SlideShare a Scribd company logo
1 of 30
Canto I

                                     as armas e os barões assInalados
                                     Que, da oCIdental praIa lusItana,
                                     por mares nunCa dantes navegados
                                     passaram aInda além da taprobana,
                                     em perIgos e guerras esforçados,
                                     maIs do Que prometIa a força humana,
                                     e entre gente remota edIfICaram
                                     novo reIno, Que tanto sublImaram;



                                     e também as memórIas glorIosas
                                     daQueles reIs Que foram dIlatando
                                     a fé, o ImpérIo, e as terras vICIosas
                                     de ÁfrICa e de ÁsIa andaram
                                     devastando,
                                     e aQueles Que por obras valerosas
                                     se vão da leI da morte lIbertando:
                                     Cantando espalhareI por toda a
                                     parte,
                                     se a tanto me ajudar o engenho e
                                     arte.




                                             luís vaz de Camões – os lusíadas




fotos.sapo.pt/76LsJhqpZvjEA7C14f7r
e também as memórIas glorIosas
daQueles reIs Que foram dIlatando
a fé, o ImpérIo, e as terras vICIosas
de ÁfrICa e de ÁsIa andaram devastando,
e aQueles Que por obras valorosas
se vão da leI da morte lIbertando;
Cantando espalhareI por toda a parte,
se a tanto me ajudar o engenho e arte .

       luís vaz de Camões – os lusíadas




                                     Olhares .aeio.pt/luis_de_camoes_foto1059537.html - 22k
fonte: http://www.dIaadIa.pr.gov.br/tvpendrIve/arQuIvos/fIle/Imagens/4portugues/897.jpg




                                                                      Cessem do sÁbIo grego e do troIano
                                                                      as navegações grandes Que fIzeram;
                                                                      Cale-se de alexandro e de trajano
                                                                      a fama das vItórIas Que tIveram;
                                                                      Que eu Canto o peIto Ilustre lusItano ,
                                                                      a Quem neptuno e marte obedeCeram.
                                                                      Cesse tudo o Que a musa antIga Canta,
                                                                      Que outro valor maIs alto se a levanta.

                                                                              luís vaz de Camões – os
                                                                      lusíadas
muItas são as
InCertezas sobre o
perCurso de vIda do
maIs    Célebre     dos
esCrItores
portugueses. Contudo,
é possível, Completar
o      seu      esboço
bIogrÁfICo reCorrendo
a vÁrIos doCumentos
esCrItos.
       Começando pelo
loCal e data do seu
nasCImento,       logo
surgem as prImeIras
dúvIdas: 1524 ou 1525?
a terra natal do
poeta     terIa    sIdo   fonte: http://www.nenetteCh.Com/dIghtonroCk/baCkgrounds/palaCIo_dos_Corte_reaIs_-150.jpg



lIsboa? CoImbra?
Quando tudo aConteCeu...

1524 ou 1525: datas provÁveIs do
nasCImento de luís vaz de Camões, talvez
em lIsboa.
1548: desterro no rIbatejo; alIsta-se no
ultramar.
1549: embarCa para Ceuta; perde o olho
dIreIto numa esCaramuça Contra os mouros.
1551: regressa a lIsboa.
1552: numa brIga, fere um funCIonÁrIo da
CavalarIça real e é preso.
1553: é lIbertado; embarCa para o orIente.
1554: parte de goa em perseguIção a navIos
merCantes mouros, sob o Comando de
fernando de meneses.
1556: é nomeado provedor-mor em maCau;
naufraga nas Costas do Camboja.
1562: é preso por dívIdas não pagas e depoIs
lIbertado pelo vICe-reI Conde de redondo, de
Quem era protegIdo.
                                               fonte: http://2.bp.blogspot.Com/_pdtk-
1567: segue para moçambIQue.                   gYeQoI/r8rtoIurQeI/aaaaaaaaanw/lCu9l
                                               k8nlus/s320/selo%2bCam%C3%b5es.jpg
1570: regressa a lIsboa na nau santa
Clara.
1572: saI a prImeIra edIção d’os lusíadas.
1579 ou 1580: morre de peste, em lIsboa.
vão as serenas Águas

                                 vão as serenas Águas
                                 do mondego desCendo
                                 mansamente, Que até o mar não param;
                                 por onde mInhas mÁgoas
                                 pouCo a pouCo CreCendo,
                                 para nunCa aCabar se Começaram.

                                 alI se ajuntaram
                                 neste lugar ameno,
                                 aonde agora mouro,
fIg. – CoImbra no séCulo xvI     testa de nove e ouro,
                                 rIso brando, suave, olhar sereno,
                                 um gesto delICado,
                                 Que sempre na alma me estarÁ pIntado.

                                                                                         luís de Camões




                               fonte: http://ofICIna.CIenCIavIva.pt/~pw020/g7/lat2.htm
fonte: http://www.InfopedIa.pt/mostra_Imagem.jsp?reCId=20855

e vós, tÁgIdes mInhas, poIs CrIado
tendes em mI um novo engenho ardente,
se sempre, em verso humIlde, Celebrado
foI de mI vosso rIo alegremente,
daI-me agora um som alto e sublImado,
um estIlo grandíloQuo e Corrente,
por Que de vossas Águas febo ordene
Que não tenham Inveja às de hIpoCrene .

                       luís de Camões
Fonte: pt.trekearth.com/gallery/Europe/Portugal/South/Santarem/Abrantes/photo565758.htm
daI-me uma fúrIa grande e sonorosa,
e não de agreste avena ou frauta ruda ,
mas de tuba Canora e belICosa,
Que o peIto aCende e a Cor ao gesto muda.
daI-me Igual Canto aos feItos da famosa
gente vossa, Que a marte tanto ajuda;
Que se espalhe e se Cante no unIverso,
se tão sublIme preço Cabe em verso.


                                                       luís de Camões




fonte:http://www.fraternIdaderosaCruz.org/Camoes.jpg
as rImas são a prImeIra edIção da lírICa CamonIana,
feIta a partIr de CanCIoneIros manusCrItos, em 1595.




                          fonte: http://www.aCademIa.org.br/abl/medIa/bb_rhYthamas.bmp
fonte: o.CamInho.InvIsIvel.zIp.net
fonte: splIshsplashblog.blogspot.Com




                                       o.CamInho.InvIsIvel.zIp.net
fonte: www.prof2000.pt/.../modulo2/webQuest/Index.1.gIf




www.fraternidaderosacruz.org/camoes.jpg
amor é um fogo Que arde sem se ver

amor é um fogo Que arde sem se ver,
é ferIda Que dóI, e não se sente;
é um Contentamento desContente,
é dor Que desatIna sem doer.

é um não Querer maIs Que bem Querer;
é um andar solItÁrIo entre a gente;
é nunCa Contentar-se de Contente;
é um CuIdar Que ganha em se perder.

é Querer estar preso por vontade;
é servIr a Quem venCe, o venCedor;
é ter Com Quem nos mata, lealdade.

mas Como Causar pode seu favor
nos Corações humanos amIzade,
se tão ContrÁrIo a sI é o mesmo amor?

                                        fontes: www.nosCafora.be/.../Camoes.jpg
Que vençaIs no orIente tantos reIs,
                                               Que de novo nos deIs da índIa o estado,
                                               Que esCureçaIs a fama Que ganhado
                                               tInham os Que ganharam a InfIéIs;

                                               Que do tempo tenhaIs venCIdo as leIs,
                                               Que tudo, enfIm, vençaIs C’o tempo armado;
Fonte: 3.bp.blogspot.com/.../s400/camoes.bmp   maIs é venCer na pÁtrIa, desarmado,
                                               os monstros e as QuImeras Que venCeIs.

                                               e assI, sobre venCerdes tanto ImIgo,
                                               e por armas fazer Que, sem segundo,
                                               vosso nome no mundo ouvIdo seja,

                                               o Que vos dÁ maIs nome Inda no mundo
                                               é venCerdes, senhor, no reIno amIgo,
                                               tantas IngratIdões, tão grande enveja!
a d. sImão da sIlveIra, em resposta de outro seu, pelos
mesmos Consoantes, mandando-lhe perguntar Quem
fora o prImeIro poeta Que fIzera sonetos

de um tão felICe engenho, produzIdo
de outro, Que o Claro sol não vIu maIor,
é trazer Cousas altas no sentIdo,
todas dInas de espanto e de louvor.

museu foI antIQuíssImo esCrItor,
fIlósofo e poeta ConheCIdo,
dIsCípulo do músICo amador
Que C’o som teve o Inferno suspendIdo.

este pôde abalar o monte mudo,
Cantando aQuele mal, Que eu jÁ passeI,
do manCebo de abIdo mal sIsudo.

agora Contam jÁ (segundo aCheI),
                                                 fontes: http://www.aupper.pt/obras/Images/oslusIadas.jpg



tasso, e o nosso bosCão, Que dIsse tudo
dos segredos Que move o Cego reI.
ah, mInha dInamene assI deIxaste
Quem não deIxara nunCa de Querer-te!
ah, nInfa mInha, jÁ não posso ver-te,
tão asInha esta vIda desprezaste!

Como jÁ para sempre te apartaste
de Quem tão longe estava de perder-te?
puderam estas ondas defender-te
Que não vIsses Quem tanto magoaste?

nem falar-te somente a dura morte
me deIxou, Que tão Cedo o negro manto
em teus olhos deItado ConsentIste!

ó mar! ó Céu! ó mInha esCura sorte!
Qual pena sentIreI, Que valha tanto,
Que aInda tenho por pouCo o vIver trIste?




             Fonte: www.templodeapolo.net/.../big/ninfas03.jpg
apartava-se nIse de montano,
em Cuja alma partIndo-se fICava;
Que o pastor na memórIa a debuxava,
por poder sustentar-se deste engano.

pelas praIas do índICo oCeano
sobre o Curvo Cajado se enCostava,
e os olhos pelas Águas alongava,
Que pouCo se doíam de seu dano.

«poIs Com tamanha mÁgoa e saudade
— dezIa – QuIs deIxar-me a Que eu adoro,
por testemunhas tomo Céu e estrelas.

mas se em vós, ondas, mora pIedade,
levaI também as lÁgrImas Que Choro,
poIs assI me levaIs a Causa delas!




                                           www.malhatlantica.pt
«deIxo, deuses, atrÁs a fama antIga,
                                 Que Coma gente de rômulo alCançaram,
                                 Quando Com vIrIato, na InImIga
                                 guerra romana, tanto se afamaram;
                                 também deIxo a memórIa Que os obrIga
                                 a grande nome, Quando levantaram
                                 um por seu CapItão, Que, peregrIno,
                                 fIngIu na Cerva espírIto dIvIno.




fonte: members.fortuneCItY.Com
verdes são os
      Campos


verdes são os Campos
da Cor do lImão:
assI são os olhos
do meu Coração.

Campo, Que te
estendes
Com verdura bela;
ovelhas, Que nela
vosso pasto tendes;
d’ervas vos
mantendes
Que traz o verão,
e eu das lembranças
do meu Coração.

gado, Que paCeIs,
Co Contentamento
vosso mantImento          fonte: http://3.bp.blogspot.Com/_Itd-
não o entendeIs:          lsb8Qmu/sr30h2zu37I/aaaaaaaaaem/waz2dpbtngg/s400/paIsagem_olh
                          os_verdes.jpg

Isso Que ComeIs
não são ervas, não:
são graças dos olhos
do meu Coração


     luís vaz de Camões
oh, Como se me alonga, de ano em ano

                                                                                 oh, Como se me alonga, de ano em ano,
                                                                                 a peregrInação Cansada mInha!
                                                                                 Como se enCurta, e Como ao fIm CamInha
                                                                                 este meu breve e vão dIsCurso humano!

                                                                                 vaI-se gastando a Idade e CresCe o dano;
                                                                                 perde-se-me um remédIo, Que Inda tInha;
                                                                                 se por experIênCIa se adIvInha,
                                                                                 QualQuer grande esperança é grande engano.

                                                                                 Corro após este bem Que não se alCança;
                                                                                 no meIo do CamInho me faleCe,
                                                                                 mIl vezes CaIo, e perCo a ConfIança.

                                                                                 Quando ele foge, eu tardo; e, na tardança,
                                                                                 se os olhos ergo a ver se Inda pareCe,
                                                                                 da vIsta se me perde e da esperança.




fonte:http://InCondICIonalmentevasCo.fIles.wordpress.Com/2008/03/Caravela2.jpg
Que me QuereIs perpétuas
            saudades?

Que me QuereIs perpétuas saudades?
Com Que esperanças aInda me enganaIs?
Que o tempo Que se vaI não torna maIs,
e se torna, não tornam as Idades.

razão é jÁ, ó anos!, Que vos vades,
porQue estes tão lIgeIros Que passaIs,
nem todos para um gosto são IguaIs,
nem sempre são Conforme as vontades.

aQuIlo Que jÁ QuIs é tão mudado
Que Quase é outra Cousa; porQue os dIas
têm o prImeIro gosto jÁ danado.

esperanças de novas alegrIas
não mas deIxa a fortuna e o tempo errado,
Que do Contentamento são espIas.


                                            fonte: http://farm4.statIC.flICkr.Com/3171/2738307582_14fa89C897.jpg?v=0
a luís de Camões

                                                                   sem lÁstIma e sem Ira o tempo
                                                                   arromba
                                                                   as heróICas espadas. pobre e trIste
                                                                   Á tua pÁtrIa nostÁlgICa voltaste,
                                                                   ó CapItão, para nela morrer
                                                                   e Com ela. no magICo deserto
                                                                   tInha-se a flor de portugal perdIdo
                                                                   e o Áspero espanhol, antes venCIdo,
                                                                   ameaçava o seu Costado aberto.
                                                                   Quero saber se aQuém da rIbeIra
                                                                   últIma Compreendeste humIldemente
                                                                   Que tudo o perdIdo, o oCIdente
                                                                   e o orIente, o aço e a bandeIra,
fonte:                                                             perdurarIa (alheIo a toda a humana
http://3.bp.blogspot.Com/_rj2bl4kmmae/se0m_7CIrII/aaaaaaaad_C/Qd
lmnxvjkeg/s400/Cam%C3%b5es.bmp
                                                                   mutaçao) na tua eneIda lusItana.

                                                                                     jorge luís borges
-"ó glórIa de mandar! ó vã CobIça
desta vaIdade a Quem Chamamos fama!
ó fraudulento gosto Que se atIça
Cua aura popular Que honra se Chama!
Que CastIgo tamanho e Que justIça
fazes no peIto vão Que muIto te ama!
Que mortes, Que perIgos, Que tormentas,
Que Crueldade neles experImentas!




                                          fonte:
                                          http://purl.pt/1229/1/d-394-
                                          v_jpg/d-394-v_jpg_24-C-r0072/d-394-
                                          v_t24-C-r0072.jpg
a lamentÁvel CatÁstrofe de d. Inês de
               Castro

da trIste, bela Inês, Inda os Clamores
andas, eCo Chorosa, repetIndo;
Inda aos pIedosos Céus andas pedIndo
justIça Contra os ímpIos matadores;

ouvem-se Inda na fonte dos amores
de Quando em Quando as nÁIades CarpIndo;
e o mondego, no Caso refleCtIndo,
rompe Irado a barreIra, alaga as flores:

Inda altos hInos o unIverso entoa
a pedro, Que da morte formosura
ConvosCo, amores, ao sepulCro voa:

mIlagre da beleza e da ternura!
abre, desCe, olha, geme, abraça e C'roa
a malfadada Inês na sepultura.


                                 boCage



                                           fonte: www.mulheresddInIs.blogspot.Com
"(...) CÁ, onde o mal se afIna e o bem se dana,
e pode maIs Que a honra a tIranIa;
CÁ, onde a errada e Cega monarQuIa
CuIda Que um nome vão a deus engana;
(...) CÁ neste esCuro Caos de Confusão,
CumprIndo o Curso estou da natureza.
vê se me esQueCereI de tI, sIão!"




                                                  fonte:
                                                  http://2.bp.blogspot.Com/_w3epfneC69Y/roujump4CxI/a
                                                  aaaaaaaafe/nmtkrYwl6Cg/s200/Camoes.jpg
Cantava a bela deusa Que vIrIam
                                                                                           do tejo, pelo mar Que o gama abrIra,
                                                                                           armadas Que as rIbeIras venCerIam
                                                                                           por onde o oCeano índICo suspIra;
                                                                                           e Que os gentIos reIs Que não darIam
                                                                                           a CervIz sua ao jugo, o ferro e Ira
                                                                                           provarIam do braço duro e forte,
                                                                                           até render-se a ele ou logo à morte.




fonte:http://www.Iep.umInho.pt/aaC/lIC/te/ate04/wQpI/wQCamonIana/Images/Caravela%201.jpg
transforma-se o amador na Cousa
                amada

transforma-se o amador na Cousa amada,
por vIrtude do muIto ImagInar;
não tenho logo maIs Que desejar,
poIs em mIm tenho a parte desejada.

se nela estÁ mInha alma transformada,
Que maIs deseja o Corpo de alCançar?
em sI sómente pode desCansar,
poIs ConsIgo tal alma estÁ lIada.

mas esta lInda e pura semIdeIa,
Que, Como o aCIdente em seu sujeIto,
assIm Co'a alma mInha se Conforma,
                                           fonte:
                                           http://mCebraga.fIles.wordpress.Com/2008/03/ponte.jpg

estÁ no pensamento Como IdeIa;
[e] o vIvo e puro amor de Que sou feIto,
Como matérIa sImples busCa a forma.
oh! Que famIntos beIjos na floresta,
                                                                e Que mImoso Choro Que soava
                                                                Que afagos tão suaves, Que Ira honesta!
                                                                Que em rIsInhos alegre se tornava!
                                                                o Que maIs passam na manhã e na sesta,
                                                                Que vénus Com prazeres Inflamava,
                                                                melhor é experImentÁ-lo Que julgÁ-lo;
                                                                mas julgue-o Quem não pode experImentÁ-lo

fontes: http://mulher50a60.weblog.Com.pt/arQuIvo/bottICellI_the_bIrth_of_venus_detaIl.jpg
erros meus, mÁ fortuna, amor ardente

erros meus, mÁ fortuna, amor ardente
em mInha perdIção se Conjuraram;
os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mIm bastava amor somente.

tudo passeI; mas tenho tão presente
a grande dor das Cousas Que passaram,
Que as magoadas Iras me ensInaram
a não Querer jÁ nunCa ser Contente.

erreI todo o dIsCurso de meus anos;
                                         fonte:
deI Causa [a] Que a fortuna CastIgasse   http://3.bp.blogspot.Com/_IIrQw6elhdw/rtjenh9kopI/aaaaaaaaaIs/Ix
                                         astflzduo/s1600-h/thoughts.bmp

as mInhas mal fundadas esperanças.

de amor não vI senão breves enganos.
oh! Quem tanto pudesse, Que fartasse
este meu duro génIo de vInganças!

                       luís de Camões
                                               trabalho realIzado por
                                             sIdónIo vIeIra , Curso efa - b3
                                                      (2008/2009)

More Related Content

What's hot

Alexandre herculano a vitória e a piedade
Alexandre herculano   a vitória e a piedadeAlexandre herculano   a vitória e a piedade
Alexandre herculano a vitória e a piedadeTulipa Zoá
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Maria João Lima
 
Cantos i e ii lusíadas
Cantos i e ii   lusíadasCantos i e ii   lusíadas
Cantos i e ii lusíadasCarla Souto
 
E book de Gil Vicente, Auto da Feira
E book de Gil Vicente, Auto da FeiraE book de Gil Vicente, Auto da Feira
E book de Gil Vicente, Auto da FeiraCarla Crespo
 
Alvares de azevedo poemas malditos
Alvares de azevedo   poemas malditosAlvares de azevedo   poemas malditos
Alvares de azevedo poemas malditosTulipa Zoá
 
O velho do restelo - Lusíadas
O velho do restelo - LusíadasO velho do restelo - Lusíadas
O velho do restelo - LusíadasJoão Baptista
 
Basílio da gama o uraguai
Basílio da gama   o uraguaiBasílio da gama   o uraguai
Basílio da gama o uraguaigreghouse48
 
Uma viagem por 800 anos da Poesia Portuguesa
Uma viagem por 800 anos da Poesia PortuguesaUma viagem por 800 anos da Poesia Portuguesa
Uma viagem por 800 anos da Poesia Portuguesacaxibiblioteca
 
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do PoetaCanto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do PoetaCatarina Sousa
 
Cartas chilenas tomaz antonia gonzaga
Cartas chilenas   tomaz antonia gonzagaCartas chilenas   tomaz antonia gonzaga
Cartas chilenas tomaz antonia gonzagagil junior
 
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 31
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 31ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 31
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 31luisprista
 
Tempestade e Chegada à Índia
Tempestade e Chegada à ÍndiaTempestade e Chegada à Índia
Tempestade e Chegada à Índiasin3stesia
 
Despedidas em Belém - Camões
Despedidas em Belém - CamõesDespedidas em Belém - Camões
Despedidas em Belém - CamõesInês Gaspar
 

What's hot (20)

Alexandre herculano a vitória e a piedade
Alexandre herculano   a vitória e a piedadeAlexandre herculano   a vitória e a piedade
Alexandre herculano a vitória e a piedade
 
Camões
CamõesCamões
Camões
 
Gigante adamastor
Gigante adamastorGigante adamastor
Gigante adamastor
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
 
Cantos i e ii lusíadas
Cantos i e ii   lusíadasCantos i e ii   lusíadas
Cantos i e ii lusíadas
 
E book de Gil Vicente, Auto da Feira
E book de Gil Vicente, Auto da FeiraE book de Gil Vicente, Auto da Feira
E book de Gil Vicente, Auto da Feira
 
Alvares de azevedo poemas malditos
Alvares de azevedo   poemas malditosAlvares de azevedo   poemas malditos
Alvares de azevedo poemas malditos
 
Elogio a Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...
Elogio a  Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...Elogio a  Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...
Elogio a Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...
 
O velho do restelo - Lusíadas
O velho do restelo - LusíadasO velho do restelo - Lusíadas
O velho do restelo - Lusíadas
 
Basílio da gama o uraguai
Basílio da gama   o uraguaiBasílio da gama   o uraguai
Basílio da gama o uraguai
 
Cartas da peste
Cartas da pesteCartas da peste
Cartas da peste
 
Uma viagem por 800 anos da Poesia Portuguesa
Uma viagem por 800 anos da Poesia PortuguesaUma viagem por 800 anos da Poesia Portuguesa
Uma viagem por 800 anos da Poesia Portuguesa
 
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do PoetaCanto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
 
Os Lusíadas canto II
Os Lusíadas   canto IIOs Lusíadas   canto II
Os Lusíadas canto II
 
Cartas chilenas tomaz antonia gonzaga
Cartas chilenas   tomaz antonia gonzagaCartas chilenas   tomaz antonia gonzaga
Cartas chilenas tomaz antonia gonzaga
 
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 31
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 31ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 31
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 31
 
Tempestade e Chegada à Índia
Tempestade e Chegada à ÍndiaTempestade e Chegada à Índia
Tempestade e Chegada à Índia
 
Despedidas em Belém - Camões
Despedidas em Belém - CamõesDespedidas em Belém - Camões
Despedidas em Belém - Camões
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
Bocage
BocageBocage
Bocage
 

Viewers also liked

Luís de camões
Luís de camõesLuís de camões
Luís de camõesAna Helena
 
Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Dina Baptista
 
Reprodução -- 5ºano
Reprodução -- 5ºanoReprodução -- 5ºano
Reprodução -- 5ºanoRosa Pereira
 
Reprodução dos Animais
Reprodução dos AnimaisReprodução dos Animais
Reprodução dos Animais00367p
 
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 79 80
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 79 80ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 79 80
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 79 80luisprista
 
ReproduçãO Nos Animais 5º Ano
ReproduçãO Nos Animais 5º AnoReproduçãO Nos Animais 5º Ano
ReproduçãO Nos Animais 5º AnoMariaJoão Agualuza
 
Factores Abióticos
Factores AbióticosFactores Abióticos
Factores AbióticosSérgio Luiz
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lurdes Augusto
 
Analise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentaçãoAnalise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentaçãoAngela Silva
 

Viewers also liked (16)

Camões sonetos
Camões sonetosCamões sonetos
Camões sonetos
 
Luís de camões
Luís de camõesLuís de camões
Luís de camões
 
Luis de camões 1
Luis de camões 1Luis de camões 1
Luis de camões 1
 
Lírica camoniana
Lírica camonianaLírica camoniana
Lírica camoniana
 
Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)
 
Reprodução -- 5ºano
Reprodução -- 5ºanoReprodução -- 5ºano
Reprodução -- 5ºano
 
Reprodução dos animais
Reprodução dos animaisReprodução dos animais
Reprodução dos animais
 
Reprodução dos Animais
Reprodução dos AnimaisReprodução dos Animais
Reprodução dos Animais
 
Amor é um fogo
Amor é um fogoAmor é um fogo
Amor é um fogo
 
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 79 80
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 79 80ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 79 80
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 79 80
 
ReproduçãO Nos Animais 5º Ano
ReproduçãO Nos Animais 5º AnoReproduçãO Nos Animais 5º Ano
ReproduçãO Nos Animais 5º Ano
 
Factores Abióticos
Factores AbióticosFactores Abióticos
Factores Abióticos
 
Amor é fogo que arde
Amor é fogo que ardeAmor é fogo que arde
Amor é fogo que arde
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões
 
Analise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentaçãoAnalise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentação
 
. Maias simplificado
. Maias simplificado. Maias simplificado
. Maias simplificado
 

Similar to Camões e a lírica de saudade

Similar to Camões e a lírica de saudade (20)

O navio negreiro e outros poema castro alves
O navio negreiro e outros poema   castro alvesO navio negreiro e outros poema   castro alves
O navio negreiro e outros poema castro alves
 
luis de camões - os lusíadas
 luis de camões - os lusíadas luis de camões - os lusíadas
luis de camões - os lusíadas
 
25
2525
25
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
104
104104
104
 
Castro alves navio negreiro
Castro alves   navio negreiroCastro alves   navio negreiro
Castro alves navio negreiro
 
Mós - Aldeia Medieval
Mós - Aldeia MedievalMós - Aldeia Medieval
Mós - Aldeia Medieval
 
Os lusiadas
Os lusiadasOs lusiadas
Os lusiadas
 
Os lusiadas
Os lusiadasOs lusiadas
Os lusiadas
 
Lusiadas
LusiadasLusiadas
Lusiadas
 
Os lusiadas
Os lusiadasOs lusiadas
Os lusiadas
 
Os lusíadas, Luís de Camões
Os lusíadas, Luís de CamõesOs lusíadas, Luís de Camões
Os lusíadas, Luís de Camões
 
Castro Alves Negreiro
Castro Alves NegreiroCastro Alves Negreiro
Castro Alves Negreiro
 
O Navio Negreiro
O Navio NegreiroO Navio Negreiro
O Navio Negreiro
 
Os Lusíadas
Os Lusíadas Os Lusíadas
Os Lusíadas
 
Luís vaz de camões (1524 – 1580
Luís vaz de camões (1524 – 1580Luís vaz de camões (1524 – 1580
Luís vaz de camões (1524 – 1580
 
Lusíadas
LusíadasLusíadas
Lusíadas
 
Castro alves espumas flutuantes
Castro alves   espumas flutuantesCastro alves   espumas flutuantes
Castro alves espumas flutuantes
 
A biblioteca saiu da escola 1
A biblioteca saiu da escola 1A biblioteca saiu da escola 1
A biblioteca saiu da escola 1
 
O navio negreiro
O navio negreiroO navio negreiro
O navio negreiro
 

More from maria.j.fontes

More from maria.j.fontes (9)

Camões, o homem e a obra
Camões, o homem e a obraCamões, o homem e a obra
Camões, o homem e a obra
 
Tipos de Drogas
Tipos de DrogasTipos de Drogas
Tipos de Drogas
 
Declaração dos Direitos das Crianças
Declaração dos  Direitos das CriançasDeclaração dos  Direitos das Crianças
Declaração dos Direitos das Crianças
 
Direitos e Deveres do Consumidor
Direitos e Deveres do ConsumidorDireitos e Deveres do Consumidor
Direitos e Deveres do Consumidor
 
Energias Renováveis
Energias RenováveisEnergias Renováveis
Energias Renováveis
 
Camões, vida e epopeia
Camões, vida e epopeiaCamões, vida e epopeia
Camões, vida e epopeia
 
Tabagismo
TabagismoTabagismo
Tabagismo
 
Alcoolismo
AlcoolismoAlcoolismo
Alcoolismo
 
Projecto Ler Por Prazer
Projecto Ler Por PrazerProjecto Ler Por Prazer
Projecto Ler Por Prazer
 

Recently uploaded

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 

Recently uploaded (20)

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 

Camões e a lírica de saudade

  • 1. Canto I as armas e os barões assInalados Que, da oCIdental praIa lusItana, por mares nunCa dantes navegados passaram aInda além da taprobana, em perIgos e guerras esforçados, maIs do Que prometIa a força humana, e entre gente remota edIfICaram novo reIno, Que tanto sublImaram; e também as memórIas glorIosas daQueles reIs Que foram dIlatando a fé, o ImpérIo, e as terras vICIosas de ÁfrICa e de ÁsIa andaram devastando, e aQueles Que por obras valerosas se vão da leI da morte lIbertando: Cantando espalhareI por toda a parte, se a tanto me ajudar o engenho e arte. luís vaz de Camões – os lusíadas fotos.sapo.pt/76LsJhqpZvjEA7C14f7r
  • 2. e também as memórIas glorIosas daQueles reIs Que foram dIlatando a fé, o ImpérIo, e as terras vICIosas de ÁfrICa e de ÁsIa andaram devastando, e aQueles Que por obras valorosas se vão da leI da morte lIbertando; Cantando espalhareI por toda a parte, se a tanto me ajudar o engenho e arte . luís vaz de Camões – os lusíadas Olhares .aeio.pt/luis_de_camoes_foto1059537.html - 22k
  • 3. fonte: http://www.dIaadIa.pr.gov.br/tvpendrIve/arQuIvos/fIle/Imagens/4portugues/897.jpg Cessem do sÁbIo grego e do troIano as navegações grandes Que fIzeram; Cale-se de alexandro e de trajano a fama das vItórIas Que tIveram; Que eu Canto o peIto Ilustre lusItano , a Quem neptuno e marte obedeCeram. Cesse tudo o Que a musa antIga Canta, Que outro valor maIs alto se a levanta. luís vaz de Camões – os lusíadas
  • 4. muItas são as InCertezas sobre o perCurso de vIda do maIs Célebre dos esCrItores portugueses. Contudo, é possível, Completar o seu esboço bIogrÁfICo reCorrendo a vÁrIos doCumentos esCrItos. Começando pelo loCal e data do seu nasCImento, logo surgem as prImeIras dúvIdas: 1524 ou 1525? a terra natal do poeta terIa sIdo fonte: http://www.nenetteCh.Com/dIghtonroCk/baCkgrounds/palaCIo_dos_Corte_reaIs_-150.jpg lIsboa? CoImbra?
  • 5. Quando tudo aConteCeu... 1524 ou 1525: datas provÁveIs do nasCImento de luís vaz de Camões, talvez em lIsboa. 1548: desterro no rIbatejo; alIsta-se no ultramar. 1549: embarCa para Ceuta; perde o olho dIreIto numa esCaramuça Contra os mouros. 1551: regressa a lIsboa. 1552: numa brIga, fere um funCIonÁrIo da CavalarIça real e é preso. 1553: é lIbertado; embarCa para o orIente. 1554: parte de goa em perseguIção a navIos merCantes mouros, sob o Comando de fernando de meneses. 1556: é nomeado provedor-mor em maCau; naufraga nas Costas do Camboja. 1562: é preso por dívIdas não pagas e depoIs lIbertado pelo vICe-reI Conde de redondo, de Quem era protegIdo. fonte: http://2.bp.blogspot.Com/_pdtk- 1567: segue para moçambIQue. gYeQoI/r8rtoIurQeI/aaaaaaaaanw/lCu9l k8nlus/s320/selo%2bCam%C3%b5es.jpg 1570: regressa a lIsboa na nau santa Clara. 1572: saI a prImeIra edIção d’os lusíadas. 1579 ou 1580: morre de peste, em lIsboa.
  • 6. vão as serenas Águas vão as serenas Águas do mondego desCendo mansamente, Que até o mar não param; por onde mInhas mÁgoas pouCo a pouCo CreCendo, para nunCa aCabar se Começaram. alI se ajuntaram neste lugar ameno, aonde agora mouro, fIg. – CoImbra no séCulo xvI testa de nove e ouro, rIso brando, suave, olhar sereno, um gesto delICado, Que sempre na alma me estarÁ pIntado. luís de Camões fonte: http://ofICIna.CIenCIavIva.pt/~pw020/g7/lat2.htm
  • 7. fonte: http://www.InfopedIa.pt/mostra_Imagem.jsp?reCId=20855 e vós, tÁgIdes mInhas, poIs CrIado tendes em mI um novo engenho ardente, se sempre, em verso humIlde, Celebrado foI de mI vosso rIo alegremente, daI-me agora um som alto e sublImado, um estIlo grandíloQuo e Corrente, por Que de vossas Águas febo ordene Que não tenham Inveja às de hIpoCrene . luís de Camões
  • 9. daI-me uma fúrIa grande e sonorosa, e não de agreste avena ou frauta ruda , mas de tuba Canora e belICosa, Que o peIto aCende e a Cor ao gesto muda. daI-me Igual Canto aos feItos da famosa gente vossa, Que a marte tanto ajuda; Que se espalhe e se Cante no unIverso, se tão sublIme preço Cabe em verso. luís de Camões fonte:http://www.fraternIdaderosaCruz.org/Camoes.jpg
  • 10. as rImas são a prImeIra edIção da lírICa CamonIana, feIta a partIr de CanCIoneIros manusCrItos, em 1595. fonte: http://www.aCademIa.org.br/abl/medIa/bb_rhYthamas.bmp
  • 12. fonte: splIshsplashblog.blogspot.Com o.CamInho.InvIsIvel.zIp.net
  • 14. amor é um fogo Que arde sem se ver amor é um fogo Que arde sem se ver, é ferIda Que dóI, e não se sente; é um Contentamento desContente, é dor Que desatIna sem doer. é um não Querer maIs Que bem Querer; é um andar solItÁrIo entre a gente; é nunCa Contentar-se de Contente; é um CuIdar Que ganha em se perder. é Querer estar preso por vontade; é servIr a Quem venCe, o venCedor; é ter Com Quem nos mata, lealdade. mas Como Causar pode seu favor nos Corações humanos amIzade, se tão ContrÁrIo a sI é o mesmo amor? fontes: www.nosCafora.be/.../Camoes.jpg
  • 15. Que vençaIs no orIente tantos reIs, Que de novo nos deIs da índIa o estado, Que esCureçaIs a fama Que ganhado tInham os Que ganharam a InfIéIs; Que do tempo tenhaIs venCIdo as leIs, Que tudo, enfIm, vençaIs C’o tempo armado; Fonte: 3.bp.blogspot.com/.../s400/camoes.bmp maIs é venCer na pÁtrIa, desarmado, os monstros e as QuImeras Que venCeIs. e assI, sobre venCerdes tanto ImIgo, e por armas fazer Que, sem segundo, vosso nome no mundo ouvIdo seja, o Que vos dÁ maIs nome Inda no mundo é venCerdes, senhor, no reIno amIgo, tantas IngratIdões, tão grande enveja!
  • 16. a d. sImão da sIlveIra, em resposta de outro seu, pelos mesmos Consoantes, mandando-lhe perguntar Quem fora o prImeIro poeta Que fIzera sonetos de um tão felICe engenho, produzIdo de outro, Que o Claro sol não vIu maIor, é trazer Cousas altas no sentIdo, todas dInas de espanto e de louvor. museu foI antIQuíssImo esCrItor, fIlósofo e poeta ConheCIdo, dIsCípulo do músICo amador Que C’o som teve o Inferno suspendIdo. este pôde abalar o monte mudo, Cantando aQuele mal, Que eu jÁ passeI, do manCebo de abIdo mal sIsudo. agora Contam jÁ (segundo aCheI), fontes: http://www.aupper.pt/obras/Images/oslusIadas.jpg tasso, e o nosso bosCão, Que dIsse tudo dos segredos Que move o Cego reI.
  • 17. ah, mInha dInamene assI deIxaste Quem não deIxara nunCa de Querer-te! ah, nInfa mInha, jÁ não posso ver-te, tão asInha esta vIda desprezaste! Como jÁ para sempre te apartaste de Quem tão longe estava de perder-te? puderam estas ondas defender-te Que não vIsses Quem tanto magoaste? nem falar-te somente a dura morte me deIxou, Que tão Cedo o negro manto em teus olhos deItado ConsentIste! ó mar! ó Céu! ó mInha esCura sorte! Qual pena sentIreI, Que valha tanto, Que aInda tenho por pouCo o vIver trIste? Fonte: www.templodeapolo.net/.../big/ninfas03.jpg
  • 18. apartava-se nIse de montano, em Cuja alma partIndo-se fICava; Que o pastor na memórIa a debuxava, por poder sustentar-se deste engano. pelas praIas do índICo oCeano sobre o Curvo Cajado se enCostava, e os olhos pelas Águas alongava, Que pouCo se doíam de seu dano. «poIs Com tamanha mÁgoa e saudade — dezIa – QuIs deIxar-me a Que eu adoro, por testemunhas tomo Céu e estrelas. mas se em vós, ondas, mora pIedade, levaI também as lÁgrImas Que Choro, poIs assI me levaIs a Causa delas! www.malhatlantica.pt
  • 19. «deIxo, deuses, atrÁs a fama antIga, Que Coma gente de rômulo alCançaram, Quando Com vIrIato, na InImIga guerra romana, tanto se afamaram; também deIxo a memórIa Que os obrIga a grande nome, Quando levantaram um por seu CapItão, Que, peregrIno, fIngIu na Cerva espírIto dIvIno. fonte: members.fortuneCItY.Com
  • 20. verdes são os Campos verdes são os Campos da Cor do lImão: assI são os olhos do meu Coração. Campo, Que te estendes Com verdura bela; ovelhas, Que nela vosso pasto tendes; d’ervas vos mantendes Que traz o verão, e eu das lembranças do meu Coração. gado, Que paCeIs, Co Contentamento vosso mantImento fonte: http://3.bp.blogspot.Com/_Itd- não o entendeIs: lsb8Qmu/sr30h2zu37I/aaaaaaaaaem/waz2dpbtngg/s400/paIsagem_olh os_verdes.jpg Isso Que ComeIs não são ervas, não: são graças dos olhos do meu Coração luís vaz de Camões
  • 21. oh, Como se me alonga, de ano em ano oh, Como se me alonga, de ano em ano, a peregrInação Cansada mInha! Como se enCurta, e Como ao fIm CamInha este meu breve e vão dIsCurso humano! vaI-se gastando a Idade e CresCe o dano; perde-se-me um remédIo, Que Inda tInha; se por experIênCIa se adIvInha, QualQuer grande esperança é grande engano. Corro após este bem Que não se alCança; no meIo do CamInho me faleCe, mIl vezes CaIo, e perCo a ConfIança. Quando ele foge, eu tardo; e, na tardança, se os olhos ergo a ver se Inda pareCe, da vIsta se me perde e da esperança. fonte:http://InCondICIonalmentevasCo.fIles.wordpress.Com/2008/03/Caravela2.jpg
  • 22. Que me QuereIs perpétuas saudades? Que me QuereIs perpétuas saudades? Com Que esperanças aInda me enganaIs? Que o tempo Que se vaI não torna maIs, e se torna, não tornam as Idades. razão é jÁ, ó anos!, Que vos vades, porQue estes tão lIgeIros Que passaIs, nem todos para um gosto são IguaIs, nem sempre são Conforme as vontades. aQuIlo Que jÁ QuIs é tão mudado Que Quase é outra Cousa; porQue os dIas têm o prImeIro gosto jÁ danado. esperanças de novas alegrIas não mas deIxa a fortuna e o tempo errado, Que do Contentamento são espIas. fonte: http://farm4.statIC.flICkr.Com/3171/2738307582_14fa89C897.jpg?v=0
  • 23. a luís de Camões sem lÁstIma e sem Ira o tempo arromba as heróICas espadas. pobre e trIste Á tua pÁtrIa nostÁlgICa voltaste, ó CapItão, para nela morrer e Com ela. no magICo deserto tInha-se a flor de portugal perdIdo e o Áspero espanhol, antes venCIdo, ameaçava o seu Costado aberto. Quero saber se aQuém da rIbeIra últIma Compreendeste humIldemente Que tudo o perdIdo, o oCIdente e o orIente, o aço e a bandeIra, fonte: perdurarIa (alheIo a toda a humana http://3.bp.blogspot.Com/_rj2bl4kmmae/se0m_7CIrII/aaaaaaaad_C/Qd lmnxvjkeg/s400/Cam%C3%b5es.bmp mutaçao) na tua eneIda lusItana. jorge luís borges
  • 24. -"ó glórIa de mandar! ó vã CobIça desta vaIdade a Quem Chamamos fama! ó fraudulento gosto Que se atIça Cua aura popular Que honra se Chama! Que CastIgo tamanho e Que justIça fazes no peIto vão Que muIto te ama! Que mortes, Que perIgos, Que tormentas, Que Crueldade neles experImentas! fonte: http://purl.pt/1229/1/d-394- v_jpg/d-394-v_jpg_24-C-r0072/d-394- v_t24-C-r0072.jpg
  • 25. a lamentÁvel CatÁstrofe de d. Inês de Castro da trIste, bela Inês, Inda os Clamores andas, eCo Chorosa, repetIndo; Inda aos pIedosos Céus andas pedIndo justIça Contra os ímpIos matadores; ouvem-se Inda na fonte dos amores de Quando em Quando as nÁIades CarpIndo; e o mondego, no Caso refleCtIndo, rompe Irado a barreIra, alaga as flores: Inda altos hInos o unIverso entoa a pedro, Que da morte formosura ConvosCo, amores, ao sepulCro voa: mIlagre da beleza e da ternura! abre, desCe, olha, geme, abraça e C'roa a malfadada Inês na sepultura. boCage fonte: www.mulheresddInIs.blogspot.Com
  • 26. "(...) CÁ, onde o mal se afIna e o bem se dana, e pode maIs Que a honra a tIranIa; CÁ, onde a errada e Cega monarQuIa CuIda Que um nome vão a deus engana; (...) CÁ neste esCuro Caos de Confusão, CumprIndo o Curso estou da natureza. vê se me esQueCereI de tI, sIão!" fonte: http://2.bp.blogspot.Com/_w3epfneC69Y/roujump4CxI/a aaaaaaaafe/nmtkrYwl6Cg/s200/Camoes.jpg
  • 27. Cantava a bela deusa Que vIrIam do tejo, pelo mar Que o gama abrIra, armadas Que as rIbeIras venCerIam por onde o oCeano índICo suspIra; e Que os gentIos reIs Que não darIam a CervIz sua ao jugo, o ferro e Ira provarIam do braço duro e forte, até render-se a ele ou logo à morte. fonte:http://www.Iep.umInho.pt/aaC/lIC/te/ate04/wQpI/wQCamonIana/Images/Caravela%201.jpg
  • 28. transforma-se o amador na Cousa amada transforma-se o amador na Cousa amada, por vIrtude do muIto ImagInar; não tenho logo maIs Que desejar, poIs em mIm tenho a parte desejada. se nela estÁ mInha alma transformada, Que maIs deseja o Corpo de alCançar? em sI sómente pode desCansar, poIs ConsIgo tal alma estÁ lIada. mas esta lInda e pura semIdeIa, Que, Como o aCIdente em seu sujeIto, assIm Co'a alma mInha se Conforma, fonte: http://mCebraga.fIles.wordpress.Com/2008/03/ponte.jpg estÁ no pensamento Como IdeIa; [e] o vIvo e puro amor de Que sou feIto, Como matérIa sImples busCa a forma.
  • 29. oh! Que famIntos beIjos na floresta, e Que mImoso Choro Que soava Que afagos tão suaves, Que Ira honesta! Que em rIsInhos alegre se tornava! o Que maIs passam na manhã e na sesta, Que vénus Com prazeres Inflamava, melhor é experImentÁ-lo Que julgÁ-lo; mas julgue-o Quem não pode experImentÁ-lo fontes: http://mulher50a60.weblog.Com.pt/arQuIvo/bottICellI_the_bIrth_of_venus_detaIl.jpg
  • 30. erros meus, mÁ fortuna, amor ardente erros meus, mÁ fortuna, amor ardente em mInha perdIção se Conjuraram; os erros e a fortuna sobejaram, Que pera mIm bastava amor somente. tudo passeI; mas tenho tão presente a grande dor das Cousas Que passaram, Que as magoadas Iras me ensInaram a não Querer jÁ nunCa ser Contente. erreI todo o dIsCurso de meus anos; fonte: deI Causa [a] Que a fortuna CastIgasse http://3.bp.blogspot.Com/_IIrQw6elhdw/rtjenh9kopI/aaaaaaaaaIs/Ix astflzduo/s1600-h/thoughts.bmp as mInhas mal fundadas esperanças. de amor não vI senão breves enganos. oh! Quem tanto pudesse, Que fartasse este meu duro génIo de vInganças! luís de Camões trabalho realIzado por sIdónIo vIeIra , Curso efa - b3 (2008/2009)