Tese de doutorado em CIência da Informação Análise de dominio Organizacional ...
Utilização das redes sociais no ensino
1. AS REDES SOCIAIS ONLINE EM CONTEXTO EDUCATIVO
Realização duma e-entrevista e sua análise
(Fonte da imagem: http://media.focus.com/images/uploaded/generic/social-networks/socialnetworks.jpg)
UNIVERSIDADE ABERTA
UNIVERSIDADE ABERTA – MESTRADO EM PEDAGOGIA DO ELEARNING’04
UNIDADE CURRICULAR: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO EM CONTEXTOS ONLINE
Docente: Professora Doutora Alda Pereira
Aluno: Marco Freitas
Março de 2011
2. ÍNDICE
Introdução ........................................................................................................ 2
Preparação da entrevista
Estrutura da entrevista ............................................................................ 3
Selecção e identificação do informante .................................................... 3
Contacto com o informante e agendamento da entrevista ....................... 5
Ferramenta digital utilizada na recolha de dados
Ferramenta síncrona: Skype .................................................................... 8
Material utilizado na entrevista
Guião da entrevista ..................................................................................10
Transcrição da e-entrevista .............................................................................. 12
Análise da e-entrevista
Grelha ................................................................................................... 20
Considerações sobre a entrevista ........................................................... 27
AS REDES SOCIAIS ONLINE EM CONTEXTO EDUCATIVO | Marco Freitas
Limitações da técnica usada e/ou limitações sentidas pelo entrevistador ........ 29
Referências bibliográficas ................................................................................ 31
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3. I. Introdução
Este trabalho foi desenvolvido no âmbito duma actividade individual da unidade curricular
de Metodologia de Investigação em Contexto Online, do Mestrado de Pedagogia em e-
Learning, na Universidade Aberta [ http://www.uab.pt/ ] e trata-se da reflexão sobre uma
prática de pesquisa qualitativa específica e análise duma entrevista de natureza semi-
estruturada realizada na modalidade online, tendo sido seleccionado um informante para a
recolha de dados sob a temática “utilização das redes sociais em contexto educativo”.
O objectivo deste estudo foi recolher informação duma população específica, neste caso,
professores do ensino básico e/ou secundário – o que pensam sobre as redes sociais online;
como vêem a sua participação numa rede social; que expectativas têm sobre a sua utilização
no ensino –, mas não garantir uma representatividade desta população, nem construir
hipóteses de análise ou, ainda, apresentar resultados. Tendo em conta as razões especiais
relacionadas com os propósitos da unidade curricular acima referida, não se extraiu uma
amostra daquela população e recolheu-se informação junto dum informante apenas.
Enquanto tarefa de investigação, a entrevista exige um planeamento cuidadoso. Por isso,
independentemente do tipo de entrevista a realizar, o investigador deve considerar alguns
aspectos aquando da sua utilização.
Assim, o investigador seleccionou uma professora do ensino secundário que recorresse às
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redes sociais online na sua prática profissional, informou-lhe por email quais eram os
objectivos do estudo e que se pretendia, respeitando os aspectos éticos convencionados para
este tipo de pesquisa (confidencialidade), realizar uma entrevista online de natureza semi-
estruturada para recolher testemunhos das suas experiências na utilização das redes sociais
em contexto educativo. Tendo a professora mostrado interesse por esta temática e dado o seu
consentimento, o investigador combinou a data e o instrumento tecnológico a utilizar para
realizar a entrevista na modalidade online, preparou um guião dividido em três áreas
temáticas, como forma de orientar a entrevista, e remeteu-lho para sua apreciação. A
entrevista foi realizada na forma escrita com recurso à ferramenta síncrona Skype
[www.skype.com], durante 90 minutos.
A utilização da entrevista como técnica de recolha de informação, neste caso, de natureza
semi-estruturada, teve a vantagem de, permitindo uma organização flexível e ampliação dos
questionamentos à medida que as informações vão sendo dadas, aceder a uma quantidade de
informação útil e de aprofundar os aspectos menos claros dados nas respostas do informante
(Cohen et all., 2000; Duarte, 2004). No entanto, esta prática de pesquisa teve também
algumas limitações, que estão identificadas mais adiante neste trabalho.
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4. II. Preparação da e-entrevista
A. Estrutura da entrevista
A preparação desta e-entrevista começou pela releitura de bibliografia específica (técnicas de
investigação e de análise de dados) e pela elaboração dum guião (ver abaixo o tópico Material
Usado) que visava formular as perguntas da entrevista de natureza semi-estruturada
(direccionada por um roteiro previamente elaborado, composto geralmente por questões
abertas) e ajudar a esclarecer com mais pormenor junto do informante quais os
conhecimentos e experiências que seriam recolhidos e os objectivos deste estudo.
Antes da entrevista, este guião foi colocado à consideração do informante, a fim de fomentar
uma relação de confiança entre os intervenientes e averiguar se a ordem e conteúdo das
perguntas estavam adequados ou se havia alguma questão que devia ser reformulada, e era
composto por quatro partes:
- Identificação do informante (dados pessoais e profissionais);
- Nível de conhecimento e participação do(a) entrevistado(a) em redes sociais
- Perspectiva crítica do(a) entrevistado(a) sobre as redes sociais;
- Expectativas do entrevistado(a) sobre a utilização das redes sociais no ensino.
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B. Selecção e identificação do informante
(dados pré-entrevista)
O investigador participou na Conferência Online de Informática Educacional - COIED
[http://www.coied.com/início.aspx] (ver abaixo uma imagem da página inicial do portal na
Internet), uma iniciativa realizada online entre os dias 7 e 19 de Fevereiro do corrente ano e
dedicada à optimização das TIC no contexto do desenvolvimento profissional dos professores
e outros agentes educativos, organizada por estudantes do Mestrado em Ciências da
Educação - especialização em Informática Educacional, da Universidade Católica Portuguesa.
Alguns professores participantes nesta conferência informaram que já tinham utilizado, ou
que continuam a fazê-lo de forma eficaz, as redes sociais em contexto educativo. Assim, o
investigador considerou estar perante um grupo privilegiado de informantes e tomou a
iniciativa de convidar, entre aqueles participantes, alguns professores que se enquadravam
no perfil. Isto é, um professor do ensino básico ou secundário. Foram informados por email
3
5. da temática e objectivos do estudo, tendo três professores aceitado realizar a entrevista na
modalidade online.
Assim, a professora seleccionada, cuja entrevista é objecto da análise desenvolvida neste
trabalho, tem o seguinte perfil:
Idade: Entre 35 e 45 anos
Habilitações Literárias: Licenciatura em Biologia, pós-graduação em Ciências do
Ambiente.
Grupo de Recrutamento: 520
Disciplinas que lecciona: Biologia/Geologia (11.º) e Biologia (12.º)
Anos de serviço docente: Entre 16 e 25
Portal na Internet da COIED:
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6. C. Contacto com o informante e agendamento da entrevista
Uma vez que os participantes inscritos na COEID apenas revelaram o seu nome, foi
necessário pedir junto dos organizadores desta conferência o contacto da professora acima
referida. Depois de a professora ter autorizado que fosse indicado o seu email e manifestado
o seu interesse em colaborar neste estudo, foram trocadas mensagens através do Facebook
[www.facebook.com] e do Gmail [www.mail.google.com] para prestar esclarecimentos, dar
conhecimento da temática e objectivos da entrevista, seleccionar o instrumento para a
recolha de dados e agendar a data da entrevista.
As mensagens principais foram as seguintes:
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7. Quando não havia dúvidas que estava seleccionado o informante, foi enviado ao informante
por email o guião da entrevista, esclarecendo que se pretendia colocar para sua apreciação as
perguntas elaboradas e que era possível reformular, se necessário, alguma pergunta.
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8. Finalmente, foi pedido que os dados pessoais e profissionais referidos na primeira parte do
guião (quadro descritivo do informante) fossem indicados por email antes da entrevista.
Tendo um conhecimento prévio destes dados, o investigador foi capaz de adequar as
perguntas constantes do guião ou pensar em novas perguntas que recolheram informação
mais precisa ou complementar relacionada com as experiências e conhecimentos do
informante seleccionado.
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9. III. Ferramenta utilizada na recolha de dados
Ferramenta síncrona: Skype
As ferramentas digitais disponíveis online que permitem desenvolver encontros síncronos,
nas várias modalidades possíveis, tais como texto escrito, áudio ou vídeo, revelaram-se muito
eficazes como suporte de conversas entre dois ou mais intervenientes (Bartolomé, 2008;
Davies et al. 2008; Recuero, 2009). A ferramenta síncrona online escolhida para realizar a
entrevista analisada neste trabalho foi o Skype [http://www.skype.com ], na sua versão de
sala de conversação por escrito (chat), porque o investigador e o informante estavam
familiarizados com a sua utilização. Por razões do tempo reservado para o trabalho desta
investigação, a opção foi realizar uma entrevista na forma escrita, tendo em conta que a
transcrição da entrevista seria objecto de análise.
Mas houve outras razões que justificam esta escolha, tais como:
os participantes possuíam as condições técnicas para usufruir da interactividade no
decorrer da conversa (computador, ligação à Internet e conta de utilizador no Skype);
a flexibilidade temporal e espacial (para não provocar qualquer inconveniente neste
âmbito à entrevistada, foi-lhe dada à escolha a hora do encontro e a hipótese de a
entrevista ser interrompida e retomada mais tarde);
os custos reduzidos (o informante não teve que comprar a aplicação do Skype, tendo
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apenas custos pela utilização da linha de Internet);
possibilidade de comunicação privada (baseada num modelo de “um-para-um”),
rápida (formulação de questões claras e breves, colocação de dúvidas e prestação de
esclarecimentos) e espontânea (o texto escrito numa sala de conversação em situação
síncrona pode também criar um ambiente natural próprio duma conversa face-a-
face);
as ferramentas síncronas favorecem a imersão na comunicação (à falta de meios de
comunicação não-verbal, é possível criar saudações personalizadas, com recurso à
pontuação e emoticons);
elaboração de texto escrito;
gravação e arquivo do texto escrito.
O investigador teve o cuidado de averiguar se as ferramentas que propunha (suporte de salas
de conversação ou chat) não exigiam novos conhecimentos por parte do informante. O
conforto e segurança no manuseio da ferramenta seleccionada foram factores importantes
tidos em conta para garantir o sucesso da entrevista. Embora o seu manuseio seja intuitivo,
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10. este tipo de tecnologia exigiu que os intervenientes fossem capazes de a controlar sem
dificuldades para que estivessem concentrados e envolvidos pelo decorrer da entrevista. A
interacção entre os intervenientes numa sala de chat deve surgir naturalmente e, enquanto
diálogo informal (entrevista semi-estruturada), a confiança torna-se necessária para
construir uma conversa interessante (Anderson et al., 2003; Recuero, 2009; Salmon, 2004).
As conversas (neste caso, uma entrevista) realizadas na modalidade síncrona com recurso ao
texto escrito são mais lentas do que no formato áudio ou vídeo. Isso acontece porque a troca
de perguntas e respostas são influenciadas pela leitura, reflexão e capacidades de escrita no
computador por parte do entrevistado.
No entanto, o tempo gasto durante a entrevista, sessão que foi agendada dentro da
disponibilidade da entrevistada, foi recuperado quer durante a entrevista, quer quando a
mesma foi posteriormente transcrita.
No primeiro caso, as perguntas previamente formuladas no guião da entrevista foram
rapidamente transpostas para a janela da sala de conversação. Redigir novas perguntas é que
ocupou grande parte do tempo do entrevistador. No segundo caso, a conversa arquivada no
repositório da ferramenta foi transposta facilmente para um documento Word. Ambas as
operações foram feitas do mesmo modo (copiar-colar). Como sabemos, as novas tecnologias
têm vantagens, nomeadamente, o sistema informático tem a funcionalidade de copiar-se
determinado texto e transpô-lo para outro documento. Por sua vez, foi útil a
interoperacionalidade das várias aplicações informáticas, neste caso, entre o Skype
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(ferramenta síncrona) e o Windows (sistema operativo com aplicações de texto).
Portal do Skype:
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11. IV. Material usado na entrevista
Guião da entrevista
1. Perfil pessoal e profissional do(a) entrevistado(a)
1.1 Sexo :
Masculino □ Feminino □
1.2 Idade:
Menos de 35 anos □ Entre 35 e 45 anos □ Entre 46 e 55 □ Mais de 55 anos □
1.3 Habilitações Literárias ___________________________________________
1.4 Grupo de Recrutamento _________________________________________
1.5 Disciplina(s) que lecciona ________________________________________
1.6 Anos de serviço docente: Menos de 5 Entre 5 e 15 Entre 16 e 25
1.7 Como é que desenvolveu os conhecimentos sobre as novas tecnologias da informação?
1.8 Utiliza as novas tecnologias da informação em contexto de aula? Se sim, quais são os
recursos que utiliza e com que objectivos?
2. Nível de conhecimento e participação do(a) entrevistado(a) em redes sociais
2.1 Existem na Internet várias redes sociais que se tornaram populares em quase todo os
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continentes. Quais são os sites que conhece na seguinte lista?
Facebook
MySpace
LinkedIn
Twitter
YouTube
Flickr
Outro (por favor, especificar)
2.2 Refira, se souber, qual o principal objectivo de cada uma das redes sociais que indicou
anteriormente.
2.3 Encontra-se inscrito(a) em alguma rede social? Se sim, indique qual(is) o(s) site(s) que
utiliza mais vezes.
2.4 Qual é a frequência de participação nessa rede social?
várias vezes por dia
uma vez por dia
uma vez por semana
uma vez por mês
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12. 2.5 Que actividades desenvolve nessa rede social?
2.6 Se a resposta à questão 2.3 for negativa, indique-nos quais são as razões por que não se
encontra inscrito(a) ou por que não utiliza as redes sociais.
2.7 E ainda (se a resposta à questão 2.3 for negativa) pensa inscrever-se um dia numa rede
social online?
Sim. Não
3. Perspectiva crítica do(a) entrevistado(a) sobre as redes sociais
3.1 Que opinião tem sobre as redes sociais na Internet?
3.2 Quais são as implicações pedagógicas das redes sociais nas relações entre professor e
aluno? (Exemplo: possibilidades de interacção; espaço de aprendizagem; tipos de
actividades passíveis de serem desenvolvidas: fonte de informação; pesquisa de
material e recursos.)
3.3 Quais foram as potencialidades pedagógicas observadas na interacção entre os
estudantes?
3.4 Quais foram as actividades fomentadas?
3.5 Houve alguma participação de familiares nas redes sociais? Quais foram as relações
reais entre pais e filhos?
4. Expectativas do entrevistado(a) sobre a utilização das redes sociais no ensino
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4.1 Reconhece que as redes sociais podem ser utilizadas em contexto educativo?
4.2 Nesse contexto, quais são os contributos fornecidos pelas redes sociais?
4.3 Considera que as redes sociais influenciam a prática pedagógica dos professores? De
que modo isso acontece?
4.4 Pensa que a utilização das redes sociais em contexto educativo traz benefícios à
aprendizagem dos alunos? Pode dar alguns exemplos?
4.5 Refira 2 vantagens e 2 problemas relacionados com a utilização de redes sociais no
ensino.
Obrigado!
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13. V. Transcrição da e-entrevista
Contexto
Data da entrevista: 2010-03-03
Tipo de entrevista: online por escrito
Local da entrevista: Skype (ferramenta síncrona)
Período da entrevista: 18h00-19h30.
Duração da entrevista: 90 minutos
Entrevistador: Marco Freitas
Informante: Professora do ensino secundário nas disciplinas de Biologia e Geologia
Transcrição
Marco Freitas diz: Boa tarde!
Gostava de agradecer-lhe a sua disponibilidade em conceder-me esta entrevista.
PM diz: Boa tarde.
Marco Freitas diz: Espero que as minhas perguntas sejam um contributo para a sua
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percepção sobre a temática que vamos desenvolver um pouco e que possam ampliar o seu
interesse pelas redes sociais em contexto educativo.
Como informei antes, esta entrevista será feita de forma escrita e o tempo previsto é de 60
minutos. Mas se for preciso, podemos interromper e retomar esta conversa mais tarde ou
noutro dia.
Uma vez que já tem conhecimento dos objectivos e temática relativos a esta entrevista e se
identificou nos emails que anteriormente trocámos, penso que podemos começar.
Está pronta?
PM diz: Sim.
Marco Freitas diz: Muito bem.
1. Como é que desenvolveu os conhecimentos sobre as novas tecnologias da informação?
PM diz: A maioria como autodidacta, outras através de acções de formação.
Marco Freitas diz: 2. Utiliza as novas tecnologias da informação em contexto de aula? Se
sim, quais são os recursos que utiliza e com que objectivos?
PM diz: Utilizo várias. O quadro interactivo em contexto de sala de aula como auxiliar de
aprendizagem em variadas vertentes.
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14. LMS (Moodle) com a turma de 11º é a base de apoio à disciplina com recursos, testes, lições,
ligações a páginas, entrega de trabalhos, chat para aulas de dúvidas, fóruns, etc.
Facebook em associação com wikispaces – 12º ano com o objectivo de desenvolver nos alunos
várias competências, entre elas, a aprendizagem colaborativa.
Relativamente ao chat eu só uso o Skype no modo vídeo. Uso com os alunos o chat do Moodle
que arquiva automaticamente o histórico. No Facebook (como não descobri como arquivar o
chat do grupo) faço printscreen das conversas (sei que não soa assim muito bem).
Marco Freitas diz: Queria que falássemos agora das redes sociais online. Aliás, já
mencionou uma.
3. Existem na Internet várias redes sociais que se tornaram populares em quase todos os
continentes.
a) Quais são os sites que conhece na seguinte lista?
Facebook; MySpace; LinkedIn; Twitter; YouTube; Flickr
PM diz: Conheço todos.
Marco Freitas diz: b) Se conhece outro que queira indicar, pode fazê-lo.
PM diz: O Ning e o Diigo.
Marco Freitas diz: Sim, esses sites estão a tornar-se populares e permitem criar
comunidades online específicas.
4. Refira, se souber, qual o principal objectivo de cada uma das redes sociais que disse
conhecer.
PM diz: O Facebook e o Myspace, pelo menos originariamente, destinavam-se à socialização.
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O Linkedin era para contactos académicos e profissionais. O Twiter é para microbloging. O
youtude é para partilha de vídeos. O Flickr é partilha de fotos. O Ning oferece várias redes
com interesses educativos (comunidades de prática). Por fim, o Diigo é social bookmarking.
Marco Freitas diz: Penso que esses objectivos correspondem e que, talvez, se
complementem entre si.
5. Encontra-se inscrita em alguma rede social?
PM diz: Várias, embora use regularmente o Facebook, o Ning e o Diigo.
Marco Freitas diz: Verifico que utiliza vários sites. Penso que pode responder ao seguinte:
6. Qual é a frequência de participação nessas redes sociais?
Várias vezes por dia; uma vez por dia; uma vez por semana ou uma vez por mês?
PM diz: No Facebook várias vezes por dia, no Ning e no Diigo, em média, uma vez por dia e
noutras semanalmente.
Marco Freitas diz: 6.1 - Tem motivos diferentes para visitar os três sites referidos?
PM diz: Sim. O Facebook, porque uso com os alunos, e os outros estão relacionados com a
minha actividade profissional.
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15. Marco Freitas diz: Percebo que as actividades que procura desenvolver nesses espaços não
podem ser conseguidas da mesma forma, daí recorrer a redes diferentes.
7. Que actividades desenvolve nessas redes sociais?
PM diz: No Ning (comunidade Interactic 2) como elemento da rede, contribuindo com
materiais e participando nos fóruns dos vários grupos.
No Diigo, pertenço a vários grupos de partilha relacionados com várias temáticas.
No Facebook , sou um elemento de vários grupos temáticos relacionados com a minha área
disciplinar, com as TIC e outros.
No Facebook , administro a página para trabalhar com os alunos.
Marco Freitas diz: 7.1 - No caso do trabalho com os alunos, estes participaram todos? E foi
em momentos específicos ou ao longo do ano?
PM diz: Desde que a página foi criada, a participação é mais ou menos regular. Mas, tal
como na sala de aula, há sempre uns mais entusiasmados que outros. O professor também
tem de ajudar a manter a dinâmica, variando as estratégias e as propostas.
Marco Freitas diz: Então, na sua escola, a participação dos alunos na rede social criada no
Facebook é desenvolvida na sala de aula?
PM diz: Na minha escola, o suporte à aprendizagem é feito com a Moodle. O meu caso é
diferente, pois estes são meus alunos há três anos (a usar a Moodle). Como estão no 12º,
decidi experimentar uma abordagem diferente. É como apoio à componente presencial. Eles
usam o Facebook em casa ou na escola mas fora da sala de aula.
Marco Freitas diz: Percebi. Obrigado.
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8. Que opinião tem sobre as redes sociais na Internet?
PM diz: As redes sociais têm múltiplas possibilidades que vão desde a simples interacção à
socialização e à partilha.
Marco Freitas diz: 8. 1 - Posso entender que tem uma opinião positiva?
PM diz: Sim, mas com ponderação...
Marco Freitas diz: Quer explicar um pouco a questão da ponderação? Imagino que se
refere à participação cautelosa dos alunos?
PM diz: Acho que o uso das redes em contexto de aprendizagem também deve servir para os
alunos aprenderem a usá-las sem correrem riscos ou, pelo menos, limitando os riscos.
Marco Freitas diz: Tem razão em pensar que a escola e, em especial, o professor poder ter
essa função junto dos seus alunos. Por vezes, receber informação pode não ser suficiente e
alguém mais experiente consegue prestar uma ajuda mais eficaz, relativamente à tomada de
comportamentos contra os riscos online.
PM diz: Ou pelos menos tomarem consciência dos riscos que a exposição pode trazer. Eles
são, por norma, muito confiantes e ingénuos.
Marco Freitas diz: Falou na utilização das redes sociais em contexto de aprendizagem.
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16. 9. Quais são as implicações pedagógicas das redes sociais nas relações entre professor e
aluno?
PM diz: Facilita a interacção com o professor e aproxima o professor dos alunos em termos
relacionais. Torna os alunos mais responsáveis pela sua aprendizagem, o que altera o papel
do professor que se torna num moderador das discussões ou num orientador. Em vez de ser a
fonte de conhecimento, ele passa a ter um papel de validação.
Por outro lado, o professor vai entrar na intimidade e na área reservada dos alunos, o que
pode criar constrangimento e limitar a espontaneidade deles na relação com os outros. É
como se fossemos para a sala de convívio escutar as conversas do intervalo. Limitaria um
bocadinho os assuntos discutidos. :)
Marco Freitas diz: Posso perguntar se na sua prática de professora conseguiu esses bons
resultados com os seus alunos?
Quando pensei em convidá-la para esta entrevista, tive em conta a sua prática profissional
porque as experiências que pode contar serão um testemunho valioso para o meu estudo.
PM diz: Custou um bocadinho a entrar na filosofia de que o Facebook servia para aprender.
Mas neste momento, a maioria das ligações que são partilhadas na página são colocadas por
alunos e os comentários a essas partilhas são iguais os superiores, relativamente às minhas
partilhas.
Eles são muito críticos e opinativos. A disciplina de Biologia no 12.º ano tem muitos assuntos
actuais e polémicos propícios a este tipo de trabalho.
Marco Freitas diz: É verdade. Pensar numa rede social é, sobretudo, querer contactar com
outros e partilhar pensamentos e experiências pessoais. Mas é bom vermos que o Facebook já
decidiu criar ferramentas úteis para ser utilizadas em contexto educativo.
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PM diz: A maioria das ferramentas são aplicações desenvolvidas por fontes externas mas
que podem ser integradas na página.
Marco Freitas diz: Exactamente. Agora gostava de saber o seguinte:
10. Quais foram as potencialidades pedagógicas observadas na interacção entre os
estudantes?
PM diz: Além de exporem as suas próprias perspectivas sobre os assuntos, os alunos vão,
através das interacções, percebendo as perspectivas dos outros e evoluindo nos seus
conhecimentos. Aumenta o sentido crítico e é desenvolvida a capacidade argumentativa.
Percebem que ao partilhar, por pouco que seja, estão a contribuir para o enriquecimento dos
conhecimentos do grupo e deles próprios.
Marco Freitas diz: 11. Certamente que, verificando essa participação dos alunos, pensou
em actividades de aprendizagem. Se sim, quais foram as actividades fomentadas?
PM diz: Fóruns de discussão baseados em notícias recentes, afirmações polémicas, etc.
Partilha de ligações com interesse para cada conteúdo que enriquecem o conteúdo ou
mostram uma abordagem diferente que, normalmente, gera a discussão.
Sondagens.
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17. Pesquisa e construção conjunta de documentos, utilizando wikis.
Chat (aula de dúvidas).
Partilha de documentação própria do funcionamento de uma disciplina, fichas de trabalho,
elaboração de PPT, resumos, etc.
Simulações de processos biológicos complexos que não podem se r executados em laboratório
escolar.
Marco Freitas diz: Entendi bem se considerar que o Facebook, por exemplo, suportou
essas actividades com eficácia?
PM diz: Sim. A disciplina foi criada originariamente no site Grou, mas este teve muitos
problemas técnicos.
Marco Freitas diz: Pois... De facto, é interessante saber quais são os resultados atingidos
com o Facebook. Agora estou a pensar noutros possíveis intervenientes.
12. Houve alguma participação de familiares nessa rede social ou noutras que tenha
observado? Se sim, quais foram as relações reais entre pais e filhos?
PM diz: Nesta rede em particular, os pais não tiveram participação activa. Mas sei que
alguns sabem que os filhos estão no Facebook,sendo algumas vezes por causa da disciplina.
Acabam por espreitar o que se passa. Aqueles que pertencem à rede dos filhos apercebem-se
da actividade deles. Sei que alguns mostram aos pais as fotografias das visitas de estudo que
estão na página.
Marco Freitas diz: Os pais acompanham então as actividades que os filhos realizam no
Facebook e estes entusiasmam-se em mostrar-lhes os seus trabalhos. É curioso saber
também que os pais podem ser membros da mesma comunidade em que os alunos se
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inscreveram.
PM diz: Directamente não, mas se forem "amigos" dos filhos, a actividade deles na página
aparece no feed de notícias do perfil dos pais.
Marco Freitas diz: Ah... Percebi. Obrigado.
Acho que já demonstrou, exemplificando com a sua prática profissional, que as redes sociais
podem ser utilizadas em contexto educativo.
13. Nesse contexto, quais são os contributos fornecidos pelas redes sociais?
PM diz: São uma realidade presente no quotidiano dos alunos. Não há como mudar isso e a
escola não pode marginalizar uma ferramenta poderosa. Tem de a usar em proveito da
aprendizagem, criando páginas para as disciplinas, grupos de discussão de temas, fazendo a
edição colaborativa de documentos, construindo flashcards, fazendo bookmarking colectivo
dos sites de referência para a disciplina. O limite é a imaginação... Se não os podemos vencer,
temos de nos juntar a eles. Ou trazê-los para o nosso lado.
Marco Freitas diz: Vejo que os contributos são muito positivos. Talvez o tempo ajudará à
administração escolar, em especial ao mais alto nível, a reconhecê-los.
14. Considera que as redes sociais influenciam a prática pedagógica dos professores? Se sim,
de que modo isso acontece?
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18. PM diz: Sim. Em comunidades de prática ou grupos com interesses comuns podem ser
partilhadas experiências, ferramentas, materiais entre os mais experientes e os menos
experientes. A partilha de experiências pode auxiliar na tomada de opções por determinadas
ferramentas em detrimento de outras. Embora timidamente, o caminho está a ser feito.
Marco Freitas diz: Uma vez que estamos já com uma hora usada nesta conversa, não sei se
quer fazer uma pausa?
PM diz: Por mim, podemos continuar.
Marco Freitas diz: Por mim, também. Estamos quase no fim. Obrigado.
14. 1 - Na sua escola, sabe se há outros professores que defendem esta prática?
PM diz: Infelizmente muito poucos. O actual modelo de avaliação é tudo menos favorável ao
espírito de trabalho colaborativo. O que é pena... pois a experiência dos outros pode servir
para não cometer os mesmos erros e melhorar.
Marco Freitas diz: Isso talvez seja explicado, também, por as redes sociais online serem
recentes e falar-se muito de invasão de privacidade, entre outros riscos. Pena é a Paula não
ter oportunidade de trocar impressões ou recolher sugestões junto de muitos dos seus
colegas.
PM diz: Faço parte de grupos, fora da escola, onde isso é possível. O grupo do Facebook tem
várias centenas de professores de Biologia e Geologia muito activos e com grande espírito de
partilha.
Marco Freitas diz: Isso é muito bom que aconteça, pois as redes sociais online oferecem
essa potencialidade. E a Paula soube aproveitar.
15. Já foram mencionados por si alguns benefícios na aprendizagem dos alunos, quando
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utilizam as redes sociais em contexto educativo. Quer acrescentar outros exemplos?
PM diz: Como qualquer tecnologia tem de se tirar proveito das suas vantagens. Trata-se de
um contexto muito apelativo onde podem ser explorados vários objectos de aprendizagem.
Os alunos desenvolvem várias competências próprias deste contexto: pesquisa e selecção de
informação, capacidade de análise e de síntese, trabalho colaborativo, partilha.
Marco Freitas diz: 16. Acabou por, em parte, responder à última pergunta que queria
fazer-lhe. Referiu as vantagens. Agora peço-lhe que indique dois problemas relacionados com
a utilização de redes sociais no ensino.
PM diz: Tudo tem o lado escuro...
A interacção e a socialização são fáceis de atingir, mas patamares superiores é difícil. O fluxo
de informação, quando os alunos têm muitos contactos, é difícil de gerir e é fácil perder o
foco no essencial e dispersar-se.
A ligeireza com que se expõem dados pessoais: a maioria das redes têm por definição pouca
privacidade e os alunos têm de ser alertados para isso e consciencializados da necessidade de
mudarem algumas configurações para se protegerem.
Marco Freitas diz: Muito bem visto. :)
PM diz: O balanço no entanto continua a ser positivo...
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19. Marco Freitas diz: Certamente que, ao longo do tempo e à medida que vão sendo criados
ou defendidos protocolos sérios no âmbito das redes sociais online, esses obstáculos serão
resolvidos entre alunos e professores. Ou, melhor, para alunos e professores.
PM diz: Terão de ser sempre os utilizadores a protegerem-se, pois a privacidade não
interessa às redes ... A filosofia é o efeito de contágio de informação que se espalha... como
uma infecção viral.
Marco Freitas diz: Sim, cabe aos utilizadores preocuparem-se a sério com essa questão.
Já terminei as perguntas preparadas para esta entrevista. Quer acrescentar alguma coisa ou
colocar alguma questão?
PM diz: Da minha parte, não.
Marco Freitas diz: Muito bem. A sua participação foi completa e muito interessante.
Embora já lhe tenha dito antes, queria lembrar que a informação recolhida nesta entrevista
será apenas utilizada no âmbito do estudo que estou a realizar no meu mestrado.
E terei muito gosto em enviar-lhe uma cópia do relatório final, caso esteja interessada.
PM diz: Pode ser. Se for preciso mais alguma coisa, é só dizer.
Marco Freitas diz: Agradeço novamente a sua disponibilidade e partilha de experiências.
Gostava de sublinhar que a sua participação foi importante para o meu estudo.
Assim que esteja pronto este estudo, terei então muito gosto em enviar-lhe uma cópia.
PM diz: Certo. Boa noite, então.
Marco Freitas diz: Boa noite.
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18
20. VI. Análise da e-entrevista
Como as perguntas elaboradas no guião foram todas respondidas e outras foram sendo
acrescentadas à medida que se tornou necessário esclarecer ou aprofundar aspectos
importantes, o tempo previsto para a entrevista foi ultrapassado em 30 minutos. Apesar de o
investigador ter em mente que deve evitar-se realizar longas entrevistas na modalidade
online, as razões principais que justificam esta situação foram as respostas mais
desenvolvidas fomentadas, certamente, pelo tema em questão (as questões abertas permitem
uma maior liberdade de resposta). Aliás, reside aqui uma característica da entrevista semi-
estruturada que se revelou útil ao investigador quando foi confrontado com novas
perspectivas fomentadas pela entrevistada sobre a temática em discussão e que não foram
previstas durante a elaboração do guião. Segundo Anderson & Kanuka (2003), este tipo de
entrevista “are the most common methods for achieving this deep understanding of complex
social phenomena”.
Antes da entrevista, foram elaboradas apenas as categorias de análise, partindo-se dos
pressupostos que a temática em estudo despoletara ao investigador. No sentido de serem
criados outros indicadores que pudessem ajudar a interpretar o testemunho e as experiências
transmitidas nesta conversa pela entrevistada (reduzir a informação a unidades de análise e
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agrupá-las segundo hipóteses de análise), foi elaborada, partindo da transcrição da
entrevista, uma grelha onde foram distribuídas por quatro colunas distintas (análise
temática) as categorias (Recursos TIC; Participação do professor em redes sociais;
Participação dos alunos em redes sociais; Perspectiva pessoal; Perspectiva pedagógica sobre a
utilização das redes sociais; Vantagens e desvantagens das redes sociais em contexto de
ensino), as subcategorias, as unidades de registo e as unidades de contexto. Foram
numerados os conjuntos destas duas últimas unidades (Bardin, 1997; Cohen et al., 2000).
O objectivo desta análise não foi formular hipóteses explicativas da problemática, nem foi
analisado na referida grelha tudo o que foi dito pelo informante, por não haver relevância
para os objectivos da pesquisa (Duarte, 2004). As falas da entrevistada foram segmentadas
em unidades de significação e relacionadas com as categorias conforme a respectiva temática.
Tendo-se articulado entre si as unidades assim construídas, foi possível compreender melhor
qual era a percepção da entrevistada sobre a utilização das redes sociais nas sua prática
profissional, enquanto professora.
19
21. A. Grelha de análise
Subcate- Unidade de
Categoria Unidade de contexto
goria registo
Conhecimen- Autodidacta e acções [Como é que desenvolveu os conhecimentos
tos de formação (u1) sobre as novas tecnologias da informação?]
A maioria como autodidacta, outras através de
acções de formação. (c1)
Utilizo várias; [Utiliza as novas tecnologias da informação em
contexto de aula? Se sim, quais são os recursos
que utiliza e com que objectivos?]
Quadro Quadro interactivo Utilizo várias. O quadro interactivo em contexto
interactivo (u2) de sala de aula como auxiliar de aprendizagem
em variadas vertentes.
LMS (Moodle) com a turma de 11º é a base de
apoio à disciplina com recursos, testes, lições,
ligações a páginas, entrega de trabalhos, chat
para aulas de dúvidas, fóruns, etc.
Recursos
Facebook em associação com wikispaces – 12º
TIC ano com o objectivo de desenvolver nos alunos
várias competências, entre elas, a aprendizagem
colaborativa.
Relativamente ao chat, eu só uso o Skype no
modo vídeo. Uso com os alunos o chat do
Moodle que arquiva automaticamente o histórico.
No Facebook (como não descobri como arquivar
o chat do grupo) faço printscreen das conversas.
(c2)
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Plataforma LMS (Moodle) (u3) [Utiliza as novas tecnologias da informação em
online contexto de aula? Se sim, quais são os recursos
que utiliza e com que objectivos?]
Utilizo várias. O quadro interactivo em contexto
de sala de aula como auxiliar de aprendizagem
em variadas vertentes.
LMS (Moodle) com a turma de 11º é a base de
apoio à disciplina com recursos, testes, lições,
ligações a páginas, entrega de trabalhos, chat
para aulas de dúvidas, fóruns, etc.
Facebook em associação com wikispaces – 12º
ano com o objectivo de desenvolver nos alunos
várias competências, entre elas, a aprendizagem
colaborativa.
Relativamente ao chat, eu só uso o Skype no
modo vídeo. Uso com os alunos o chat do
Moodle que arquiva automaticamente o histórico.
No Facebook (como não descobri como arquivar
o chat do grupo) faço printscreen das conversas.
(c2)
Redes sociais Facebook; wiki (u4) [Utiliza as novas tecnologias da informação em
online contexto de aula? Se sim, quais são os recursos
que utiliza e com que objectivos?]
Utilizo várias. O quadro interactivo em contexto
20
22. de sala de aula como auxiliar de aprendizagem
em variadas vertentes.
LMS (Moodle) com a turma de 11º é a base de
apoio à disciplina com recursos, testes, lições,
ligações a páginas, entrega de trabalhos, chat
para aulas de dúvidas, fóruns, etc.
Facebook em associação com wikispaces – 12º
ano com o objectivo de desenvolver nos alunos
várias competências, entre elas, a aprendizagem
colaborativa.
Relativamente ao chat, eu só uso o Skype no
modo vídeo. Uso com os alunos o chat do
Moodle que arquiva automaticamente o histórico.
No Facebook (como não descobri como arquivar
o chat do grupo) faço printscreen das conversas.
(c2)
Ferramentas Skype; video; chat do [Utiliza as novas tecnologias da informação em
síncronas Moodle; no Facebook contexto de aula? Se sim, quais são os recursos
online … chat do grupo (u5) que utiliza e com que objectivos?]
Utilizo várias. O quadro interactivo em contexto
de sala de aula como auxiliar de aprendizagem
em variadas vertentes.
LMS (Moodle) com a turma de 11º é a base de
apoio à disciplina com recursos, testes, lições,
ligações a páginas, entrega de trabalhos, chat
para aulas de dúvidas, fóruns, etc.
Facebook em associação com wikispaces – 12º
ano com o objectivo de desenvolver nos alunos
várias competências, entre elas, a aprendizagem
colaborativa.
Relativamente ao chat, eu só uso o Skype no
AS REDES SOCIAIS ONLINE EM CONTEXTO EDUCATIVO | Marco Freitas
modo vídeo. Uso com os alunos o chat do
Moodle que arquiva automaticamente o histórico.
No Facebook (como não descobri como arquivar
o chat do grupo) faço printscreen das conversas.
(c2)
Sites Conheço todos. [Existem na Internet várias redes sociais que se
tornaram populares em quase todos os
Facebook; MySpace; continentes.
LinkedIn; Twitter;
YouTube; Flickr; a) Quais são os sites que conhece na seguinte
Ning; Diigo. (u6) lista?
Facebook; MySpace; LinkedIn; Twitter; YouTube;
Flickr]
Conheço todos.
[b) Se conhece outro que queira indicar, pode
Participa- fazê-lo.]
ção do O Ning e o Diigo. (c3)
professor Socialização/ Destinavam-se à [Refira, se souber, qual o principal objectivo de
em redes socialização; cada uma das redes sociais que disse conhecer.]
comunidade contactos
sociais académicos e O Facebook e o Myspace, pelo menos
profissionais; originariamente, destinavam-se à socialização. O
microbloging; oferece Linkedin era para contactos académicos e
várias redes com profissionais. O Twiter é para microbloging. O
interesses educativos Youtude é para partilha de vídeos. O Flickr é
partilha de fotos. O Ning oferece várias redes
21
23. (comunidades de com interesses educativos (comunidades de
prática); social prática). Por fim, o Diigo é social
bookmarking (u7) bookmarking.(c4)
Partilha Partilha de vídeos; [Refira, se souber, qual o principal objectivo de
partilha de fotos; cada uma das redes sociais que disse conhecer.]
social bookmarking
(u8) O Facebook e o Myspace, pelo menos
originariamente, destinavam-se à socialização. O
Linkedin era para contactos académicos e
profissionais. O Twiter é para microbloging. O
Youtude é para partilha de vídeos. O Flickr é
partilha de fotos. O Ning oferece várias redes
com interesses educativos (comunidades de
prática). Por fim, o Diigo é social
bookmarking.(c4)
Inscrição nas Várias (u9) [Encontra-se inscrita em alguma rede social?]
redes sociais
Várias, embora use regularmente o Facebook, o
Ning e o Diigo. (c5)
Frequência da Várias vezes ao dia; [Qual é a frequência de participação nessas
participação uma vez por dia; redes sociais?
noutras
semanalmente (u10) Várias vezes por dia; uma vez por dia; uma vez
por semana ou uma vez por mês?]
No Facebook várias vezes por dia, no Ning e no
Diigo, em média, uma vez por dia e noutras
semanalmente. (c6)
Colaboração Elemento da rede…; [Que actividades desenvolve nessas redes
pertenço a vários sociais?]
grupos de partilha;
elemento de vários No Ning (comunidade Interactic 2) como
grupos temáticos elemento da rede, contribuindo com materiais e
(u11) participando nos fóruns dos vários grupos.
AS REDES SOCIAIS ONLINE EM CONTEXTO EDUCATIVO | Marco Freitas
No Diigo, pertenço a vários grupos de partilha
relacionados com várias temáticas.
No Facebook , sou um elemento de vários
grupos temáticos relacionados com a minha área
disciplinar, com as TIC e outros.
No Facebook , administro a página para trabalhar
com os alunos. (c7)
Disponibilizaçã … contribuindo com [Que actividades desenvolve nessas redes
o de materiais materiais (u12) sociais?]
No Ning (comunidade Interactic 2) como
elemento da rede, contribuindo com materiais e
participando nos fóruns dos vários grupos.
No Diigo, pertenço a vários grupos de partilha
relacionados com várias temáticas.
No Facebook , sou um elemento de vários
grupos temáticos relacionados com a minha área
disciplinar, com as TIC e outros. No Facebook ,
administro a página para trabalhar com os
alunos. (c7)
Fóruns de … participando nos [Que actividades desenvolve nessas redes
discussão fóruns dos vários sociais?]
grupos (u13)
No Ning (comunidade Interactic 2) como
22
24. elemento da rede, contribuindo com materiais e
participando nos fóruns dos vários grupos.
No Diigo, pertenço a vários grupos de partilha
relacionados com várias temáticas.
No Facebook , sou um elemento de vários
grupos temáticos relacionados com a minha área
disciplinar, com as TIC e outros. No Facebook ,
administro a página para trabalhar com os
alunos. (c7)
Administrar a … administro a [Que actividades desenvolve nessas redes
página página para trabalhar sociais?]
com os alunos (u14)
No Ning (comunidade Interactic 2) como
elemento da rede, contribuindo com materiais e
participando nos fóruns dos vários grupos.
No Diigo, pertenço a vários grupos de partilha
relacionados com várias temáticas.
No Facebook , sou um elemento de vários
grupos temáticos relacionados com a minha área
disciplinar, com as TIC e outros. No Facebook ,
administro a página para trabalhar com os
alunos. (c7)
Desempenho A participação é mais [No caso do trabalho com os alunos, estes
ou menos regular; há participaram todos? E foi em momentos
sempre uns mais específicos ou ao longo do ano?]
entusiasmados que
outros (u15) Desde que a página foi criada, a participação é
mais ou menos regular. Mas, tal como na sala de
aula, há sempre uns mais entusiasmados que
outros. O professor também tem de ajudar a
manter a dinâmica, variando as estratégias e as
propostas. (c8)
Rede social Decidi experimentar [Então, na sua escola, a participação dos alunos
AS REDES SOCIAIS ONLINE EM CONTEXTO EDUCATIVO | Marco Freitas
criada uma abordagem na rede social criada no Facebook é
diferente (u16) desenvolvida na sala de aula?]
Participa- Na minha escola, o suporte à aprendizagem é
feito com a Moodle. O meu caso é diferente, pois
ção dos estes são meus alunos há três anos (a usar a
alunos em Moodle). Como estão no 12º, decidi
experimentar uma abordagem diferente. É como
redes apoio à componente presencial. Eles usam o
sociais Facebook em casa ou na escola mas fora da sala
de aula. (c9)
Em casa Eles usam o [Então, na sua escola, a participação dos alunos
Facebook em casa na rede social criada no Facebook é
(u17) desenvolvida na sala de aula?]
Na minha escola, o suporte à aprendizagem é
feito com a Moodle. O meu caso é diferente, pois
estes são meus alunos há três anos (a usar a
Moodle). Como estão no 12º, decidi
experimentar uma abordagem diferente. É como
apoio à componente presencial. Eles usam o
Facebook em casa ou na escola mas fora da sala
de aula. (c9)
Na escola Eles usam o [Então, na sua escola, a participação dos alunos
Facebook … na na rede social criada no Facebook é
escola mas fora da desenvolvida na sala de aula?]
sala de aula (u18)
Na minha escola, o suporte à aprendizagem é
23
25. feito com a Moodle. O meu caso é diferente, pois
estes são meus alunos há três anos (a usar a
Moodle). Como estão no 12º, decidi
experimentar uma abordagem diferente. É como
apoio à componente presencial. Eles usam o
Facebook em casa ou na escola mas fora da sala
de aula. (c9)
Possibilidades Têm múltiplas [Que opinião tem sobre as redes sociais na
possibilidades … Internet?]
(u19)
As redes sociais têm múltiplas possibilidades que
vão desde a simples interacção à socialização e
à partilha. (c10)
Interacção Interacção (u20) [Que opinião tem sobre as redes sociais na
Perspecti- Internet?]
va pessoal As redes sociais têm múltiplas possibilidades que
vão desde a simples interacção à socialização e
à partilha. (c10)
Socialização Socialização (u21) [Que opinião tem sobre as redes sociais na
Internet?]
As redes sociais têm múltiplas possibilidades que
vão desde a simples interacção à socialização e
à partilha. (c10)
Partilha Partilha (u22) [Que opinião tem sobre as redes sociais na
Internet?]
As redes sociais têm múltiplas possibilidades que
vão desde a simples interacção à socialização e
à partilha. (c10)
Controlo dos Sim, mas com [ Posso entender que tem uma opinião positiva?]
riscos ponderação;
Sim, mas com ponderação...
…servir para os
AS REDES SOCIAIS ONLINE EM CONTEXTO EDUCATIVO | Marco Freitas
alunos aprenderem a [ Quer explicar um pouco a questão da
usá-las sem correrem ponderação? Imagino que se refere à
riscos ou, pelo participação cautelosa dos alunos?]
menos, limitando os
Acho que o uso das redes em contexto de
riscos (u23)
aprendizagem também deve servir para os
alunos aprenderem a usá-las sem correrem
riscos ou, pelo menos, limitando os riscos. (c11)
Interacção Facilita a interacção [Quais são as implicações pedagógicas das
aluno- com o professor; redes sociais nas relações entre professor e
professor alunos mais aluno?]
responsáveis pela
sua aprendizagem; Facilita a interacção com o professor e aproxima
Perspecti- constrangimento; o professor dos alunos em termos relacionais.
Torna os alunos mais responsáveis pela sua
…limitar a
va peda- espontaneidade deles aprendizagem, o que altera o papel do professor
gógica (alunos) na relação que se torna num moderador das discussões ou
com os outros (u24) num orientador. Em vez de ser a fonte de
sobre a conhecimento, ele passa a ter um papel de
validação.
utilização
das redes Por outro lado, o professor vai entrar na
intimidade e na área reservada dos alunos, o que
sociais pode criar constrangimento e limitar a
espontaneidade deles na relação com os outros.
É como se fossemos para a sala de convívio
escutar as conversas do intervalo. Limitaria um
bocadinho os assuntos discutidos. (c12)
24
26. Interacção Aproxima o professor [Quais são as implicações pedagógicas das
professor- dos alunos; o redes sociais nas relações entre professor e
aluno professor torna-se aluno?]
num moderador das
discussões… Facilita a interacção com o professor e aproxima
orientador; … o o professor dos alunos em termos relacionais.
professor vai entrar Torna os alunos mais responsáveis pela sua
na intimidade e na aprendizagem, o que altera o papel do professor
área reservada aos que se torna num moderador das discussões ou
alunos (u25) num orientador. Em vez de ser a fonte de
conhecimento, ele passa a ter um papel de
validação.
Por outro lado, o professor vai entrar na
intimidade e na área reservada dos alunos, o que
pode criar constrangimento e limitar a
espontaneidade deles na relação com os outros.
É como se fossemos para a sala de convívio
escutar as conversas do intervalo. Limitaria um
bocadinho os assuntos discutidos. (c12)
Interacção Os alunos vão [Quais foram as potencialidades pedagógicas
aluno-aluno …percebendo as observadas na interacção entre os estudantes?]
perspectivas dos
outros e evoluindo Além de exporem as suas próprias perspectivas
nos seus sobre os assuntos, os alunos vão, através das
conhecimento; … interacções, percebendo as perspectivas dos
Percebem que ao outros e evoluindo nos seus conhecimentos.
partilhar…estão a Aumenta o sentido crítico e é desenvolvida a
contribuir para o capacidade argumentativa. Percebem que ao
enriquecimento dos partilhar, por pouco que seja, estão a contribuir
conhecimentos do para o enriquecimento dos conhecimentos do
grupo e deles grupo e deles próprios. (c13)
próprios (u26)
Actividades Fóruns de discussão; [Certamente que, verificando essa participação
fomentadas Partilha de ligações dos alunos, pensou em actividades de
com interesse; aprendizagem. Se sim, quais foram as
Sondagens; Pesquisa actividades fomentadas?]
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e construção conjunta
de documentos; Chat Fóruns de discussão baseados em notícias
(aula de dúvidas; recentes, afirmações polémicas, etc.
Partilha de
Partilha de ligações com interesse para cada
documentação;
conteúdo que enriquecem o conteúdo ou
Simulações (u27)
mostram uma abordagem diferente que,
normalmente, gera a discussão.
Sondagens.
Pesquisa e construção conjunta de documentos,
utilizando wikis.
Chat (aula de dúvidas).
Partilha de documentação própria do
funcionamento de uma disciplina, fichas de
trabalho, elaboração de PPT, resumos, etc.
Simulações de processos biológicos complexos
que não podem se r executados em laboratório
escolar. (c14)
Interacção Nesta rede em [Houve alguma participação de familiares nessa
alunos -pais particular, os pais não rede social ou noutras que tenha observado? Se
tiveram participação sim, quais foram as relações reais entre pais e
activa; Acabam por filhos?]
espreitar o que se
passa; apercebem-se Nesta rede em particular, os pais não tiveram
da actividade deles participação activa. Mas sei que alguns sabem
25