basicamente o mesmo conceito.
Quando Usar Quando existem grandes Idem Quando o sujeito cobre a maior Cenas padrão, com sombras
diferenças de brilho, quando parte da imagem, por exemplo, extremas e áreas de forte
necessitamos de precisão na quando está circundado por luminosidade.
medição. sombras.
Prós Controle preciso Controle preciso Medição fácil da maioria das Conforto de quase não precisar
cenas com compensações pensar
relativamente simples
Contras Variações bruscas na leitura Variações bruscas na leitura Risco de erro em cenas com Imprevisível em diversas situa-
muito céu, em caso de não ções práticas.
compensar a leitura
Imprecisão em cenas com-
plexas.
Erro em situações de predomi-
nância de luz ou sombras.
...
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6. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
Exposição Mas afinal, porque tudo sai cinza???
A camera adora cinza? É mais ou menos isso, ela não
vê o que nós vemos, mas ela consegue medir a quanti-
dade de luz, e isso nós não conseguimos, então temos
que trabalhar em equipe! Ela diz quanta luz a cena
reflete e em troca nós temos que “descrever” a cena
O que é exposição? para ela. Imagine a câmera como uma pessoa que não
enxerga mas consegue sentir a luz.
Exposição pode ser definida como a simples combi-
nação de três importantes fatores: Abertura, Tempo de Teste dos tecidos
Exposição e ISO. A combinação destes 3 elementos,
além de influenciar diversas características da imagem, Para entender o que a camera faz, vamos fotografar 3
determina a quantidade de luz que será gravada na tecidos, um branco, um cinza e um preto, aceitando
mídia. a sugestão da camera, sem nenhuma compensação
(0EV). O resultado é óbvio, mas pra muitos é uma
Na prática a exposição é uma questão de ajustes da surpresa!
câmera e leituras de fotômetro, mas acima de tudo
deve haver um critério definido. Tudo isso é dependen- Veja o histograma de cada uma das 3 imagens:
te do julgamento pessoal de cada um, não existe por-
tanto um ajuste padrão para uma exposição correta. Tecido Branco
A idéia de exposição correta é valiosa, mas só se for
expressa de forma livre!
Em condições normais, a melhor exposição é aquela
que permite o registro de maior quantidade de informa-
ção, produzindo uma fotografia que se assemelhe ao
cenário visto pelo olho humano.
Numa vista típica, todos os tons estão presentes, des-
de a sombra à luz intensa. As zonas de luz intensa são
brilhantes mas conservam alguma textura, e as zonas Tecido Cinza
de sombra são escuras mas não escondem o detalhe.
Exposição Normal
Exposição normal é aquela sugerida pelo fotômetro
da sua camera, nem sempre esta exposição resultará
em uma exposição correta. Isto é pelo simples fato da
camera ser cega, ela não sabe o que fotografa, apenas
consegue medir a quantidade de luz que o sujeito
(seja lá quem for) está refletindo e sugere uma certa
exposição baseada na média de 18% de refletância da Tecido Preto
maioria das cenas.
Exposição Correta
A exposição correta é aquela obtida após nossa
interferência nos parâmetros (ISO, abertura ou shutter)
visando obter uma apresentação que julgamos correta
das tonalidades que estão sendo registradas. Como fa-
zer isso nas mais diversas situações, veremos adiante.
Isto é muito simples de entender. Como a camera não
Exposição Criativa enxerga, ela pré-supõe que o que ela está fotografando
é médio, nem muito branco, nem muito preto, assim,
A exposição criativa é aquela onde, como o próprio na mão de um fotógrafo inexperiente ela tem mais
nome diz, usamos nossa criatividade para alterar os chance de acertar a foto, pois a maioria das cenas
parâmetros e, fugindo da sugestão do fotômetro, fotografadas são médias.
obtemos as tonalidades e efeitos que desejamos, Mas aí entra a nossa ajuda, temos que passar informa-
indepentede das mesmas representarem a realidade. ções à camera sobre o que estamos vendo!
Por exemplo, uma silueta em contra luz, onde a pessoa
é apresentada propositalmente em subexposição, uma
roda gigante com longo tempo de exposição, etc.
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7. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
Resolvendo o Problema:
Tecido branco
Como o tecido é branco, temos que “avisar” à camera
que essa cena é mais clara que o normal, fazemos isso
sobreexpondo a cena em aproximadamente 2 pontos
(+2EV) (mais adiante vamos entender por que essa
diferença depende do equipamento usado e da tonali-
dade desejada). Tecido preto
Assim a camera nos entrega uma cena aproximada- Como o tecido é preto, temos mais uma vez que ajudar
mente 2 pontos mais clara que a média, e assim o a pobre câmera, pois a cena é mais escura que a mé-
tecido branco é apresentado como branco na imagem! dia. Assim subexpomos a cena em aproximadamente
2 ou pontos (-2EV). Assim a camera nos entrega uma
cena aproximadamente 2 pontos mais escura que a
média, e assim o tecido preto é apresentado como
preto na imagem!
Tecido cinza
Aqui a camera levou sorte, por coincidência, a cena
que ela está fotografando é aproximadamente média,
logo não precisamos fazer nada, seja em manual, auto- Ajuste por substituição
mático, ela vai chegar muito próximo da tonalidade do
tecido, pois ela presume que ele seja cinza médio e de Uma maneira muito usada de se fazer a fotometria é
fato ele é próximo disso. usar um elemento de substituição que julgamos ser
neutro. Muitos usam um cartão cinza médio de 13 ou
18%.
Vamos usar como referência o mesmo tecido cinza.
Colocamos a camera no modo manual e fotografa-
mos o tecido de acordo com a sujestão do fotômetro.
Ora, ele é cinza e saiu cinza, então o ajuste da câmera
para a luminosidade do ambiente está correto, não é
mesmo?
Agora, sem alterar os parâmetros de exposição, basta
fazer uma foto do tecido branco, e depois do preto!
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8. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
Sistema de Zonas
gredo, não existem regras, uma foto pode até não ter
zona 5, depende de você e só de você. Uma camera
no modo automático jamais faria uma foto sem zona
5, mas se estamos fotografando uma cena escura, por
exemplo, podemos manter todas as tonalidades da
nossa imagem abaixo da zona 5. É a nossa “exposição
criativa”. Em uma cena comum, entretanto, a zona 5
O tom médio (cinza 18%) pode ser o azul do céu, uma pedra cinza, uma mata
vista de longe, a pele escura de uma pessoa, etc...
Para entender o sistema de zonas é preciso um ponto
de partida, um referencial. E este referencial está no
meio da escala entre os brancos e pretos absolutos, é
o tom V, o cinza médio ou cinza 18% (ele reflete 18% da
luz que sobre ele incide).
A Escala de Textura
A partir da nossa zona 5, vamos fazer 5 fotos, res-
A zona 5 pectivamente com +1, +2, +3, +4 e +5 pontos de
exposição. Assim obtemos as zonas 6, 7, 8, 9 e 10,
Vamos pegar nosso tecido cinza e fotografá-lo nova- respectivamente:
mente com a sugestão da nossa camera, independen-
te desse tecido ter tonalidade média exata, o fato de
usarmos a sugestão do fotômetro ao fotografá-lo, faz o
Zona 6 (+1EV em relação à zona 5, f5.6 - 1/30s)
mesmo ser reproduzido na midia como cinza médio.
O obtemos o seguinte resultado, na minha experiência
usei f8 - 1/30s: (ao tentar fazer esta experiência, de-
pendendo das suas condições de luz e tonalidade do
seu sujeito, esta exposição pode não resultar no cinza
médio, como um facilitador para fazer a experiência
usando as mesmas configurações que eu usei, ajuste
o ISO da camera ou varie a luz até que esta combina-
ção bata com a sugestão da camera).
A zona 6 é chamada por alguns autores simplesmente
de “cinza claro”, e é bastante rica em detalhes, como
podemos deduzir pela largura da coluna no histogra-
ma. A zona 6 normalmente representa o tom de pele
de pessoas brancas sob o sol, uma pedra clara, um
céu azul claro, etc.
Este então é o nosso referencial de cinza médio, ou
zona 5. Sempre que fotografarmos alguma coisa usan-
do a sugestão do fotometro, seja um gato branco, seja
um gato preto, independente dos parâmetros utiliza-
dos, o mesmo aparecerá no mesmo tom do tecido e
o pico de histograma referente a este elemento estará
posicionado no centro do gráfico, ou bem próximo.
O que deve ficar na zona V? Depende! Esse é o se-
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9. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
Zona 7 (+2EV em relação à zona 5, f4 - 1/30s) Zona 9 (+4EV em relação à zona 5, f4 - 1/8s)
A zona 7 é um cinza bastante claro, mas ainda com A zona 9 é o branco sem textura, aproximando-se do
detalhes, pode representar a pele muito clara, objetos branco puro. É a neve com luz direta, por exemplo.
cinza-claro, etc.
Zona 10 (+5EV em relação à zona 5, f4 - 1/4s)
Zona 8 (+3EV em relação à zona 5, f4 - 1/15s)
A zona 10 é a ausência total de informação, no nos-
A zona 8 representa os brancos com textura, os tons so histograma são os pixels 255, na impressão é a
delicados, as altas luzes nas peles de pessoas bran- própria base do papel branco. Representa os brilhos
cas. especulares ou fontes de luz, geralmente.
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10. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
Agora vamos para o lado negro! A zona 3 é um cinza bem escuro, mas ainda com bas-
tante textura.
Voltamos à exposição que gerou a zona 5, vamos fazer
mais 5 fotos, respectivamente com -1, -2, -3, -4 e -5 Zona 2 (-3EV em relação à zona 5, f22 - 1/30s)
pontos de exposição. Assim obtemos as zonas 4, 3, 2,
1 e 0, respectivamente:
Zona 4 (-1EV em relação à zona 5, f11 - 1/30s)
A zona 2 é a primeira aparição de textura nos pretos, é
chamado o preto com detalhes. Tonalidades profundas
que representam a parte mais escura da imagem.
A zona 4 é também chamada por alguns autores de Zona 1 (-4EV em relação à zona 5, f22 - 1/60s)
“cinza escuro”. Pode representar em cenas médias a
sombra de folhagens, pedras e paisagens escuras.
Pode também representar sombras normais da pele de
pessoas brancas em luz natural ou um céu azul escuro.
Zona 3 (-2EV em relação à zona 5, f16 - 1/30s)
A zona 1 é chamada de “limiar efetivo” no negativo, é o
primeiro passo acima do preto total, uma leve tonalida-
de, mas sem textura.
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11. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
Zona 0 (-5EV em relação à zona 5, f22 - 1/125s) camera em guardar detalhes nas baixas luzes do que
nas altas, ou seja, a camera estoura mais facilmente do
que perde detalhes nas baixas luzes.
Analisando o conjunto de tonalidades
Vamos analisar com cuidado, a 100% de zoom, as 11
imagens que fizemos nesse teste, perceber como a
textura do tecido é gravada em cada uma delas, e em
que momento ela começa a deixar de ser registrada,
e entender que sempre que desejarmos que uma
determinada área da nossa imagem caia na zona V,
por exemplo, ela será apresentada como no teste que
fizemos.
Sabendo o posicionamento das zonas no histogra-
ma, também teremos um total controle ao analisar o
histograma, sabemos, de acordo com a posição do
histograma, a exata tonalidade e nível de detalhes e
saturação de cada objeto da imagem.
Assim, estamos em uma paisagem com um belo céu
azul. Agora vc é quem manda, vc escolhe como quer
registrar esse céu, se quer que ele saia como um azul
profundo, coloque-o na zona 4! Mas se na mesma
A zona 0 é o preto absoluto, no digital se aproxima dos cena do céu também existe uma casa mais escu-
pixels com nível 0 de brilho, é o preto total na cópia. ra, colocar o céu na zona 4 pode fazer a casa ficar
subexposta, então, a partir de agora, vc terá que fazer
Todas as zonas na mesma imagem escolhas sábias, ponderando quem é mais importante
na sua imagem e quem pode ser sacrificado.
Agora, simulando uma imagem hipotética real, junta-
mos todas as 11 imagens em uma só, todas as curvas Obs.: Dependendo de algumas cameras com elevada
caem na mesma posição, assim podemos analisar elas latitude, as zonas baixas (0 e 1) podem apresentar
lado a lado: mais ou menos informação, por isso é importante o co-
nhecimento da própria câmera, para um total controle
dos registros.
Se quiser ir mais além, mande imprmir as imagens em
um bom fornecedor de impressão e faça esta análise
no papel. Se ainda quiser aumentar a precisão, pode
criar 21 imagens, com intervalos de 1/2 ponto, para ter
uma análise mais detalhada das texturas e posiciona-
mento das curvas.
Reconhecendo as zonas em uma imagem
Voltamos à imagem do casarão e seu histograma,
Simplificando, temos agora com as zonas marcadas
4
5.5
7.5
2
Reparem que o conjunto de curvas não é centralizado. 3
Isso nos mostra claramente uma maior tolerância da
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12. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
Repare que existe muito pouco na tonalidade média,
o que significa que usando medição pontual, teríamos
que compensar de alguma forma. A fotometria pontual
poderia ter sido feita de diversas maneiras:
1) medir no branco com +2.5EV (entre as zonas 7 e 8)
2) medir na região amarela clara com +0.5EV (entre as
zonas 5 e 6)
3) medir no céu azul com -1EV (zona 4)
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13. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
Fotometria prática Algumas situações práticas
Quando os tons médios são mais importantes
Escolhendo a referência Existem imagens onde os tons médios são os mais im-
portantes, muitas vezes dominantes na imagem. Este é
o caso onde muitas vezes o fotômetro da camera dará
uma sugestão bem próxima da exposição ideal. Deve-
mos usar como referência as tonalidades próximas à
Zona 5 (0EV).
Quando a latitude da cena é maior
Quando os tons claros são mais importantes
O histograma da imagem do parque é o histograma de
uma cena comum, porém a curva está no limite. Esta-
mos tanto perdendo detalhes nas baixas luzes quanto Neste caso, o céu e a parte branca do balão são
na iminência de um estouro nas altas luzes. consideradas áreas importantes para referência, pois
Se quisermos abrir um ponto pra puxar mais detalhe não queremos que eles atinjam a zona 8 (brancos sem
das escuras áreas de vegetação (o que deslocaria o textura). Uma maneira segura de fazer a fotometria
histograma como um todo para a direita), os brancos neste caso seria medir nos brancos claros do balão
vão estourar. com +2EV ou +2.5EV (entre as zonas 7 e 8). No caso
de não se ter o spot, o mais seguro seria colocar o céu
Então prefiro deixar assim, pois é mais prejudicial no na zona 5 (0EV), assim o branco do balão automatica-
caso desta imagem um estouro nas altas que a perda mente cairia entre as zonas 7 e 8.
de detalhe nas baixas. A fotometria é feita de escolhas
e sacrifícios. Mas conhecendo o histograma, nada impede que vc
faça uma foto, analise com cuidado o resultado e refa-
Existe diversas nameiras de se resolver este “proble- ça com base no resultado do gráfico.
ma” de falta de latitude, uma delas seria o uso de um
filtro ND graduado, que escureceria a imagem na pate
superior, mas por causa dos cisnes isso não se aplica
neste caso.
Digitalmente é muito fácil corrigir este problema, mas
aí saímos da fotografia e entramos em outro assunto,
podemos discutir isso em uma outra oportunidade.
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14. O Histograma e o Sistema de Zonas - Claudio J Rombauer
Quando os tons escuros são mais importantes Em cenas claras ou escuras, podemos compensar
toda a cena com medição ponderada ao centro e
compensando de 1EV a 3EV, dependendo do blilho ou
escuridão desejada. Como a variação de tons é baixa,
não existe a real necessidade de leitura pontual e as
leituras médias funcionam muito bem.
Em cenas médias de baixo contraste, leitura pontual,
parcial ou ponderada central tendem a fornecer o mes-
mo resultado, é uma cena das mais fáceis de acertar a
exposição.
Situações de alto contraste
Em cenas de alto contraste corremos sério risco de
perder detalhes, pois a latidude delas é quase sempre
maior que a do nosso equipamento, cabe aqui a nossa
decisão de quais tons devem ser preservados. Com a
ajuda do Sistema de Zonas saberemos analisar estes
tons na cena e teremos uma estimativa precisa do
resultado final.
Bibliografia e
Referências
Esta imagem da camera do Redivo, notavelmente
abaixo da média de tons, o meu maior compromisso Livros
foi o de preservar a textura do metal com a logo da
camera. Não me importei na perda de informação do Luz & Iluminação, Michael Freeman
fundo, aliás isto foi um objetivo, então me concentrei Understanding Exposure, Bryan Peterson
em registrar esta lateral como um cinza bem escuro
(zona 3 ou 4), não é preto, pois a camera possui várias On-camera Spotmetering - Bahman Farzad
partes em preto. O Negativo - Ansel Adams
Uma maneira simples de fazer esta fotometria é medir The Photographer’s Guide to Light - John Freeman
spot no fole e colocá-lo na zona 4 (-1EV), caso tenha
uma zoom e medição spot, pode medir a lateral da
logo, subexpondo 2 pontos (-2EV, zona 3). Websites
Outro método seria medir a cena com “center weighted Nelson Ricciardi
average”, que despreza a área em volda do sujeito, e http://www.ricciardi.eng.br/
baixar de 2 a 2.5 pontos (-2 ou -2.5EV), mas tem que The Luminous Landscape
ter bastante sensibilidade pra perceber que a média de http://www.luminous-landscape.com/
tons da camera está na zona 3!
Fotografia Brasil
Particularmente eu acho a medição pontual mais fácil,
mas existem fotógrafos renomados que nasceram e http://www.fotografiabrasil.com/
crasceram fotografando em câmeras que só tinham
ponderada central e não fotometram de outra maneira. Agradecimentos
Apesar de teoricamente ser um método mais fácil, pelo
contrário, exige experiência e sensibilidade. Aos fotógrafos Edson Redivo, Leo Terra, Marcelo
Estaky, pelas informações esclarecedoras que me
Situações de baixo contraste ajudaram muito nessa pesquisa.
Em situações de baixo contraste temos mais opções
de exposição. Como a latitude da cena é menor do que
o nosso equipamento pode registrar, temos uma faixa
de exposições “aceitáveis” pra trabalhar, podemos as-
sim optar por uma imagem mais clara ou mais escura.
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