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ANO LETIVO 2012/2013

                                            8º Ano

                                           História



                                  Relatório Final

  Desafio: “O que comemos?” – Alimentação e sustentabilidade
Introdução

Este período o desafio que desenvolvemos foi “O que comemos?”. No âmbito deste
desafio, realizámos uma saída de campo aos restaurantes e lojas de Matosinhos. Uma
das ementas que vi foi:

“ – Caldeirada de peixe

- Fanecas fritas

- Costelinha de porco no forno”

A caldeirada de peixe é um prato típico de Portugal. As fanecas são peixes originários
das Ilhas Britânicas e do Mediterrâneo, também são comuns em Portugal. A carne de
porco é obtida a partir de todo o mundo.

Mas afinal, “Qual a origem dos alimentos que comemos? E porque viajam os
alimentos?”.

Desenvolvimento

Durante as aulas, abordamos várias vezes o desafio e relacionamos a matéria dada
com o desafio. O António realizou uma apresentação sobre a cozinha medieval, em
que a partir da qual, pude concluir que:

- O pão era o alimento básico, fabricado por cereais como mingau (mistura de cereais e
leite) e massa. Consumia-se muito pão (aproximadamente 1kg ou 1,50 kg por pessoa
por dia).

- Os cereais que se ingeriam mais frequentemente eram o centeio, o trigo, a cevada, o
milhete e a aveia. O arroz era a importação mais cara. O trigo era comum em toda a
Europa e muito caro.

- Havia muita variedade de frutas. Os vegetais mais consumidos diariamente por
camponeses eram o repolho, a beterraba, a cebola, o alho e a cenoura.
Havia muita variedade de cenouras – podia ser vermelha escura ou verde-amarelada.
Os legumes mais vendidos eram o grão de bico, as ervilhas e o feijão, por serem uma
grande fonte de proteínas.

- A carne de bovino não era tão comum, pois era muito trabalhosa. Os bois e as vacas
tinham maior valor para tração e leite. Quando estes animais já não tinham
rendimento eram abatidos.

A carne mais comum era a carne de porco, já que este requeria menos atenção e
alimento e era mais barato.

O leitão era muito procurado.

O carneiro, cordeiro e a vitela (aproveitamento de lã) eram muito comuns.

- Os frutos de mar e o peixe eram o alimento com menos prestígio, era visto como
mera alternativa à carne. Era o principal alimento das populações costeiras.

“Peixe” era um nome geral para tudo o que era animal marítimo, até mesmo os gansos
e os castores (pois estavam na água)

- Preferiam bebidas alcoólicas. A bebida mais comum do povo europeu do norte era a
cerveja (feita com cereais)

- As ervas e as especiarias mais luxuosas e mais comuns na Idade Média eram a
pimenta preta, a canela, a cássia, o cominho, a noz-moscada, o gengibre e o cravo
(eram fabricados na Ásia e na África). A especiaria mais comum era a pimenta e a mais
restrita era o açafrão.

- Alguns dos doces e sobremesas que se comiam na Idade Média eram as amêndoas
açucaradas embebidas em vinho aquecido e mel e açúcar acompanhadas por queijo
velho, frutas frescas cobertas por açúcar, mel ou melado de pastas condensadas e uma
grande variedade de bolinhos fritos, crepes com açúcar, leite de amêndoa e ovos.

Os Descobrimentos influenciaram muito a nossa alimentação. Começou a haver uma
maior variedade dos produtos, maior qualidade e maior quantidade. As motivações
que levaram os Portugueses a aventurarem-se nos Descobrimentos eram:

- A burguesia ambicionava o acesso ao ouro africano, às especiarias, ao açúcar e às
plantas tintureiras;

- A nobreza ambicionava fazer a guerra, alargar os seus domínios e obter novos cargos;

- O clero desejava expandir a fé cristã;

- A nova dinastia de Avis estava desejosa de obter prestígio e reconhecimento a nível
europeu;
- O povo via na expansão uma forma de melhorar as suas condições de vida.

As condições geográficas da prioridade portuguesa eram que Portugal estava situado
no extremo ocidental da Europa, possuía uma longa fachada marítima e tinha bons
portos naturais.

As condições políticas da prioridade portuguesa eram que Portugal era um dos poucos
países da Europa que gozava a paz, que tinha fronteiras estabilizadas e que tinha sido
um ponto de encontro de várias culturas, incluindo a judaica e a muçilmana

As condições científicas da prioridade eram que devido ao comércio e à atividade da
pesca Portugal possuía marinheiros experientes e aventureiros.

Nas aulas preenchemos os mapas sobre as descobertas, as rotas, a rivalidade luso-
castelhana e a origem dos produtos.




Este mapa representa as terras descobertas e conquistadas pelo Infante D.
Henrique, D.Afonso V e D.João II na época dos Descobrimentos.
Este mapa representa o tratado de Alcáçovas. Este tratado dividia o mundo ao meio
através de uma linha imaginária paralela ao Equador. A metade de cima era de
Espanha e a metade de baixo, de Portugal, com as exceções das Canárias (Espanha) e
da Madeira e dos Açores (Portugal).

Cristóvão Colombo, ao serviço de Castela, descobriu as Antilhas, que segundo o
tratado de Alcáçovas pertenciam a Portugal e gerou-se uma guerra entre Portugal e
Castela, pois ambos reclamavam para si o direito de poder nas ilhas.

Devido aos problemas estabelecidos pela viagem de Cristóvão Colombo , foi
estabelecido pelo Papa o tratado de Tordesilhas que dividia o mundo em duas partes
iguais através de um meridiano, que inicialmente se situava a 100 léguas das ilhas de
Cabo Verde, mas D. João II pediu mais 200 léguas, ficando 300 léguas das ilhas de Cabo
Verde.




Esta imagem representa a origem dos produtos.
Este mapa representa as rotas comerciais e a viagem dos alimentos.

Conclusão

Então, porque viajam os alimentos?

Os alimentos viajam porque os europeus tinham necessidades de obter as mercadorias
orientais a custos mais baixos, porque era necessário suprimir as necessidades
alimentares dos europeus (trigo, carne, etc) e a burguesia europeia queria aumentar
os seus lucros, através do comércio intercontinental (compram o produto a baixo
custo, mesmo descontando os custos do transporte, obtinham lucros elevados) –
capitalismo comercial.

E que consequências tiveram essas viagens para a humanidade?

Essas viagens aumentaram a quantidade, qualidade e variedade das dietas alimentares
dos povos, alteraram a agricultura das regiões e consequentemente as paisagens
naturais, globalizaram o mundo – uniformizando os hábitos alimentares dos povos -
viagem pelos ingredientes e menus dos restaurantes de Matosinhos e essas viagens
influenciaram também o modo de vida de toda a humanidade e qualquer crise num
dos pontos do mundo, reflete-se no dia-a-dia de todas as pessoas.

Hoje em dia, a população ingere muito fast-food e refrigerantes, o que pode levar à
obesidade e a outras doenças graves.

Hoje em dia, graças ao Descobrimentos, podemos ter uma alimentação mais saudável,
dependendo do modo de vida de cada pessoa.
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  • 1. ANO LETIVO 2012/2013 8º Ano História Relatório Final Desafio: “O que comemos?” – Alimentação e sustentabilidade Introdução Este período o desafio que desenvolvemos foi “O que comemos?”. No âmbito deste desafio, realizámos uma saída de campo aos restaurantes e lojas de Matosinhos. Uma das ementas que vi foi: “ – Caldeirada de peixe - Fanecas fritas - Costelinha de porco no forno” A caldeirada de peixe é um prato típico de Portugal. As fanecas são peixes originários das Ilhas Britânicas e do Mediterrâneo, também são comuns em Portugal. A carne de porco é obtida a partir de todo o mundo. Mas afinal, “Qual a origem dos alimentos que comemos? E porque viajam os alimentos?”. Desenvolvimento Durante as aulas, abordamos várias vezes o desafio e relacionamos a matéria dada com o desafio. O António realizou uma apresentação sobre a cozinha medieval, em que a partir da qual, pude concluir que: - O pão era o alimento básico, fabricado por cereais como mingau (mistura de cereais e leite) e massa. Consumia-se muito pão (aproximadamente 1kg ou 1,50 kg por pessoa por dia). - Os cereais que se ingeriam mais frequentemente eram o centeio, o trigo, a cevada, o milhete e a aveia. O arroz era a importação mais cara. O trigo era comum em toda a Europa e muito caro. - Havia muita variedade de frutas. Os vegetais mais consumidos diariamente por camponeses eram o repolho, a beterraba, a cebola, o alho e a cenoura.
  • 2. Havia muita variedade de cenouras – podia ser vermelha escura ou verde-amarelada. Os legumes mais vendidos eram o grão de bico, as ervilhas e o feijão, por serem uma grande fonte de proteínas. - A carne de bovino não era tão comum, pois era muito trabalhosa. Os bois e as vacas tinham maior valor para tração e leite. Quando estes animais já não tinham rendimento eram abatidos. A carne mais comum era a carne de porco, já que este requeria menos atenção e alimento e era mais barato. O leitão era muito procurado. O carneiro, cordeiro e a vitela (aproveitamento de lã) eram muito comuns. - Os frutos de mar e o peixe eram o alimento com menos prestígio, era visto como mera alternativa à carne. Era o principal alimento das populações costeiras. “Peixe” era um nome geral para tudo o que era animal marítimo, até mesmo os gansos e os castores (pois estavam na água) - Preferiam bebidas alcoólicas. A bebida mais comum do povo europeu do norte era a cerveja (feita com cereais) - As ervas e as especiarias mais luxuosas e mais comuns na Idade Média eram a pimenta preta, a canela, a cássia, o cominho, a noz-moscada, o gengibre e o cravo (eram fabricados na Ásia e na África). A especiaria mais comum era a pimenta e a mais restrita era o açafrão. - Alguns dos doces e sobremesas que se comiam na Idade Média eram as amêndoas açucaradas embebidas em vinho aquecido e mel e açúcar acompanhadas por queijo velho, frutas frescas cobertas por açúcar, mel ou melado de pastas condensadas e uma grande variedade de bolinhos fritos, crepes com açúcar, leite de amêndoa e ovos. Os Descobrimentos influenciaram muito a nossa alimentação. Começou a haver uma maior variedade dos produtos, maior qualidade e maior quantidade. As motivações que levaram os Portugueses a aventurarem-se nos Descobrimentos eram: - A burguesia ambicionava o acesso ao ouro africano, às especiarias, ao açúcar e às plantas tintureiras; - A nobreza ambicionava fazer a guerra, alargar os seus domínios e obter novos cargos; - O clero desejava expandir a fé cristã; - A nova dinastia de Avis estava desejosa de obter prestígio e reconhecimento a nível europeu;
  • 3. - O povo via na expansão uma forma de melhorar as suas condições de vida. As condições geográficas da prioridade portuguesa eram que Portugal estava situado no extremo ocidental da Europa, possuía uma longa fachada marítima e tinha bons portos naturais. As condições políticas da prioridade portuguesa eram que Portugal era um dos poucos países da Europa que gozava a paz, que tinha fronteiras estabilizadas e que tinha sido um ponto de encontro de várias culturas, incluindo a judaica e a muçilmana As condições científicas da prioridade eram que devido ao comércio e à atividade da pesca Portugal possuía marinheiros experientes e aventureiros. Nas aulas preenchemos os mapas sobre as descobertas, as rotas, a rivalidade luso- castelhana e a origem dos produtos. Este mapa representa as terras descobertas e conquistadas pelo Infante D. Henrique, D.Afonso V e D.João II na época dos Descobrimentos.
  • 4. Este mapa representa o tratado de Alcáçovas. Este tratado dividia o mundo ao meio através de uma linha imaginária paralela ao Equador. A metade de cima era de Espanha e a metade de baixo, de Portugal, com as exceções das Canárias (Espanha) e da Madeira e dos Açores (Portugal). Cristóvão Colombo, ao serviço de Castela, descobriu as Antilhas, que segundo o tratado de Alcáçovas pertenciam a Portugal e gerou-se uma guerra entre Portugal e Castela, pois ambos reclamavam para si o direito de poder nas ilhas. Devido aos problemas estabelecidos pela viagem de Cristóvão Colombo , foi estabelecido pelo Papa o tratado de Tordesilhas que dividia o mundo em duas partes iguais através de um meridiano, que inicialmente se situava a 100 léguas das ilhas de Cabo Verde, mas D. João II pediu mais 200 léguas, ficando 300 léguas das ilhas de Cabo Verde. Esta imagem representa a origem dos produtos.
  • 5. Este mapa representa as rotas comerciais e a viagem dos alimentos. Conclusão Então, porque viajam os alimentos? Os alimentos viajam porque os europeus tinham necessidades de obter as mercadorias orientais a custos mais baixos, porque era necessário suprimir as necessidades alimentares dos europeus (trigo, carne, etc) e a burguesia europeia queria aumentar os seus lucros, através do comércio intercontinental (compram o produto a baixo custo, mesmo descontando os custos do transporte, obtinham lucros elevados) – capitalismo comercial. E que consequências tiveram essas viagens para a humanidade? Essas viagens aumentaram a quantidade, qualidade e variedade das dietas alimentares dos povos, alteraram a agricultura das regiões e consequentemente as paisagens naturais, globalizaram o mundo – uniformizando os hábitos alimentares dos povos - viagem pelos ingredientes e menus dos restaurantes de Matosinhos e essas viagens influenciaram também o modo de vida de toda a humanidade e qualquer crise num dos pontos do mundo, reflete-se no dia-a-dia de todas as pessoas. Hoje em dia, a população ingere muito fast-food e refrigerantes, o que pode levar à obesidade e a outras doenças graves. Hoje em dia, graças ao Descobrimentos, podemos ter uma alimentação mais saudável, dependendo do modo de vida de cada pessoa.