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Introdução
O município paulista de Campos do Jordão (Figura 1)
apresenta um histórico significativo de acidentes de
natureza geodinâmica, com destaque para três grandes
eventos, ocorridos em 1972, 1991 e 2000.
No período de 1999 a 2013, dados da Defesa Civil
Estadual indicaram 38 ocorrências com acionamento deste
órgão, em sua maioria associadas a eventos de
deslizamentos, muitas das quais recorrentes em
determinados locais (IG 2014)1
. Pesquisa realizada em
jornais da região permitiu a identificação de 97 registros
relacionados a diferentes tipos de eventos ocorridos nos
últimos 14 anos:
- 51 sobre deslizamentos;
- 32 relativos a enchentes/inundações/alagamentos;
- 13 envolvendo venda-vais e temporais; e
- 1 registro sobre sub-sidência/afundamento.
Com o objetivo de fornecer subsídios técnicos
essenciais para a gestão de riscos no Município, foi
elaborado um abrangente estudo envolvendo todo o seu
território e contemplando a avaliação de quatro tipos de
perigos e riscos geológicos: escorregamentos, inundação,
erosão e solapamento de margens (IG 2014). Alguns
resultados deste estudo são aqui sinteticamente
apresentados, enfocando a avaliação de áreas de risco em
escala de detalhe e sua aplicabilidade na gestão de riscos.
Materiais e Métodos
Agradecimentos
O mapeamento de risco, por meio da análise das características do meio físico e do uso e
ocupação territoriais, visa a delimitação de setores conforme a criticidade de cada situação de risco
identificada, configurando-se no suporte mínimo para as soluções de gerenciamento, prevenção,
monitoramento, mitigação e redução dos riscos. Este trabalho adota como base conceitual e
metodológica para avaliação de risco e desastres a apresentada em UN-ISDR (2004, 2009) e
Tominaga et al (2009), onde: Risco = Perigo x Vulnerabilidade x Dano Potencial. Ou seja, no
processo de mapeamento e análise de risco estão envolvidas as etapas de avaliação dos perigos
potenciais e das condições de vulnerabilidade que podem potencializar a ocorrência de danos às
pessoas, bens e propriedades, meios de subsistência e ao meio ambiente dos quais a sociedade
depende.
Os autores agradecem aos colegas do Instituto Geológico, à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil
(CEDEC) e à Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Campos do Jordão.
ÁREAS ALVO PARA ESTUDOS DE DETALHE
MAPEAMENTO de Risco na escala LOCAL
OBTENÇÃO DE ATRIBUTOS RELACIONADOS AO PERIGO,
À VULNERABILIDADE, AO DANO POTENCIAL
MODELAGEM, SETORIZAÇÃO E ANÁLISE DE RISCO
MAPAS DE ÁREAS DE RISCO DE ESCORREGAMENTO,
INUNDAÇÃO, EROSÃO E SOLAPAMENTO DE
MARGENS
MAPEAMENTO de Risco na escala REGIONAL
DEFINIÇÃO DE UNIDADES TERRITORIAIS BÁSICAS
(UTB)
DEFINIÇÃO/OBTENÇÃO DE ATRIBUTOS E SELEÇÃO DE
FATORES DE ANÁLISE DOS PROCESSOS
MODELAGEM E CÁLCULO DAS VARIÁVEIS
DE RISCO
MAPAS DE PERIGOS MAPA DE VULNERABILIDADE MAPA DE DANO POTENCIAL
MAPAS DE RISCO DE ESCORREGAMENTO, INUNDAÇÃO, EROSÃO, COLAPSO E SUBSIDÊNCIA DE SOLOS
CARTOGRAFIA DE RISCO
INVENTÁRIO DE INFORMAÇÕES E DADOS SOBRE EVENTOS E ACIDENTES
- Levantamento em banco de dados da Defesa Civil Municipal e Estadual e notícias veiculadas na mídia impressa e
eletrônica; - Pesquisa bibliográfica; - Interpretação de imagens de sensoriamento remoto
Figura 2. Estrutura metodológica para análise de riscos adotada pelo
Instituto Geológico.
O estudo envolveu as
seguintes etapas metodológicas,
detalhadas em IG (2014) (Figura 2):
1
1. Instituto Geológico - SMA. 2014e. Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de
margens de drenagens - Município de Campos do Jordão, SP. Relatório Técnico / Eduardo de Andrade (Coordenação). – São Paulo :
IG/SMA, 2014. 3 vol. ISBN 978-85-87235-21-3. Disponível em http://www.sidec.sp.gov.br/producao/map_risco/
Figura 1. Localização do Município de
Campos do Jordão – SP. Possui área de 290
km2 e está situado na Unidade de
Gerenciamento de Recursos Hídricos da Serra
da Mantiqueira (UGRHI-1), a uma altitude de
1.628 metros. População de 48.497
habitantes (SEADE 2013) e densidade
populacional é de 167,2 hab/km2, sendo que
99,38% da população de Campos do Jordão
situam-se em zona considerada urbana .
Figura 3. Distribuição dos 175 setores de risco identificados e caracterizados
no Mapeamento de Áreas de Risco em Campos do Jordão (SP). No detalhe
de uma das áreas de risco (à esquerda), exemplo de setorização de risco de
escorregamento e de perigo (área hachurada) e risco de inundação .
Eduardo de Andrade* - eduardo@igeologico.sp.gov.br; Maria José Brollo* - mjbrollo@igeologico.sp.gov.br
* INSTITUTO GEOLÓGICO – SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. www.igeologico.sp.gov.br
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO
JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014
Resultados e Discussão
Após terem sido definidas 40 áreas alvo para estudos de detalhe (levantamentos de campo,
classificação e setorização em escala 1:3000), os trabalhos resultaram no Mapa de Áreas de Risco
de Campos do Jordão, com a delimitação de 175 setores de risco (17% em risco muito alto, 26% em
risco alto, 38% em risco médio e 19% em risco baixo), compreendendo 3.985 moradias em risco
(com estimativa de 15.940 moradores) que perfazem aproximadamente 5% da mancha urbana do
município. Ou seja, cerca de 33% da população do município encontra-se em áreas de risco,
sendo que 2,6% situam-se em setores de risco de escorregamento com grau muito alto. Estes
resultados estão sintetizados no Quadro 1, Gráficos 1 e 2 e representados no Mapa de Áreas de
Risco e no Mapa de Perigo de Inundação (Figura 3). Alguns exemplos da localização e das
características das ocupações e podem ser observadas nas Fotos 1, 2 e 3.
Quadro 1. Síntese do resultado do Mapeamento de Áreas de Risco em Campos do Jordão. Agrupamento dos setores de
risco conforme tipo de processo e a classificação de risco, apresentando a identificação dos elementos em risco.
SETORES E ELEMENTOS EM RISCO X PROCESSO ANALISADO
R1 - risco baixo R2 - risco médio R3 - risco alto R4 - risco muito alto TOTAL
PROCESSOASSOCIADOAORISCO
ESCORREGAMENTOS
15 setores
(465 moradias)
50 setores
(981 moradias)
33 setores
(801 moradias; 1 grande
equipamento (escola pública); 32
estab. comerciais)
24 setores
(1288 moradias)
122 Setores (70%)
(3535 moradias; 1 grande
equipamento (escola pública); 32
estab. comerciais)
INUNDAÇÃO
18 setores
(92 moradias; 21 estab.
comerciais; 2 grandes
equipamentos; 2758m de vias
pavimentadas; 90m de vias sem
pavimentação)
17 setores
(158 moradias; 3 chalés de uma
pousada; 28 estab. comerciais; 3
grandes equipamentos (galpão;
clube; vila do artesanato);
2330m de vias pavimentadas;
170m de vias sem
pavimentação)
12 setores
(106 moradias; 1 chalé de uma
pousada; 1 hotel; 11 estab
comerciais; 685m de vias
pavimentadas; 115m de vias sem
pavimentação)
4 setores
(33 moradias; 115m de vias sem
pavimentação)
51 setores (29%)
(389 moradias; 4 chalés de uma
pousada; 1 hotel; 60 estab.
comerciais; 5 grandes equipamentos;
5773m de vias pavimentadas;490m de
vias sem pavimentação)
EROSÃO - - -
1 setor
(10 moradias)
1 setor (0,5%)
(10 moradias)
SOLAPAMENTO DE MARGEM
1 setor
(51 moradias)
- - -
1 setor (0,5%)
(51 moradias)
TOTAL
34 setores (19%)
(608 moradias; 21 estab.
comerciais; 2 grandes
equipamentos; 2758m de vias
pavimentadas; 90m de vias sem
pavimentação)
67 setores (38%)
(1139 moradias; 3 chalés de
uma pousada; 28 estab.
comerciais; 3 grandes
equipamentos (galpão; clube;
vila do artesanato); 2330m de
vias pavimentadas; 170m de
vias sem pavimentação)
45 setores (26%)
(907 moradias; 1 chalé de uma
pousada; 1 hotel; 43 estab.
comerciais; 1 grande equipamento
(escola pública); 685m de vias
pavimentadas; 115m de vias sem
pavimentação)
29 setores (17%)
(1331 moradias; 115m de vias sem
pavimentação)
175 setores
(3985 moradias; 4 chalés de uma
pousada; 1 hotel; 92 estab.
comerciais; 6 grandes equipamentos;
5773m de vias pavimentadas;490m de
vias sem pavimentação)
Conclusões
O desenvolvimento urbano desordenado tem como uma de suas consequências o aumento dos
níveis de risco de desastres naturais, principalmente quanto à ocorrência de escorregamentos e
inundações. O instrumento para o planejamento urbano mais utilizado é o Plano Diretor ou Plano de
Ordenamento Territorial, que indica o que pode ser realizado em cada área do município, orientando
as prioridades de investimentos e os instrumentos urbanísticos que devem ser implementados, tendo
como base a carta geotécnica e o mapeamento de áreas de risco.
Assim, o mapeamento de áreas de risco em escala local, munido de propostas estruturais, não
estruturais e preventivas de cunho geral, constitui instrumento fundamental para o gerenciamento
das situações de risco por parte do Poder Público. Os resultados deste estudo permitem ao Governo
Municipal, principal agente na promoção do adequado uso e ocupação do território, dar continuidade
ao gerenciamento de riscos que já vem sendo empreendido, por meio de aprimoramento e
atualização constante, com o propósito de mitigar o risco e evitar a ocupação de áreas inadequadas.
Foto 3. Vista geral do morro do Britador e da Vila
Ferraz, situada no vale formado pelo Rio Capivari,
ambos locais sujeitos a movimentos gravitacionais de
massa e a enchentes/inundações, respectivamente.
a) Inventário de dados e informações sobre
eventos e acidentes em áreas de risco;
b) Definição de unidades de análise (áreas-
alvo);
c) Pré-setorização e obtenção dos atributos
de análise;
d) Modelagem, setorização e análise de
risco;
e) Indicação de recomendações técnicas
gerais;
f) Produção de cartografia de risco em
escala local, alimentação e utilização do
SGI-RISCOS-IG (Sistema Gerenciador de
Informações de Risco do Instituto
Geológico).
15
(8,6%)
50
(28,6%)
33
(18,9%)
24
(13,7%)
18 (10,3%)
17 (9,7%)
1 (0,6%)
4 (2,3%)
51 (29,1%)
12 (6,9%)
1 (0,6%)
122 (69,7%)
TIPO DE PROCESSO (Totalização)
1 (0,6%) 1 (0,6%) 389 (9,8%)3535 (88,7%)
TIPO DE PROCESSO (Totalização)
10 (0,3%) 51 (1,2%)
981
(24,6%)
801
(20,1%)
92 (2,3%)
158 (4,0%)
106(2,7%)
33 (0,8%)
1288
(32,3%)
465
(11,7%) 10 (0,3%) 51 (1,2%)
Gráfico 1. Distribuição dos 175 setores de risco
mapeados no Município de Campos do Jordão segundo
tipo de processo e grau de risco.
Gráfico 2. Distribuição das 3985 moradias presentes nos
setores de risco mapeados no Município de Campos do
Jordão segundo tipo de processo e grau de risco.
Foto 2. Ocupação em
setor de risco muito alto
(R4) de deslizamentos.
Foto 1. Ocupação localizada na Área 40 –
Abernéssia, junto aos taludes de margem do
Rio Capivari, em trecho sujeito a enchentes e
inundações.
ÁREA 18 – VILA ALBERTINA

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PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - Painel

  • 1. Introdução O município paulista de Campos do Jordão (Figura 1) apresenta um histórico significativo de acidentes de natureza geodinâmica, com destaque para três grandes eventos, ocorridos em 1972, 1991 e 2000. No período de 1999 a 2013, dados da Defesa Civil Estadual indicaram 38 ocorrências com acionamento deste órgão, em sua maioria associadas a eventos de deslizamentos, muitas das quais recorrentes em determinados locais (IG 2014)1 . Pesquisa realizada em jornais da região permitiu a identificação de 97 registros relacionados a diferentes tipos de eventos ocorridos nos últimos 14 anos: - 51 sobre deslizamentos; - 32 relativos a enchentes/inundações/alagamentos; - 13 envolvendo venda-vais e temporais; e - 1 registro sobre sub-sidência/afundamento. Com o objetivo de fornecer subsídios técnicos essenciais para a gestão de riscos no Município, foi elaborado um abrangente estudo envolvendo todo o seu território e contemplando a avaliação de quatro tipos de perigos e riscos geológicos: escorregamentos, inundação, erosão e solapamento de margens (IG 2014). Alguns resultados deste estudo são aqui sinteticamente apresentados, enfocando a avaliação de áreas de risco em escala de detalhe e sua aplicabilidade na gestão de riscos. Materiais e Métodos Agradecimentos O mapeamento de risco, por meio da análise das características do meio físico e do uso e ocupação territoriais, visa a delimitação de setores conforme a criticidade de cada situação de risco identificada, configurando-se no suporte mínimo para as soluções de gerenciamento, prevenção, monitoramento, mitigação e redução dos riscos. Este trabalho adota como base conceitual e metodológica para avaliação de risco e desastres a apresentada em UN-ISDR (2004, 2009) e Tominaga et al (2009), onde: Risco = Perigo x Vulnerabilidade x Dano Potencial. Ou seja, no processo de mapeamento e análise de risco estão envolvidas as etapas de avaliação dos perigos potenciais e das condições de vulnerabilidade que podem potencializar a ocorrência de danos às pessoas, bens e propriedades, meios de subsistência e ao meio ambiente dos quais a sociedade depende. Os autores agradecem aos colegas do Instituto Geológico, à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC) e à Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Campos do Jordão. ÁREAS ALVO PARA ESTUDOS DE DETALHE MAPEAMENTO de Risco na escala LOCAL OBTENÇÃO DE ATRIBUTOS RELACIONADOS AO PERIGO, À VULNERABILIDADE, AO DANO POTENCIAL MODELAGEM, SETORIZAÇÃO E ANÁLISE DE RISCO MAPAS DE ÁREAS DE RISCO DE ESCORREGAMENTO, INUNDAÇÃO, EROSÃO E SOLAPAMENTO DE MARGENS MAPEAMENTO de Risco na escala REGIONAL DEFINIÇÃO DE UNIDADES TERRITORIAIS BÁSICAS (UTB) DEFINIÇÃO/OBTENÇÃO DE ATRIBUTOS E SELEÇÃO DE FATORES DE ANÁLISE DOS PROCESSOS MODELAGEM E CÁLCULO DAS VARIÁVEIS DE RISCO MAPAS DE PERIGOS MAPA DE VULNERABILIDADE MAPA DE DANO POTENCIAL MAPAS DE RISCO DE ESCORREGAMENTO, INUNDAÇÃO, EROSÃO, COLAPSO E SUBSIDÊNCIA DE SOLOS CARTOGRAFIA DE RISCO INVENTÁRIO DE INFORMAÇÕES E DADOS SOBRE EVENTOS E ACIDENTES - Levantamento em banco de dados da Defesa Civil Municipal e Estadual e notícias veiculadas na mídia impressa e eletrônica; - Pesquisa bibliográfica; - Interpretação de imagens de sensoriamento remoto Figura 2. Estrutura metodológica para análise de riscos adotada pelo Instituto Geológico. O estudo envolveu as seguintes etapas metodológicas, detalhadas em IG (2014) (Figura 2): 1 1. Instituto Geológico - SMA. 2014e. Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens - Município de Campos do Jordão, SP. Relatório Técnico / Eduardo de Andrade (Coordenação). – São Paulo : IG/SMA, 2014. 3 vol. ISBN 978-85-87235-21-3. Disponível em http://www.sidec.sp.gov.br/producao/map_risco/ Figura 1. Localização do Município de Campos do Jordão – SP. Possui área de 290 km2 e está situado na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Serra da Mantiqueira (UGRHI-1), a uma altitude de 1.628 metros. População de 48.497 habitantes (SEADE 2013) e densidade populacional é de 167,2 hab/km2, sendo que 99,38% da população de Campos do Jordão situam-se em zona considerada urbana . Figura 3. Distribuição dos 175 setores de risco identificados e caracterizados no Mapeamento de Áreas de Risco em Campos do Jordão (SP). No detalhe de uma das áreas de risco (à esquerda), exemplo de setorização de risco de escorregamento e de perigo (área hachurada) e risco de inundação . Eduardo de Andrade* - eduardo@igeologico.sp.gov.br; Maria José Brollo* - mjbrollo@igeologico.sp.gov.br * INSTITUTO GEOLÓGICO – SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. www.igeologico.sp.gov.br PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 Resultados e Discussão Após terem sido definidas 40 áreas alvo para estudos de detalhe (levantamentos de campo, classificação e setorização em escala 1:3000), os trabalhos resultaram no Mapa de Áreas de Risco de Campos do Jordão, com a delimitação de 175 setores de risco (17% em risco muito alto, 26% em risco alto, 38% em risco médio e 19% em risco baixo), compreendendo 3.985 moradias em risco (com estimativa de 15.940 moradores) que perfazem aproximadamente 5% da mancha urbana do município. Ou seja, cerca de 33% da população do município encontra-se em áreas de risco, sendo que 2,6% situam-se em setores de risco de escorregamento com grau muito alto. Estes resultados estão sintetizados no Quadro 1, Gráficos 1 e 2 e representados no Mapa de Áreas de Risco e no Mapa de Perigo de Inundação (Figura 3). Alguns exemplos da localização e das características das ocupações e podem ser observadas nas Fotos 1, 2 e 3. Quadro 1. Síntese do resultado do Mapeamento de Áreas de Risco em Campos do Jordão. Agrupamento dos setores de risco conforme tipo de processo e a classificação de risco, apresentando a identificação dos elementos em risco. SETORES E ELEMENTOS EM RISCO X PROCESSO ANALISADO R1 - risco baixo R2 - risco médio R3 - risco alto R4 - risco muito alto TOTAL PROCESSOASSOCIADOAORISCO ESCORREGAMENTOS 15 setores (465 moradias) 50 setores (981 moradias) 33 setores (801 moradias; 1 grande equipamento (escola pública); 32 estab. comerciais) 24 setores (1288 moradias) 122 Setores (70%) (3535 moradias; 1 grande equipamento (escola pública); 32 estab. comerciais) INUNDAÇÃO 18 setores (92 moradias; 21 estab. comerciais; 2 grandes equipamentos; 2758m de vias pavimentadas; 90m de vias sem pavimentação) 17 setores (158 moradias; 3 chalés de uma pousada; 28 estab. comerciais; 3 grandes equipamentos (galpão; clube; vila do artesanato); 2330m de vias pavimentadas; 170m de vias sem pavimentação) 12 setores (106 moradias; 1 chalé de uma pousada; 1 hotel; 11 estab comerciais; 685m de vias pavimentadas; 115m de vias sem pavimentação) 4 setores (33 moradias; 115m de vias sem pavimentação) 51 setores (29%) (389 moradias; 4 chalés de uma pousada; 1 hotel; 60 estab. comerciais; 5 grandes equipamentos; 5773m de vias pavimentadas;490m de vias sem pavimentação) EROSÃO - - - 1 setor (10 moradias) 1 setor (0,5%) (10 moradias) SOLAPAMENTO DE MARGEM 1 setor (51 moradias) - - - 1 setor (0,5%) (51 moradias) TOTAL 34 setores (19%) (608 moradias; 21 estab. comerciais; 2 grandes equipamentos; 2758m de vias pavimentadas; 90m de vias sem pavimentação) 67 setores (38%) (1139 moradias; 3 chalés de uma pousada; 28 estab. comerciais; 3 grandes equipamentos (galpão; clube; vila do artesanato); 2330m de vias pavimentadas; 170m de vias sem pavimentação) 45 setores (26%) (907 moradias; 1 chalé de uma pousada; 1 hotel; 43 estab. comerciais; 1 grande equipamento (escola pública); 685m de vias pavimentadas; 115m de vias sem pavimentação) 29 setores (17%) (1331 moradias; 115m de vias sem pavimentação) 175 setores (3985 moradias; 4 chalés de uma pousada; 1 hotel; 92 estab. comerciais; 6 grandes equipamentos; 5773m de vias pavimentadas;490m de vias sem pavimentação) Conclusões O desenvolvimento urbano desordenado tem como uma de suas consequências o aumento dos níveis de risco de desastres naturais, principalmente quanto à ocorrência de escorregamentos e inundações. O instrumento para o planejamento urbano mais utilizado é o Plano Diretor ou Plano de Ordenamento Territorial, que indica o que pode ser realizado em cada área do município, orientando as prioridades de investimentos e os instrumentos urbanísticos que devem ser implementados, tendo como base a carta geotécnica e o mapeamento de áreas de risco. Assim, o mapeamento de áreas de risco em escala local, munido de propostas estruturais, não estruturais e preventivas de cunho geral, constitui instrumento fundamental para o gerenciamento das situações de risco por parte do Poder Público. Os resultados deste estudo permitem ao Governo Municipal, principal agente na promoção do adequado uso e ocupação do território, dar continuidade ao gerenciamento de riscos que já vem sendo empreendido, por meio de aprimoramento e atualização constante, com o propósito de mitigar o risco e evitar a ocupação de áreas inadequadas. Foto 3. Vista geral do morro do Britador e da Vila Ferraz, situada no vale formado pelo Rio Capivari, ambos locais sujeitos a movimentos gravitacionais de massa e a enchentes/inundações, respectivamente. a) Inventário de dados e informações sobre eventos e acidentes em áreas de risco; b) Definição de unidades de análise (áreas- alvo); c) Pré-setorização e obtenção dos atributos de análise; d) Modelagem, setorização e análise de risco; e) Indicação de recomendações técnicas gerais; f) Produção de cartografia de risco em escala local, alimentação e utilização do SGI-RISCOS-IG (Sistema Gerenciador de Informações de Risco do Instituto Geológico). 15 (8,6%) 50 (28,6%) 33 (18,9%) 24 (13,7%) 18 (10,3%) 17 (9,7%) 1 (0,6%) 4 (2,3%) 51 (29,1%) 12 (6,9%) 1 (0,6%) 122 (69,7%) TIPO DE PROCESSO (Totalização) 1 (0,6%) 1 (0,6%) 389 (9,8%)3535 (88,7%) TIPO DE PROCESSO (Totalização) 10 (0,3%) 51 (1,2%) 981 (24,6%) 801 (20,1%) 92 (2,3%) 158 (4,0%) 106(2,7%) 33 (0,8%) 1288 (32,3%) 465 (11,7%) 10 (0,3%) 51 (1,2%) Gráfico 1. Distribuição dos 175 setores de risco mapeados no Município de Campos do Jordão segundo tipo de processo e grau de risco. Gráfico 2. Distribuição das 3985 moradias presentes nos setores de risco mapeados no Município de Campos do Jordão segundo tipo de processo e grau de risco. Foto 2. Ocupação em setor de risco muito alto (R4) de deslizamentos. Foto 1. Ocupação localizada na Área 40 – Abernéssia, junto aos taludes de margem do Rio Capivari, em trecho sujeito a enchentes e inundações. ÁREA 18 – VILA ALBERTINA