O documento resume a exortação apostólica "Verbum Domini" do Papa Bento XVI sobre a Palavra de Deus. Ele discute 1) Deus que fala revelado no Logos e nas Escrituras; 2) a resposta do homem a Deus através da escuta, diálogo e obediência; 3) a hermenêutica bíblica na Igreja.
4. INTRODUÇÃO
“A palavra do senhor permanece eternamente. E
esta é a palavra do evangelho que vos foi
anunciada” (1 Pd 1,25).
Para que a nossa alegria seja perfeita.
É preciso reabrir ao homem atual o acesso a Deus, a
Deus que fala e nos comunica o seu amor para que
tenhamos vida em abundância (Cf. Jo 10,10).
Da DV ao Sínodo sobre a Palavra de Deus.
O Sínodo dos Bispos sobre a palavra de Deus.
Há um Pentecostes também hoje... a caminho.
O Prólogo do Evangelho de João como guia da
reflexão do exortação.
5. VERBUM DOMINI
Verbum Dei: O Deus que fala:
Deus em diálogo, o Logos pré-existente (a palavra
sempre existiu) revela-nos o próprio Deus.
O Logos fez-se carne; fala pela criação (Dimensão
cósmica da palavra, ‘os céus narram a glória de
Deus’); na história pelos profetas; pelos apóstolos,
tradição viva e nas Sagradas Escrituras.
O cristianismo é a religião da Palavra de Deus.
A vida de Jesus como realização das Escrituras.
A Palavra dá o sentido último das coisas, pois foi dita
e deve ser lida à luz do Espírito Santo.
Escrituras são fruto da Tradição (viva e escrita).
Inspiração e verdade das Escrituras (DV 11 e VD 19).
6. VERBUM DOMINI
Verbum Dei:
A resposta do homem a Deus que fala.
Chamados a entrar na Aliança com Deus.
Superando toda distância nos tornamos parceiros.
Deus escuta o homem e responde às suas perguntas.
Responde a sede que está no coração do homem.
Dialoga-se com Deus através da palavras: Salmos
A Palavra de Deus pede a obediência da fé; o pecado
será não escutar a Palavra de Deus, subtrair-se ao
diálogo.
Maria como “Mater Verbi Dei” e Mater fidei” é o
modelo.
7. VERBUM DOMINI
Verbum Dei: A Hermenêutica da Sagrada
Escritura na Igreja.
A Igreja lugar originário da hermenêutica bíblica.
A autêntica interpretação – hermenêutica da Bíblia só pode
ser feita na fé eclesial; a Escritura nasceu na comunidade de
fé dos primeiros cristãos; a Bíblia é o livro da Igreja.
É impossível interpretar as Escrituras sem a fé infusa de
Cristo e a Escritura deve ser lida e interpretada com o mesmo
Espírito com que foi escrita.
O estudo dos livros sagrados é a alma da Teologia.
A pesquisa bíblica é válida mas não prescinde do
Magistério.
8. VERBUM DOMINI
Verbum Dei: A Hermenêutica da Sagrada
Escritura na Igreja.
Considerar a Bíblia só como história e a hermenêutica
secularizada, onde o divino não interfere na história,
podem levar a dúvidas sobre os mistérios da fé; no
entanto, Fé e Razão se harmonizam na abordagem.
O sentido literal e o espiritual, unidos e articulados.
É necessário a superação da ‘letra’.
Há uma unidade, uma relação intrínseca entre Antigo
e Novo Testamento, onde Cristo faz a unidade.
As páginas ‘obscuras’ da Bíblia: violência e
imoralidades só serão entendidas em contexto de
pedagogia divina na história.
9. VERBUM DOMINI
Verbum Dei: A Hermenêutica da Sagrada
Escritura na Igreja.
Cristãos e Judeus têm muito caminho a fazerem juntos
na interpretação das Escrituras.
A interpretação fundamentalista da Escritura não
respeita o texto sagrado na sua natureza autêntica.
É preciso diálogo entre Pastores, teólogos e exegetas.
Bíblia e Ecumenismo: traduções e estudos em comum
constituem um caminho para união.
Os estudos teológicos bíblicos levem sempre em
consideração o tripé: Tradição, Palavra e Magistério.
10. VERBUM DOMINI
Verbum in Ecclesia:
A Palavra de Deus e a Igreja
A Igreja primitiva acolheu a Palavra, a recolheu e a
codificou para as gerações que vieram depois.
Cristo tem uma presença sempre atual na vida da
Igreja, comunidade que o escuta e anuncia a palavra
de Deus.
A Igreja comunidade é o âmbito privilegiado onde se
encontra e experimenta Jesus Cristo nas Escrituras.
11. VERBUM DOMINI
Verbum in Ecclesia: Liturgia lugar privilegiado
da Palavra de Deus.
A celebração torna-se uma contínua, plena e eficaz
proclamação da Palavra de Deus.
Especialmente na celebração dos Sacramentos, mormente
na Eucaristia: mesa da palavra e do pão.
Assim a palavra torna-se sacramento, gera o sacramento.
Destaca o uso do Lecionário, a proclamação (ministério
laical do leitor), a importância da homilia.
Também na Reconciliação, na Unção, nas bênçãos a
Escritura esteja presente; recorda-se a liturgia das horas,
onde acontece a leitura continuada da Palavra.
12. VERBUM DOMINI
Verbum in Ecclesia : Sugestões e propostas
concretas para a Liturgia (64-70)
Faça-se a celebração mais frequente da Palavra de Deus:
(peregrinações, retiros, festas, penitência...).
Descubra-se o significado do silêncio, da escuta de Deus:
o silêncio faz parte da celebração.
Proclame-se solenemente a Palavra: Evangeliário,
lecionário, canto, entrada solene...
Dê-se lugar de destaque a Palavra no Templo: cuide-se da
acústica, do lugar da proclamação, tenha-se um ambão
fixo em harmonia com o altar; haja um lugar de honra
onde se colocar a Palavra fora das celebrações.
Observe-se a exclusividade dos textos bíblicos na liturgia,
bem como o canto litúrgico seja biblicamente inspirado.
13. VERBUM DOMINI
Verbum in Ecclesia:
A Palavra de Deus na vida eclesial
É preciso encontrar a Palavra de Deus na Sagrada
Escritura pela leitura e estudo.
Toda pastoral deve ser animada pela Palavra e levar ao
encontro com Cristo; os pequenos grupos favorecem.
Há uma relação íntima entre Bíblia e o Catecismo da
Igreja; a dimensão bíblica da catequese.
Palavra de Deus e o chamado vocacional: a palavra
suscita e alimenta as vocações: leigos, sacerdotes,
religiosos...
Redescobrir a leitura orante da Bíblia (86)
Fundamentação bíblica da devoção mariana
.
14. VERBUM DOMINI
Verbum in mundo: A missão da Igreja:
anunciar a palavra de Deus ao mundo
A Palavra sai do Pai e volta ao Pai, o Filho que
revela o Pai nos leva ao Pai.
É preciso anunciar ao mundo o ‘logos’ da esperança, em
Cristo está a salvação das nações, a razão da esperança.
Da Palavra deriva a missão da Igreja: a Palavra é para
todas as nações, está no âmbito da verdade.
A Palavra anuncia o Reino de Deus, a possibilidade de
um novo mundo, de um novo tipo de convivência.
Daí a necessidade da missão ‘ad gentes’: sinal de
maturidade eclesial, um anúncio explícito.
Todos os batizados são responsáveis pelo anúncio, mas a
Palavra pede uma nova evangelização dos batizados.
15. VERBUM DOMINI
Verbum in mundo: Palavra de Deus e
compromisso no mundo
A Palavra pede compromisso pela justiça: denuncia as
ambiguidades e promove a solidariedade e a igualdade;
esse compromisso é constitutivo da evangelização.
O anúncio leva a reconciliação e paz entre os povos.
A Palavra se transforma em caridade ativa, traduz em
gestos de amor a palavra escutada
Anúncio da Palavra aos jovens, como resposta às suas
questões específicas; jovens evangelizem jovens.
A Palavra tem algo a dizer aos migrantes, aos doentes.
A Palavra e os pobres, os primeiros que têm direito ao
anúncio, necessitados de pão e também de palavras de
vida; urge distinguir entre a pobreza que se deve
escolher e a que se deve combater.
16. VERBUM DOMINI
Verbum in mundo:
Palavra de Deus e culturas
O valor da cultura para a vida da pessoa, como espaço
em que ela cresce, vive, se realiza.
A Escritura interage com a cultura, no passado e hoje; e
leva a superação de valores da própria cultura.
É necessário fazer a Bíblia conhecida nas escolas e
universidades, com estudos e professores qualificados.
A Bíblia é inspiradora das artes: pintura, música...
A Palavra e os MCS: uso adequado dos novos meios –
internet, blogs, twitter... - que levem ao encontro
pessoal
A Palavra que se incultura, assume expressões e
traduções locais.
17. VERBUM DOMINI
Verbum in mundo:
Palavra de Deus e diálogo inter-religioso
O valor do diálogo inter-religioso: diálogo na verdade.
Diálogo com os Muçulmanos, que começa com o mútuo
conhecimento.
Diálogo com outras religiões: conhecer e fazer-se
conhecer.
Liberdade religiosa, fruto do diálogo: direito
irrenunciável.
18. VERBUM DOMINI
Conclusão
Deus falou: “na base de toda a espiritualidade cristã
autêntica e viva, está a Palavra de Deus anunciada,
acolhida, celebrada e meditada na Igreja” (121).
“o nosso deve ser cada vez mais o tempo de uma nova
escuta da Palavra de Deus e de uma nova
Evangelização” (122).
A Palavra deve nos levar a alegria, fruto do Espírito,
que “nossa alegria seja completa”.
Nosso modelo: Maria mãe da palavra e mãe da
alegria (Mater Verbi et Mater laetitiae).
19. AGORA SÓ NOS RESTA LER
A “VERBUM DOMINI”
MAS ANTES UMAS PERGUNTAS PARA UMA
CONVERSA ENTRE IRMÃOS:
20. VERBUM DOMINI
Como tem sido o uso litúrgico da
Palavra em minha comunidade
nas celebrações da Palavra, na
Eucaristia, nos sacramentos,
estudos, formações, adorações,
círculos bíblicos... ?
A Palavra está diariamente
presente em minha vida (leitura,
leitura orante, Liturgia das
Horas, estudo pessoal...)?