36. Questões
• O que é um ser vivo ? Como define “vida”?
• Quais são as diferenças entre a ‘matéria animada’
( o ser vivo) e a ‘matéria inanimada’ (não-vivos) ?
• Como se explica que um paciente que apresenta
sintomas, mas os exames não evidenciem lesão
orgânica alguma?
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 36
37. Questões
• Qual supõe que seja o mecanismo de ação
dos medicamentos da terapêutica
convencional?
• Qual supõe que seja o mecanismo de ação
do medicamento homeopático?
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 37
38. Questões
• Quando você prescreve um medicamento
convencional, o que espera que ele faça?
• Depois de prescrever um medicamento
convencional, a que você atribui reações
inesperadas no paciente?
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 38
39. Questões
• O que é um ser vivo ?
• Como define “vida”?
• O que entende pelo termo “Vitalismo”?
• Como você considera na atualidade seu paciente?
Como você aplica a noção de “vida” em sua
prática clínica cotidiana?
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 39
40. Questões
E o que se entende pelo termo “Vitalismo”?
Para o que estamos falando aqui e agora:
Vitalismo = Fisiologia vitalista
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 40
42. Problemas
Máquinas?
Maquinário?
Mecanicismo?
De que máquinas
falamos...?
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43. Problemas :
1) Como o corpo dos seres vivos
superiores, levando em conta sua extrema
complexidade, consegue funcionar sem entrar
em colapso?
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 43
44. Problemas :
2) Um relojoeiro pode analisar o funcionamento geral de um
relógio, desmonta-lo para analisar suas partes, remontar e
analisar novamente seu relógio.
Não podemos fazer isso com um ser vivo, nem para pesquisa
e nem para a clínica.
Sempre que ‘desmontamos’ um ser vivo, extrapolamos o
resultado para outros, ‘montados’.
Aqui o problema maior é quando se retira o sentido de ‘fazer
analogia’ e se coloca o sentido de ‘igual’.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 44
45. Problemas :
3) Como medicar os seres vivos não só sabendo
sua fisiologia, mas realmente levando em conta
sua fisiologia – seus padrões de
funcionamento, suas interações de
órgãos, moleculares, celulares, bioquímicas ?
Como medicar levando em conta o que veio
antes, o agora e o depois da patologia ?
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 45
46. Problemas :
4) ‘Vida’ se deve à forças gerais, puramente
físico-químicas, que atuam nos corpos pelas
disposições ou combinações de matéria?
Ou as propriedades dessa vida são inexplicáveis
fora da hipótese de ‘algo’, distinto da matéria
(ou não...), atuando no ser vivo?
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 46
47. Problemas :
5) O genótipo, mesmo apesar do quão
profundamente o analisemos, não pode
predizer o fenótipo atual, somente pode nos dar
o conhecimento de um universo de possíveis
fenótipos.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 47
49. E...
Porque não usar o Vitalismo
como uma das maneiras de se olhar o ser vivo?
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 49
50. O Vitalismo que se usa em Homeopatia é aquele
integra um conjunto de sistemas usados, ao
longo da história, para explicar as funções nos
corpos dos seres vivos.
E é importante lembrar o fato de que a fisiologia
que se aprende na faculdade funciona como
pressuposto, e ao mesmo tempo como padrão
de pensamento, para a clínica.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 50
51. Para o Vitalismo, em um sentido amplo, os seres
vivos têm um modo de ser qualitativamente
diferente da matéria bruta/inerte/inanimada.
Portanto, as leis que explicam um não são as mesmas
que explicam o outro.
Em um sentido mais estrito, além da definição acima
se acrescente o fato de ser atribuído ao ser vivo um
princípio constitutivo, operativo e conservativo.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 51
52. Pode-se talvez explicar setorialmente o funcionamento
de partes do corpo por leis físico-químicas.
Mas não se pode explicar a vida.
Então as leis da física e da química são aplicáveis aos
seres vivos?
Sim, mas há algo nos seres vivos, na matéria viva, que
faz com que as manifestações dessas leis possam ser
diferentes das gerais, conforme sua necessidade
fisiológica.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 52
53. Tanto se pode dizer que a física e a química geral
ainda não chegaram ao grau de evolução
(complexidade) observada nos seres vivos, como se
pode dizer que são diferentes.
Ou mesmo que são instrumentos de pesquisa para
o estudo da matéria viva.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 53
54. O Vitalismo que usamos em Homeopatia tem
alguns conceitos fundamentais:
1) Dinamismo (sempre dinâmico, sempre em
movimento).
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 54
55. O Vitalismo que usamos em Homeopatia usa alguns conceitos fundamentais:
2) Complexidade
O homem, o ser vivo, é complexo, pois nele ocorrem uma série de eventos
ao mesmo tempo, coordenados, interagindo entre si, ao mesmo tempo.
E estas interações são imponderáveis.
Tem por conseqüência a diversidade, a realidade, a imprevisibilidade
absoluta.
Ao mesmo tempo em que é um todo indissolúvel, é um ser
semelhante, mas não igual aos demais.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 55
56. O Vitalismo que usamos em Homeopatia usa alguns conceitos fundamentais:
3) princípio vital ou energia vital ou força vital, que
é o que torna um ser vivo.
É constitutivo (que constitui), operativo (que opera)
e conservativo (que conserva) da vida, e atua como
um ‘maestro’ do funcionamento do ser vivo.
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57. O Vitalismo que usamos em Homeopatia usa alguns conceitos fundamentais:
4) considera o ser vivo como uma unidade autônoma,
que é diferente da matéria bruta, que tem uma
fisiologia e uma fisiopatologia que lhe é própria, com
alterações tanto pontuais quanto ao longo do tempo
em seu organismo.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 57
58. Um sistema autônomo, com características
próprias e peculiares, que diferem dos objetos
constituídos por matéria bruta, apesar de ser
constituído por ela;
que continuamente está interagindo com seu
meio ambiente (sistema aberto).
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 58
59. É formado por características herdadas de seus
pais e através deles, de seus antepassados; por
características próprias; e por influência do
meio ambiente, além de influências das
interações de todos os anteriores.
Esta sua interação com o meio ambiente é o que
o faz viver: ter sensações, crescer, adoecer, se
curar. É o que possibilita sua dinâmica de vida.
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60. Muitas vezes, muito mais do que deveríamos, nos
acostumamos com o que nos cerca, e não
indagamos mais.
Nosso objeto de trabalho, o paciente, é uma destas
coisas.
Afinal, o que é vida?
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61. Por que a Homeopatia age também na
vida desse indivíduo e não só em sua
matéria bruta, que em boa parte o
compõe.
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62. A Homeopatia, quando se propõe a ser
vitalista, olha do ser vivo não só a matéria que o
compõe, mas também aquilo que o faz estar vivo.
E trabalha terapêuticamente essas duas
coisas, porque o medicamento homeopático
possibilita isso.
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63. Mas se o clínico não consegue, ou não quer, ver
esses dois aspectos do ser vivo, ele continua
tratando só a matéria bruta de seu
paciente, apesar de usar uma terapêutica
homeopática.
Então ele será sempre um clínico que usa a
Homeopatia, mas não um homeopata.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 63
65. Sugestões de Leitura
• WAISSE-PRIVEN, S. . Hahnemann: Um Médico de seu
Tempo. São Paulo: EDUC/FAPESP, 2005. v. 1. 131 p.
• WAISSE PRIVEN, S.I. . d & D: duplo Dilema. du Bois-
Reymond e Driesch, ou a vitalidade do Vitalismo. 1a.
ed. São Paulo: Educ; Fapesp, 2009. v. 1. 340 p.
• CIMINO, Guido, DUSCHENEAU, François. Vitalisms:
from Haller to the Cell Theory. Proceedings of the
Zaragoza Symposium XIXth International Congress of
History of Science 22-29 August
1993, Firenze, Olschki, 1997.
23/10/2011 Maria Thereza do Amaral 65
66. Maria Thereza do Amaral
Email: mariathereza.amaral@gmail.com
Twitter: @mariatheBR
Blog: mariatherezaamaral.wordpress.com
Blog Consultoria: http://mthconsultoria.wordpress.com
Slideshare: http://www.slideshare.net/mariatherezaamaral