Este documento discute a tensão entre as partes e o todo ao longo da história da ciência. Aborda como diferentes pensadores e paradigmas científicos trataram essa relação, desde a separação analítica proposta por Descartes até a visão sistêmica de que as propriedades de um todo não podem ser entendidas ao se isolarem suas partes. Também menciona como a física quântica revelou que objetos sólidos na verdade são feitos de partículas, e que nada pode ser compreendido de forma definitiva.
1. Das Partes para o Todo
Desde os primórdios da ciência, seus paradigmas são considerados e assemelhados com
pêndulos caóticos, na qual as revoluções cientificas causam ou um progresso ou retrocesso. O
que mantem esse pendulo é uma tensão em as partes e o todo.
Este tema é tratado no método cartesiano, como pensamento analítico, que consiste em
quebrar em partes menor todo um pensamento ou o objeto de estudo. Para Galileu em seu
pensamento, ele expulsou a qualidade da ciência, deixando este apenas como forma de ser
medido e quantificado.
Na ideia de Kant a o planeta Terra é um grande ser harmonioso. No século XX, os avanços
deram vez para o aperfeiçoamento do microscópio, dando avanços na biologia e seu estudo,
Claude Bernard o pai da medicina moderna, insistiu na ideia que o ser orgânico esta relacionado
ao meio em que esta inserido.
De acordo com o pensamento sistemático, as propriedades de um ser são a de um todo. E
essas propriedades são perdidas quando essa ideia ou ser são dissecadas, e isoladas sozinhas.
Essas propriedades só podem ser entendidas a partir da visão dentro de todo aquele ser. O
pensamento sistemático se baseia em princípios de organização, oposto ao pensamento
analítico, que isola a fim de entender.
No século 20, demonstrou-se com a mecânica quântica que objetos sólidos, podem se
dissolver em partículas subatômicas, ou seja partículas subatômicas se assemelham as ondas. É
entendido na física, que ao se analisar algo, tende-se sempre a encontrar outras essências, onde
tudo é um emaranhado de linhas que se tornam um tecido. Heisenberg reconheceu que as partes
influenciam um todo, o que lhe rendeu uma autobiografia, detitulo Der Teilund das Ganze, ( Das
Partes para o Todo)
Na virada do século 19, foi afirmado que Gestalt, sendo o todo mais do que a junção de
partes.
No pensamento sistemático, para sistemas vivos não se pode reduzir em partes menores,
considerando assim o pensamento sistemático como o pensamento ambientalista. Como é
mostrado na quântica, o que temos com parte, se trata na verdade, apenas um padrão numa teia
inseparável de relações. Para o pensador sistemático, os padrões são consideradas objetos
secundários, dando vantagem ao pensamento com relações.
Toda vez que se teve uma revolução na ciência tivemos medo de que nossas estruturas
estavam na verdade em constante perigo de desmoronamento. Na medida em que as ciências
tomam em prestado a filosofia e alguns de seus princípios, ponderei que nada de solido pode ser
construído sobre tais fundamentos.
Segundo Heisenberg a física e a filosofia então em constante movimento, referencia
tomada por Einstein em sua biografia mais tarde. Na filosofia bootstrap, não é aceito entidades
fundamentais, sendo o universo material uma teia de eventos relacionados entre si.
O que torna a abordagem sistemática possível como ciência é sua aproximação com o
conhecimento. No novo paradigma, é reconhecido que todas as concepções e todas as teorias
são limitadas, pois nada pode ter uma compreensão completa e definitiva.
2. A tecnologia foi a primeira tentativa de organizar uma relação entre seres vivos e nãovivos, tentando-se uma tentativa de criar uma “ciência universal da organização”, definindo isto,
como uma forma de organizar a totalidade das conexões.
A tensão entre crise e transformação torna possível a formação de novos complexos.
Aluno: Matheus Kielek
Data: 11/04/13
Matéria: Teoria Geral de Sistemas (TGS)
Professor: Claudiomir Selner