O documento discute os efeitos do álcool no corpo humano e os problemas relacionados ao alcoolismo. O álcool é absorvido rapidamente no estômago e intestino e é metabolizado principalmente no fígado. O alcoolismo pode causar danos a vários órgãos como fígado, coração e cérebro, além de aumentar o risco de certos tipos de câncer e doenças. O documento também descreve sintomas de intoxicação aguda e crônica pelo álcool e formas de tratamento para
2. O USO DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS ESTÁ
PRESENTE EM TODAS AS
CULTURAS E
REPRESENTA UM
PROBLEMA FÍSICO E
SOCIAL NO MUNDO
INTEIRO
3. Introdução:
Álcool, é um líquido incolor, volátil, com
odor característico, obtido através da
fermentação de uma solução que contenha
açúcar.
4. TIPOS DE ÁLCOOIS
1. Álcool etílico ou etanol: encontrado em todas as bebidas.
2. Álcool metílico ou metanol: usado como solvente.
3. Álcool isopropílico: usado como antiséptico externo.
4. Glicerina (tri-álcool): Usado na fabricação de sabonetes,
medica-
mentos, tintas, explosivos, etc.
UTILIZAÇÃO COMERCIAL
Os álcoois, em geral, são utilizados comercialmente como
- combustíveis,
- solventes,
- na limpeza doméstica e
- como componentes nas bebidas alcoólicas.
5. CLASSIFICAÇÃO DAS BEBIDAS QUANTO AO
TEOR ALCOÓLICO (%)
1) fermentadas: produzidas a partir de grãos e frutas
– cerveja (3-9%) e vinho (12%)
2) destiladas: resultante da destilaçào de bebidas fermenta-
das
- uísque (40-50%), - conhaque (45-55%) - aguardente (48%)
3) compostas: resultantes da combinaçào de bebidas fermentadas e
destilada, contendo substâncias aromáticas
– gin (48%)
6. ETANOL: DROGA DE USO “SOCIAL”
É UMA DAS DROGAS DE MENOR POTÊNCIA MAS
CAUSA MAIS MORBIDADE E MORTALIDADE,
PASSÍVEIS DE PREVENÇÃO, DO QUE TODAS AS
OUTRAS DROGAS COMBINADAS COM EXCEÇÃO DO
TABACO.
1. AFETA A ATIVIDADE DO SNC
2. NÃO É EMPREGADO DENTRO DE UM CONTEXTO TERA-
PÊUTICO
3. RISCO POTENCIAL DE USO INCORRETO E “ABUSO”
4. HABILIDADE DE REFORÇAR SUA PRÓPRIA INGESTÃO
5. ALCOOLISMO PRINCIPAL PROBLEMA
7.
8. Tipos de Alcoolismo
1. ALFA: o indivíduo bebe excessivamente, sem perda de controle ou capacida-
de de se abster.
2. BETA: bebe excessivamente, sem apresentar claras evidências de dependên-
cia física ou psíquica, mas que apresenta certas complica-ções, tais como neu-
rite, gastrite, cirrose.
3. GAMA: apresenta tolerância, dependência física e incapacidade de controlar a
bebida.
4. DELTA: tolerância, incapacidade de abstinência, síndrome da abstinência, mas
a quantidade consumida ainda pode ser controlada.
5. EPSILON: consumo intermitente.
9. Histórico:
Árabes desenvolveram a destilação por volta de
800 d.C. ;
Álcool, do árabe “algo sutil”;
Uísque, do gaélico “água da vida”;
Posteriormente o álcool tornou-se o principal
componente de “tônicos” e “elixires” amplamente
comercializados.
10. Epidemiologia:
54% acidentes de trânsito no país;
51% dos acidentes de trabalho;
20% dos pedidos de divórcio;
60% das ocorrências policiais;
3ª causa de aposentadoria por invalidez;
Há 12 milhões de brasileiros dependentes do
álcool.
11. Farmacocinética:
Absorção:
- POR SER LIPOSSOLÚVEL O ÁLCOOL É PRONTAMENTE
ABSORVIDO NO ESTÔMAGO E INTESTINO APÓS SUA
INGESTÃO POR VIA ORAL
- ABSORÇÀO É COMPLETA PELA MUCOSA DIGESTIVA
DURANTE A SUA ADMINISTRAÇÀO POR VIA ORAL;
NOTA: O ÁLCOOL NAO PODE SER ABSORVIDO PELO CORPO A
PARTIR DA INALAÇÃO DE SEUS VAPORES E NEM PODE SER
ABSORVIDO ATRAVÉS DA PELE
12. 1. A TAXA DE ABSORÇÀO DO ÁLCOOL É DOSE DEPENDENTE
2. A CONCENTRAÇÀO DE ÁLCOOL QUE PROPICIA MAIORES TAXAS DE
ABSORÇÃO É NACONCENTRAÇÃO DE 20% (EQUIVALE A UMA DOSE DE
WHISKY OU VODKA DILUIDO COM ÁGUA EM IGUAL PROPORÇÃO.
3. CONCENTRAÇÕES NA FAIXA DE 40%APRESENTA TAXAS DE ABSORÇÀO
MENORES PORQUE A ELEVADA CONCENTRAÇÀO DEPRIME A
ABERTURA DO ESFINCTER PILÓRICO DIMINUINDO O ESVAZIAMENTO
GÁSTRICO
4. O MESMO ACONTECENDO COM CONCENTRAÇÕES BAIXAS COMO AS
ENCONTRADAS NA CERVEJA . O ÁLCOOL DILUIDO EM GRANDES
VOLUMES DIMINUI O GRADIENTE DE DIFUSÃO
5. BEBIDAS DESTILADAS SÃO ABSORVIDAS MAIS DEPRESSA
QUE AS FERMENTADAS
13. 1. A INGESTA DE ÁLCOOL EM JEJUM AUMENTA A TAXA
DE ABSORÇÀO (AUMENTA SUA BIODISPONIBILIDADE)
A INGESTA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS
COM ALIMENTOS ( EM ESPECIAL
GORDUROSOS) DIMINUI A TAXA DE
ABSORÇÀO
MULHERES ABSORVEM O ÁLCOOL
MAIS DEPRESSA QUE OS HOMENS,
PROVOCANDO EFEITOS MAIS
RÁPIDOS E MAIS INTENSOS
14. Após a absorção o álcool é transportado pelo
sangue e distribui por todos os tecido inclusive
o SNC
15. 5 - 10 % SÃO ELIMINADOS INALTERADOS PELOS
PULMÕES E RINS
90 %SÃO METABOLIZADAS NO FÍGADO
Pela álcool desidrogenase e pela oxidase de função mista
16. A QUANTIDADE DE ÁLCOOL QUE
É ELIMINADO PELA RESPIRAÇÀO
DEPENDE DA CONCENTRAÇÀO
PLASMÁTICA . ISTO É CONHECIDO
COMO A LEI DE HENRY
17. Farmacocinética:
O álcool pode ser metabolizado a acetaldeído por
2 vias:
1) Via da desidrogenase alcóolica;
2) Via do sistema microssômico de oxidação do
etanol.
20. Farmacocinética:
Excreção:
- 5 a 10% são eliminados inalterados pelos
pulmões e rins;
- aproximadamente 2% são eliminados pelo suor;
- a maior parte é metabolizada por enzimas do
fígado.
21. Farmacodinâmica:
Ação do álcool no organismo:
- ação direta do álcool;
- produtos do seu metabolismo:
acetaldeído, NADH e acetato
Alcoolismo agudo;
Alcoolismo crônico;
Acetato.
22. Efeitos do álcool no organismo:
1) Hipoglicemia;
2) Acidose láctica (Redução do pH
sangüíneo)
4. Redução da excreção de ácido úrico
-O álcool pode interferir no tratamento da gota, uma vez
que diminui a excreção do ácido úrico devido ao aumento
de lactato (que compete pela secreção do ácido úrico)
23. EFEITOS CARDIOVASCULARES
1. CORAÇÃO:
- COM CONC. ACIMA DE 100mg/dl PROMOVE ALTERA-ÇÕES
QUE PODEM ESTAR ASSOCIADAS A DISTÚRBIOS DA
FUNÇÃO MIOCÁRDICA.
2. O FATOR CAUSAL PARECE SER O ACETALDEÍDO.
3. POR OUTRO LADO PODE DIMINUIR AS LESÕES SOFRIDAS
PELO MIOCÁRDIO DURANTE OS PERÍODOS DE ANÓXIA
MÚSCULO LISO
1. O ETANOL ATUA COMO VASODILATADOR POR AÇÃO
CENTRAL
2. PERIFÉRICAMENTE POR AÇÃO DO ACETALDEÍDO.
3. COMO COSEQUÊNCIA OBSERVA-SE UMA SENSAÇÃO DE
CALORNO FRIO AUMENTA AS PERDAS DE CALOR
24. SISTEMA GASTROINTESTINAL
1. O ETANOL AUMENTA AS SECREÇÕES SALIVAR E GÁS-
TRICA POR UM MECANISMO REFLEXO PRODUZIDO
PELO PALADAR E PELA AÇÃO IRRITANTE DO ETANOL
2. O CONSUMO INTENSO DE BEBIDAS COM ELEVADO
TEOR ALCOÓLICO (4Oo GL) PROVOCA LESÕES DA MU-
COSA GÁSTRICA (O QUE LEVA A GASTRITE CRÔNICA)
25. SISTEMA ENDÓCRINO
1. ESTIMULA AS SEREÇÃO DE ACTH O QUE PROVOCA UM AUMENTO DA
LIBERAÇÃO DE H. ESTERÓIDES.
2. O AUMENTO DOS NÍVEIS DE HIDROCORTISONA EM ALCOÓLATRAS ESTÁ
PARCIALMENTE LIGADO, A INIBIÇÃO DA METABOLIZAÇÃO HEPÁTICA.
3. O AUMENTO DA DIURESE OBSERVADO COM A INGESTA DE ETANOL
DEVE-SE A INIBIÇÃO DA SECREÇÃO DE H.A.D.
( TOLERÂNCIA PARA ESSE EFEITO SE DESENVOLVE RAPIDAMENTE).
4. O MESMO ACONTECE COM A SECREÇÃO DE OXITOCINA QUE PODE GE-
RAR UM RETARDO NA PARTURIÇÃO A TERMO MAS SEU EMPREGO PARA
EVITAR PPARTOS PREMATUROS REQUER QUANTIDADES ELEVADAS O
QUE PROVOCA EMBRIAGUEZ NA MÃE E SE O PARTO ACONTECER RISCOS
DE INTOXICAÇÃO FETAL.
5. EM ALCOÓLATRAS CRÔNICOS É COMUM OBSERVARMOS SINAIS DE
FEMINILIZAÇÃO COMO GINECOMASTIA, ATROFIA TESTICULAR
DECORRENTES DE UMA DISFUNÇÃO DA SÍNTESE TESTICULAR DE
TESTOSTERONA E PELA INDUÇÃO AUMENTO DA METABOLIZAÇÃO DE
TESTOSTERONA.
26. Efeitos do álcool no organismo:
Hepatopatias;
Pancreatite; Anemia;
Hepatite; Alterações no SNC;
Esofagite; Alterações no coração;
Pneumonia; Síndrome Alcóolica Fetal.
Doença muscular
esquelética;
27. Sinais e Sintomas da Intoxicação Alcóolica:
Efeitos positivos:
- desinibição;
- audácia;
- euforia;
- eloquência;
- autoconfiança;
- aumento da libido, mas
- alegria;
causa prejuízo da perfor-
- bem estar; mance sexual.
- perda da timidez e
insegurança;
28. Intoxicação Alcóolica:
Efeitos negativos:
- agressividade; - alterações da
- instabilidade sensibilidade e
emocional; reflexos;
- hiperexcitabilidade; - agressões;
- disartria; - consumo de grande
parte da renda
- ataxia; familiar;
- risco de acidentes; - adição.
29. Intoxicação Alcóolica:
Sinais e sintomas: - ressaca:
- desatenção; 1) mal estar;
- euforia; 2) cefaléia;
- desinibição; 3) tonteiras;
- hiperexcitabilidade; 4) tremores;
- hostilidade; 5) náuseas após a
- atos de violência; embriaguez.
31. Intoxicação Alcóolica:
Tratamento:
1) prevenção precoce; 4) Psicoterapia;
2) desintoxicação; 5) Terapia ocupacional;
3) tratamento clínico e 6) Educação física;
uso de medicamentos 7) Grupos operativos:
específicos: A.A.A.;
Dissulfiram,
Naltrexona, 8) Atendimento às
Acamprossato. familias;
9) Internação.
32. Intoxicação Alcóolica:
Internação:
- manter permeabilidade de vias aéreas e assegurar
ventilação;
- esvaziar estômago por êmese ou lavagem gástrica;
- cobrir o paciente com cobertores;
- para hipoglicemia: glicose EV a 50%, 20 a 50 ml;
- tiamina IM 50mg;
- café contém quinídeos (lactonas), antagonistas
opióides úteis na prevenção do alcoolismo.
33. Doenças Relacionadas ao Álcool
1. Miocardiopatia, arritmia; cardiopatia beribérica;
2. Leucopenia, anemia;
3. Gastrite, pancreatite,
4. Efeitos carcinogênicos ( Carcinoma de fígado, pâncreas,
esôfago e boca.
5. Hepatite, cirrose;
6. Distúrbio sexual masculino, risco fetal;
7. Maior suscetibilidade à infecções;
8. Hipocalcemia, hipomagnesiania;
34. Doenças Relacionadas ao Álcool
1. GERA DIVERSAS SÍNDROME NEUROLÓGICAS IRREVER-
SÍVEIS PROVAVELMENTE DEVIDAS AOS EFEITOS DO ÁL-
COOL; ACETALDEÍDO OU NUTRICIONAL.
2. AUMENTO DOS VENTRÍCULOS CEREBRAIS
3. DEGENERAÇÃO CEREBELAR
4. NEUROPATIA PERIFÉRICA E MIOPATIAS
5. ALGUM GRAU DE DEMÊNCIA
35. Tolerância x Dependência
Tolerância é caracterizada pela menor resposta à
mesma dose de álcool, pode ser aguda ou crônica;
Tolerância e dependência são dois eventos
distintos e indissociáveis.
A dependência ocorre quando o álcool se torna
incorporado ao funcionamento das células do
corpo e obedece a dois mecanismos: reforço
positivo e reforço negativo.
36. Diagnóstico de dependência:
Sinais de tolerância ao álcool;
Sinais da abstinência alcóolica;
Consumo alcóolico incontrolável;
Incapacidade de interromper o uso;
Prolongamento dos efeitos do álcool;
Persistência no vício apesar dos problemas
causados por esta.
37. Síndrome da Abstinência Alcóolica:
1. CONFUSÃO MENTAL (DESORIENTAÇÃO NO TEMPO E ESPAÇO)
2. ALTERAÇÕES PSÍQUICAS
3. ALUCINAÇÕES
4. O PACIENTE MOSTRA-SE ORIENTADO APRESENTA UM PENSAMENTO
COERENTE, ENTENDEMOS O QUE ELE FALA MAS SE PRESTARMOS
ATENÇÃO NO MEIO DA CONVERSA PODEM FAZER ALGUMAS ABSTRA-
ÇÕES
5. ALUCINAÇÕES AUDITIVAS É O QUE MAIS ENCOMODA – REFEREM QUE
UMA 3a PESSOA FICA FALANDO DELE – QUE É UM BEBADO, MALUCO,
ETC.
6. ISSO É DIFERENTE DA ESQUIZOFRENIA ONDE A 3a PESSOA DÁ ORDENS
PARA ELA – FAZ ISSO, FAZ AQUILO, ETC
7. ALUCINAÇÕES VISUAIS
8. ALUCINAÇÕES TÁCTEIS
9. DELÍRIOS PERSEPTÓRIOS – OCORREM MAIS À NOITE – SENTEM-SE
SOLITÁRIOS, SENTEM MEDO DE FICAR SOZINHOS.
10. ASSIM O ALCOÓLATRA BEBE ANTES DE QUE OS SINTOMAS APAREÇAM.
38. Síndrome da Abstinência Alcóolica:
Dificuldade para dormir;
Delirium tremens ansiedade, confusão mental, sonolência,
pesadelos, sudorese excessiva, depressão profunda, tremor de mãos
persistente e incoordenação grave;
Síndrome de Korsakoff (é um distúrbio degenerativo do cérebro
causado pela falta de tiamina (vitamina B1) no cérebro provoca
amnésia retrógrada e anterógrada
Encefalopatia de Wernicke é caracterizada por nistagmo, paralisia do
nervo abducente (VI nervo), além de ataxia cerebelar e alterações
mentais.
As alterações características da Síndrome de Wernicke-Korsakoff se
devem a lesões talâmicas, dos corpos mamilares, da substância
cinzenta periaquedutal mesencefálica, dos colículos superiores e
assoalho do IV ventrículo. As lesões mais graves consistem em
necrose completa de tecido.
na opinião de alguns autores a Síndrome de Wernicke-Korsakoff,
trata-se da mesma Síndrome de Korsakoff.
39. Síndrome Alcóolica Fetal:
Causa mais comum de retardo mental infantil de natureza
não-hereditária;
Principais sinais e sintomas encontrados:
- baixo peso ao nascimento;
- baixa estatura;
- microcefalia;
- lesões cardíacas e musculares;
- nível de inteligência baixo ou retardo mental
- alteração de coordenação.
40. Síndrome Alcóolica Fetal
A agenesia do corpo caloso não representa um
risco de vida, mas é capaz de causar grandes
debilidades ao indivíduo;
Primeiros sintomas: convulsões, dificuldade de
alimentação e atrasos no desenvolvimento
neuropsicomotor.
42. Interação com outras drogas:
Propriedades que promovem a interação:
1) alcoolismo crônico provoca indução enzimática;
2) intoxicação alcóolica aguda tende a inibir o metabolismo
das drogas;
3) disfunção hepática grave induzida por álcool pode inibir
a capacidade de metabolização das drogas;
4) reação do tipo Dissulfiram na presença de certas drogas;
5) depressão aditiva do SNC com outros depressores do
SNC.
43. O etanol estimula a secreção ácida, desnatura certos fár-
macos, retarda o esvaziamento gástrico e facilita a dis-
solução de substâncias lipossolúveis, causando, ocasio-
nalmente, a absorção de substâncias que, em outras cir-
cunstâncias, não seriam absorvidas.
Na presença de etanol no organismo o metabolismo de
muitas drogas como benzodiazepínicos, barbitúricos,
tetraciclinas, antidepressivos, hipoglicemiantes orais, etc.
estão com o seu metabolismo diminuído, podendo
exacerbar seus efeitos.
44. 1. Uma interação muito relevante é potencialização do
efeito depressor do SNC do álcool por ansiolíticos,
hipnóticos e sedativos.
2. A depressão resultante desta interação é bem maior
que a simples soma dos efeitos.
3. Consistindo, com freqüência, grave ameaça à vida.
4. Nessas circunstâncias, a morte pode advir por falência
cardiovascular, depressão respiratória ou grave
hipotermia.
45. Concentração média de barbitúrico no sangue
(mg/l)
Morte por Barbitúrico
3,67
apenas
Morte por Barbitúrico +
2,55
Etanol
Concentração média de barbitúrico no sangue
(mg/l)
Morte por Etanol apenas 6500
Morte por Barbitúrico +
1750
Etanol
46. Alguns fármacos como ácido etacrínico, fenilbutazona,
clorpromazina, hidrato de cloral, inibem a álcool
desidrogenase, promovendo o acúmulo de etanol no
organismo elevando a exacerbação de seus efeitos.
Algumas substâncias ,dissulfiram, Metronidazol, Griseo-
fulvina, Tolbutamida, Fentolamina, Cloranfenicol, Quina-
crina, Cefalosporinas, inibem a aldeído desidrogenase,
elevando a concentração sangüínea em 5-10 vezes de
acetaldeído e desencadeando a síndrome do acetaldeído ou
Antabuse. Essa síndrome caracteriza-se por intensa
vasodilatação, cefaléia, dificuldade respiratória, náusea,
vômito e taquicardia.
47. A vasodilatação produzida pela nitroglicerina é aumen-tada pelo
etanol, podendo levar a hipotensão.
O álcool diminui acentuadamente a capacidade motora e alerta
em pacientes usando anti-histamínicos, anticonvulsivantes,
anfetaminas e antidepressivos.
Devido ao efeito hipoglicemiante do álcool, ele pode aumentar o
risco de hipoglicemia grave em pacientes diabéticos, que fazem
uso de hipoglicemiantes.
48. Ácido acetilsalicílico pode causar hemorragia gastro-
intestinal devido a seu efeito aditivo de irritação gástrica
Medicamentos e produtos que tem efeitos hepatotóxicos como
Clorofórmio, Paracetamol, Isoniazida tem sua hepatotoxicidade
aumentada pelo efeito aditivo do álcool.
Consumo excessivo de etanol interfere com a absorção de
nutrientes essenciais, levando a deficiências minerais e
vitamínicas.
49. QUE FAZER SE ENCONTRAR UM AMIGO ALCOOLIZADO?
1. Leve-o para casa; não o deixe dirigir automóvel ou moto;
2. Se estiver inconsciente (desmaiado) leve-o para um pronto
socorro;
3. NA PRAIA: não o deixe nadar;
4. Passe um agasalho por seu corpo para mantê-lo aquecido; é
prejudicial dar banhos frios;
5. O uso de café forte não melhora a intoxicação. Não existem
remédios que previnem os efeitos do álcool;
6. Se estiver agitado procure ajuda e não use remédios calmantes;
7. Se desmaiar deite-o de lado para evitar que aspire (sufoque)
caso vomite; se estiver consciente, deixe-o sentado ou deitado
de lado
50. Medidas gerais de atendimento:
●
Decúbito lateral;
●
Sinais vitais: temperatura, PA, pulso, respiração;
●
Provocar vômito;
●
Se necessário: oxigenoterapia;
●
Esquentar paciente;
●
EV: glicose hipertônica 50% (se não for diabético)
52. TRATAMENTO
1. Desintoxicação propriamente dita.
2. Tratamento clínico das doenças provenientes dos efeitos
tóxicos do álcool.
- Psicoterapia.
- Terapia Ocupacional.
- Educação Física.
- Grupos operativos: A.A.A (Associação dos Alcoólicos
Anônimos).
- Atendimento às famílias
- Internação.
A recuperação torna-se eficaz quando, associada a detecção
precoce, há a estabilidade social e emocional do paciente.