Este documento fornece especificações técnicas para a construção de uma mediateca em Huambo, Angola. Detalha os
requisitos para lajes, coberturas, paredes exteriores e interiores, pavimentos interiores, tectos e guardas interiores. Inclui
especificações para materiais como tijolos, placas de gesso, painéis de resina fenólica e cerâmicos.
1. CADERNO DE ENCARGOS
Arquitectura
MTTI – Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação Republica de Angola
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2. ARQUITECTURA
CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS
1.1. LAJES DE PAVIMENTO
Antes da execução desta laje é necessário assegurar uma correcta drenagem de todas as águas existentes no terreno e
daquelas que eventualmente se possam vir a acumular, como garantia de uma perfeita impermeabilização do edifício. A
execução de pavimento térreo interior é iniciada com a colocação de uma primeira camada de cascalho bem compactada que
regularize e uniformize as cotas de pavimento. Se seguida deve ser colocada uma camada de pedra arrumada à mão com
0.20m de espessura com os vazios preenchidos a brita miúda bem apiloada, sobre a qual é colocada uma primeira camada de
betão de limpeza com espessura mínima que assegure a cobertura das arestas das pedras.
Imediatamente a seguir a esta deverá ser colocada impermeabilização com duas telas/folha cruzadas de polietileno 3mm com
as juntas de 20cm no mínimo. A execução desta operação requer que a colocação de filmes de impermeabilização seja feita em
mais algumas zonas, se, por observação visual se identificarem áreas mais sensíveis e ou passíveis de poderem vir a ser focos
de infiltrações, quer directa, quer por capilaridade. Em cima desta é lançada uma camada de betão com 0.20m de espessura,
armado com rede electrosoldada. Quanto ao isolamento é vital assegurar que o nível freático esteja abaixo da cota da camada
de cascalho.
É necessário assegurar na colocação do filme de impermeabilização, que este dobre pelo menos 20cm no interior das paredes,
assim como a colocação de um dreno em todo o perímetro exterior da construção, com a respectiva camada filtrante, reduzindo
substancialmente o risco de humidade nos pavimentos térreos e a humidade por capilaridade. A camada de betão, a aplicar
directamente sobre este filme, será hidrofugada adicionando um impermeabilizante líquido.
1.2.COBERTURA
1.2.1. PÁTIOS.
Sobre a laje de cobertura será aplicada uma betonilha de regularização (forma) pronta a receber duas telas asfálticas cruzadas
de acordo com as condições técnicas do fabricante. Sobre estas serão aplicadas placas de poliestireno extrudido com 6cm de
espessura do tipo "DOW, Roofmate" devidamente fixadas à camada inferior.
A superfície exterior será capeada com a aplicação de lajetas de betão pré fabricadas com as dimensões 0,60x0,40x0,05m.
1.2.2. COBERTURA PLANA
Sobre a laje de cobertura será aplicada uma betonilha de regularização de forma a criar as pendentes necessárias para o
escoamento de águas pluviais, esta ficará pronta a receber duas telas asfálticas cruzadas de acordo com as condições técnicas
do fabricante. Sobre estas serão aplicadas placas de poliestireno extrudido com 6cm de espessura do tipo "DOW, Roofmate"
devidamente fixadas à camada inferior, sobre estas placas de isolamento irá ser colocada uma camada de “geotextil” . O
acabamento será efectuado com a colocação de uma camada de aproximadamente 15 cm de “godo” (gravilha lavada com
granulometria entre 20 e 40 mm).
Referir que, está considerada uma platibanda que emoldura a parte superior do edifício e a execução de uma caleira de
drenagem de águas pluviais na zona inferior da cobertura, todas revestidas a chapa de zinco nº. 12, com pingadeira para o
interior. Todos os sistemas de fixação, remates dos rufos e impermeabilizações nas platibandas e nas caleiras deverão ser
convenientemente realizados segundo as normas de boa execução, garantindo uma perfeita estanquicidade à cobertura. Na
aplicação das telas de impermeabilização será obrigatória a dobragem das mesmas paras as paredes contíguas nas quais esta
é inserida num pequeno rasgo a realizar a uma altura aproximada de 30 cm, posteriormente fechado com argamassa.
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3. 1.3. PAREDES EXTERIORES
As paredes exteriores serão constituídas por paredes de alvenaria dupla em tijolo perfurado de barro do tipo 30*20*11cm, nos
dois panos, com argamassa de cimento e areia ao traço 1:3, incluindo caixa de ar com 8 cm preenchida com isolamento do tipo
"Wallmate CW" com 6 cm de espessura, fracamente ventilada, execução de caleira com argamassa hidrofugada drenada por
tubos PVC espaçados 3 a 4 metros e vergas de portas e janelas em betão armado, garantindo a inexistência de pontes térmicas
e acústicas.
Na face interior destas o seu acabamento será realizado a gesso projectado perfeitamente acabado segundo as regras da boa
construção, exceptuando nos casos onde o seu interior coincida com zonas húmidas, onde irá ser realizado salpico emboço e
reboco sarrafado e desempenado preparado para ser revestido a material cerâmico e/ou painéis do tipo “VIROC” assentes
sobre estrutura metálica.
No lado exterior, as paredes serão acabadas a reboco posteriormente areado a fino com acabamento a pintura flexível
acetinada para exterior, tal como consta das peças desenhadas e escritas/medições. Nas zonas onde o acabamento está
definido em painéis do tipo “VIROC” com 12 mm de espessura com acabamento a cinza bruto envernizado, também iremos
proceder na sua zona inferior ao seu acabamento a reboco pintado a tinta flexível de cor cinza escuro, sobre a qual colocar-se-á
estrutura metálica de suporte e fixação dos painéis “VIROC” . tecnicamente a solução será a mesma, nas zonas onde o material
de revestimento exterior for painéis de resina fenólica do tipo “ PRODEMA” com acabamento a madeira cor claro.
Será obrigatório o tratamento de todas as perfurações a realizar para a fixação dos perfis de sustentação dos painéis, com
produtos á base de sílicas com flexibilidade e durabilidade necessária para impedir a entrada de todo o tipo de infiltrações.
Nota: nas zonas de transição entre materiais será necessário armar o reboco de modo a minimizar a possibilidade de
aparecimento de fissurações
1.4. PAREDES INTERIORES
Na grande maioria, propõe-se que as paredes divisórias sejam executadas em painéis leves, compostos essencialmente por
uma estrutura de suporte interior à qual serão fixos os parâmetros exteriores. A estrutura interior é formada por uma modulação
de perfis metálicos em chapa fina de aço galvanizado enformada a frio e constituída por perfis colocados na vertical, fixos a
travessas horizontais presas ao pavimento e ao tecto.
Os paramentos a utilizar serão placas de gesso cartonado, tipo “PLADUR ”. Nos casos onde estas estiverem em contacto com
zonas ditas húmidas serão utilizadas placas de gesso cartonado hidrófugo, prontas a receber os diferentes materiais de
revestimento. As placas serão fixas aos perfis com parafusos próprios, formando a parede divisória. Pelo interior da estrutura e
apoiados nos perfis verticais, prevê-se a passagem de todas as tubagens de infra-estruturas necessárias ao correcto
funcionamento da mediateca. O preenchimento dos vazios com lã mineral é fundamental para assegurar um eficaz isolamento
acústico.
Nos casos em que as paredes interiores estão formadas pela própria estrutura de edifício prevemos a utilização de gesso
projectado da classe P 40 com 2cm de espessura média, devidamente acabado para receber os revestimentos propostos. Na
quase totalidade dos casos o remate parede pavimento será executado em chapa metálica em L tal como consta das peças
desenhadas.
Nas paredes que desenham a zona da recepção está proposta a aplicação de painéis de resina fenólica do tipo “PRODEMA”
com acabamento a madeira cor claro, assentes sobre estrutura metálica, este mesmo acabamento é usado para forrar as
paredes contíguas ao acesso para a zona do auditório e paredes envolventes á zona dos elevadores sendo também usado para
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4. construir as postas das zonas técnicas (corete) nos pisos “0” e “1” e nas zonas adjacentes ao acesso para a sala de
administração.
Uma das paredes da zona de internet é forrada painéis do tipo “VIROC” no seguimento do tratamento que já foi proposto para o
exterior.
No auditório o revestimento das paredes é composto por paineis de absorção sonora do tipo "Tecniwood Timber Acoustic"
folheados a madeira faia, incluindo isolamento de lã mineral, estrutura de suporte, na zona superior das paredes está previsto
usar o mesmo tipo de painéis mas com perfuração tal como consta das peças desenhadas.
Em todos estes casos será necessário ter em atenção a distribuição da estereotomia dos painéis por forma, a dar cumprimento
ao previsto nas peças desenhadas.
Nas Instalações Sanitárias, será aplicado revestimento cerâmico, do tipo "CINCA", 20x20cm, tal como consta das peças
desenhadas, a assentar sobre argamassa, incluindo betumação de juntas. Está também prevista a aplicação de “Pladur”
hidrófugo, com 13mm de espessura, incluindo isolamento térmico composto por lã de rocha com 3cm de espessura, que deverá
receber o material cerâmico pretendido.
Em algumas das paredes será executada decoração em vinil colado, impresso a cores, segundo imagens a produzir.
1.5. PAVIMENTOS INTERIORES
Imediatamente após a laje de pavimento, será colocado o isolamento acústico garantido pela aplicação de
Acustitherm, tipo “BOLTHERM” com 2cm de espessura, sobre esta será colocada um lâmina de betonilha de 4cm de espessura
média, com acabamento pronto a receber os diferentes tipos de materiais de acabamento, designadamente execução de
pintura de resina epoxy de acabamento para pavimentos, após preparação de argamassas auto-nivelantes com mistura de
sílicas apropriadas, do tipo “CIN, C-FLOOR” á cor RAL 7045. Este tipo de revestimento é resistente ao desgaste e proporciona
acabamentos lisos e de fácil limpeza e é proposto para a generalidade do pavimento do edifício, incluindo zonas húmidas. Este
material de acabamento será usado na quase totalidade do edifício.
Sobre esta mesma base colocar-se-á na zona do Auditório soalho colado, em régua de madeira de Pau de Cetim com
120x1200x16 mm com pré-colagem de lâmina de cortiça com 4 mm de espessura, incluindo afagamento, amassamento e
envernizado com verniz de alta resistência do tipo ' 'VERLAC-040-0040, ROBBIALAC' ', ou equivalente, para soalhos. Solução
diferente da opção tomada para o revestimento da caixa a executar na zona de palco onde será utilizado, soalho em régua de
madeira de Pau de Cetim com 120x1200x30 mm de espessura, incluindo estrutura de suporte, moldagem de degraus, espaços
vazios preenchidos com granulado de cortiça, na sua totalidade, afagamento, amassamento e envernizado com verniz de alta
resistência do tipo ' 'VERLAC-040-0040, ROBBIALAC' ', ou equivalente, para soalhos.
Na zona técnica será aplicado pavimento falso em resinas “fenólicas” de 24mm apoiado em niveladores (a distribuição e cálculo
dos apoios será efectuado após definição dos equipamentos a instalar), de forma a que seja facilitada o uso técnico do espaço
inferior. Esta mesma solução poderá ser utilizada na zona que antecede o data-center, desde que se verifique necessário.
1.6. TECTOS
Salvo raras excepções os tectos são executados em placas de gesso cartonado de 13mm, do tipo “PLADUR ”, suportadas por
perfis metálicos em chapa fina de aço galvanizado enformada a frio, incluindo isolamento, incluindo refechamento das juntas
com fita e massa de acabamento apropriada. A solução adoptada irá permitir que no espaço sobrante entre a laje e os tectos
falsos, possam ser conduzidas todas as infra-estruturas e instalações (cablagens, condutas de ar, etc,…) criando-se uma zona
de fácil acesso para manutenções e eventuais reparações, é de referir que pontualmente poderão existir algumas aberturas no
tecto (portas falsas) para aceder mais facilmente ás instalações técnicas.
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5. O tecto da zona de balcão da recepção irá ser acabado com placas de resina fenólica do tipo “PRODEMA” , com acabamento a
madeira à cor claro, no seguimento da estereotomia das paredes. Igual solução irá ser adoptada na zona exterior sob a zona de
auditório.
Os tectos das zonas húmidas, convém que rematem lateralmente na última fiada de azulejo
1.7. GUARDAS INTERIORES
Guarda metálica, metalizada e pintada à cor cinza escuro RAL 7046, em tubulares de secção rectangular, na envolvente e
cabos de aço de 7 mm com esticadores de aço inox aproximadamente de 3 em 3 metros, fixas ao pavimento sobre bolacha
circular.
1.8. VÃOS INTERIORES
As portas interiores, de batente, serão lisas do tipo Porta-Aro da "Vicaima modelo Essential-Colecção Plana/Lisa" com
acabamento do tipo Exsyclean à cor branco, incluindo orla, aros, guarnições, ferragens em aço inox e todos os acessórios para
um bom funcionamento de acordo com peças desenhadas.
Portas interiores para zonas de arrumos serão executadas em duas chapas de contraplacado marítimo folheado a madeira de
faia incluindo todo o tipo de ferragens e acessórios para melhorar o seu desempenho, de modo a que esta seja uniformizada
com as restantes. Nas restantes portas divisórias quer de batente quer pivotantes também serão executadas em chapa dupla
de contraplacado marítimo folheado a madeira de faia.
Nos casos onde se verificou uma maior necessidade de transparência entre espaços optamos por colocar portas pivotantes em
vidro temperado de 10 mm em alguns destes casos portas duplas, complementadas com os devidos acessórios e puxadores.
As portas de corta-fogo de 90 minutos do tipo "TREDI" série IDRA, incluindo revestimento igual ao da parede interior contigua à
porta, barras antipânico, ferragens e todos materiais e acessórios para um bom funcionamento.
Referir que nas instalações sanitárias, serão aplicadas portas e divisórias e base de lavatórios em painéis compactos de fibras
fenólicas, esp=13mm do tipo"KEMMLIT", SÉRIE NOXX, COR PALE GREY (7095), altura total 2.00m, incluindo pernas em aço
inox com 0,15 de altura e estrutura reforçada em aço inox, incluindo dobradiças com mola incorporada e fechos de nylon
reforçados a aço inox..
São consideradas em algumas áreas, tal como consta nas peças desenhadas, portas de batente duplas corta-fogo de 90
minutos do tipo "TREDI" série IDRA, incluindo revestimento igual ao das paredes contíguas, no caso das paredes contíguas
serem forradas a contraplacado marítimo, incluindo barras antipânico, ferragens e todos materiais e acessórios necessários
1.9. SOLEIRAS
Está prevista a colocação de soleiras em chapa de alumínio na continuidade da caixilharia, seguindo o modelo e referencia da
mesma, de forma a fazer um eficaz remate e impermeabilização. Noutros casos tal como consta da peças desenhadas, serão
executadas soleiras em chapa metálica l lisa de 5 mm metalizada e pintada a cor semelhante à caixilharia.
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6. 1.10. SOMBREAMENTOS
O sombreamento dos diferentes espaços será garantido pela aplicação de rolos de cortina “Black-out”, à cor cinza, incluindo
automatismo.
No auditório serão aplicadas cortinas e bambolinas à cor “bordeuax” com características ignífugas também com automatismo.
Nas zonas das fachadas cortina, em vidro serão utilizadas lâminas de sombreamento com 269 mm (Brise soleil) do tipo
“KAWNEER” dispostos na horizontal, tal como consta das peças desenhadas.
1.11. APARELHOS SANITÁRIOS
Propõe-se a execução de bancadas em painéis compactos de fibras fenólicas, esp=13mm do tipo"KEMMLIT", SÉRIE NOXX,
COR PALE GREY (7095), incluindo estrutura de suporte em aço inox.
Os lavatórios serão do tipo “SANINDUSA”, série Arc, ref. 108760, incluindo torneiras do tipo “SANINDUSA, temporizada série
ECO, ref. 5190341”.
Prevê-se a colocação de sanitas compactas do tipo “SANINDUSA”, série Newday, ref. 113032 e urinóis do tipo “SANINDUSA”,
série WCA, ref. 111500.
Relativamente à Instalação Sanitária acessível, será aplicada uma sanita do tipo “SANINDUSA”, série Wc care, ref. 119012 e
um lavatório do tipo “SANINDUSA”, série Wc care, ref. 119320, incluindo torneira do tipo “SANINDUSA”, série Easy, ref.
5368301.
Relativamente aos acessórios previstos contamos com:
- Secador de mãos automático tipo “SENDA”, satinado cod. 001274;
- Dispensadores de sabão, do tipo “SENDA”, satinado, cod 001005;
- Porta rolos, do tipo “SENDA”, satinado, cod 001045;
- Espelhos sem aro, do tipo “SENDA”, cod 000012;
- Barras de apoio rebatíveis, do tipo “SENDA”, satinado, cod 10005;
1.12. SINALÉTICA
Colocação de sinalética de identificação espacial e de referenciação funcional, executada em placas de acrílico sobre o qual
será colada imagem em vinil alusiva às necessidades, suspensos à parede por fixadores em aço inox.
Guarda, Agosto de 2010
O arquitecto,
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(João Cláudio Martins Madalena)
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7. ___________________________________________________________________________
CADERNO DE ENCARGOS
Estabilidade e Contenção Periférica
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BETÃO ARMADO E ESTRUTURAS METÁLICAS
CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS
1. ESCAVAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS ENTERRADAS.
1.1. OBJECTIVO
A escavação a efectuar refere-se a terreno de qualquer natureza inclusive ao desmonte de rochadura, de modo a permitir a
implantação de fundações, maciços e outras estruturas.
1.2. GENERALIDADES
O empreiteiro deverá certificar-se das dificuldades dos trabalhos, quer através dos desenhos do projecto, quer através do
reconhecimento local. A bombagem e esgoto de águas pluviais, de infiltração, de nascentes ou outra origem qualquer são
encargo do empreiteiro.
Previamente ao começo dos trabalhos, serão colocadas em número suficiente e em locais convenientes, marcas de
nivelamento bem definidas, verificadas pela Fiscalização, que servirão de apoio e controlo aos trabalhos de escavação e
aterro, bem como, à implantação dos trabalhos.
1.3. ESCAVAÇÕES
O modo de escavação é da livre escolha do
Empreiteiro, à excepção do uso de explosivos que só serão permitidos se a fiscalização para tal der autorização.
O equipamento e os meios humanos utilizados deverão permitir sempre o bom andamento dos trabalhos.
No caso da escavação em rocha não será permitido o desmonte de uma camada sem se ter desmontado e retirado
totalmente a camada superior.
Dever-se-á ter o cuidado de retirar dos paramentos verticais, à medida que a escavação avança, os elementos de rocha
soltos ou desagregáveis.
Em qualquer caso, a escavação não deve ser levada abaixo das cotas indicadas nos desenhos, salvo por indicação da
Fiscalização, face ao aparecimento de solos que não correspondam à tensão exigida em projecto para as fundações e que
devem por isso ser removidos.
Os materiais removidos abaixo das cotas do projecto, deverão ser substituídos por solos devidamente compactados, nas
condições indicadas para aterros, ou por betão ciclópico quando indicado em projecto, ou ainda, mesmo se não indicado,
quando a Fiscalização assim o entender.
Deverá atender-se à conveniência de reduzir ao mínimo possível, o tempo que medeia entre a abertura dos caboucos ou
valas e o seu enchimento, de modo a evitar o desmoronamento ou desagregação dos paramentos das trincheiras e/ou o
alargamento demorado destas.
O Empreiteiro executará todas as entivações e escoamentos necessários para satisfazer as condições de segurança do
pessoal, o bom andamento dos trabalhos ou para evitar a descompressão dos terrenos limítrofes.
Os fundos das escavações serão regularizados e nivelados.
O material escavado que pela sua natureza ou dimensões não possa ser aplicado em aterros, será transportado a
vazadouro.
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1.4. ATERROS
De igual modo, o equipamento e os meios humanos utilizados, deverão permitir sempre o bom andamento dos trabalhos.
Os materiais para o aterro devem estar isentos de detritos orgânicos ou lixos e devem provir de solos seleccionados.
Os solos a empregar nas camadas de aterro serão quando necessário, regados, devendo procurar-se sempre que possível
conferir aos solos a humidade necessária a uma boa compactação.
Sempre que se verificar que a humidade dos solos excede os valores óptimos a uma boa compactação, de acordo com a
Fiscalização, tomar-se-ão as providências necessárias à sua correcção.
O teor de humidade dos solos aplicados em aterro, poderá ser inferior ou igual ao teor óptimo determinado no ensaio
"PROCTOR MODIFICADO".
Os aterros serão cuidadosamente executados em camadas. A espessura da camada não deverá exceder os 0,20m.
Não se deverá proceder ao espalhamento de uma camada sem que a anterior se encontre com o grau de compactação
exigido.
O grau de compactação exigido em toda a espessura das camadas não deverá ser inferior a 95% da baridade seca
máxima, correspondente à obtida nos ensaios normalizados de compactação de solos "PROCTOR MODIFICADO"
(AASHO) compactação pesada, ou 80% de densidade relativa, no caso de areias, de acordo com as indicações fornecidas
pelos desenhos e pormenores do projecto.
1.5. TRANSPORTE A VAZADOURO
O transporte dos produtos resultantes da escavação a vazadouro será encargo do Empreiteiro.
Ter-se-á sempre em consideração que a acumulação dos produtos escavados no local não deverá prejudicar o bom
andamento dos trabalhos, e em caso algum, poderá pôr em risco a segurança do pessoal.
1.6. ENTIVAÇÕES E ESCORAMENTOS
O Empreiteiro executará todas as entivações e escoamentos necessários para satisfazer as condições de segurança do
pessoal, o bom andamento dos trabalhos ou para evitar a descompressão dos terrenos limítrofes.
A entivação e o escoramento das escavações e das construções existentes serão estabelecidas de modo a impedir
movimentos de terrenos e danos nas construções e por outro lado a evitar acidentes às pessoas que circulem na escavação
ou na sua vizinhança.
A desmontagem das peças de entivação e escoramento apenas poderá ser realizada quando a sua remoção não apresente
qualquer perigo.
No caso de ter de abandonar peças de entivação das escavações, o adjudicatário deverá submeter à aprovação da
fiscalização uma relação da situação, dimensões e quantidade de peças abandonadas.
1.7. PARTICULARIDADES
Quando a natureza dos solos escavados não permitir a sua utilização em aterros ou se só o permitir parcialmente, os
aterros serão efectuados em solos de empréstimo que obedeçam às qualidades exigidas no ponto 1.4.
No caso de serem utilizados explosivos, deverá haver todo o cuidado no seu armazenamento e utilização a fim
de obter maior segurança relativamente a pessoas e bens.
O Empreiteiro deverá munir-se de todas as autorizações e cumprir estritamente as disposições legais relativas
ao emprego de explosivos, bem como as instruções complementares que lhe forem dadas pelo Dono da Obra ou
pela Fiscalização.
Todo e qualquer dano causado pelo uso de explosivos será sempre encargo do Empreiteiro.
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2. BETÃO CICLÓPICO
2.1. OBJECTIVO
A presente especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais referentes a betão ciclópico.
2.2. NORMAS DE EXECUÇÃO
Os materiais de construção a adoptar e as regras de execução devem obedecer ao expresso nesta especificação e às
normas em vigor, nomeadamente: Especificação do LNEC E378-1996 - Guia para a utilização de ligantes hidráulicos e à
norma ENV 206 – Betão – Comportamento, produção, colocação em obra e critérios de conformidade.
2.3 MATERIAIS
Só será admitida a utilização de cimento que se encontre em condições de aplicação.
A água a utilizar deverá ser doce, limpa, isenta de substâncias orgânicas, ou outras impurezas.
A areia a empregar no fabrico de betão deverá ser natural e de grãos siliciosos.
A pedra de enchimento a utilizar não deverá exceder 25% do volume de betão a executar e será obtida da extracção de
depósitos naturais apresentando superfícies nem excessivamente polidas, nem revestidas, total ou parcialmente, por
películas de natureza orgânica ou material.
2.4. COLOCAÇÃO
A colocação do betão ciclópico deverá ser executada por camadas com a espessura da mesma ordem de grandeza das
pedras a incorporar.
Cada camada será executada colocando primeiramente o betão e, sobre este, distribuindo uniformemente, a pedra a
incorporar; seguir-se-á a compactação do conjunto, até que as pedras fiquem completamente embebidas no betão.
Os bicos de pedra a incorporar, devem estar perfeitamente limpos, humedecidos e terem dimensões compatíveis com o seu
manuseamento.
A altura das camadas de colocação do betão deve ser da mesma ordem das pedras a incorporar.
Os blocos de pedra deverão ser colocados á mão, segundo o eixo do seu maior comprimento, distribuídos uniformemente
por toda a superfície, devidamente afastados entre si e parcialmente embutidos, cerca de metade da sua maior dimensão. A
embebição deve ser obtida pela introdução do vibrador muito próximo da pedra, tendo o cuidado de a manter segura
durante a operação para que se não incline.
Dever-se-á evitar que a parte inferior da pedra seja constituída por face plana e sensivelmente horizontal, para
evitar formação de bolhas de ar nesta superfície em contacto com o betão.
2.5. PARTICULARIDADES
Serão utilizados 200kg de cimento para cada metro cúbico de betão a executar. A pedra corrente amassada em betoneira
juntamente com a areia, cimento e água não deverá exceder os 70mm e será percentualmente diminuída de cerca de 25%,
para compensação da pedra de enchimento de maiores dimensões a introduzir para execução do betão ciclópico, se
nenhuma outra granulometria especial se encontrar especificada.
Daquela diminuição em volume, resultará um enriquecimento natural da argamassa de cimento e areia para recobrimento
das superfícies das pedras de maiores dimensões.
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3. BETÃO DE LIMPEZA
3.1 OBJECTIVO
Dar indicações gerais referentes à execução deuma camada de betão sob fundações ou estruturas enterradas, para
saneamento do seu local de implantação.
3.2 MATERIAIS E EXECUÇÃO
Utilizar-se-á um betão com dosagem mínima de 150 kg de cimento por metro cúbico. A espessura da camada de betão será
de 5 cm se outra não estiver indicada nos desenhos de projecto.
O trabalho iniciar-se-á pela regularização e compactação do terreno, a que se seguirá a aplicação da camada de betão
depois de terem sido colocadas as marcas ou referências para cumprimento das cotas das fundações ou elementos a
moldar.
4. MOLDES PARA BETÃO
4.1. OBJECTIVO
Esta especificação destina-se a estabelecer as condições técnicas gerais a que deverão obedecer os moldes para betão.
4.2. GENERALIDADES
O tipo e a qualidade dos moldes a utilizar, será proposto pelo Empreiteiro e aprovado pela Fiscalização. De qualquer modo,
à partida, a qualidade dos materiais escolhidos para a confecção dos moldes deve ter em conta, o tipo de acabamento que
se deseja conferir ao betão e, as tolerâncias admitidas para a peça a moldar.
Os moldes devem ser executadas de modo a permitirem uma fácil montagem e desmontagem.
Tanto os moldes metálicos como os de madeira, devem antes do lançamento do betão, apresentar as superfícies limpas,
isentas de detritos, incluindo ferrugem, calda de cimento ou materiais desagregáveis.
Sempre que um molde for reaplicado de igual modo, as suas superfícies deverão ser inspeccionadas, reparadas se
necessário, e limpas antes da nova aplicação.
Devem incluir-se na cofragem todos os tacos para fixações, contramoldes para tubagens ou mesmo tubos para
atravessamentos, de modo a evitar posteriores operações de corte ou aberturas de roços.
Quando os moldes forem de madeira, com a finalidade de diminuir a capacidade de absorção de água do betão fresco e de
reduzir as juntas que houver, devem ser abundantemente regados de modo a incharem, sem todavia se deformarem, a
água ressumar ou esta restar empoçada.
A utilização de produtos auxiliares de desmoldagem, não deve provocar manchas nas superfícies de betão, não ser
formuladas à base de produtos gordurosos e não prejudicar a aplicação posterior de qualquer revestimento .
4.3. CARACTERÍSTICAS
Qualquer que seja o tipo de moldes a utilizar, deverão ter as seguintes características:
Conferir ao betão a forma definitiva e prevista para a peça ou conjunto de peças a betonar;
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Ser suficientemente rígida e pouco deformável, para poder resistir às solicitações (pesos, pressões, vibrações,
sobrecargas, cargas eventuais, choques, etc.), produzidas durante a betonagem, não se deformando senão dentro do
limite das tolerâncias admitidas. Para tal, recorrer-se-á aos escoramentos, contraventamentos e travamentos
necessários, que confiram aos moldes, a rigidez e indeformabilidade pretendida;
Ter uma permeabilidade e absorção suficientemente pequenas, para que a leitada de cimento e partículas finas do
betão, não se percam em quantidade que possa afectar as características deste depois de endurecido. Por este
motivo, não serão permitidos nós soltos - quando a cofragem for de madeira - orifícios ou juntas que permitam o
escoamento da leitada;
Permitirem ou terem dispositivos que permitam a fácil colocação do betão.
4.4. DESMOLDAGEM
A desmoldagem ou descimbramento só deverão ser realizados quando o betão tiver adquirido resistência suficiente. Não só
para que seja satisfeita a segurança em relação aos estados limites últimos; mas também, para que se não verifiquem
deformações e fendilhações inconvenientes, tanto a curto como a longo prazo.
As operações de desmoldagem ou o descimbramento, devem ser conduzidas com os necessários cuidados, de modo a não
provocar esforços inconvenientes, choques ou fortes vibrações.
Nos casos correntes, a menos de justificação especial, em condições normais de temperatura e humidade e para betões
com coeficientes de endurecimento correntes, os prazos mínimos para a retirada dos moldes e dos escoramentos, contados
a partir da data de conclusão da betonagem, serão os indicados no quadro seguinte:
Aos prazos de desmoldagem e descimbramento indicados no quadro, deverá adicionar-se o mínimo de dias em que a
temperatura do ar se tenha mantido igual ou inferior a 5ºC, durante e depois da betonagem.
Nos casos especiais ou em casos em que não se pretenda respeitar o acima dito, os prazos de desmoldagem e
descimbramento serão estabelecidos e justificados tendo em atenção o preceituado e atendendo à evolução das
propriedades mecânicas do betão, convenientemente determinadas por ensaios.
Não poderá no entanto, proceder-se à retirada dos de faces inferiores e dos escoramentos de lajes e vigas antes que o
betão atinja uma resistência á compressão superior ao dobro da tensão máxima resultante das acções a que a peça ficará
então sujeita, com o mínimo de 10 MPa.
PRAZOS MÍNIMOS DE DESMOLDAGEM E DESCIMBRAMENTO
PRAZO
MOLDES E ESCORAMENTOS TIPO DE ELEMENTO (dias)
Moldes de faces laterais Vigas, pilares e paredes 3*
Lages*** l 6m 7
Moldes de faces inferiores l > 6m 14
Vigas 14
Lages*** l 6m 14**
Escoramentos l > 6m 21**
Vigas 21**
* Este prazo pode ser reduzido para 12 h se forem tomadas precauções especiais para evitar
danificações das superfícies.
** Este prazo deve ser aumentado para 28 dias no caso de lajes e vigas que, na ocasião do
descimbramento, fiquem sujeitas a acções de valor próximo do que, satisfeita a segurança,
corresponde á sua capacidade resistente.
*** No caso das lajes em consola, tomar-se-á como vão l, o dobro do balanço teórico.
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13. ___________________________________________________________________________
4.5. PARTICULARIDADES
As cofragens para moldagem de elementos decorativos no betão a ficar à vista, com os desenhos e relevos indicados em
projecto, serão executadas com as reentrâncias, saliências, esquadrias ou concordâncias aí indicadas. Para tanto, recorrer-
se-á a fasquias, moldados de madeira ou de outros materiais que, fixados por dentro do taipal, confiram ao betão o efeito
desejado.
As cofragens para betão à vista ou para betão decorativo, serão executadas com grande cuidado, tendo em conta não só a
operação de desmontagem - por forma a obterem-se superfícies lisas, arestas vivas, cantos, esquadrias e concordâncias
perfeitas - mas também, tendo em conta a rigidez dos conjuntos, a qual, deverá ser pelo menos igual à indicada para os
moldes normais.
Deve ainda ter-se em atenção que a granulometria do betão e a vibração serão os mais adequados a obterem-se
superfícies com o acabamento pretendido, devendo este dispensar qualquer operação de reparação ou beneficiação.
5. AÇOS EM ARMADURAS
5.1 OBJECTIVO
Fornecer indicações técnicas gerais sobre a execução e colocação de armaduras ordinárias em elementos de betão.
5.2. GENERALIDADES
Os materiais a utilizar e as regras de execução devem obedecer ao expresso nesta especificação e ás normas e
regulamentos oficiais, nomeadamente ao Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré - Esforçado- Decreto nº349-
C/83 de 30 de Julho.
As classes de aço e diâmetros a utilizar serão os indicados nos desenhos de execução do projecto.
Durante o período de betonagem dever-se-á evitar a deslocação do posicionamento correcto e a deformação das
armaduras.
É por isso obrigatória a utilização de arames recozidos a fim de atar os varões entre si, de modo a conferir ás armaduras
não só a rigidez suficiente para que estas não venham a sofrer deformações acentuadas durante a betonagem, respectiva
vibração, compactação e operações complementares, como também, a manter o posicionamento e afastamento entre os
varões; e, a forma que o conjunto das armaduras deve apresentar.
Quando por si só, a ligação dos varões com arame de atar não se mostre suficiente à manutenção do posicionamento e
indeformabilidade necessária às armaduras, recorrer-se-á a ferros auxiliares e complementares que o consigam, mesmo
que não indicados nos desenhos do projecto.
Os calços, de espessura constante e contendo já o arame de atar, serão pré-fabricados com materiais que possam ser
incorporados na peça e não interfiram com a sua estabilidade.
Os varões devem estar convenientemente limpos de ferrugem solta, de qualquer material destacável, de matérias
orgânicas, óleos ou outros materiais que possam comprometer a sua aderência ao betão ou a durabilidade deste.
5.3. TIPOS CORRENTES DE AÇOS PARA ARMADURAS ORDINÁRIAS
As armaduras ordinárias do tipo corrente são formadas por varões redondos simples ou constituindo redes electrosoldadas
com as seguintes características:
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14. ___________________________________________________________________________
Configuração da Características de
Designação Processo de fabrico
superfície aderência
S 235 NL Laminado a quente Lisa Normal
S 235 NR Laminado a quente Rugosa Alta
S 400 NR Laminado a quente Rugosa Alta
S 400 ER Endurecido a frio Rugosa Alta
S 400 EL Endurecido a frio com torção Lisa Normal
S 500 NR Laminado a quente Rugosa Alta
S 500 ER Endurecido a frio Rugosa Alta
S 500 EL* Endurecido a frio Lisa Normal
(*) - Somente sob a forma de redes electrosoldadas.
5.4. DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS
5.4.1. A utilização conjunta de aços de tipos diferentes exige que na obra se tomem precauções que evitem erros
resultantes de incorrecta identificação dos aços.
5.4.2. Agrupamento de armaduras
No caso de armaduras ordinárias, os agrupamentos de varões que haja necessidade de utilizar não devem ser constituídos
por mais de 3 varões; admite-se porém que para armaduras verticais sempre comprimidas, este número possa aumentar
para 4. Além disso, os varões de um agrupamento devem ser dispostos de tal modo que numa direcção, não existam mais
de 2 varões em contacto, de acordo com o artº76 do R.E.B.A.P..
5.4.3. Distância mínima entre armaduras
A distância livre entre armaduras ou entre agrupamentos destes elementos deve ser suficiente para permitir realizar a
betonagem em boas condições, assegurando-lhes desta forma um bom envolvimento pelo betão e as necessárias
condições de aderência.
No caso de armaduras ordinárias, a distância livre entre varões não deve ser inferior ao maior diâmetro dos varões em
causa (ou ao diâmetro equivalente dos seus agrupamentos), com o mínimo de 2 cm.
5.4.4. Recobrimento mínimo das armaduras
O recobrimento das armaduras (ou dos agrupamentos destes elementos) deve permitir realizar a betonagem em boas
condições e assegurar não só a necessária protecção contra a corrosão mas também a eficiente transmissão das forças
entre as armaduras e o betão. Os recobrimentos mínimos a adoptar não laminares em que se utilize betão de classe inferior
a C25/30 e armaduras ordinárias devem ser em função das classes de exposição ambiental referidas no quadro 7 da
Especificação do LNEC E378-1996 - Guia para a utilização de ligantes hidráulicos.
5.4.5. Curvatura máxima das armaduras
No caso de armaduras ordinárias, as dobragens dos varões devem ser executadas com diâmetros não inferiores aos
indicados no seguinte quadro I.
5.4.6. Amarração de varões de armaduras ordinárias
Para casos correntes, os comprimentos de amarração são dados pelo quadro II consoante o tipo de aço utilizado.
5.4.7. Amarração de redes electrosoldadas
As extremidades dos varões longitudinais das redes electrosoldadas devem ser fixadas ao betão por amarrações rectas.
Estas amarrações, devem em geral ter um comprimento superior a 35 cm e incluir o número de varões transversais a seguir
indicado se outros valores não estiverem pormenorizados:
- Redes duplas com varões longitudinais de diâmetro igual ou inferior a 8,5 mm;
Varões de aderência normal: 3 varões transversais;
Varões de alta aderência: 2 varões transversais;
- Redes duplas com varões longitudinais de diâmetro superior a 8,5 mm;
Varões de aderência normal: 4 varões transversais
Varões de alta aderência: 3 varões transversais
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15. ___________________________________________________________________________
DIÂMETROS INTERIORES MÍNIMOS DE DOBRAGEM
ARMADURAS ORDINÁRIAS
Quadro I
Ganchos, cotovelos, laços, estribos e cintas
Tipo de aço conforme o diâmetro dos varões (mm) Armaduras
< 18 18 < < 32 32 < < 40 em geral
S 235NL 2.5 5 5 15
S235NR 4 7 10 15
S400NR
S400ER 5 8 12 20
S400EL
S500NR
S500ER 5 - - 20
S500EL
(*) - Os valores indicados podem ser reduzidos de 5 quando o recobrimento lateral da dobra for maior que 5 cm ou 3
AMARRAÇÃO DE VARÕES DE ARMADURAS ORDINÁRIAS
Quadro II
Classes do betão e condições de aderência
Tipo de aço Tipo de B20 B25 B30 B35
amarração A B A B A B A B
S235NL Com gancho 35 50 30 45 30 45 25 40
S235NR Recta 25 35 20 30 20 25 15 25
S400NR
S400ER Recta 40 60 35 50 30 45 30 40
S400EL Com gancho 60 85 55 80 50 75 45 65
S500NR
S500ER Recta 50 75 45 65 40 60 35 50
A - Condições de boa aderência de acordo com o Artº 80 do R.E.B.A.P.
B - Outras condições de aderência
5.4.8. Emenda de varões de armaduras ordinárias
As emendas dos varões das armaduras ordinárias - que podem ser realizadas por sobreposição, por soldadura ou por meio
de dispositivos mecânicos especiais - devem ser empregados o menos possível e, de preferência em zonas em que os
varões estejam sujeitos a tensões pouco elevadas.
As emendas de varões por sobreposição, devem ser realizadas de acordo com o estipulado no Artº 84º do R.E.B.A.P.,
devendo todavia salientar-se que os comprimentos mínimos de sobreposição, no caso de varões traccionados, não podem,
em caso algum, ser inferiores a 15 nem a 20 cm. No caso de varões comprimidos, as emendas por sobreposição devem ser
feitas apenas com troços rectos, e os comprimentos mínimos de sobreposição devem ser iguais ao valor definido no artº 81º
do R.E.B.A.P.
As emendas por sobreposição de agrupamentos de varões devem ser executadas varão a varão de tal modo que os
pontos médios das emendas dos diferentes varões fiquem separados entre si, pelo menos 1,3 vezes o comprimento de
sobreposição correspondente à emenda dos varões isolados.
As emendas por soldadura somente são de admitir em varões que possuam as necessárias de soldabilidade, em face do
processo de soldadura utilizado, e atendendo ao estipulado no parágrafo 84.6 do R.E.B.A.P.
5.4.9. Emenda de redes electrossoldadas
As emendas dos varões longitudinais das redes electrossoldadas devem ser realizadas por sobreposição de troços rectos e
satisfazer o estipulado no Artº 85 do R.E.B.A.P.
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16. ___________________________________________________________________________
Os comprimentos mínimos de sobreposição nas emendas, devem ser em geral superiores a 45 cm e incluir a número de
varões transversais a seguir indicado:
Varões de aderência normal: 5 varões transversais
Varões de alta aderência: 4 varões transversais.
5.5. TOLERÂNCIAS
5.5.1. Posicionamento das armaduras
O posicionamento das armaduras deve satisfazer ao que se encontra estabelecido nos artigos 149º e 151º do R.E.B.A.P.
5.6. PARTICULARIDADES
As armaduras de espera para empalmes com outras, deverão ser se dobradas, endireitadas cuidadosamente de modo a
não provocar fissuras nos varões. De igual modo serão limpas de argamassas e outras sujidades para que a sua aderência
normal ao betão em caso algum seja diminuída.
Os empalmes far-se-ão em zonas desencontradas de acordo com os regulamentos, de modo a não haver cotas ou zonas
sequenciais de empalmes.
6. BETÃO SIMPLES OU ARMADO
6.1. OBJECTIVO
A presente especificação estabelece as condições técnicas gerais a que devem satisfazer os materiais, o fabrico, o
transporte, a colocação e cura do betão de cimento a utilizar em obras de betão simples ou armado a que se não exigem
técnicas especiais.
6.2. NORMAS DE EXECUÇÃO
Os materiais a utilizar e as regras de execução, devem obedecer ao expresso nesta especificação e ás normas e
regulamentos oficiais em vigor, nomeadamente:
REGULAMENTO DE ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO E PRÉ-ESFORÇADO
(R.E.B.A.P.) - decreto-lei nº349 - C/83 de 30 de Julho;
NP ENV 206 "Betão: Comportamento, Produção, Colocação e critérios de conformidade"IPQ, Outubro de 1993;
REGULAMENTO DE BETÕES DE LIGANTES HIDRÁULICOS (R.B.L.H.) - decreto-lei nº 405/89 de 30 de Dezembro e
Despacho M.O.P.T.C. nº 6/90 - X de 25 de Janeiro;
ESPECIFICAÇÃO DO LNEC E378-1996 - Guia para a utilização de ligantes hidráulicos
Dever-se-á obedecer ao estipulado na NP ENV206 sempre que possível exceptuando alguns aspectos contidos no RBLH,
que estando omissos na referida norma devem ser aduzidos nos procedimentos internos não contrariando o disposto na NP
ENV206 e no seu Anexo Nacional.
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17. ___________________________________________________________________________
6.3. MATERIAIS
6.3.1. Cimento
Os ligantes a utilizar devem satisfazer as características estabelecidas na Especificação do LNEC E378-1996 - Guia para a
utilização de ligantes hidráulicos, de acordo com as exigências de durabilidade relacionadas com as classes de exposição
ambiental referidas no referido documento nos quadros 3, 4 e 5.
Salvo determinação expressa em projecto, o ligante a empregar deverá ser de presa normal.
Só será admitida a utilização de cimento que se encontre em boas condições de aplicação.
Não é autorizado o uso de ligantes com elevadas temperaturas resultantes de fabrico, com grânulos endurecidos que se
não possam desfazer com a pressão dos dedos; ou, qualquer outra característica que ponha em perigo o tipo, classe e
qualidade do betão pretendido.
6.3.2. Recepção e armazenamento
O cimento poderá ser recebido no estaleiro a granel, em sacos de linhagem ou de papel impermeabilizado.
Quando a recepção for feita a granel deverá ser armazenado em silos apropriados à sua conveniente conservação.
No caso da recepção ser feita em sacos, estes devem ser armazenados em lotes, correspondentes a cada fornecimento,
para permitir o seu emprego por ordem cronológica e para facilitar a sua identificação face a eventuais ensaios de recepção.
Os sacos serão conservados até à sua utilização em armazém, exclusivamente destinado a esse fim, devidamente fechado,
coberto e pavimentado com estrado ligeiramente sobre - elevado do chão, contendo todas as disposições necessárias para
evitar a acção da humidade.
6.3.3. Dosagens mínimas
A dosagem mínima de cimento a empregar na fabricação do betão, deve ser estabelecida por estudos prévios, tendo em
vista a resistência - classe do betão - e os requisitos de durabilidade relacionados com a exposição ambiental referidos no
quadro 3 da NP ENV 206. Para clarificar as classes de exposição ambiental estipuladas na referida norma poder-se-á
aplicar a especificação nacional E378, na qual se estabelecem valores mínimos da dosagem de C de ligante e máximos da
razão A/C nos quadros de:
Classes de exposição ambiental relacionadas com a deterioração do betão por corrosão das armaduras: acção dos
cloretos e carbonatação;
Classes de exposição ambiental relacionadas com a agressividade química;
Classes de exposição ambiental relacionadas com a acção de gelo- desgelo;
O betão deve ser composto obedecendo aos valores estipulados na referida documentação assim como relações
água/ligante, classes de resistência e recobrimentos em função das classes de exposição ambiental devem estar de acordo
com o estipulado nos quadros que se seguem:
QUADRO III
DOSAGENS DE LIGANTE, RELAÇÕES A/L, CLASSES DE RESISTÊNCIA E RECOBRIMENTO EM
FUNÇÃO DAS CLASSES DE EXPOSIÇÃO AMBIENTAL (CARBONATAÇÃO E CLORETOS)
Factores de corrosão das armaduras CARBONATAÇÃO ACÇÃO DOS CLORETOS
Classes ambientais EC 1 EC 2 EC 3 EC 4 Ecl 1 Ecl 2 Ecl 3
Mínima dosagem de ligante, C32 (Kg/m³) 260 280 300 320 340 320 360
Máxima razão a/ (-) 0.65 0.60 0.60 0.55 0.45 0.50 0.45
Classe de resist. mínima do betão (Mpa) C 20/25 C 20/25 C 25/30 C 28/35 C 32/40 C 28735 C 35/45
Recobrimento mínimo da armadura (mm) 20 25 40 40 45
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18. ___________________________________________________________________________
QUADRO IV
MÍNIMA DOSAGEM DE LIGANTE, MÁXIMA RAZÃO A/l E CLASSE DE RESISTÊNCIA MÍNIMA DE
BETÕES SUJEITOS A GELIFICAÇÃO E A ACÇÕES AMBIENTES QUIMICAMENTE AGRESSIVOS
Acções agressivas do betão Gelo/degelo Ambientes químicamente agressivos
Classes de exposição EG 1 EG 2 EQ 1 EQ 2 EQ 3
Mínima dosagem de ligante, C32
300 340 340 360 380
(Kg/m³)
Máxima razão a/l 0.50 0.45 0.45 0.45 0.40
Classe de resistência mínima do
C28/35 C32/40 C32/40 C35/45 C40/50
betão (MPa)
Os valores da dosagem de cimento para betões com inertes com dimensão máxima do inerte superior a 32 mm, C32, os
valores devem ser corrigidos em conformidade com a lei de Caquot,
2C32
CD (Kg/m3 de betão)
D 0, 2
em que D é a máxima dimensão do inerte, em milímetros;
Nos meios com sulfatos, o cimento Portland pode ser utilizado desde que a sua percentagem em aluminato tricálcico não
exceda 5% ou 8%, nas classes de exposição ambiental classificadas na NP ENV 206 como 5a e 5b, respectivamente.
6.3.4. Água
A água a empregar nas amassaduras ou na lavagem de inertes, deverá ser doce e limpa, isenta de substâncias orgânicas,
de cloretos, sulfatos e outros sais em percentagens prejudiciais, bem como óleos, ou outras impurezas.
As águas captadas na zona das obras poderão ser utilizadas, desde que, obedeçam aos documentos normativos sobre o
seu uso; e, após aprovação da Fiscalização.
Sempre que o entender, a Fiscalização poderá mandar proceder à análise da água, mesmo que, esta aparente estar em
condições para ser usada no fabrico de betões ou lavagem de inertes, garantindo os valores estipulados na documentação
normativa em vigor.
A recolha e acondicionamento das amostras, as análises e ensaios para averiguação da qualidade da água, são encargo do
Empreiteiro.
6.3.5. Quantidades máximas de impurezas na água de amassadura.
Quando houver necessidade de comprovar as características da água deve proceder-se à sua análise e os resultados terão
de satisfazer os limites indicados nos quadros V a VIII.
QUADRO V
Tipos de água Análise / ensaios
Sem coloração intensa Análise das características fisico-quimícas (Quadro X)
Águas não potáveis Análise das características fisico-quimícas;
Com coloração intensa
Ensaios comparativos (Quadro Y)
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19. ___________________________________________________________________________
QUADRO VI
TIPOS DE BETÃO
Tipos de águas
Betão simples Betão armado e pré-esforçado
Águas potáveis N N
Águas superficiais e subterrâneas S (análise prévia) S (análise prévia)
S (análises prévia e frequentes durante o S (análises prévia e frequentes durante o
Águas residuais industriais
fabrico) fabrico)
Águas do mar ou outras águas com
N S (análise do teor de cloretos)
concentrações apreciáveis em sais
Águas provenientes da lavagem de
equipamento nas instalações de
produção de betão e de betão
pronto: Não adequada Não adequada
-Com óleos ou adjuvantes
introdutores de ar
- sem óleos ou introdutores de ar
Águas residuais domésticas Não adequada Não adequada
S - Necessita de ser analisada
N- Não necesita de ser analisada
QUADRO VII
REGRA DE QUALIDADE
Exigência Betão armado e pré- Documento Normativo
Betão simples
esforçado
PH 4 4 NP 411
Resíduo dissolvido
35 10 E 380
(g/dm³)
Resíduo em suspensão
5 2 E380
(g/dm³)
Consumo químico de
500 500 NP 1414
oxigénio (mg/dm³)
Teor de sulfatos
2000 2000 NP 413
(mg/dm³)
Teor de ortofosfatos
100 100 E379
(mg/dm³)
Teor de nitratos
500 500 E382
(mg/dm³)
Teor de sulfuretos
100 100 NP 1417
(mg/dm³)
Teores de sódio e de potássio
1000 1000 E381
(mg/dm³)
Teor de cloretos
4500* 600* NP 423
(mg/dm³)
*- Para concentrações superiores deverá verificar-se que o teor total de cloretos no betão não excede os valores indicados no quadro VIII
QUADRO VIII
Betão pré-esforçado
Tipo de betão Betão simples Betão armado
Teor de cloretos em (%) 1.0 0.4 0.2
O valor médio da tensão de rotura por compressão ou por flexão aos vinte e oito dias do betão fabricado com a água em
causa, não deve ser inferior a 90% do correspondente valor do betão que serve de padrão.
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20. ___________________________________________________________________________
Além disso, o tempo correspondente ao princípio de presa da pasta normal, amassados com a água em estudo, não deve
ser superior a duas vezes o tempo correspondente ao princípio de presa da pasta normal em que se utiliza água
comprovada.
6.3.7. Areia
Considera-se areia, o inerte resultante da desagregação de rochas, natural ou provocada, composto por partículas de
dimensões compreendidas entre 0,06 e 5 mm de diâmetro.
A areia a empregar no fabrico de betão, deverá de preferência, ser natural, de grãos siliciosos e arredondados, sem conter
elementos alongados ou achatados.
Deverá ser isenta de quaisquer substâncias que prejudiquem a boa ligação com outros materiais, tais como: argilas
(especialmente as aderentes ao grão ou em nódulos), mica, carvão, conchas, detritos, partículas vegetais ou outras
matérias orgânicas, cloretos, sulfatos, ou outros sais em percentagens prejudiciais.
Areia contendo argila nas percentagens toleradas pela Regulamentação Oficial, desde que se encontre sob a forma de
partículas finas, muito disseminadas, poderá ser aceite.
De igual modo, se poderá autorizar a utilização de areias marinhas, quando estas satisfaçam o exigido nos documentos
normativos.
A areia proveniente de britagem ou moagem de pedra deverá ser devidamente despoeirada.
Quando nada for dito em contrário, a percentagem em peso de partículas e impurezas admitidas são as seguintes:
Partículas muito finas e matérias solúveis:
- Areia natural 3,0 %
- Areia britada 10,0 %
Partículas friáveis 1,0 %
Partículas moles 5,0 %
Quantidade de matéria orgânica Não prejudicial (NP-85)
A granulometria da areia a utilizar será devidamente estudada e justificada para cada tipo de betão e obedecerá aos
documentos normativos existentes.
A areia deverá ser separada ou ensilada por granulometrias, de forma a não se misturarem no decorrer dos trabalhos.
A Fiscalização pode impedir a entrada em estaleiro dos materiais que não estejam em condições; ou, promover a remoção
imediata do material rejeitado.
A Fiscalização poderá permitir a lavagem da areia, quando se verificar que da lavagem resulta a sua recuperação. No caso
da areia ter de ser lavada para eliminar impurezas, somente deverá ser usada água doce potável.
6.3.8. Pedra
A pedra para o fabrico de betão, poderá ser obtida por britagem ou pela simples extracção de depósitos naturais. Sempre
que possível, deverá ser dada preferência a pedra britada, de origem calcária. Britas provenientes de rochas ígneas,
poderão ser aceites, quando satisfaçam o exigido nos documentos normativos. Pedra proveniente de depósitos naturais,
deverá tanto quanto possível ser de natureza siliciosa e as superfícies não devem apresentar-se excessivamente polidas.
A pedra a utilizar deverá ser isenta de quaisquer substâncias que prejudiquem a boa ligação com os outros materiais, tais
como: argilas (especialmente as aderentes à pedra ou em nódulos), mica solta, carvão, sulfatos; ou outros sais em
percentagens prejudiciais.
Deverá ser rija, apresentar aspecto homogéneo, não ser margosa nem geladiça, porosa ou quebradiça, alongada ou
achatada.
Quando nada for dito em contrário, a pedra a utilizar deve obedecer aos requisitos dos quadros IX, X, XI, XII e XIII.
A pedra deverá ser separada ou ensilada por granulometrias de forma a não se misturar no decorrer dos trabalhos.
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21. ___________________________________________________________________________
A Fiscalização pode impedir a entrada em estaleiro dos materiais que não estejam em condições, ou, promover a remoção
imediata do material rejeitado.
A Fiscalização poderá permitir a lavagem da pedra, quando se verificar que da lavagem resulta a sua recuperação.
No caso da pedra ter de ser lavada para eliminar impurezas, somente deverá ser usada água doce potável.
QUADRO IX
VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS INERTES
RESISTÊNCIA MECÂNICA
Exigência Regra de qualidade Documento normativo Observações
Resistência à compressão(MPa) 50 NP 1040
Resistência ao
45 NP 1039
esmagamento (%)
Desgaste de
50 E 237 Não é significativo para inertes calcários
Los Angeles(%)
Este ensaio é exigido quando o betão vai
estar sujeito a ambientes em que a
SO4 Na: Perdas peso<10
Desagregação pelo sulfato de sódio e temperatura pode atingir com frequência
SO4 Mg: perdas peso<15 NP 1387
de magnésio (%) valores inferiores a 5º C ou quando se
Ao fim de 15 ciclos
pretendem obter betões com elevada
resistência à penetração de cloretos.
QUADRO X
VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS INERTES
EXIGÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS
Exigência Regra de qualidade Documento Observações
normativo
Absorção de água e De inertes grossos Absorção 5.0 NP 581 A regra de qualidade para esta exigência
massa volúmica (%) De areias Absorção 5.0 NP 984 não se aplica a inertes leves
Godo ... .0.12
Índice volumétrico E 223
Brita .. ..0.15
Reactividade potencial Negativo E 159
Proc. Absorciométrico
com os álcalis do Extensão.. ..1.0E-3 ao fim de seis NP 1381
Proc. de barra de argamassa
cimento meses negativo E 415
Este ensaio só é exigido quando os
Provete de argamassa Ausência de fendilhamento;
betões ficam em contacto com a água do
Extensão < 0.5E-3
Reactividade com os mar ou com águas ou solos que
sulfatos contenham sulfatos com teores iguais ou
Extensão < 1.0E-3
superiores aos da água do mar e quando
Provetes de rocha Ao fim de seis meses E 251
os inertes exibem feldspatos.
O teor de cloretos dos inertes deve ser
somado ao teor de cloretos dos outros
Ver quadro XII, conforme
Teor de cloretos (%) constituintes do betão de forma a que o
observações
teor da massa d e betão sejam inferiores
E 253 aos valores do quadro seguinte.
O teor de sulfuretos deve ser somado aos
ao teor de sulfuretos dos outros
constituintes do betão, com excepção do
Ver quadro XIII, conforme
Teor de sulfuretos NP 2107 cimento, e o valor final não deve exceder
observações
as percentagens, referidas à massa do
cimento ou à massa do cimento e das
adições, indicadas no quadro
Ver quadro XIII conforme
Teor de ssulfatos NP 2106 O mesmo que para o teor de sulfuretos
observações
Ver quadro XIII conforme O mesmo que para o teor de sulfatos e de
Teor de álcalis NP 1382
observações sulfuretos
Satisfazer o comportamento Ver também a Especificação LNEC E 355
Análise graulométrica especificado e as exigências NP 1379 para a classificação dos inertes em
normativas classes granulométricas
Usar para definir e controlar a composição
Baridade NP 955
do betãao
NP 956 È usado quando necessário para corrigir
Teor de água total
NP957 a água de amassadura.
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QUADRO XI
VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DE INERTES
QUANTIDADE DE PARTÍCULAS OU MATÉRIAS PREJUDICIAIS
Exigência Regra de qualidade Documento normativo Observações
Quantidade de matéria orgânica Não prejudicial NP 85
Areia natural 3.0
Quantidade de partículas muito Areia britada 10.0
NP 86
finas e matéria solúvel (%) Godo 2.0
Brita 3.0
Partículas de argila (%) .... ..2.0 % da massa do ligante E 196
Quantidade de partículas Areia 1.0
E 1380
friáveis (%) Godo ou brita 0.25
Quantidade de partículas moles
Godo ou brita 5.0 NP 222
(%)
Os valores exigidos para esta exigência não se
aplicam aos inertes leves.
-Este ensaio só se exige quando o betão vai estar
Quantidade de partículas leves Areias 0.5
NP 953 sujeito a ambientes em que a temperatura pode
(%) Godos ou britas 1.0 atingir com frequência, valores inferiores a 5º C ou
quando se pretendam obter betões com elevada
resistência à penetração de cloretos
QUADRO XII
VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS INERTES
TEOR TOTAL MÁXIMO DE CLORETOS NO BETÃO
Tipo de betão Betão simples Betão armado
Teor de cloretos (%) 1.0 0.4
QUADRO XIII
VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS INERTES
TEORES DE SULFURETOS, SULFATOS E ÁLCALIS
Cimento Sulfuretos Sulfatos Álcalis
(expressos em SO3) (expressos em SO3) Expressos em Na2O)
Tipo I 0.2 0.5 0.6
Tipo II 0.0 0.5 -
Tipo III 0.0 1.0 -
Tipo IV 0.2 2.0 0
6.3.9. Máxima dimensão do inerte (D)
A granulometria dos inertes deve ser estabelecida de modo a conferir ao betão as propriedades que a sua utilização impõe,
doseando -se os inertes finos e os inertes grossos de forma a obter a maior compacidade.
Assim, a granulometria de pedra a utilizar será estudada e justificada para cada tipo de betão, e, obedecerá aos
documentos normativos existentes.
A máxima dimensão do inerte a adoptar deverá ser fixada em cada caso, uma vez que está relacionada com vários
parâmetros como a geometria da peça, afastamento dos varões, dosagens dos ligantes, etc.
A título de orientação, recomenda-se para peças de betão armado correntes, a utilização de inertes, cuja máxima dimensão
não exceda 38 mm; valor que, evidentemente, terá de ser reduzido em casos de grande densidade de armaduras.
É aconselhável que a máxima dimensão do inerte respeite as condições a seguir indicadas:
D ¼ da menos dimensão do elemento estrututral
D distância livre entre armaduras menos 5 mm
D 1/3 da espessura de recobrimento das armaduras
Estes condicionamentos referem-se obviamente apenas às zonas das peças onde existam armaduras.
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6.3.10. Armazenamento dos inertes
Os inertes das diversas categorias devem ser armazenados separadamente, por lotes, tomando-se os cuidados necessários
para que não haja mistura dos inertes entre si ou com substâncias estranhas.
Cada lote não deverá conter mais de 10% em peso, de partículas fora das dimensões limites, nem mais de 19%, também
em peso, de elementos lamelares.
A humidade dos inertes, na ocasião do fabrico do fabrico do betão deve ser tão uniforme quanto possível.
Esta humidade, medida pelo teor de água total, deve ser devidamente tida em conta no estabelecimento da quantidade de
água a utilizar na amassadura em face da dosagem fixada na composição do betão.
6.4. CARACTERÍSTICAS DOS BETÕES
6.4.1. Composição do betão
As composições do betão devem ser expressas através dos seguintes elementos:
Tipo, classe e qualidade
Natureza e dosagem do ligante
Identificação, características, granulometria, máxima dimensão dos inertes e quantidades a empregar por cada categoria
do inerte
Razão água-ligante, referida aos inertes secos
Natureza e dosagem dos aditivos quando utilizados.
Qualquer que seja a composição do betão a utilizar, carece de aprovação da Fiscalização, que poderá exigir a
apresentação dos estudos que conduziram às dosagens propostas para cada um dos componentes.
A utilização do "betão pronto", não dispensa o Empreiteiro de submeter a respectiva composição à apreciação da
Fiscalização sempre que esta o solicitar.
6.4.2. Adjuvantes
A quantidade de adjuvantes, quando haja necessidade de serem utilizados na composição do betão, deve respeitar-se as
seguintes condições:
2g/kg de cimento = 0,2% da massa do cimento
50g/kg de cimento = 5% da massa do cimento
Só são permitidas quantidades menores de adjuvantes se estes forem dispersos em parte da água de amassadura.
A quantidade de adjuvantes liquidos deve ser considerada no cálculo da razão água – cimento sempre que
exceda 3 litros/m3 do betão.
6.4.3. Controlo de qualidade do betão
O Empreiteiro é obrigado a submeter a aprovação, um plano de colheita de amostras, para controle de qualidade do betão
aplicado.
Quando não forem efectuadas directamente pela Fiscalização, as colheitas de amostras e confecção de provetes para
ensaio, só serão reconhecidas válidas, se efectuadas na sua presença. Para o efeito, a Fiscalização deve ser avisada com
a devida antecipação.
Quando se utilizar "betão pronto", competirá à Fiscalização, decidir da dispensa dos ensaios de controle ou em parte, desde
que lhe seja feita prova que o fabrico é controlado oficialmente.
Os resultados dos ensaios serão devidamente anotados em boletins de registo, os quais, serão prontamente fornecidos à
Fiscalização.
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Sempre que possível o controlo da qualidade deverá ser efectuado de acordo com o estipulado na NP ENV 206 através dos
quadros 16 e 17.
6.4.4. Equipamentos e ensaios
Sempre que nada em contrário seja expresso, o Empreiteiro é obrigado a dispôr no estaleiro, de moldes em número
suficiente para confecção de provetes de ensaio à compressão.
6.5. FABRICO DO BETÃO
6.5.1. Medição dos componentes
Medição do ligante deve ser sempre efectuada por pesagem ou por número de secos de embalagem de origem.
De igual modo, a medição dos inertes deve ser feita em peso, podendo em casos a aprovar pela Fiscalização, ser feita em
volume.
A apreciação da medição dos componentes a utilizar em cada amassadura, deve ter em conta, a qualidade do betão que se
pretende.
6.5.2. Amassadura
O empreiteiro é obrigado a equipar-se com os meios necessários à satisfação das quantidades de betão a colocar.
Todos os betões, qualquer que seja o seu tipo ou a sua aplicação, serão fabricados mecanicamente. Deve utilizar-se
equipamento que promova a mistura homogénea dos componentes e que não dê lugar a segregação, assentamento ou
fractura dos inertes.
O volume de cada amassadura não deve ser superior à capacidade nominal da betoneira indicada pelo fabricante.
Quando são dispersos adjuvantes em pequenas quantidades, deverão ser dispersos numa parte da água de amassadura.
Caso haja adição de adjuvantes altamente redutores de água, convém amassar uniformemente o betão antes que o
adjuvante em causa seja adicionado, devido à curta duração dos seus efeitos. Após esta adição o betão deve ser
reamassado até que o adjuvante esteja completamente disperso na massa e se tenha tornado totalmente efectivo.
O tempo de cada amassadura - contado a partir da junção do último componente não deve ser inferior a:
- Betoneiras do tipo corrente: 30 rotações do tambor
- Betoneiras de pás móveis: 10 rotações do tambor
não podendo, em qualquer caso, ser inferior a 60s, nem ao tempo t, dado pela expressão.
V 750
t 60 10
250
em que:
t = é expresso em segundos
V = volume da amassadura expresso em litros
O valor numérico da fracção que figura na expressão, deve ser aproximado às unidades por excesso.
Não são admissíveis paragens da betoneira depois de iniciado o seu carregamento e antes de completamente esvaziada.
A saída das amassaduras das betoneiras, deve ser feita com esta em rotação, e, de modo a não provocar a desagregação
total ou parcial dos materiais.
De igual modo, não é permitida a descarga da betoneira por fracções.
Dever-se-á dar atenção, ao fabrico e colocação do betão em condições de temperatura desfavoráveis e cumprir-se
rigorosamente as disposições normativas para estes casos.
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25. ___________________________________________________________________________
6.6. BETONAGEM
6.6.1. Plano de betonagem
Antes do início das betonagens, o Empreiteiro deverá apresentar à Fiscalização o plano das betonagens a executar onde se
indique claramente a localização das juntas de trabalho.
Quando seja de recear efeitos de retracção, a Fiscalização poderá mandar deixar em aberto as juntas de betonagem, com
largura suficiente para que possam ser betonadas posteriormente.
6.6.2. Transporte
Os processos a utilizar para o transporte ou o transbordo do betão, desde que a descarga da betoneira até ao local de
aplicação, deverão ser submetidos à aprovação da Fiscalização.
O intervalo de tempo entre a amassadura e a colocação do betão, deve ser o menor possível.
Não será permitido qualquer processo de transporte ou transbordo que possa causar segregação, assentamento ou fractura
dos inertes, excessiva secura, exagerada exposição à chuva e ao sol ou quaisquer outros inconvenientes que prejudiquem
a sua qualidade.
A duração máxima de transporte dependerá da composição do betão e das condições atmosféricas.
6.6.3. Depósito
Sempre que o betão tenha de aguardar um certo tempo antes de ser colocado em obra, deve ser depositado em local limpo,
não absorvente, protegido das intempéries, de modo que se mantenham as suas características de composição e
uniformidade.
Durante o período de depósito e quando da colocação em obra, não é permitida a junção ao betão de qualquer
componente, em especial água. O betão apenas poderá ser remexido, reamassado, colocado e compactado.
O tempo de permanência em depósito, deve ser o mínimo possível. Em qualquer caso, este tempo será sempre limitado
pela possibilidade de boa colocação posterior, tendo em atenção os meios de compactação, a temperatura ambiente e o
eventual uso de retardadores de presa. Nos casos correntes e salvo justificação especial, o intervalo de tempo referido não
deve ser superior a hora e meia.
6.6.4. Colocação
Os meios a utilizar para o betão "in situ", deverão estar em correspondência com as restantes instalações, com os volumes
exigidos, o tipo, classe e qualidade do betão, bem como, o local da sua aplicação.
Só se deverá colocar o betão no espaço que o irá conter, depois de se verificar que este está em boas condições de o
receber.
A colocação deve ser efectuada de modo a evitar a segregação e desagregação do betão, e, em condições de temperatura
e humidade, que permitam que a presa e o endurecimento do betão se realizem normalmente.
O enchimento deve processar-se tanto quanto possível de modo contínuo. No caso de interrupção, a escolha da localização
desta; e, a preparação da superfície do betão para o recomeço da colocação, devem ser objecto de cuidados especiais.
O enchimento deve fazer-se por camadas de espessura proporcionada aos meios de compactação. Em caso algum a
espessura das camadas deve exceder os 50 cm.
O espalhamento do betão para formar estas camadas, poderá ser efectuado por meios manuais ou mecânicos, mas nunca
por vibração.
Todas as operações de transporte, depósito e colocação propriamente ditas, deverão realizar-se antes de se iniciar a presa
do betão.
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