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FICHA Nº1
1. Organiza cronologicamente as fases do império romano, com início na monarquia.
Regimes políticos que Roma conheceu:
• a Monarquia – desde 753 a. C. Fundação lendária da cidade.
• a República, - desde 509 a.C. Finais do séc. VI a 27 a.C.
• o Império - a partir de 27 a.C. a V d.C.
• Queda do império romano do ocidente. 476 d.C.
2. O que foram as guerras púnicas?
As rivalidades entre os cartagineses e os romanos resultaram nas Guerras Púnicas (de puni,
nome pelo qual os cartagineses eram conhecidos).
As Guerras Púnicas consistiram numa série de três conflitos que opuseram a República Romana e a
República de Cartago, cidade-estado fenícia, no período entre 264 a.C. e 146 a.C.. Depois de quase um
século de lutas, ao fim das Guerras Púnicas, Cartago foi totalmente destruída e Roma passou a dominar o
mar Mediterrâneo. As Guerras Púnicas desenvolveram-se em três etapas, durante o período de 264 a 146
a.C. Ao terminar a terceira e ultima fase das Guerras Púnicas, em 146 a.C., Cartago estava destruída.
Seus sobreviventes foram vendidos como escravos e o território cartaginês foi transformado em província
romana. Com a dominação completa da grande rival, Roma iniciou a expansão pelo Mediterrâneo oriental
(leste). Assim, nos dois séculos seguintes, foram conquistados os reinos helenísticos da Macedônia, da
Síria e do Egito. No final do século I a.C., o mediterrâneo havia se transformado em um “lago romano” ou,
como eles diziam, Mare Nostrum (“nosso mar”).
O adjetivo "púnico" deriva do nome dado aos cartagineses pelos romanos (Punici) (de Poenici, ou
seja, de ascendência fenícia).
Localizada no norte da África, por volta do século III a.C. Cartago dominava o comércio do
Mediterrâneo. Os ricos comerciantes cartagineses possuíam diversas colônias na Sardenha, Córsega e a
oeste da Sicília (ilhas ricas na produção de cereais), no sul de península Ibérica (onde exploravam
minérios como a prata) e em toda costa setentrional da África.
Causas
As Guerras Púnicas tiveram como causa a rivalidade entre Roma e Cartago, pela hegemonia
econômica, política e militar na Sicília e depois em todo o Mediterrâneo ocidental, importante meio de
transporte de mercadorias naquela época.
Quando Roma anexou os portos do sul da península Itálica, os interesses de Nápoles e Tarento
(atual Taranto) (colônias gregas rivais de Cartago, na Magna Grécia) tornaram-se interesses romanos, a
guerra passou a ser inevitável. Era quase certo que Roma, como líder dos gregos ocidentais, iria intervir na
luta secular entre sicilianos e cartagineses.
As forças das duas potências eram bastante equilibradas, pois o poderio de ambas era sustentado
por uma comunidade de cidadãos e um poderoso exército, fortalecido por aliados em caso de guerra.
As hostilidades
A maior parte da Sicília era habitada por vários cartagineses, em luta constante com as colônias
gregas da Magna Grécia. Os romanos intervieram e uma de suas legiões, com o apoio de Siracusa,
ocupou a cidade de Messina. Os cartagineses declararam guerra a Roma.
O general cartaginês Amílcar conquistou o sul da península Ibérica. Dali, seu filho Aníbal, em 218
a.C., desencadeou a Segunda Guerra Púnica. Partindo da península Ibérica, atravessou os Alpes e
chegou à península Itálica. Venceu os romanos em várias batalhas, mas não marchou sobre Roma.
Isso possibilitou aos romanos a conquista da península Ibérica, a destruição de sua base logística e
o desembarque na África, levando a guerra ao solo cartaginês. Aníbal, obrigado a retornar a Cartago, foi
derrotado por Cipião Africano, em 202 a.C., na batalha de Zama.
Severa foi a pena imposta a Cartago, que teve de pagar pesados impostos e também ficou proibida
de fazer guerra a outros povos sem ordens do senado romano. Em Roma, o senador Catão iniciava
intensa campanha contra Cartago. Todos os seus discursos terminavam com a frase: "Cartago precisa ser
destruída" (delenda est Carthago).
Usado o pretexto que Cartago desobedecera a Roma, em 146 a.C., Cipião Emiliano, com suas
forças, arrasou totalmente a cidade, queimando-a e colocando sal pelo solo, "para que ali nada mais
crescesse".
As três guerras
 A Primeira Guerra Púnica foi principalmente uma guerra naval que se desenrolou de 264 a.C. até
241 a.C.. Iniciou-se com a intervenção romana em Messina, colônia de Cartago situada na Sicília. O
conflito trouxe uma novidade para os romanos: o combate no mar. Com hábeis marinheiros, Cartago era a
principal potência marítima do período. Os romanos só conquistaram a vitória após copiar, com a ajuda
dos gregos, os barcos inimigos. Roma conquistou a Sicília, Córsega e a Sardenha.2
 A Segunda Guerra Púnica ficou famosa pela travessia dos Alpes, efetuada por Aníbal Barca, e
desenrolou-se de 218 a.C. até a.C. Desenvolveu-se quase toda em território romano. Liderados por Aníbal,
os cartagineses conquistaram várias vitórias. O quadro só se reverteu com a decisão romana de atacar
Cartago. Aníbal viu-se então obrigado a recuar para defender sua cidade e acabou derrotado na Batalha
de Zama. Roma assumiu o controlo da península Ibérica.
 A Terceira Guerra Púnica, que se desenrolou de 149 a.C. a 146 a.C.. Roma foi implacável com o
inimigo. Sob a liderança de Cipião Emiliano Africano atacou e destruiu completamente a cidade de
Cartago, escravizando os sobreviventes. A cidade foi incendiada e suas terras cobertas com sal para que
nada mais produzissem. Com isso completou-se o ciclo de batalhas que deu grande parte do mar
Mediterrâneo aos romanos.
Consequências das guerras púnicas
Roma passou a dominar todo o comércio do Mediterrâneo Ocidental e a partir daí iniciou suas
conquistas territoriais com as quais dominou todo o Mediterrâneo e grande parte da Europa.
 Com o crescimento do comércio, surgiu uma nova classe social denominada homens novos/
cavalheiros/ comerciantes (plebeus e patrícios então falidos).
 Surgiu em Roma um grave problema social, pois as conquistas aumentaram muito o número de
escravos, o que gerou um grande desemprego na plebe.
 Concorrência dos produtos importados das novas províncias, fazendo entrar em crise a agricultura
italiana (falência dos pequenos proprietários italianos) - os pequenos e médios proprietários foram
obrigados a vender suas propriedades para os latifundiários e para o Estado (Ager publicus).
3. Em que século é que o império romano atingiu o seu apogeu?
Roma atingiu seu apogeu, durante o Alto Império, devido ao desenvolvimento sem precedentes do
modo de produção escravista e às conquistas territoriais, alcançando riqueza e poder como nenhuma outra
civilização (o Alto Império (século I a.C. a III d.C.). .
3.1. Quem era o imperador?
Otávio Augusto, o primeiro imperador (27 a.C. a 14 d.C.), preocupou-se com as obras públicas,
sendo dessa época muitas das magníficas construções, cujas ruínas podem ser vistas hoje em Roma.
Para cuidar de sua segurança, criou-se a Guarda Pretoriana; cuja principal função era defender o
imperador e vigiar a capital. Ao mesmo tempo, Otávio Augusto, distribuía trigo à população e organizava
sistematicamente grandes espetáculos públicos de circo, a chamada política do pão e circo, aumentando
muito a sua popularidade.
Durante o governo de Otávio, nasceu Jesus Cristo, que viria a originar uma nova religião - o
cristianismo.
Com a morte de Otávio, o Alto Império passou por diversas dinastias: de 14 a 68, a dinastia Júlio-
Claudiana, seguida pela dos Flávios, que durou até 96, vindo em seguida a dos Antoninos, que
governaram até 192. A última dinastia foi a dos Severos, que estiveram no poder de 193 a 235.
Os sucessores de Augusto desestruturaram o governo, minando o modo de produção escravista,
fator de riqueza para o Império, além de favorecerem o descontrole político com as constantes intrigas
palacianas, as crises sucessórias e a imoralidade em nível pessoal e administrativo. Essa situação se
agravou com os Imperadores Tibério (14-37), Calígula (37-41) e Nero (54-68).
Com a dinastia dos Antoninos, Roma voltou a ter relativa estabilidade e prosperidade, pois a habilidade
administrativa dos imperadores Trajano e Marco Aurélio amenizou temporariamente as dificuldades do
Império. Durante o governo de Trajano, o Império atingiu sua maior extensão territorial, e com Marco
Aurélio, um enorme reerguimento cultural.
4. A partir de que séc. é que o império romano começou a dar indícios de decadência?
Gradual declínio, durante os séculos III, IV e V, contribuiu enormemente para a queda do império
Em geral, a expressão queda do Império Romano refere-se ao fim do Império Romano do Ocidente,
ocorrido em 476 d.C., com a tomada de Roma pelos hérulos, uma vez que a parte oriental do Império, que
posteriormente os historiadores denominariam Império Bizantino, continuou a existir por quase mil anos,
até 1453, quando ocorreu a Queda de Constantinopla. A queda do Império Romano do Ocidente foi
causada por uma série de fatores, entre os quais as invasões bárbaras que causaram a derrubada final do
Estado.
O Baixo-império foi marcado pela decadência, pelas grandes crises e pela anarquia, devidas
principalmente à interrupção das conquistas, o que arruinou a economia imperial, baseada no trabalho
escravo e na exploração de províncias. Escasseando os tributos impostos aos vencidos, Roma caminhou
para o progressivo esgotamento econômico. Entre os imperadores do Baixo Império estão Diocleciano
(284-305), Constantino (313-337) e Teodósio (378-395). Esse último oficializou o cristianismo e dividiu o
Império Romano em dois: Império do Oriente e Império do Ocidente. Ao final do seu governo, os povos
bárbaros conseguiram se infiltrar por todo o Império, o que culminou nas invasões e na queda definitiva do
Império Ocidental, em 476, quando a tribo dos hérulos, chefiada por Odoacro, derrubou o último imperador
romano, Rômulo Augusto.
5. Quando é que o império romano se dividiu em ocidental e oriental.
Império Bizantino. Vários eventos do século IV ao século VI marcaram o período de transição
durante o qual a metade oriental e ocidental do Império Romano, se dividiram. Em 285, o imperador
Diocleciano (r. 284 –305) dividiu a administração imperial em duas metades. Entre 324 e 330, Constantino
(r. 306 –337) transferiu a capital principal de Roma para Bizâncio, conhecida mais tarde como
Constantinopla ("Cidade de Constantino") e Nova Roma. Sob Teodósio I (r. 379 – 395), o cristianismo
tornou-se a religião oficial do império e, com sua morte, o Estado romano dividiu-se definitivamente em
duas metades, cada qual controlado por um de seus filhos. E finalmente, sob o reinado de Heráclio (r. 610
– 641), a administração e as forças armadas do império foram reestruturadas e o grego foi adotado em
lugar do latim. Em suma, Bizâncio se distingue da Roma Antiga na medida em que foi orientado para a
cultura grega em vez da latina e caracterizou-se pelo cristianismo ortodoxo em lugar do politeísmo romano.
5.1. Quando é que o império ocidental caiu às mãos dos bárbaros?
As invasões dos bárbaros: inicialmente, eles penetraram no território do exército. No século IV,
grupos armados de bárbaros foram vencendo os romanos, até derrotá-los definitivamente em 476.
O séculoV marcou a decadência definitiva da parte ocidental do Império. Entre os fatores que provocaram a
queda de Roma, podem ser citados: a deterioração da economia da Itália, as lutas internas, a fuga de
capitais para o Oriente, a corrupção administrativa e, para dar o golpe de morte, a invasão dos bárbaros.
Em 476, quando era imperador Rômulo Augusto, a capital do Império Romano do Ocidente caiu nas mãos
dos bárbaros, chefiados por Odoacro.
O Império Romano do Ocidente chegou ao fim com as invasões bárbaras. Em 476, os hérulos (povo
bárbaro) chefiados por Odoacro, invadiram Roma e depuseram o último imperador do Ocidente, Rômulo
Augústulo. A queda do Império Romano do Ocidente marcou o fim da Antiguidade e o início da Idade
Média.
O Império Romano do Oriente durou ainda quase mil anos, até 1453, quando Constantinopla foi
tomada pelos turcos otomanos. Esse fato marcou o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.
6. Enumera algumas das características que permitiram ao império romano expandir-se
e manter-se ao longo vários séculos.
Poder centralizado, divino e autocrático dos seus imperadores; Modernidade das leis; Raiz do
direito ocidental; Pela língua (latim) e pela organização e disciplina militar das legiões romanas que
conquistaram um vasto território.
7. Refere duas construções características das cidades romanas.
Os romanos notabilizaram-se como pioneiros na engenharia e construção de sofisticadas
infraestruturas como canalizações, aquedutos, estradas e pontes. As obras estenderam-se por todo o
império, cujo sucesso se deveu em grande parte à extensa rede viária. Além do saneamento básico, as
infraestruturas incluíam equipamentos como termas, fóruns, teatros, anfiteatros e monumentos.
A invenção do concreto (betão) como material de construção foi uma importante evolução no Império
Romano, quando se descobriu as pozolanas, cinzas vulcânicas nas imediações do Vesúvio que finamente
trituradas e misturadas com cal produziam uma argamassa resistente e duradoura. Descobertas as suas
propriedades aglomerantes, os romanos fizeram uso alargado das pozolanas, utilizando-as na feitura do
opus coementicium (uma argamassa criada pela mistura de pozolanas com cal (tipicamente na proporção
de 2:1) imediatamente antes da adição de água. Esta argamassa constitui um ligante suficientemente
poderoso para construir grandes estruturas, como pontes, cúpulas e vigas longas, com a particularidade de
ganhar presas mesmo quando submersa. Exemplos da sua utilização são a cúpula do Panteão de Roma e
os molhes do porto romano de Cosa. A utilização das argamassas pozolânicas perdeu-se com a
desagregação do Império Romano, mas foi retomada a partir do Renascimento. Aquedutos construídos por
todo o império abasteciam as explorações agrícolas e as cidades com água potável. O escoamento era
geralmente com superfície livre, apresentando uma inclinação mínima para que a água pudesse correr, e
eram edificados em alvenaria. O atravessamento de vales era feito sobre estruturas em arcaria. Contavam
ainda com a ajuda de bombas hidráulicas.
As águas residuais eram recolhidas numa sofisticada rede de esgotos, de que é exemplo a cloaca
Máxima, em Roma, uma das mais antigas redes de esgotos do mundo, construída em Roma nos finais do
século VI a.C., iniciada por Tarquínio Prisco, que usufruía da experiência desenvolvida pela engenharia
etrusca para drenar os esgotos para o rio Tibre. O funcionamento da cloaca Máxima e outras redes de
esgotos romanas, como a de Eboraco (atual cidade inglesa Iorque) prosseguiu durante bastante tempo
após a queda do Império Romano.
O desenvolvimento dos aquedutos facilitou construção generalizada de termas (as thermae) e
bálneos (balneae) no império. Estes locais destinados aos banhos públicos asseguravam a higiene
corporal e a hidroterapia. As mais antigas termas romanas conhecidas datam do século V a.C. em Delos e
Olímpia, embora as mais conhecidas sejam as termas de Caracala. Homens e mulheres tomavam banhos
diariamente (à tarde depois do trabalho), costume relacionado a assimilação do culto à deusa grega Hígia
(equivalente romana: Salus) e Panaceia, filhas de Esculápio, deusas da saúde e limpeza, como a
recomendações da medicina hipocrática continuada pelos romanos.
8. O que quer dizer a expressão: "Mare Nostrum"?
A expressão "mare nostrum" significa "o nosso mar". Os romanos apelidavam assim o Mar
Mediterrâneo por três razões:
-Vencendo os cartagineses, os romanos ficaram a dominar e a controlar todo o comércio que se fazia
pelo Mediterrâneo;
- Em seguida, a edificação de um grande Império, entre 264 a.C e 117 a.C., cujos limites
compreendiam as margens deste mar, aumentaram ainda mais o domínio do povo romano sobre o
Mediterrâneo;
- Finalmente, quem quisesse navegar pelo mar Mediterrâneo, tinha de pedir autorização aos
romanos, sendo esta outra prova do domínio sobre o mesmo.
Assim se compreende que o povo romano se considerasse senhor do Mar Mediterrâneo e lhe
chamasse "mare nostrum".
9. O que quer dizer a expressão: "Todos os caminhos vão dar a Roma"?
Esta expressão idiomática, hoje traduzida para várias línguas e utilizada em todo o mundo, teve a
sua origem na Roma Antiga. Roma era o centro de um vasto Império, era a capital e a cidade mais
importante da época. Mas alimentar Roma e satisfazer as suas sofisticadas necessidades não era fácil,
requerendo que os produtos fossem trazidos de todos os cantos do Império. Uma das principais
prioridades era construir estradas, que não só permitissem o transporte de mercadorias por todo o Império,
mas também o transporte eficaz de tropas e os mantimentos necessários para manter essas Legiões tão
exigentes. Como podem imaginar, esta grande rede de estradas tinha de ligar as diversas províncias a
Roma, destino de maior parte das mercadorias. Isto levou à expressão em latim: ”Omnes viae Roman
ducunt”, que significa "todos os caminhos vão dar a Roma".
FICHA Nº2
1. O que era e que importância tinha o senado para a vida política de Roma?
O senado foi a mais velha instituição do Estado Romano, tendo existido desde a monarquia até
finais do Império. Foi durante a Republica que o Senado atingiu a sua máxima importância. No tempo de
Júlio Cesar, o Senado era composto por 900 elementos.
O Senado era uma assembleia de notáveis - o conselho dos patres, ou chefes das gentes patrícias -
que provinha já dos tempos da realeza romana. Rigorosamente hierarquizado, representava o poder
fundamental da República (509 a. C.-27 a. C.), que diminuiu bastante depois da implantação do Império
(27 a. C.-476 d. C.), quando passou a ser quase como a "oposição republicana", sendo os seus titulares
muitas vezes alvos a abater ou a enviar para o exílio por parte de imperadores mais hostis à instituição. O
Senado nunca alinhou com a "democratização" na República ou com as ambições monárquicas, apoiando
Pompeu contra César, "apoiou" com reservas e hesitações Otaviano (futuro imperador Octávio César
Augusto), aliado pouco convicto dos primeiros imperadores, até que se tornou mesmo um centro de revolta
contra Nero e a sua governação. A origem dos senadores (vitalícios) provém da sua riqueza e estatuto
social, sendo assegurado pelos censores. No início, o recrutamento era feito entre os patrícios, nobres de
linhagem antiga e tradicional em Roma; depois de 400 a. C., passou a ser possível os plebeus, antigos
magistrados curuis (patres conscriptii) integrarem o Senado, que começou com Júlio César (49-44 a. C.) a
receber também elementos oriundos das províncias. Na origem, o Senado tinha 100 membros, 600 na
época de Sila (82-79 a. C.), 900 com Júlio César e 300 na parte final do Império. A aristocracia senatorial
foi sempre a classe social mais elevada do estado romano, mesmo nos últimos tempos do Império. O
primeiro dos senadores com o nome a constar na listagem elaborada pelos censores (o album senatus,
elaborado de cinco em cinco anos) era designado por princeps senatus (patrício e geralmente um antigo
censor), título que pertenceu a Octávio (Augusto) e que depois esteve na base do nome do Principado. No
entanto, o Império foi funesto com o Senado, afastando-o gradualmente da administração dos assuntos e
questões de Roma, diminuindo a sua importância enquanto assembleia política. O conflito entre o Senado
e os imperadores e as transformações súbitas das funções e da estrutura do Senado estão entre os
processos melhor documentados da história da primeira parte do Império.
2. Que funções eram inerentes ao senado?
No Senado utilizava-se a arma de persuasão apelidada de Retorica (arte de bem falar) que era um
fator de sucesso na condução das discussões e nas votações.
Aparentemente, o Senado não detinha grandes poderes e até não se podia reunir por sua iniciativa,
por exemplo; era consultivo, não legislativo, mas o seu poder era o supremo em Roma, portador da
auctoritas religiosa (detinha também o poder religioso), por exemplo, ou instituição máxima em termos
financeiros, para além de controlar a política externa de Roma. Apesar das convulsões com os
imperadores, o Senado, omnipotente como dizia Políbio, não perdeu nunca os pergaminhos de classe ou
ordem senatorial, de "fina flor" da sociedade romana, com participação no governo, variável claro. A sua
participação nos assuntos internos de Roma nem sempre foi meritória, recorde-se, ou isenta de falhas
graves e trágicas até, mas a esta instituição deve Roma o brilho do seu poder, de civilização baseada em
instituições sólidas e operantes, entre muitas vitórias fulcrais ou às primeiras formas de organização
provincial
3. Em que consistia a superioridade das leis romanas?
Na racionalidade e na lucidez dos princípios gerais que enunciavam;
No pragmatismo e na experiência que colocavam na análise das situações do quotidiano;
A sua capacidade de adequar a teoria à prática e daí retirar benefícios;
Na complexidade das situações que contemplavam e que eram vividas a todos os níveis (direito
público e direito privado), nas várias regiões do império.
A justiça, equidade e imparcialidade na aplicação.
4. O que eram os cursus hunorum?
O cursus honorum (latim: curso honorífico ou caminho das honras) designava o percurso sequencial
das magistraturas romanas exercidas pelos aspirantes a políticos tanto durante a República Romana como
nos dois primeiros séculos do Império Romano. A série de cargos políticos que culminavam ao consulado.
Foi originalmente criado para os homens da ordem senatorial. Durante o Alto Império, sendo os cidadãos
divididos em três classes (a ordem senatorial, equestre e plebeia), cujos membros de cada classe
poderiam exercer uma carreira política distinta (cursus honorum). A magistratura tradicional só era
acessível aos cidadãos da ordem senatorial. Os magistrados que resistiram ao fim da República foram,
pelo grau de importância no cursus honorum: o Cônsul, o Pretor, o Tribuno da plebe, o Edil, o Questor e o
Tribuno militar.
5. Que fator se tornou fundamental para a unificação dos vários povos do império?
6. Qual a importância da Lei Romana para o império?
7. Que importância teve o latim para o império?
O latim, língua oficial do Império Romano, foi a pedra basilar para a edificação do que seriam as
línguas românicas, ocorrendo esta evolução linguística sobretudo a partir da Idade Média. Difundido
sobretudo entre os séculos VI e XIV, era utilizado maioritariamente pelos estratos mais cultos da
sociedade, como o clero (são exemplos a Cúria Romana e a liturgia da Igreja Católica) e as chancelarias
régias. Tal deve-se ao facto de a debilitação e término do Império Romano ter abalado a unidade
linguística até então existente e começarem a sobrepor-se progressivamente as línguas e dialetos
autóctones ou proto-românicos. Contudo, e dada a importância e a preponderância incontestáveis do latim
até esta data, todas as chamadas línguas românicas se basearam na estrutura e na semântica latinas.
Note-se que o latim falado no mundo romano se diferenciava de região para região e era intitulado de latim
"vulgar" ou sermo vulgaris, pois era também influenciado pelos dialetos pré-existentes, que finalmente se
sobrepuseram com marcas evidentes do latim por volta do século IX fazendo emergir as chamadas línguas
românicas. Cerca do século VIII, Carlos Magno fez uma tentativa de ressuscitar a essência do Império
Romano, tendo-se dado, portanto, extrema importância ao latim. Alcuíno de Iorque, originário de Inglaterra,
e Paolo Diacono, italiano, foram algumas das mais relevantes personalidades que colaboraram no
processo de reconstituição cultural levado a cabo durante o Império Carolíngio, que contudo não travou o
crescimento e uso das línguas românicas. Em Portugal, foi no ano de 1296 que o latim deixou de ser a
língua oficial, tomando o português o seu lugar.
Foi também na época medieval que se assistiu ao surgimento de um latim convencionado para o
ensino nas recém-criadas universidades, ao qual se deu o nome de latim "escolástico". Esta era a única
língua escrita e falada nestas instituições, na qual se inseriram novas palavras e expressões adequadas
aos conceitos também novos que as mais diversas ciências tinham elaborado à medida que progrediam.
Com o advento do Humanismo e do interesse pela cultura das civilizações clássicas em Itália, no século
XIV, surge também o estudo da filologia clássica, na qual se destacaram nomes como Coluccio Salutati,
Lorenzo Valla, Petrarca e Marsilio Ficino.
8. O que era o latim do limes -
O latim do limes é um latim adulterado, uma espécie de vulgata do latim erudito, este cada vez
mais restrito a uma pequena elite de sábios puristas, e só verdadeiramente encontrado na sua versão
escrita.
FICHA Nº3
1. O ócio foi fator preponderante para o desenvolvimento dos jogos no coliseu e no
circo máximo. Que tipo de diversão era comumente aceite pela plebe?
Plebeus: Em geral, eram pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos. Constituíam a
maioria da população e não tinham direitos políticos.
2. Os patrícios tinham apreço pelo mesmo tipo de diversões? Explica.
Patrícios ou nobres: Descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de Roma. Eram
grandes proprietários de terra e de gado.
A Pax Romana e a prosperidade económica alteraram os hábitos do povo romano, permitindo
o usufruto do ócio.
As classes privilegiadas participavam em banquetes privados, acompanhados de música, dança e
recitação. Um ritual social muito apreciado era a ida às termas e, como divertimentos públicos, também o
eram os jogos, as corridas de cavalos, as grandes procissões (na origem das representações teatrais) e os
combates. Os anfiteatros foram as construções mais populares da arquitetura romana ao serviço do ócio,
embora os teatros, as termas e os estádios/hipódromos constituíssem, igualmente, exemplos de tipologias
arquitetónicas ligadas aos tempos livres.
- Divertimentos (exemplos):
• Jogos;
• Corridas de cavalos que, em Roma, se faziam, preferencialmente, no grande circo (Circo Máximo);
• Grandes procissões (na génese das representações teatrais);
• Banhos, nas termas, local de encontro e convívio social;
• Combates públicos nos anfiteatros;
• Banquetes privados, acompanhados de música, dança e recitação.
Tipologias arquitetónicas (exemplos):
• Anfiteatros de vários andares, com planta circular ou elíptica, sem cobertura, com galerias sob as
bancadas e a arena;
• Estádios/hipódromos, em torno de pistas fechadas, onde tinham lugar as apreciadas corridas de
quadrigas;
• Teatros, baseados no modelo grego;
• Termas, contendo piscinas de água fria e quente, saunas, ginásio (e mesmo outros espaços
funcionais: biblioteca, salas de reuniões, estádios, hipódromos, teatros e lojas).
3. Qual era o perfil político de Octávio?
Era segundo os seus biógrafos, um jovem tímido, frágil, modesto e sem presença física, sem gosto nem
jeito para a carreira militar. No entanto, revelou-se um homem hábil, de grande eficácia e competência
políticas. Com diplomacia e prudência, soube conquistar apoios, afastando os seus rivais e tornando-se
indispensável para o Senado e para o povo romano, que o cumularam de poderes, tornando – se a
primeira figura do Estado romano.
4. Enumera algumas das realizações do imperador Octávio, fundamentais para a criação
da paz romana.
- No plano militar: restabeleceu a ordem e a disciplina após um período de anarquia, prosseguiu as
conquistas e pacificou as províncias;
- No plano político: empreendeu a reforma do aparelho administrativo, reforçando os poderes do
imperador e reduzindo os poderes do Senado;
- No plano religioso: procurou restabelecer a religião tradicional romana, ligando-a ao culto imperador.
Como Pontifex Maximus interpretou a vontade dos deuses;
- No plano social: apaziguou as lutas sociais, reordenando a população com base na igualdade (teórica);
- No plano cultural: usou a prosperidade económica para proteger as artes e os artistas (mecenato).
Impondo assim a paz Romana
5. Que alterações permitiram o incêndio de Roma realizar na cidade?
Em termos urbanísticos, um aspeto de mudança nas construções do Império Romano foi o incêndio
de Roma, em 64 d.C., que durou nove dias. Serviu para a reorganização urbanística: Após o desastre, o
imperador Nero promulgou um plano de reconstrução para tornar a arquitetura mais sólida. Ele ordenou
que as construções fossem feitas com concreto, e não mais com barro e madeira. O imperador também
determinou a construção de pórticos ao longo das ruas para proteger as fachadas. O fogo serviu como
uma mudança nos traços arquitetónicos da cidade: as ruas passaram a ser mais largas, a altura dos
prédios foi limitada e o uso da madeira foi reduzido.
FICHA º4
1. Comenta a afirmação “ As realizações de engenharia e arquitetura demonstravam o
génio invertido e o sentido prático de Roma”
A arquitetura de Roma ocupou-se, com a resolução dos aspetos práticos e técnicas da arte de
construir, com soluções criativas e inovadoras, caraterizando-se pela utilidade, grandeza, solidez, força e
poder. O uso de sistemas construtivos, permitiram-lhes executar abobadas, cúpulas e arcadas que
possibilitavam ampliar os espaços internos. Aos Romanos possuíram técnicas de terraplanagem,
inventaram cimbres e cofragens (armações em madeira para moldar arcos, abobadas e cúpulas). Usaram
colunas, frontões e criaram as ordens toscanas e compósitas mais elegantes que as herdadas dos gregos.
O génio inventivo e o sentido prático fizeram da sua arquitetura a arte perfeita da antiguidade.
2. Qual foi a importância das obras públicas para a consolidação do Império romano?
Na construção das obras públicas puderam-se resolver os aspetos práticos e técnicos da arte às
necessidades demográficas, económicas, politicam e culturais da Roma e do império romano
3. Analisa as características dos templos romanos.
Os templos romanos são obras de arquitetura criadas durante o Imperio Romano e são associados
ao paganismo da religião da Roma antiga. Eram comuns, apesar de conterem plantas, dimensões e
materiais. Erguiam-se sobre pódios e possuíam carater frontal. Localizavam-se no terreno pelos pontos
cardeais, segundo o eixo axial. Como decoração, maioria não tinha peristilo e eram falsamente perípteros,
sendo as colunas laterais as paredes exteriores.
4. Que elementos podem referir no que respeita à arquitetura comemorativa?
Arco do Triunfo- era feito para homenagear e simbolizar a vitória do exército Romano. Eram feitos de
madeiras e possuíam as campanhas militares esculpidas nos baixos-relevos, alem dos despojos dos
vencidos.
4.1. Qual a função a arquitetura comemorativa?
A função dessa arquitetura era feita para ser de homenagem a vitoria do exercito romano.
5. Que elementos de diversão são de referir, no que respeita à arquitetura romana?
Os anfiteatros foram as construções de lazer mais populares entre os romanos. Os teatros eram
semelhantes aos anfiteatros na forma e na decoração, mas de menor dimensão. Era feito especialmente
para fazer combates entre gladiadores ou entre gladiadores e feras. Circo Máximo era o lugar de
entretenimento, era uma arena utilizada para jogos e diversões.
5.1. Que funções eram inerentes ao coliseu?
As funções do coliseu eram: utilização como palco de lutas de gladiadores, espetáculos com feras.
Originalmente capaz de suportar perto de 50000 pessoas.
6. As termas e as basílicas eram edifícios basilares da sociedade romana. Que funções
desempenhavam?
Comércio e civismo: Basílica - A princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a
basílica servia para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo,
passou a designar uma igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma característica inconfundível:
a planta retangular, (de quatro a cinco mil metros) divididas em naves cobertas com abobadas de arestas,
cupulas e semi cupulas combinando entablamentos e colunas a maneira grega com arcadas a aneira
romana. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi concluída no Império de
Otávio Augusto.
Higiene: Termas - Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o centro social de
Roma. As mais famosas são as termas de Caracala que, além de casas de banho, eram centro de
reuniões sociais e esportes.
7. Que ordens gregas eram usadas na arquitetura romana?
As ordens arquitetónicas gregas usadas na arquitetura romana foram: a Dórica a Jónica e
a Coríntia.
7.1. Que funções desempenhavam nos edifícios romanos?
As funções eram apenas decorativas.
7.2. Caracteriza as duas ordens criadas pelos romanos.
As duas ordens criadas pelos romanos foram a Toscana e a Compósita. Prova de que os
romanos conseguiram imprimir suas próprias características na arquitetura é a criação das ordens toscana
e compósita. A primeira tem inspiração no estilo dórico, porém mais simplificado. Proporções robustas,
decoração sóbria com aspetos maciços e pesados.
A segunda busca a referência no coríntio e no jônico. Proporções belas com decoração ligada a elementos
vegetalistas. O império absorveu características regionais e as fundiu em um padrão comum estabelecido
pela cidade de Roma
8. A análise da arquitetura particular é importante para aferirmos o modo de vida nas
cidades romanas.
As topologias usadas nas habitações romanas eram. A domus, a insulae, as villae. A domus era a
casa de família, era geralmente baixa, de um piso por vezes dois, tinha um telhado ligeiramente inclinado
para o interior, coberto com telhas de cerâmicas, não tinha abertura para o exterior senão a porta principal.
As villae tinham em médias três a quatro andares, algumas chegaram a atingir oitos andares. O rés
do chão normalmente recuado era destinado ao comércio feito em lojas abertas para a rua. As insulae
eram constituídas em materiais mais pobres: tijolos, madeira e taipas.
9. Que materiais eram mais usados na arquitetura romana?
Na sua execução os Romanos usaram materiais tradicionais - pedra, mármore, tijolo e
madeira - e, outros, mais económicos e fáceis de trabalhar, o que lhes permitiu maior plasticidade e
variedade de formas. Para estas características contribuíram os diversos tipos de opus, sendo o mais
importante o opus caementicium, espécie de pozolana, semelhante ao atual betão. A sua utilização, a
partir do século IV a. C., permitiu maior rapidez na construção, estruturas mais complexas, maior amplitude
de espaço e paredes curvas.
10. Enumera as características nucleares da arquitetura romana.
As características nucleares da arquitetura romana são:
-solidez nas construçoes;
-uso do arco nas construções;
-uso da abobada( construçao em arcos9;
-construçoes sobrias, funcionais e luxuosas.
As construção eram de cinco espécies, de acordo com as funções:
1) Religião: Templos
Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o templo de Júpiter Stater, o de Saturno, o da
Concórdia e o de César. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano foi
planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano,
com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do exterior onde o povo se reunia
para o culto.
2) Comércio e civismo: Basílica
A princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica servia para reuniões da bolsa,
para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo, passou a designar uma igreja com
certos privilégios. A basílica apresenta uma característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a
cinco mil metros) dividida em várias colunatas. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio
César, foi concluída no Império de Otávio Augusto.
3) Higiene: Termas
Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o centro social de Roma. As mais
famosas são as termas de Caracala que, além de casas de banho, eram centro de reuniões sociais e
esportes.
4) Divertimentos:
a) Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos jogos
praticados temos: jogos circenses- corridas de carros; ginásios - incluídos neles o pugilato; jogos de Tróia -
aquele em que havia torneios a cavalo; jogos de escravos - executados por cavaleiros conduzidos por
escravos; Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo ano 264 a.C.
Dos circos romanos, o mais célebre é o "Circus Maximus".
b) Teatro: imitado do teatro grego. O principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários versáteis, giratórios e
retiráveis.
c) Anfiteatro: o povo romano apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunham um
espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo. Pois a palavra anfiteatro significa teatro de um e
de outro lado. Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o
edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três andares com as ordens
de colunas gregas (de baixo para cima: ordem dórica, ordem jônica e ordem coríntia). Essas colunas, na
verdade eram meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das arcadas. Portanto, não tinham a função
de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse anfiteatro de enormes proporções chegava
a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de 5.000 em pé.
5) Monumentos decorativos
a) Arco de Triunfo: pórtico monumental feito em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos. O
mais famoso deles é o arco de Tito, todo em mármore, construído no Forum Romano para comemorar a
tomada de Jerusalém.
b) Coluna Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso em espiral que
possui a narrativa histórica dos feitos do Imperador em baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do
Senado paracomemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os partos.
6) Moradia: Casa. Era construída ao redor de um pátio chamada Atrio.
11. De que forma é que os acampamentos militares foram fundamentais para definição
urbanística das cidades do império romano?
- Traçado em retícula (rede ortogonal) das ruas e dos quarteirões;
- Articulação da cidade a partir do traçado das vias principais – o cardo (com a direção norte-sul) e o
decúmano (com a direção nascente-poente) –, que se cruzam em ângulo reto;
- O fórum, centro nevrálgico da vida urbana, situado perto do cruzamento dos dois eixos de
circulação;
- Localização de termas e anfiteatros na periferia da cidade
11.1. O que eram o cardo e o decumano?
O Cardo planta da família das compostas, praga na lavoura:
Decumano- era uma rua ou via, orientada este-oeste nas povoações romanas, castra (acampamento
militar),ou colonia. Quando havia mais que uma via orientada no mesmo sentido, uma delas a mais
importante, passava a ser designada por decumanus Maximus.
12. Que funções desempenhavam o fórum, nas cidades romanas?
O Fórum era o centro Político, o centro religioso e o centro económico das urber romanas.
Desempenhava o mesmo papel que o Ágora desempenhava na Grécia.
12.1. Que tipos de edifícios é que lá se encontravam? Caracteriza as tipologias usadas nas
habitações romanas.
Era constituído por uma área destinada as reuniões ao ar livre – uma praça pública – rodeada de
por edifícios e colunatas. Entre as suas principais construções contavam – se:
- a Cúria – local de reunião do Senado;
- a Basílica – tribunal público e local de reuniões políticas e de negócio;
- o Templo – local de culto aos Deuses e ao Imperador;
- o Arco de Triunfo e a Coluna Honorífica.
FICHA Nº5
1. Que influências são possíveis referir na escultura romana?
As influências que são possíveis de referir na escultura romana são as das raízes na arte etrusca
(retratos de sarcófagos) e da arte grega (período clássico e helenístico) tradição patrícia (imagens
Maiorum).
2. Que período da arte grega foi particularmente do agrado dos romanos?
Porquê?
O Período da Arte Grega que mais agradou aos Romanos foi o Período Helenístico.
Porque os Romanos preferiam o realismo emocional da representação à perfeição clássica, muito
mais de acordo com a sua vontade de representar a realidade.
3. Observando a escultura romana, particularmente os bustos a partir de meados do séc.
I, o que podes dizer sobre o gosto ou a preferências dominantes.
4. Identifica a tipologia da escultura romana. Procura no manual e exemplifica com
obras.
A Tipologia da Escultura Romana pode – se classificar da seguinte maneira: Bustos; Estátuas;
Estátuas equestres;Relevos (moedas, frisos, sarcófagos, altares da paz, arcos de triunfo e colunas
comemorativas).
5. Que funções são inerentes à escultura romana?
A escultura romana tinha funções: ornamentais, documentais, narrativas, serviam de celebração
e comemoração da vida romana.
6. É possível falarmos em fases ou períodos com características diferentes da escultura
romana? Se sim, o que é que as distingue?
-Realismo;
-Representação da personalidade (caracter, honra e glória);
-Pragmatismo;
-Representação exata do modelo,
Retrato psicológico (acentuação das características fisionómicas).
7. Que implicação teve o cristianismo na escultura romana?
As influências do cristianismo, contribuíram para um maior esquematismo e simbolismo da figuração.
O cristianismo, com os seus conceitos de imortal e espiritual, converteu a representação humana em
símbolos e, por isso, o retrato oficial perdeu a carga da individualidade.
FICHA Nº6
1. Que influências se podem referir no que diz respeito à pintura romana? E que
características acrescentaram os romanos às suas pinturas?
As origens da pintura romana remontam aos Etruscos (do século VI ao IV a. C.), que tinham por
hábito revestir as paredes dos templos e dos túmulos, construídos em terracota ou madeira, com frescos
que, para além de decorarem os edifícios atribuindo-lhes carácter simbólico, ajudavam na sua
conservação. A influência egípcia faz-se também sentir, principalmente, na arte do retrato, datado, em
Roma, da época da conquista do Norte de África. A influência grega é mais difícil de caracterizar
esteticamente devido aos escassos vestígios pictóricos helénicos. A pintura romana acrescenta o sentido
prático, documental e realista dos Romanos.
2. Identifica a pintura romana no que diz respeito à tipologia.
-Pintura mural geralmente feita a fresco, que revestia as paredes interiores dos edifícios. Associada
à arquitetura facto acentuado a partir do século II a. C., visto a utilização crescente das argamassas e do
cimento impor a necessidade de revestir os muros, interior e exteriormente. As paredes eram pintadas ou
recebiam mosaico.
-Pintura móvel realizada a encáustica ou a têmpera, geralmente sobre painéis de madeira.
3. A pintura romana esteve muito associada à arquitetura. Porquê?
Associada à arquitetura facto acentuado a partir do século II a. C., visto a utilização crescente das
argamassas e do cimento impor a necessidade de revestir os muros, interior e exteriormente. As paredes
eram pintadas ou recebiam mosaico.
Retratos - Cultivavam o individualismo, e sempre abundantes nas casas romanas. São feitos a
fresco, nas paredes, ou pintados a encáustica sobre painéis de madeira ou metal, à semelhança do que se
fazia no Egipto. O retrato é o traço distintivo do povo romano, que praticava culto doméstico aos
antepassados. Os retratos romanos são admiráveis quer pelo realismo quase fotográfico, quer pela
sugestão psicológica que provocam.
-Pintura mural geralmente feita a fresco, que revestia as paredes interiores dos edifícios.
-Pintura móvel realizada a encáustica ou a têmpera, geralmente sobre painéis de madeira.
4. Identifica a temática da pintura romana.
-Pintura triunfal cenas históricas (batalhas, façanhas dos chefes, episódios
políticos).Estilisticamente, recorre, tal como acontece nos relevos, à narrativa contínua, onde a figura
principal é repetida e as figuras secundárias são colocadas lado a lado. A representação é precisa, quer
em pormenores formais, quer nas inscrições que identificam os protagonistas
-Pintura mitológica talvez a mais abundante. Incide sobre os mitos e mistérios da vida dos deuses e
na representação das suas figuras. As cenas, por vezes muito fantasiadas, são-nos contadas em
composições ricas de personagens e colorido.
-Pintura de paisagem inspira-se na Natureza reveste-se de um carácter bucólico e poético. A
representação é, ora sonhadora e fantasista, ora revela uma observação realista que, no entanto, não é
isenta de poesia, como no caso das paisagens.
-Naturezas mortas Pequenas obras-primas de realismo técnico
--Pintura de retrato: Evocativas; Descritivas; Documentais.
5. Que função desempenhava a pintura romana nas suas diferentes temáticas?
-Alegóricas;
-Simbólicas;
-Ornamentais,
-Descritivas;
-Narrativas;
-Evocativas;
-Comemorativas;
-Documentais;
-Políticas.
6. Quantos estilos são comuns referir na pintura romana? Identifica-os.
1ºestilo- incrustação;
2ºestilo-arquitetónico;
3ºestilo-ornamental;
4ºestilo-cenográfico.
7. Analisa o mosaico romano relativamente aos temas e às suas funções.
A tradição do mosaico está ligada à da pintura e é desta arte que retira o estilo e o colorido.
Composições figurativas: Episódios mitológicos; Cenas de caça; Jogos; Cenas de género;
Naturezas-mortas.

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Império Romano: Ascensão, Apogeu e Queda

  • 1. FICHA Nº1 1. Organiza cronologicamente as fases do império romano, com início na monarquia. Regimes políticos que Roma conheceu: • a Monarquia – desde 753 a. C. Fundação lendária da cidade. • a República, - desde 509 a.C. Finais do séc. VI a 27 a.C. • o Império - a partir de 27 a.C. a V d.C. • Queda do império romano do ocidente. 476 d.C. 2. O que foram as guerras púnicas? As rivalidades entre os cartagineses e os romanos resultaram nas Guerras Púnicas (de puni, nome pelo qual os cartagineses eram conhecidos). As Guerras Púnicas consistiram numa série de três conflitos que opuseram a República Romana e a República de Cartago, cidade-estado fenícia, no período entre 264 a.C. e 146 a.C.. Depois de quase um século de lutas, ao fim das Guerras Púnicas, Cartago foi totalmente destruída e Roma passou a dominar o mar Mediterrâneo. As Guerras Púnicas desenvolveram-se em três etapas, durante o período de 264 a 146 a.C. Ao terminar a terceira e ultima fase das Guerras Púnicas, em 146 a.C., Cartago estava destruída. Seus sobreviventes foram vendidos como escravos e o território cartaginês foi transformado em província romana. Com a dominação completa da grande rival, Roma iniciou a expansão pelo Mediterrâneo oriental (leste). Assim, nos dois séculos seguintes, foram conquistados os reinos helenísticos da Macedônia, da Síria e do Egito. No final do século I a.C., o mediterrâneo havia se transformado em um “lago romano” ou, como eles diziam, Mare Nostrum (“nosso mar”). O adjetivo "púnico" deriva do nome dado aos cartagineses pelos romanos (Punici) (de Poenici, ou seja, de ascendência fenícia). Localizada no norte da África, por volta do século III a.C. Cartago dominava o comércio do Mediterrâneo. Os ricos comerciantes cartagineses possuíam diversas colônias na Sardenha, Córsega e a oeste da Sicília (ilhas ricas na produção de cereais), no sul de península Ibérica (onde exploravam minérios como a prata) e em toda costa setentrional da África. Causas As Guerras Púnicas tiveram como causa a rivalidade entre Roma e Cartago, pela hegemonia econômica, política e militar na Sicília e depois em todo o Mediterrâneo ocidental, importante meio de transporte de mercadorias naquela época. Quando Roma anexou os portos do sul da península Itálica, os interesses de Nápoles e Tarento (atual Taranto) (colônias gregas rivais de Cartago, na Magna Grécia) tornaram-se interesses romanos, a guerra passou a ser inevitável. Era quase certo que Roma, como líder dos gregos ocidentais, iria intervir na luta secular entre sicilianos e cartagineses. As forças das duas potências eram bastante equilibradas, pois o poderio de ambas era sustentado por uma comunidade de cidadãos e um poderoso exército, fortalecido por aliados em caso de guerra. As hostilidades A maior parte da Sicília era habitada por vários cartagineses, em luta constante com as colônias gregas da Magna Grécia. Os romanos intervieram e uma de suas legiões, com o apoio de Siracusa, ocupou a cidade de Messina. Os cartagineses declararam guerra a Roma. O general cartaginês Amílcar conquistou o sul da península Ibérica. Dali, seu filho Aníbal, em 218 a.C., desencadeou a Segunda Guerra Púnica. Partindo da península Ibérica, atravessou os Alpes e chegou à península Itálica. Venceu os romanos em várias batalhas, mas não marchou sobre Roma. Isso possibilitou aos romanos a conquista da península Ibérica, a destruição de sua base logística e o desembarque na África, levando a guerra ao solo cartaginês. Aníbal, obrigado a retornar a Cartago, foi derrotado por Cipião Africano, em 202 a.C., na batalha de Zama. Severa foi a pena imposta a Cartago, que teve de pagar pesados impostos e também ficou proibida de fazer guerra a outros povos sem ordens do senado romano. Em Roma, o senador Catão iniciava intensa campanha contra Cartago. Todos os seus discursos terminavam com a frase: "Cartago precisa ser destruída" (delenda est Carthago). Usado o pretexto que Cartago desobedecera a Roma, em 146 a.C., Cipião Emiliano, com suas forças, arrasou totalmente a cidade, queimando-a e colocando sal pelo solo, "para que ali nada mais crescesse". As três guerras  A Primeira Guerra Púnica foi principalmente uma guerra naval que se desenrolou de 264 a.C. até 241 a.C.. Iniciou-se com a intervenção romana em Messina, colônia de Cartago situada na Sicília. O conflito trouxe uma novidade para os romanos: o combate no mar. Com hábeis marinheiros, Cartago era a principal potência marítima do período. Os romanos só conquistaram a vitória após copiar, com a ajuda dos gregos, os barcos inimigos. Roma conquistou a Sicília, Córsega e a Sardenha.2
  • 2.  A Segunda Guerra Púnica ficou famosa pela travessia dos Alpes, efetuada por Aníbal Barca, e desenrolou-se de 218 a.C. até a.C. Desenvolveu-se quase toda em território romano. Liderados por Aníbal, os cartagineses conquistaram várias vitórias. O quadro só se reverteu com a decisão romana de atacar Cartago. Aníbal viu-se então obrigado a recuar para defender sua cidade e acabou derrotado na Batalha de Zama. Roma assumiu o controlo da península Ibérica.  A Terceira Guerra Púnica, que se desenrolou de 149 a.C. a 146 a.C.. Roma foi implacável com o inimigo. Sob a liderança de Cipião Emiliano Africano atacou e destruiu completamente a cidade de Cartago, escravizando os sobreviventes. A cidade foi incendiada e suas terras cobertas com sal para que nada mais produzissem. Com isso completou-se o ciclo de batalhas que deu grande parte do mar Mediterrâneo aos romanos. Consequências das guerras púnicas Roma passou a dominar todo o comércio do Mediterrâneo Ocidental e a partir daí iniciou suas conquistas territoriais com as quais dominou todo o Mediterrâneo e grande parte da Europa.  Com o crescimento do comércio, surgiu uma nova classe social denominada homens novos/ cavalheiros/ comerciantes (plebeus e patrícios então falidos).  Surgiu em Roma um grave problema social, pois as conquistas aumentaram muito o número de escravos, o que gerou um grande desemprego na plebe.  Concorrência dos produtos importados das novas províncias, fazendo entrar em crise a agricultura italiana (falência dos pequenos proprietários italianos) - os pequenos e médios proprietários foram obrigados a vender suas propriedades para os latifundiários e para o Estado (Ager publicus). 3. Em que século é que o império romano atingiu o seu apogeu? Roma atingiu seu apogeu, durante o Alto Império, devido ao desenvolvimento sem precedentes do modo de produção escravista e às conquistas territoriais, alcançando riqueza e poder como nenhuma outra civilização (o Alto Império (século I a.C. a III d.C.). . 3.1. Quem era o imperador? Otávio Augusto, o primeiro imperador (27 a.C. a 14 d.C.), preocupou-se com as obras públicas, sendo dessa época muitas das magníficas construções, cujas ruínas podem ser vistas hoje em Roma. Para cuidar de sua segurança, criou-se a Guarda Pretoriana; cuja principal função era defender o imperador e vigiar a capital. Ao mesmo tempo, Otávio Augusto, distribuía trigo à população e organizava sistematicamente grandes espetáculos públicos de circo, a chamada política do pão e circo, aumentando muito a sua popularidade. Durante o governo de Otávio, nasceu Jesus Cristo, que viria a originar uma nova religião - o cristianismo. Com a morte de Otávio, o Alto Império passou por diversas dinastias: de 14 a 68, a dinastia Júlio- Claudiana, seguida pela dos Flávios, que durou até 96, vindo em seguida a dos Antoninos, que governaram até 192. A última dinastia foi a dos Severos, que estiveram no poder de 193 a 235. Os sucessores de Augusto desestruturaram o governo, minando o modo de produção escravista, fator de riqueza para o Império, além de favorecerem o descontrole político com as constantes intrigas palacianas, as crises sucessórias e a imoralidade em nível pessoal e administrativo. Essa situação se agravou com os Imperadores Tibério (14-37), Calígula (37-41) e Nero (54-68). Com a dinastia dos Antoninos, Roma voltou a ter relativa estabilidade e prosperidade, pois a habilidade administrativa dos imperadores Trajano e Marco Aurélio amenizou temporariamente as dificuldades do Império. Durante o governo de Trajano, o Império atingiu sua maior extensão territorial, e com Marco Aurélio, um enorme reerguimento cultural. 4. A partir de que séc. é que o império romano começou a dar indícios de decadência? Gradual declínio, durante os séculos III, IV e V, contribuiu enormemente para a queda do império Em geral, a expressão queda do Império Romano refere-se ao fim do Império Romano do Ocidente, ocorrido em 476 d.C., com a tomada de Roma pelos hérulos, uma vez que a parte oriental do Império, que posteriormente os historiadores denominariam Império Bizantino, continuou a existir por quase mil anos, até 1453, quando ocorreu a Queda de Constantinopla. A queda do Império Romano do Ocidente foi causada por uma série de fatores, entre os quais as invasões bárbaras que causaram a derrubada final do Estado. O Baixo-império foi marcado pela decadência, pelas grandes crises e pela anarquia, devidas principalmente à interrupção das conquistas, o que arruinou a economia imperial, baseada no trabalho escravo e na exploração de províncias. Escasseando os tributos impostos aos vencidos, Roma caminhou para o progressivo esgotamento econômico. Entre os imperadores do Baixo Império estão Diocleciano (284-305), Constantino (313-337) e Teodósio (378-395). Esse último oficializou o cristianismo e dividiu o Império Romano em dois: Império do Oriente e Império do Ocidente. Ao final do seu governo, os povos bárbaros conseguiram se infiltrar por todo o Império, o que culminou nas invasões e na queda definitiva do
  • 3. Império Ocidental, em 476, quando a tribo dos hérulos, chefiada por Odoacro, derrubou o último imperador romano, Rômulo Augusto. 5. Quando é que o império romano se dividiu em ocidental e oriental. Império Bizantino. Vários eventos do século IV ao século VI marcaram o período de transição durante o qual a metade oriental e ocidental do Império Romano, se dividiram. Em 285, o imperador Diocleciano (r. 284 –305) dividiu a administração imperial em duas metades. Entre 324 e 330, Constantino (r. 306 –337) transferiu a capital principal de Roma para Bizâncio, conhecida mais tarde como Constantinopla ("Cidade de Constantino") e Nova Roma. Sob Teodósio I (r. 379 – 395), o cristianismo tornou-se a religião oficial do império e, com sua morte, o Estado romano dividiu-se definitivamente em duas metades, cada qual controlado por um de seus filhos. E finalmente, sob o reinado de Heráclio (r. 610 – 641), a administração e as forças armadas do império foram reestruturadas e o grego foi adotado em lugar do latim. Em suma, Bizâncio se distingue da Roma Antiga na medida em que foi orientado para a cultura grega em vez da latina e caracterizou-se pelo cristianismo ortodoxo em lugar do politeísmo romano. 5.1. Quando é que o império ocidental caiu às mãos dos bárbaros? As invasões dos bárbaros: inicialmente, eles penetraram no território do exército. No século IV, grupos armados de bárbaros foram vencendo os romanos, até derrotá-los definitivamente em 476. O séculoV marcou a decadência definitiva da parte ocidental do Império. Entre os fatores que provocaram a queda de Roma, podem ser citados: a deterioração da economia da Itália, as lutas internas, a fuga de capitais para o Oriente, a corrupção administrativa e, para dar o golpe de morte, a invasão dos bárbaros. Em 476, quando era imperador Rômulo Augusto, a capital do Império Romano do Ocidente caiu nas mãos dos bárbaros, chefiados por Odoacro. O Império Romano do Ocidente chegou ao fim com as invasões bárbaras. Em 476, os hérulos (povo bárbaro) chefiados por Odoacro, invadiram Roma e depuseram o último imperador do Ocidente, Rômulo Augústulo. A queda do Império Romano do Ocidente marcou o fim da Antiguidade e o início da Idade Média. O Império Romano do Oriente durou ainda quase mil anos, até 1453, quando Constantinopla foi tomada pelos turcos otomanos. Esse fato marcou o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna. 6. Enumera algumas das características que permitiram ao império romano expandir-se e manter-se ao longo vários séculos. Poder centralizado, divino e autocrático dos seus imperadores; Modernidade das leis; Raiz do direito ocidental; Pela língua (latim) e pela organização e disciplina militar das legiões romanas que conquistaram um vasto território. 7. Refere duas construções características das cidades romanas. Os romanos notabilizaram-se como pioneiros na engenharia e construção de sofisticadas infraestruturas como canalizações, aquedutos, estradas e pontes. As obras estenderam-se por todo o império, cujo sucesso se deveu em grande parte à extensa rede viária. Além do saneamento básico, as infraestruturas incluíam equipamentos como termas, fóruns, teatros, anfiteatros e monumentos. A invenção do concreto (betão) como material de construção foi uma importante evolução no Império Romano, quando se descobriu as pozolanas, cinzas vulcânicas nas imediações do Vesúvio que finamente trituradas e misturadas com cal produziam uma argamassa resistente e duradoura. Descobertas as suas propriedades aglomerantes, os romanos fizeram uso alargado das pozolanas, utilizando-as na feitura do opus coementicium (uma argamassa criada pela mistura de pozolanas com cal (tipicamente na proporção de 2:1) imediatamente antes da adição de água. Esta argamassa constitui um ligante suficientemente poderoso para construir grandes estruturas, como pontes, cúpulas e vigas longas, com a particularidade de ganhar presas mesmo quando submersa. Exemplos da sua utilização são a cúpula do Panteão de Roma e os molhes do porto romano de Cosa. A utilização das argamassas pozolânicas perdeu-se com a desagregação do Império Romano, mas foi retomada a partir do Renascimento. Aquedutos construídos por todo o império abasteciam as explorações agrícolas e as cidades com água potável. O escoamento era geralmente com superfície livre, apresentando uma inclinação mínima para que a água pudesse correr, e eram edificados em alvenaria. O atravessamento de vales era feito sobre estruturas em arcaria. Contavam ainda com a ajuda de bombas hidráulicas. As águas residuais eram recolhidas numa sofisticada rede de esgotos, de que é exemplo a cloaca Máxima, em Roma, uma das mais antigas redes de esgotos do mundo, construída em Roma nos finais do século VI a.C., iniciada por Tarquínio Prisco, que usufruía da experiência desenvolvida pela engenharia etrusca para drenar os esgotos para o rio Tibre. O funcionamento da cloaca Máxima e outras redes de esgotos romanas, como a de Eboraco (atual cidade inglesa Iorque) prosseguiu durante bastante tempo após a queda do Império Romano. O desenvolvimento dos aquedutos facilitou construção generalizada de termas (as thermae) e bálneos (balneae) no império. Estes locais destinados aos banhos públicos asseguravam a higiene corporal e a hidroterapia. As mais antigas termas romanas conhecidas datam do século V a.C. em Delos e
  • 4. Olímpia, embora as mais conhecidas sejam as termas de Caracala. Homens e mulheres tomavam banhos diariamente (à tarde depois do trabalho), costume relacionado a assimilação do culto à deusa grega Hígia (equivalente romana: Salus) e Panaceia, filhas de Esculápio, deusas da saúde e limpeza, como a recomendações da medicina hipocrática continuada pelos romanos. 8. O que quer dizer a expressão: "Mare Nostrum"? A expressão "mare nostrum" significa "o nosso mar". Os romanos apelidavam assim o Mar Mediterrâneo por três razões: -Vencendo os cartagineses, os romanos ficaram a dominar e a controlar todo o comércio que se fazia pelo Mediterrâneo; - Em seguida, a edificação de um grande Império, entre 264 a.C e 117 a.C., cujos limites compreendiam as margens deste mar, aumentaram ainda mais o domínio do povo romano sobre o Mediterrâneo; - Finalmente, quem quisesse navegar pelo mar Mediterrâneo, tinha de pedir autorização aos romanos, sendo esta outra prova do domínio sobre o mesmo. Assim se compreende que o povo romano se considerasse senhor do Mar Mediterrâneo e lhe chamasse "mare nostrum". 9. O que quer dizer a expressão: "Todos os caminhos vão dar a Roma"? Esta expressão idiomática, hoje traduzida para várias línguas e utilizada em todo o mundo, teve a sua origem na Roma Antiga. Roma era o centro de um vasto Império, era a capital e a cidade mais importante da época. Mas alimentar Roma e satisfazer as suas sofisticadas necessidades não era fácil, requerendo que os produtos fossem trazidos de todos os cantos do Império. Uma das principais prioridades era construir estradas, que não só permitissem o transporte de mercadorias por todo o Império, mas também o transporte eficaz de tropas e os mantimentos necessários para manter essas Legiões tão exigentes. Como podem imaginar, esta grande rede de estradas tinha de ligar as diversas províncias a Roma, destino de maior parte das mercadorias. Isto levou à expressão em latim: ”Omnes viae Roman ducunt”, que significa "todos os caminhos vão dar a Roma". FICHA Nº2 1. O que era e que importância tinha o senado para a vida política de Roma? O senado foi a mais velha instituição do Estado Romano, tendo existido desde a monarquia até finais do Império. Foi durante a Republica que o Senado atingiu a sua máxima importância. No tempo de Júlio Cesar, o Senado era composto por 900 elementos. O Senado era uma assembleia de notáveis - o conselho dos patres, ou chefes das gentes patrícias - que provinha já dos tempos da realeza romana. Rigorosamente hierarquizado, representava o poder fundamental da República (509 a. C.-27 a. C.), que diminuiu bastante depois da implantação do Império (27 a. C.-476 d. C.), quando passou a ser quase como a "oposição republicana", sendo os seus titulares muitas vezes alvos a abater ou a enviar para o exílio por parte de imperadores mais hostis à instituição. O Senado nunca alinhou com a "democratização" na República ou com as ambições monárquicas, apoiando Pompeu contra César, "apoiou" com reservas e hesitações Otaviano (futuro imperador Octávio César Augusto), aliado pouco convicto dos primeiros imperadores, até que se tornou mesmo um centro de revolta contra Nero e a sua governação. A origem dos senadores (vitalícios) provém da sua riqueza e estatuto social, sendo assegurado pelos censores. No início, o recrutamento era feito entre os patrícios, nobres de linhagem antiga e tradicional em Roma; depois de 400 a. C., passou a ser possível os plebeus, antigos magistrados curuis (patres conscriptii) integrarem o Senado, que começou com Júlio César (49-44 a. C.) a receber também elementos oriundos das províncias. Na origem, o Senado tinha 100 membros, 600 na época de Sila (82-79 a. C.), 900 com Júlio César e 300 na parte final do Império. A aristocracia senatorial foi sempre a classe social mais elevada do estado romano, mesmo nos últimos tempos do Império. O primeiro dos senadores com o nome a constar na listagem elaborada pelos censores (o album senatus, elaborado de cinco em cinco anos) era designado por princeps senatus (patrício e geralmente um antigo censor), título que pertenceu a Octávio (Augusto) e que depois esteve na base do nome do Principado. No entanto, o Império foi funesto com o Senado, afastando-o gradualmente da administração dos assuntos e questões de Roma, diminuindo a sua importância enquanto assembleia política. O conflito entre o Senado e os imperadores e as transformações súbitas das funções e da estrutura do Senado estão entre os processos melhor documentados da história da primeira parte do Império. 2. Que funções eram inerentes ao senado? No Senado utilizava-se a arma de persuasão apelidada de Retorica (arte de bem falar) que era um fator de sucesso na condução das discussões e nas votações. Aparentemente, o Senado não detinha grandes poderes e até não se podia reunir por sua iniciativa, por exemplo; era consultivo, não legislativo, mas o seu poder era o supremo em Roma, portador da auctoritas religiosa (detinha também o poder religioso), por exemplo, ou instituição máxima em termos
  • 5. financeiros, para além de controlar a política externa de Roma. Apesar das convulsões com os imperadores, o Senado, omnipotente como dizia Políbio, não perdeu nunca os pergaminhos de classe ou ordem senatorial, de "fina flor" da sociedade romana, com participação no governo, variável claro. A sua participação nos assuntos internos de Roma nem sempre foi meritória, recorde-se, ou isenta de falhas graves e trágicas até, mas a esta instituição deve Roma o brilho do seu poder, de civilização baseada em instituições sólidas e operantes, entre muitas vitórias fulcrais ou às primeiras formas de organização provincial 3. Em que consistia a superioridade das leis romanas? Na racionalidade e na lucidez dos princípios gerais que enunciavam; No pragmatismo e na experiência que colocavam na análise das situações do quotidiano; A sua capacidade de adequar a teoria à prática e daí retirar benefícios; Na complexidade das situações que contemplavam e que eram vividas a todos os níveis (direito público e direito privado), nas várias regiões do império. A justiça, equidade e imparcialidade na aplicação. 4. O que eram os cursus hunorum? O cursus honorum (latim: curso honorífico ou caminho das honras) designava o percurso sequencial das magistraturas romanas exercidas pelos aspirantes a políticos tanto durante a República Romana como nos dois primeiros séculos do Império Romano. A série de cargos políticos que culminavam ao consulado. Foi originalmente criado para os homens da ordem senatorial. Durante o Alto Império, sendo os cidadãos divididos em três classes (a ordem senatorial, equestre e plebeia), cujos membros de cada classe poderiam exercer uma carreira política distinta (cursus honorum). A magistratura tradicional só era acessível aos cidadãos da ordem senatorial. Os magistrados que resistiram ao fim da República foram, pelo grau de importância no cursus honorum: o Cônsul, o Pretor, o Tribuno da plebe, o Edil, o Questor e o Tribuno militar. 5. Que fator se tornou fundamental para a unificação dos vários povos do império? 6. Qual a importância da Lei Romana para o império? 7. Que importância teve o latim para o império? O latim, língua oficial do Império Romano, foi a pedra basilar para a edificação do que seriam as línguas românicas, ocorrendo esta evolução linguística sobretudo a partir da Idade Média. Difundido sobretudo entre os séculos VI e XIV, era utilizado maioritariamente pelos estratos mais cultos da sociedade, como o clero (são exemplos a Cúria Romana e a liturgia da Igreja Católica) e as chancelarias régias. Tal deve-se ao facto de a debilitação e término do Império Romano ter abalado a unidade linguística até então existente e começarem a sobrepor-se progressivamente as línguas e dialetos autóctones ou proto-românicos. Contudo, e dada a importância e a preponderância incontestáveis do latim até esta data, todas as chamadas línguas românicas se basearam na estrutura e na semântica latinas. Note-se que o latim falado no mundo romano se diferenciava de região para região e era intitulado de latim "vulgar" ou sermo vulgaris, pois era também influenciado pelos dialetos pré-existentes, que finalmente se sobrepuseram com marcas evidentes do latim por volta do século IX fazendo emergir as chamadas línguas românicas. Cerca do século VIII, Carlos Magno fez uma tentativa de ressuscitar a essência do Império Romano, tendo-se dado, portanto, extrema importância ao latim. Alcuíno de Iorque, originário de Inglaterra, e Paolo Diacono, italiano, foram algumas das mais relevantes personalidades que colaboraram no processo de reconstituição cultural levado a cabo durante o Império Carolíngio, que contudo não travou o crescimento e uso das línguas românicas. Em Portugal, foi no ano de 1296 que o latim deixou de ser a língua oficial, tomando o português o seu lugar. Foi também na época medieval que se assistiu ao surgimento de um latim convencionado para o ensino nas recém-criadas universidades, ao qual se deu o nome de latim "escolástico". Esta era a única língua escrita e falada nestas instituições, na qual se inseriram novas palavras e expressões adequadas aos conceitos também novos que as mais diversas ciências tinham elaborado à medida que progrediam. Com o advento do Humanismo e do interesse pela cultura das civilizações clássicas em Itália, no século XIV, surge também o estudo da filologia clássica, na qual se destacaram nomes como Coluccio Salutati, Lorenzo Valla, Petrarca e Marsilio Ficino. 8. O que era o latim do limes - O latim do limes é um latim adulterado, uma espécie de vulgata do latim erudito, este cada vez mais restrito a uma pequena elite de sábios puristas, e só verdadeiramente encontrado na sua versão escrita. FICHA Nº3
  • 6. 1. O ócio foi fator preponderante para o desenvolvimento dos jogos no coliseu e no circo máximo. Que tipo de diversão era comumente aceite pela plebe? Plebeus: Em geral, eram pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos. Constituíam a maioria da população e não tinham direitos políticos. 2. Os patrícios tinham apreço pelo mesmo tipo de diversões? Explica. Patrícios ou nobres: Descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de Roma. Eram grandes proprietários de terra e de gado. A Pax Romana e a prosperidade económica alteraram os hábitos do povo romano, permitindo o usufruto do ócio. As classes privilegiadas participavam em banquetes privados, acompanhados de música, dança e recitação. Um ritual social muito apreciado era a ida às termas e, como divertimentos públicos, também o eram os jogos, as corridas de cavalos, as grandes procissões (na origem das representações teatrais) e os combates. Os anfiteatros foram as construções mais populares da arquitetura romana ao serviço do ócio, embora os teatros, as termas e os estádios/hipódromos constituíssem, igualmente, exemplos de tipologias arquitetónicas ligadas aos tempos livres. - Divertimentos (exemplos): • Jogos; • Corridas de cavalos que, em Roma, se faziam, preferencialmente, no grande circo (Circo Máximo); • Grandes procissões (na génese das representações teatrais); • Banhos, nas termas, local de encontro e convívio social; • Combates públicos nos anfiteatros; • Banquetes privados, acompanhados de música, dança e recitação. Tipologias arquitetónicas (exemplos): • Anfiteatros de vários andares, com planta circular ou elíptica, sem cobertura, com galerias sob as bancadas e a arena; • Estádios/hipódromos, em torno de pistas fechadas, onde tinham lugar as apreciadas corridas de quadrigas; • Teatros, baseados no modelo grego; • Termas, contendo piscinas de água fria e quente, saunas, ginásio (e mesmo outros espaços funcionais: biblioteca, salas de reuniões, estádios, hipódromos, teatros e lojas). 3. Qual era o perfil político de Octávio? Era segundo os seus biógrafos, um jovem tímido, frágil, modesto e sem presença física, sem gosto nem jeito para a carreira militar. No entanto, revelou-se um homem hábil, de grande eficácia e competência políticas. Com diplomacia e prudência, soube conquistar apoios, afastando os seus rivais e tornando-se indispensável para o Senado e para o povo romano, que o cumularam de poderes, tornando – se a primeira figura do Estado romano. 4. Enumera algumas das realizações do imperador Octávio, fundamentais para a criação da paz romana. - No plano militar: restabeleceu a ordem e a disciplina após um período de anarquia, prosseguiu as conquistas e pacificou as províncias; - No plano político: empreendeu a reforma do aparelho administrativo, reforçando os poderes do imperador e reduzindo os poderes do Senado; - No plano religioso: procurou restabelecer a religião tradicional romana, ligando-a ao culto imperador. Como Pontifex Maximus interpretou a vontade dos deuses; - No plano social: apaziguou as lutas sociais, reordenando a população com base na igualdade (teórica); - No plano cultural: usou a prosperidade económica para proteger as artes e os artistas (mecenato). Impondo assim a paz Romana 5. Que alterações permitiram o incêndio de Roma realizar na cidade? Em termos urbanísticos, um aspeto de mudança nas construções do Império Romano foi o incêndio de Roma, em 64 d.C., que durou nove dias. Serviu para a reorganização urbanística: Após o desastre, o imperador Nero promulgou um plano de reconstrução para tornar a arquitetura mais sólida. Ele ordenou que as construções fossem feitas com concreto, e não mais com barro e madeira. O imperador também determinou a construção de pórticos ao longo das ruas para proteger as fachadas. O fogo serviu como uma mudança nos traços arquitetónicos da cidade: as ruas passaram a ser mais largas, a altura dos prédios foi limitada e o uso da madeira foi reduzido. FICHA º4
  • 7. 1. Comenta a afirmação “ As realizações de engenharia e arquitetura demonstravam o génio invertido e o sentido prático de Roma” A arquitetura de Roma ocupou-se, com a resolução dos aspetos práticos e técnicas da arte de construir, com soluções criativas e inovadoras, caraterizando-se pela utilidade, grandeza, solidez, força e poder. O uso de sistemas construtivos, permitiram-lhes executar abobadas, cúpulas e arcadas que possibilitavam ampliar os espaços internos. Aos Romanos possuíram técnicas de terraplanagem, inventaram cimbres e cofragens (armações em madeira para moldar arcos, abobadas e cúpulas). Usaram colunas, frontões e criaram as ordens toscanas e compósitas mais elegantes que as herdadas dos gregos. O génio inventivo e o sentido prático fizeram da sua arquitetura a arte perfeita da antiguidade. 2. Qual foi a importância das obras públicas para a consolidação do Império romano? Na construção das obras públicas puderam-se resolver os aspetos práticos e técnicos da arte às necessidades demográficas, económicas, politicam e culturais da Roma e do império romano 3. Analisa as características dos templos romanos. Os templos romanos são obras de arquitetura criadas durante o Imperio Romano e são associados ao paganismo da religião da Roma antiga. Eram comuns, apesar de conterem plantas, dimensões e materiais. Erguiam-se sobre pódios e possuíam carater frontal. Localizavam-se no terreno pelos pontos cardeais, segundo o eixo axial. Como decoração, maioria não tinha peristilo e eram falsamente perípteros, sendo as colunas laterais as paredes exteriores. 4. Que elementos podem referir no que respeita à arquitetura comemorativa? Arco do Triunfo- era feito para homenagear e simbolizar a vitória do exército Romano. Eram feitos de madeiras e possuíam as campanhas militares esculpidas nos baixos-relevos, alem dos despojos dos vencidos. 4.1. Qual a função a arquitetura comemorativa? A função dessa arquitetura era feita para ser de homenagem a vitoria do exercito romano. 5. Que elementos de diversão são de referir, no que respeita à arquitetura romana? Os anfiteatros foram as construções de lazer mais populares entre os romanos. Os teatros eram semelhantes aos anfiteatros na forma e na decoração, mas de menor dimensão. Era feito especialmente para fazer combates entre gladiadores ou entre gladiadores e feras. Circo Máximo era o lugar de entretenimento, era uma arena utilizada para jogos e diversões. 5.1. Que funções eram inerentes ao coliseu? As funções do coliseu eram: utilização como palco de lutas de gladiadores, espetáculos com feras. Originalmente capaz de suportar perto de 50000 pessoas. 6. As termas e as basílicas eram edifícios basilares da sociedade romana. Que funções desempenhavam? Comércio e civismo: Basílica - A princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica servia para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a cinco mil metros) divididas em naves cobertas com abobadas de arestas, cupulas e semi cupulas combinando entablamentos e colunas a maneira grega com arcadas a aneira romana. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi concluída no Império de Otávio Augusto. Higiene: Termas - Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o centro social de Roma. As mais famosas são as termas de Caracala que, além de casas de banho, eram centro de reuniões sociais e esportes. 7. Que ordens gregas eram usadas na arquitetura romana? As ordens arquitetónicas gregas usadas na arquitetura romana foram: a Dórica a Jónica e a Coríntia. 7.1. Que funções desempenhavam nos edifícios romanos? As funções eram apenas decorativas. 7.2. Caracteriza as duas ordens criadas pelos romanos. As duas ordens criadas pelos romanos foram a Toscana e a Compósita. Prova de que os romanos conseguiram imprimir suas próprias características na arquitetura é a criação das ordens toscana e compósita. A primeira tem inspiração no estilo dórico, porém mais simplificado. Proporções robustas, decoração sóbria com aspetos maciços e pesados. A segunda busca a referência no coríntio e no jônico. Proporções belas com decoração ligada a elementos vegetalistas. O império absorveu características regionais e as fundiu em um padrão comum estabelecido pela cidade de Roma 8. A análise da arquitetura particular é importante para aferirmos o modo de vida nas cidades romanas.
  • 8. As topologias usadas nas habitações romanas eram. A domus, a insulae, as villae. A domus era a casa de família, era geralmente baixa, de um piso por vezes dois, tinha um telhado ligeiramente inclinado para o interior, coberto com telhas de cerâmicas, não tinha abertura para o exterior senão a porta principal. As villae tinham em médias três a quatro andares, algumas chegaram a atingir oitos andares. O rés do chão normalmente recuado era destinado ao comércio feito em lojas abertas para a rua. As insulae eram constituídas em materiais mais pobres: tijolos, madeira e taipas. 9. Que materiais eram mais usados na arquitetura romana? Na sua execução os Romanos usaram materiais tradicionais - pedra, mármore, tijolo e madeira - e, outros, mais económicos e fáceis de trabalhar, o que lhes permitiu maior plasticidade e variedade de formas. Para estas características contribuíram os diversos tipos de opus, sendo o mais importante o opus caementicium, espécie de pozolana, semelhante ao atual betão. A sua utilização, a partir do século IV a. C., permitiu maior rapidez na construção, estruturas mais complexas, maior amplitude de espaço e paredes curvas. 10. Enumera as características nucleares da arquitetura romana. As características nucleares da arquitetura romana são: -solidez nas construçoes; -uso do arco nas construções; -uso da abobada( construçao em arcos9; -construçoes sobrias, funcionais e luxuosas. As construção eram de cinco espécies, de acordo com as funções: 1) Religião: Templos Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o templo de Júpiter Stater, o de Saturno, o da Concórdia e o de César. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano foi planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do exterior onde o povo se reunia para o culto. 2) Comércio e civismo: Basílica A princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica servia para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a cinco mil metros) dividida em várias colunatas. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi concluída no Império de Otávio Augusto. 3) Higiene: Termas Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o centro social de Roma. As mais famosas são as termas de Caracala que, além de casas de banho, eram centro de reuniões sociais e esportes. 4) Divertimentos: a) Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos jogos praticados temos: jogos circenses- corridas de carros; ginásios - incluídos neles o pugilato; jogos de Tróia - aquele em que havia torneios a cavalo; jogos de escravos - executados por cavaleiros conduzidos por escravos; Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o "Circus Maximus". b) Teatro: imitado do teatro grego. O principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários versáteis, giratórios e retiráveis. c) Anfiteatro: o povo romano apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunham um espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo. Pois a palavra anfiteatro significa teatro de um e de outro lado. Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três andares com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima: ordem dórica, ordem jônica e ordem coríntia). Essas colunas, na verdade eram meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das arcadas. Portanto, não tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de 5.000 em pé. 5) Monumentos decorativos a) Arco de Triunfo: pórtico monumental feito em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos. O mais famoso deles é o arco de Tito, todo em mármore, construído no Forum Romano para comemorar a tomada de Jerusalém. b) Coluna Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso em espiral que possui a narrativa histórica dos feitos do Imperador em baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado paracomemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os partos. 6) Moradia: Casa. Era construída ao redor de um pátio chamada Atrio.
  • 9. 11. De que forma é que os acampamentos militares foram fundamentais para definição urbanística das cidades do império romano? - Traçado em retícula (rede ortogonal) das ruas e dos quarteirões; - Articulação da cidade a partir do traçado das vias principais – o cardo (com a direção norte-sul) e o decúmano (com a direção nascente-poente) –, que se cruzam em ângulo reto; - O fórum, centro nevrálgico da vida urbana, situado perto do cruzamento dos dois eixos de circulação; - Localização de termas e anfiteatros na periferia da cidade 11.1. O que eram o cardo e o decumano? O Cardo planta da família das compostas, praga na lavoura: Decumano- era uma rua ou via, orientada este-oeste nas povoações romanas, castra (acampamento militar),ou colonia. Quando havia mais que uma via orientada no mesmo sentido, uma delas a mais importante, passava a ser designada por decumanus Maximus. 12. Que funções desempenhavam o fórum, nas cidades romanas? O Fórum era o centro Político, o centro religioso e o centro económico das urber romanas. Desempenhava o mesmo papel que o Ágora desempenhava na Grécia. 12.1. Que tipos de edifícios é que lá se encontravam? Caracteriza as tipologias usadas nas habitações romanas. Era constituído por uma área destinada as reuniões ao ar livre – uma praça pública – rodeada de por edifícios e colunatas. Entre as suas principais construções contavam – se: - a Cúria – local de reunião do Senado; - a Basílica – tribunal público e local de reuniões políticas e de negócio; - o Templo – local de culto aos Deuses e ao Imperador; - o Arco de Triunfo e a Coluna Honorífica. FICHA Nº5
  • 10. 1. Que influências são possíveis referir na escultura romana? As influências que são possíveis de referir na escultura romana são as das raízes na arte etrusca (retratos de sarcófagos) e da arte grega (período clássico e helenístico) tradição patrícia (imagens Maiorum). 2. Que período da arte grega foi particularmente do agrado dos romanos? Porquê? O Período da Arte Grega que mais agradou aos Romanos foi o Período Helenístico. Porque os Romanos preferiam o realismo emocional da representação à perfeição clássica, muito mais de acordo com a sua vontade de representar a realidade. 3. Observando a escultura romana, particularmente os bustos a partir de meados do séc. I, o que podes dizer sobre o gosto ou a preferências dominantes. 4. Identifica a tipologia da escultura romana. Procura no manual e exemplifica com obras. A Tipologia da Escultura Romana pode – se classificar da seguinte maneira: Bustos; Estátuas; Estátuas equestres;Relevos (moedas, frisos, sarcófagos, altares da paz, arcos de triunfo e colunas comemorativas). 5. Que funções são inerentes à escultura romana? A escultura romana tinha funções: ornamentais, documentais, narrativas, serviam de celebração e comemoração da vida romana. 6. É possível falarmos em fases ou períodos com características diferentes da escultura romana? Se sim, o que é que as distingue? -Realismo; -Representação da personalidade (caracter, honra e glória); -Pragmatismo; -Representação exata do modelo, Retrato psicológico (acentuação das características fisionómicas). 7. Que implicação teve o cristianismo na escultura romana? As influências do cristianismo, contribuíram para um maior esquematismo e simbolismo da figuração. O cristianismo, com os seus conceitos de imortal e espiritual, converteu a representação humana em símbolos e, por isso, o retrato oficial perdeu a carga da individualidade. FICHA Nº6 1. Que influências se podem referir no que diz respeito à pintura romana? E que características acrescentaram os romanos às suas pinturas? As origens da pintura romana remontam aos Etruscos (do século VI ao IV a. C.), que tinham por hábito revestir as paredes dos templos e dos túmulos, construídos em terracota ou madeira, com frescos que, para além de decorarem os edifícios atribuindo-lhes carácter simbólico, ajudavam na sua conservação. A influência egípcia faz-se também sentir, principalmente, na arte do retrato, datado, em Roma, da época da conquista do Norte de África. A influência grega é mais difícil de caracterizar esteticamente devido aos escassos vestígios pictóricos helénicos. A pintura romana acrescenta o sentido prático, documental e realista dos Romanos. 2. Identifica a pintura romana no que diz respeito à tipologia. -Pintura mural geralmente feita a fresco, que revestia as paredes interiores dos edifícios. Associada à arquitetura facto acentuado a partir do século II a. C., visto a utilização crescente das argamassas e do cimento impor a necessidade de revestir os muros, interior e exteriormente. As paredes eram pintadas ou recebiam mosaico. -Pintura móvel realizada a encáustica ou a têmpera, geralmente sobre painéis de madeira. 3. A pintura romana esteve muito associada à arquitetura. Porquê? Associada à arquitetura facto acentuado a partir do século II a. C., visto a utilização crescente das argamassas e do cimento impor a necessidade de revestir os muros, interior e exteriormente. As paredes eram pintadas ou recebiam mosaico. Retratos - Cultivavam o individualismo, e sempre abundantes nas casas romanas. São feitos a fresco, nas paredes, ou pintados a encáustica sobre painéis de madeira ou metal, à semelhança do que se fazia no Egipto. O retrato é o traço distintivo do povo romano, que praticava culto doméstico aos antepassados. Os retratos romanos são admiráveis quer pelo realismo quase fotográfico, quer pela sugestão psicológica que provocam. -Pintura mural geralmente feita a fresco, que revestia as paredes interiores dos edifícios. -Pintura móvel realizada a encáustica ou a têmpera, geralmente sobre painéis de madeira. 4. Identifica a temática da pintura romana.
  • 11. -Pintura triunfal cenas históricas (batalhas, façanhas dos chefes, episódios políticos).Estilisticamente, recorre, tal como acontece nos relevos, à narrativa contínua, onde a figura principal é repetida e as figuras secundárias são colocadas lado a lado. A representação é precisa, quer em pormenores formais, quer nas inscrições que identificam os protagonistas -Pintura mitológica talvez a mais abundante. Incide sobre os mitos e mistérios da vida dos deuses e na representação das suas figuras. As cenas, por vezes muito fantasiadas, são-nos contadas em composições ricas de personagens e colorido. -Pintura de paisagem inspira-se na Natureza reveste-se de um carácter bucólico e poético. A representação é, ora sonhadora e fantasista, ora revela uma observação realista que, no entanto, não é isenta de poesia, como no caso das paisagens. -Naturezas mortas Pequenas obras-primas de realismo técnico --Pintura de retrato: Evocativas; Descritivas; Documentais. 5. Que função desempenhava a pintura romana nas suas diferentes temáticas? -Alegóricas; -Simbólicas; -Ornamentais, -Descritivas; -Narrativas; -Evocativas; -Comemorativas; -Documentais; -Políticas. 6. Quantos estilos são comuns referir na pintura romana? Identifica-os. 1ºestilo- incrustação; 2ºestilo-arquitetónico; 3ºestilo-ornamental; 4ºestilo-cenográfico. 7. Analisa o mosaico romano relativamente aos temas e às suas funções. A tradição do mosaico está ligada à da pintura e é desta arte que retira o estilo e o colorido. Composições figurativas: Episódios mitológicos; Cenas de caça; Jogos; Cenas de género; Naturezas-mortas.