1. Trabalho realizado por: André Guerra Nº4, Cátia Neves nº5, Hugo Pena Nº8 e Maria Santos Nº14
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2. Introdução
Com a realização deste trabalho pretendemos dar a conhecer à comunidade escolar
as diferentes ideologias políticas e a postura dos jovens face à política. Deste modo,
pesquisámos os diferentes partidos políticos com assento parlamentar e dados
estatísticos que demonstrem a opinião e comportamento dos eleitores e o
desinteresse dos jovens face à situação política.
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3. O que é a politica?
O termo política provém do grego polis, que significa cidade-estado. Cidade -
estado entende-se por uma comunidade de indivíduos que viviam de forma
organizada, subordinando os seus interesses individuais aos interesses da cidade,
tendo em vista o melhoramento da sociedade. Entende-se, portanto que a actividade
política é uma forma de organização harmoniosa. A politica é uma ciência normativa
que tem como objectivo o bem comum, assim trata de domínios fundamentais para a
vida em sociedade, como a justiça ; a saúde; o ambiente; as obras públicas; a
economia e agricultura.
Nos regimes ditatoriais , a prática política é inexistente , uma vez que este
regime tem em vista a continuidade do ditador no poder. Pelo contrário, numa
sociedade democrática , com base nos conceitos éticos de liberdade e justiça, existem
princípios inalienáveis respeitantes à dignidade da pessoa, como a Declaração
Universal dos Direitos do Homem , o que exige uma subordinação da actividade
política à ética.
A Filosofia Politica
A Filosofia Politica é uma das áreas da Filosofia que visa a análise crítica das
práticas políticas, com o fim de delinear formas de organização capazes de garantir e
promover a coexistência harmoniosa dos seus membros, gerindo interesses, recursos
e conflitos, com vista a realização do bem-estar colectivo. Esta disciplina é normativa
porque discute e avalia criticamente os seus fundamentos. Estas formas de
organização são diversas, daí a existência de diferentes ideologias e partidos políticos.
Política em Portugal
Hoje em dia o estado da política descredibiliza-a, as pessoas interessam-se
cada vez menos e as que ainda se interessam estão desapontadas. As consequências
que daqui advém estão à vista: maior número de votos em branco e maior taxa de
abstenção. Dizem os políticos que as pessoas estão pouco sensibilizadas para esse
seu direito de voto, nós diríamos antes, que a população está sensibilizada à muito
para votar (direito cívico), contudo estão descrentes. Nos debates são poucas as
soluções e muitas as acusações, daí os eleitores não verem uma solução
politicamente correcta para governar o país, há uma descredibilização e um
desapontamento generalizado.
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4. Isto leva, por outro lado, a um desinteresse cada vez maior dos jovens pela politica.
Desde pequenos ouvem os pais fazer criticas à política, descrentes com os
governantes, receosos face à situação do país. Deste modo a política perde cada vez
mais importância no subconsciente de cada jovem (futuros eleitores). Sendo assim a
taxa de abstenção tende a aumentar.
Abstenção - Evolução desde as primeiras
eleições
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Abstenção
Fonte : Jornal de Notícias 29-05-2011 (adaptado)
Ideologias Políticas
Podemos classificar as posições políticas ou os partidos políticos como sendo de
esquerda e direita.
Esquerda Direita
Intervencionismo Liberalismo económico
económico
Economia socializada – Economia familiar – apoia as
apoiam as grandes pequenas e médias empresas
empresas
Estado grande Estado pequeno
Igualdade de renda Igualdade de oportunidade
Colectivismo Individualismo - privatizações
nacionalização
A vontade do povo A lei está acima da vontade do
acima da lei povo
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5. A oposição entre a esquerda e a direita é imprecisa e ampla, uma que resulta de
vários factores. Estes termos têm origem na Revolução Francesa , onde os membros
do terceiro Estado se sentavam à esquerda do rei enquanto os do clero e da nobreza
se sentavam à direita. Quando se realizavam as eleições para a assembleia, os fiéis
ao Rei ficaram do lado direito, enquanto os radicais ficaram do lado esquerdo . É daí
que vêm as designações "esquerda" e "direita".É curioso pensar o que seria da política
caso os realistas tivessem escolhido o lado esquerdo e os radicais do lado direito.
Partidos Políticos
Partido Socialista (PS)
O Partido Socialista Português é um partido político português que foi fundado a 10 de
Janeiro de 1875, na sequência do Congresso de Haia da Associação Internacional dos
Trabalhadores, o qual votara a criação de partidos socialistas nacionais.
Líder parlamentar : Francisco Assis
Partido Comunista Português (PCP)
Partido Comunista Português é um partido comunista, um dos partidos políticos mais
antigos e com mais história, ainda hoje existente e activo .
Líder parlamentar : Bernardino Soares
Bloco de Esquerda (BE)
O Bloco de Esquerda resultou da fusão de três forças políticas: a União Democrática
Popular, o Partido Socialista Revolucionário e a Política XXI, em 1998, as quais se
juntaram, posteriormente , outras forças políticas.
Líder parlamentar: José Manuel Pureza
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6. Partido Ecologista “Os Verdes”
O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) é um partido político português de esquerda
ecologista, fundado em 1982, apresentou-se sempre em coligação com o PCP na
Aliança Povo Unido (APU) e na Coligação Democrática Unitária (CDU).
Líder parlamentar : Heloísa Apolónia
Coligação Democrática Unitária
A CDU - Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) é uma coligação de esquerda,
formada pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Partido Ecologista "Os
Verdes" (PEV). Esta coligação formou-se em 1987, com o nome de "Coligação
Democrática Unitária" e a sigla (CDU).
Partido Social Democrata (PSD)
O Partido Social Democrata é um partido político português, fundado em 6 de Maio de
1974, por Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães
Mota sob o nome Partido Popular Democrático (PPD). Foi legalizado em Janeiro de
1975.
Líder parlamentar: Miguel Macedo
CDS – Partido Popular
O CDS - Partido Popular (CDS-PP) é um partido político inspirado pela democracia
cristã . Fundado em 19 de Julho 1974 por Diogo Freitas do Amaral, Adelino Amaro da
Costa, Basílio Horta, Vítor Sá Machado, Valentim Xavier Pintado, João Morais Leitão e
João Porto. O CDS integrou governos, sempre em coligação: com o PS de Mário
Soares; com o PSD e o PPM, constituindo a Aliança Democrática; e novamente com o
PSD após as eleições legislativas de 2002.
Líder parlamentar : Diogo Feio
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7. Estudo sobre a política
Estudo feito pela Universidade Católica em Janeiro de 2008
1. Interesse pela política, por sexo
Com a análise do quadro verifica-se que há uma diferença entre sexos relativamente
ao interesse político. Os homens interessam-se ligeiramente mais do que as mulheres,
no entanto, o problema prende-se com as elevadas percentagens de pouco ou
nenhum interesse pela política com 35,5 e 26,6% respectivamente.
2. Interesse pela política, por faixa etária
Através da análise do quadro constata-se que as percentagens são mais elevadas no
pouco interesse destacando-se os jovens dos 15-17 anos e dos 18-29, e nenhum
interesse os mais de 65 anos, sendo uma grave problemática os baixos valores
registados em muito interesse.
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8. 3. Média de interesse pela política segundo país e faixa etária
Com a análise do quadro verificamos que a média do interesse da população
portuguesa pela política é das mais baixas da Europa sendo equiparada com a
Letónia e da Eslovénia, por exemplo. Este quadro reflecte a crise mundial associada
ao mau desempenho dos governantes.
Fonte dos quadros :
http://www.presidencia.pt/archive/doc/Os_jovens_e_a_politica.pdf
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9. Conclusão
Com a realização deste trabalho concluímos que a taxa de abstenção e o
número de votos em branco resulta da situação política actual que desacredita os
eleitores, nomeadamente os jovens. Os jovens não se identificam com os líderes
políticos e poucos são os que acompanham a campanha eleitoral e os debates, criam-
se assim condições para um desinteresse cada vez maior.
Um jovem promissor deveria ingressar na
política para assim poder continuar
prometendo para toda a vida.
(Robert Byrne)
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