SlideShare a Scribd company logo
1 of 3
Download to read offline
DOS

TRÓPICOS AO EQUADOR:

A

AMAZÔNIA BRAGANTINA

Belém, vinte e nove de janeiro de 2010 •ANO 1• N° 1

HOJE É DIA DO JORNALISTA!
“Além da técnica de exploração do ouro
ou da produção do açúcar, da implantação
de ferrovias ou dos telégrafos, a Europa
exportava para os povos abrangidos por
sua rede de dominação, toda a sua
carga de conceitos,preconceitos e idiossincrasias sobre si própria e sobre o
mundo, inclusive, sobre os próprios povos coloniais. Estes, além de empobrecidos pela espoliação das riquezas acumuladas secularmente e do produto do seu
trabalho sob o regime colonial, eram
também degradados ao assumirem como
auto-imagem um reflexo da visão européia
que os descrevia como racionalmente inferiores, porque negros, indígenas ou
mestiços e, só por isto condenados ao
atraso, como uma fatalidade decorrente
de suas características inatas de preguiça, de falta de ambição, de tendência
à luxúria, etc”. Ibidem: Darcy Ribeiro
1968.

E D I T O R I A L :
O

h o m e m

a m a z ô n i c o

Trata-se de um fundamento, e até de um axioma inalcançável, o homem amazônida e sua
cultura, seu fecho no nicho ecológico cuja habitação representa uma palafita numa várzea, ou
a beira de um rio. É clássico, mas a imagem tem
um fato muito verdadeiro. E a estas é somado a
relevância de que este não é o homem amazônico, mas a simbiose simbolista da hiléia amazônica.
Neste apanhado, qualquer nova sequer cogitação deverá ser posta a escape uma vez que não
será tolerado semelhante abuso de que como tal
o homem amazônida e seus costumes bucólicos
devem ser internacionalizados assim como a
Amazônia inteira para o bem comum de que
tanto queremos nos orgulhar como moeda de
troca ao estrangeiro que a nós o temos por um
espasmo de superioridade assombrosa.

tro-magnetismo e a invenção do motor e baterias, advento da utilização de eletro-ímãs, logo
procurou-se aumentar esta quantidade de energia que os cata-ventos de madeira proporcionavam, inventam-se a hélice a motor e posteriormente a propulsão.
Os aerogeradores neste patamar são os exemplos desta utilização tecnológica atual. Estes
instrumentos respondem significativamente o
largo uso em imensos campos onde ficam alinhados. O Parque Eólico de Osório, por exemplo, no Rio Grande do Sul, possui capacidade
para produção de 150MW. Uma usina hidrelétrica terá capacidade bem maior embora os recursos empenhados sejam bem inversos.
Hoje, pensa-se em utilização de energia renováveis e que não agridam o meio-ambiente uma
vez que os países desenvolvidos praticam a retenção de suas jazidas minerais como o carvão e
o petróleo. A seguir tem-se um ranking com os
países que mais investem neste recurso.

CAPACIDADE INSTALADA DE
PRODUÇÃO DE ENERGIA EÓLICA
EM 2007
País
MW
%
Alemanha
22247
23,6
EUA
16818
17,9
Espanha
15145
16,1
Índia
8000
8,5
China
6050
6,4
Dinamarca
3125
3,3
Itália
2726
2,9
França
2454
2,6
Reino Unido
2389
2,5
Portugal
2150
2,3
Resto do Mundo
13019
13,8

os holofotes do palco coreografado à trilha de ritmos voluptuosos, lúbricos e escarnecedores
adstrito com a narração dos personagens: um
professor de Inglês, uma cantora norte-americana e dois estudantes judeus que outrossim encenam. A foto-montagem é ambígua ao que cerne
a composição crítica sucinta, as vezes escondida
ao regime totalitário nacional socialista alemão.
A c e n a : O prelúdio e o fecho de encerramento mordaz traz a tona até que ponto a arte
como meio de expressão, de representação da
cópia como dizia Aristóteles, ou a mimeses de
Platão pode se servir aos desmandos do poder e
da opressão a que tanto é cerrada à não falar,
neste, a não imitar. Inicia-se sob a perspectiva
tomada ao reflexo da platéia em um lustre. De
primeiro esta era tomada por burguese e civis; e
a do fim, por partidários para-militares fascistas.

D E

O N D E

V E M . . .

Quem disse que o jornal ser ve
para empacotar embrulhos?

Segundo o velho e sabido livro dos burros,
asnos, jumentos e porque não néscios “jornal”
é uma palavra de origem latina diurnallis etimologia cujo significado é “feito ao dia”; originalmente foi usada para desígnio de salário.
Com a publicação periódica pela imprensa o
vocábulo passa a denominar o veículo no qual
divulgam-se as informações que acontecem
na cidade. O fato curioso é o anseio com que
a palavra empresta seu nome a uma atividade
que por fim acabam ficando, assim também é
idêntico as derivações que nela decorre, e disto eis que ocorre por aparecer o “jornalista”, o
“jornaleco” e por aí vai ao que todos conhecemos. Não é a-toa que o jornal cria para si este
rótulo, mais do que um rótulo ele é um bicho
que cria metamorfoses, quando não é uma
http://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_natural
massa de folhas e resmas impregnadas de tipos e impressão é um jornal, e quando não é
VENTOS DE NÓS TODOS
A CASTA DOS INDESEJ Á VEIS um jornal é um papel de embrulho ou papelNão é a toa que as boas brisas e ventanias freshigiênico ou ademais coisa parecida.
cas são saudáveis, o vento traz-nos toda sorte de Notícia do homem esquecido: Ao encalço da
boas-venturanças e qualquer coisa que possa ser
colocada entre o prazer e a alegria. As pessoas
ao sentirem-no tem desde calafrios a frisões...,
mas por aí nada mais é lícito falar. O que é esta
dádiva natural, sim, é nos confiado a saber à todos que quiserem saber.
Se você é daqueles que tem consciência desta
verdade, então apenas para entender, é só a demonstração de que estes ventos são energias e
que podem ser transformados por meios de instrumentos em outras captações energéticas.
Disto, a forma de apoderar-se desta fonte foi
iminente ao que o homem conseguiu engendrando círculos e eixos. Explica-se que para tal
fim houve necessidade de concentrar a energia
eólica para gerar uma outra, primariamente, a
energia mecânica, é aí que nasce os moinhos.
Com as novas adaptações da tecnologia, o ele-

inana e amolação de que os caçadores de notícias estão sendo vitima suas próprias matérias
de caráter urgente vociferam entre as páginas
daqueles a quem seus punhados jornalísticos
acossam a beira do dia, da tarde e da noite sarapantada ao correr extensas acusações tão violáveis quanto a do ver-se retratado com tamanho
desdém em uma manchete comprometedora.

NOTÍCIA DE CINEMA!

C A B A R E T : (Idem, 1972) Direção: Bob
Fossse. Origem:EUA; Legendado; 128minutos; Ficção;
Colorido. Distribuição: F.J. Lucas.

O filme é uma adaptação de contos de Christopher Isherwood. É um musical que intercala
uma atmosfera mística, sob o tempo-espaço de
1933, no fim da República de Weimar em Berlim, uma subjetiva linguagem encenada sobre

C

R

Ô

N

I

C

A

O confronto dos gê neros. Quem
é mul her e q uem é home m?
Sobre as dificílimas acusações que um casal
prestes ao desquite, um dos conjugues retorna
ao dia em que se conheceram. No sereno daquele cinema, o escuro, duas bocas e lábios
encontraram-se na quietude de sensações saborosas para ambos. Dali ao pé do altar correram meses de verão.
O homem era solícito a ponto de entregar-se
a inúmeros recados à amada abrindo-se ao
véu de versos enamorados. A mulher submissa aceitava a tudo como se todos a dissessem
dia após dia que merecia todos os adornos.
Assim o tratava com o recato de mediocridade o que inverteu-se no matrimônio e retrocedeu-se no divórcio.
Belém, quarta-feira, dez de fevereiro de 2010

Um burrico, uma motocicleta e
o campeão da desigualdade

PARCE QUE BELLE EPÓQUE ?

A

inda nos idos finalíssimos ricos, que em conjunto dos velhos
do Império, um novo artigo comerciantes portugueses que deextrativo vegetal entra em tiveram o monopólio em Belém
pauta nas exportações brasileiras: mesmo no período imperial, cona borracha. Daí, seriam necessá- sorte abriram mão da fatia cabenrios messes para que os vultos de do incrementa-los a novos produtoda a comercialização e extração tos. Uma explosão de consumo
da matéria-prima desde os serin- sem precedentes até hoje na hisgais aos portos de embarque trou- tória da cidade, encheu bazares e
xessem rentáveis somas que abri- lojas de departamento trazidos da
ram a modernização de cidades a Europa à desleixe da população
beira dos rios. As que porém ga- local citadina.
nharam maiores flâmula foram A industrialização era então assiManaus e principalmente Belém. milada sob a égide de investimenAo exemplo desta ultima, lhe é tos ingleses e posteriormente norrepassada mais do que os royalts te-americanos. De modo tacanho
e dividendos, até por ser o ponto os contatos com a tecnologia
istmo de escoamento, o defict da eram outorgados cá como entredívida publica estadual passa a posto organizados e direcionados
render a provisão assistida por pelo capital externo. Disto o mouma classe de invejada de sua for- delo proposto terminou por onetuna concretizada em palacetes e rar o Estado quando as reservas
suntuosas moradas na capital. A de borracha passaram a competir
ordem era exportar a maior quan- com as da Ásia, que por sua vez
tia de sacas de látex. E o foi na forma implementadas pelos inglemedida em que houve compra- ses que a iniciaram roubando mudor. O fato era o produto gerado das daqui. A alegria que as camade circulação de mercadorias e ar- das dominantes se orgulharam
tigos de luxo. Todos importavam. tanto em representar, pois o que
O Estado do Pará, aliás, importa- faziam, e ainda fazem é iludir-se
va ferro e aço para empregá-los com as cópias de padrões culturaem obras públicas, não é a toa is alienígenas, durara o tempo em
que de longe o número de edifí- que um maranhense conseguiu
cios erigidos não levassem cober- perpetuar-se aqui pelas cadeiras
tas talhadas de ferro adornado políticas que desde cedo aprenpela arte neo-classicista ao estilo deu a fazer vinculando em marafrancês, e produzido em manufa- cutaias e espertezas em alianças
tura inglesa. A um pouco da bo- ora feitas e ora desfeitas. Sendo ,
nança, esta era necessária o man- contudo o representante clímax
do enrijecedor de um governante de tal explendor que Belém assisautárquico na medida que preva- tira e que incrivelmente tão pouco
lecesse o status quo, tanta riqueza aproveitado, que fazem duvidar
e opulência, a desforra de novos- da seriedade deste Grão-Pará.

Para entender aquilo que é notoriedade de um país que
se orgulha em carregar índices tão inexpressivos em seu
indicadores sociais, a exemplo do Índice de Desenvolvimento Humano, a distribuição quiça equitativa que
assola em nossos meios a descrença de um governo que
irá entrar ou sair, a penumbra seria a mesma para a
imensa massa de flagelados e desabrigados nas cidades
e nos campos. Todavia não haveria necessidade de tal
pessimismo uma vez que nossa democratização efetuose seguido da aprovação da carta-magna de nossa nação
inserida em um novo contexto em que a assunção inter-FONTE: CD-ROM Positivo. 2001
nacional é favorável ao crescimento de países que ini-PORTINARI. Cândido. Os retirantes
ciaram sua industrialização sob a égide da nova ordem mundial, a divisão internacional
do trabalho e, claro, principalmente sobre o afã do capital internacional, que não chega
a ser uma novidade pois sujeitamo-nos a ele desde a época em que o Brasil era um Reino, afinal não foi de graça que a esquadra inglesa escoltou a excelência de V.M. Dom
João I. É dado assim a partida para a maior façanha que esta nação progressista aos austeros ideais da civilização européia impregnou na cultura e na
O v e l h o g u e r r e i r o e s e u s técnica em pensar dos trópicos.
c o m p a r s a s o l i g á r q u i c o s De um momento para outro o
Brasil é descoberto como mercado consumista.
Já fazem vinte anos, o que se encontra na conjunontudo o preço para tal
ção dos anos oitenta, onde o Pará assentava, e ainproselitismo disfarçado
da assenta como o Estado da Federação onde o
de progresso seria um
avanço agro-pecuário, intensificado pela atuação
sustentáculo viciante de toda a
das madeireiras e o complô com o governo esta- entidade formadora do corpo
dual, atiçaram o confronto agrário pela democrati- brasileiro. Naquela época seria
zação nos campos resultado de trinta a quarenta vantajoso um sistema deste
anos atrás em que os governos militares estimula- tipo, ao agravante de que o
ram o povoamento na Amazônia incrementando caso daqui era acrescido a esao povo local de caboclos e índios, nordestinos e cravização? O que explicar?
goianos que fizeram a busca por uma riqueza aliecrementos que a cidade faz. O depósito, em dias
nável a todos: a terra.
de chuva, derrama-se de tal maneira que nada há
Não é por outro objetivo que se faz a luta em
que reste naqueles fétidos córregos de imundície.
nossos dias quanto a redistribuição destes imenanos
após
a
sua Especialistas e técnicos sanitaristas são unânimes
sos lotes que rasgam a parecer numa porção infi- Quinze
em afirmar que são necessários no mínimo dois
nita. Desta maneira , grupos sindicalizados como pri meira i mplantação em área milhões de reais, demonstrações verossimilhantes
o MST e a Via Campesina, encarnam projetos sin- periférica o que restou do já haviam sido feita a muito tempo atrás, muitas
gulares de verdadeiras ocupações a terras de gran- maior plano de saneamento com propostas realistas prevendo que as áreas de
brejo não fossem ocupadas; desde que começou
des corporações sendo vista pela grande maioria
público que Belé m já recebeu? todavia o domínio destas e invasões concomitanda população como atos hediondos e vide crimites seguidas de aterro estava decretada o enfrentanosos contra a propriedade privada. A razão deste
Qual pergunta não cala e ab-renega nas ruas mento futuro de áreas que antes absorviam as
conjunto esta intimamente ligado a grande im- onde o cidadão qualquer vê problemas repetitivos
águas da chuva_ isto a contar das periferias já que
prensa que ignora seu papel informante; enrijeci- de inundação que alastram chuva
nos perímetros centrais semelhanda sobre o peso de políticos ruralistas e retrógra- após chuva. O resultado é a insates ações foram utilizadas que
dos e de uma classe média alta cretina que não tisfação popular que termina em
amenizaram de início as cheias,
R$ 24
porém se tornaram desastrosas
mede esforços em se iludir com o consumo inter- um fecho de paralisação de alguma via importante, dificultando
quando a população aumentou e
nacional.
milhões
o trânsito já caótico e tumultuanconsequentemente o lixo produziDeixando de lado a conjuntura nacional nada há do novas reclamações adidas as
do, a exemplo do Canal da Tap o r ano
de diferente quando analisa-se separadamente o primeiras.
mandaré. Nada contudo foi mudaPará. Este Estado da Federação parece ser mais ví- Reclamação aqui e ali a CâmaÉ o valor estimado para
do, tampouco um plano enquanto
a manutenção
anual
tima do país do que do mundo. E o que até mais ra Municipal de Belém, outorgou
os novos bairros eram formados,
dos
chamados pontos
intrigante vitimado por suas próprias classes de- o montante de R$ 290 milhões
sem planejamento algum, sem
críticos da Região Metroprojetos urbanístico ou paisagístitentoras, ou melhor castas, que prestigiam-se-ão através da Lei Orça-mentária
politana
de
Belém
Anual. Segundo O Liberal a Seco; conta-se a Belém de hoje com
com as exportações de bovinos e minerais recu- cretaria de Coordenação de Ges(RMB).CAVALCANTE,
dezenas de igarapés que vão desasando-se em reivindicar maiores incentivos na re- tão e Planejamento entretanto
Yáskara. Canais precisam de
guar no Rio Guamá ou na Baía de
gião. Contentam-se sempre com as migalhas de não soube explicar como irá gasmais investimentos. O LibeGuajará apesar de que num passaral, 4 fer. 2010, p.11-Atualigrandes transnacionais como a Vale do Rio Doce tar o valor.. É lamentável tal resdo todos estavam estritamente indades
posta uma vez que este é um graou a Alcoa, e por aí a lista é imensa.
terligados.
Não faz tanto tempo que o governo de Alacid víssimo problema no quadro urO primeiros projetos em execução para estas regiões propriaNunes, de erário militarista, foi substituído, de bano-social que tem gerado prejuízos aos milhares em infra-estrutura no comércio
para cá o Pará serviu-se de verdadeiros interventi- artesanal que vê seus estabelecimentos encharca- mente dito foram implantado no último decênio
vas nas contas públicas aliado as mesmas empre- dos por qualquer alteração pluviométrica. Quando do século passado, as primeiras obras foram feitas
nos córregos do Pirajá e trechos do uma atingindo
sas de comunicação em massa que detém o mo- trata-se de uma moradia sobretudo a beira de um as populações do Marco, Pedreira e Sacramenta. A
nopólio de editoração jornalística e televisiva. Um canal a situação agrava-se de sobremaneira com o posteriori foram implantados em Val-de-Cães,
verdadeiro conglomerado. Foi tamanho a união entulho que entope as embocaduras dos túneis de Marambaia e Souza. Em todo esse tempo que se
dos governadores paraenses com estas entidades escoamento. O lixo acumulado nos meses de ve- seguiu as conseqüências foram amontoadas pela
privadas que até os nossos dias contam-se com rão contribui enormemente para acarretar a já soma de diversos fatores, inclusive ao dos próinundação, nevrálgica por si mesma, a pilha de
um enorme poder de barganha para continuar o descartáveis, plásticos, vidros, e toda sorte de ex- prios moradores. Discutir qualquer meta neste
avanço irá ter que incluí-los.
ciclo vexatório do povo do Pará.

C

NA RODA DOS CANAIS
Belém, quarta-feira, dez de fevereiro de 2010

More Related Content

What's hot

10459 texto do artigo-44464-1-10-20211105
10459 texto do artigo-44464-1-10-2021110510459 texto do artigo-44464-1-10-20211105
10459 texto do artigo-44464-1-10-20211105
AnaRibeiro968038
 
EXPERIÊNCIA OPERÁRIA A FUGA E A GREVE CONDIÇÕES DE TRABALHO E REVOLTA EM FERR...
EXPERIÊNCIA OPERÁRIA A FUGA E A GREVE CONDIÇÕES DE TRABALHO E REVOLTA EM FERR...EXPERIÊNCIA OPERÁRIA A FUGA E A GREVE CONDIÇÕES DE TRABALHO E REVOLTA EM FERR...
EXPERIÊNCIA OPERÁRIA A FUGA E A GREVE CONDIÇÕES DE TRABALHO E REVOLTA EM FERR...
Emerson Mathias
 
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De AndradeO Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
catiasgs
 

What's hot (9)

Os sentidos das palavras
Os sentidos das palavrasOs sentidos das palavras
Os sentidos das palavras
 
"O Cortiço" - Aluísio de Azevedo
"O Cortiço" - Aluísio de Azevedo"O Cortiço" - Aluísio de Azevedo
"O Cortiço" - Aluísio de Azevedo
 
Coutos e terras de degredo no Algarve
Coutos e terras de degredo no AlgarveCoutos e terras de degredo no Algarve
Coutos e terras de degredo no Algarve
 
A cidade-e-as-serras
A cidade-e-as-serrasA cidade-e-as-serras
A cidade-e-as-serras
 
10459 texto do artigo-44464-1-10-20211105
10459 texto do artigo-44464-1-10-2021110510459 texto do artigo-44464-1-10-20211105
10459 texto do artigo-44464-1-10-20211105
 
EXPERIÊNCIA OPERÁRIA A FUGA E A GREVE CONDIÇÕES DE TRABALHO E REVOLTA EM FERR...
EXPERIÊNCIA OPERÁRIA A FUGA E A GREVE CONDIÇÕES DE TRABALHO E REVOLTA EM FERR...EXPERIÊNCIA OPERÁRIA A FUGA E A GREVE CONDIÇÕES DE TRABALHO E REVOLTA EM FERR...
EXPERIÊNCIA OPERÁRIA A FUGA E A GREVE CONDIÇÕES DE TRABALHO E REVOLTA EM FERR...
 
Avaliação 7 º ano
Avaliação 7 º anoAvaliação 7 º ano
Avaliação 7 º ano
 
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De AndradeO Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
 
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
A Cidade e as Serras - Eça de QueirósA Cidade e as Serras - Eça de Queirós
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
 

Similar to Gazeta Alternativa

A conquista do pao
A conquista do paoA conquista do pao
A conquista do pao
moratonoise
 
Imensidade de um labirito moderno - Final Version
Imensidade de um labirito moderno - Final VersionImensidade de um labirito moderno - Final Version
Imensidade de um labirito moderno - Final Version
Caroline Souza
 
O estudo da redação dissertativa
O estudo da redação dissertativaO estudo da redação dissertativa
O estudo da redação dissertativa
Katcavenum
 
Módulo 4 a sociedade de ordens
Módulo 4   a sociedade de ordensMódulo 4   a sociedade de ordens
Módulo 4 a sociedade de ordens
Escoladocs
 
Rio de sangue parte i
Rio de sangue parte iRio de sangue parte i
Rio de sangue parte i
Ana Paula
 
A revolução industrial e a cidade
A revolução industrial e a cidadeA revolução industrial e a cidade
A revolução industrial e a cidade
Jhonatan Borges
 

Similar to Gazeta Alternativa (20)

A conquista do pao
A conquista do paoA conquista do pao
A conquista do pao
 
A conquista do_pao
A conquista do_paoA conquista do_pao
A conquista do_pao
 
A conquista
A conquistaA conquista
A conquista
 
Imensidade de um labirito moderno - Final Version
Imensidade de um labirito moderno - Final VersionImensidade de um labirito moderno - Final Version
Imensidade de um labirito moderno - Final Version
 
O estudo da redação dissertativa
O estudo da redação dissertativaO estudo da redação dissertativa
O estudo da redação dissertativa
 
Historia do mundo
Historia do mundoHistoria do mundo
Historia do mundo
 
O pensamento mestiço de Serge Gruzinski.
O pensamento mestiço de Serge Gruzinski.O pensamento mestiço de Serge Gruzinski.
O pensamento mestiço de Serge Gruzinski.
 
Caderno Pedagógico de História - 6º Ano/4º Bimestre
Caderno Pedagógico de História - 6º Ano/4º BimestreCaderno Pedagógico de História - 6º Ano/4º Bimestre
Caderno Pedagógico de História - 6º Ano/4º Bimestre
 
Revolução Industrial
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Revolução Industrial
 
O estudo da redação dissertativa
O estudo da redação dissertativaO estudo da redação dissertativa
O estudo da redação dissertativa
 
Inf historia 11
Inf historia 11Inf historia 11
Inf historia 11
 
Salvemos Ouro Preto
Salvemos Ouro PretoSalvemos Ouro Preto
Salvemos Ouro Preto
 
Módulo 4 a sociedade de ordens
Módulo 4   a sociedade de ordensMódulo 4   a sociedade de ordens
Módulo 4 a sociedade de ordens
 
passadoPresenteFuturo.pdf
passadoPresenteFuturo.pdfpassadoPresenteFuturo.pdf
passadoPresenteFuturo.pdf
 
H6ºAno-Roma-ALUNO-Apostila-slides.pdf
H6ºAno-Roma-ALUNO-Apostila-slides.pdfH6ºAno-Roma-ALUNO-Apostila-slides.pdf
H6ºAno-Roma-ALUNO-Apostila-slides.pdf
 
A Cidade e as Serras
A Cidade e as Serras A Cidade e as Serras
A Cidade e as Serras
 
Rio de sangue parte i
Rio de sangue parte iRio de sangue parte i
Rio de sangue parte i
 
O mestre universal - kurt Iling
O mestre universal -  kurt IlingO mestre universal -  kurt Iling
O mestre universal - kurt Iling
 
A revolução industrial e a cidade
A revolução industrial e a cidadeA revolução industrial e a cidade
A revolução industrial e a cidade
 
Guia de estudo n.º 2 O Modelo Romano
Guia de estudo n.º 2 O Modelo RomanoGuia de estudo n.º 2 O Modelo Romano
Guia de estudo n.º 2 O Modelo Romano
 

Gazeta Alternativa

  • 1. DOS TRÓPICOS AO EQUADOR: A AMAZÔNIA BRAGANTINA Belém, vinte e nove de janeiro de 2010 •ANO 1• N° 1 HOJE É DIA DO JORNALISTA! “Além da técnica de exploração do ouro ou da produção do açúcar, da implantação de ferrovias ou dos telégrafos, a Europa exportava para os povos abrangidos por sua rede de dominação, toda a sua carga de conceitos,preconceitos e idiossincrasias sobre si própria e sobre o mundo, inclusive, sobre os próprios povos coloniais. Estes, além de empobrecidos pela espoliação das riquezas acumuladas secularmente e do produto do seu trabalho sob o regime colonial, eram também degradados ao assumirem como auto-imagem um reflexo da visão européia que os descrevia como racionalmente inferiores, porque negros, indígenas ou mestiços e, só por isto condenados ao atraso, como uma fatalidade decorrente de suas características inatas de preguiça, de falta de ambição, de tendência à luxúria, etc”. Ibidem: Darcy Ribeiro 1968. E D I T O R I A L : O h o m e m a m a z ô n i c o Trata-se de um fundamento, e até de um axioma inalcançável, o homem amazônida e sua cultura, seu fecho no nicho ecológico cuja habitação representa uma palafita numa várzea, ou a beira de um rio. É clássico, mas a imagem tem um fato muito verdadeiro. E a estas é somado a relevância de que este não é o homem amazônico, mas a simbiose simbolista da hiléia amazônica. Neste apanhado, qualquer nova sequer cogitação deverá ser posta a escape uma vez que não será tolerado semelhante abuso de que como tal o homem amazônida e seus costumes bucólicos devem ser internacionalizados assim como a Amazônia inteira para o bem comum de que tanto queremos nos orgulhar como moeda de troca ao estrangeiro que a nós o temos por um espasmo de superioridade assombrosa. tro-magnetismo e a invenção do motor e baterias, advento da utilização de eletro-ímãs, logo procurou-se aumentar esta quantidade de energia que os cata-ventos de madeira proporcionavam, inventam-se a hélice a motor e posteriormente a propulsão. Os aerogeradores neste patamar são os exemplos desta utilização tecnológica atual. Estes instrumentos respondem significativamente o largo uso em imensos campos onde ficam alinhados. O Parque Eólico de Osório, por exemplo, no Rio Grande do Sul, possui capacidade para produção de 150MW. Uma usina hidrelétrica terá capacidade bem maior embora os recursos empenhados sejam bem inversos. Hoje, pensa-se em utilização de energia renováveis e que não agridam o meio-ambiente uma vez que os países desenvolvidos praticam a retenção de suas jazidas minerais como o carvão e o petróleo. A seguir tem-se um ranking com os países que mais investem neste recurso. CAPACIDADE INSTALADA DE PRODUÇÃO DE ENERGIA EÓLICA EM 2007 País MW % Alemanha 22247 23,6 EUA 16818 17,9 Espanha 15145 16,1 Índia 8000 8,5 China 6050 6,4 Dinamarca 3125 3,3 Itália 2726 2,9 França 2454 2,6 Reino Unido 2389 2,5 Portugal 2150 2,3 Resto do Mundo 13019 13,8 os holofotes do palco coreografado à trilha de ritmos voluptuosos, lúbricos e escarnecedores adstrito com a narração dos personagens: um professor de Inglês, uma cantora norte-americana e dois estudantes judeus que outrossim encenam. A foto-montagem é ambígua ao que cerne a composição crítica sucinta, as vezes escondida ao regime totalitário nacional socialista alemão. A c e n a : O prelúdio e o fecho de encerramento mordaz traz a tona até que ponto a arte como meio de expressão, de representação da cópia como dizia Aristóteles, ou a mimeses de Platão pode se servir aos desmandos do poder e da opressão a que tanto é cerrada à não falar, neste, a não imitar. Inicia-se sob a perspectiva tomada ao reflexo da platéia em um lustre. De primeiro esta era tomada por burguese e civis; e a do fim, por partidários para-militares fascistas. D E O N D E V E M . . . Quem disse que o jornal ser ve para empacotar embrulhos? Segundo o velho e sabido livro dos burros, asnos, jumentos e porque não néscios “jornal” é uma palavra de origem latina diurnallis etimologia cujo significado é “feito ao dia”; originalmente foi usada para desígnio de salário. Com a publicação periódica pela imprensa o vocábulo passa a denominar o veículo no qual divulgam-se as informações que acontecem na cidade. O fato curioso é o anseio com que a palavra empresta seu nome a uma atividade que por fim acabam ficando, assim também é idêntico as derivações que nela decorre, e disto eis que ocorre por aparecer o “jornalista”, o “jornaleco” e por aí vai ao que todos conhecemos. Não é a-toa que o jornal cria para si este rótulo, mais do que um rótulo ele é um bicho que cria metamorfoses, quando não é uma http://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_natural massa de folhas e resmas impregnadas de tipos e impressão é um jornal, e quando não é VENTOS DE NÓS TODOS A CASTA DOS INDESEJ Á VEIS um jornal é um papel de embrulho ou papelNão é a toa que as boas brisas e ventanias freshigiênico ou ademais coisa parecida. cas são saudáveis, o vento traz-nos toda sorte de Notícia do homem esquecido: Ao encalço da boas-venturanças e qualquer coisa que possa ser colocada entre o prazer e a alegria. As pessoas ao sentirem-no tem desde calafrios a frisões..., mas por aí nada mais é lícito falar. O que é esta dádiva natural, sim, é nos confiado a saber à todos que quiserem saber. Se você é daqueles que tem consciência desta verdade, então apenas para entender, é só a demonstração de que estes ventos são energias e que podem ser transformados por meios de instrumentos em outras captações energéticas. Disto, a forma de apoderar-se desta fonte foi iminente ao que o homem conseguiu engendrando círculos e eixos. Explica-se que para tal fim houve necessidade de concentrar a energia eólica para gerar uma outra, primariamente, a energia mecânica, é aí que nasce os moinhos. Com as novas adaptações da tecnologia, o ele- inana e amolação de que os caçadores de notícias estão sendo vitima suas próprias matérias de caráter urgente vociferam entre as páginas daqueles a quem seus punhados jornalísticos acossam a beira do dia, da tarde e da noite sarapantada ao correr extensas acusações tão violáveis quanto a do ver-se retratado com tamanho desdém em uma manchete comprometedora. NOTÍCIA DE CINEMA! C A B A R E T : (Idem, 1972) Direção: Bob Fossse. Origem:EUA; Legendado; 128minutos; Ficção; Colorido. Distribuição: F.J. Lucas. O filme é uma adaptação de contos de Christopher Isherwood. É um musical que intercala uma atmosfera mística, sob o tempo-espaço de 1933, no fim da República de Weimar em Berlim, uma subjetiva linguagem encenada sobre C R Ô N I C A O confronto dos gê neros. Quem é mul her e q uem é home m? Sobre as dificílimas acusações que um casal prestes ao desquite, um dos conjugues retorna ao dia em que se conheceram. No sereno daquele cinema, o escuro, duas bocas e lábios encontraram-se na quietude de sensações saborosas para ambos. Dali ao pé do altar correram meses de verão. O homem era solícito a ponto de entregar-se a inúmeros recados à amada abrindo-se ao véu de versos enamorados. A mulher submissa aceitava a tudo como se todos a dissessem dia após dia que merecia todos os adornos. Assim o tratava com o recato de mediocridade o que inverteu-se no matrimônio e retrocedeu-se no divórcio.
  • 2. Belém, quarta-feira, dez de fevereiro de 2010 Um burrico, uma motocicleta e o campeão da desigualdade PARCE QUE BELLE EPÓQUE ? A inda nos idos finalíssimos ricos, que em conjunto dos velhos do Império, um novo artigo comerciantes portugueses que deextrativo vegetal entra em tiveram o monopólio em Belém pauta nas exportações brasileiras: mesmo no período imperial, cona borracha. Daí, seriam necessá- sorte abriram mão da fatia cabenrios messes para que os vultos de do incrementa-los a novos produtoda a comercialização e extração tos. Uma explosão de consumo da matéria-prima desde os serin- sem precedentes até hoje na hisgais aos portos de embarque trou- tória da cidade, encheu bazares e xessem rentáveis somas que abri- lojas de departamento trazidos da ram a modernização de cidades a Europa à desleixe da população beira dos rios. As que porém ga- local citadina. nharam maiores flâmula foram A industrialização era então assiManaus e principalmente Belém. milada sob a égide de investimenAo exemplo desta ultima, lhe é tos ingleses e posteriormente norrepassada mais do que os royalts te-americanos. De modo tacanho e dividendos, até por ser o ponto os contatos com a tecnologia istmo de escoamento, o defict da eram outorgados cá como entredívida publica estadual passa a posto organizados e direcionados render a provisão assistida por pelo capital externo. Disto o mouma classe de invejada de sua for- delo proposto terminou por onetuna concretizada em palacetes e rar o Estado quando as reservas suntuosas moradas na capital. A de borracha passaram a competir ordem era exportar a maior quan- com as da Ásia, que por sua vez tia de sacas de látex. E o foi na forma implementadas pelos inglemedida em que houve compra- ses que a iniciaram roubando mudor. O fato era o produto gerado das daqui. A alegria que as camade circulação de mercadorias e ar- das dominantes se orgulharam tigos de luxo. Todos importavam. tanto em representar, pois o que O Estado do Pará, aliás, importa- faziam, e ainda fazem é iludir-se va ferro e aço para empregá-los com as cópias de padrões culturaem obras públicas, não é a toa is alienígenas, durara o tempo em que de longe o número de edifí- que um maranhense conseguiu cios erigidos não levassem cober- perpetuar-se aqui pelas cadeiras tas talhadas de ferro adornado políticas que desde cedo aprenpela arte neo-classicista ao estilo deu a fazer vinculando em marafrancês, e produzido em manufa- cutaias e espertezas em alianças tura inglesa. A um pouco da bo- ora feitas e ora desfeitas. Sendo , nança, esta era necessária o man- contudo o representante clímax do enrijecedor de um governante de tal explendor que Belém assisautárquico na medida que preva- tira e que incrivelmente tão pouco lecesse o status quo, tanta riqueza aproveitado, que fazem duvidar e opulência, a desforra de novos- da seriedade deste Grão-Pará. Para entender aquilo que é notoriedade de um país que se orgulha em carregar índices tão inexpressivos em seu indicadores sociais, a exemplo do Índice de Desenvolvimento Humano, a distribuição quiça equitativa que assola em nossos meios a descrença de um governo que irá entrar ou sair, a penumbra seria a mesma para a imensa massa de flagelados e desabrigados nas cidades e nos campos. Todavia não haveria necessidade de tal pessimismo uma vez que nossa democratização efetuose seguido da aprovação da carta-magna de nossa nação inserida em um novo contexto em que a assunção inter-FONTE: CD-ROM Positivo. 2001 nacional é favorável ao crescimento de países que ini-PORTINARI. Cândido. Os retirantes ciaram sua industrialização sob a égide da nova ordem mundial, a divisão internacional do trabalho e, claro, principalmente sobre o afã do capital internacional, que não chega a ser uma novidade pois sujeitamo-nos a ele desde a época em que o Brasil era um Reino, afinal não foi de graça que a esquadra inglesa escoltou a excelência de V.M. Dom João I. É dado assim a partida para a maior façanha que esta nação progressista aos austeros ideais da civilização européia impregnou na cultura e na O v e l h o g u e r r e i r o e s e u s técnica em pensar dos trópicos. c o m p a r s a s o l i g á r q u i c o s De um momento para outro o Brasil é descoberto como mercado consumista. Já fazem vinte anos, o que se encontra na conjunontudo o preço para tal ção dos anos oitenta, onde o Pará assentava, e ainproselitismo disfarçado da assenta como o Estado da Federação onde o de progresso seria um avanço agro-pecuário, intensificado pela atuação sustentáculo viciante de toda a das madeireiras e o complô com o governo esta- entidade formadora do corpo dual, atiçaram o confronto agrário pela democrati- brasileiro. Naquela época seria zação nos campos resultado de trinta a quarenta vantajoso um sistema deste anos atrás em que os governos militares estimula- tipo, ao agravante de que o ram o povoamento na Amazônia incrementando caso daqui era acrescido a esao povo local de caboclos e índios, nordestinos e cravização? O que explicar? goianos que fizeram a busca por uma riqueza aliecrementos que a cidade faz. O depósito, em dias nável a todos: a terra. de chuva, derrama-se de tal maneira que nada há Não é por outro objetivo que se faz a luta em que reste naqueles fétidos córregos de imundície. nossos dias quanto a redistribuição destes imenanos após a sua Especialistas e técnicos sanitaristas são unânimes sos lotes que rasgam a parecer numa porção infi- Quinze em afirmar que são necessários no mínimo dois nita. Desta maneira , grupos sindicalizados como pri meira i mplantação em área milhões de reais, demonstrações verossimilhantes o MST e a Via Campesina, encarnam projetos sin- periférica o que restou do já haviam sido feita a muito tempo atrás, muitas gulares de verdadeiras ocupações a terras de gran- maior plano de saneamento com propostas realistas prevendo que as áreas de brejo não fossem ocupadas; desde que começou des corporações sendo vista pela grande maioria público que Belé m já recebeu? todavia o domínio destas e invasões concomitanda população como atos hediondos e vide crimites seguidas de aterro estava decretada o enfrentanosos contra a propriedade privada. A razão deste Qual pergunta não cala e ab-renega nas ruas mento futuro de áreas que antes absorviam as conjunto esta intimamente ligado a grande im- onde o cidadão qualquer vê problemas repetitivos águas da chuva_ isto a contar das periferias já que prensa que ignora seu papel informante; enrijeci- de inundação que alastram chuva nos perímetros centrais semelhanda sobre o peso de políticos ruralistas e retrógra- após chuva. O resultado é a insates ações foram utilizadas que dos e de uma classe média alta cretina que não tisfação popular que termina em amenizaram de início as cheias, R$ 24 porém se tornaram desastrosas mede esforços em se iludir com o consumo inter- um fecho de paralisação de alguma via importante, dificultando quando a população aumentou e nacional. milhões o trânsito já caótico e tumultuanconsequentemente o lixo produziDeixando de lado a conjuntura nacional nada há do novas reclamações adidas as do, a exemplo do Canal da Tap o r ano de diferente quando analisa-se separadamente o primeiras. mandaré. Nada contudo foi mudaPará. Este Estado da Federação parece ser mais ví- Reclamação aqui e ali a CâmaÉ o valor estimado para do, tampouco um plano enquanto a manutenção anual tima do país do que do mundo. E o que até mais ra Municipal de Belém, outorgou os novos bairros eram formados, dos chamados pontos intrigante vitimado por suas próprias classes de- o montante de R$ 290 milhões sem planejamento algum, sem críticos da Região Metroprojetos urbanístico ou paisagístitentoras, ou melhor castas, que prestigiam-se-ão através da Lei Orça-mentária politana de Belém Anual. Segundo O Liberal a Seco; conta-se a Belém de hoje com com as exportações de bovinos e minerais recu- cretaria de Coordenação de Ges(RMB).CAVALCANTE, dezenas de igarapés que vão desasando-se em reivindicar maiores incentivos na re- tão e Planejamento entretanto Yáskara. Canais precisam de guar no Rio Guamá ou na Baía de gião. Contentam-se sempre com as migalhas de não soube explicar como irá gasmais investimentos. O LibeGuajará apesar de que num passaral, 4 fer. 2010, p.11-Atualigrandes transnacionais como a Vale do Rio Doce tar o valor.. É lamentável tal resdo todos estavam estritamente indades posta uma vez que este é um graou a Alcoa, e por aí a lista é imensa. terligados. Não faz tanto tempo que o governo de Alacid víssimo problema no quadro urO primeiros projetos em execução para estas regiões propriaNunes, de erário militarista, foi substituído, de bano-social que tem gerado prejuízos aos milhares em infra-estrutura no comércio para cá o Pará serviu-se de verdadeiros interventi- artesanal que vê seus estabelecimentos encharca- mente dito foram implantado no último decênio vas nas contas públicas aliado as mesmas empre- dos por qualquer alteração pluviométrica. Quando do século passado, as primeiras obras foram feitas nos córregos do Pirajá e trechos do uma atingindo sas de comunicação em massa que detém o mo- trata-se de uma moradia sobretudo a beira de um as populações do Marco, Pedreira e Sacramenta. A nopólio de editoração jornalística e televisiva. Um canal a situação agrava-se de sobremaneira com o posteriori foram implantados em Val-de-Cães, verdadeiro conglomerado. Foi tamanho a união entulho que entope as embocaduras dos túneis de Marambaia e Souza. Em todo esse tempo que se dos governadores paraenses com estas entidades escoamento. O lixo acumulado nos meses de ve- seguiu as conseqüências foram amontoadas pela privadas que até os nossos dias contam-se com rão contribui enormemente para acarretar a já soma de diversos fatores, inclusive ao dos próinundação, nevrálgica por si mesma, a pilha de um enorme poder de barganha para continuar o descartáveis, plásticos, vidros, e toda sorte de ex- prios moradores. Discutir qualquer meta neste avanço irá ter que incluí-los. ciclo vexatório do povo do Pará. C NA RODA DOS CANAIS
  • 3. Belém, quarta-feira, dez de fevereiro de 2010