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(As)
SurfistasElas desafiam as ondas
Camilla Ghermandi
(As)
SurfistasElas desafiam as ondas
2012
Camilla Ghermandi
Eu gostaria de agradecer a todas as pessoas que me deixaram contar suas
histórias, para cada pessoa citada no texto há de cinco a dez outras que
contribuíramdeváriasmaneiras.Obrigadoatodosvocês.Tambémestouem
débito com os inúmeros fotógrafos cujos registros ilustram este livro.
Jamais poderia agradecer o suficiente a minha querida amiga, Renata
Alfinito, por sua gratidão, apoio, paciência, companeirismo e, claro, senso
de humor, para descontrair dias e noites de trabalho intenso. Sem falar nas
inúmerasvezesquemerecebeuemcasaedeixoueuusaroseucomputador.
Inúmeras, várias, diversas vezes.
MinhagratidãopeloapoioconstantedaprofessoraIsabellaPerrotta,porsua
competência,dedicaçãoeporsuasrevisõesatenciosasesensíveis.Semfalar
nas críticas persistentes que eu lutei para resistir, mas no fim das contas,
sabia que eram só para deixar esse livro mais belo para vocês, leitores.
AGRADECIMENTOS
Obra originalmente publlicada sob o título
Surfers:The challenge the waves
ISBM 978-2-986356-76-0
Copyright OBA Publishing e Camilla Ghermandi
Design e texto de Camilla Ghermandi
www.behance.net/camillaghermandi
Fotografia original de Diversos
www.google.com
Capa: Camilla Ghermandi
Leitura Final: Carla Ghermandi
Supervisão Editorial: Isabella Perrotta
Editoração Eletrônica: Techbooks
Reservado todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à
TASCHEN EDITORA S/A.
Rua das Palmeiras, 69 - Botafogo
22270-070 - RJ
Fone: (21) 9332-1324 Fax: (21) 2267-8228
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob
quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônicos, mecânico, gravação,
fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da Editora.
RIO DE JANEIRO
Rua Voluntários da Pátria, 876 - RJ
21456-990 - Rio de Janeiro - RJ
Fone: (21) 3909-1324 Fax: (21) 2456-5223
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
A457i	 Ghermandi,Camilla
	 (As) Surfistas / Camilla Ghermandi - Rio de Janeiro : 	
	 Taschen,2012.
	 176 p. : il. ; 20 cm. - Design básico
	 ISBM 978-2-986356-76-0
	 1. Surfistas. 2. Atletas - Nacionais / Internacionais. 	
	 I. Ghermandi, Camilla. II. Título
7844
9060
8452
9868
42 76
22
36
30
42
8
INTRODUÇÃO
O surfe feminino, mais do que um esporte, é um movimento que vem
crescendoeganhandocadavezmaisespaçocenáriomundial.Asmulheres
já dominaram muitas modalidades e o surfe não está para trás. Dentro do
mar, não tem homem nem mulher, o esporte é de igual para igual. Elas
encaram as maiores ondas, tomam as vacas mais brabas e fazem muito
marmanjo engolir água salgada.
Para muitos, ser surfista, a primeira vista, parece ser a melhor profissão
do mundo: praias, pranchas, lugares paradisíacos, no entanto, carregar
esse rótulo demanda muita força de vontade e dedicação. São horas
de treinos dentro e fora d’água, uma agenda difícil de conciliar entre
entrevistas e compromissos profissionais, meses fora de casa viajando
pelo mundo, mas longe da família, do namorado e amigos. Profissão que
muios homens não conseguiriam encarar, mas elas vão com tudo!
Como tudo
COMEÇOU
C
onta-se que o rei Tahito, conhecido por Moiheka foi o primeiro
polinésio surfista que chegou ao Havaii. Porém, em 1778 quando
o navegador James Cook descobriu o arquipélago, ele afirmou que
já existiam surfistas nas ilhas. Cook, considerou o surf uma atividade relax-
ante, mas diversos missionários protestantes que habitavam o local não ti-
veram a mesma opinião e durante todo o século 18 desestimularam a prática
do esporte.
	 Até o início do século 20 o esporte permaneceu por baixo até conhecer
o nome do “pai do Surf “ Duke Paoa Kahanamoku, que manteve o surf verda-
deiramente vivo graças a surf na veia sua simples e pura persistência pelo
esporte dos reis. Até então, o mundo não tinha idéia do que era o Hawaii,
muito menos o surf, entretanto nas Olimpíadas de 1912, em Estocolmo, Duke
Kahanamoku ganhou uma medalha de ouro na natação quebrando o recorde
mundial nos 100 m estilo livre e uma de prata no revezamento.
12
PELO MUNDO
Nascida em Hollywood, Califórnia,
Marge Calhoun não começou como
sua estrela de surf típico. Dedicação
e talento para a natação teve seu
trabalho na indústria cinematográfi-
ca florescente. Ela teve filhos e viveu
uma vida suburbana típica descon-
hecem que o surf logo seria sua
paixão definição. Em resposta ao in-
teresse de algumas crianças de surf
em meados dos anos cinquenta,
seu marido a surpreendeu com sua
primeira prancha de surf.
Ela aprendeu rapidamente e logo
foi envolvido em concursos (com-
petir e organização). Ela foi co-fun-
dador da Associação de Surf Esta-
dos Unidos. Em 1958, Calhoun e Eva
Fletcher tentou sua mão no grande
momento de viajar para o Havaí
para o Internacional Makaha. Em sua
30 e aprender com os gostos de len-
das futuras. Uma placa moldada por
Dale Velzy, Marge Calhoun venceu a
prova feminina e se tornou o primei-
ro surfista mundo mulher campeão.
14
Marge a primeira mulher a
tornar-se campeã mundial
de surfe. Não oficialmente,
mas já surf história recon-
hece o Makaha evento de
surf internacional como
a única competição da
época que tirou em surfis-
tas de todo o planeta e se
vangloriou a arena final
surf, vitória de Calhoun a
coloca no topo da prancha.
MARGE
CALHOUN
N
o Brasil, as primeiras pranchas, então chamadas de “tábuas ha-
vainas”, foram trazidas por turistas. A história começa em 1938
com a, provavelmente, primeira prancha brasileira, feita pelos
paulistas Osmar Gonçalves, João Roberto e Júlio Putz, a partir da matéria de
uma revista americana, que dava medidas e o tipo de madeira a ser usada.
Pesava 80 kg e media 3,6 m. Em 1950, os cariocas Jorge Grande, Bizão e Paulo
Preguiça, construíra, inspirados nas pranchas de balsa que um piloto comer-
cial waii-Rio, trazia em suas viagens.
	 Não tinham flutuação nem envergadura. Em 1962, enquanto no Rio
o a técnica para dar e SP, Homero Naldinho, com 14 anos, fazia suas madeir-
ites que mediam apenas 2,2m (o tamanho das Minimodels, que trouxe out-
lines (templates) e noções de shapear de seu país. Ainda usava o madeirão
como lixa, o ralador de côco e a grosa. Enquanto isso, em SP, Homero fazia as
primeiras pranchas de madeira oca. Inspirado em pranchões gringos.
POR AQUI
16
18
Margot praticou o esporte regular-
mente até os anos 60: era uma for-
ma de escapar da puxada rotina
como executiva de uma compan-
hia de navegação – ela se tornou a
primeira mulher do Porto de Santos
a cuidar do carregamento e da es-
tivagem de café numa época em
que nem contêiner existia. Vaidosa
e sempre ocupada, ela nunca se
casou. Tampouco saiu de perto do
mar, sua única paixão: assim que
acordava, contemplava-o da janela
do seu apartamento, no Canal 5 de
Santos. Fez isso até a última manhã
de vida, no dia 26 de julho, quando
faleceu em casa, aos 96 anos, em vir-
tude de um infarto fulminante. “Ela
pediu que jogássemos suas cinzas
no mar, em frente à janela do apar-
tamento”, conta Monica. O derra-
deiro encontro da “alma entranha-
da pelo surf” de Margot com o mar
ocorreria no dia 1º de setembro, em
cerimônia para familiares e amigos
no litoral paulista.
Margot nasceu em San-
tos, onde mora até hoje e
começou a surfar quando
seu irmão caçula, Tommy,
construiu uma prancha a
partir de um projeto que
viu na revista Popular Me-
chanics, com sua ajuda,
pois os irmãos eram muito
amigos e apegados um ao
outro. Foi a primeira pran-
cha do Brasil.
MARGOT
RITTSCHER
nacionais
ATLETAS
MAYA
GABEIRA
gigantes DESTEMIDA
Ondas carioca
BIG RIDER
E este “gigantes” não é uma fig-
ura de linguagem. A carioca de
25 anos pega ondas que muitas
vezes alcançam os dez metros de
altura e colocam medo em muito
marmanjo. Mas engana-se quem
pensa que a nossa musa é uma
mulher destemida.
E neste meio perigoso, esta musa
se tornou uma das melhores, tor-
nando-se quatro vezes vencedora
do prêmio Billabong XXL Global
Big Wave Awards, uma espécie de
“Oscar das ondas gigantes”.
É claro que eu tenho
medo, senão não fazia
isso. Você precisa ter
medo porque é ele que
te faz tomar cuidado, se
proteger. Sem medo não
tem adrenalinaMaya Gabeira poderia ter sido política ou jornalista, para
citar duas carreiras em que o pai Fernando Gabeira se
destacou, mas decidiu ir pelo caminho mais difícil e, princi-
palmente, mais perigoso. Esta loira carioca nunca deu mui-
ta bola para a política, gostava mesmo era de praia e aos 17
anos quis se tornar surfista de ondas gigantes.
23
O
Títulos
2007 - 3 lugar WCT Billabong Pro Rio
2008 - 2 lugar Swatch Gilrs Pro France
2010 - 1 lugar Rip Curl Women’s Pro
2010 - 1 lugar WCT Billabong Pro
2012 - 2 lugar WCT Volcom Gold Coast
O
O
O
O
16 16
Maya Gabeira mostrou suas
curvas num ensaio sensual
inspirado nos Jogos Olímpi-
cos de Londres. Nas ima-
gens, feitas para a edição
especial da revista ESPN
americana do mês de jul-
ho,a surfista aparece nua e
com uma prancha surfando
nomar.
GONÇALVES
CLAUDIA
nascido com os seus traços deli-
cados, pele alva e cabelos loiros.
A aquariana Claudia Gonçalves,
23 anos, quer um surfe feminino
brasileiro melhor não só pra ela,
mas também pras Titas, Silvanas
e outros talentos. Fora d´água ela
luta para difundir mais o surfe das
meninas como editora da revista
virtual “Ehlas” e futura jornalista,
quem sabe, da TV.
Claudinha tinha surfe no pé, como
sua calma e graciosidade que de-
senvolveria nos tubos, e vontade
de evoluir. Por isso buscou o mun-
do das ondas mais perfeitas. Por
isso teve apoio de uma grande
empresa para rodar esse mun-
do, como atleta e modelo. Por
outro lado, ela sempre teve con-
sciência de como é duro, no nar-
cisista negócio do surfe, não ter
surfe no pé NOS TUBOS
graciosidade
sempre
Desde
Paulistana, Cláudiaaprendeuasurfaraos12anoscomopai,
entãodonodeumapousadanaparadisíacapraiadoFrancês,
em Marechal Deodoro (AL). Em 2002, sua primeira tempo-
rada mundial com as melhores profissionais, alcançou a 11ª
posição do ranking nacional. ela e extrovertida, ela surgiu
ainda adolescente no surfe competitivo brasileiro, no Gua-
rujá do início dos anos 2000.
31
Títulos
2007 - 1 lugar Nike US Open of Surfing
2009 - 2 lugarDrugAwareMargaretRiverPro
2010 - 1 lugar NZ Surf Festival
2011 - 3 lugar WCT Billabong Pro
2012 - 1 lugar Rip Curl Women’s Pro
O
O
O
O
O
schmitz
BRUNA
Garota prodígio, consegue con-
ciliar uma agenda maluca que
incluí viajar o mundo atrás das
melhores ondas, fazer campanhas
publicitárias,conceder entrevistas,
dar atenção à família, aos cachor-
ros e ao namorado, o também
surfista Jeremy Flores.
Considerada a terceira surfista
profissional mais bonita do mun-
do, segundo a Surfer, essa ariana
é fã de Kelly Slater e pensa em
fazer faculdade de moda carrega
também esse título.
No começo eu não ima-
ginava ter o surfe como
profissão. Não planejei
nada. Cheguei por acaso
e simplesmente gostei.
Cheguei para ficar
perfeitas
Ondas charmenomar PRODÍGIO
garota
Ela nasceu no interior do Paraná, longe do mar. Conheceu
na Praia de Matinhos aos nove anos de idade e já começou
a surfar. Aos dez já competia e, aos onze anos, começava a
conhecer o mundo! Atualmente, são mais de vinte países
pelos cinco continentes, quatro passaportes, dois anos na
elite do Circuito Mundial Profissional e uma vida de quem
vai surfando pelo mundo.
37
Títulos
2008 - 2 lugar WCT Billabong Pro
2009 - 1 lugar TSB Bank NZ Surf Festival
2010 - 1 lugar Commonwealth Bank
Beachley Classic
2010 - 2 lugar Hunter Womens ClassicO
O
O
O
internacionais
ATLETAS
GILMORE
STEPHANIE
E
la nasceu em Murwillumbah, New South Wales, Austrália, em 29 de ja-
neiro de 1988 e atualmente reside em Tweed Heads, New South Wales,
Austrália. Hoje, já se tornou um dos surfistas mais talentosos do mundo.
Ela é uma ASP 5x (Association of Surfing Professionals) Títulos Mundial de Mul-
hereseacontinuaaseroúnicosurfistaaconquistarotítuloemseuanodeestreia.
	 Stephanie também detém um prêmio Laureus, possivelmente, o mais
prestigiadoprêmiodoesportemundial.Elajogatantoguitarraacústicaeeléctrica,
incluindo a sua Fender Strat vintage. Também um embaixador para Nikon, ela é
um fotógrafo ávido e documentos viaja o mundo dela. Trabalho filantrópico de
Stephanie inclui-juvenil focado Austrália Fundação Black Dog, através da qual
ela patrocina duas crianças no Quênia e na Etiópia, eo Couer de Foret projeto, em
queelaajudaaconstruirvilassustentáveis​​naregiãodeCasamancedoSenegal.
	 Gilmore sucesso na turnê WQS (World Qualifying Series) qualificou para
o 2007 World Tour mulheres ASP e ela não decepcionou. Com muita disciplina,
treina pelo menos 5 vezes por semana, onde quer que esteja. Ela venceu quatro
das oito provas e afirmou que o título mundial de 2007. Ela iria repetir o sucesso
em2008,2009,2010,2011e2012.
46
EMBAIXADORAmundial
Penta fotógrafa
SUCESSO
Stephanie Gilmore começou a vida como surfista começou
aos 10 anos, quando ela estava em uma prancha de body-
board. Aos 17 anos ela estava entrando em eventos mundi-
ais de turismo como um concorrente wild card, que pagou
com uma vitória em 2005, no Roxy Pro Gold Coast. Em sua
próximatemporadaganhoumaisumeventoimprevisível,a
Havaianas Beachley Classic 2006.
45
Títulos
2009 - 1 lugar Roxy Pro Portugal
2009 - 1 lugar WCT Billabong Pro Fiji
2010 - 1 lugar DrugAwareMargaretRiverPro
2011 - 1 lugar Nike US Open of Surfing
2012 - 1 lugar US Open of Surfing
O
O
O
O
O
ALANA
BLANCHARD
E
lachocoua melhorsurfistadomundoquandoelarasgouascondições
do 6’/8 ‘pés havaianos em 2005, no campeonato O’neill World Cup of
Surfing em Sunset Beach. Ela tirou os gostos das Campeãs Mundiais
Sofia Mulanovich e Claire Bevilacqua ficando em 3 º lugar, posiçnao que nin-
guém esperava.
	 Suas realizações amadores são infinitas: NSSA Nationals multi-final-
ista, NSSA Hawaii State Regional Champion, 2005 Campeão Nacional Grom-
Search, e a lista continua. No entanto, não só é Alana, sem dúvida, uma das
melhores do mundo, jovens talentos do sexo feminino, mas ela também é
bonita e extremamente realista. Surf é sua vida, e não há dúvida de que será
também sua carreira.
	 Com o apoio de uma grande família, os gostos de Bethany Hamilton
como um parceiro de surf, e do North Shore de Kauai como um campo de tre-
inamento de pessoal, não há como parr esta menina para se tornar um dos
melhores do planeta surfistas. Alana é a melhor amiga de Bethany Hamil-
ton, e estava presente quando Hamilton sofreu o ataque de tubarão que lhe
custou um braço. O drama da vida real depois virou filme.
54
DO HAWAIIBACK SIDEno surf
Parceria natural
Vindo de North Shore de Kauai, a surfista Alana Blanchard
estádestinadaadeixarumamarcanosurffemininoprofis-
sional. Na verdade, ela já tem. Com apenas 15 anos, Alana
se inscreveu para o 1 º anual Pipeline Masters Feminino.
Não só desafiou as condições difíceis do quebra mar mais
notório, temido e fotografado do mundo, mas ela tornou-se
a primeira mulher no processo Pipeline Master.
53
Títulos
2008- 4 lugar O’Neill Coldwater Classic
2009 - 1 lugar Swatch Girls Pro China
2011 - 3 lugar WCT Reef Pro
2012 - 1 lugar WCT Billabong Pro
2012 - 2 lugar Quiksilver in Memory
of Eddie Aikau
O
O
O
O
O
LAURA
ENEVER
L
aura era uma ginasta dedicado até nove anos de idade quando ela
decidiu abandoná-lo, ou “aposentar-se”, como ela explica, a surfar
em tempo integral . A primeira vez que Laura foi para o Havaí foi em
2004, como convidado especial de surf Lisa Andersen acampamento de tre-
inamento de elite Champ acampamento. Ela já foi para o Havaí, Maldivas, Fiji,
. Laura tem tantas realizações; 2008 só ela é a ISA Júnior Campeão Mundial
e da Tríplice Coroa 2008 Rookie of the Year. Laura planeja continuar com o
WQS 2012, bem como os prinipais campeonatos da temporada. Trilas curinga
para o prestigiado Roxy Pro Austrália, em março.
	 Quando Laura está em casa, ela treina com os gostos do Campeonato
Mundial de surfista Barton Lynch e sua trupe de homens Mundo aspirantes
Championship Tour. Claramente, seu talento natural já está atraindo empre-
sas, potenciais patrocinadores e oportunidades publicitárias.
	 Só de estar ao redor das meninas como Lisa Andersen, Mulanovich
Sofia e Megan Abubo e ser capaz de vê-los surfar na vida real é tão diverti-
do! Alguns dos melhores conselhos que têm sido dado é quando você está
montando uma onda você imaginar que você está ouvindo música.
62
LocaldatradicionalNorthNarrabeen(Sydney),Lauraédona
de uma beleza extraordinária e de um surfe ousado e com-
petitivo. Ela já figura entre as top-10 do mundo desde 2011,
quando estreou na elite e, chegou no Tour com o status de
campeã mundial da categoria Pro Jr em 2010 (conquistado
em sua casa).
MODERNODISCIPLINAaustraliana
Rebeldia surfe
61
Títulos
2009 - 2 lugar Billabong Pro Teahupoo
2010 - 1 lugar Billabong Pipe Masters
2011 - 3 lugar Volcom Fiji Pro
2012 - 3 lugar WCT Billabong Pro
2012 - 1 lugar Quiksilver Pro France
O
O
O
O
O
O surfe feminino, mais do que um esporte, é um movimento
quevemcrescendoeganhandocadavezmaisespaçocenário
mundial. As mulheres já dominaram muitas modalidades e
o surfe não está para trás. Dentro do mar, não tem homem
nem mulher, o esporte é de igual para igual. Elas encaram as
maiores ondas, tomam as vacas mais brabas e fazem muito
marmanjo engolir água salgada.
Paramuitos,sersurfista,aprimeiravista,pareceseramelhor
profissão do mundo: praias, pranchas, lugares paradisíacos,
no entanto, carregar esse rótulo demanda muita força de
vontade e dedicação. São horas de treinos dentro e fora
d’água, uma agenda difícil de conciliar entre entrevistas e
compromissos profissionais, meses fora de casa viajando
pelo mundo, mas longe da família, do namorado e amigos.
Profissão que muios homens não conseguiriam encarar, mas
elas vão com tudo!

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Livro "(As) Surfistas"

  • 1. (As) SurfistasElas desafiam as ondas Camilla Ghermandi
  • 2. (As) SurfistasElas desafiam as ondas 2012 Camilla Ghermandi
  • 3. Eu gostaria de agradecer a todas as pessoas que me deixaram contar suas histórias, para cada pessoa citada no texto há de cinco a dez outras que contribuíramdeváriasmaneiras.Obrigadoatodosvocês.Tambémestouem débito com os inúmeros fotógrafos cujos registros ilustram este livro. Jamais poderia agradecer o suficiente a minha querida amiga, Renata Alfinito, por sua gratidão, apoio, paciência, companeirismo e, claro, senso de humor, para descontrair dias e noites de trabalho intenso. Sem falar nas inúmerasvezesquemerecebeuemcasaedeixoueuusaroseucomputador. Inúmeras, várias, diversas vezes. MinhagratidãopeloapoioconstantedaprofessoraIsabellaPerrotta,porsua competência,dedicaçãoeporsuasrevisõesatenciosasesensíveis.Semfalar nas críticas persistentes que eu lutei para resistir, mas no fim das contas, sabia que eram só para deixar esse livro mais belo para vocês, leitores. AGRADECIMENTOS Obra originalmente publlicada sob o título Surfers:The challenge the waves ISBM 978-2-986356-76-0 Copyright OBA Publishing e Camilla Ghermandi Design e texto de Camilla Ghermandi www.behance.net/camillaghermandi Fotografia original de Diversos www.google.com Capa: Camilla Ghermandi Leitura Final: Carla Ghermandi Supervisão Editorial: Isabella Perrotta Editoração Eletrônica: Techbooks Reservado todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à TASCHEN EDITORA S/A. Rua das Palmeiras, 69 - Botafogo 22270-070 - RJ Fone: (21) 9332-1324 Fax: (21) 2267-8228 É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônicos, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da Editora. RIO DE JANEIRO Rua Voluntários da Pátria, 876 - RJ 21456-990 - Rio de Janeiro - RJ Fone: (21) 3909-1324 Fax: (21) 2456-5223 IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL A457i Ghermandi,Camilla (As) Surfistas / Camilla Ghermandi - Rio de Janeiro : Taschen,2012. 176 p. : il. ; 20 cm. - Design básico ISBM 978-2-986356-76-0 1. Surfistas. 2. Atletas - Nacionais / Internacionais. I. Ghermandi, Camilla. II. Título
  • 5. 8 INTRODUÇÃO O surfe feminino, mais do que um esporte, é um movimento que vem crescendoeganhandocadavezmaisespaçocenáriomundial.Asmulheres já dominaram muitas modalidades e o surfe não está para trás. Dentro do mar, não tem homem nem mulher, o esporte é de igual para igual. Elas encaram as maiores ondas, tomam as vacas mais brabas e fazem muito marmanjo engolir água salgada. Para muitos, ser surfista, a primeira vista, parece ser a melhor profissão do mundo: praias, pranchas, lugares paradisíacos, no entanto, carregar esse rótulo demanda muita força de vontade e dedicação. São horas de treinos dentro e fora d’água, uma agenda difícil de conciliar entre entrevistas e compromissos profissionais, meses fora de casa viajando pelo mundo, mas longe da família, do namorado e amigos. Profissão que muios homens não conseguiriam encarar, mas elas vão com tudo!
  • 7. C onta-se que o rei Tahito, conhecido por Moiheka foi o primeiro polinésio surfista que chegou ao Havaii. Porém, em 1778 quando o navegador James Cook descobriu o arquipélago, ele afirmou que já existiam surfistas nas ilhas. Cook, considerou o surf uma atividade relax- ante, mas diversos missionários protestantes que habitavam o local não ti- veram a mesma opinião e durante todo o século 18 desestimularam a prática do esporte. Até o início do século 20 o esporte permaneceu por baixo até conhecer o nome do “pai do Surf “ Duke Paoa Kahanamoku, que manteve o surf verda- deiramente vivo graças a surf na veia sua simples e pura persistência pelo esporte dos reis. Até então, o mundo não tinha idéia do que era o Hawaii, muito menos o surf, entretanto nas Olimpíadas de 1912, em Estocolmo, Duke Kahanamoku ganhou uma medalha de ouro na natação quebrando o recorde mundial nos 100 m estilo livre e uma de prata no revezamento. 12 PELO MUNDO
  • 8. Nascida em Hollywood, Califórnia, Marge Calhoun não começou como sua estrela de surf típico. Dedicação e talento para a natação teve seu trabalho na indústria cinematográfi- ca florescente. Ela teve filhos e viveu uma vida suburbana típica descon- hecem que o surf logo seria sua paixão definição. Em resposta ao in- teresse de algumas crianças de surf em meados dos anos cinquenta, seu marido a surpreendeu com sua primeira prancha de surf. Ela aprendeu rapidamente e logo foi envolvido em concursos (com- petir e organização). Ela foi co-fun- dador da Associação de Surf Esta- dos Unidos. Em 1958, Calhoun e Eva Fletcher tentou sua mão no grande momento de viajar para o Havaí para o Internacional Makaha. Em sua 30 e aprender com os gostos de len- das futuras. Uma placa moldada por Dale Velzy, Marge Calhoun venceu a prova feminina e se tornou o primei- ro surfista mundo mulher campeão. 14 Marge a primeira mulher a tornar-se campeã mundial de surfe. Não oficialmente, mas já surf história recon- hece o Makaha evento de surf internacional como a única competição da época que tirou em surfis- tas de todo o planeta e se vangloriou a arena final surf, vitória de Calhoun a coloca no topo da prancha. MARGE CALHOUN
  • 9. N o Brasil, as primeiras pranchas, então chamadas de “tábuas ha- vainas”, foram trazidas por turistas. A história começa em 1938 com a, provavelmente, primeira prancha brasileira, feita pelos paulistas Osmar Gonçalves, João Roberto e Júlio Putz, a partir da matéria de uma revista americana, que dava medidas e o tipo de madeira a ser usada. Pesava 80 kg e media 3,6 m. Em 1950, os cariocas Jorge Grande, Bizão e Paulo Preguiça, construíra, inspirados nas pranchas de balsa que um piloto comer- cial waii-Rio, trazia em suas viagens. Não tinham flutuação nem envergadura. Em 1962, enquanto no Rio o a técnica para dar e SP, Homero Naldinho, com 14 anos, fazia suas madeir- ites que mediam apenas 2,2m (o tamanho das Minimodels, que trouxe out- lines (templates) e noções de shapear de seu país. Ainda usava o madeirão como lixa, o ralador de côco e a grosa. Enquanto isso, em SP, Homero fazia as primeiras pranchas de madeira oca. Inspirado em pranchões gringos. POR AQUI 16
  • 10. 18 Margot praticou o esporte regular- mente até os anos 60: era uma for- ma de escapar da puxada rotina como executiva de uma compan- hia de navegação – ela se tornou a primeira mulher do Porto de Santos a cuidar do carregamento e da es- tivagem de café numa época em que nem contêiner existia. Vaidosa e sempre ocupada, ela nunca se casou. Tampouco saiu de perto do mar, sua única paixão: assim que acordava, contemplava-o da janela do seu apartamento, no Canal 5 de Santos. Fez isso até a última manhã de vida, no dia 26 de julho, quando faleceu em casa, aos 96 anos, em vir- tude de um infarto fulminante. “Ela pediu que jogássemos suas cinzas no mar, em frente à janela do apar- tamento”, conta Monica. O derra- deiro encontro da “alma entranha- da pelo surf” de Margot com o mar ocorreria no dia 1º de setembro, em cerimônia para familiares e amigos no litoral paulista. Margot nasceu em San- tos, onde mora até hoje e começou a surfar quando seu irmão caçula, Tommy, construiu uma prancha a partir de um projeto que viu na revista Popular Me- chanics, com sua ajuda, pois os irmãos eram muito amigos e apegados um ao outro. Foi a primeira pran- cha do Brasil. MARGOT RITTSCHER
  • 13. gigantes DESTEMIDA Ondas carioca BIG RIDER E este “gigantes” não é uma fig- ura de linguagem. A carioca de 25 anos pega ondas que muitas vezes alcançam os dez metros de altura e colocam medo em muito marmanjo. Mas engana-se quem pensa que a nossa musa é uma mulher destemida. E neste meio perigoso, esta musa se tornou uma das melhores, tor- nando-se quatro vezes vencedora do prêmio Billabong XXL Global Big Wave Awards, uma espécie de “Oscar das ondas gigantes”. É claro que eu tenho medo, senão não fazia isso. Você precisa ter medo porque é ele que te faz tomar cuidado, se proteger. Sem medo não tem adrenalinaMaya Gabeira poderia ter sido política ou jornalista, para citar duas carreiras em que o pai Fernando Gabeira se destacou, mas decidiu ir pelo caminho mais difícil e, princi- palmente, mais perigoso. Esta loira carioca nunca deu mui- ta bola para a política, gostava mesmo era de praia e aos 17 anos quis se tornar surfista de ondas gigantes. 23
  • 14. O Títulos 2007 - 3 lugar WCT Billabong Pro Rio 2008 - 2 lugar Swatch Gilrs Pro France 2010 - 1 lugar Rip Curl Women’s Pro 2010 - 1 lugar WCT Billabong Pro 2012 - 2 lugar WCT Volcom Gold Coast O O O O
  • 15. 16 16 Maya Gabeira mostrou suas curvas num ensaio sensual inspirado nos Jogos Olímpi- cos de Londres. Nas ima- gens, feitas para a edição especial da revista ESPN americana do mês de jul- ho,a surfista aparece nua e com uma prancha surfando nomar.
  • 17. nascido com os seus traços deli- cados, pele alva e cabelos loiros. A aquariana Claudia Gonçalves, 23 anos, quer um surfe feminino brasileiro melhor não só pra ela, mas também pras Titas, Silvanas e outros talentos. Fora d´água ela luta para difundir mais o surfe das meninas como editora da revista virtual “Ehlas” e futura jornalista, quem sabe, da TV. Claudinha tinha surfe no pé, como sua calma e graciosidade que de- senvolveria nos tubos, e vontade de evoluir. Por isso buscou o mun- do das ondas mais perfeitas. Por isso teve apoio de uma grande empresa para rodar esse mun- do, como atleta e modelo. Por outro lado, ela sempre teve con- sciência de como é duro, no nar- cisista negócio do surfe, não ter surfe no pé NOS TUBOS graciosidade sempre Desde Paulistana, Cláudiaaprendeuasurfaraos12anoscomopai, entãodonodeumapousadanaparadisíacapraiadoFrancês, em Marechal Deodoro (AL). Em 2002, sua primeira tempo- rada mundial com as melhores profissionais, alcançou a 11ª posição do ranking nacional. ela e extrovertida, ela surgiu ainda adolescente no surfe competitivo brasileiro, no Gua- rujá do início dos anos 2000. 31
  • 18. Títulos 2007 - 1 lugar Nike US Open of Surfing 2009 - 2 lugarDrugAwareMargaretRiverPro 2010 - 1 lugar NZ Surf Festival 2011 - 3 lugar WCT Billabong Pro 2012 - 1 lugar Rip Curl Women’s Pro O O O O O
  • 20. Garota prodígio, consegue con- ciliar uma agenda maluca que incluí viajar o mundo atrás das melhores ondas, fazer campanhas publicitárias,conceder entrevistas, dar atenção à família, aos cachor- ros e ao namorado, o também surfista Jeremy Flores. Considerada a terceira surfista profissional mais bonita do mun- do, segundo a Surfer, essa ariana é fã de Kelly Slater e pensa em fazer faculdade de moda carrega também esse título. No começo eu não ima- ginava ter o surfe como profissão. Não planejei nada. Cheguei por acaso e simplesmente gostei. Cheguei para ficar perfeitas Ondas charmenomar PRODÍGIO garota Ela nasceu no interior do Paraná, longe do mar. Conheceu na Praia de Matinhos aos nove anos de idade e já começou a surfar. Aos dez já competia e, aos onze anos, começava a conhecer o mundo! Atualmente, são mais de vinte países pelos cinco continentes, quatro passaportes, dois anos na elite do Circuito Mundial Profissional e uma vida de quem vai surfando pelo mundo. 37
  • 21. Títulos 2008 - 2 lugar WCT Billabong Pro 2009 - 1 lugar TSB Bank NZ Surf Festival 2010 - 1 lugar Commonwealth Bank Beachley Classic 2010 - 2 lugar Hunter Womens ClassicO O O O
  • 24. E la nasceu em Murwillumbah, New South Wales, Austrália, em 29 de ja- neiro de 1988 e atualmente reside em Tweed Heads, New South Wales, Austrália. Hoje, já se tornou um dos surfistas mais talentosos do mundo. Ela é uma ASP 5x (Association of Surfing Professionals) Títulos Mundial de Mul- hereseacontinuaaseroúnicosurfistaaconquistarotítuloemseuanodeestreia. Stephanie também detém um prêmio Laureus, possivelmente, o mais prestigiadoprêmiodoesportemundial.Elajogatantoguitarraacústicaeeléctrica, incluindo a sua Fender Strat vintage. Também um embaixador para Nikon, ela é um fotógrafo ávido e documentos viaja o mundo dela. Trabalho filantrópico de Stephanie inclui-juvenil focado Austrália Fundação Black Dog, através da qual ela patrocina duas crianças no Quênia e na Etiópia, eo Couer de Foret projeto, em queelaajudaaconstruirvilassustentáveis​​naregiãodeCasamancedoSenegal. Gilmore sucesso na turnê WQS (World Qualifying Series) qualificou para o 2007 World Tour mulheres ASP e ela não decepcionou. Com muita disciplina, treina pelo menos 5 vezes por semana, onde quer que esteja. Ela venceu quatro das oito provas e afirmou que o título mundial de 2007. Ela iria repetir o sucesso em2008,2009,2010,2011e2012. 46 EMBAIXADORAmundial Penta fotógrafa SUCESSO Stephanie Gilmore começou a vida como surfista começou aos 10 anos, quando ela estava em uma prancha de body- board. Aos 17 anos ela estava entrando em eventos mundi- ais de turismo como um concorrente wild card, que pagou com uma vitória em 2005, no Roxy Pro Gold Coast. Em sua próximatemporadaganhoumaisumeventoimprevisível,a Havaianas Beachley Classic 2006. 45
  • 25.
  • 26. Títulos 2009 - 1 lugar Roxy Pro Portugal 2009 - 1 lugar WCT Billabong Pro Fiji 2010 - 1 lugar DrugAwareMargaretRiverPro 2011 - 1 lugar Nike US Open of Surfing 2012 - 1 lugar US Open of Surfing O O O O O
  • 28. E lachocoua melhorsurfistadomundoquandoelarasgouascondições do 6’/8 ‘pés havaianos em 2005, no campeonato O’neill World Cup of Surfing em Sunset Beach. Ela tirou os gostos das Campeãs Mundiais Sofia Mulanovich e Claire Bevilacqua ficando em 3 º lugar, posiçnao que nin- guém esperava. Suas realizações amadores são infinitas: NSSA Nationals multi-final- ista, NSSA Hawaii State Regional Champion, 2005 Campeão Nacional Grom- Search, e a lista continua. No entanto, não só é Alana, sem dúvida, uma das melhores do mundo, jovens talentos do sexo feminino, mas ela também é bonita e extremamente realista. Surf é sua vida, e não há dúvida de que será também sua carreira. Com o apoio de uma grande família, os gostos de Bethany Hamilton como um parceiro de surf, e do North Shore de Kauai como um campo de tre- inamento de pessoal, não há como parr esta menina para se tornar um dos melhores do planeta surfistas. Alana é a melhor amiga de Bethany Hamil- ton, e estava presente quando Hamilton sofreu o ataque de tubarão que lhe custou um braço. O drama da vida real depois virou filme. 54 DO HAWAIIBACK SIDEno surf Parceria natural Vindo de North Shore de Kauai, a surfista Alana Blanchard estádestinadaadeixarumamarcanosurffemininoprofis- sional. Na verdade, ela já tem. Com apenas 15 anos, Alana se inscreveu para o 1 º anual Pipeline Masters Feminino. Não só desafiou as condições difíceis do quebra mar mais notório, temido e fotografado do mundo, mas ela tornou-se a primeira mulher no processo Pipeline Master. 53
  • 29.
  • 30. Títulos 2008- 4 lugar O’Neill Coldwater Classic 2009 - 1 lugar Swatch Girls Pro China 2011 - 3 lugar WCT Reef Pro 2012 - 1 lugar WCT Billabong Pro 2012 - 2 lugar Quiksilver in Memory of Eddie Aikau O O O O O
  • 32. L aura era uma ginasta dedicado até nove anos de idade quando ela decidiu abandoná-lo, ou “aposentar-se”, como ela explica, a surfar em tempo integral . A primeira vez que Laura foi para o Havaí foi em 2004, como convidado especial de surf Lisa Andersen acampamento de tre- inamento de elite Champ acampamento. Ela já foi para o Havaí, Maldivas, Fiji, . Laura tem tantas realizações; 2008 só ela é a ISA Júnior Campeão Mundial e da Tríplice Coroa 2008 Rookie of the Year. Laura planeja continuar com o WQS 2012, bem como os prinipais campeonatos da temporada. Trilas curinga para o prestigiado Roxy Pro Austrália, em março. Quando Laura está em casa, ela treina com os gostos do Campeonato Mundial de surfista Barton Lynch e sua trupe de homens Mundo aspirantes Championship Tour. Claramente, seu talento natural já está atraindo empre- sas, potenciais patrocinadores e oportunidades publicitárias. Só de estar ao redor das meninas como Lisa Andersen, Mulanovich Sofia e Megan Abubo e ser capaz de vê-los surfar na vida real é tão diverti- do! Alguns dos melhores conselhos que têm sido dado é quando você está montando uma onda você imaginar que você está ouvindo música. 62 LocaldatradicionalNorthNarrabeen(Sydney),Lauraédona de uma beleza extraordinária e de um surfe ousado e com- petitivo. Ela já figura entre as top-10 do mundo desde 2011, quando estreou na elite e, chegou no Tour com o status de campeã mundial da categoria Pro Jr em 2010 (conquistado em sua casa). MODERNODISCIPLINAaustraliana Rebeldia surfe 61
  • 33.
  • 34. Títulos 2009 - 2 lugar Billabong Pro Teahupoo 2010 - 1 lugar Billabong Pipe Masters 2011 - 3 lugar Volcom Fiji Pro 2012 - 3 lugar WCT Billabong Pro 2012 - 1 lugar Quiksilver Pro France O O O O O
  • 35. O surfe feminino, mais do que um esporte, é um movimento quevemcrescendoeganhandocadavezmaisespaçocenário mundial. As mulheres já dominaram muitas modalidades e o surfe não está para trás. Dentro do mar, não tem homem nem mulher, o esporte é de igual para igual. Elas encaram as maiores ondas, tomam as vacas mais brabas e fazem muito marmanjo engolir água salgada. Paramuitos,sersurfista,aprimeiravista,pareceseramelhor profissão do mundo: praias, pranchas, lugares paradisíacos, no entanto, carregar esse rótulo demanda muita força de vontade e dedicação. São horas de treinos dentro e fora d’água, uma agenda difícil de conciliar entre entrevistas e compromissos profissionais, meses fora de casa viajando pelo mundo, mas longe da família, do namorado e amigos. Profissão que muios homens não conseguiriam encarar, mas elas vão com tudo!