SlideShare a Scribd company logo
1 of 21
Análises
Físico-
Químicas ao
Vinho
Curso Profissional Técnico de Análise Laboratorial
Maria Inês Teixeira
Prova de Aptidão Profissional
Introdução
 A enologia é uma ciência moderna.
 Viticultura: estuda somente o cultivo da uva para o vinho.
 Vinicultura: concentra todos os aspetos a nível cultural em torno do vinho.
 O enólogo é um profissional responsável pela produção e por todos os aspetos
relacionados com o produto final.
2
Breve história do vinho
 A produção mais antiga do vinho : Geórgia, Irão, Turquia e China - entre 8000 e
5000 a.C.
 A romanização da Península Ibérica fez chegar a Portugal ao produção de vinho.
 Os séculos VIII e XII que foram marcados pela influência árabe.
 Os séculos XV e XVI marcaram a expansão portuguesa e uma evolução decisiva na
história do vinho.
 O século XIX marcou um período negro para a vitivinicultura em Portugal.
 No início do século XX iniciou-se o processo de regulamentação de vários vinhos
portugueses (IVV).
3
O que é o vinho?
Vinho é uma bebida alcoólica,
resultante da fermentação do mosto de
uvas por intermédio de microrga-
nismos, chamados leveduras, durante o
processo de fermentação, onde o
açúcar do sumo da uva é transformado
em álcool e noutros elementos
secundários em quantidades variáveis.
Constituintes
Água (75%)
Álcool Etílico (8 a 22%)
Ácidos Orgânicos
Taninos
Substâncias Minerais
Matérias Corantes
4
 A película é uma pequena pele, de espessura variável, que protege o conjunto do
bago.
 A pruína é uma substância cerosa semelhante a uma poeira esbranquiçada e
aveludada, e é nesta região que se fixam as leveduras responsáveis pela
fermentação.
 A polpa é a parte carnuda, que apresenta cerca de 85% do total do bago. É rica
em açúcar e ácidos.
 As grainhas ou sementes são ricas em taninos e gorduras mas estas não tem
interesse para a produção de vinho.
Constituição do bago
5
Castas
Casta  variedade de uvas utilizadas no fabrico do vinho
Monocasta ou extreme  vinhos elaborados a partir de uma só casta
6
Vinhos de lote vinhos elaborados a partir de mais do que uma casta
Classificação
Quanto à classe
Mesa: (10 a 13%)
• Finos ou nobres
• Especiais
• Comuns
• Frisantes ou
gaseificados
Leve (7 a 9,9%)
Espumante (10 a 13%)
Licoroso (14 a 18%)
Composto ou fortificado
(15 a 18%)
Quanto à Cor
Tinto
Branco
Rosé:
• de uvas tintas
• por corte
7
Colheita Desengace Esmagamento
EsgotamentoPrensagemMaceração pré-
fermentativa
Fermentação
alcoólica
Fermentação
malolática
Clarificação
EnvelhecimentoEngarrafamento
Etapas de fabrico
8
Conservação
 Temperatura
 Luz
 Vibrações
 Ventilação
 Humidade
 Posição
9
 Espaço e local
10
Convento da Vila
11
Vinho analisado
12
Objetivo Análise
Conclusão da fermentação
alcoólica
Massa volúmica (densidade)
Teor alcoólico adquirido
Açucares redutores
Extrato seco total
Estado de conservação Acidez volátil
Composição de ácidos
pH
Acidez total
Fermentação Malolática (ácido
Málico)
Presença de polifenoloxidases
(enzimas)
Prova de ar
Análises gerais realizadas a um vinho
Teor alcoólico
T(ºC) vinho = 20º C
T(ºC) medição alcoómetro = 24ºC
Teor alcoólico medido a 24 ºC = 13,80%
Resultado obtido Resultado no rótulo
12,86% (± 13%) 13%
13
massa (g) Massa (g)
(média)Ensaio 1 2 3
Picnómetro
vazio
10,1174 10,1171 10,1170 10,1172
Água
destilada
15,5261 15,5169 15,5173 15,5201
Vinho 15,4714 15,4696 15,4717 15,4709
Massa volúmica
Picnómetro = 5 mL
Temperatura = 22 / 23 ºC
14
Resultado obtido através
da técnica do picnómetro
Resultado obtido com
acerto de temperatura e
teor alcoólico
0,9886 g/cm3 0,9893 g/cm3
O acerto foi realizado para uma temperatura de 20ºC e para um teor
alcoólico de 12,86%
15
Extrato seco total
Parâmetro Resultado
Massa Volúmica (g/cm3) 0,9886
Temperatura (ºC) 22,5
Acidez Volátil (g/dm3) 0
Titulo Alcoométrico
Volúmico (% vol.)
12,86
Massa volúmica Corrigida a
20ºC (g/cm3)
0,9893
Extrato Seco Total (g/dm3) 20,483
16
Acidez Total
Ensaio V inicial (mL) V final (mL) V utilizado (mL)
1º ensaio 0,00 8,20 8,20
2º ensaio 8,20 16,90 8,70
3º ensaio 0,00 16,70 8,00
4º ensaio 8,00 16,70 8,70
5º ensaio 0,00 8,70 8,70
Volume da toma utilizado foi de 10,00mL
Concentração de NaHO = 0,0743 mol/dm3
Foram utilizados os valores do 2º, 4º e 5º ensaio por apresentarem valores
concordantes
17
Limite mínimo de ácido tartárico,
definido por lei (Reg. (CE) nº
491/2009, Anexo III- 1 d)
Resultado obtido
≥ 3,5 g/L 4,85 g/L
18
Discussão dos Resultados
Atividades realizadas Resultados
Teor alcoólico 12,86%
Massa volúmica 0,9893 g/cm3
Extrato seco total 20,483 g/dm3
Acidez total 4,85 g/L
19
Não foi considerado de grande valorização a discrepância de 0,14% no
teor alcoólico porque:
A atividade não foi realizada num ambiente laboratorial rigoroso;
Com aparelhos de alta precisão.
20
Para a produção de um vinho de qualidade é necessário:
Respeitar as sequências das etapas de produção, conservação;
Fazer análises .
Conclusão
Quanto à atividade prática o resultado obtido no teor alcoólico
apresentou uma discrepância de 0,14% ou seja, as atividades realizadas
a partir deste valor também poderão apresentar uma diferença em
relação aos valores reais.
Vantagens do consumo de vinho
 Existência de compostos fenólicos
•Reduz risco de doenças cardíacas,
alguns cancros
•Diminui a progressão de doenças
neurológicas (Azheimer e
Parkinson)
•Aumenta o “colesterol bom” e
diminui o “colesterol mau”
Desvantagens do consumo de vinho
Aumento de triglicerídeos
•Desenvolvimento de cancro na
mama
•Provoca enxaquecas
21

More Related Content

What's hot

EF: Trabalho de Grupo Patinagem Artística
EF: Trabalho de Grupo Patinagem ArtísticaEF: Trabalho de Grupo Patinagem Artística
EF: Trabalho de Grupo Patinagem Artística
7F
 
Apresentação PAP
Apresentação PAPApresentação PAP
Apresentação PAP
GForest7
 
Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia
abarros
 

What's hot (20)

Trabalho de vinhos
Trabalho de vinhosTrabalho de vinhos
Trabalho de vinhos
 
Prova de Aptidão Profissional
Prova de Aptidão ProfissionalProva de Aptidão Profissional
Prova de Aptidão Profissional
 
Algarve- Turismo
Algarve- TurismoAlgarve- Turismo
Algarve- Turismo
 
Plano de sessão
Plano de sessãoPlano de sessão
Plano de sessão
 
EF: Trabalho de Grupo Patinagem Artística
EF: Trabalho de Grupo Patinagem ArtísticaEF: Trabalho de Grupo Patinagem Artística
EF: Trabalho de Grupo Patinagem Artística
 
Fatores de risco associados ã  prã¡tica das atividades fisicas
Fatores de risco associados ã  prã¡tica das atividades fisicasFatores de risco associados ã  prã¡tica das atividades fisicas
Fatores de risco associados ã  prã¡tica das atividades fisicas
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
 
Relatório final pap leandro
Relatório final pap   leandroRelatório final pap   leandro
Relatório final pap leandro
 
Doping
DopingDoping
Doping
 
O reinado de D.João V
O reinado de D.João VO reinado de D.João V
O reinado de D.João V
 
Animação turística
Animação turísticaAnimação turística
Animação turística
 
Sermão aos peixes cap. i
Sermão aos peixes   cap. iSermão aos peixes   cap. i
Sermão aos peixes cap. i
 
Fatores de saúde e riscos associados à prática das actividades físicas
Fatores de saúde e riscos associados à prática das actividades físicasFatores de saúde e riscos associados à prática das actividades físicas
Fatores de saúde e riscos associados à prática das actividades físicas
 
Os Planos d'Os Lusíadas
Os Planos d'Os LusíadasOs Planos d'Os Lusíadas
Os Planos d'Os Lusíadas
 
Apresentação PAP
Apresentação PAPApresentação PAP
Apresentação PAP
 
Cartas e ementas
Cartas e ementas Cartas e ementas
Cartas e ementas
 
"Mar Português" - Mensagem
"Mar Português" - Mensagem"Mar Português" - Mensagem
"Mar Português" - Mensagem
 
O Turismo
O TurismoO Turismo
O Turismo
 
Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia
 
TIAT - acolhimento turistico
TIAT - acolhimento turisticoTIAT - acolhimento turistico
TIAT - acolhimento turistico
 

Similar to Prova de Aptidão Profissional - Vinho

história produção do etanol 01_08.ppt
história produção do etanol 01_08.ppthistória produção do etanol 01_08.ppt
história produção do etanol 01_08.ppt
ssuser2b53fe
 
Região vinhateira do alto douro
Região vinhateira do alto douroRegião vinhateira do alto douro
Região vinhateira do alto douro
Tina Lima
 

Similar to Prova de Aptidão Profissional - Vinho (20)

Vinho
VinhoVinho
Vinho
 
50811.ppt
50811.ppt50811.ppt
50811.ppt
 
50811.ppt
50811.ppt50811.ppt
50811.ppt
 
Enologia 1
Enologia 1Enologia 1
Enologia 1
 
Enologia
Enologia Enologia
Enologia
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Vinho
VinhoVinho
Vinho
 
Processo de produção do vinho
Processo de produção do vinhoProcesso de produção do vinho
Processo de produção do vinho
 
DESTILAÇÃO ALCOOL
DESTILAÇÃO ALCOOLDESTILAÇÃO ALCOOL
DESTILAÇÃO ALCOOL
 
Portugal - Enologia
Portugal - EnologiaPortugal - Enologia
Portugal - Enologia
 
Uísque
UísqueUísque
Uísque
 
SLIDES DE RESIDUOS.pdf
SLIDES DE RESIDUOS.pdfSLIDES DE RESIDUOS.pdf
SLIDES DE RESIDUOS.pdf
 
Apresentação lúpulo completa
Apresentação lúpulo completaApresentação lúpulo completa
Apresentação lúpulo completa
 
Fermentação do Vinho_20231113_082913_0000.pdf
Fermentação do Vinho_20231113_082913_0000.pdfFermentação do Vinho_20231113_082913_0000.pdf
Fermentação do Vinho_20231113_082913_0000.pdf
 
história produção do etanol 01_08.ppt
história produção do etanol 01_08.ppthistória produção do etanol 01_08.ppt
história produção do etanol 01_08.ppt
 
Enologia 2
Enologia 2Enologia 2
Enologia 2
 
Valdo vinag
Valdo vinagValdo vinag
Valdo vinag
 
Palestra 2010
Palestra 2010Palestra 2010
Palestra 2010
 
Região vinhateira do alto douro
Região vinhateira do alto douroRegião vinhateira do alto douro
Região vinhateira do alto douro
 
Produção de Vinho
Produção de VinhoProdução de Vinho
Produção de Vinho
 

More from Maria Teixiera

More from Maria Teixiera (20)

Som e-ruído-no-ambiente
Som e-ruído-no-ambienteSom e-ruído-no-ambiente
Som e-ruído-no-ambiente
 
Gestão de-energia
Gestão de-energiaGestão de-energia
Gestão de-energia
 
Pegada hídrica
Pegada hídricaPegada hídrica
Pegada hídrica
 
O ouvido-humano-estrutura-e-funcionamento
O ouvido-humano-estrutura-e-funcionamentoO ouvido-humano-estrutura-e-funcionamento
O ouvido-humano-estrutura-e-funcionamento
 
óleo alimentares usados
óleo alimentares usadosóleo alimentares usados
óleo alimentares usados
 
Gestão de-energia
Gestão de-energia Gestão de-energia
Gestão de-energia
 
Natural disasters cópia
Natural disasters   cópiaNatural disasters   cópia
Natural disasters cópia
 
Reatores químicos 2
Reatores químicos 2Reatores químicos 2
Reatores químicos 2
 
Qualidade segurança e ambiente
Qualidade segurança e ambienteQualidade segurança e ambiente
Qualidade segurança e ambiente
 
Operações unitárias
Operações unitárias Operações unitárias
Operações unitárias
 
Controle de microrganismos por agentes in vivo
Controle de microrganismos por agentes in vivoControle de microrganismos por agentes in vivo
Controle de microrganismos por agentes in vivo
 
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
 
José saramago
José saramagoJosé saramago
José saramago
 
Ambiente e biodiversidade
Ambiente e biodiversidade Ambiente e biodiversidade
Ambiente e biodiversidade
 
Higiene, segurança e saúde no trabalho
Higiene, segurança e saúde no trabalhoHigiene, segurança e saúde no trabalho
Higiene, segurança e saúde no trabalho
 
Resíduos sólidos
Resíduos sólidosResíduos sólidos
Resíduos sólidos
 
Resíduos sólidos
Resíduos sólidosResíduos sólidos
Resíduos sólidos
 
Filtração
FiltraçãoFiltração
Filtração
 
Virus
VirusVirus
Virus
 
Fotossintese
FotossinteseFotossintese
Fotossintese
 

Recently uploaded

O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 

Recently uploaded (20)

INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Slides 9º ano 2024.pptx- Geografia - exercicios
Slides 9º ano 2024.pptx- Geografia - exerciciosSlides 9º ano 2024.pptx- Geografia - exercicios
Slides 9º ano 2024.pptx- Geografia - exercicios
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 

Prova de Aptidão Profissional - Vinho

  • 1. Análises Físico- Químicas ao Vinho Curso Profissional Técnico de Análise Laboratorial Maria Inês Teixeira Prova de Aptidão Profissional
  • 2. Introdução  A enologia é uma ciência moderna.  Viticultura: estuda somente o cultivo da uva para o vinho.  Vinicultura: concentra todos os aspetos a nível cultural em torno do vinho.  O enólogo é um profissional responsável pela produção e por todos os aspetos relacionados com o produto final. 2
  • 3. Breve história do vinho  A produção mais antiga do vinho : Geórgia, Irão, Turquia e China - entre 8000 e 5000 a.C.  A romanização da Península Ibérica fez chegar a Portugal ao produção de vinho.  Os séculos VIII e XII que foram marcados pela influência árabe.  Os séculos XV e XVI marcaram a expansão portuguesa e uma evolução decisiva na história do vinho.  O século XIX marcou um período negro para a vitivinicultura em Portugal.  No início do século XX iniciou-se o processo de regulamentação de vários vinhos portugueses (IVV). 3
  • 4. O que é o vinho? Vinho é uma bebida alcoólica, resultante da fermentação do mosto de uvas por intermédio de microrga- nismos, chamados leveduras, durante o processo de fermentação, onde o açúcar do sumo da uva é transformado em álcool e noutros elementos secundários em quantidades variáveis. Constituintes Água (75%) Álcool Etílico (8 a 22%) Ácidos Orgânicos Taninos Substâncias Minerais Matérias Corantes 4
  • 5.  A película é uma pequena pele, de espessura variável, que protege o conjunto do bago.  A pruína é uma substância cerosa semelhante a uma poeira esbranquiçada e aveludada, e é nesta região que se fixam as leveduras responsáveis pela fermentação.  A polpa é a parte carnuda, que apresenta cerca de 85% do total do bago. É rica em açúcar e ácidos.  As grainhas ou sementes são ricas em taninos e gorduras mas estas não tem interesse para a produção de vinho. Constituição do bago 5
  • 6. Castas Casta  variedade de uvas utilizadas no fabrico do vinho Monocasta ou extreme  vinhos elaborados a partir de uma só casta 6 Vinhos de lote vinhos elaborados a partir de mais do que uma casta
  • 7. Classificação Quanto à classe Mesa: (10 a 13%) • Finos ou nobres • Especiais • Comuns • Frisantes ou gaseificados Leve (7 a 9,9%) Espumante (10 a 13%) Licoroso (14 a 18%) Composto ou fortificado (15 a 18%) Quanto à Cor Tinto Branco Rosé: • de uvas tintas • por corte 7
  • 8. Colheita Desengace Esmagamento EsgotamentoPrensagemMaceração pré- fermentativa Fermentação alcoólica Fermentação malolática Clarificação EnvelhecimentoEngarrafamento Etapas de fabrico 8
  • 9. Conservação  Temperatura  Luz  Vibrações  Ventilação  Humidade  Posição 9  Espaço e local
  • 10. 10
  • 12. 12 Objetivo Análise Conclusão da fermentação alcoólica Massa volúmica (densidade) Teor alcoólico adquirido Açucares redutores Extrato seco total Estado de conservação Acidez volátil Composição de ácidos pH Acidez total Fermentação Malolática (ácido Málico) Presença de polifenoloxidases (enzimas) Prova de ar Análises gerais realizadas a um vinho
  • 13. Teor alcoólico T(ºC) vinho = 20º C T(ºC) medição alcoómetro = 24ºC Teor alcoólico medido a 24 ºC = 13,80% Resultado obtido Resultado no rótulo 12,86% (± 13%) 13% 13
  • 14. massa (g) Massa (g) (média)Ensaio 1 2 3 Picnómetro vazio 10,1174 10,1171 10,1170 10,1172 Água destilada 15,5261 15,5169 15,5173 15,5201 Vinho 15,4714 15,4696 15,4717 15,4709 Massa volúmica Picnómetro = 5 mL Temperatura = 22 / 23 ºC 14
  • 15. Resultado obtido através da técnica do picnómetro Resultado obtido com acerto de temperatura e teor alcoólico 0,9886 g/cm3 0,9893 g/cm3 O acerto foi realizado para uma temperatura de 20ºC e para um teor alcoólico de 12,86% 15
  • 16. Extrato seco total Parâmetro Resultado Massa Volúmica (g/cm3) 0,9886 Temperatura (ºC) 22,5 Acidez Volátil (g/dm3) 0 Titulo Alcoométrico Volúmico (% vol.) 12,86 Massa volúmica Corrigida a 20ºC (g/cm3) 0,9893 Extrato Seco Total (g/dm3) 20,483 16
  • 17. Acidez Total Ensaio V inicial (mL) V final (mL) V utilizado (mL) 1º ensaio 0,00 8,20 8,20 2º ensaio 8,20 16,90 8,70 3º ensaio 0,00 16,70 8,00 4º ensaio 8,00 16,70 8,70 5º ensaio 0,00 8,70 8,70 Volume da toma utilizado foi de 10,00mL Concentração de NaHO = 0,0743 mol/dm3 Foram utilizados os valores do 2º, 4º e 5º ensaio por apresentarem valores concordantes 17
  • 18. Limite mínimo de ácido tartárico, definido por lei (Reg. (CE) nº 491/2009, Anexo III- 1 d) Resultado obtido ≥ 3,5 g/L 4,85 g/L 18
  • 19. Discussão dos Resultados Atividades realizadas Resultados Teor alcoólico 12,86% Massa volúmica 0,9893 g/cm3 Extrato seco total 20,483 g/dm3 Acidez total 4,85 g/L 19 Não foi considerado de grande valorização a discrepância de 0,14% no teor alcoólico porque: A atividade não foi realizada num ambiente laboratorial rigoroso; Com aparelhos de alta precisão.
  • 20. 20 Para a produção de um vinho de qualidade é necessário: Respeitar as sequências das etapas de produção, conservação; Fazer análises . Conclusão Quanto à atividade prática o resultado obtido no teor alcoólico apresentou uma discrepância de 0,14% ou seja, as atividades realizadas a partir deste valor também poderão apresentar uma diferença em relação aos valores reais.
  • 21. Vantagens do consumo de vinho  Existência de compostos fenólicos •Reduz risco de doenças cardíacas, alguns cancros •Diminui a progressão de doenças neurológicas (Azheimer e Parkinson) •Aumenta o “colesterol bom” e diminui o “colesterol mau” Desvantagens do consumo de vinho Aumento de triglicerídeos •Desenvolvimento de cancro na mama •Provoca enxaquecas 21

Editor's Notes

  1. Enologia: está relacionado com as diversas áreas relacionadas com a produção e conservação do vinho. O trabalho de um enólogo inicia-se antes da chegada das uvas ao lagar; estuda as castas, o solo e o clima. Preocupa-se com o tratamento das videiras, e com todo o processo do qual irá resultar o vinho.
  2. Há evidencias arqueológicas que indicam uma domesticação da videira em 3000 a.c em países como o egipto na idade de bronze. Expansão portuguesa: porque era vendido a peso de ouro, era um bem precioso (chamado vinho de roda ou torna viagem) Em 1703 a exportação do vinho português conheceu uma nova fase de expansão. (acordo de regulamentação de exportações portugal – inglaterra) Regulamentação: Os vinhos Madeira, Moscatel de Setúbal, Carcavelos, Dão, Colares e Vinho Verde juntam-se ao Vinho do Porto e aos vinhos de mesa do Douro Em 1986 é criado o Instituto da Vinha e do Vinho.
  3. Taninos: polifenóis de origem vegetal responsáveis pela adstringência dos vinhos. Adstringência: é uma sensação gustativa provocada pelos taninos contidos nos vinhos tintos. Estes componentes que são responsáveis pelo corpo ou estrutura reagem com as proteínas da boca que perde momentaneamente o poder lubrificante da saliva ocasionando a sensação conhecida como “boca seca”.
  4. O tamanho, a forma e a cor dos bagos são caraterísticas que dependem da casta. a cor depende do estado de maturação que inicialmente é verde.
  5. Mais do que uma castas- vinho de lote
  6. A colheita que se pode denominar de vindima de uva para a vinificação. Transportar de forma a evitar o esmagamento das mesmas ou seja, vários recipientes com pouca quantidade em cada (caixas de colheita); Transporte rápido; Ser processada logo que chegar ao ambiente onde será produzido. O desengace corresponde à remoção dos caules dos cachos. Os esmagadores removem o engaço e esmagam as uvas simultaneamente. O esmagamento da uva não é mais do que o rompimento da película para a libertação do sumo da uva- o mosto- para que fique disponível para a fermentação O esgotamento é por isso o nome dado à operação que consiste na recolha do líquido obtido imediatamente antes de uma prensagem. A prensagem permite prensar com diferentes pressões, sem dilacerar as grainhas, evitando assim a passagem para o mosto ou vinho, de compostos indesejáveis (taninos agressivos), existentes nas graínhas. A maceração consiste na extração dos compostos fenólicos existentes nas películas e nas sementes: os taninos e as antocianas (pigmentos). A maceração pré-fermentativa é sempre opcional e tem como objetivo dissolver, os componentes das películas no mosto através do contacto entre ambos, pois é nas películas que estão os componentes ligados à cor e ao aroma. Fermentação alcoólica: passagem dos açucares a álcool. Os agentes dessa transformação são as leveduras. A fermentação malolática consiste em diminuir a acidez do vinho, de o suavizar e de o estabilizar parcialmente, contribuindo desta forma para um aumento do pH dos vinhos. A clarificação consiste na adicionação de uma substância que pode ser floculada e que, uma vez depositada, carregam consigo as partículas em suspensão que causam um aspecto turvo em vinhos ou sucos de fruta.
  7. Temperatura: O comportamento do vinho, varia substancialmente conforme a temperatura a que é conservado Luz: alguns dias de sol bastarão para o prejudicar irremediavelmente, sobretudo se as garrafas forem transparentes Vibrações: Para envelhecer bem, o vinho requer repouso absoluto Ventilação: È desejável evitar cheiros susceptíveis de alterar o sabor do vinho, mantendo o local de armazenagem convenientemente arejado Humidade: A humidade relativa adequada à conservação do vinho é de cerca de 60%, mas pode elevar-se até 75%, sem que os efeitos sejam muito negativos. Posição: Deve-se guardar as garrafas numa posição horizontal Espaço e local: se ter em atenção o número de prateleiras que deve ser calculado em função da quantidade de garrafas que se pretende armazenar.
  8. Homenageia o convento das servas, um dos monumentos mais importantes da zona antiga da cidade de Borba (Alentejo) Castas: roupeiro, rabo de ovelha, Fernão pires. Cor citrina, aroma frutado que revela juventude e frescura
  9. O valor foi corrigido para uma temperatura de 20ºC.
  10. O resultado obtido n técnica do picnómetro não envolveu a temperatura nem teor alcoólico, no entanto foram realizados cálculos para se obter uma madda volúmica de acordo com a temperatura de 20ºC e para um teor alcoólico de 12,86%, realçando o facto de que o teor alcoólico se encontra relacionado com a massa volúmica alterando-a.
  11. Valores concordantes não diferem 0,10 mL.
  12. Ivdp-instituto dos vinhos do douro e do porto
  13. Para a produção de um vinho de qualidade é necessário não só, respeitar a sequência de etapas previstas na sua produção como também, não descurar as análises a este produto, uma vez que se tornam numa mais-valia, garantindo uma boa qualidade do mesmo para o consumidor e um consequente prestígio de mercado.