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Invocação e dedicatória
 Os episódios   Invocação e
  Dedicatória estão ambos
  localizados no Canto I,
  sendo o primeiro constituído
  pelas estâncias 4 e 5, e o
  segundo pelas estrofes 6 a
  18.
 As estrofes são
  classificados como oitavas,
  pois têm oito versos.
 Os versos podem ser
  qualificados como
  decassílabos ou
  decassilábicos, pois todos
  têm 10 sílabas métricas
 Em relação às rimas, as
  estrofes apresentam rima
  cruzada nos seis primeiros
  versos e nos dois últimos
  emparelhada.
 Neste episódio, o poeta pede
  inspiração às Tágides, as
  ninfas do Tejo, para que o
  ajudem a narrar
  condignamente os gloriosos
  feitos dos Portugueses, e que
  lhe deem talento que o estilo
  épico e a grandiosidade do
  assunto requerem.
 O estilo épico é novo para
  Camões, enquanto a poesia
  lírica já foi por ele bastante
  cultivada, logo ao longo das
  duas estrofes estabelece uma
  clara superioridade da poesia
  épica em relação ao estilo
  lírico.
   Invocar significa apelar, pedir ou suplicar.
 Neste episódio, o poeta apela às ninfas do Tejo, as Tágides, para
    que o ajudem a cantar os grandiosos feitos dos portugueses de uma
    forma também sublime, o que pode ser comprovado pelo verso:
            “Dai-me agora um som alto e sublimado” (est.1; v.5)
 O poeta faz uso de uma linguagem apelativa, de forma a ver o seu
  pedido concedido.
 Faz também uma constante comparação entre o estilo épico e o
  estilo lírico, dando clara superioridade ao estilo épico

                  Estilo lírico                       Estilo épico
                                             novo engenho ardente (est.1; v.2)
             verso humilde (est.1; v.3)       som alto e sublimado (est.1; v.5)
             agreste avena (est.2; v.2)   estilo grandíloco e corrente (est.1; v.6)
              frauta ruda (est.2; v.2)      fúria grande e sonorosa (est.2; v.1)
                                            tuba canora e belicosa (est.2; v.3)
 Apóstrofe: Interpelação ou invocação de alguém ou algo
  personificado por meio de um vocativo
  “E vós Tágides minhas” (est.1;v.1)
 Anáfora
  “Dai-me agora um som” (est.1; v.5)
  “Dai-me hua fúria” (est.2; v.1)
  “Dai-me igual canto” (est.2; v.5)
 Metáfora
  “Que o peito acende” (est.2; v.4)
 Perífrase: designação de algo ou alguém de um modo mais
  descritivo que o necessário
  “Gente vossa, que a Marte tanto ajuda” (est.2; v.6)
 Neste episódio, o autor dedica a
  sua obra a D. Sebastião, monarca
  reinante na altura e a última
  esperança da independência de
  Portugal face a Espanha.
 Camões elogia o rei, realçando a
  sua juventude e pede-lhe que dê
  valor ao povo português e que
  tente fazer o seu melhor para
  governar o Império Português.
 De acordo com as características
  da epopeia, a dedicatória é uma
  parte facultativa, mas Camões
  decidiu dedicar a sua obra ao rei
  D. Sebastião.
 No presente episódio, o poeta
  apela ao rei para que governe bem
  o seu povo, enaltecendo as boas
  qualidades do povo português, o
  que se pode comprovar pelos
  versos:
 “E julgareis qual é mais excelente,
   Se ser do mundo Rei, se de tal
       gente.” (est.5; vs.7 e 8)
 Com a expressão de tal gente, o
  autor refere-se aos portugueses.
 Metáfora
  “E vós, ó bem nascida segurança” (est.1; v.1)
  “Vós, ó novo temor da Maura lança” (est.1; v.5)
  “Maravilha fatal da vossa idade” (est.1; v.6)
  “Vós, tenro e novo ramo florecente” (est.2; v.1)
  “Vós poderoso Rei, cujo alto Império” (est.3; v.1)
 Apostrofe
  “Vós, ó novo temor da Maura lança” (est.1; v.5)
  “Vós, tenro e novo ramo florecente” (est.2; v.1)
  “Vós, poderoso Rei, cujo alto Império” (est.3; v.1)
  Sinédoque: utilização de uma palavra que indica uma parte de algo com
  intenção de expressar um todo (lança = exército mouro)
  “Vós, ó novo temor da Maura lança” (est.1; v.5)
 Hipérbole
  “E julgareis qual é mais excelente,
  Se ser do mundo Rei, se de tal gente” (est.5; v.7 e 8)
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Os Lusíadas

  • 2.  Os episódios Invocação e Dedicatória estão ambos localizados no Canto I, sendo o primeiro constituído pelas estâncias 4 e 5, e o segundo pelas estrofes 6 a 18.  As estrofes são classificados como oitavas, pois têm oito versos.  Os versos podem ser qualificados como decassílabos ou decassilábicos, pois todos têm 10 sílabas métricas  Em relação às rimas, as estrofes apresentam rima cruzada nos seis primeiros versos e nos dois últimos emparelhada.
  • 3.
  • 4.  Neste episódio, o poeta pede inspiração às Tágides, as ninfas do Tejo, para que o ajudem a narrar condignamente os gloriosos feitos dos Portugueses, e que lhe deem talento que o estilo épico e a grandiosidade do assunto requerem.  O estilo épico é novo para Camões, enquanto a poesia lírica já foi por ele bastante cultivada, logo ao longo das duas estrofes estabelece uma clara superioridade da poesia épica em relação ao estilo lírico.
  • 5. Invocar significa apelar, pedir ou suplicar.  Neste episódio, o poeta apela às ninfas do Tejo, as Tágides, para que o ajudem a cantar os grandiosos feitos dos portugueses de uma forma também sublime, o que pode ser comprovado pelo verso: “Dai-me agora um som alto e sublimado” (est.1; v.5)  O poeta faz uso de uma linguagem apelativa, de forma a ver o seu pedido concedido.  Faz também uma constante comparação entre o estilo épico e o estilo lírico, dando clara superioridade ao estilo épico Estilo lírico Estilo épico novo engenho ardente (est.1; v.2) verso humilde (est.1; v.3) som alto e sublimado (est.1; v.5) agreste avena (est.2; v.2) estilo grandíloco e corrente (est.1; v.6) frauta ruda (est.2; v.2) fúria grande e sonorosa (est.2; v.1) tuba canora e belicosa (est.2; v.3)
  • 6.  Apóstrofe: Interpelação ou invocação de alguém ou algo personificado por meio de um vocativo “E vós Tágides minhas” (est.1;v.1)  Anáfora “Dai-me agora um som” (est.1; v.5) “Dai-me hua fúria” (est.2; v.1) “Dai-me igual canto” (est.2; v.5)  Metáfora “Que o peito acende” (est.2; v.4)  Perífrase: designação de algo ou alguém de um modo mais descritivo que o necessário “Gente vossa, que a Marte tanto ajuda” (est.2; v.6)
  • 7.
  • 8.  Neste episódio, o autor dedica a sua obra a D. Sebastião, monarca reinante na altura e a última esperança da independência de Portugal face a Espanha.  Camões elogia o rei, realçando a sua juventude e pede-lhe que dê valor ao povo português e que tente fazer o seu melhor para governar o Império Português.
  • 9.  De acordo com as características da epopeia, a dedicatória é uma parte facultativa, mas Camões decidiu dedicar a sua obra ao rei D. Sebastião.  No presente episódio, o poeta apela ao rei para que governe bem o seu povo, enaltecendo as boas qualidades do povo português, o que se pode comprovar pelos versos: “E julgareis qual é mais excelente, Se ser do mundo Rei, se de tal gente.” (est.5; vs.7 e 8)  Com a expressão de tal gente, o autor refere-se aos portugueses.
  • 10.  Metáfora “E vós, ó bem nascida segurança” (est.1; v.1) “Vós, ó novo temor da Maura lança” (est.1; v.5) “Maravilha fatal da vossa idade” (est.1; v.6) “Vós, tenro e novo ramo florecente” (est.2; v.1) “Vós poderoso Rei, cujo alto Império” (est.3; v.1)  Apostrofe “Vós, ó novo temor da Maura lança” (est.1; v.5) “Vós, tenro e novo ramo florecente” (est.2; v.1) “Vós, poderoso Rei, cujo alto Império” (est.3; v.1) Sinédoque: utilização de uma palavra que indica uma parte de algo com intenção de expressar um todo (lança = exército mouro) “Vós, ó novo temor da Maura lança” (est.1; v.5)  Hipérbole “E julgareis qual é mais excelente, Se ser do mundo Rei, se de tal gente” (est.5; v.7 e 8)