2. Ocupação Antrópica
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O crescimento da população gerou a ocupação de grandes áreas da
superfície terrestre pelo Homem – Ocupação Antrópica – que
acarretou alterações nas paisagens naturais.
A ocupação desordenada do território, considerando os espaços
urbanos e rurais, acarretou vários impactos negativos ao meio
ambiente.
Para evitar que a ocupação antrópica acentue cada vez mais os
impactos negativos, é necessário definir regras de Ordenamento
do Território.
3. Ocupação Antrópica
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O Ordenamento do Território é o conjunto de processos
integrados de organização do espaço biofísico, tendo como objetivo
a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as
capacidades do referido espaço.
A ocupação antrópica gera situações de risco especialmente no que
se refere a:
bacias hidrográficas,
zonas costeiras,
zonas de vertente.
4. Zonas Costeiras
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A zona costeira é uma faixa complexa, dinâmica, mutável e que está
sujeita a variados processos geológicos.
Os fatores modeladores das zonas costeiras são, fundamentalmente:
ação mecânica das ondas,
• erosão (abrasão marinha)
subida e a descida das marés,
• deposição
correntes marinhas.
• arribas
Modelados costeiros
• praias
mais comuns
5. Zonas Costeiras
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Praias
Formadas pela deposição de sedimentos não
consolidados resultantes de materiais
arrancados pelo mar ou de materiais
transportados pelos rios.
Podem observar-se dunas litorais que
impedem o avanço do mar para o interior
e constituem ecossistemas únicos de
grande biodiversidade.
6. Zonas Costeiras
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Arribas
Resultantes da erosão – abrasão marinha.
Costas altas e escarpadas constituídas
por material rochoso consolidado, com
pouca ou nenhuma vegetação.
Arriba fóssil
8. Zonas Costeiras
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Formas de erosão
Geradas pela abrasão marinha provocada pelo impacto dos movimentos
das águas do mar (ondulação, correntes e marés) sobre a costa.
9. Zonas Costeiras
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Formas de erosão
A ação combinada do impacto constante da ondulação (abrasão) e da
dissolução das rochas que, ao escavar a base da escarpa, a torna instável,
acabando por desabar sob a ação da gravidade
Recuo da arriba ou escarpa
10. Zonas Costeiras
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Formas de erosão
Plataforma de abrasão
Superfície aplanada e irregular
situada na base da arriba, entre
marés.
Resulta do desmoronamento da
arriba
É constituída por detritos rochosos
caídos da arriba.
11. Zonas Costeiras
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Formas de erosão
Plataforma de abrasão
Praia de Ribeira d’Ilhas - Ericeira
12. Zonas Costeiras
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Formas de erosão
Plataforma de abrasão
Os materiais acumulados na superfície de
abrasão irão ficar sujeitos à ação erosiva
das ondas que, após a sua remoção,
reiniciarão de novo a sua ação erosiva na
base da escarpa, repetindo-se o
processo.
A abrasão marinha torna-se mais intensa
quando a água transporta partículas
sólidas.
13. Zonas Costeiras
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Formas de erosão
Derrocada de arriba em
S. Bernardino- Peniche
18. Zonas Costeiras
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Formas de deposição
Praia
Acumulação de sedimentos de variadas dimensões na faixa litoral.
19. Zonas Costeiras
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Formas de deposição
Restinga ou Cabedelo
Acumulação de areia ligada à faixa litoral por uma das suas
extremidades com a outra livre.
23. Zonas Costeiras
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Formas de deposição
Tômbolo
Acumulação de areia que liga uma praia a uma ilha.
24. Zonas Costeiras
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Formas de deposição
Tômbolo
Por ação das correntes marítimas
acumulam-se, entre uma pequena
ilha e a orla continental grandes
quantidades de sedimentos
arenosos que, acabando por
emergir, formam um istmo que faz
a ligação ao território continental.
É a este istmo arenoso, ligando
uma ilha ao continente, que se dá o
nome de tômbolo.
25. Zonas Costeiras
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Formas de deposição
Tômbolo
Tômbolos de Peniche e do Baleal
26. Zonas Costeiras
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Formas de deposição
Tômbolo
Presumível evolução da linha da costa de Peniche desde o século
XII até aos nossos dias
27. Zonas Costeiras
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Formas de deposição
Ilha-barreira
Acumulação de areia paralela à costa e dela separada por uma
laguna.
30. Zonas Costeiras
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Formas de deposição
Ilha-barreira
Formação de barras submersas que evoluíram para ilhas-barreira de
um sistema lagunar, como o da Ria Formosa.
32. Zonas Costeiras
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Evolução do litoral
As áreas litorais são as mais densamente habitadas, albergando cerca de
80% da população mundial em apenas 500 000 km de comprimento.
Portugal possui cerca de 1450 km de costa e mais de metade da população
portuguesa vive em concelhos do litoral.
Neste espaço de inter-relação entre as áreas terrestre e marinha, a
influência humana tem hoje um importante papel.
As zonas litorais são um recurso insubstituível e não renovável do qual o
Homem obtém alimentos, recursos minerais, lazer e turismo.
São sistemas dinâmicos, condicionados por fatores naturais e antrópicos.
33. Zonas Costeiras
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Evolução do litoral
Causas naturais
Alternância entre regressões (descida do nível médio da água do mar)
e transgressões marinhas (subida do nível médio da água do mar);
Alternância entre períodos de glaciação (formação de calotes
glaciares) e interglaciação (fusão das calotes e consequente
transgressão marinha);
Movimentos tectónicos originam a deformação das margens dos
continentes, provocando a elevação ou afundamento das zonas litorais.
34. Zonas Costeiras
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Evolução do litoral
Causas antrópicas
Agravamento do efeito de estufa provocado pelo excesso de
produção de CO2 e consequente transgressão marinha;
Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral devido
quer à sua extração quer à construção de barragens;
Ocupação da faixa litoral e consequente:
construção de estruturas de lazer,
construção desordenada,
arranque da cobertura vegetal,
pisoteio das dunas…
35. Zonas Costeiras
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Evolução do litoral
Causas antrópicas Consequências
Extração de sedimentos para a • Falta de sedimentos no litoral.
construção civil e retenção de
sedimentos devido a barragens.
Pisoteio das dunas, quer pelos • Destruição das dunas e das plantas
banhistas, quer pelas viaturas fixadoras das areias.
todo-o-terreno.
Construção de estruturas fixas • Obstáculo à movimentação constante
sobre dunas e praias (pressão das areias interrompendo-se um ciclo
urbanística). natural de deposição e transporte de
areias pelo vento e pelo mar.
36. Zonas Costeiras
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Evolução do litoral
Alteração da linha de costa
A linha tracejada representa a
posição da linha de costa frente a
Esposende em 1967.
A linha vermelha representa a
posição do nível da maré alta em
Fevereiro de 2001.
A mancha amarela representa a
posição do nível de maré alta em
Agosto de 2001.
40. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção)
esporões,
paredões,
quebra-mares,
enrocamentos.
41. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção)
A deriva litoral é a quantidade de sedimento que passa numa secção do litoral durante
determinado período (normalmente utiliza-se um ano).
A deriva litoral é induzida pela incidência da onda obliquamente à costa, em consequência
da qual se geram correntes (ditas de deriva litoral) com resultante longitudinal.
42. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - esporões
43. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - esporões
44. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - esporões
Estruturas perpendiculares à linha de costa (a partir da praia) que se
destinam a evitar o arrastamento de sedimentos e areias.
45. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - esporões
46. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - esporões
47. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - esporões
48. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - esporões
49. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - esporões
50. Zonas Costeiras
50
Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - esporões
Constituem uma oposição ao transporte litoral de areias.
Permitem a acumulação de areias do lado montante (relativamente ao
sentido da deriva litoral).
Originam uma erosão intensa e deficiente retenção de areias a jusante
do esporão.
Como consequência, verifica-se tendência para estas estruturas se
multiplicarem , formando campos de esporões.
51. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - Paredões
Estruturas paralelas à linha de costa (sobre a praia) que se destinam a
evitar o efeito abrasivo sobre a linha de costa.
52. Zonas Costeiras
52
Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - Paredões
53. Zonas Costeiras
53
Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - Paredões
54. Zonas Costeiras
54
Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) - Paredões
55. Zonas Costeiras
55
Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) – Quebra-mar
Estruturas longitudinais, geralmente destacadas, paralelas à linha de
costa.
56. Zonas Costeiras
56
Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) – Quebra-mar
57. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção) – Enrocamentos
Estruturas formadas por grande quantidade de enormes blocos
rochosos dispostos paralelamente à costa.
58. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção)
Têm elevados custos de construção e manutenção.
Garantem apenas proteção local e reduzida no tempo.
Muitas dessas obras não têm como objetivo principal proteger a costa,
mas sim proteger a propriedade privada ou pública.
Constituem obstáculos ao transporte litoral de areias, resultando num
determinado local, mas agravando noutro (intensa erosão).
São soluções localmente eficazes, mas que causam distúrbios na dinâmica
litoral a nível regional.
59. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção)
Para além de serem uma solução muito dispendiosa, elas próprias podem ser
uma causa para o aumento da erosão litoral.
Só devem ser construídas estruturas de defesa costeira nos segmentos com
valores sociais e económicos para o país (ou região) que as justifiquem;
Nos outros segmentos costeiros deixar que a mudança natural ocorra sem
qualquer intervenção (segundo o Geólogo, Gaspar de Carvalho, Professor Catedrático jubilado).
60. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Recuperação de dunas
Estruturas de estabilização dunar formadas por paliçadas de madeira
para reter as areias e consolidar as dunas.
61. Zonas Costeiras
61
Medidas de prevenção
Recuperação de dunas
Estruturas formadas por paliçadas de madeira para circulação,
reduzindo a degradação das dunas.
62. Zonas Costeiras
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Medidas de prevenção
Alimentação artificial das praias
Praia de Albufeira - Antes e depois da alimentação da praia
Mais económica do que as grandes obras de engenharia;
Decisão controversa em litorais muito energéticos, como a costa
ocidental portuguesa, pois requerem alimentação sistemática de
sedimentos.
63. Zonas Costeiras
63
Medidas de prevenção
Planos de ordenamento do território
(Programa Finisterra – Programa de Intervenção na Orla Costeira Continental)
Incluem medidas como:
Recuperação de dunas;
Alimentação artificial das praias;
Estabilização das arribas;
Manutenção e construção de esporões e muros de proteção;
Remoção de estruturas localizadas em áreas de risco (p.ex. habitações).