Galileu Galilei e sua luneta

Prof. Ms. Marcos Calil
Construção de luneta, astrofotografia e
edição de imagens
Por Marcos Calil
Marcos Calil - @marcoscalil

Prof. Ms. Marcos Calil
Galileo Galilei (1564-1642)
Marcos Calil - @marcoscalil
Galileu Galilei - sua luneta

Prof. Ms. Marcos CalilMarcos Calil - @marcoscalil
Acredita-se que Galileu Galilei foi um dos primeiros
astrônomos a usar um telescópio para observação
astronômica.
Estudos indicam ainda que, alguns astrônomos, trabalhando
de forma independentemente um do outro, começaram a usar
telescópios para observação astronômica no mesmo
período.
E outros nem se atreveram a olhar através do telescópio.

No palácio de Morósoni, Galileu tomou conhecimento
das lunetas holandesas que tinham o poder “mágico”
de aproximar os objetos distantes.
Qualidade óptica dos equipamentos da época:
- Aumento de duas a três vezes;
- Imagens difusas e deformadas;
- Cores de lentes variadas (artesões de propriedade dos reis).
Resultado:
Imagens ilusórias que nadam tinham
relação com a realidade.

Galileu entendeu a importância da luneta como
instrumento de observação com o objetivo de
descobrir e verificar as leis físicas da natureza.
Entre 1609 e 1610, ele desenvolveu 3 telescópios, onde
realizou suas observações que o levou à descoberta das luas
de Júpiter e outros fenômenos.

1a luneta: imagens menos difusas e sem
deformações, com aumento de seis vezes;
2a luneta – agosto de 1609: aumento de nove vezes e sem
deformações

3a luneta: aumento de vinte e sete vezes

Em 12 de março de 1610, Galileu publicou as suas
observações em um pequeno livro escrito em latim,
Sidereus Nuncius.
Essa obra foi um sucesso, na qual os 550 exemplares se
esgotaram em poucos dias.
Sidereus Nuncius

Uma dica...
Para adquirir textos antigos, visite os sites:
http://archive.org/index.php
http://gallica.bnf.fr/
http://echo.mpiwg-berlin.mpg.de/content/search
http://www.worldcat.org/

O que irei observar?

1. Estrela;
2. Lua;
3. Fases da Lua;
4. Luz Cinérea da Lua;
5. Eclipse lunar;
6. Relevo Lunar;
7. Variação do diâmetro
aparente da Lua;
8. Halo solar;
9. Halo lunar;
10.Conjunção;
11.Constelações;

12. Chuva de meteoros;
13. Meteorito;
14. Bólido;
15. Vênus;
16. Marte;
17. Júpiter
18. Saturno;
19. Mercúrio;
20. Urano;
21. Via Láctea;
22. Satélite artificial;
23. Nebulosa;
24. Aglomerado estelar aberto;
25. Aglomerado globular;

25. Ocultação de estrela
e planeta pela Lua;
26. Galáxia;
27. Cometa;
28. Sun Dog;
29. Laçada;
30. Luz zodiacal;
31. Gegenschein;
32. Raio verde;
33. Raio azul;
34. Aurora
35. Arco-íris noturno;

36. Impacto de meteoros
na Lua;
37. Raio crepuscular e
anticrepuscular;
38. Arco-íris de fogo.

Com MUITO CUIDADO
+
auxílio de filtro de soldador número 14 ou
por projeção
+
SOMENTE ADULTOS =
39. Sol;
40. Eclipse solar parcial;
41. Eclipse solar total;
42. Eclipse solar anular.

O que irei observar? - Exemplos
Luz Cinérea da Lua

Eclipse Lunar

Revelo Lunar

Planícies e planaltos lunares
na fase da Lua crescente

Planícies e planaltos lunares
na fase da Lua minguante

Halo Solar

Halo Lunar

Conjunção

Bólido

Júpiter em Sagitário

Satélite Artificial

Aglomerado estelar

Aglomerado estelar
Escorpião
Júpiter

Ocultação de estrelas pela Lua

Laçada de Marte (ou outros planetas)

Fenômenos difíceis de serem observados...

Sun Dog

Luz Zodiacal

Gegenschein

Raio Verde

Raio Azul

Aurora

Arco Íris Noturno

Impacto de meteoro na Lua

Raios crepuscular e anticrepuscular

Arco Íris de fogo

OBSERVAR O SOL REQUER MUITO CUIDADO!!!

MÉTODO SEGURO = POR PROJEÇÃO

Filtro para observação do Sol
MÉTODO QUE REQUER CUIDADOS
FILTRO DE SOLDADOR n. 12 ou 14

Eclipse solar parcial

Eclipse solar total

Eclipse solar anular

Mas, como saber a localização?
www.momentoastronomico.com.br
www.momentoastronomico.com.br

Mas, como saber a localização?
Google Sky Map

Google Sky Map

Dica... Stellarium
www.stellarium.org

A óptica da luneta
NUNCA OLHE PARA O SOL
VOCÊ PODERÁ FICAR CEGO!!!
Antes de falarmos sobre a óptica da luneta...
Um rápido recado!

A óptica da luneta
Refratores
Os refratores - também chamados de lunetas -
basicamente são instrumentos ópticos
compostos de lentes.

A óptica da luneta
O telescópio refrator trabalha com a
refração e a luz passa através uma lente
para formar a imagem.

A óptica da luneta
Quem é quem...

A óptica da luneta
Este instrumento possui uma lente
objetiva que capta a luz dos objetos e
forma a imagem no foco.

A óptica da luneta
Logo atrás temos uma segunda lente
chamada de ocular. A ocular funciona
como uma lupa, aumentando a imagem
formada pela objetiva.
ocular

A óptica da luneta
O telescópio utilizado por Galileu era
um instrumento de pequenas dimensões
e constituído por uma objetiva cromática
(objetiva formada por uma única lente
convergente).
Lente Cromática

A óptica da luneta
Este tipo de objetiva apresenta um
grave problema que é a aberração
cromática.
As diferentes cores que formam a luz branca
são decompostas fazendo com que os
diferentes componentes cromáticos
interceptem o eixo óptico da objetiva em
pontos diferentes.

A óptica da luneta
Foto: Marcos Calil
Luneta Optovac
Sem foco e com aberração cromática
Assim um observador que utiliza este
tipo de instrumento percebe algumas
manchas coloridas em volta dos astros.

A óptica da luneta
Foto: Marcos Calil
Telescópio MEADE ETX125

A óptica da luneta
Para diminuir um pouco os efeitos da
aberração cromática os construtores de
telescópios começaram a produzir
objetivas com distâncias focais extremamente
grandes, pois à medida que aumentamos a
distância focal as diferentes cores que
compõem a luz branca encontram o eixo
óptico em pontos mais próximos.

A óptica da luneta
Um exemplo desse tipo de instrumento
foi o telescópio utilizado por Johann
Hevelius que apresentava uma objetiva
pequena e com uma distância focal próxima
de 20 metros. Isso deixava o telescópio muito
grande e com imagens de baixa qualidade
devido ao aumento exagerado.

A óptica da luneta
Telescópio de Johann Hevelius de 140 pés
Do livro Machina Coelestis, publicado em 1673.

A óptica da luneta
Os telescópios refratores só
começaram a atingir as dimensões
atuais com a invenção da objetiva
acromática.
Chester More Hall John Dollond
Esse tipo de objetiva
foi proposta em 1733
por Chester More
Hall e a primeira
objetiva desse tipo
foi feita por John
Dollond em 1759.

A óptica da luneta
lente biconvexa lente plano-côncava
Vidro menos denso Vidro mais denso

A óptica da luneta
Atualmente temos outras objetivas
mais complexas como as apocromáticas
e as semi-apocromáticas, ambas formadas
por três lentes.
Encontramos também diversos tipos de
objetivas acromáticas e objetiva tipo Clairaut
é a mais utilizada em binóculos e telescópios
refratores destinados aos amadores

A óptica da luneta
OLHO
FOCOOBJETIVA OCULAR
Ajustando o foco

Vamos construir a luneta
VAMOS CONSTRUIR A LUNETA

1- Separe todos os materiais e não tire
da embalagem as lentes. Vamos conferir
se está tudo certo;

Vamos montar a parte “frontal”...
2- Coloque a lente objetiva na luva
maior com a face convexa voltada para
fora.
Verifique se a objetiva está bem alocada;

3- Encaixe o tubo mais largo nessa
peça;

Vamos montar a parte “traseira”
4- Insira a ocular na luva menor. Como a
lente é biconvexa, tanto faz o lado.

5- Insira a arruela com cuidado para
prender a ocular;

6- Rosquei as duas peças;

7- Encaixe a peça rosqueada no tubo
mais fino;

8- Pronto!!!
Encaixe um tubo no outro e boa observação!!!

Dicas de uso...
1- Use um tripé para apoiar
sua luneta. Os tripés de
câmeras fotográficas são uma
excelente pedida.
2- Acople uma câmera fotográfica e obtenha
belas fotos da Lua. Com tempo e treino você
conseguirá registrar outros objetos celestes.

Dicas de uso...
3- Acople uma webcam e filme o
resultado.
4- Aprenda a utilizar as coordenadas
altazimutais e insira um sistema graduado na
luneta ou no tripé.
5- Obtenha o freeware Stellarium em
www.stellarium.org
6- Saiba o que observar no céu da sua cidade
em www.momentoastronomico.com.br >
efemérides

Dicas de uso...

Agora... Vamos observar!!!

Tratamento de imagens
http://pixlr.com/editor/

Galileu Galilei e sua luneta

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