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E. E. Infante Dom Henrique - 2009
    Professora Luiza Thomé
HIStÓRIAS CRIADAS

 A Casa à Esquerda                              Cláudia dos Santos       1º B   pg.    4
A Dor de Uma Despedida                          Bruna Mendes             1º E   pg.    5
A Nação                                         Pedro Lúcio              1º C   pg.    6
A Origem dos Homens                             William Rodrigues        1º A   pg.   10
A Vida Além das Páginas Coloridas               Samantha                 1º D   pg.   11
A Vida Como Ela É                               Nathália Coimbra         1º C   pg.   12
Amor Eterno                                     Jéssica Cardoso          1º E   pg.   13
Amor Que Não Acabou                             Juliana Souza            1º E   pg.   14
Amor Virtual                                    Bruna Yukari             1º A   pg.   15
Banda Forplay                                   Marx Bruno               1º A   pg.   20
Brasil Deve se Preocupar Mais Com O
Que Vai Ganhar Com As Olimpíadas                Juliana Turci            1º D   pg. 22
Chocar Caminhão                                 Rosangela Ana            1º D   pg. 23
Descobrindo Um Novo Mundo                       Samira Ramos             1º A   pg. 24
Dicas Para Um Emocional Bem Estruturado
e Uma Vida Bem Humorada                         Josielle Ingrid Moura    1º E   pg.   25
Espírito Velho                                  Carolina Moreno          1º A   pg.   28
Eu Já Vi Essa Cena Antes!                       Karina Alves             1º E   pg.   30
Futebol, Uma Profissão de Responsabilidade      Matheus de Sá            1º B   pg.   34
Ilusão                                          Maria Carolina           1º D   pg.   36
Inesperado Amor                                 Crislaine Reis           1º B   pg.   38
Maria Solidão                                   Matheus Cosmo            1º D   pg.   40
Minha História de Amor                          Aline Fernanda           1º B   pg.   41
Mudança de Hábito                               Bruno Gutierres          1º B   pg.   43
Namorado X Pai                                  Renata Riccio            1º E   pg.   45
O Amor Vence as Diferenças                      Thais Rodrigues          1º B   pg.   47
O Boca de Jacaré                                Cezar Augusto Cordeiro   1º A   pg.   49
O Caminho da Esperança                          Carlos Henrique          1º B   pg.   50
O Caminho da Luz                                Suellen Lisboa           1º A   pg.   51
O Cara Apaixonado                               Bruna do Prado           1º A   pg.   53
Caval e a Floresta                              Alexandre Veríssimo      1º E   pg.   54
O Estranho Vingador                             Guilherme Pereira        1º D   pg.   57
O Menino Que Enfrenta Várias Dificuldades       Samuel dos Santos        1º E   pg.   58
O Meu Eterno Amor                               Jaqueline de Souza       1º B   pg.   59
O Ônibus                                        Pamella Nunes            1º D   pg.   60
O Segredo de Emily Vandenberghe                 Thaís Garofalo           1º C   pg.   61
O Sol                                           Wellington Luiz          1º A   pg.   64
Passeio de Metrô                                Milene Estevam           1º A   pg.   66
Quando Crescer                                  Natali Bernardes         1º A   pg.   67
Rotina Escolar Feminina (Conversa de Macho)     Alessandra Souza         1º B   pg.   68
Ser Um Fracassado Ou Não, A Escolha É Sua       Thais Fabíola            1º E   pg.   69
Superação                                       Murilo Batista           1º E   pg.   70
Titãs                                           Caio Dantas              1º A   pg.   71
Um Dia Com Os Ídolos                            Juliana Midori           1º C   pg.   73
Um Dia Comum                                    Bruno Rocha              1º D   pg.   76
Um Grande Sonho                                 Camila de Freitas        1º D   pg.   77
A CASA À ESQUERDA

       Conheci uma garota especial, ela era nova na escola, muito linda. Nossa! Parecia uma princesa,
seus olhos eram como o mar; queria saber se seus lábios eram doces como o mel. Sabia que ela não podia
namorar, pois seu pai não permitia. Depois de um tempo, com mais intimidade, eu comecei a recitar
poemas para ela, pois dizia que meus poemas eram lindos. Em seu aniversário, fiz um Poema especial;
quando recitei, ela chorou de tanta felicidade, mal pude acreditar, naquele mesmo dia, ela me deu um
beijo nos lábios que quase desmaiei. Agora tinha certeza de que seus lábios eram doces como o mel.
       No dia seguinte, na escola, eu pude chegar com ela de mãos dadas. Nossa! Todo mundo nos
olhou como se fosse coisa de outro mundo, mas éramos apenas “namorados”, mas para ela era como se
fôssemos amigos.
       Passaram-se três meses, ela já estava fria comigo, como se estivesse com nojo de chegar perto
ou como se eu nunca tivesse tomado um banho, como se eu fosse um bicho asqueroso, nem ao menos
me cumprimentou ou mandou um recado, nada. Puxa! Fiquei mesmo muito chateado com ela, nem a
capacidade de me informar o que aconteceu entre nós; ficamos assim por muito tempo.
       Chegou uma vez que ela começou a faltar muito à escola, nem me ligar ela ligou. Meu Deus!
Fiquei quase louco, longe dela mais de um mês sem tocá-la, beijá-la ou ao menos ouvir o doce som de
sua voz.
       Então resolvi ir até sua casa para ver o que estava acontecendo. Ao chegar lá, sua mãe me disse
que ela estava com uma doença que nem os médicos haviam descoberto e que ela estava morrendo aos
poucos. Nossa! Fiquei arrasado, pois era justamente a garota que eu esperava, que morava à esquerda da
minha casa.
       Com o passar do tempo, ela só piorou; a doença tomava cada vez mais conta de seu corpo, e eu ali
sofrendo junto, naquele leito de hospital mesmo não podendo fazer nada para ajudá-la. O tempo passou
e cada vez pior, os médicos tentaram de tudo para salvá-la, mas não foi possível.
       Fiquei tão arrasado que nem tive forças para ir ao seu enterro, pedi para que sua mãe se despedisse
dela por mim.
       Passaram-se três meses desde a sua morte e eu ainda pensava nela, em seu jeito, seu beijo, sua
pele, mas não pude acreditar que ela não me disse a verdade, que estava doente; não confiou em mim,
para que passássemos essa barra juntos; foi a pior das traições que ágüem pode fazer com a pessoa que
nos ama. Fazer o quê, se quem ama perdoa, como eu, perdoei todos seus erros, mas sei de uma coisa
ainda, vamos nos encontrar onde for, mas, enquanto isso, a saudade me mata, eu só aqui pensando em
seu perfume, e não esquecerei que seu lábio tem o sabor do mel.
       Para sempre te amarei.

                                                           Cláudia dos Santos Moreira nº 13 1º B / 2009




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A DOR DE UMA DESPEDIDA

        Tudo começou quando eu tinha aproximadamente dois anos. Eu era uma criança muito alegre e
mimada por todos. Até que minha mãe engravidou de novo, foi uma gravidez muito complicada, mas no
final correu tudo bem, graças a Deus.
        No dia 19 de janeiro de 1995, minha mãe deu à luz um lindo menino que recebeu o nome de
Gabriel e, a partir daquele momento nos tornamos uma família feliz.
        Nossos dias eram bem organizados: minha mãe ficava em casa cuidando de nós, e assim crescemos
amados e amparados por todos. Até que um dia, meu irmão adoeceu, teve febre. Como quase sempre a
gente ficava doente devido à bronquite, minha mãe levou-o ao médico e a pediatra receitou um remédio
para a febre e o resto do dia passou bem, só que, quando chegou a noite, ele choramingou muito e mamou
quase a noite inteira. Quando amanheceu, minha avó levantou, como de costume, foi até nós dar um beijo
para poder ir trabalhar; deu água para ele, e logo notou umas manchas vermelhas no rosto dele. Achou
melhor minha mãe levá-lo ao médico novamente, pois parecia grave.
        Minha mãe se apavorou e chamou o vizinho para levá-lo ao hospital. Chegando lá, foi uma
correria, pois a pediatra não estava na sala, todas as enfermeiras procuravam a médica, pois só de verem
o meu irmão, já sabiam que era grave. Achando-a, avisaram da urgência. Veio correndo, atendeu e passou
exames para meu irmão fazer.
        Diagnosticado, a médica chamou minha mãe, avisou que ele estava com meningite (uma doença
contagiosa). Imediatamente, ele foi transferido para a UTI e isolado. Cuidaram dele, mas o médico logo
avisou à minha mãe que só Deus para salvá-lo e, se caso ele sobrevivesse, iria levar uma vida vegetativa.
Nessa hora, minha mãe entregou a vida dele nas mãos de Deus e falou: “Deus, faça a sua vontade, que
eu respeitarei.”
        Como eu era pequena demais, chorava muito querendo minha mãe, sendo assim, sem poder fazer
nada no hospital, ela veio para casa para cuidar de mim, com a promessa do médico de que, se acontecesse
alguma coisa, ele a avisaria.
        Minha mãe passou a noite inteira comigo, e quando chegou de manhã, ela já estava saindo para
visitá-lo. Chegou minha avó e a minha tia chorando muito, dando uma triste notícia: que meu irmão
Gabriel havia falecido.
        Esse dia parecia não ter mais fim, dizem que nunca viram um enterro tão triste, estava cheio de
gente, todos sofriam muito, gritavam o apelido de “Biel, Biel”.
        Bom, hoje já faz 14 anos que ele se foi, cresci, já estou com 16 anos, tenho uma irmã de dois anos,
que se chama Beatriz.
        Mas até hoje eu sinto a falta dele, pois a saudade é profunda que nem o tempo vai fazer passar.

                             “Pois a dor de uma partida é pra sempre...”

                                                             Bruna Mendes de Oliveira nº 02 1º E / 2009




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A NAÇÃO

        Em um vilarejo onde viviam o trovador, o cavaleiro do rei e os dois arqueiros, havia um rei bondoso
e generoso. O povo dessa terra se orgulhava de dizer “Arquimedes governa meu reino”, poucas guerras
eram travadas e os impostos eram baixos e todo o povo era leal ao rei.
        Em uma manhã típica de domingo, quando o trovador já fazia suas poesias sobre o nascer do sol, o
cavaleiro do rei já limpava sua espada, e os arqueiros praticavam com suas flechas, um aviso foi pregado na
praça central da cidade, ele causava choro e espanto em todas as pessoas que ali habitavam, ele informava:
        “É com grande tristeza que informamos que o rei Arquimedes, infelizmente foi encontrado morto
em seu jardim, a cerimônia de coroação do novo rei será amanhã, às 9 horas. É obrigatória a presença de
todos os habitantes.”
        O trovador cantava cantigas tristes em sua lira, os arqueiros fugiram em seus cavalos, e o soldado
leal ao rei chorava.
        O povo não sabia o que fazer. O que seria deles agora? Mas não restava nada a fazer.
        Na manhã seguinte, todo o povo se reuniu no palácio para a cerimônia de coroação. Não demorou
muito para começar, o príncipe parecia estar com muita pressa de ser coroado. O cavaleiro Pierre, os arqueiros
Robin e Jau e o poeta, cujo nome ninguém sabia, estavam reunidos em um canto do salão conversando, um
velho passou por eles e todos olharam como se estivessem perguntando: “Quem é ele?”, mas logo o velho
desandou a falar:
        _ Meu nome é Hélio e venho de longe para dar um aviso: aquele que vocês estão enterrando não está
morto e nem pensa em morrer tão cedo. Quatro jovens devem descobrir o mistério para salvar sua nação,
conforme diz a profecia, perigos estão prestes a ser descobertos e o filho do soberano, também, está prestes
a se rebelar.
        Logo depois de o velho fazer seu discurso, uma flecha atravessou o salão e o acertou na cabeça.
Ninguém viu de onde ela veio.
        O novo rei tomou a palavra:
        _ Não prestem atenção nesse velho, ele devia ser do reino inimigo e estava querendo atrapalhar a
coroação.
        E assim a cerimônia prosseguiu, mas Robin decidiu dar uma olhada no corpo do velho e percebeu
um brilho em seu pescoço, chegou mais perto e logo viu que era um medalhão, mas o medalhão tinha uma
coisa muito estranha, estava com o símbolo da família real e dizia: “conselheiro do primeiro rei de nossa
terra”.
        Seria possível o conselheiro do primeiro rei estar vivo e dizendo a verdade? Robin ficou confuso
e logo foi alertar seus amigos; eles também ficaram perturbados. Robin decidiu abrir o medalhão e dentro
dele havia um mapa que levava para uma floresta proibida a todos os habitantes. Eles não pensaram duas
vezes, planejaram sair logo pela manhã, já que a floresta estava próxima do palácio. E a festa prosseguiu
durante toda a noite.
        Na manhã seguinte, eles levantaram cedo e dirigiram-se para a saída da cidade, foram o poeta, os
arqueiros, Robin e Jau e o cavaleiro do rei, Pierre. Já estavam saindo da cidade, quando avistaram uma
esquadra inteira comandada pelo atual rei. Um soldado perguntou:
        _ Aonde vão?
        Todos permaneceram em silêncio.
        _ Eu perguntei: aonde vão?
        Continuaram em silêncio.
        De repente, o rei levantou sua espada e foi em direção a eles com seu cavalo, como se quisesse matar
um deles. Pierre se atirou na frente com seu escudo para salvar a vida de Robin. Enquanto isso, os outros
já se adiantaram a tomar os cavalos dos soldados, pois esses eram poucos. Depois de alguns minutos, os
soldados já estavam dominados e o rei estava amordaçado e choramingando. Eles decidiram prosseguir
floresta adentro com os cavalos, porque já imaginavam que o resto dos soldados estivesse a caminho,
pois teriam notado a demora da tropa. E foram. Quando já estava a dar meio-dia, resolveram parar para
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descansar em uma casa velha que encontraram no meio da floresta. Jau foi o primeiro a apear do cavalo e
foi entrando na casa, mas espantou-se, a casa que era muito mal conservada por fora, revelou-se um belo
lar por dentro. Eles se sentaram nas poltronas, Pierre decidiu dar mais uma olhada no mapa do medalhão
e espantou-se. Aparentemente, o mapa havia mudado e agora exibia um mapa de toda a casa e logo abaixo
estava escrito: “Casa do mestre da floresta”.
        O poeta espantou-se, mas os outros não entenderam o motivo de tal espanto; o poeta logo
começou a cantar:
Aquele que um desejo quiser
Com o mestre da floresta deve falar
Sem gaguejar nem se amedrontar
Por um desafio deve passar
E o desejo vai conquistar.
        Todos ficaram um pouco amedrontados porque uma vez o poeta disse que todo o reino ficaria seis
dias sem chuva e sua profecia se realizou, assim como ele havia dito que haveria falta de alimentos porque
os deuses não estavam satisfeitos e assim aconteceu, a falta de alimentos havia durado dois anos, só parou
quando o povo pediu desculpas aos deuses.
        Eles estavam preocupados, mas todos estavam confiantes de que se a história dos desafios fosse
verdadeira, eles provavelmente venceriam com facilidade e teriam todos os seus desejos alcançados. Depois
de horas sentados nas poltronas confortáveis e já desacreditando na cantiga do poeta, uma voz levantou-se
do fundo da sala. Todos se olharam como se perguntassem uns aos outros: “você disse algo?”.
        Uma criatura muito estranha, para não dizer horrível, se levantou do chão, parecia ser feita de folhas
secas com galhos e musgo, tinha flores no lugar dos olhos e cipós no lugar dos braços. Todos já estavam
com suas armas apontadas e prontas para atacar, quando a criatura começou a se mexer e a se desmanchar.
Tomou outra forma muito diferente da primeira aparência, transformou-se em um velho com uma roupa de
cor roxa e dois bigodes que pareciam ser feitos com o cipó de alguma árvore e sua pele parecia ser feita de
cascas de árvores. Ele disse:
        _ Desculpe pelo susto, eu apena estava testando esse novo traje..., mas e vocês o que fazem
em minha casa?
        O poeta logo desandou a cantar:
Famintos e cansados nós estávamos,
Caminhando e cantando,
Uma moradia nós encontramos
E logo nós adentramos
Para nos abrigar
E a realização de um desejo aguardar.
        Pierre, meio sem entender nada, disse:
        _ É... É... isso que ele disse.
        Os outros concordaram a balançar suas cabeças. O mestre da floresta logo disse com uma cara de
total desânimo:
        _ Que ótimo! Mais um bando de viajantes querendo ter desejos inúteis alcançados sem me dar nada
em troca, mas é sempre assim, já devia ter me acostumado... Então o que vai ser? Dinheiro, bebidas, armas,
podem falar.
        Todos ficaram espantados com o desânimo do mestre da floresta, mas não se contiveram
começaram a falar desordenadamente todos os seus desejos, e todos ao mesmo tempo. O mestre da
floresta levantou a sua mão e com um gesto fez com que todos se calassem apenas Pierre continuou
falando. O mestre tomou a palavra:
        _ Pode pedir e lembre-se: apenas um desejo, e não se esqueça, quanto mais complicado o desejo,
mais difícil será seu desafio. Pierre disse?
        _ Uma espada que possa cortar qualquer coisa e não se quebre jamais.
        E o mestre disse:
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_ Um difícil, muito difícil, isso requer um bom desafio, e os dois arqueiros o que querem?
        _ Flechas que não se acabem nunca e que furem qualquer coisa – responderam os dois ao
mesmo tempo.
        _ E você, poeta, o que quer? – perguntou o mestre.
        _ Um papel. – disse o poeta.
        O pedido do poeta espantou a todos, porque era absurdo alguém pedir uma folha de papel quando se
pode pedir qualquer outra coisa melhor. Então o mestre tomou a liberdade de perguntar o que ele faria com
apenas uma folha de papel e ele respondeu:
        _ Às vezes, as coisas mais insignificantes podem ser as coisas que fazem a diferença.
        O mestre fez uma cara de quem entendeu a mensagem, mas os outros ainda achavam absurdo o
pedido do poeta. Então o mestre disse:
        _ Vamos começar os desafios: primeiro você, poeta, está vendo aquela mosca perto da janela?
        _ Sim. – disse o poeta, logo se virando para observar uma pequena mosca que lutava para sair pela
janela fechada.
        _ Sua missão é capturar a mosca, mas sem matá-la.
        Então o poeta pegou um vidro que estava em cima de uma mesa ao seu lado e capturou a mosca sem
maiores dificuldades.
        _ Vire-se e feche os olhos.
        O poeta obedeceu.
        _ Pode olhar. – disse o mestre.
        Quando ele se virou, tinha uma folha de papel nas mãos do mestre e seus amigos estavam com a cara
de quem tinha visto um fantasma. Ele logo tratou de guardar sua folha de papel.
        _ Agora é a vez dos arqueiros, já que seus pedidos são iguais, o que vocês devem fazer é fixar uma
mosca no tronco de uma árvore com suas flechas e sem matá-la a uma distância de cinco metros. Aquilo
parecia impossível de ser feito, como eles conseguirão fixar uma mosca no tronco de uma árvore sem matá-
la?
        O mestre saiu da casa e foi em direção ao jardim, pediu ao poeta que pegasse a mosca no vidro e o
acompanhasse, então o mestre abriu o vidro e soltou a mosca perto de uma árvore e logo depois disse:
        _ Podem começar, cada um tem duas chances e se um acerta, garante a vitória dos dois.
        Robin decidiu que seria o primeiro, ele esperou a mosca ficar parada por alguns instantes, mas de
nada adiantou, a flecha foi parar quase um metro longe da mosca. Tentou a segunda, dessa fez a flecha foi
parar em outra árvore que estava ao lado. Então Jau logo se adiantou na frente da árvore, esperou a mosca
pousar e atirou...
        Aparentemente, a flecha tinha parado bem ao lado da mosca, mas a mosca se mexia muito e não saía
do lugar. O mestre decidiu ir dar uma olhada mais de perto. Ele olhou durante muito tempo e então disse:
        _ Meus parabéns! A mosca está fixada pela asa. Aqui está seu prêmio.
        Então ele tirou de suas vestes roxas dois estojos cheios de flechas douradas.
        _ Agora é sua vez, Pierre, seu desafio é destruir aquele manequim que está ali perto do poço.
        Pierre se virou e havia um espantalho velho próximo ao poço. Então o mestre continuou a falar:
        _ Mas você deve fazer isso montado em um cavalo e vendado, seus amigos podem ajudá-lo.
        Todos ficaram com um frio na barriga, parecia que dessa vez eles não iriam conseguir. Mas, mesmo
assim, eles tentaram. Depois de Pierre quase ter acertado Robin duas vezes com a espada e ter cortado os
cabelos do poeta cinco vezes, ele finalmente conseguiu acertar o espantalho.
        O mestre da floresta parecia estar se divertindo muito ao ver o esforço de todos.
        Quando Pierre tirou a venda que cobria seus olhos, havia uma espada feita de prata nas mãos do mestre.
        _ Agora que todos alcançaram seus desejos, eu acho que vou embora. – disse o mestre.
        Todos se espantaram ao ver que o mestre havia se transformado em uma árvore aparentemente
normal, então decidiram tomar seus caminhos a cavalo.
        Depois de horas cavalgando pela floresta e sempre seguindo o mapa, já estavam todos cansados e
decidiram parar em um vilarejo que o mapa apontava. Eles entraram pela cidade, logo perceberam que a
                                                      8
cidade estava deserta. Já tinham andado um bom pedaço da cidade, quando viram um pequeno mercado.
Do mercado saiu um homem muito sujo e machucado que disse:
        _ Entrem agora.
        Eles entraram. No mercado havia uma pessoa que eles mal acreditaram que estava ali, o antigo rei
em pessoa sentado em um banco. O rei disse:
        _ Que bom que vocês chegaram, eu estava esperando.
        _ Como assim, esperando? – disse Pierre.
        _ O mestre da floresta apareceu aqui. – disse o rei.
        Quando ele terminou de falar, na cadeira ao lado, estava o mestre da floresta. O rei continuou:
        _ Meu filho me prendeu em uma das celas do castelo e depois inventou aquela história de que eu
havia morrido. Felizmente eu consegui escapar e me refugiei aqui na cidade, só estou vivo graças ao mestre
da floresta e ao Magno. O dono do mercado tomou a palavra:
        _ Eu sou Magno.
        O poeta perguntou:
        _ Por que a cidade está vazia?
        Coisas terríveis aconteceram depois que vocês saíram do vilarejo. Manoel, meu filho que agora
é o rei, está mandando matar todos aqueles que fizerem oposição ao seu reinado e obrigando as pessoas
a trabalharem como escravas, todos os habitantes daqui estão presos porque desobedeceram a Manoel. –
disse o rei.
        _ E você, mestre da floresta, o que está fazendo aqui? – perguntou Jau.
        _ Eu estava encarregado de guiar vocês até o rei, mas sem que vocês soubessem. – disse o mestre
da floresta aos risos.
        _ O problema é que precisamos tomar o poder novamente. – disse Magno.
        De repente, outro homem entrou correndo pela porta do mercado. Ele estava muito sujo e machucado,
com uma aparência terrível, usava uma roupa de soldado. Ele se sentou e disse:
        _ Ele vai estar lá, amanhã.
        _ Ele quem? – perguntou Pierre.
        _ Manoel, ele vai estar na prisão amanhã. – disse o homem sujo.
        _ E você é...? – perguntou Robin.
        _ Meu nome é James, eu estava na prisão coletando informações para o plano. – disse James.
        _ Que planos? – perguntou Pierre.
        _ Nosso plano é invadir a prisão, juntar aliados e matar Manoel, já que ele vai visitar a prisão
amanhã. – disse Magno.
        _ Estamos dentro. – disse Pierre.
        Os outros concordaram, essa era uma chance perfeita de restabelecer o poder do rei Arquimedes.
Eles passaram o resto da tarde planejando o que iriam fazer. No dia seguinte, se dirigiram para a prisão. Não
foi muito difícil entrar lá, era só ficar parado na frente dela e dizer “eu odeio Manoel”. O plano correu muito
bem; logo eles tinham muitos aliados, conseguiram tomar a prisão em uma luta sangrenta. Depois mataram
o rei Manoel e colocaram Arquimedes no poder novamente, o poeta fez uma nova canção contando a
história.
Os quatro jovens de nossa terra
Em uma aventura se envolveram
De muitos perigos eles correram
E a Manoel desobedeceram
Mas por um motivo nobre eles lutaram
E sua nação se orgulha deles
Porque representam o espírito de um povo.

                                                    Pedro Lucio Campos Martins da Silva nº 33 1º C / 2009


                                                      9
A ORIGEM DOS HOMENS

        Como os seres humanos apareceram na Terra? Vieram de outro planeta? Foram criados pelos deuses?
Por que não são todos iguais?
        Tantas perguntas que não são respondidas com certeza.
        Meu nome é Lupem e esta é minha versão da origem dos homens.
        Segundo meus pais, os deuses criaram os seres humanos a partir de uma réplica deles mesmos, mas
com sentimentos e mortalidade; os deuses usaram matéria-prima como madeira, areia, argila e, às vezes,
até uns tipos de plantas por conterem muitos nutrientes abrasivos, mas eu não acho que seja verdade. Na
minha opinião, alguns seres humanos vieram de outro planeta e outros brotaram do nosso próprio planeta,
como animais saindo de suas jaulas ou lobisomens se transformando e liberando sua verdadeira face. Os
primeiros homens não tinham tanta inteligência, simplesmente usavam seus instintos como animais para
comer e se reproduzir, mas eu acho que os seres humanos iguais aos de hoje em dia vieram de outro planeta.
Os verdadeiros seres inteligentes, e eu os chamava de homo-sentis por serem tão inteligentes, penso até que
eles eram uma raça até mais inteligente que o próprio ser humano.
        Hoje, com 37 anos, sei tudo isso porque, quando tinha 13 anos, vi um homem caindo do céu, mas foi
diferente de qualquer coisa que já tinha visto na vida, porque ele usava um tipo de aço no peito que parecia
brotar de dentro dele e, quando vi aquilo, fui correndo até ele e perguntei-lhe:
        _ Oi moço, você está bem?
        E ele respondeu rindo:
        _ Sim.
        E perguntei-lhe novamente:
        _ Moço, qual é o seu nome e de onde você veio?
        Ele respondeu:
        _ Meu nome é Yamir, o portador do aço, 3º general da Tropa Real e comandante dos fantasmas de
Yori, o planeta dos reis.
        Logo deduzi que ele queria destruir nosso planeta e construir uma nova nação. Então lhe perguntei:
        _ Senhor, o que deseja fazer neste planeta?
        Ele respondeu calmamente:
        _ Eu só vim a este planeta porque fui ordenado a conhecer novas civilizações e culturas, vim,
simplesmente, em missão de paz.
        Ele me falou um pouco sobre seu planeta e eu, um pouco do nosso. Foi quando o peito de aço dele
disparou um alarme e ele disse que tinha de ir embora, que era o alarme do 1º General, o Grande Yolau, o
portador dos elementos da criação da vida, que estava chamando para informar suas descobertas. Antes de
ir embora, ele me deixou um anel de ouro puro e disse:
        _ Quando eu retornar a este planeta, este anel de ouro virará aço e meu nome aparecerá nele. Adeus,
pequeno Lupem, até meu retorno.
        E desde então, eu espero uma mensagem da volta dele e não acredito em nada que falam sobre a
origem, porque tive a minha própria visão da nossa origem que, talvez um dia, nós viraremos deuses que
nem nossos ancestrais e poderemos viajar de planeta em planeta. E esta é a minha versão da origem do
homem.

William Rodrigues Calvo Júnior nº 38 1º A / 2009

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                                                                               Bruna Mendes nº 13 1º E / 2009
                                                     10
A VIDA ALÉM DAS PÁGINAS COLORIDAS

        Cristina, uma mulher fiel e amorosa, dedicava-se exclusivamente ao marido Cristofer; juntos
escreviam uma linda história de amor e felicidade que por fim acabara de ser selada com a chegada da
pequena Thyphanne.
        Numa certa manhã de segunda-feira, Cristina se preparava para levar Thyphanne à escola, enquanto
Cristofer tirava o carro da garagem. No caminho para a escola, a família sofre um grave acidente que resulta
na morte da pequena Thyphanne. Cristofer e Cristina não sofrem graves ferimentos externos, porque o pior
de todos os ferimentos ficou cravado como uma estaca de ferro em seus corações com a morte da pequena
filha.
        Apesar do tempo, as feridas não conseguiam cicatrizar, Cristofer e Cristina nunca mais se perdoaram
pelo que aconteceu com ela, porém todos os dias, em orações, perguntavam a Deus, por que Thyphanne
e não eles, sendo que já haviam aproveitado a vida o bastante, mas se assim foi da vontade do Senhor,
permitisse-lhes sentir ao menos o amor da filha, fizesse que o pequeno anjinho lhes perdoasse por não tê-la
protegido da forma que ela precisava e que pudesse guiá-los até o momento do reencontro deles.
        Apesar de toda a dor no coração, encerravam todos os dias esta oração com um singelo amém, que
até mesmo Thyphanne e os outros anjinhos pudessem contemplar com imensa alegria essas palavras.
        Quando Cristofer e Cristina não tinham mais razões para viver e não viam mais uma luz no fim do
túnel, a mulher recebeu uma carta com o resultado de um exame de sangue que fez depois de ter passado
mal. Ali estava uma notícia que mudaria sua vida. Cristina estava grávida, toda tristeza, toda escuridão,
todo sofrimento da sua vida parecia ter acabado naquele momento, agora o casal só tinha um sentimento
em seus corações: o de amor para oferecer a essa criança, todo carinho que ela precisava, até diziam ser o
seu anjinho vindo do céu para o tão esperado reencontro.
        Após os nove meses de gestação, a tão esperada criança nasceu, era uma menina, idêntica a
Thyphanne. Olhos, boca, nariz, cabelos, tudo, Thyphanne tinha voltado de verdade.
        Thyphanne, como foi chamada, voltou para dar continuidade à história que tinha dado uma pausa
no meio da estrada.
        Enfim, agora no fim da estrada havia uma cidade de sonhos a serem realizados por ela, a pequena
riqueza na vida de Cristina e Cristofer.

                                                                               Samantha nº 33 1º D / 2009




                                                    11
A VIDA COMO ELA É.

        Como todo bom brasileiro que acredita em sonhos, assim começa a história de Severino.
        Um cidadão simples e pacato da cidade do norte, que deixava sua família para trás, trazendo consigo
apenas a roupa do corpo. Chegando em São Paulo, ficou maravilhado com a beleza da grande cidade.
        Com sua simplicidade, fez amigos, conquistando seu espaço, conhecendo pessoas que tinham o
mesmo sonho de vida dele. Sendo assim, logo se abrigou com outros companheiros, companheiros que
ajudaram Severino a se levantar, pois ele estava vendo que sua vida estava realmente mudando.
        Uma vez ao mês Severino se comunicava com sua esposa por telefone, e também mandava parte do
seu dinheiro para a sobrevivência dela e seus quatro filhos.
        A vida era dura, o trabalho era pesado, pois ele trabalhava na construção civil, ajudando com seu
esforço a construir um lindo condomínio de luxo. Mas ele não reclamava, pois, apesar de toda dureza, a
vida na cidade grande era mais própera do que aquela pobre cidade onde morava.
        Passados alguns meses, não me lembro bem se foram nove ou dez meses, numa tarde muito chuvosa,
um acidente interrompeu não só um sonho de vida, mas a vida de Severino.
        Então eu, ao presenciar aquela cena, fiquei muito triste por ver sonhos, planos se acabarem em um
piscar de olhos.

                          Narrativa de um mestre de obras, amigo de Severino...

                                                                                       Data: 16/06/1981
                                                              Nathalia Coimbra do Vale nº 31 1º C / 2009




                                                    12
AMOR EtERNO

        Era uma vez um garoto que se chamava Michel, ele sempre venceu as dificuldades de sua vida
alegre e feliz
        Quando completou 17 anos, ele conheceu uma garota que se chamava Camila, por quem ele
achava que estava perdidamente apaixonado. Eles nomoraram um tempo e ela acabou engravidando. A
mãe dela,,inconformada por ela ser tão nova e já estar grávida, obrigou os dois a se casarem e, como o
imaginado, não deu muito certo e logo se separaram.
        Michel voltou a morar com seus pais. Após completar 19 anos, seus pais resolveram se mudar para
o bairro vizinho onde ele conheceu uma bela garota a qual ele gostava de chamar de Bebê. Ela morava na
frente de sua casa e passando alguns meses, eles começaram a namorar. Viviam muito bem e eram felizes
como naqueles lindos contos de fadas, mas como em todo verdadeiro conto sempre há um vilão.
        Com algum tempo de namoro, eles já estavam planejando o futuro juntos, pois Bebê estava grávida,
mas sempre que eles achavam que estavam bem algo ou alguém tentava separá-los.
        Como nem tudo era rosa, Camila, sua ex-mulher, não se conformava que ele tinha arrumado outra
pessoa e estava sendo muito feliz, ela descobriu que Bebê estava grávida e começou a infernizar a vida
deles. Com isso Bebê acaba tendo uma gravidez de muito risco, com 8 meses de gestação ela foi internada
com risco de perder o nenê que acabou nascendo prematuro.
        O lindo garotinho veio ao mundo com muitas complicações e veio a falecer com uma semana de
vida. Bebê entrou em um estado de depressão profundo e Michel sempre estava ao seu lado. Mas depois
de tantos acontecimentos, o relacionamento acabou enfraquecendo. Camila não desistiu e aproveitou a
situação para tentar separá-los, e vivia seguindo-os aonde quer que fossem.
        Um belo dia, Michel resolveu levar Bebê ao parque para esquecer um pouco e passando por uma ponte
que ficava em cima de um lago, Bebê para e fica apreciando os patos e cisnes que lá se encontravam. Michel
saiu para comprar sorvetes para eles, Camila aparece e começa a provocar Bebê, elas se descontrolaram e
acabaram brigando. Bem na hora que Michel chega, Camila joga Bebê da ponte. Ela morre na hora. Michel
fica desesperado e Camila tenta acalmá-lo dizendo:
        _ Não, amor, não chore, eu estou aqui e nós vamos ser muito felizes juntos, eu, você e a nossa filha.
        E ele diz:
        _ Se você a matou pensando que assim eu iria ficar com você, se enganou, porque se eu não posso
ser dela, seu eu nunca serei.
        Michel se joga da ponte procurando morrer com seu verdadeiro amor. Camila fica louca e sua
família a intena em uma clínica psiquiátrica. A filha de Camila e Michel foi morar com os pais dele, Michel
e Bebê mostraram a todos que o amor deles era real e verdadeiro, mesmo com a morte deles serviu como
exemplo de uma vida feliz.
        As almas de Michel e Bebê permaneceram juntas, pois um verdadeiro amor nunca morre.

                                                                          Jéssica Cardoso nº 12 1º E / 2009




                                                     13
AMOR QUE NÃO ACABOU

        Meu nome é Juliana, minha história de amor é meio complicada, mas bem apaixonante. Eu não
lembro quando conheci Anderson, acho que quando nasci já o conheci, nossas famílias são amigas de
muitos anos e nós, consequintemente. A família dele me ama, tanto os pais como o irmão e até o sobrinho
que é um fofinho de apenas um aninho de idade, porém não sei o que acontece conosco, às vezes, sinto que
ele me ama, às vezes, não.
        Tudo começou quando éramos pequenos, todos diziam que combinávamos muito, que ainda iríamos
casas etc, essas brincadeirinhas... O tempo foi passando e eu cresci, e, também, na época, tinha 12 anos e
ele, 23, nós dois nos descobrimos apaixonados, era algo lindo, um amor puro, inocente, praticamente duas
crianças que se gostavam, fazíamos juras de amor, perdi as contas de quantas vezes ele foi à saída da escola
me buscar, mas logo pessoas que se diziam minhas amigas trataram de inventar histórias para nos separar,
e conseguiram, chegamos até a brigar feio, ficamos sem nos falar e nos afastamos.
        De lá para cá, aconteceram muitas coisas, eu tive algumas paixões, ele, algumas namoradas. O
tempo passou, dias, meses, anos, mas sinto esse sentimento cada vez mais forte em mim, não fico com
ciúmes quando ele está com outra, pois no fundo sinto que ele é e sempre será meu, e isso ninguém, nem
nada pode mudar, foi algo escrito nas estrelas, sabe? Algo muito forte, às vezes, fico chateada com certas
atitudes dele, mas o amor tudo suporta, ele também se chateia comigo, mas logo tudo passa.
        Certa vez, ele beijou uma amiga minha, eu cheguei a ir ao psicólogo para desabafar minha tristeza,
porque não posso contar a ninguém sobre isso, é um segredo meu que levarei comigo até o dia em que
ficarmos juntos para sempre ou então nossas vidas tomarem rumos distintos e isso tudo não fizer mais
sentido. O psicólogo disse para eu esquecê-lo, pois ele não me fazia bem, que era para eu dar uma chance
a outro rapaz. Foi o que eu fiz, mas não deu certo, pois eu continuo mais apaixonada do que nunca.
        Certa época, ele ficou muito doente, chegou até a fazer uma cirurgia. Fiquei muito preocupada, não
podia ir visitá-lo no hospital, mas em casa eu orava muito por ele, fiquei triste, chorava bastante, achei até
que a qualquer momento podia perdê-lo, mas, graças a Deus, ele se recuperou.
        No Natal passado, ele me deu um abraço e um beijo (no rosto). Nossa! Eu fiquei tão feliz, mas não
pude demonstrar minha alegria, guardei-a dentro de mim, nos meus pensamentos, pois é lá onde ele mora,
nos meus pensamentos e no meu coração.
        Nos últimos dias, recebi uma notícia a respeito dele, que está namorando! Fico feliz por ele, gosto
de vê-lo assim de bem com a vida, também espero que ele tenha tido sorte com essa garota, pois Anderson
merece uma namorada nota 10, pois ele, como namorado, é nota 1000, super carinhoso, atencioso e tudo
mais. Sempre me pergunto até quando a gente vai ficar se enganando, brincando de gostar de outra pessoa,
quando é que vamos nos assumir. Eu, sinceramente, morro de medo do que meus pais vão falar, se todos
reprovarem nosso relacionamento... Também sou muito orgulhosa, trago muitas mágoas daquele tempo
em que as pessoas quiseram nos separar, sei que ele também, pois fiz muitas coisas das quais hoje me
arrependo. Ontem minha amiga disse que ele está muito apaixonado pela atual nomorada, eu me segurei
para não chorar na hora mas, chegando em casa, eu mal conseguia dormir pensando nele, pensando em
nós. Poxa vida! Será que ele se esqueceu da nossa história de amor? Será que isso tudo é fantasia da minha
cabaça? Eu não sei, só o tempo vai dizer. Enquanto isso, eu sigo minha vida com a certeza de que levarei
Anderson para sempre aqui dentro do meu coração.
        Não importa quanto tempo vai passar, eu vou esperá-lo, amor de infância, amor de adolescência é
amor para vida inteira.

                                                                             Juliana Souza nº 16 1º E / 2009



                                                     14
AMOR VIRtUAL

        Leitor, essa história aconteceu há quatro anos, quando eu tinha quinze anos. Vou contar como
vivo até hoje e o motivo pelo qual eu ainda continuo feliz, e que nem os momentos de tristeza me
fazem desistir.
        Tarde da noite e eu com insônia. Entrei no meu Orkut e comecei a caçar pessoas. Sempre existe
aquela coisa de fuçar um, fuçar outro e achar as pessoas casualmente. Ou será que o destino colocou-o
na minha vida? Eu encontrei um menino que me chamou a atençao, e eu não vou saber explicar o
porquê de ter me chamado a atenção. Eu comecei a olhar seu Orkut, eu tentei, porque na verdade,
tudo estava bloqueado. E quando ele viu que eu o “visitei”, ele me deixou um recado. Começamos
a conversar, mas, sem as segundas intenções, ele era engraçado, divertido, alegre e um ótimo ombro
amigo. Eu recorria a ele quando eu brigava com meu namorado, quando brigava com meus amigos
ou quando havia uma discussão em casa. Com o passar do tempo, ele foi se tornando a pessoa que eu
prezava, a pessoa que eu precisava ter todos os dias, mesmo que fosse virtualmente. Um ombro amigo,
um porto seguro, ou somente imaginar seus braços envolvendo meu corpo quando o choro vinha para
uma visita. Logo fomos ficando amigos, e era necessário falar com ele todos os dias, era necessário
entrar no Orkut para responder-lhe e a decepção batia em minha porta quando não via seus scraps
recentes em minha página de recados. Eu sei que vocês, leitores, já passaram por isso. E você me diz
que estou amando. É, eu sei que estou amando. Amando uma pessoa que eu não conheço direito. E
o pior, é que isso pode ser considerado traição, afinal, pensar em outra pessoa com outros olhos já é
traição, foi o que ele me disse uma vez.
        Chegando da escola, fui direto para o computador, entrar no Orkut. Mensagem dele? Sim!
        Lá dizia:
        “Oiii amorrr!
        Como é que tu tá? Tô morrendo de saudades suas já, não conseguimos pegar nenhum diazinho
pra nos falar... Isso é triste... Mas, espero que fique bem!
        Te amoooooo! s2”
        E eu respondi:
        “Awwwwwn amor, que saudades, cara, por que não tá entrando muito? Isso aqui é um porre
sem você, sério, apareça! Preciso do meu porto seguro, sabe? Sinto falta de palavras de consolo, de
conversar com a pessoa que me é tão importante... Teamo, teamo menino!”
        E não demorou cinco minutos para que uma resposta viesse.
        “Tô vendo que brigou com seu namorado de novo, huh? O que foi dessa vez? Se eu encontrá-lo,
vou socar a cara dele, e fazer um livro de ‘Dicas de como tratar uma dama bem’.
        Mas sabe que eu estarei aqui pra tudo, não sabe? Me chame sem hesitar! Miss u.”
        E com aquilo eu comecei a rir, eu simplesmente não aguentei, porque ele tinha que ser o cara
ideal? O cara perfeito, que poderia me abraçar bem forte e dizer: “Não chore, por favor.” Ou o que eu
poderia dormir de conchinha e na manhã seguinte acordar despreocupadamente e saber que ele estaria
do meu lado, dormindo. E as lágrimas caíram, e sem que eu percebesse, comecei a chorar baixinho.
Chorar de dor e felicidade. E eu respondi:
        “Não me faça chorar, seu besta. Você some, sem dar satisfações, não quero papo!
        Oh sim, faça isso por mim, por favor, quem sabe ele lê e aprende algo com isso. E se o seu livro
for milagroso, ele me acorda com flores, dorme de conchinha comigo, sem se preocupar com o amanhã
contanto que acorde do meu lado, me dá um beijo na testa de boa noite e nos cobre. Me abraça quando
eu chorar e sussurra em meu ouvido que meu rosto chorando faz seu coração se apertar, e gentilmente
limpa minhas lágrimas dizendo que tudo estará bem no final do dia.
        Eu continuo aqui.”
        Por que somos conectados assim? Por que ele me entende tão bem? Por que ele não sai da
minha cabeça, e eu tenho que gritar para o mundo o quanto ele é engraçado, o quanto ele me faz rir, o
quanto falar com ele me alegra e me aquece o coração? O quanto ele está significando pra mim.
                                                  15
A janela do MSN subiu e era quem? Daniel.
       Daniel diz:
       Se você estava gostando de alguém devia ter me dito antes, assim eu não fazia papel de palhaço.
       E ele vem falar de novo sobre isso, com essa história ridícula. Ele não entendia o quanto o
Marcelo era importante pra mim.
       S diz:
       Sabe, essa história de ‘gostar de alguém’ ‘tá me cansando. Eu já te disse que não há nada entre
nós dois, e se fosse pra apontar pra cada amigo e dizer isso, Dan, você estaria encrencado. Eu não vou
dizer com quem você deve ou não falar, assim como não quero que faça assim comigo.
       Daniel diz:
       Então você ‘tá se cansando, é isso? Ótimo, eu também ‘tô cansado de ser feito de palhaço, que
você seja feliz.
       S diz:
       Esse nosso namoro é uma infantilidade. Não tem um pingo de fidelidade, eu me cansei de você
falando do Marcelo, porque você não sabe ser metade do que ele é. E se você está tão cansado assim,
pode seguir seu caminho, e sem mim, porque eu já me cansei dessa palhaçada.
       Daniel diz:
       Você quer terminar? Por que terminar? Você disse que me amava! Eu posso não ser como ele,
mas minha intenção é a melhor de todos! Você não vê isso, e eu não sei demonstrar, mas eu te amo...
       S diz:
       Você está se complicando e implicando com o Marcelo desde que nos conhecemos, se você
quer saber, ele torce por nossa felicidade, que um dia, quando começamos a namorar, eu jurei que teria.
Mas não dá mais certo, por mais que eu goste de você.
       Daniel diz:
       Ótimo, parece que nada que eu disser vai ajudar, então seja feliz, de verdade.
       S diz:
       Eu irei, você também e se cuida.
       Depois disso eu saí do MSN, e fui abrir a página do Orkut. E lá estava ele.
       “Eu te fiz chorar? Ahh, me desculpe linda flor (?). Não se preocupe, futuramente, irei reparar
meus erros de agora com você.
       Quem sabe isso dê certo, e eu posso me vangloriar pra sempre!
       Por quanto tempo?”
       Eu preciso tanto de você, acho que você não faz ideia do quanto... E eu respondi:
       “Fez sim! Vai pagar caro por isso...!
       Não vai mais dar certo, não precisa aumentar mais sua bola, hun!
       ... por quanto tempo você precisar.”
       E não demorou mais que um minuto que ele veio me chamar no MSN.
       Ma. diz:
       O que houve?
       S diz:
       Terminamos.
       Ma. diz:
       Por quê?!
       S diz:
       Adivinha...
       Ma. diz:
       Ele leu os scraps?
       S diz:
       Sei lá, ele veio me encher o saco por causa de você, e eu terminei.
       Ma. diz:
                                                  16
Minha culpa?! Me passa o email dele, que eu vou conversar com ele!
       S diz:
       Não precisa, sério... Você foi uma ‘desculpa’ eu já tinha falado pra você que eu queria terminar.
       Ma. diz:
       Se você está dizendo eu vou acreditar. Mas você ‘tá bem? Ah! Lembrei!
       S diz:
       Não tem como não ficar triste, mas não vou pular da minha sacada, não se preocupe sobre isso!
Lembrou o quê?
       Ma. diz:
       E se o tempo que eu precisar for pra sempre?
       S diz:
       Então, vai ser pra sempre...
       Ma. diz:
       Eu já disse que te amo?!
       S di:
       Não precisava dizer, isso eu já sabia!
       Ma. diz:
       Mentiiiiiiiiiiiira, você sempre duvida! Bom, tenho que ir, ‘tá tarde e eu tô com sono, beijos e se
cuida, criança!
       S diz:
       Espera! Acho que era hoje que você ia me mandar uma foto e me dizer sua idade, não era?
       Ma. diz:
       Hahahahahaha, eu te prometi no dia 18 de julho, ainda faltam dois meses... Te amo.
       S diz:
       Escolheu essa data por quê?
       Ma. diz:
       Você sabe bem o porquê. Preciso ir!
       (Ma. desligou-se)
       Qual era o motivo de gostar dele mesmo?! É, não estou vendo nenhum agora! Sinto que não vou
conseguir dormir se ele ficar fazendo todo esse mistério.
       O resto da semana passou com lentidão, e eu sempre checando meu Orkut, e a decepção era
sempre bem-vinda quando eu não via nenhum recado novo dele. O mês foi acabando e eu não recebi
nenhuma notícia dele. E o meu pânico aumentou, quando eu entrei para deixar um recado em seu Orkut
e não o achei na minha lista de amigos. E eu chorei em desespero. Ele tinha excluído seu Orkut e nem
me deu um adeus? Senti minha garganta se fechar e doer, e meu coração apertar, quando eu ia sair
do meu MSN, uma janela sobe. Talvez fosse idiotice chorar por isso, mas se eu perdesse o contato eu
realmente iria ficar mal, e só de pensar na hipótese, isso me magoou.
       Ma. diz:
       Bebê, boa noite...!
       S diz:
       Você excluiu o Orkut?!
       Ma diz:
       Sim, fiquei cansado dele, por quê?
       S diz:
       Que susto! Você não me avisou e eu fiquei pensando o que podia ter acontecido, ainda bem que
você está bem. Desculpa já ‘tô de saída’... A gente se vê!
       Te amo, bobo!
       (S desligou-se).
       As conversas estavam cada vez menos frequentes, e eu estava sentindo que o estava perdendo
por entre meus dedos, e isso me magoou porque eu não queria perder a pessoa que eu considerava tão
                                                   17
especial. E os dias que se passaram foram tediosos, eu perdi mais ainda o contato com ele, e sempre
nos desencontrávamos.
        Ao chegar em casa e ouvir minha mãe dizer que estávamos sem internet, eu fui até uma lan
house, só para me explicar. Já estava quase acabando o mês, e sem nenhum sinal de vida dele.
        Quando estava entrando na Lan House, um rapaz esbarrou em meu braço, e aquilo doeu.
        _ Desculpe! _ Ele sorriu sem graça, e saiu apressado. Eu fiz uma careta e passei a mão pelo
lugar machucado. Entrei em um dos computadores e pra minha imensa surpresa, tinha uma mensagem
off-line dele.
        “Você sumiu do mapa! Eu estou esperando você no dia 18, ok? Hummmm, se cuide até lá... E
espero que você apareça. Desculpe não estar entrando muito também, e sempre que entro você não
está, estamos nos desencontrando né?! Bom, de qualquer maneira, se cuide! Eu amo você!”
        Eu só conseguia sorrir, ele era de fato, imprevisível. Então respondi:
        “Quem sumiu foi você, eu sempre “tô aqui esperando uma resposta sua, mas ela nunca chega.
Eu vou aparecer, eu “tô sem net, então vou entrar de tarde, ok? Espero que consiga te encontrar on.
Beijos e se cuida. Te amo!”
        O dia 18 estava chegando e eu não conseguia conter minha ansiedade. Eu precisava saber quem
era ele. Eu não dormia bem, imaginando como ele seria, se nossa amizade mudaria, qual seria seu
sotaque, estilo, sua idade. Tudo isso me tirava o sono.
        E pensamentos assim que me tiraram o sono e fizeram o dia 18 chegar, que mais pareceu uma
eternidade.
        Quando eu cheguei da escola, almocei e fui direto pra Lan House perto de casa, e entrei no
MSN, mas ele ainda não estava on.
        Já eram 18:45 e ele ainda não havia entrado, e foi quando eu desisti e mandei uma mensagem
para ele.
        S diz:
        Feliz um ano de amizade Ma., e nesse um ano, eu guardei alguns sentimentos por você, que
talvez eu devia ter falado mas, eu guardei durante um ano, não custa guardar por mais alguns, não é?
Só não quero me afastar mais de você, porque sua presença já se tornou essencial no meu dia a dia. E
os seus risos e brincadeiras já me são indispensáveis...
        Eu estava chorando, porque dizer tudo aquilo sem ele estar presente me magoava, e o fato
piorava por ele não estar de frente para mim, e isso ser tudo virtualmente. Com a esperança e uma
possibilidade entre nós de nos vermos, um dia quem sabe.
        Foi quando eu senti branços envolverem meu corpo e uma rosa cair em meu colo. Quando ia
protestar algo, ouvi uma voz rouca sussurrar:
        _ Não chore, você chorando aperta meu coração. Tudo vai estar bem no final do dia, eu estou
aqui para te abraçar e ser o seu porto seguro. _ Quando eu ouvi aquilo senti meu coração falhar diversas
batidas. Não podia ser verdade. Ele girou minha cadeira de frente para ele e beijou meus olhos e por
fim minha testa. E tudo o que eu consegui fizer foi:
        _ Marcelo...? _ E o sorriso que ele abriu me deu a certeza que sim, era ele. Eu apertei meus
lábios, segurando o choro, quando abaixei o rosto e comecei a chorar baixinho. A vida é uma caixinha
de surpresa. E ele riu e me abraçou.
        _ Não chore, eu vou dormir de conchinha com você e só vou ficar despreocupado quando vir
seu rosto brilhar nos primeiros raios de sol que adentrarem pela janela do quarto, e vou preparar o
nosso café da manhã, e eu sei que no final sairemos para comer algo em vez de comer o que preparei,
mas enfim... não chore, te ver chorando faz parecer que alguém roubou meu coração e o está apertando
entre os dedos. Aqui, comprei isso pra você. _ E ele me estendeu um chaveiro de flecha e me mostrou
o coração, a flecha adentrava o coração. Eu ri e disse:
        _ Por que a flecha?! _ Ele riu e respondeu:
        _ Porque você acertou em cheio meu coração. _ Eu fiz uma cara de choro ainda maior, ele
gargalhou e me repreendeu.
                                                  18
_ Você chora muito! É sensível assim?! _ Dei-lhe um tapa no braço e emburrei.
        _ Bobo! Mas... como você soube que era eu?!
        _ Talvez você não se lembre, mas eu esbarrei em você aqui, e desde aquele dia você não saiu
da minha cabeça, e quando eu vi sua última mensagem percebi que ela batia com o horário em que
você entrou e nos esbarramos, e coincidentemente eu me encontrei com você um dia aqui, e me sentei
discretamente ao seu ladi, e quando entrou no Orkut, não tive dúvidas que era você. Mas obviamente,
eu ia esperar você desistir e sabia que você ia começar a chorar. Ah! E eu fiz o livro de “Como tratar
bem uma dama” _ Eu ri e parando para pensar, tudo isso faz sentido. Realmente, ele é imprevisível.
        _ Acho que não precisamos desse livro, já que a pessoa que eu gosto me conhece melhor que eu
esperava. _ Rimos e saímos daquele lugar, indo comemorar nosso um ano de amizade e primeiro dia de
namoro. E ele ainda demorou para me pedir em namoro! Quase um mês! Eu confesso que quase surtei
quando ele me deu a aliança, mas, no fundo, meu corpo era preenchido de uma felicidade eterna.
        E foi assim que há quatro anos estamos juntos, dormindo de conchinha e acordando todos os
dias com o sol iluminando nossos rostos e tendo café-da-manhã cada dia em um lugar diferente. O
começo de uma estrada estressante e repleta de felicidade. Que não é o mar de rosas, mas que me faz
pensar que é a felicidade e onde é o meu lugar. E, caro leitor, se você está curioso para saber quem sou
eu, aí está um segredo que nunca lhe direi. Mas eu lhe digo que a vida é uma caixinha de surpresas,
e mesmo que você caia e pense em desistir sempre existirá um motivo, seja bom ou ruim. Você só
precisa filtrar as coisas boas e ter como lição nessas experiências boas ou ruins, você aprende com a
experiência tanto boa como ruim. É esse o meu conselho para os navegantes do amor.

                                                                        Bruna Yukari nº 05 1º A / 2009




                                                  19
BANDA FORPLAY

        Vou contar uma história sobre uma banda, e também falarei tudo sobre ela, seus altos e baixos,
seus desentendimentos, tudo o que você vê e não imagina ser uma banda.
        A banda Forplay teve seu nascimento em maio de 2006. Tendo como fundadores: Lyon Luis, o
baterista e Marquinho, o guitarrista. Após a procura de pessoas para compor a banda, Araceli e Darluce
ficaram sabendo que Lyon e Marquinho estavam montando uma banda, interessaram-se e quiseram
fazer parte dela.
        Araceli e Darluce entram na banda, Darluce como vocal, Araceli entra como guitarra base
e backing vocal. Então a banda fica na seguinte forma: Marquinho como guitarra solo, Lyon como
baterista, Araceli como guitarra base e backing vocal e Darluce como vocal.
        Mas ainda estava faltando algo e esse algo seria um baixista, alguém que se encaixasse na
banda como ela estava. Foi então que um conhecido da banda apresentou um baixista. No momento,
todos ficaram entusiasmados e ao mesmo tempo com um certo receio. O nome dele era Rafael, mas
todos o conheciam como Tunico, e a banda achava que era até um milagre, esse cara era tudo o que
a banda precisava naquele momento, pois ele era uma pessoa super transparente, simpática e, sem
mencionar, super engraçado.
        Essa banda, no começo, tinha como objetivo fazer músicas de modo original e alternativo, mas,
como a maioria das bandas no seu início, começou com covers. Tocavam várias músicas conhecidas e
até mesmo desconhecidas, como Audioslave, Nirvana, Pear Jam, Rega Against entre outras.
        Após um mês, Marquinho, o cabeça da banda, que organizava quase tudo ali: shows, ensaios e
tudo, criou duas músicas chamadas: “Eu e você” e “Nunca se esqueça”.
        Em seu primeiro show, num bar chamado Luar Rock Bar, em julho de 2006, Marquinho e
Darluce se desentenderam numa discussão tremenda; Marquinho discutia com Darluce, pois logo em
seu primeiro show, antes de entrar no palco e cantar, ela já estava bêbada. Darluce não admitia, falava
que bebera pouco, mas não era verdade, seu bafo de cachaça dava para sentir de longe.
        O show terminou e Marquinho não falou mais nada e foi embora para casa, assim como o resto
da banda.
        No primeiro ensaio depois do show, Marquinho queria conversar sério com a banda e discutir
seus princípios. Araceli, como amiga de Darluce, não queria discutir nada e queria ensaiar como se não
tivesse acontecido nada, mas Tunico, Lyon e Marquinho estavam furiosos com Darluce pelo vexame
que eles passaram no show. Marquinho, como se fosse mandante da banda, sugeriu que Darluce saísse
da banda, mas não só pelo show, mas por diversos motivos, como não ir aos ensaios, não tirar as
músicas e estava com uma ideia totalmente diferente da banda. Araceli não concordava e decidiu sair
junto com Darluce.
        Marquinho, Lyon e Tunico decidiram continuar, e logo Araceli se arrependeu e volta à banda.
        O ano de 2006 se passou e não houve mais nenhum show, só ensaios atrás de ensaios, 2007
a coisa mudou; foi show atrás de show. A banda estava fazendo um grande sucesso na zona Leste
de São Paulo e se expandindo cada vez mais. Em um show no começo de 2008, a banda teve outro
desentendimento, mas dessa vez o “bicho pegou”, Lyon, Araceli e Tunico discutiram e quase saíram na
porrada; Lyon, também como Darluce antes, estava embriagado, mas não tanto quanto ela, que estava
bêbada, só que ela estava mais bêbada do que qualquer um ali no local, não só bêbada, tinha usado
drogas, estava muito doida. Tunico sabia que era normal que Lyon e Araceli bebessem antes do show,
mas não como aquele dia.
        O show já era para ter começado e Lyon e Araceli tinham sumido, todos estavam atrás deles,
principalmente Tunico, pois a família dele estava no local para ver o show. Tunico entra no camarim e
vê uma coisa inacreditável, surpreendente e até mesmo vergonhosa. Tunico encontra Araceli e Lyon se
beijando e aos amassos. Tunico não se aguentou e partiu pra cima de Araceli, o motivo de ele só querer
bater em Araceli, é que ela tinha-lhe dito que o amava e queria ser sua namorada. Lyon não sabia nada
sobre esse assunto, e continuava a segurar Tunico, foi quando chega Marquinho e acaba a briga de vez.
        Todos param de brigar, sobem ao palco e fazem o show. Depois do show, todos sentam,
conversam e tomam uma decisão: que Araceli saísse da banda, mas não era só isso, Tunico, por conta
                                                  20
própria, também sai da banda. Marquinho e Lyon dão um tempo que durou um mês.
        Marquinho tem um irmão que gosta de tocar qualquer tipo de instrumento, desde guitarra,
baixo, até bateria, só o que falta para Marx é um pouco de experiência e tem que aprimorar seus
conhecimentos sobre os instrumentos. Lyon teve essa idéia de chamar Marx para a banda como guitarra
banda e segundo vocalista. Marquinho decide chamar de volta Tunico.
        Marx e Tunico aceitam e a banda Forplay faz vários shows no ano de 2009, fazem muito sucesso
em São Paulo e vão tocar até fora do estado; parece que dessa vez a banda vai pra frente. Depois de
seus altos e baixos, a banda finalmente se estabiliza.
        É, a vida de banda não é fácil não, depois de todo o ocorrido, finalmente, a consagração de
quem realmente ficou e lutou até o final. Ter banda não é só querer fazer sucesso, mas cada vez mais
é aprender com os outros e com os próprios erros, fazer amizades, conhecer pessoas interessantes.
Mas realmente o que mais satisfaz em ter uma banda e fazer aquilo que você mais gosta, e sentir
prazer nisso, passar felicidade, alegria ou qualquer outro sentimento em letras e sons. E quando isso se
concretiza, o tal “sucesso” e todos escutando suas músicas, o prazer aumenta ainda mais, só de pensar
que desde lá de baixo vieram lutando e conseguindo seu espaço, isso sim é que é uma alegria imensa,
mas não só em banda, em qualquer outro lugar, trabalho, escola, tudo, quando você conquista com seu
próprio suor é bem melhor.

                                                                         Marx Bruno nº 22 1º A / 2009




                                                  21
BRASIL DEVE SE PREOCUPAR MAIS COM O QUE VAI GANHAR COM AS
                        OLIMPÍADAS, DIZ LULA.
                                  X
ESSE É O BRASIL... VIVENDO DE FANtASIA E FAZENDO CIRCO PARA GRINGO
  VER, ENQUANtO O POVO NÃO tEM SEGURANÇA, tRANSPORtE, NADA!

         Olimpíadas no Brasil, bom ou ruim?
        As opiniões da população brasileira estão bem diversificadas quanto às Olimpíadas no Brasil.
Se ela será boa ou ruim para o nosso país...
        O presidente Lula diz que devemos ver o dinheiro que será gasto nas Olimpíadas como
investimentos e não como gastos.
        “Nós estamos investindo na nassa nação, vamos ter que investir mais na formação profissional
de atletas, melhorar ruas, o metrô, as avenidas e o transporte. Nós precisamos chamar todas as
federações que representam os esportes olímpicos, para que eles nos apresentem um plano de metas.
Vamos ter que trabalhar muito as escolas, a juventude brasileira e envolver os empresários para que
eles comecem a adotar e a ajudar a preparar atletas”, disse Lula.
        Enquanto o presidente Lula acha que devemos nos preocupar com as coisas que o Brasil irá
ganhar e não com o que vai gastar, há pessoas que têm opiniões opostas...
        Sobre esse fato, as pessoas estão dizendo que as Olimpíadas não resolverão o problema de
educação, tecnologia, saúde, cidadania, violência, saneamento, etc. Sendo que muitas vezes nossos
políticos dizem que não há dinheiro suficiente para investir nessas questões. Como pode haver dinheiro
para as Olimpíadas?
        Dizem que nossos atletas não estão preparados e que faremos um fiasco como nas Olimpíadas
de Pequim.
        A minha opinião sobre isso é que o nosso país precisa sim de mais qualidade na educação, na
saúde, e em todos os outros problemas, que nós, brasileiros, já conhecemos de cor!
        O gasto com a infra-estrutura desta Olimpíada será gigantesco. E o Brasil gastará bilhões de
reais, assim como os outros países que foram sedes das Olimpíadas. Mas pensemos bem, deixem que
o “senhor Molusco” trabalhe, esta não seria uma iniciativa para uma melhor qualidade de vida?
        Não temos segurança no Rio, com as Olimpíadas isto será resolvido! Não temos bons transportes,
ruas, avenidas e o nosso trânsito é caótico. Com as Olimpíadas 90% desses problemas serão resolvidos!
Nossa educação não é de boa qualidade, mas com as Olimpíadas, com a vontade de formar melhores
atletas, pode ser que haja uma notória melhora.
        Todos os anos são “pegos” de nossos bolsos milhares de reais... E esse dinheiro não é gasto com
saúde, educação etc. Então não seria melhor esse dinheiro ser gasto nas Olimpíadas? Porque assim
saberemos, com certeza, que não serão apenas promessas, esses bilhões realmente serão investidos em
nossa segurança, economia, hotelaria, produção de mais empregos, educação etc. Nossos representantes
não vão querer fazer “feio” para os outros países!
        Afinal são sete anos que virão pela frente. Nosso país tem muitos problemas, mas também tem
muita vontade de vencer, de mostrar que podemos sediar uma Olimpíada e mostrar que nosso país pode
ser mais desenvolvido e seguro.
        Nós temos raça, lutamos, não temos preconceitos, somos fortes, determinados, persistentes
e hospitaleiros. Nós somos brasileiros! E que estes sejam os dias de lutar pelo que é nosso. Irá se
gastar muito dinheiro com as Olimpíadas, mas também ganharemos muito. Não sejamos pessimistas
e aceitemos o que os outros países nos falam, que não temos capacidade, estrutura e nem dinheiro pra
sediar uma Olimpíada. Esforcemo-nos, e vamos juntos provar que como nas corridas de obstáculos
(onde o corredor atravessa todos eles), este é o nosso obstáculo e o atrevessaremos!

                                   Brasileiros, unidos por um paí melhor!

                                                                       Juliana Turci nº 16 1º D / 2009

                                                  22
CHOCAR CAMINHÃO

        Quando Carlos tinha oito ou nove anos, no seu bairro virou moda chocar caminhão: pendurar-se
na traseira do veículo e saltar na esquina. Lembro-me de uma vez que estava no portão de minha casa,
quando vi Carlos na traseira de um caminhão de lixo e quando este virou a esquina, pulou na frente de
sua casa; o pai dele estava acabando de chegar do trabalho, parado no portão com cara de quem não
gostou da gracinha. Logo em seguida, seu pai disse que ele estava de castigo, um dos mais detestáveis
dos castigos: domingo inteiro de pijama na cama.
        Passadas algumas semanas, Carlos, que tinha a cabeça dura, repetiu novamente a artimanha de
chocar caminhão, só que desta vez, foi chocar a caminhonete do seu Renato, o africano da fábrica de
sandálias, só para se exibir para os outros meninos, que morriam de medo de seu Renato. Carlos sentou
na calçada, ao lado da caminhonete. Três operários puseram algumas caixas na carroceria. Seu Renato,
saindo para o almoço, deu a partida. Carlos já estava pendurado atrás. Infelizmente, na esquina, em vez
de diminuir a velocidade, ele acelerou, Carlos ficou sem coragem de pular.
        Carlos foi em direção do largo Santo Antônio, cada vez mais depressa, os ossos do menino
estava batendo na lataria, morrendo de medo de cair. Ao chegar ao largo, duas senhoras viram Carlos
naquela velocidade e começaram a gritar para parar. Seu Renato estava com o rádio da caminhonete
ligado, então não ouviu as senhoras gritando. Com os braços cansados, ele fez um esforço para saltar
para dentro da carroceria, mas a caminhonete pulava feito cavalo bravo nos paralelepípedos da rua e
ele não conseguiu. Tentou de novo e não deu. Mais uma vez, pior ainda. Então ficou apavorado. Na
mesma hora lembrou do que seu pai sempre dizia: “Deus me livre, perder um de vocês”.
        Talvez o medo da morte tenha dado força na quarta tentativa: esfolou a canela inteira, mas
conseguiu passar a perna e impulsionar o corpo para dentro. Carlos caiu no meio das caixas, com o
coração disparado, e chorando muito. Quando a caminhonete parou na porta de seu Renato, Carlos
achou melhor ficar quietinho entre as caixas, até ele voltar para a fábrica depois do almoço. Mas
também não deu certo: ele resolveu descarregar a caminhonete e encontrou Carlos escondido. Seu
Renato tomou um susto tão grande, que até pulou para trás:
        _ Menino dos infernos! Como veio parar aqui?
        Então Carlos explicou que só queria chocar até a esquina, mas a velocidade tinha sido tanta...
Seu Renato ficou enfezado e disse que iria contar para seu pai. Carlos pediu para não fazer isso porque
ia apanhar, mas ele não se importou, falou que era até merecido. Então Carlos contou dos domingos de
castigo na cama. Nesse momento, brilhou um instante de compaixão no olhar dele:
        _ Seu pai deixa você de pijama, deitado o domingo inteiro?
        _ Só quando eu desobedeço muito.
        _ Está louco! Teu pai é severo como o meu, na África. Entre na caminhonete que eu te levo de
volta.
        No caminho, seu Renato foi contando de seu pai e dando conselhos a Carlos, e achou os castigos
muito piores. Como por exemplo: o pai de Carlos nunca o tinha trancado no guarda-roupas a noite
inteira, seu Renato concordou em manter segredo, desde que Carlos prometesse nunca mais chocar
veículo nenhum.
        Desde então, apesar do jeito bravo, ele ficou amigo de Carlos. Quando encontrava Carlos na
rua, às vezes dizia:
        _ Não vá esquecer: menino que cumpre a palavra merece respeito.

                                                    Rosangela Ana dos Santos Cruz nº 32 1º D / 2009



                                                  23
DESCOBRINDO UM NOVO MUNDO

       Um mundo em que tudo era diferente, o céu era mais azul, as estrelas brilhavam mais. O Sol,
ah! O lindo sol! Que sentimos aquela grande necessidade de poder tocá-lo, não pelo fato de ser tão
quente que poderíamos até nos queimar, ao contrário, tão radiante, tão profundo, tão divinamente
perfeito.
       Em todos os aspectos, aquele, aquele lugar que poucos conheciam, sim era o melhor dos
melhores. Mas há também um lugar escuro, triste, solitário, onde todos habitavam, onde todos, por
escolhas tolas, ficavam.
       Mas havia um menino, com tão poucas posses, que ali, naquele local amargo, vivia, seu sonho
de crescer e de poder ajudar seus pais, que nada lhe podiam dar, mas ele nunca se oprimiu por isso,
sempre lutou para esse objetivo: de ser alguém importante, alguém de respeito, mas sem nunca pisar
as pessoas. Sempre quis sair daquele local para um bem melhor, porém as pessoas tolas daquele lugar
não conheciam o mundo maravilhoso que eles poderiam ter. O garoto, por sua vez, nunca duvidou da
existência desse lugar extraordinário.
       Um dia, na sua tal mente brilhosa, ele teve essa idéia louca de procurar o lugar mágico, onde
tudo era possível. Então, antes de deixar seus pais e seu irmão mais velho, disse que assim que ele
encontrasse, voltaria para buscá-los e assim serem felizes lá.
       Ele conheceu várias pessoas nessa longa caminhada até o “mundo”, pessoas falsas, mesquinhas,
que tentavam induzi-lo, mas como seu coração era nobre, ele não aceitava as oportunidades que lhe
ofereciam com os falsos versos feitos. Também houve as grandes pessoas, as que o ajudaram, que lhe
deram apoio, que não caçoaram dele quando disse o que ele estava à procura.
       Quanto mais pessoas ele conhecia, quanto mais coisas ele vivia, mais sentia que estava perto de
encontrar tudo aquilo que sempre quis. Mas com o decorrer de tempo, ele foi entendendo o significado
de tudo isso, do mundo tão procurado onde tudo era tão perfeito.
       Sabe, sabe onde esse mundo está? No seu coração, você que cria esse mundo, você que faz dele
o mais lindo possível.
       Voltou para sua casa todo feliz e, quando chegou, logo disse: “Encontrei o que procurava,
encontrei o lugar tão desejado. Sabe? Todos nós temos um jeito de ver a vida, uns veem de uma forma,
outros, de outra, e é tão simples você encontrar o caminho certo, onde você pode ser alguém melhor,
onde tudo é mais fácil. Todas as pessoas são iguais, elas só escolhem caminhos diferentes.

                                                            Samira Ramos de Lima nº 32 1º A / 2009




                                                 24
DICAS PARA UM EMOCIONAL BEM EStRUtURADO
                          E UMA VIDA BEM HUMORADA

       Troca-se um amor despreparado para a vida.
Troco por uma televisão.
Troco também, por um velho rádio.
Troco, aliás, por um outro coração.
Mas, se houver solução para este meu problema,
Troco por uma prática lição:
A continuada tentativa de enxerga
Sempre o lado positivo dos meus problemas.
Após eu largá-lo oficialmente
Somente agarre-o com todas as forças
Se verdadeiramente o quiser.
Pois este amor é comparado à água.
Quanto mais você a tenta segurar,
Mais ela escorre por entre os dedos de suas mãos.

Se estiver com frio, deixe o fogo de lado:
Esquente-se no calor de seu corpo.
Se estiver com sede, esqueça a água:
Beba os rios que fluem de sua boca.
Se estiver com fome, desvalorize a comida:
Alimente-se do suposto amor que lhe é oferecido.

Tome cuidado com este ladrão.
Ele pode roubar o seu coração.

Quando estiver com ele, ame-ol.
Quando sentir sua falta, valorize-o.
Quando pensar nele, deseje-o.
Quando ele te trair, mate-o.

Dizem que todas as pessoas têm defeitos.
Quem sabe ele ainda tenha jeito?
Espero que você tenha mais sorte com ele do que eu tive.
Porém, se isso não ocorrer
Dou-lhe o direito de fazer tudo o que eu lhe disse.
Viaje em seus mais belos sonhos.
Procure como a um tesouro encoberto a felicidade.
Seja cautelosa e quando não quiser sofrer,
Tenha por certo de que lhe será melhor a felicidade.

Quando se cansar de sofrer,
Esperar, magoar, adoecer,
Chorar, desprezar, morrer,
Mentir, enganar, ser...
                                                25
Lembre-se:
Homem é como uma utilizável lata...
Quando uma chuta, a outra cata.

Se isso ainda não lhe consolar,
Tenha em mente que:
O homem pode ser considerado
Como um mero copo descartável.
Afinal, depois que o usamos,
Jogamos no lixo reciclável.

Depois que tomar a decisão de esquecê-lo
Saiba que não será assim tão fácil,
É complicado tentar esquecer-se
De alguém que teve determinada importância em nossa vida.
Por isso, sempre alerto e procuro auxiliar:
Procure alguém que seja diferente do comum.

Lembre-se de que para encontrar alguém
Que tem algo a mais que os outros, que é diferente,
É preciso ser diferente.
O que você realmente procura?
Alguém que pode ser descrito como uma pessoa comum?
Sonhe alto, sempre com os pés no chão.

Quando tiver se libertando do meu ex,
Tome algo gelado, isso lhe aliviará o calor em sua boca.
Mas não se esqueça de que pode pegar uma gripe.
Por isso, evite tomar gelado com gelo.

Quando seu futuro ex morrer
Ou alguém que seja mui querido
Não chore em seu caixão.
Tente fixar a ideia de que este passou desta para melhor
E que tornou-se alguém importante:
Um gelado defunto.

Às fezes me pergunto:
“Por que dizem que quando fulano morre
Vai desta para melhor?”
Tentei raciocinar e chegar a uma conclusão coerente.
Novamente me perguntei,
Mas desta vez, algo mais misterioso:
“Por que todos acham que
O cemitério é melhor que esta vida?”

Por vezes, não entendo por que
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As pessoas odeiam seus inimigos...
As mesmas deveriam aproveitar
O dia das bruxas e dar a seus estimados inimigos
Algumas vassouras novas.
Afinal, a gasolina e o álcool estão cada vez mais caros.

Existem milhares de outras situações ruins.
Na vida, em qualquer situação,
Há dois lados: o bom e o ruim.
Esforce-se para enxergar o lado bom.

Se esta escrita não teve sentido para você
Procure criar soluções práticas para seus problemas.
Qual seria o sentido de viver a vida de forma mal humorada?
Se estamos aqui somente de passagem,
Por que não aproveitar de forma engraçada?
Ou, tentando fazê-la de forma engraçada?

                                                              Josiele Ingrid Moura nº 14 1º E / 2009




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ESPÍRItO VELHO

       Quando se tem 15 anos, é normal ser julgado por outras pessoas da mesma idade, onde a
maioria delas não sabe fazer mais nada, além disso.
       Eu estudo em uma escola grande, com uma quantidade significativa de alunos, não é muito fácil
ser conhecida nesse tipo de lugar, ainda mais se você for como eu.
       Sempre fui tímida e quieta, acredito que seja o motivo de eu não ter muitos inimigos, embora
também seja o motivo de eu não ter muitos amigos. Isso nunca chegou a me incomodar, confesso
que várias vezes tive vontade de ser conhecida na escola, mas essa vontade não ultrapassava minha
prioridade, que é estudar e ter um futuro que me dê segurança, o que pode ser mais difícil do que se
imagina.
       Também não sou o tipo de aluna exemplar, com as melhores notas ou a melhor frequência, mas
sempre me considerei inteligente e capacitada, o que pra mim é o suficiente.
       Talvez pela minha personalidade ou por me preocupar tanto, sempre fui chamada de “velha”
pelos meus amigos, não velha de idade, obviamente, porque ele têm a mesma média de idade que eu,
mas porque sou caseira e mais sozinha. Tenho outra imagem de diversão, digamos assim.
       Ser chamada de “velha” me fez pensar em como seria se eu, nem que fosse por um dia, não
me preocupasse com nada disso, e parecia bom. Mas como eu faria isso? Foi quando ouvi duas das
meninas da minha sala comentando sobre um show com bandas amadoras e uma festa depois do show.
Tomei coragem e perguntei:
       _ Quando vai ser essa festa?
       Elas se olharam surpresas e então a morena, Nicole, me respondeu:
       _ Na verdade, é hoje, você queria ir?
       _ Claro, onde é?
       Lauren, a loira, me respondeu:
       _ Não é muito longe, a gente vai se encontrar na frente da escola, às 21h e vamos andando.
       _ Ok, eu estarei aqui.
       Então, eu saí e deixei-as continuarem conversando. O dia foi passando normalmente, fiz tudo
que estava acostumada a fazer. Resolvi não pedir aos meus pais, já que era tarde e eles provavelmente
não me deixariam sair de casa, então disse que iria dormir na minha prima.
       Cheguei lá no horário combinado e fui com elas, as duas estavam com roupas que, definitivamente,
eram bem menores que o número delas, poderia dizer até que era infantil, mas o decote era extremamente
grande para uma criança.
       Enquanto a gente andava, eu me sentia em um talk show elas não paravam de falar e de me fazer
perguntas:
       _ Eu nunca te vi nessas festas, você vai sempre?
       _ Por que você é tão quieta? Acho que nunca tinha ouvido sua voz antes de hoje.
       _ Seu cabelo é natural?
       As perguntas variavam muito e elas faziam outras antes mesmo de eu responder. Quando
chegamos, o show já tinha começado. O lugar estava todo pichado, cheirava a bebida e estava lotado
de pessoas, maiores e menores de idade. Vi muitas pessoas da escola. Como a Nicole e a Lauren
conheciam boa parte delas, acabei perdendo as duas de vista.
       Eu estava sozinha, em um lugar que não conhecia, com pessoas que não conhecia, à noite, sem
poder contar para os meus pais (caso algo acontecesse). Quando pensei tudo isso, me controlei para
não entrar em pânico, então sentei no bar.
       Do meu lado, sentou um rapaz de mais ou menos 20 anos, cabelos pretos e olhos verdes, vestindo
uma calça jeans e uma blusa pólo azul clarinha. Ele virou para mim e começamos a conversar, ele foi
simpático e ficamos falando por pelo menos uma hora, então não vi problema em ele me pagar uma
bebida, até porque não iria pedir nada com álcool. Bom, não vi problema até vê-lo colocando algo na
minha bebida, e eu não iria arriscar para saber o que era. Decidi sair de lá e procurar minhas amigas,
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foi quando ele veio atrás de mim, me puxando pelo braço:
       _ Já vai embora? Está tão cedo.
       Enquanto ele dizia isso, me puxava com mais e mais força.
       _ Eu tenho que achar minhas amigas.
       Puxei meu braço e fui embora o mais rápido possível, não tinha como avisar ninguém, porque
ele ainda estava tentando ver por onde eu ia.
       Saindo do lugar, vi a Nicole, desacordada, sendo levada por dois caras e a Lauren para uma
perua, todos pareciam bêbados. Fui andando cada vez mais rápido, precisava sair de lá. Enquanto
andava, fui pensando no motivo de eu ter ido, de ter me arriscado, não só de levar uma bronca dos
meus pais, mas algo realmente poderia ter acontecido comigo, e por quê? Por que os outros achavam
que eu não me divertia? Por que os outros me chamavam de velha? Mas essa era eu! Eu me divertia
sim, eu me sentia bem sendo assim, sendo eu e apenas eu, e nada eu os outros falassem iria mudar isso,
ele não podem me mudar e eu não quero mudar. As pessoas teriam que gostar de mim pelo que eu sou,
ou apenas não gostar de mim, mesmo sendo esse espírito velho.

                                                                    Carolina Moreno nº 8 1º A / 2009




                                                 29
EU JÁ VI ESSA CENA ANtES!

        - ... Dado um número real ‘x’ qualquer, podemos redefinir então o módulo...
        TRIIIIIM! – sinal tocando.
        _ Graças a Deus! A aula acabou, não aguento mais isso... – pensei comigo.
        Fui logo embora, chegando em casa, minha mãe estava lá, já começou a cobrança:
        “Por que você não arrumou a sua cama? Você deixou seu quarto todo bagunçado! Não vai fazer
lição de casa? E blá blá blá... “Sendo que eu arrumo e faço tudo, do meu jeito, mas eu faço!
        Depois de tanto meus pais ficarem me enchendo, falando coisas que faço e que não faço, o que
é certo e o que é errado, finalmente consegui ir para o meu quarto. Meu Deus! Como é possível duas
pessoas serem tão chatas e tão intrigantes com seus filhos? E o pior que é todo dia! Não há dia que eles
estão legais, alegres! Se não brigam comigo eles brigam entre eles. Tenho dó de meu irmão ao ter que
crescer com pais tão desnaturados como eles!
        Outro dia, a mesma coisa: escola, professores chatos, alunos mais chatos ainda. Aquela escola
é um porre! A única coisa que me faz ficar lá são meus amigos; são poucos, mas gosto muito deles. Na
verdade, o que mais me segura lá são meus pais porque eles não aceitam nem a ideia de eu sair daquela
escola, só porque cresceram lá, que na época deles, aquela escola era ótima, os alunos eram excelentes,
os professores ensinavam de verdade, que era exigido o respeito com o professor e tudo que os pais
gostam de relembrar e que eu não aguento mais ouvir sempre a mesma história.
        Bom, deu o horário de ir embora, só que esse dia me deu uma vontade de ficar um pouco mais,
nem eu sei por quê. Meus amigos estranharam, pois eles sempre me chamavam para ficar um pouco na
porta da escola conversando, ou sair, tomar um sorvete ou coisa assim e eu não aceitava, preferia ir pra
casa, percebendo que nunca vou, nem me chamam mais, mas esse dia eu fiquei por livre e espontânea
vontade, até me perguntaram se eu estava com febre ou algo assim, eu ri e respondi que estava bem,
não havia nada errado, apenas me deu vongtade. Ficamos conversando bastante tempo, até que foi
legal, mas aí já estava ficando tarde e fomos embora. Fui junto com a Cátia e com o Marcus, fomos
conversando, e eles me perguntaram o que realmente estava acontecendo, pois eles são meus melhores
amigos, daí falei que nem eu sabia, pois apenas me deu vontade de ficar. Eles desconfiaram, mas
aceitaram.
        Chegando em frente à minha casa, eu não queria entrar, mas respirei fundo e entrei. Minha mãe
já começou:
        Onde você estava? Com quem você estava? O que estava fazendo? Isso são horas de chegar?
Você viu a bagunça que deixou aqui? E o seu irmão que você falou que ia cuidar? Está vendo, Augusto?
(Augusto é o meu pai, que acabara de chegar do serviço) Você que põe maus costumes em nossos
filhos! A culpa é sua!

        _ Que Mané a culpa é minha! Eu que passo horas e horas na rua trazendo dinheiro a essa
família! É seu dever como mãe cuidar deles.
        Aí que a briga foi ficando pior, minha mãe odeia machismo.
        _ CHEGA! – gritei. Foi um impulso, nem pensei, na hora – Não aguento mais vocês! Vocês
não se tocam no que estão fazendo? No trauma que podem estar fazendo aos filhos de vocês? Vocês
já imaginaram como o Betinho (meu irmãozinho) irá crescer vendo isso? Vocês já pararam pra pensar
em como eu me sinto vendo meus próprios pais brigarem, primeiro os dois contra mim, depois os
dois começam a gritar bem na minha frente culpando um ao outro? Se vocês não quiserem isso, então
por que tiveram filhos? Maldita a noite que não usaram camisinha, né? Quer saber, vou embora! Não
aguento mais isso!
        Peguei meu skate e fui sem rumo, sem saber por onde ia, apenas com 7 reais no bolso e meu
celular. Eu já fugi de casa várias vezes, depois de discutir com meu pai, ou minha mãe, mas na verdade
só ia dar uma volta, porque eu sempre voltava. Eu nunca discuti com meus pais dessa forma como
discuti hoje. Imagina como estava minha cabeça enquanto eu andava por aí? Eu não quis nem saber,
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cololquei meu fone-de-ouvido, coloquei o som no último com um Metal bem pesado e nem sabia por
onde ia; aqueles faróis na minha cara, ah! Como eu odiava isso, parece que esses motoristas são cegos,
pra que faróis tão altos? Teve um que passou por mim e que não vi praticamente nada.
        - Ei, eei, acorda! Você está bem?
        _ Onde estou? (sussurrei), EI, SOLTA A MINHA PERNA.
        _ Não estou segurando nada.
        Olhei para baixo, minha perna estava engessada e meu pulso também.
        _ Você sofreu um acidente, um carro tentou desviar de você, mas a frente dele bateu na sua
perna e te arremessou. Você caiu com o seu corpo todo contra seu pulso e o tirou do lugar, o motorista
disse que buzinou e achou que você sairia da frente, você não ouviu?
        _ Nem queira saber, e meu skate? Meu celular? Cadê?
        _ Seu celular provavelmente deve ter se estraçalhado, seu skate, um caminhão passou por cima,
mas, você sofreu um acidente, quase morreu, se o carro não desviasse. E você se preocupa com seu
celular e skate? Você não vai nem perguntar da sua família?
        _ É... ah... sei lá... tanto faz... entre meus amigos e minha família, posso chamar meus amigos?
        _ Não, só família, eles têm que assinar alguns papéis para te liberar. Então me passe o número
de sua casa, e o nome de seus pais e o seu também, pois, você veio para cá e não sei nada sobre você!
        _ Posso esperar só mais um pouquinho? Só curtir este momento?
        _ Nossa! – ele ficou pasmo – tudo bem, te dou meia hora para descansar, depois você me passa
tudo, ok?
        _ Ok.
        Que cara mais chato! – pensei comigo – Pô, não é tudo mundo que quer sua família por perto
toda hora, eu só queria curtir o momento, mesmo que toda quebrada e mal conseguindo me mexer.
Um enfermeiro entrou na sala e pegou o número e tudo que o médico tinha falado que iria pegar... Ah,
sacanagem! Passaram só 20 minutos! Eu contei!
        Um hora e meia depois, meus pais chegaram com o meu irmãozinho. Nossa! Na hora que
bateram na porta falando que eram eles, já fechei os olhos forte e preparando meus ouvidos tanto pros
gritos quanto para os puxões de orelha.
        _ Ah, meu Deus! Você está bem? O que deu na sua cabeça fazer isso? Você foi e demorou muito
para chegar, fiquei imaginando coisas horrorosas, por que você fez isso com a gente? Me desculpe por
ter gritado com você e ter brigado com seu pai na sua frente. Você não sabe o que senti na hora que me
ligaram falando que você estava no hospital, quase desmaiei! Você já imaginou se acontecer algo pior?
Você sabe qual é a dor de uma mãe perder o filho? – nessa hora ela me abraçou forte, mesmo com meu
corpo doendo. Conforme ela me abraçava, eu segurava o gemido.
        _ Mãe? É a senhora mesmo? Tomou algum remédio? Fumou ou cheirou algo? Bateu a cabeça?
– não estava acreditando no que via, ela mostrou que se preocupa comigo, como é possível? Pensei que
não existia sentimento dentro dela.
        _ Claro que sou sua mãe, é que você está estranhando por ver uma mãe passar por um susto
desses.
        _ Então quer dizer que você não me odeia?
        _ Que te odeia nada, eu te amo!
        _ Eu também – disse meu pai.
        Na semana seguinte, já estava bem para ir pra escola, o clima em minha casa era tão bom que
me fez curar mais rápido! Nunca havia me sentido tão bem assim. Chegando da escola minha mãe não
falou nada, pois eu já havia feito tudo e ela não ficou procurando defeito. Meu pai chegou em casa e
me deu um skate novo, com todas as peças que eu mais sonhava! Minha mãe olhou com uma cara pro
meu pai, daí já falei:
        _ Não vai começar, hein! Se não, já inauguro esse skate logo numa avenida movimentada!
        Eles olharam para mim e riram, e não discutiram.
        Mais tarde minha amiga me liga, me chamando para ir na casa dela, não falou por que e nem
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deu motivo, achei um tanto estranho, mas é minha amiga, e fui ver o que era.
        Apertei a campainha e foi o irmão dela que me atendeu, já nem precisou falar nada, fui direto
ao quarto dela. Chegando lá, me deparo com a cena dela chorando, fui correndo abraçá-lo e logo
perguntar por que ela estava chorando.
        _ O que aconteceu? Fala!
        _ Ah, sabe o Márcio?
        _ Sei, o que tem ele? O que aconteceu com ele?
        _ Eu terminei com ele!
        _ Ah. Não acredito que você me fez vir correndo pra cá, me preocupar com você, só pra saber
que você terminou com aquele cara?
        _ Mas eu o amava!
        _ “Mas eu o amava, se ele te amasse também vocês não teriam terminado! Você vai encontrar
muitos caras na sua vida que você vai fazer sempre a mesma coisa: “Mas eu o amava!”
        _ Ai credo, já tá visando os caras que eu vou conhecer e terminar?
        _ Sim!
        _ Sabe, você como pessoa conselheira, é uma ótima amiga!
        Nós rimos e nos descontraímos, ela esqueceu daquele imbecil, eu já não gostava dele mesmo,
eu achava ele um marginal, que não a merecia, foi bom terem terminado, ela vai encontrar outros
rapazes que a farão feliz.
        Já estava ficando tarde e eu tinha que ir embora, o pai dela me concedeu uma carona até em
casa. Conforme íamos nos aproximando de casa, achei meio estranho, pois as luzes estavam acesas,
e o carro não estava em frente a garagem, comentei com minha amiga, e ela falou que também achou
estranho, o pai dela falou que poderia já ter guardado o carro na garagem, pois meu pai espera a vizinha
chegar para guardar o carro porque a garagem da minha casa tem o carro velho do meu pai que ele ama
mais que tudo e o carro da minha mãe. Chegando em casa, pedi para que o pai dela viesse comigo,
pois continuei achando muito estranho aquela situação, ele achou besteira e entrou comigo. Minha
casa estava toda revirada, papéis no chão, gavetas jogadas, o mais óbvio a se pensar é que ladrões
entraram em casa com meus pais fora, o pai da minha amiga mandou eu voltar logo para o carro, pois
eles poderiam ainda estar lá. Voltamos para o carro e ele ligou para a polícia. A polícia chegou até que
rápido, pelo que falam da polícia hoje em dia, pensei que ia dar tempo de os ladrões darem uma festa e
depois irem embora; bom, a polícia chegou e foi logo entrando na casa, com cuidado e com armas em
punho; depois de uns 10 minutos, apareceu uma ambulância e mais duas viaturas. Não entendi, pois
pelo que eu saiba, normalmente não chamam ambulância!
        Os policiais saíram da casa e perguntaram por quem era da família ou conhecia, daí me
identifiquei, e ele falou:
        _ Olha, entramos na casa e não encontramos nenhum ladrão, mas há suspeitas de que eles foram
mandados por alguém, pois não havia nada roubado.
        Já interrompi:
        _ E quem são esses caras? O que eles têm a ver com a minha família? Vocês o capturaram?
        _ Então, deixe eu terminar que você irá entender. Por enquanto não encontramos ninguém, mas,
infelizmente, os seus pais foram assassinados, foram encontrados os dois numa cama de casal, com tiro
no peito, ainda não deram a certeza, mas com os anos de experiência que tenho, já sei disso, desculpe
falar dessa forma tão cruel, mas mais cedo ou mais tarde, você terá de saber.
        Não tive respostas, não acreditei. Meus pais? Não, não pode jamais! Tentei ser forte, não quis
acreditar.
        Abri os olhos e vi um cara de branco sair do quarto onde eu estava, e um outro estava do meu
lado, mexendo não sei no quê.
        _ Eita, eu morri? Vocês são anjos? Jurava que eu ia pro inferno, ou pra um lugar igual.
        _ Não, não – ele riu – você não morreu, e acho que você é muito jovem para ir pro inferno. Mas
você está se sentindo bem?
                                                  32
_ Estou sim, mas o que estou fazendo aqui? Nossa! Tive um sonho tão estranho, que meus pais.
– parei, pensei bem – NÃO, NÃO – comecei a gritar, o rapaz me acalmou – isso é igual àqueles filmes,
que acontece uma coisa horrível, a pessoa desmaia e pensa que foi um sonho, mas isso realmente
aconteceu e ela fica sofrendo e tem outro piripaque?
        _ Ei, ei, calma, não aconteceu nada! Você apenas caiu de skate na rua.
        Olhei para minha perna, ela estava engessada, mas meu pulso não, estranho. Perguntei se
realmente tudo aquilo estava acontecendo.
        _ Me diz uma coisa, meus pais morreram?
        _ Mas que pergunta! Estou começando a achar que você é uma pessoa muito estranha, sabia?
        _ É, eu também acho isso.
        _ Não, nós na verdade, estamos esperando você acordar, bom, já que você acordou, me passe o
número de sua casa, e o nome de seus pais e o seu também, pois, você veio para cá e não sei nada sobre
você!
        _ Ok.
        Passei tudo conforme ele perguntava. Uma hora e meia depois eles apareceram com o meu
irmãozinho minha mãe já começou:
        _ Ah, meu Deus! Você está bem? O que deu na sua cabeça fazer isso? Você foi e demorou muito
para chegar, fiquei imaginando coisas horrorosas, por que você fez isso com a gente?...
        Ah meu Deus! Eu já vi essa cena antes!

                                                             Karina Alves da Pedra nº 17 1º E / 2009




                                                 33
FUtEBOL, UMA PROFISSÃO DE RESPONSABILIDADE

        Eu moro em um bairro pobre onde o famoso futebol se destaca nas ruas, em todo lugar que você
anda existem garotos jogando futebol de rua. Eu adorava jogar bola com os garotos, todo mundo se
reunia em uma rua par jogar, mas sempre respeitando uns aos outros.
         Existia um homem muito legal no bairro que sempre nos ajudava com equipamentos. A bola,
às vezes, furavam, as traves quebravam e sempre aquele nobre senhor comprava materiais de futebol
para nós. As ruas daquele bairro eram muito sujas e cheias de barro, quando chovia a gente ficava três
dias sem jogar bola, mas existia uma rua que era totalmente cimentada.
        Certo dia, quando eu e meus amigos estávamos jogando bola, apareceu uma bela garota, ela
era linda, uma morena com cabelos longos, que tinha uma beleza encantadora. Não conseguia parar
de olhar para ela, parecia que havia me apaixonado por ela, era um colírio para meus olhos. A solução
para isso foi procurar aquela garota por quem eu estava extremamente apaixonado. Comecei a procurar
por ela pelo bairro, mas não a achava, parecia que ninguém nunca a havia visto, apenas eu. Fiquei
frustrado de primeiro momento, mas continuei a procurá-la. Finalmente, depois de tanto esforço, achei
uma menina que tinha informações, era amiga dela. Consegui o endereço, fui até a casa dela e me
surpreendi, ela era de uma classe social muito alta e eu era um garoto bem simples e pobre. Mesmo
assim eu estava decidido de que queria conhecer aquela garota.
        Chegando à casa dela, percebi que ela era muito legal e ainda mais linda do que tinha visto.
Fiquei conversando com ela um bom tempo e lhe disse:
        _ Prazer, estava jogando e te avistei, achei você uma menina linda!
        _ Obrigada, mas qual teu nome?
        _ Felipe. E você linda menina?
        _ Meu nome é Larissa, eu também achei você muito lindo e simpático.
        _ Obrigado. Só passei pra te conhecer, qualquer dia nos falamos mais, ta bom?
        _ Ta bom, Felipe, foi um prazer te conhecer.
        _ Igualmente, até outro dia.
        Na verdade, não queria me despedir dela, mas já estava tarde e eu precisava ir, senão minha
mãe iria ficar muito preocupada. Peguei a estrada de casa, muito alegre por ter conhecido aquela bela
garota. Eu estava loucamente apaixonado.
        No dia seguinte, comecei a pensar que eu, pobre do jeito que era não podia pedir em namoro
uma garota rica, mas meu coração estava pulsando forte. Estava muito apaixonado, mas também não
podia me imaginar com uma garota rica.
        Resolvi entrar em uma escolinha de futebol que tinha no bairro, estava disposto a jogar firme
para me tornar profissional, e quem sabe ter uma condição de vida melhor para viver com aquela bela
garota. De primeiro foi muito difícil a adaptação, mas cada vez eu me tornava melhor, já havia crescido
bastante e pegado bastante corpo também.
        Passados uns dois anos, já tinha completado meus dezoito anos e consegui subir para o
profissional. Eu jogava muito bem. Consegui juntar bastante dinheiro e comprei uma casa naquele
bairro. Eu, muito feliz, fui visitar a garota que já não via há muito tempo, apenas ligava, às vezes.
        Fui até a casa dela e convidei-a para ir à minha casa. Ela, muito alegre, aceitou. Fomos até
minha casa e bebemos um vinho. Finalmente resolvi contar minha história para ela. Falei sobre o que
eu fiz para um dia poder tê-la para mim. Ela, super orgulhosa de mim, disse:
        _ Não precisava fazer tudo isso por mim, mas mesmo assim, muito obrigada.
        _ Não foi nada, mas quero te fazer uma pergunta: Aceita namorar comigo?
        _ Sim. Desde aquele dia que você foi à minha casa me apaixonei por você.
        _ Eu sempre fui apaixonado por você, desde quando te vi, mas agora estou super feliz com você
                                                  34
ao meu lado.
       Então a abracei e dei um belo beijo nela. Finalmente estava realizado meu sonho. Namorar a
Larissa foi um sonho.
       Ela me chamou para conhecer a sua família e, para minha surpresa, o pai dela era aquele nobre
senhor que nos ajudava a jogar bola, e graças a ele, pude dar uma boa condição de vida a sua filha. Ele
logo que me viu disse:
       _ Parabéns, garoto, você lutou muito para ter uma boa condição de vida e agora você merece a
minha filha e ela o merece.
       _ Obrigado. Mas tudo isso foi graças ao senhor que um dia nos ajudou a jogar bola, e hoje
prometo fazer sua filha muito feliz.
       Enfim, anos depois, eu e Larissa nos casamos e fomos felizes para sempre.

                                                              Matheus de Sá Santos nº 27 1º B / 2009




                                                  35
Dor de uma perda prematura
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Dor de uma perda prematura

  • 1. E. E. Infante Dom Henrique - 2009 Professora Luiza Thomé
  • 2. HIStÓRIAS CRIADAS A Casa à Esquerda Cláudia dos Santos 1º B pg. 4 A Dor de Uma Despedida Bruna Mendes 1º E pg. 5 A Nação Pedro Lúcio 1º C pg. 6 A Origem dos Homens William Rodrigues 1º A pg. 10 A Vida Além das Páginas Coloridas Samantha 1º D pg. 11 A Vida Como Ela É Nathália Coimbra 1º C pg. 12 Amor Eterno Jéssica Cardoso 1º E pg. 13 Amor Que Não Acabou Juliana Souza 1º E pg. 14 Amor Virtual Bruna Yukari 1º A pg. 15 Banda Forplay Marx Bruno 1º A pg. 20 Brasil Deve se Preocupar Mais Com O Que Vai Ganhar Com As Olimpíadas Juliana Turci 1º D pg. 22 Chocar Caminhão Rosangela Ana 1º D pg. 23 Descobrindo Um Novo Mundo Samira Ramos 1º A pg. 24 Dicas Para Um Emocional Bem Estruturado e Uma Vida Bem Humorada Josielle Ingrid Moura 1º E pg. 25 Espírito Velho Carolina Moreno 1º A pg. 28 Eu Já Vi Essa Cena Antes! Karina Alves 1º E pg. 30 Futebol, Uma Profissão de Responsabilidade Matheus de Sá 1º B pg. 34 Ilusão Maria Carolina 1º D pg. 36 Inesperado Amor Crislaine Reis 1º B pg. 38 Maria Solidão Matheus Cosmo 1º D pg. 40 Minha História de Amor Aline Fernanda 1º B pg. 41 Mudança de Hábito Bruno Gutierres 1º B pg. 43 Namorado X Pai Renata Riccio 1º E pg. 45 O Amor Vence as Diferenças Thais Rodrigues 1º B pg. 47 O Boca de Jacaré Cezar Augusto Cordeiro 1º A pg. 49 O Caminho da Esperança Carlos Henrique 1º B pg. 50 O Caminho da Luz Suellen Lisboa 1º A pg. 51 O Cara Apaixonado Bruna do Prado 1º A pg. 53 Caval e a Floresta Alexandre Veríssimo 1º E pg. 54 O Estranho Vingador Guilherme Pereira 1º D pg. 57 O Menino Que Enfrenta Várias Dificuldades Samuel dos Santos 1º E pg. 58 O Meu Eterno Amor Jaqueline de Souza 1º B pg. 59 O Ônibus Pamella Nunes 1º D pg. 60 O Segredo de Emily Vandenberghe Thaís Garofalo 1º C pg. 61 O Sol Wellington Luiz 1º A pg. 64 Passeio de Metrô Milene Estevam 1º A pg. 66 Quando Crescer Natali Bernardes 1º A pg. 67 Rotina Escolar Feminina (Conversa de Macho) Alessandra Souza 1º B pg. 68 Ser Um Fracassado Ou Não, A Escolha É Sua Thais Fabíola 1º E pg. 69 Superação Murilo Batista 1º E pg. 70 Titãs Caio Dantas 1º A pg. 71 Um Dia Com Os Ídolos Juliana Midori 1º C pg. 73 Um Dia Comum Bruno Rocha 1º D pg. 76 Um Grande Sonho Camila de Freitas 1º D pg. 77
  • 3.
  • 4. A CASA À ESQUERDA Conheci uma garota especial, ela era nova na escola, muito linda. Nossa! Parecia uma princesa, seus olhos eram como o mar; queria saber se seus lábios eram doces como o mel. Sabia que ela não podia namorar, pois seu pai não permitia. Depois de um tempo, com mais intimidade, eu comecei a recitar poemas para ela, pois dizia que meus poemas eram lindos. Em seu aniversário, fiz um Poema especial; quando recitei, ela chorou de tanta felicidade, mal pude acreditar, naquele mesmo dia, ela me deu um beijo nos lábios que quase desmaiei. Agora tinha certeza de que seus lábios eram doces como o mel. No dia seguinte, na escola, eu pude chegar com ela de mãos dadas. Nossa! Todo mundo nos olhou como se fosse coisa de outro mundo, mas éramos apenas “namorados”, mas para ela era como se fôssemos amigos. Passaram-se três meses, ela já estava fria comigo, como se estivesse com nojo de chegar perto ou como se eu nunca tivesse tomado um banho, como se eu fosse um bicho asqueroso, nem ao menos me cumprimentou ou mandou um recado, nada. Puxa! Fiquei mesmo muito chateado com ela, nem a capacidade de me informar o que aconteceu entre nós; ficamos assim por muito tempo. Chegou uma vez que ela começou a faltar muito à escola, nem me ligar ela ligou. Meu Deus! Fiquei quase louco, longe dela mais de um mês sem tocá-la, beijá-la ou ao menos ouvir o doce som de sua voz. Então resolvi ir até sua casa para ver o que estava acontecendo. Ao chegar lá, sua mãe me disse que ela estava com uma doença que nem os médicos haviam descoberto e que ela estava morrendo aos poucos. Nossa! Fiquei arrasado, pois era justamente a garota que eu esperava, que morava à esquerda da minha casa. Com o passar do tempo, ela só piorou; a doença tomava cada vez mais conta de seu corpo, e eu ali sofrendo junto, naquele leito de hospital mesmo não podendo fazer nada para ajudá-la. O tempo passou e cada vez pior, os médicos tentaram de tudo para salvá-la, mas não foi possível. Fiquei tão arrasado que nem tive forças para ir ao seu enterro, pedi para que sua mãe se despedisse dela por mim. Passaram-se três meses desde a sua morte e eu ainda pensava nela, em seu jeito, seu beijo, sua pele, mas não pude acreditar que ela não me disse a verdade, que estava doente; não confiou em mim, para que passássemos essa barra juntos; foi a pior das traições que ágüem pode fazer com a pessoa que nos ama. Fazer o quê, se quem ama perdoa, como eu, perdoei todos seus erros, mas sei de uma coisa ainda, vamos nos encontrar onde for, mas, enquanto isso, a saudade me mata, eu só aqui pensando em seu perfume, e não esquecerei que seu lábio tem o sabor do mel. Para sempre te amarei. Cláudia dos Santos Moreira nº 13 1º B / 2009 4
  • 5. A DOR DE UMA DESPEDIDA Tudo começou quando eu tinha aproximadamente dois anos. Eu era uma criança muito alegre e mimada por todos. Até que minha mãe engravidou de novo, foi uma gravidez muito complicada, mas no final correu tudo bem, graças a Deus. No dia 19 de janeiro de 1995, minha mãe deu à luz um lindo menino que recebeu o nome de Gabriel e, a partir daquele momento nos tornamos uma família feliz. Nossos dias eram bem organizados: minha mãe ficava em casa cuidando de nós, e assim crescemos amados e amparados por todos. Até que um dia, meu irmão adoeceu, teve febre. Como quase sempre a gente ficava doente devido à bronquite, minha mãe levou-o ao médico e a pediatra receitou um remédio para a febre e o resto do dia passou bem, só que, quando chegou a noite, ele choramingou muito e mamou quase a noite inteira. Quando amanheceu, minha avó levantou, como de costume, foi até nós dar um beijo para poder ir trabalhar; deu água para ele, e logo notou umas manchas vermelhas no rosto dele. Achou melhor minha mãe levá-lo ao médico novamente, pois parecia grave. Minha mãe se apavorou e chamou o vizinho para levá-lo ao hospital. Chegando lá, foi uma correria, pois a pediatra não estava na sala, todas as enfermeiras procuravam a médica, pois só de verem o meu irmão, já sabiam que era grave. Achando-a, avisaram da urgência. Veio correndo, atendeu e passou exames para meu irmão fazer. Diagnosticado, a médica chamou minha mãe, avisou que ele estava com meningite (uma doença contagiosa). Imediatamente, ele foi transferido para a UTI e isolado. Cuidaram dele, mas o médico logo avisou à minha mãe que só Deus para salvá-lo e, se caso ele sobrevivesse, iria levar uma vida vegetativa. Nessa hora, minha mãe entregou a vida dele nas mãos de Deus e falou: “Deus, faça a sua vontade, que eu respeitarei.” Como eu era pequena demais, chorava muito querendo minha mãe, sendo assim, sem poder fazer nada no hospital, ela veio para casa para cuidar de mim, com a promessa do médico de que, se acontecesse alguma coisa, ele a avisaria. Minha mãe passou a noite inteira comigo, e quando chegou de manhã, ela já estava saindo para visitá-lo. Chegou minha avó e a minha tia chorando muito, dando uma triste notícia: que meu irmão Gabriel havia falecido. Esse dia parecia não ter mais fim, dizem que nunca viram um enterro tão triste, estava cheio de gente, todos sofriam muito, gritavam o apelido de “Biel, Biel”. Bom, hoje já faz 14 anos que ele se foi, cresci, já estou com 16 anos, tenho uma irmã de dois anos, que se chama Beatriz. Mas até hoje eu sinto a falta dele, pois a saudade é profunda que nem o tempo vai fazer passar. “Pois a dor de uma partida é pra sempre...” Bruna Mendes de Oliveira nº 02 1º E / 2009 5
  • 6. A NAÇÃO Em um vilarejo onde viviam o trovador, o cavaleiro do rei e os dois arqueiros, havia um rei bondoso e generoso. O povo dessa terra se orgulhava de dizer “Arquimedes governa meu reino”, poucas guerras eram travadas e os impostos eram baixos e todo o povo era leal ao rei. Em uma manhã típica de domingo, quando o trovador já fazia suas poesias sobre o nascer do sol, o cavaleiro do rei já limpava sua espada, e os arqueiros praticavam com suas flechas, um aviso foi pregado na praça central da cidade, ele causava choro e espanto em todas as pessoas que ali habitavam, ele informava: “É com grande tristeza que informamos que o rei Arquimedes, infelizmente foi encontrado morto em seu jardim, a cerimônia de coroação do novo rei será amanhã, às 9 horas. É obrigatória a presença de todos os habitantes.” O trovador cantava cantigas tristes em sua lira, os arqueiros fugiram em seus cavalos, e o soldado leal ao rei chorava. O povo não sabia o que fazer. O que seria deles agora? Mas não restava nada a fazer. Na manhã seguinte, todo o povo se reuniu no palácio para a cerimônia de coroação. Não demorou muito para começar, o príncipe parecia estar com muita pressa de ser coroado. O cavaleiro Pierre, os arqueiros Robin e Jau e o poeta, cujo nome ninguém sabia, estavam reunidos em um canto do salão conversando, um velho passou por eles e todos olharam como se estivessem perguntando: “Quem é ele?”, mas logo o velho desandou a falar: _ Meu nome é Hélio e venho de longe para dar um aviso: aquele que vocês estão enterrando não está morto e nem pensa em morrer tão cedo. Quatro jovens devem descobrir o mistério para salvar sua nação, conforme diz a profecia, perigos estão prestes a ser descobertos e o filho do soberano, também, está prestes a se rebelar. Logo depois de o velho fazer seu discurso, uma flecha atravessou o salão e o acertou na cabeça. Ninguém viu de onde ela veio. O novo rei tomou a palavra: _ Não prestem atenção nesse velho, ele devia ser do reino inimigo e estava querendo atrapalhar a coroação. E assim a cerimônia prosseguiu, mas Robin decidiu dar uma olhada no corpo do velho e percebeu um brilho em seu pescoço, chegou mais perto e logo viu que era um medalhão, mas o medalhão tinha uma coisa muito estranha, estava com o símbolo da família real e dizia: “conselheiro do primeiro rei de nossa terra”. Seria possível o conselheiro do primeiro rei estar vivo e dizendo a verdade? Robin ficou confuso e logo foi alertar seus amigos; eles também ficaram perturbados. Robin decidiu abrir o medalhão e dentro dele havia um mapa que levava para uma floresta proibida a todos os habitantes. Eles não pensaram duas vezes, planejaram sair logo pela manhã, já que a floresta estava próxima do palácio. E a festa prosseguiu durante toda a noite. Na manhã seguinte, eles levantaram cedo e dirigiram-se para a saída da cidade, foram o poeta, os arqueiros, Robin e Jau e o cavaleiro do rei, Pierre. Já estavam saindo da cidade, quando avistaram uma esquadra inteira comandada pelo atual rei. Um soldado perguntou: _ Aonde vão? Todos permaneceram em silêncio. _ Eu perguntei: aonde vão? Continuaram em silêncio. De repente, o rei levantou sua espada e foi em direção a eles com seu cavalo, como se quisesse matar um deles. Pierre se atirou na frente com seu escudo para salvar a vida de Robin. Enquanto isso, os outros já se adiantaram a tomar os cavalos dos soldados, pois esses eram poucos. Depois de alguns minutos, os soldados já estavam dominados e o rei estava amordaçado e choramingando. Eles decidiram prosseguir floresta adentro com os cavalos, porque já imaginavam que o resto dos soldados estivesse a caminho, pois teriam notado a demora da tropa. E foram. Quando já estava a dar meio-dia, resolveram parar para 6
  • 7. descansar em uma casa velha que encontraram no meio da floresta. Jau foi o primeiro a apear do cavalo e foi entrando na casa, mas espantou-se, a casa que era muito mal conservada por fora, revelou-se um belo lar por dentro. Eles se sentaram nas poltronas, Pierre decidiu dar mais uma olhada no mapa do medalhão e espantou-se. Aparentemente, o mapa havia mudado e agora exibia um mapa de toda a casa e logo abaixo estava escrito: “Casa do mestre da floresta”. O poeta espantou-se, mas os outros não entenderam o motivo de tal espanto; o poeta logo começou a cantar: Aquele que um desejo quiser Com o mestre da floresta deve falar Sem gaguejar nem se amedrontar Por um desafio deve passar E o desejo vai conquistar. Todos ficaram um pouco amedrontados porque uma vez o poeta disse que todo o reino ficaria seis dias sem chuva e sua profecia se realizou, assim como ele havia dito que haveria falta de alimentos porque os deuses não estavam satisfeitos e assim aconteceu, a falta de alimentos havia durado dois anos, só parou quando o povo pediu desculpas aos deuses. Eles estavam preocupados, mas todos estavam confiantes de que se a história dos desafios fosse verdadeira, eles provavelmente venceriam com facilidade e teriam todos os seus desejos alcançados. Depois de horas sentados nas poltronas confortáveis e já desacreditando na cantiga do poeta, uma voz levantou-se do fundo da sala. Todos se olharam como se perguntassem uns aos outros: “você disse algo?”. Uma criatura muito estranha, para não dizer horrível, se levantou do chão, parecia ser feita de folhas secas com galhos e musgo, tinha flores no lugar dos olhos e cipós no lugar dos braços. Todos já estavam com suas armas apontadas e prontas para atacar, quando a criatura começou a se mexer e a se desmanchar. Tomou outra forma muito diferente da primeira aparência, transformou-se em um velho com uma roupa de cor roxa e dois bigodes que pareciam ser feitos com o cipó de alguma árvore e sua pele parecia ser feita de cascas de árvores. Ele disse: _ Desculpe pelo susto, eu apena estava testando esse novo traje..., mas e vocês o que fazem em minha casa? O poeta logo desandou a cantar: Famintos e cansados nós estávamos, Caminhando e cantando, Uma moradia nós encontramos E logo nós adentramos Para nos abrigar E a realização de um desejo aguardar. Pierre, meio sem entender nada, disse: _ É... É... isso que ele disse. Os outros concordaram a balançar suas cabeças. O mestre da floresta logo disse com uma cara de total desânimo: _ Que ótimo! Mais um bando de viajantes querendo ter desejos inúteis alcançados sem me dar nada em troca, mas é sempre assim, já devia ter me acostumado... Então o que vai ser? Dinheiro, bebidas, armas, podem falar. Todos ficaram espantados com o desânimo do mestre da floresta, mas não se contiveram começaram a falar desordenadamente todos os seus desejos, e todos ao mesmo tempo. O mestre da floresta levantou a sua mão e com um gesto fez com que todos se calassem apenas Pierre continuou falando. O mestre tomou a palavra: _ Pode pedir e lembre-se: apenas um desejo, e não se esqueça, quanto mais complicado o desejo, mais difícil será seu desafio. Pierre disse? _ Uma espada que possa cortar qualquer coisa e não se quebre jamais. E o mestre disse: 7
  • 8. _ Um difícil, muito difícil, isso requer um bom desafio, e os dois arqueiros o que querem? _ Flechas que não se acabem nunca e que furem qualquer coisa – responderam os dois ao mesmo tempo. _ E você, poeta, o que quer? – perguntou o mestre. _ Um papel. – disse o poeta. O pedido do poeta espantou a todos, porque era absurdo alguém pedir uma folha de papel quando se pode pedir qualquer outra coisa melhor. Então o mestre tomou a liberdade de perguntar o que ele faria com apenas uma folha de papel e ele respondeu: _ Às vezes, as coisas mais insignificantes podem ser as coisas que fazem a diferença. O mestre fez uma cara de quem entendeu a mensagem, mas os outros ainda achavam absurdo o pedido do poeta. Então o mestre disse: _ Vamos começar os desafios: primeiro você, poeta, está vendo aquela mosca perto da janela? _ Sim. – disse o poeta, logo se virando para observar uma pequena mosca que lutava para sair pela janela fechada. _ Sua missão é capturar a mosca, mas sem matá-la. Então o poeta pegou um vidro que estava em cima de uma mesa ao seu lado e capturou a mosca sem maiores dificuldades. _ Vire-se e feche os olhos. O poeta obedeceu. _ Pode olhar. – disse o mestre. Quando ele se virou, tinha uma folha de papel nas mãos do mestre e seus amigos estavam com a cara de quem tinha visto um fantasma. Ele logo tratou de guardar sua folha de papel. _ Agora é a vez dos arqueiros, já que seus pedidos são iguais, o que vocês devem fazer é fixar uma mosca no tronco de uma árvore com suas flechas e sem matá-la a uma distância de cinco metros. Aquilo parecia impossível de ser feito, como eles conseguirão fixar uma mosca no tronco de uma árvore sem matá- la? O mestre saiu da casa e foi em direção ao jardim, pediu ao poeta que pegasse a mosca no vidro e o acompanhasse, então o mestre abriu o vidro e soltou a mosca perto de uma árvore e logo depois disse: _ Podem começar, cada um tem duas chances e se um acerta, garante a vitória dos dois. Robin decidiu que seria o primeiro, ele esperou a mosca ficar parada por alguns instantes, mas de nada adiantou, a flecha foi parar quase um metro longe da mosca. Tentou a segunda, dessa fez a flecha foi parar em outra árvore que estava ao lado. Então Jau logo se adiantou na frente da árvore, esperou a mosca pousar e atirou... Aparentemente, a flecha tinha parado bem ao lado da mosca, mas a mosca se mexia muito e não saía do lugar. O mestre decidiu ir dar uma olhada mais de perto. Ele olhou durante muito tempo e então disse: _ Meus parabéns! A mosca está fixada pela asa. Aqui está seu prêmio. Então ele tirou de suas vestes roxas dois estojos cheios de flechas douradas. _ Agora é sua vez, Pierre, seu desafio é destruir aquele manequim que está ali perto do poço. Pierre se virou e havia um espantalho velho próximo ao poço. Então o mestre continuou a falar: _ Mas você deve fazer isso montado em um cavalo e vendado, seus amigos podem ajudá-lo. Todos ficaram com um frio na barriga, parecia que dessa vez eles não iriam conseguir. Mas, mesmo assim, eles tentaram. Depois de Pierre quase ter acertado Robin duas vezes com a espada e ter cortado os cabelos do poeta cinco vezes, ele finalmente conseguiu acertar o espantalho. O mestre da floresta parecia estar se divertindo muito ao ver o esforço de todos. Quando Pierre tirou a venda que cobria seus olhos, havia uma espada feita de prata nas mãos do mestre. _ Agora que todos alcançaram seus desejos, eu acho que vou embora. – disse o mestre. Todos se espantaram ao ver que o mestre havia se transformado em uma árvore aparentemente normal, então decidiram tomar seus caminhos a cavalo. Depois de horas cavalgando pela floresta e sempre seguindo o mapa, já estavam todos cansados e decidiram parar em um vilarejo que o mapa apontava. Eles entraram pela cidade, logo perceberam que a 8
  • 9. cidade estava deserta. Já tinham andado um bom pedaço da cidade, quando viram um pequeno mercado. Do mercado saiu um homem muito sujo e machucado que disse: _ Entrem agora. Eles entraram. No mercado havia uma pessoa que eles mal acreditaram que estava ali, o antigo rei em pessoa sentado em um banco. O rei disse: _ Que bom que vocês chegaram, eu estava esperando. _ Como assim, esperando? – disse Pierre. _ O mestre da floresta apareceu aqui. – disse o rei. Quando ele terminou de falar, na cadeira ao lado, estava o mestre da floresta. O rei continuou: _ Meu filho me prendeu em uma das celas do castelo e depois inventou aquela história de que eu havia morrido. Felizmente eu consegui escapar e me refugiei aqui na cidade, só estou vivo graças ao mestre da floresta e ao Magno. O dono do mercado tomou a palavra: _ Eu sou Magno. O poeta perguntou: _ Por que a cidade está vazia? Coisas terríveis aconteceram depois que vocês saíram do vilarejo. Manoel, meu filho que agora é o rei, está mandando matar todos aqueles que fizerem oposição ao seu reinado e obrigando as pessoas a trabalharem como escravas, todos os habitantes daqui estão presos porque desobedeceram a Manoel. – disse o rei. _ E você, mestre da floresta, o que está fazendo aqui? – perguntou Jau. _ Eu estava encarregado de guiar vocês até o rei, mas sem que vocês soubessem. – disse o mestre da floresta aos risos. _ O problema é que precisamos tomar o poder novamente. – disse Magno. De repente, outro homem entrou correndo pela porta do mercado. Ele estava muito sujo e machucado, com uma aparência terrível, usava uma roupa de soldado. Ele se sentou e disse: _ Ele vai estar lá, amanhã. _ Ele quem? – perguntou Pierre. _ Manoel, ele vai estar na prisão amanhã. – disse o homem sujo. _ E você é...? – perguntou Robin. _ Meu nome é James, eu estava na prisão coletando informações para o plano. – disse James. _ Que planos? – perguntou Pierre. _ Nosso plano é invadir a prisão, juntar aliados e matar Manoel, já que ele vai visitar a prisão amanhã. – disse Magno. _ Estamos dentro. – disse Pierre. Os outros concordaram, essa era uma chance perfeita de restabelecer o poder do rei Arquimedes. Eles passaram o resto da tarde planejando o que iriam fazer. No dia seguinte, se dirigiram para a prisão. Não foi muito difícil entrar lá, era só ficar parado na frente dela e dizer “eu odeio Manoel”. O plano correu muito bem; logo eles tinham muitos aliados, conseguiram tomar a prisão em uma luta sangrenta. Depois mataram o rei Manoel e colocaram Arquimedes no poder novamente, o poeta fez uma nova canção contando a história. Os quatro jovens de nossa terra Em uma aventura se envolveram De muitos perigos eles correram E a Manoel desobedeceram Mas por um motivo nobre eles lutaram E sua nação se orgulha deles Porque representam o espírito de um povo. Pedro Lucio Campos Martins da Silva nº 33 1º C / 2009 9
  • 10. A ORIGEM DOS HOMENS Como os seres humanos apareceram na Terra? Vieram de outro planeta? Foram criados pelos deuses? Por que não são todos iguais? Tantas perguntas que não são respondidas com certeza. Meu nome é Lupem e esta é minha versão da origem dos homens. Segundo meus pais, os deuses criaram os seres humanos a partir de uma réplica deles mesmos, mas com sentimentos e mortalidade; os deuses usaram matéria-prima como madeira, areia, argila e, às vezes, até uns tipos de plantas por conterem muitos nutrientes abrasivos, mas eu não acho que seja verdade. Na minha opinião, alguns seres humanos vieram de outro planeta e outros brotaram do nosso próprio planeta, como animais saindo de suas jaulas ou lobisomens se transformando e liberando sua verdadeira face. Os primeiros homens não tinham tanta inteligência, simplesmente usavam seus instintos como animais para comer e se reproduzir, mas eu acho que os seres humanos iguais aos de hoje em dia vieram de outro planeta. Os verdadeiros seres inteligentes, e eu os chamava de homo-sentis por serem tão inteligentes, penso até que eles eram uma raça até mais inteligente que o próprio ser humano. Hoje, com 37 anos, sei tudo isso porque, quando tinha 13 anos, vi um homem caindo do céu, mas foi diferente de qualquer coisa que já tinha visto na vida, porque ele usava um tipo de aço no peito que parecia brotar de dentro dele e, quando vi aquilo, fui correndo até ele e perguntei-lhe: _ Oi moço, você está bem? E ele respondeu rindo: _ Sim. E perguntei-lhe novamente: _ Moço, qual é o seu nome e de onde você veio? Ele respondeu: _ Meu nome é Yamir, o portador do aço, 3º general da Tropa Real e comandante dos fantasmas de Yori, o planeta dos reis. Logo deduzi que ele queria destruir nosso planeta e construir uma nova nação. Então lhe perguntei: _ Senhor, o que deseja fazer neste planeta? Ele respondeu calmamente: _ Eu só vim a este planeta porque fui ordenado a conhecer novas civilizações e culturas, vim, simplesmente, em missão de paz. Ele me falou um pouco sobre seu planeta e eu, um pouco do nosso. Foi quando o peito de aço dele disparou um alarme e ele disse que tinha de ir embora, que era o alarme do 1º General, o Grande Yolau, o portador dos elementos da criação da vida, que estava chamando para informar suas descobertas. Antes de ir embora, ele me deixou um anel de ouro puro e disse: _ Quando eu retornar a este planeta, este anel de ouro virará aço e meu nome aparecerá nele. Adeus, pequeno Lupem, até meu retorno. E desde então, eu espero uma mensagem da volta dele e não acredito em nada que falam sobre a origem, porque tive a minha própria visão da nossa origem que, talvez um dia, nós viraremos deuses que nem nossos ancestrais e poderemos viajar de planeta em planeta. E esta é a minha versão da origem do homem. William Rodrigues Calvo Júnior nº 38 1º A / 2009 Falta texto Falta texto Falta texto Falta texto Falta texto Falta texto Falta texto Falta texto Falta texto Falta texto Bruna Mendes nº 13 1º E / 2009 10
  • 11. A VIDA ALÉM DAS PÁGINAS COLORIDAS Cristina, uma mulher fiel e amorosa, dedicava-se exclusivamente ao marido Cristofer; juntos escreviam uma linda história de amor e felicidade que por fim acabara de ser selada com a chegada da pequena Thyphanne. Numa certa manhã de segunda-feira, Cristina se preparava para levar Thyphanne à escola, enquanto Cristofer tirava o carro da garagem. No caminho para a escola, a família sofre um grave acidente que resulta na morte da pequena Thyphanne. Cristofer e Cristina não sofrem graves ferimentos externos, porque o pior de todos os ferimentos ficou cravado como uma estaca de ferro em seus corações com a morte da pequena filha. Apesar do tempo, as feridas não conseguiam cicatrizar, Cristofer e Cristina nunca mais se perdoaram pelo que aconteceu com ela, porém todos os dias, em orações, perguntavam a Deus, por que Thyphanne e não eles, sendo que já haviam aproveitado a vida o bastante, mas se assim foi da vontade do Senhor, permitisse-lhes sentir ao menos o amor da filha, fizesse que o pequeno anjinho lhes perdoasse por não tê-la protegido da forma que ela precisava e que pudesse guiá-los até o momento do reencontro deles. Apesar de toda a dor no coração, encerravam todos os dias esta oração com um singelo amém, que até mesmo Thyphanne e os outros anjinhos pudessem contemplar com imensa alegria essas palavras. Quando Cristofer e Cristina não tinham mais razões para viver e não viam mais uma luz no fim do túnel, a mulher recebeu uma carta com o resultado de um exame de sangue que fez depois de ter passado mal. Ali estava uma notícia que mudaria sua vida. Cristina estava grávida, toda tristeza, toda escuridão, todo sofrimento da sua vida parecia ter acabado naquele momento, agora o casal só tinha um sentimento em seus corações: o de amor para oferecer a essa criança, todo carinho que ela precisava, até diziam ser o seu anjinho vindo do céu para o tão esperado reencontro. Após os nove meses de gestação, a tão esperada criança nasceu, era uma menina, idêntica a Thyphanne. Olhos, boca, nariz, cabelos, tudo, Thyphanne tinha voltado de verdade. Thyphanne, como foi chamada, voltou para dar continuidade à história que tinha dado uma pausa no meio da estrada. Enfim, agora no fim da estrada havia uma cidade de sonhos a serem realizados por ela, a pequena riqueza na vida de Cristina e Cristofer. Samantha nº 33 1º D / 2009 11
  • 12. A VIDA COMO ELA É. Como todo bom brasileiro que acredita em sonhos, assim começa a história de Severino. Um cidadão simples e pacato da cidade do norte, que deixava sua família para trás, trazendo consigo apenas a roupa do corpo. Chegando em São Paulo, ficou maravilhado com a beleza da grande cidade. Com sua simplicidade, fez amigos, conquistando seu espaço, conhecendo pessoas que tinham o mesmo sonho de vida dele. Sendo assim, logo se abrigou com outros companheiros, companheiros que ajudaram Severino a se levantar, pois ele estava vendo que sua vida estava realmente mudando. Uma vez ao mês Severino se comunicava com sua esposa por telefone, e também mandava parte do seu dinheiro para a sobrevivência dela e seus quatro filhos. A vida era dura, o trabalho era pesado, pois ele trabalhava na construção civil, ajudando com seu esforço a construir um lindo condomínio de luxo. Mas ele não reclamava, pois, apesar de toda dureza, a vida na cidade grande era mais própera do que aquela pobre cidade onde morava. Passados alguns meses, não me lembro bem se foram nove ou dez meses, numa tarde muito chuvosa, um acidente interrompeu não só um sonho de vida, mas a vida de Severino. Então eu, ao presenciar aquela cena, fiquei muito triste por ver sonhos, planos se acabarem em um piscar de olhos. Narrativa de um mestre de obras, amigo de Severino... Data: 16/06/1981 Nathalia Coimbra do Vale nº 31 1º C / 2009 12
  • 13. AMOR EtERNO Era uma vez um garoto que se chamava Michel, ele sempre venceu as dificuldades de sua vida alegre e feliz Quando completou 17 anos, ele conheceu uma garota que se chamava Camila, por quem ele achava que estava perdidamente apaixonado. Eles nomoraram um tempo e ela acabou engravidando. A mãe dela,,inconformada por ela ser tão nova e já estar grávida, obrigou os dois a se casarem e, como o imaginado, não deu muito certo e logo se separaram. Michel voltou a morar com seus pais. Após completar 19 anos, seus pais resolveram se mudar para o bairro vizinho onde ele conheceu uma bela garota a qual ele gostava de chamar de Bebê. Ela morava na frente de sua casa e passando alguns meses, eles começaram a namorar. Viviam muito bem e eram felizes como naqueles lindos contos de fadas, mas como em todo verdadeiro conto sempre há um vilão. Com algum tempo de namoro, eles já estavam planejando o futuro juntos, pois Bebê estava grávida, mas sempre que eles achavam que estavam bem algo ou alguém tentava separá-los. Como nem tudo era rosa, Camila, sua ex-mulher, não se conformava que ele tinha arrumado outra pessoa e estava sendo muito feliz, ela descobriu que Bebê estava grávida e começou a infernizar a vida deles. Com isso Bebê acaba tendo uma gravidez de muito risco, com 8 meses de gestação ela foi internada com risco de perder o nenê que acabou nascendo prematuro. O lindo garotinho veio ao mundo com muitas complicações e veio a falecer com uma semana de vida. Bebê entrou em um estado de depressão profundo e Michel sempre estava ao seu lado. Mas depois de tantos acontecimentos, o relacionamento acabou enfraquecendo. Camila não desistiu e aproveitou a situação para tentar separá-los, e vivia seguindo-os aonde quer que fossem. Um belo dia, Michel resolveu levar Bebê ao parque para esquecer um pouco e passando por uma ponte que ficava em cima de um lago, Bebê para e fica apreciando os patos e cisnes que lá se encontravam. Michel saiu para comprar sorvetes para eles, Camila aparece e começa a provocar Bebê, elas se descontrolaram e acabaram brigando. Bem na hora que Michel chega, Camila joga Bebê da ponte. Ela morre na hora. Michel fica desesperado e Camila tenta acalmá-lo dizendo: _ Não, amor, não chore, eu estou aqui e nós vamos ser muito felizes juntos, eu, você e a nossa filha. E ele diz: _ Se você a matou pensando que assim eu iria ficar com você, se enganou, porque se eu não posso ser dela, seu eu nunca serei. Michel se joga da ponte procurando morrer com seu verdadeiro amor. Camila fica louca e sua família a intena em uma clínica psiquiátrica. A filha de Camila e Michel foi morar com os pais dele, Michel e Bebê mostraram a todos que o amor deles era real e verdadeiro, mesmo com a morte deles serviu como exemplo de uma vida feliz. As almas de Michel e Bebê permaneceram juntas, pois um verdadeiro amor nunca morre. Jéssica Cardoso nº 12 1º E / 2009 13
  • 14. AMOR QUE NÃO ACABOU Meu nome é Juliana, minha história de amor é meio complicada, mas bem apaixonante. Eu não lembro quando conheci Anderson, acho que quando nasci já o conheci, nossas famílias são amigas de muitos anos e nós, consequintemente. A família dele me ama, tanto os pais como o irmão e até o sobrinho que é um fofinho de apenas um aninho de idade, porém não sei o que acontece conosco, às vezes, sinto que ele me ama, às vezes, não. Tudo começou quando éramos pequenos, todos diziam que combinávamos muito, que ainda iríamos casas etc, essas brincadeirinhas... O tempo foi passando e eu cresci, e, também, na época, tinha 12 anos e ele, 23, nós dois nos descobrimos apaixonados, era algo lindo, um amor puro, inocente, praticamente duas crianças que se gostavam, fazíamos juras de amor, perdi as contas de quantas vezes ele foi à saída da escola me buscar, mas logo pessoas que se diziam minhas amigas trataram de inventar histórias para nos separar, e conseguiram, chegamos até a brigar feio, ficamos sem nos falar e nos afastamos. De lá para cá, aconteceram muitas coisas, eu tive algumas paixões, ele, algumas namoradas. O tempo passou, dias, meses, anos, mas sinto esse sentimento cada vez mais forte em mim, não fico com ciúmes quando ele está com outra, pois no fundo sinto que ele é e sempre será meu, e isso ninguém, nem nada pode mudar, foi algo escrito nas estrelas, sabe? Algo muito forte, às vezes, fico chateada com certas atitudes dele, mas o amor tudo suporta, ele também se chateia comigo, mas logo tudo passa. Certa vez, ele beijou uma amiga minha, eu cheguei a ir ao psicólogo para desabafar minha tristeza, porque não posso contar a ninguém sobre isso, é um segredo meu que levarei comigo até o dia em que ficarmos juntos para sempre ou então nossas vidas tomarem rumos distintos e isso tudo não fizer mais sentido. O psicólogo disse para eu esquecê-lo, pois ele não me fazia bem, que era para eu dar uma chance a outro rapaz. Foi o que eu fiz, mas não deu certo, pois eu continuo mais apaixonada do que nunca. Certa época, ele ficou muito doente, chegou até a fazer uma cirurgia. Fiquei muito preocupada, não podia ir visitá-lo no hospital, mas em casa eu orava muito por ele, fiquei triste, chorava bastante, achei até que a qualquer momento podia perdê-lo, mas, graças a Deus, ele se recuperou. No Natal passado, ele me deu um abraço e um beijo (no rosto). Nossa! Eu fiquei tão feliz, mas não pude demonstrar minha alegria, guardei-a dentro de mim, nos meus pensamentos, pois é lá onde ele mora, nos meus pensamentos e no meu coração. Nos últimos dias, recebi uma notícia a respeito dele, que está namorando! Fico feliz por ele, gosto de vê-lo assim de bem com a vida, também espero que ele tenha tido sorte com essa garota, pois Anderson merece uma namorada nota 10, pois ele, como namorado, é nota 1000, super carinhoso, atencioso e tudo mais. Sempre me pergunto até quando a gente vai ficar se enganando, brincando de gostar de outra pessoa, quando é que vamos nos assumir. Eu, sinceramente, morro de medo do que meus pais vão falar, se todos reprovarem nosso relacionamento... Também sou muito orgulhosa, trago muitas mágoas daquele tempo em que as pessoas quiseram nos separar, sei que ele também, pois fiz muitas coisas das quais hoje me arrependo. Ontem minha amiga disse que ele está muito apaixonado pela atual nomorada, eu me segurei para não chorar na hora mas, chegando em casa, eu mal conseguia dormir pensando nele, pensando em nós. Poxa vida! Será que ele se esqueceu da nossa história de amor? Será que isso tudo é fantasia da minha cabaça? Eu não sei, só o tempo vai dizer. Enquanto isso, eu sigo minha vida com a certeza de que levarei Anderson para sempre aqui dentro do meu coração. Não importa quanto tempo vai passar, eu vou esperá-lo, amor de infância, amor de adolescência é amor para vida inteira. Juliana Souza nº 16 1º E / 2009 14
  • 15. AMOR VIRtUAL Leitor, essa história aconteceu há quatro anos, quando eu tinha quinze anos. Vou contar como vivo até hoje e o motivo pelo qual eu ainda continuo feliz, e que nem os momentos de tristeza me fazem desistir. Tarde da noite e eu com insônia. Entrei no meu Orkut e comecei a caçar pessoas. Sempre existe aquela coisa de fuçar um, fuçar outro e achar as pessoas casualmente. Ou será que o destino colocou-o na minha vida? Eu encontrei um menino que me chamou a atençao, e eu não vou saber explicar o porquê de ter me chamado a atenção. Eu comecei a olhar seu Orkut, eu tentei, porque na verdade, tudo estava bloqueado. E quando ele viu que eu o “visitei”, ele me deixou um recado. Começamos a conversar, mas, sem as segundas intenções, ele era engraçado, divertido, alegre e um ótimo ombro amigo. Eu recorria a ele quando eu brigava com meu namorado, quando brigava com meus amigos ou quando havia uma discussão em casa. Com o passar do tempo, ele foi se tornando a pessoa que eu prezava, a pessoa que eu precisava ter todos os dias, mesmo que fosse virtualmente. Um ombro amigo, um porto seguro, ou somente imaginar seus braços envolvendo meu corpo quando o choro vinha para uma visita. Logo fomos ficando amigos, e era necessário falar com ele todos os dias, era necessário entrar no Orkut para responder-lhe e a decepção batia em minha porta quando não via seus scraps recentes em minha página de recados. Eu sei que vocês, leitores, já passaram por isso. E você me diz que estou amando. É, eu sei que estou amando. Amando uma pessoa que eu não conheço direito. E o pior, é que isso pode ser considerado traição, afinal, pensar em outra pessoa com outros olhos já é traição, foi o que ele me disse uma vez. Chegando da escola, fui direto para o computador, entrar no Orkut. Mensagem dele? Sim! Lá dizia: “Oiii amorrr! Como é que tu tá? Tô morrendo de saudades suas já, não conseguimos pegar nenhum diazinho pra nos falar... Isso é triste... Mas, espero que fique bem! Te amoooooo! s2” E eu respondi: “Awwwwwn amor, que saudades, cara, por que não tá entrando muito? Isso aqui é um porre sem você, sério, apareça! Preciso do meu porto seguro, sabe? Sinto falta de palavras de consolo, de conversar com a pessoa que me é tão importante... Teamo, teamo menino!” E não demorou cinco minutos para que uma resposta viesse. “Tô vendo que brigou com seu namorado de novo, huh? O que foi dessa vez? Se eu encontrá-lo, vou socar a cara dele, e fazer um livro de ‘Dicas de como tratar uma dama bem’. Mas sabe que eu estarei aqui pra tudo, não sabe? Me chame sem hesitar! Miss u.” E com aquilo eu comecei a rir, eu simplesmente não aguentei, porque ele tinha que ser o cara ideal? O cara perfeito, que poderia me abraçar bem forte e dizer: “Não chore, por favor.” Ou o que eu poderia dormir de conchinha e na manhã seguinte acordar despreocupadamente e saber que ele estaria do meu lado, dormindo. E as lágrimas caíram, e sem que eu percebesse, comecei a chorar baixinho. Chorar de dor e felicidade. E eu respondi: “Não me faça chorar, seu besta. Você some, sem dar satisfações, não quero papo! Oh sim, faça isso por mim, por favor, quem sabe ele lê e aprende algo com isso. E se o seu livro for milagroso, ele me acorda com flores, dorme de conchinha comigo, sem se preocupar com o amanhã contanto que acorde do meu lado, me dá um beijo na testa de boa noite e nos cobre. Me abraça quando eu chorar e sussurra em meu ouvido que meu rosto chorando faz seu coração se apertar, e gentilmente limpa minhas lágrimas dizendo que tudo estará bem no final do dia. Eu continuo aqui.” Por que somos conectados assim? Por que ele me entende tão bem? Por que ele não sai da minha cabeça, e eu tenho que gritar para o mundo o quanto ele é engraçado, o quanto ele me faz rir, o quanto falar com ele me alegra e me aquece o coração? O quanto ele está significando pra mim. 15
  • 16. A janela do MSN subiu e era quem? Daniel. Daniel diz: Se você estava gostando de alguém devia ter me dito antes, assim eu não fazia papel de palhaço. E ele vem falar de novo sobre isso, com essa história ridícula. Ele não entendia o quanto o Marcelo era importante pra mim. S diz: Sabe, essa história de ‘gostar de alguém’ ‘tá me cansando. Eu já te disse que não há nada entre nós dois, e se fosse pra apontar pra cada amigo e dizer isso, Dan, você estaria encrencado. Eu não vou dizer com quem você deve ou não falar, assim como não quero que faça assim comigo. Daniel diz: Então você ‘tá se cansando, é isso? Ótimo, eu também ‘tô cansado de ser feito de palhaço, que você seja feliz. S diz: Esse nosso namoro é uma infantilidade. Não tem um pingo de fidelidade, eu me cansei de você falando do Marcelo, porque você não sabe ser metade do que ele é. E se você está tão cansado assim, pode seguir seu caminho, e sem mim, porque eu já me cansei dessa palhaçada. Daniel diz: Você quer terminar? Por que terminar? Você disse que me amava! Eu posso não ser como ele, mas minha intenção é a melhor de todos! Você não vê isso, e eu não sei demonstrar, mas eu te amo... S diz: Você está se complicando e implicando com o Marcelo desde que nos conhecemos, se você quer saber, ele torce por nossa felicidade, que um dia, quando começamos a namorar, eu jurei que teria. Mas não dá mais certo, por mais que eu goste de você. Daniel diz: Ótimo, parece que nada que eu disser vai ajudar, então seja feliz, de verdade. S diz: Eu irei, você também e se cuida. Depois disso eu saí do MSN, e fui abrir a página do Orkut. E lá estava ele. “Eu te fiz chorar? Ahh, me desculpe linda flor (?). Não se preocupe, futuramente, irei reparar meus erros de agora com você. Quem sabe isso dê certo, e eu posso me vangloriar pra sempre! Por quanto tempo?” Eu preciso tanto de você, acho que você não faz ideia do quanto... E eu respondi: “Fez sim! Vai pagar caro por isso...! Não vai mais dar certo, não precisa aumentar mais sua bola, hun! ... por quanto tempo você precisar.” E não demorou mais que um minuto que ele veio me chamar no MSN. Ma. diz: O que houve? S diz: Terminamos. Ma. diz: Por quê?! S diz: Adivinha... Ma. diz: Ele leu os scraps? S diz: Sei lá, ele veio me encher o saco por causa de você, e eu terminei. Ma. diz: 16
  • 17. Minha culpa?! Me passa o email dele, que eu vou conversar com ele! S diz: Não precisa, sério... Você foi uma ‘desculpa’ eu já tinha falado pra você que eu queria terminar. Ma. diz: Se você está dizendo eu vou acreditar. Mas você ‘tá bem? Ah! Lembrei! S diz: Não tem como não ficar triste, mas não vou pular da minha sacada, não se preocupe sobre isso! Lembrou o quê? Ma. diz: E se o tempo que eu precisar for pra sempre? S diz: Então, vai ser pra sempre... Ma. diz: Eu já disse que te amo?! S di: Não precisava dizer, isso eu já sabia! Ma. diz: Mentiiiiiiiiiiiira, você sempre duvida! Bom, tenho que ir, ‘tá tarde e eu tô com sono, beijos e se cuida, criança! S diz: Espera! Acho que era hoje que você ia me mandar uma foto e me dizer sua idade, não era? Ma. diz: Hahahahahaha, eu te prometi no dia 18 de julho, ainda faltam dois meses... Te amo. S diz: Escolheu essa data por quê? Ma. diz: Você sabe bem o porquê. Preciso ir! (Ma. desligou-se) Qual era o motivo de gostar dele mesmo?! É, não estou vendo nenhum agora! Sinto que não vou conseguir dormir se ele ficar fazendo todo esse mistério. O resto da semana passou com lentidão, e eu sempre checando meu Orkut, e a decepção era sempre bem-vinda quando eu não via nenhum recado novo dele. O mês foi acabando e eu não recebi nenhuma notícia dele. E o meu pânico aumentou, quando eu entrei para deixar um recado em seu Orkut e não o achei na minha lista de amigos. E eu chorei em desespero. Ele tinha excluído seu Orkut e nem me deu um adeus? Senti minha garganta se fechar e doer, e meu coração apertar, quando eu ia sair do meu MSN, uma janela sobe. Talvez fosse idiotice chorar por isso, mas se eu perdesse o contato eu realmente iria ficar mal, e só de pensar na hipótese, isso me magoou. Ma. diz: Bebê, boa noite...! S diz: Você excluiu o Orkut?! Ma diz: Sim, fiquei cansado dele, por quê? S diz: Que susto! Você não me avisou e eu fiquei pensando o que podia ter acontecido, ainda bem que você está bem. Desculpa já ‘tô de saída’... A gente se vê! Te amo, bobo! (S desligou-se). As conversas estavam cada vez menos frequentes, e eu estava sentindo que o estava perdendo por entre meus dedos, e isso me magoou porque eu não queria perder a pessoa que eu considerava tão 17
  • 18. especial. E os dias que se passaram foram tediosos, eu perdi mais ainda o contato com ele, e sempre nos desencontrávamos. Ao chegar em casa e ouvir minha mãe dizer que estávamos sem internet, eu fui até uma lan house, só para me explicar. Já estava quase acabando o mês, e sem nenhum sinal de vida dele. Quando estava entrando na Lan House, um rapaz esbarrou em meu braço, e aquilo doeu. _ Desculpe! _ Ele sorriu sem graça, e saiu apressado. Eu fiz uma careta e passei a mão pelo lugar machucado. Entrei em um dos computadores e pra minha imensa surpresa, tinha uma mensagem off-line dele. “Você sumiu do mapa! Eu estou esperando você no dia 18, ok? Hummmm, se cuide até lá... E espero que você apareça. Desculpe não estar entrando muito também, e sempre que entro você não está, estamos nos desencontrando né?! Bom, de qualquer maneira, se cuide! Eu amo você!” Eu só conseguia sorrir, ele era de fato, imprevisível. Então respondi: “Quem sumiu foi você, eu sempre “tô aqui esperando uma resposta sua, mas ela nunca chega. Eu vou aparecer, eu “tô sem net, então vou entrar de tarde, ok? Espero que consiga te encontrar on. Beijos e se cuida. Te amo!” O dia 18 estava chegando e eu não conseguia conter minha ansiedade. Eu precisava saber quem era ele. Eu não dormia bem, imaginando como ele seria, se nossa amizade mudaria, qual seria seu sotaque, estilo, sua idade. Tudo isso me tirava o sono. E pensamentos assim que me tiraram o sono e fizeram o dia 18 chegar, que mais pareceu uma eternidade. Quando eu cheguei da escola, almocei e fui direto pra Lan House perto de casa, e entrei no MSN, mas ele ainda não estava on. Já eram 18:45 e ele ainda não havia entrado, e foi quando eu desisti e mandei uma mensagem para ele. S diz: Feliz um ano de amizade Ma., e nesse um ano, eu guardei alguns sentimentos por você, que talvez eu devia ter falado mas, eu guardei durante um ano, não custa guardar por mais alguns, não é? Só não quero me afastar mais de você, porque sua presença já se tornou essencial no meu dia a dia. E os seus risos e brincadeiras já me são indispensáveis... Eu estava chorando, porque dizer tudo aquilo sem ele estar presente me magoava, e o fato piorava por ele não estar de frente para mim, e isso ser tudo virtualmente. Com a esperança e uma possibilidade entre nós de nos vermos, um dia quem sabe. Foi quando eu senti branços envolverem meu corpo e uma rosa cair em meu colo. Quando ia protestar algo, ouvi uma voz rouca sussurrar: _ Não chore, você chorando aperta meu coração. Tudo vai estar bem no final do dia, eu estou aqui para te abraçar e ser o seu porto seguro. _ Quando eu ouvi aquilo senti meu coração falhar diversas batidas. Não podia ser verdade. Ele girou minha cadeira de frente para ele e beijou meus olhos e por fim minha testa. E tudo o que eu consegui fizer foi: _ Marcelo...? _ E o sorriso que ele abriu me deu a certeza que sim, era ele. Eu apertei meus lábios, segurando o choro, quando abaixei o rosto e comecei a chorar baixinho. A vida é uma caixinha de surpresa. E ele riu e me abraçou. _ Não chore, eu vou dormir de conchinha com você e só vou ficar despreocupado quando vir seu rosto brilhar nos primeiros raios de sol que adentrarem pela janela do quarto, e vou preparar o nosso café da manhã, e eu sei que no final sairemos para comer algo em vez de comer o que preparei, mas enfim... não chore, te ver chorando faz parecer que alguém roubou meu coração e o está apertando entre os dedos. Aqui, comprei isso pra você. _ E ele me estendeu um chaveiro de flecha e me mostrou o coração, a flecha adentrava o coração. Eu ri e disse: _ Por que a flecha?! _ Ele riu e respondeu: _ Porque você acertou em cheio meu coração. _ Eu fiz uma cara de choro ainda maior, ele gargalhou e me repreendeu. 18
  • 19. _ Você chora muito! É sensível assim?! _ Dei-lhe um tapa no braço e emburrei. _ Bobo! Mas... como você soube que era eu?! _ Talvez você não se lembre, mas eu esbarrei em você aqui, e desde aquele dia você não saiu da minha cabeça, e quando eu vi sua última mensagem percebi que ela batia com o horário em que você entrou e nos esbarramos, e coincidentemente eu me encontrei com você um dia aqui, e me sentei discretamente ao seu ladi, e quando entrou no Orkut, não tive dúvidas que era você. Mas obviamente, eu ia esperar você desistir e sabia que você ia começar a chorar. Ah! E eu fiz o livro de “Como tratar bem uma dama” _ Eu ri e parando para pensar, tudo isso faz sentido. Realmente, ele é imprevisível. _ Acho que não precisamos desse livro, já que a pessoa que eu gosto me conhece melhor que eu esperava. _ Rimos e saímos daquele lugar, indo comemorar nosso um ano de amizade e primeiro dia de namoro. E ele ainda demorou para me pedir em namoro! Quase um mês! Eu confesso que quase surtei quando ele me deu a aliança, mas, no fundo, meu corpo era preenchido de uma felicidade eterna. E foi assim que há quatro anos estamos juntos, dormindo de conchinha e acordando todos os dias com o sol iluminando nossos rostos e tendo café-da-manhã cada dia em um lugar diferente. O começo de uma estrada estressante e repleta de felicidade. Que não é o mar de rosas, mas que me faz pensar que é a felicidade e onde é o meu lugar. E, caro leitor, se você está curioso para saber quem sou eu, aí está um segredo que nunca lhe direi. Mas eu lhe digo que a vida é uma caixinha de surpresas, e mesmo que você caia e pense em desistir sempre existirá um motivo, seja bom ou ruim. Você só precisa filtrar as coisas boas e ter como lição nessas experiências boas ou ruins, você aprende com a experiência tanto boa como ruim. É esse o meu conselho para os navegantes do amor. Bruna Yukari nº 05 1º A / 2009 19
  • 20. BANDA FORPLAY Vou contar uma história sobre uma banda, e também falarei tudo sobre ela, seus altos e baixos, seus desentendimentos, tudo o que você vê e não imagina ser uma banda. A banda Forplay teve seu nascimento em maio de 2006. Tendo como fundadores: Lyon Luis, o baterista e Marquinho, o guitarrista. Após a procura de pessoas para compor a banda, Araceli e Darluce ficaram sabendo que Lyon e Marquinho estavam montando uma banda, interessaram-se e quiseram fazer parte dela. Araceli e Darluce entram na banda, Darluce como vocal, Araceli entra como guitarra base e backing vocal. Então a banda fica na seguinte forma: Marquinho como guitarra solo, Lyon como baterista, Araceli como guitarra base e backing vocal e Darluce como vocal. Mas ainda estava faltando algo e esse algo seria um baixista, alguém que se encaixasse na banda como ela estava. Foi então que um conhecido da banda apresentou um baixista. No momento, todos ficaram entusiasmados e ao mesmo tempo com um certo receio. O nome dele era Rafael, mas todos o conheciam como Tunico, e a banda achava que era até um milagre, esse cara era tudo o que a banda precisava naquele momento, pois ele era uma pessoa super transparente, simpática e, sem mencionar, super engraçado. Essa banda, no começo, tinha como objetivo fazer músicas de modo original e alternativo, mas, como a maioria das bandas no seu início, começou com covers. Tocavam várias músicas conhecidas e até mesmo desconhecidas, como Audioslave, Nirvana, Pear Jam, Rega Against entre outras. Após um mês, Marquinho, o cabeça da banda, que organizava quase tudo ali: shows, ensaios e tudo, criou duas músicas chamadas: “Eu e você” e “Nunca se esqueça”. Em seu primeiro show, num bar chamado Luar Rock Bar, em julho de 2006, Marquinho e Darluce se desentenderam numa discussão tremenda; Marquinho discutia com Darluce, pois logo em seu primeiro show, antes de entrar no palco e cantar, ela já estava bêbada. Darluce não admitia, falava que bebera pouco, mas não era verdade, seu bafo de cachaça dava para sentir de longe. O show terminou e Marquinho não falou mais nada e foi embora para casa, assim como o resto da banda. No primeiro ensaio depois do show, Marquinho queria conversar sério com a banda e discutir seus princípios. Araceli, como amiga de Darluce, não queria discutir nada e queria ensaiar como se não tivesse acontecido nada, mas Tunico, Lyon e Marquinho estavam furiosos com Darluce pelo vexame que eles passaram no show. Marquinho, como se fosse mandante da banda, sugeriu que Darluce saísse da banda, mas não só pelo show, mas por diversos motivos, como não ir aos ensaios, não tirar as músicas e estava com uma ideia totalmente diferente da banda. Araceli não concordava e decidiu sair junto com Darluce. Marquinho, Lyon e Tunico decidiram continuar, e logo Araceli se arrependeu e volta à banda. O ano de 2006 se passou e não houve mais nenhum show, só ensaios atrás de ensaios, 2007 a coisa mudou; foi show atrás de show. A banda estava fazendo um grande sucesso na zona Leste de São Paulo e se expandindo cada vez mais. Em um show no começo de 2008, a banda teve outro desentendimento, mas dessa vez o “bicho pegou”, Lyon, Araceli e Tunico discutiram e quase saíram na porrada; Lyon, também como Darluce antes, estava embriagado, mas não tanto quanto ela, que estava bêbada, só que ela estava mais bêbada do que qualquer um ali no local, não só bêbada, tinha usado drogas, estava muito doida. Tunico sabia que era normal que Lyon e Araceli bebessem antes do show, mas não como aquele dia. O show já era para ter começado e Lyon e Araceli tinham sumido, todos estavam atrás deles, principalmente Tunico, pois a família dele estava no local para ver o show. Tunico entra no camarim e vê uma coisa inacreditável, surpreendente e até mesmo vergonhosa. Tunico encontra Araceli e Lyon se beijando e aos amassos. Tunico não se aguentou e partiu pra cima de Araceli, o motivo de ele só querer bater em Araceli, é que ela tinha-lhe dito que o amava e queria ser sua namorada. Lyon não sabia nada sobre esse assunto, e continuava a segurar Tunico, foi quando chega Marquinho e acaba a briga de vez. Todos param de brigar, sobem ao palco e fazem o show. Depois do show, todos sentam, conversam e tomam uma decisão: que Araceli saísse da banda, mas não era só isso, Tunico, por conta 20
  • 21. própria, também sai da banda. Marquinho e Lyon dão um tempo que durou um mês. Marquinho tem um irmão que gosta de tocar qualquer tipo de instrumento, desde guitarra, baixo, até bateria, só o que falta para Marx é um pouco de experiência e tem que aprimorar seus conhecimentos sobre os instrumentos. Lyon teve essa idéia de chamar Marx para a banda como guitarra banda e segundo vocalista. Marquinho decide chamar de volta Tunico. Marx e Tunico aceitam e a banda Forplay faz vários shows no ano de 2009, fazem muito sucesso em São Paulo e vão tocar até fora do estado; parece que dessa vez a banda vai pra frente. Depois de seus altos e baixos, a banda finalmente se estabiliza. É, a vida de banda não é fácil não, depois de todo o ocorrido, finalmente, a consagração de quem realmente ficou e lutou até o final. Ter banda não é só querer fazer sucesso, mas cada vez mais é aprender com os outros e com os próprios erros, fazer amizades, conhecer pessoas interessantes. Mas realmente o que mais satisfaz em ter uma banda e fazer aquilo que você mais gosta, e sentir prazer nisso, passar felicidade, alegria ou qualquer outro sentimento em letras e sons. E quando isso se concretiza, o tal “sucesso” e todos escutando suas músicas, o prazer aumenta ainda mais, só de pensar que desde lá de baixo vieram lutando e conseguindo seu espaço, isso sim é que é uma alegria imensa, mas não só em banda, em qualquer outro lugar, trabalho, escola, tudo, quando você conquista com seu próprio suor é bem melhor. Marx Bruno nº 22 1º A / 2009 21
  • 22. BRASIL DEVE SE PREOCUPAR MAIS COM O QUE VAI GANHAR COM AS OLIMPÍADAS, DIZ LULA. X ESSE É O BRASIL... VIVENDO DE FANtASIA E FAZENDO CIRCO PARA GRINGO VER, ENQUANtO O POVO NÃO tEM SEGURANÇA, tRANSPORtE, NADA! Olimpíadas no Brasil, bom ou ruim? As opiniões da população brasileira estão bem diversificadas quanto às Olimpíadas no Brasil. Se ela será boa ou ruim para o nosso país... O presidente Lula diz que devemos ver o dinheiro que será gasto nas Olimpíadas como investimentos e não como gastos. “Nós estamos investindo na nassa nação, vamos ter que investir mais na formação profissional de atletas, melhorar ruas, o metrô, as avenidas e o transporte. Nós precisamos chamar todas as federações que representam os esportes olímpicos, para que eles nos apresentem um plano de metas. Vamos ter que trabalhar muito as escolas, a juventude brasileira e envolver os empresários para que eles comecem a adotar e a ajudar a preparar atletas”, disse Lula. Enquanto o presidente Lula acha que devemos nos preocupar com as coisas que o Brasil irá ganhar e não com o que vai gastar, há pessoas que têm opiniões opostas... Sobre esse fato, as pessoas estão dizendo que as Olimpíadas não resolverão o problema de educação, tecnologia, saúde, cidadania, violência, saneamento, etc. Sendo que muitas vezes nossos políticos dizem que não há dinheiro suficiente para investir nessas questões. Como pode haver dinheiro para as Olimpíadas? Dizem que nossos atletas não estão preparados e que faremos um fiasco como nas Olimpíadas de Pequim. A minha opinião sobre isso é que o nosso país precisa sim de mais qualidade na educação, na saúde, e em todos os outros problemas, que nós, brasileiros, já conhecemos de cor! O gasto com a infra-estrutura desta Olimpíada será gigantesco. E o Brasil gastará bilhões de reais, assim como os outros países que foram sedes das Olimpíadas. Mas pensemos bem, deixem que o “senhor Molusco” trabalhe, esta não seria uma iniciativa para uma melhor qualidade de vida? Não temos segurança no Rio, com as Olimpíadas isto será resolvido! Não temos bons transportes, ruas, avenidas e o nosso trânsito é caótico. Com as Olimpíadas 90% desses problemas serão resolvidos! Nossa educação não é de boa qualidade, mas com as Olimpíadas, com a vontade de formar melhores atletas, pode ser que haja uma notória melhora. Todos os anos são “pegos” de nossos bolsos milhares de reais... E esse dinheiro não é gasto com saúde, educação etc. Então não seria melhor esse dinheiro ser gasto nas Olimpíadas? Porque assim saberemos, com certeza, que não serão apenas promessas, esses bilhões realmente serão investidos em nossa segurança, economia, hotelaria, produção de mais empregos, educação etc. Nossos representantes não vão querer fazer “feio” para os outros países! Afinal são sete anos que virão pela frente. Nosso país tem muitos problemas, mas também tem muita vontade de vencer, de mostrar que podemos sediar uma Olimpíada e mostrar que nosso país pode ser mais desenvolvido e seguro. Nós temos raça, lutamos, não temos preconceitos, somos fortes, determinados, persistentes e hospitaleiros. Nós somos brasileiros! E que estes sejam os dias de lutar pelo que é nosso. Irá se gastar muito dinheiro com as Olimpíadas, mas também ganharemos muito. Não sejamos pessimistas e aceitemos o que os outros países nos falam, que não temos capacidade, estrutura e nem dinheiro pra sediar uma Olimpíada. Esforcemo-nos, e vamos juntos provar que como nas corridas de obstáculos (onde o corredor atravessa todos eles), este é o nosso obstáculo e o atrevessaremos! Brasileiros, unidos por um paí melhor! Juliana Turci nº 16 1º D / 2009 22
  • 23. CHOCAR CAMINHÃO Quando Carlos tinha oito ou nove anos, no seu bairro virou moda chocar caminhão: pendurar-se na traseira do veículo e saltar na esquina. Lembro-me de uma vez que estava no portão de minha casa, quando vi Carlos na traseira de um caminhão de lixo e quando este virou a esquina, pulou na frente de sua casa; o pai dele estava acabando de chegar do trabalho, parado no portão com cara de quem não gostou da gracinha. Logo em seguida, seu pai disse que ele estava de castigo, um dos mais detestáveis dos castigos: domingo inteiro de pijama na cama. Passadas algumas semanas, Carlos, que tinha a cabeça dura, repetiu novamente a artimanha de chocar caminhão, só que desta vez, foi chocar a caminhonete do seu Renato, o africano da fábrica de sandálias, só para se exibir para os outros meninos, que morriam de medo de seu Renato. Carlos sentou na calçada, ao lado da caminhonete. Três operários puseram algumas caixas na carroceria. Seu Renato, saindo para o almoço, deu a partida. Carlos já estava pendurado atrás. Infelizmente, na esquina, em vez de diminuir a velocidade, ele acelerou, Carlos ficou sem coragem de pular. Carlos foi em direção do largo Santo Antônio, cada vez mais depressa, os ossos do menino estava batendo na lataria, morrendo de medo de cair. Ao chegar ao largo, duas senhoras viram Carlos naquela velocidade e começaram a gritar para parar. Seu Renato estava com o rádio da caminhonete ligado, então não ouviu as senhoras gritando. Com os braços cansados, ele fez um esforço para saltar para dentro da carroceria, mas a caminhonete pulava feito cavalo bravo nos paralelepípedos da rua e ele não conseguiu. Tentou de novo e não deu. Mais uma vez, pior ainda. Então ficou apavorado. Na mesma hora lembrou do que seu pai sempre dizia: “Deus me livre, perder um de vocês”. Talvez o medo da morte tenha dado força na quarta tentativa: esfolou a canela inteira, mas conseguiu passar a perna e impulsionar o corpo para dentro. Carlos caiu no meio das caixas, com o coração disparado, e chorando muito. Quando a caminhonete parou na porta de seu Renato, Carlos achou melhor ficar quietinho entre as caixas, até ele voltar para a fábrica depois do almoço. Mas também não deu certo: ele resolveu descarregar a caminhonete e encontrou Carlos escondido. Seu Renato tomou um susto tão grande, que até pulou para trás: _ Menino dos infernos! Como veio parar aqui? Então Carlos explicou que só queria chocar até a esquina, mas a velocidade tinha sido tanta... Seu Renato ficou enfezado e disse que iria contar para seu pai. Carlos pediu para não fazer isso porque ia apanhar, mas ele não se importou, falou que era até merecido. Então Carlos contou dos domingos de castigo na cama. Nesse momento, brilhou um instante de compaixão no olhar dele: _ Seu pai deixa você de pijama, deitado o domingo inteiro? _ Só quando eu desobedeço muito. _ Está louco! Teu pai é severo como o meu, na África. Entre na caminhonete que eu te levo de volta. No caminho, seu Renato foi contando de seu pai e dando conselhos a Carlos, e achou os castigos muito piores. Como por exemplo: o pai de Carlos nunca o tinha trancado no guarda-roupas a noite inteira, seu Renato concordou em manter segredo, desde que Carlos prometesse nunca mais chocar veículo nenhum. Desde então, apesar do jeito bravo, ele ficou amigo de Carlos. Quando encontrava Carlos na rua, às vezes dizia: _ Não vá esquecer: menino que cumpre a palavra merece respeito. Rosangela Ana dos Santos Cruz nº 32 1º D / 2009 23
  • 24. DESCOBRINDO UM NOVO MUNDO Um mundo em que tudo era diferente, o céu era mais azul, as estrelas brilhavam mais. O Sol, ah! O lindo sol! Que sentimos aquela grande necessidade de poder tocá-lo, não pelo fato de ser tão quente que poderíamos até nos queimar, ao contrário, tão radiante, tão profundo, tão divinamente perfeito. Em todos os aspectos, aquele, aquele lugar que poucos conheciam, sim era o melhor dos melhores. Mas há também um lugar escuro, triste, solitário, onde todos habitavam, onde todos, por escolhas tolas, ficavam. Mas havia um menino, com tão poucas posses, que ali, naquele local amargo, vivia, seu sonho de crescer e de poder ajudar seus pais, que nada lhe podiam dar, mas ele nunca se oprimiu por isso, sempre lutou para esse objetivo: de ser alguém importante, alguém de respeito, mas sem nunca pisar as pessoas. Sempre quis sair daquele local para um bem melhor, porém as pessoas tolas daquele lugar não conheciam o mundo maravilhoso que eles poderiam ter. O garoto, por sua vez, nunca duvidou da existência desse lugar extraordinário. Um dia, na sua tal mente brilhosa, ele teve essa idéia louca de procurar o lugar mágico, onde tudo era possível. Então, antes de deixar seus pais e seu irmão mais velho, disse que assim que ele encontrasse, voltaria para buscá-los e assim serem felizes lá. Ele conheceu várias pessoas nessa longa caminhada até o “mundo”, pessoas falsas, mesquinhas, que tentavam induzi-lo, mas como seu coração era nobre, ele não aceitava as oportunidades que lhe ofereciam com os falsos versos feitos. Também houve as grandes pessoas, as que o ajudaram, que lhe deram apoio, que não caçoaram dele quando disse o que ele estava à procura. Quanto mais pessoas ele conhecia, quanto mais coisas ele vivia, mais sentia que estava perto de encontrar tudo aquilo que sempre quis. Mas com o decorrer de tempo, ele foi entendendo o significado de tudo isso, do mundo tão procurado onde tudo era tão perfeito. Sabe, sabe onde esse mundo está? No seu coração, você que cria esse mundo, você que faz dele o mais lindo possível. Voltou para sua casa todo feliz e, quando chegou, logo disse: “Encontrei o que procurava, encontrei o lugar tão desejado. Sabe? Todos nós temos um jeito de ver a vida, uns veem de uma forma, outros, de outra, e é tão simples você encontrar o caminho certo, onde você pode ser alguém melhor, onde tudo é mais fácil. Todas as pessoas são iguais, elas só escolhem caminhos diferentes. Samira Ramos de Lima nº 32 1º A / 2009 24
  • 25. DICAS PARA UM EMOCIONAL BEM EStRUtURADO E UMA VIDA BEM HUMORADA Troca-se um amor despreparado para a vida. Troco por uma televisão. Troco também, por um velho rádio. Troco, aliás, por um outro coração. Mas, se houver solução para este meu problema, Troco por uma prática lição: A continuada tentativa de enxerga Sempre o lado positivo dos meus problemas. Após eu largá-lo oficialmente Somente agarre-o com todas as forças Se verdadeiramente o quiser. Pois este amor é comparado à água. Quanto mais você a tenta segurar, Mais ela escorre por entre os dedos de suas mãos. Se estiver com frio, deixe o fogo de lado: Esquente-se no calor de seu corpo. Se estiver com sede, esqueça a água: Beba os rios que fluem de sua boca. Se estiver com fome, desvalorize a comida: Alimente-se do suposto amor que lhe é oferecido. Tome cuidado com este ladrão. Ele pode roubar o seu coração. Quando estiver com ele, ame-ol. Quando sentir sua falta, valorize-o. Quando pensar nele, deseje-o. Quando ele te trair, mate-o. Dizem que todas as pessoas têm defeitos. Quem sabe ele ainda tenha jeito? Espero que você tenha mais sorte com ele do que eu tive. Porém, se isso não ocorrer Dou-lhe o direito de fazer tudo o que eu lhe disse. Viaje em seus mais belos sonhos. Procure como a um tesouro encoberto a felicidade. Seja cautelosa e quando não quiser sofrer, Tenha por certo de que lhe será melhor a felicidade. Quando se cansar de sofrer, Esperar, magoar, adoecer, Chorar, desprezar, morrer, Mentir, enganar, ser... 25
  • 26. Lembre-se: Homem é como uma utilizável lata... Quando uma chuta, a outra cata. Se isso ainda não lhe consolar, Tenha em mente que: O homem pode ser considerado Como um mero copo descartável. Afinal, depois que o usamos, Jogamos no lixo reciclável. Depois que tomar a decisão de esquecê-lo Saiba que não será assim tão fácil, É complicado tentar esquecer-se De alguém que teve determinada importância em nossa vida. Por isso, sempre alerto e procuro auxiliar: Procure alguém que seja diferente do comum. Lembre-se de que para encontrar alguém Que tem algo a mais que os outros, que é diferente, É preciso ser diferente. O que você realmente procura? Alguém que pode ser descrito como uma pessoa comum? Sonhe alto, sempre com os pés no chão. Quando tiver se libertando do meu ex, Tome algo gelado, isso lhe aliviará o calor em sua boca. Mas não se esqueça de que pode pegar uma gripe. Por isso, evite tomar gelado com gelo. Quando seu futuro ex morrer Ou alguém que seja mui querido Não chore em seu caixão. Tente fixar a ideia de que este passou desta para melhor E que tornou-se alguém importante: Um gelado defunto. Às fezes me pergunto: “Por que dizem que quando fulano morre Vai desta para melhor?” Tentei raciocinar e chegar a uma conclusão coerente. Novamente me perguntei, Mas desta vez, algo mais misterioso: “Por que todos acham que O cemitério é melhor que esta vida?” Por vezes, não entendo por que 26
  • 27. As pessoas odeiam seus inimigos... As mesmas deveriam aproveitar O dia das bruxas e dar a seus estimados inimigos Algumas vassouras novas. Afinal, a gasolina e o álcool estão cada vez mais caros. Existem milhares de outras situações ruins. Na vida, em qualquer situação, Há dois lados: o bom e o ruim. Esforce-se para enxergar o lado bom. Se esta escrita não teve sentido para você Procure criar soluções práticas para seus problemas. Qual seria o sentido de viver a vida de forma mal humorada? Se estamos aqui somente de passagem, Por que não aproveitar de forma engraçada? Ou, tentando fazê-la de forma engraçada? Josiele Ingrid Moura nº 14 1º E / 2009 27
  • 28. ESPÍRItO VELHO Quando se tem 15 anos, é normal ser julgado por outras pessoas da mesma idade, onde a maioria delas não sabe fazer mais nada, além disso. Eu estudo em uma escola grande, com uma quantidade significativa de alunos, não é muito fácil ser conhecida nesse tipo de lugar, ainda mais se você for como eu. Sempre fui tímida e quieta, acredito que seja o motivo de eu não ter muitos inimigos, embora também seja o motivo de eu não ter muitos amigos. Isso nunca chegou a me incomodar, confesso que várias vezes tive vontade de ser conhecida na escola, mas essa vontade não ultrapassava minha prioridade, que é estudar e ter um futuro que me dê segurança, o que pode ser mais difícil do que se imagina. Também não sou o tipo de aluna exemplar, com as melhores notas ou a melhor frequência, mas sempre me considerei inteligente e capacitada, o que pra mim é o suficiente. Talvez pela minha personalidade ou por me preocupar tanto, sempre fui chamada de “velha” pelos meus amigos, não velha de idade, obviamente, porque ele têm a mesma média de idade que eu, mas porque sou caseira e mais sozinha. Tenho outra imagem de diversão, digamos assim. Ser chamada de “velha” me fez pensar em como seria se eu, nem que fosse por um dia, não me preocupasse com nada disso, e parecia bom. Mas como eu faria isso? Foi quando ouvi duas das meninas da minha sala comentando sobre um show com bandas amadoras e uma festa depois do show. Tomei coragem e perguntei: _ Quando vai ser essa festa? Elas se olharam surpresas e então a morena, Nicole, me respondeu: _ Na verdade, é hoje, você queria ir? _ Claro, onde é? Lauren, a loira, me respondeu: _ Não é muito longe, a gente vai se encontrar na frente da escola, às 21h e vamos andando. _ Ok, eu estarei aqui. Então, eu saí e deixei-as continuarem conversando. O dia foi passando normalmente, fiz tudo que estava acostumada a fazer. Resolvi não pedir aos meus pais, já que era tarde e eles provavelmente não me deixariam sair de casa, então disse que iria dormir na minha prima. Cheguei lá no horário combinado e fui com elas, as duas estavam com roupas que, definitivamente, eram bem menores que o número delas, poderia dizer até que era infantil, mas o decote era extremamente grande para uma criança. Enquanto a gente andava, eu me sentia em um talk show elas não paravam de falar e de me fazer perguntas: _ Eu nunca te vi nessas festas, você vai sempre? _ Por que você é tão quieta? Acho que nunca tinha ouvido sua voz antes de hoje. _ Seu cabelo é natural? As perguntas variavam muito e elas faziam outras antes mesmo de eu responder. Quando chegamos, o show já tinha começado. O lugar estava todo pichado, cheirava a bebida e estava lotado de pessoas, maiores e menores de idade. Vi muitas pessoas da escola. Como a Nicole e a Lauren conheciam boa parte delas, acabei perdendo as duas de vista. Eu estava sozinha, em um lugar que não conhecia, com pessoas que não conhecia, à noite, sem poder contar para os meus pais (caso algo acontecesse). Quando pensei tudo isso, me controlei para não entrar em pânico, então sentei no bar. Do meu lado, sentou um rapaz de mais ou menos 20 anos, cabelos pretos e olhos verdes, vestindo uma calça jeans e uma blusa pólo azul clarinha. Ele virou para mim e começamos a conversar, ele foi simpático e ficamos falando por pelo menos uma hora, então não vi problema em ele me pagar uma bebida, até porque não iria pedir nada com álcool. Bom, não vi problema até vê-lo colocando algo na minha bebida, e eu não iria arriscar para saber o que era. Decidi sair de lá e procurar minhas amigas, 28
  • 29. foi quando ele veio atrás de mim, me puxando pelo braço: _ Já vai embora? Está tão cedo. Enquanto ele dizia isso, me puxava com mais e mais força. _ Eu tenho que achar minhas amigas. Puxei meu braço e fui embora o mais rápido possível, não tinha como avisar ninguém, porque ele ainda estava tentando ver por onde eu ia. Saindo do lugar, vi a Nicole, desacordada, sendo levada por dois caras e a Lauren para uma perua, todos pareciam bêbados. Fui andando cada vez mais rápido, precisava sair de lá. Enquanto andava, fui pensando no motivo de eu ter ido, de ter me arriscado, não só de levar uma bronca dos meus pais, mas algo realmente poderia ter acontecido comigo, e por quê? Por que os outros achavam que eu não me divertia? Por que os outros me chamavam de velha? Mas essa era eu! Eu me divertia sim, eu me sentia bem sendo assim, sendo eu e apenas eu, e nada eu os outros falassem iria mudar isso, ele não podem me mudar e eu não quero mudar. As pessoas teriam que gostar de mim pelo que eu sou, ou apenas não gostar de mim, mesmo sendo esse espírito velho. Carolina Moreno nº 8 1º A / 2009 29
  • 30. EU JÁ VI ESSA CENA ANtES! - ... Dado um número real ‘x’ qualquer, podemos redefinir então o módulo... TRIIIIIM! – sinal tocando. _ Graças a Deus! A aula acabou, não aguento mais isso... – pensei comigo. Fui logo embora, chegando em casa, minha mãe estava lá, já começou a cobrança: “Por que você não arrumou a sua cama? Você deixou seu quarto todo bagunçado! Não vai fazer lição de casa? E blá blá blá... “Sendo que eu arrumo e faço tudo, do meu jeito, mas eu faço! Depois de tanto meus pais ficarem me enchendo, falando coisas que faço e que não faço, o que é certo e o que é errado, finalmente consegui ir para o meu quarto. Meu Deus! Como é possível duas pessoas serem tão chatas e tão intrigantes com seus filhos? E o pior que é todo dia! Não há dia que eles estão legais, alegres! Se não brigam comigo eles brigam entre eles. Tenho dó de meu irmão ao ter que crescer com pais tão desnaturados como eles! Outro dia, a mesma coisa: escola, professores chatos, alunos mais chatos ainda. Aquela escola é um porre! A única coisa que me faz ficar lá são meus amigos; são poucos, mas gosto muito deles. Na verdade, o que mais me segura lá são meus pais porque eles não aceitam nem a ideia de eu sair daquela escola, só porque cresceram lá, que na época deles, aquela escola era ótima, os alunos eram excelentes, os professores ensinavam de verdade, que era exigido o respeito com o professor e tudo que os pais gostam de relembrar e que eu não aguento mais ouvir sempre a mesma história. Bom, deu o horário de ir embora, só que esse dia me deu uma vontade de ficar um pouco mais, nem eu sei por quê. Meus amigos estranharam, pois eles sempre me chamavam para ficar um pouco na porta da escola conversando, ou sair, tomar um sorvete ou coisa assim e eu não aceitava, preferia ir pra casa, percebendo que nunca vou, nem me chamam mais, mas esse dia eu fiquei por livre e espontânea vontade, até me perguntaram se eu estava com febre ou algo assim, eu ri e respondi que estava bem, não havia nada errado, apenas me deu vongtade. Ficamos conversando bastante tempo, até que foi legal, mas aí já estava ficando tarde e fomos embora. Fui junto com a Cátia e com o Marcus, fomos conversando, e eles me perguntaram o que realmente estava acontecendo, pois eles são meus melhores amigos, daí falei que nem eu sabia, pois apenas me deu vontade de ficar. Eles desconfiaram, mas aceitaram. Chegando em frente à minha casa, eu não queria entrar, mas respirei fundo e entrei. Minha mãe já começou: Onde você estava? Com quem você estava? O que estava fazendo? Isso são horas de chegar? Você viu a bagunça que deixou aqui? E o seu irmão que você falou que ia cuidar? Está vendo, Augusto? (Augusto é o meu pai, que acabara de chegar do serviço) Você que põe maus costumes em nossos filhos! A culpa é sua! _ Que Mané a culpa é minha! Eu que passo horas e horas na rua trazendo dinheiro a essa família! É seu dever como mãe cuidar deles. Aí que a briga foi ficando pior, minha mãe odeia machismo. _ CHEGA! – gritei. Foi um impulso, nem pensei, na hora – Não aguento mais vocês! Vocês não se tocam no que estão fazendo? No trauma que podem estar fazendo aos filhos de vocês? Vocês já imaginaram como o Betinho (meu irmãozinho) irá crescer vendo isso? Vocês já pararam pra pensar em como eu me sinto vendo meus próprios pais brigarem, primeiro os dois contra mim, depois os dois começam a gritar bem na minha frente culpando um ao outro? Se vocês não quiserem isso, então por que tiveram filhos? Maldita a noite que não usaram camisinha, né? Quer saber, vou embora! Não aguento mais isso! Peguei meu skate e fui sem rumo, sem saber por onde ia, apenas com 7 reais no bolso e meu celular. Eu já fugi de casa várias vezes, depois de discutir com meu pai, ou minha mãe, mas na verdade só ia dar uma volta, porque eu sempre voltava. Eu nunca discuti com meus pais dessa forma como discuti hoje. Imagina como estava minha cabeça enquanto eu andava por aí? Eu não quis nem saber, 30
  • 31. cololquei meu fone-de-ouvido, coloquei o som no último com um Metal bem pesado e nem sabia por onde ia; aqueles faróis na minha cara, ah! Como eu odiava isso, parece que esses motoristas são cegos, pra que faróis tão altos? Teve um que passou por mim e que não vi praticamente nada. - Ei, eei, acorda! Você está bem? _ Onde estou? (sussurrei), EI, SOLTA A MINHA PERNA. _ Não estou segurando nada. Olhei para baixo, minha perna estava engessada e meu pulso também. _ Você sofreu um acidente, um carro tentou desviar de você, mas a frente dele bateu na sua perna e te arremessou. Você caiu com o seu corpo todo contra seu pulso e o tirou do lugar, o motorista disse que buzinou e achou que você sairia da frente, você não ouviu? _ Nem queira saber, e meu skate? Meu celular? Cadê? _ Seu celular provavelmente deve ter se estraçalhado, seu skate, um caminhão passou por cima, mas, você sofreu um acidente, quase morreu, se o carro não desviasse. E você se preocupa com seu celular e skate? Você não vai nem perguntar da sua família? _ É... ah... sei lá... tanto faz... entre meus amigos e minha família, posso chamar meus amigos? _ Não, só família, eles têm que assinar alguns papéis para te liberar. Então me passe o número de sua casa, e o nome de seus pais e o seu também, pois, você veio para cá e não sei nada sobre você! _ Posso esperar só mais um pouquinho? Só curtir este momento? _ Nossa! – ele ficou pasmo – tudo bem, te dou meia hora para descansar, depois você me passa tudo, ok? _ Ok. Que cara mais chato! – pensei comigo – Pô, não é tudo mundo que quer sua família por perto toda hora, eu só queria curtir o momento, mesmo que toda quebrada e mal conseguindo me mexer. Um enfermeiro entrou na sala e pegou o número e tudo que o médico tinha falado que iria pegar... Ah, sacanagem! Passaram só 20 minutos! Eu contei! Um hora e meia depois, meus pais chegaram com o meu irmãozinho. Nossa! Na hora que bateram na porta falando que eram eles, já fechei os olhos forte e preparando meus ouvidos tanto pros gritos quanto para os puxões de orelha. _ Ah, meu Deus! Você está bem? O que deu na sua cabeça fazer isso? Você foi e demorou muito para chegar, fiquei imaginando coisas horrorosas, por que você fez isso com a gente? Me desculpe por ter gritado com você e ter brigado com seu pai na sua frente. Você não sabe o que senti na hora que me ligaram falando que você estava no hospital, quase desmaiei! Você já imaginou se acontecer algo pior? Você sabe qual é a dor de uma mãe perder o filho? – nessa hora ela me abraçou forte, mesmo com meu corpo doendo. Conforme ela me abraçava, eu segurava o gemido. _ Mãe? É a senhora mesmo? Tomou algum remédio? Fumou ou cheirou algo? Bateu a cabeça? – não estava acreditando no que via, ela mostrou que se preocupa comigo, como é possível? Pensei que não existia sentimento dentro dela. _ Claro que sou sua mãe, é que você está estranhando por ver uma mãe passar por um susto desses. _ Então quer dizer que você não me odeia? _ Que te odeia nada, eu te amo! _ Eu também – disse meu pai. Na semana seguinte, já estava bem para ir pra escola, o clima em minha casa era tão bom que me fez curar mais rápido! Nunca havia me sentido tão bem assim. Chegando da escola minha mãe não falou nada, pois eu já havia feito tudo e ela não ficou procurando defeito. Meu pai chegou em casa e me deu um skate novo, com todas as peças que eu mais sonhava! Minha mãe olhou com uma cara pro meu pai, daí já falei: _ Não vai começar, hein! Se não, já inauguro esse skate logo numa avenida movimentada! Eles olharam para mim e riram, e não discutiram. Mais tarde minha amiga me liga, me chamando para ir na casa dela, não falou por que e nem 31
  • 32. deu motivo, achei um tanto estranho, mas é minha amiga, e fui ver o que era. Apertei a campainha e foi o irmão dela que me atendeu, já nem precisou falar nada, fui direto ao quarto dela. Chegando lá, me deparo com a cena dela chorando, fui correndo abraçá-lo e logo perguntar por que ela estava chorando. _ O que aconteceu? Fala! _ Ah, sabe o Márcio? _ Sei, o que tem ele? O que aconteceu com ele? _ Eu terminei com ele! _ Ah. Não acredito que você me fez vir correndo pra cá, me preocupar com você, só pra saber que você terminou com aquele cara? _ Mas eu o amava! _ “Mas eu o amava, se ele te amasse também vocês não teriam terminado! Você vai encontrar muitos caras na sua vida que você vai fazer sempre a mesma coisa: “Mas eu o amava!” _ Ai credo, já tá visando os caras que eu vou conhecer e terminar? _ Sim! _ Sabe, você como pessoa conselheira, é uma ótima amiga! Nós rimos e nos descontraímos, ela esqueceu daquele imbecil, eu já não gostava dele mesmo, eu achava ele um marginal, que não a merecia, foi bom terem terminado, ela vai encontrar outros rapazes que a farão feliz. Já estava ficando tarde e eu tinha que ir embora, o pai dela me concedeu uma carona até em casa. Conforme íamos nos aproximando de casa, achei meio estranho, pois as luzes estavam acesas, e o carro não estava em frente a garagem, comentei com minha amiga, e ela falou que também achou estranho, o pai dela falou que poderia já ter guardado o carro na garagem, pois meu pai espera a vizinha chegar para guardar o carro porque a garagem da minha casa tem o carro velho do meu pai que ele ama mais que tudo e o carro da minha mãe. Chegando em casa, pedi para que o pai dela viesse comigo, pois continuei achando muito estranho aquela situação, ele achou besteira e entrou comigo. Minha casa estava toda revirada, papéis no chão, gavetas jogadas, o mais óbvio a se pensar é que ladrões entraram em casa com meus pais fora, o pai da minha amiga mandou eu voltar logo para o carro, pois eles poderiam ainda estar lá. Voltamos para o carro e ele ligou para a polícia. A polícia chegou até que rápido, pelo que falam da polícia hoje em dia, pensei que ia dar tempo de os ladrões darem uma festa e depois irem embora; bom, a polícia chegou e foi logo entrando na casa, com cuidado e com armas em punho; depois de uns 10 minutos, apareceu uma ambulância e mais duas viaturas. Não entendi, pois pelo que eu saiba, normalmente não chamam ambulância! Os policiais saíram da casa e perguntaram por quem era da família ou conhecia, daí me identifiquei, e ele falou: _ Olha, entramos na casa e não encontramos nenhum ladrão, mas há suspeitas de que eles foram mandados por alguém, pois não havia nada roubado. Já interrompi: _ E quem são esses caras? O que eles têm a ver com a minha família? Vocês o capturaram? _ Então, deixe eu terminar que você irá entender. Por enquanto não encontramos ninguém, mas, infelizmente, os seus pais foram assassinados, foram encontrados os dois numa cama de casal, com tiro no peito, ainda não deram a certeza, mas com os anos de experiência que tenho, já sei disso, desculpe falar dessa forma tão cruel, mas mais cedo ou mais tarde, você terá de saber. Não tive respostas, não acreditei. Meus pais? Não, não pode jamais! Tentei ser forte, não quis acreditar. Abri os olhos e vi um cara de branco sair do quarto onde eu estava, e um outro estava do meu lado, mexendo não sei no quê. _ Eita, eu morri? Vocês são anjos? Jurava que eu ia pro inferno, ou pra um lugar igual. _ Não, não – ele riu – você não morreu, e acho que você é muito jovem para ir pro inferno. Mas você está se sentindo bem? 32
  • 33. _ Estou sim, mas o que estou fazendo aqui? Nossa! Tive um sonho tão estranho, que meus pais. – parei, pensei bem – NÃO, NÃO – comecei a gritar, o rapaz me acalmou – isso é igual àqueles filmes, que acontece uma coisa horrível, a pessoa desmaia e pensa que foi um sonho, mas isso realmente aconteceu e ela fica sofrendo e tem outro piripaque? _ Ei, ei, calma, não aconteceu nada! Você apenas caiu de skate na rua. Olhei para minha perna, ela estava engessada, mas meu pulso não, estranho. Perguntei se realmente tudo aquilo estava acontecendo. _ Me diz uma coisa, meus pais morreram? _ Mas que pergunta! Estou começando a achar que você é uma pessoa muito estranha, sabia? _ É, eu também acho isso. _ Não, nós na verdade, estamos esperando você acordar, bom, já que você acordou, me passe o número de sua casa, e o nome de seus pais e o seu também, pois, você veio para cá e não sei nada sobre você! _ Ok. Passei tudo conforme ele perguntava. Uma hora e meia depois eles apareceram com o meu irmãozinho minha mãe já começou: _ Ah, meu Deus! Você está bem? O que deu na sua cabeça fazer isso? Você foi e demorou muito para chegar, fiquei imaginando coisas horrorosas, por que você fez isso com a gente?... Ah meu Deus! Eu já vi essa cena antes! Karina Alves da Pedra nº 17 1º E / 2009 33
  • 34. FUtEBOL, UMA PROFISSÃO DE RESPONSABILIDADE Eu moro em um bairro pobre onde o famoso futebol se destaca nas ruas, em todo lugar que você anda existem garotos jogando futebol de rua. Eu adorava jogar bola com os garotos, todo mundo se reunia em uma rua par jogar, mas sempre respeitando uns aos outros. Existia um homem muito legal no bairro que sempre nos ajudava com equipamentos. A bola, às vezes, furavam, as traves quebravam e sempre aquele nobre senhor comprava materiais de futebol para nós. As ruas daquele bairro eram muito sujas e cheias de barro, quando chovia a gente ficava três dias sem jogar bola, mas existia uma rua que era totalmente cimentada. Certo dia, quando eu e meus amigos estávamos jogando bola, apareceu uma bela garota, ela era linda, uma morena com cabelos longos, que tinha uma beleza encantadora. Não conseguia parar de olhar para ela, parecia que havia me apaixonado por ela, era um colírio para meus olhos. A solução para isso foi procurar aquela garota por quem eu estava extremamente apaixonado. Comecei a procurar por ela pelo bairro, mas não a achava, parecia que ninguém nunca a havia visto, apenas eu. Fiquei frustrado de primeiro momento, mas continuei a procurá-la. Finalmente, depois de tanto esforço, achei uma menina que tinha informações, era amiga dela. Consegui o endereço, fui até a casa dela e me surpreendi, ela era de uma classe social muito alta e eu era um garoto bem simples e pobre. Mesmo assim eu estava decidido de que queria conhecer aquela garota. Chegando à casa dela, percebi que ela era muito legal e ainda mais linda do que tinha visto. Fiquei conversando com ela um bom tempo e lhe disse: _ Prazer, estava jogando e te avistei, achei você uma menina linda! _ Obrigada, mas qual teu nome? _ Felipe. E você linda menina? _ Meu nome é Larissa, eu também achei você muito lindo e simpático. _ Obrigado. Só passei pra te conhecer, qualquer dia nos falamos mais, ta bom? _ Ta bom, Felipe, foi um prazer te conhecer. _ Igualmente, até outro dia. Na verdade, não queria me despedir dela, mas já estava tarde e eu precisava ir, senão minha mãe iria ficar muito preocupada. Peguei a estrada de casa, muito alegre por ter conhecido aquela bela garota. Eu estava loucamente apaixonado. No dia seguinte, comecei a pensar que eu, pobre do jeito que era não podia pedir em namoro uma garota rica, mas meu coração estava pulsando forte. Estava muito apaixonado, mas também não podia me imaginar com uma garota rica. Resolvi entrar em uma escolinha de futebol que tinha no bairro, estava disposto a jogar firme para me tornar profissional, e quem sabe ter uma condição de vida melhor para viver com aquela bela garota. De primeiro foi muito difícil a adaptação, mas cada vez eu me tornava melhor, já havia crescido bastante e pegado bastante corpo também. Passados uns dois anos, já tinha completado meus dezoito anos e consegui subir para o profissional. Eu jogava muito bem. Consegui juntar bastante dinheiro e comprei uma casa naquele bairro. Eu, muito feliz, fui visitar a garota que já não via há muito tempo, apenas ligava, às vezes. Fui até a casa dela e convidei-a para ir à minha casa. Ela, muito alegre, aceitou. Fomos até minha casa e bebemos um vinho. Finalmente resolvi contar minha história para ela. Falei sobre o que eu fiz para um dia poder tê-la para mim. Ela, super orgulhosa de mim, disse: _ Não precisava fazer tudo isso por mim, mas mesmo assim, muito obrigada. _ Não foi nada, mas quero te fazer uma pergunta: Aceita namorar comigo? _ Sim. Desde aquele dia que você foi à minha casa me apaixonei por você. _ Eu sempre fui apaixonado por você, desde quando te vi, mas agora estou super feliz com você 34
  • 35. ao meu lado. Então a abracei e dei um belo beijo nela. Finalmente estava realizado meu sonho. Namorar a Larissa foi um sonho. Ela me chamou para conhecer a sua família e, para minha surpresa, o pai dela era aquele nobre senhor que nos ajudava a jogar bola, e graças a ele, pude dar uma boa condição de vida a sua filha. Ele logo que me viu disse: _ Parabéns, garoto, você lutou muito para ter uma boa condição de vida e agora você merece a minha filha e ela o merece. _ Obrigado. Mas tudo isso foi graças ao senhor que um dia nos ajudou a jogar bola, e hoje prometo fazer sua filha muito feliz. Enfim, anos depois, eu e Larissa nos casamos e fomos felizes para sempre. Matheus de Sá Santos nº 27 1º B / 2009 35