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Solvibilidade a longo prazo

Os credores a longo prazo e a médio prazo devem procurar conhecer a solvibilidade a
longo prazo, cujo estudo se baseia na verificação das proporções existentes entre
capital próprio e alheio, activo fixo e circulante, dando-se também particular
relevância ao exame da rendibilidade e à análise das espectativas de lucros futuros.

Nos empreendimentos que exigem grandes imobilizações, o passivo a longo prazo só
pode reduzir-se gradualmente pela retenção sucessiva de lucros -salvo o caso de novas
entradas de capital- uma vez que a hipótese de redução de investimento, normalmente,
não é aconselhavel e é, habitualmente, penosa para a empresa, dadas as dificuldades
de compressibilidade dos meios materiais e humanos. Se não for gradual e
devidamento planeada, provoca sérias perturbações e prejuízos consideráveis.

Por tudo isto os empresários e outros fornecedores de capitais de financiamento
preocupam-se cada vez mais com a análise das contas de exploração e de resultados
em ordem a prever a evolução da empresa. Hoje em dia, as Instituições que práticam o
“créditos de financiamento”, de uma maneira geral só concedem empréstimo depois
de as empresas lhes apresentarem os competentes projectos de investimentos,
acompanhado de cálculos de rendibilidade, contas de exploração previsionais e mapas
de origem e aplicações de capitais previstas.

Interessa aos financiadores ou fornecedores dos chamados “Capitais permanentes)
examinar não somente os rácios financeiros mais também os rácios económicos, ou
sejam, os rácios de rotação dos valores activos e das rendibilidades. Com efeito,a
persistência da solvibilidade de uma empresa exigem a formação de resultados que
propiciem a criação de reservas ou, pelo menos a manuntenção do capital próprio, na
hipótese extrema de se distribuirem todos os lucros o que aliás não é muito frequente.
A verificação de prejuízos, além e de diminuir o património da empresa, pode ser
psicologicamente nefasta na medida em que aumente o desâmino e frustração dos
dirigentes e do pessoal.

                                 Solvibilidade total

Este rácio, que corresponde ao quociente do capital próprio sobre o passivo, é muito
típico nas análises da solvibilidade, na medida em que a esse respecto perminte
formular considerações de interesse.

Assim:
I) Quanto mais elevado, maiores serão as possibilidades de os credores receberem os
seus crétidos. Um valor elevado é, pois, um sintoma de segurança para os credores
que assim encontram maiores possibilidades de recuperação dos seus créditos, mesmo
a empresa venha a dissolver-se e a liquidar.

ii) A manuntenção do rácio no nível satisfatório permitirá ao empresário uma posição
de independência perante os credores.

Quando a conjuntura económica se apresenta desfavorável ou a epóca é de contracção
do créditos, a existência de dívidas importantes pode afectar a sobrevivência da
empresa que terá de angariar meios não só para pagar o passivo mas também para
satisfazer os inerentes encargos de juro.

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  • 1. Solvibilidade a longo prazo Os credores a longo prazo e a médio prazo devem procurar conhecer a solvibilidade a longo prazo, cujo estudo se baseia na verificação das proporções existentes entre capital próprio e alheio, activo fixo e circulante, dando-se também particular relevância ao exame da rendibilidade e à análise das espectativas de lucros futuros. Nos empreendimentos que exigem grandes imobilizações, o passivo a longo prazo só pode reduzir-se gradualmente pela retenção sucessiva de lucros -salvo o caso de novas entradas de capital- uma vez que a hipótese de redução de investimento, normalmente, não é aconselhavel e é, habitualmente, penosa para a empresa, dadas as dificuldades de compressibilidade dos meios materiais e humanos. Se não for gradual e devidamento planeada, provoca sérias perturbações e prejuízos consideráveis. Por tudo isto os empresários e outros fornecedores de capitais de financiamento preocupam-se cada vez mais com a análise das contas de exploração e de resultados em ordem a prever a evolução da empresa. Hoje em dia, as Instituições que práticam o “créditos de financiamento”, de uma maneira geral só concedem empréstimo depois de as empresas lhes apresentarem os competentes projectos de investimentos, acompanhado de cálculos de rendibilidade, contas de exploração previsionais e mapas de origem e aplicações de capitais previstas. Interessa aos financiadores ou fornecedores dos chamados “Capitais permanentes) examinar não somente os rácios financeiros mais também os rácios económicos, ou sejam, os rácios de rotação dos valores activos e das rendibilidades. Com efeito,a persistência da solvibilidade de uma empresa exigem a formação de resultados que propiciem a criação de reservas ou, pelo menos a manuntenção do capital próprio, na hipótese extrema de se distribuirem todos os lucros o que aliás não é muito frequente. A verificação de prejuízos, além e de diminuir o património da empresa, pode ser psicologicamente nefasta na medida em que aumente o desâmino e frustração dos dirigentes e do pessoal. Solvibilidade total Este rácio, que corresponde ao quociente do capital próprio sobre o passivo, é muito típico nas análises da solvibilidade, na medida em que a esse respecto perminte formular considerações de interesse. Assim: I) Quanto mais elevado, maiores serão as possibilidades de os credores receberem os seus crétidos. Um valor elevado é, pois, um sintoma de segurança para os credores que assim encontram maiores possibilidades de recuperação dos seus créditos, mesmo a empresa venha a dissolver-se e a liquidar. ii) A manuntenção do rácio no nível satisfatório permitirá ao empresário uma posição
  • 2. de independência perante os credores. Quando a conjuntura económica se apresenta desfavorável ou a epóca é de contracção do créditos, a existência de dívidas importantes pode afectar a sobrevivência da empresa que terá de angariar meios não só para pagar o passivo mas também para satisfazer os inerentes encargos de juro.