O documento discute os tipos de foliações em rochas, definindo-as como estruturas planares que ocorrem de forma penetrativa e repetitiva. Descreve foliações primárias e secundárias, e os tipos de foliação como clivagem, xistosidade e bandamento gnaissico. Apresenta exemplos dessas estruturas e discute a classificação de rochas foliadas.
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Geologia estrutural foliações em rochas
1. Geologia Estrutural - FINOM
5.o Período de Eng. de Minas
Prof. Márcio Santos
professormarciosantos@gmail.com
2. Foliações em Rochas
• As estruturas em rocha podem ser primárias ou
secundárias.
• Estruturas primárias foliares não são muito comuns.
Podem ocorrer em: rochas ígneas acamadadas pelo
fluxo de lava, clivagem plano axial em dobras de
escorregamento, em rochas sedimentares e como
foliação diagenética em folhelhos.foliação diagenética em folhelhos.
• As estruturas secundárias planares, representadas
pelas foliações (xistosidades e clivagens), e lineares,
representadas pelas lineações minerais, de interseção
e de eixos de dobras, ocorrem em rochas que foram
submetidas a metamorfismo acima de graus incipientes.
São geradas por falhas (incluindo-se zonas de
cisalhamento) e dobras.
3. • Grande parte das estruturas em rochas é definida pela
orientação preferencial de minerais ou elementos da
trama. Os elementos da trama são aquelas feições que
se repetem sistematicamente na rocha. Isto inclui o
arranjo espacial e geométrico de todos os constituintes
da rocha, congregando feições texturais, estruturais e
orientações cristalográficas preferenciais.
• É comum, em litologias deformadas em condições• É comum, em litologias deformadas em condições
dúcteis, o desenvolvimento de uma ou mais famílias de
planos de orientação das rochas. Esses planos, de
origem tectônica (secundários), podem ou não ser
paralelos à estratificação original da rocha que, em
certos casos, é totalmente apagada quando do
desenvolvimento das novas feições (transposição). Eles
recebem, de maneira genérica, a denominação de
foliações e são representados pela letra S.
4. • A palavra foliação é, portanto, um termo genérico para
descrever feições planares que se reproduzem de forma
penetrativa e repetitiva no meio rochoso, em escala de
amostra de mão.
• Podemos classificar como foliação um acamamento
rítmico de uma rocha metamórfica, o bandamento
composicional de rochas ígneas, ou outras estruturas
planares de rochas metamórficas.planares de rochas metamórficas.
• Uma falha isolada cortando um nível de composição
diferente da rocha não é considerada um elemento da
trama, porque não possui repetitividade em escala de
amostra de mão.
• Juntas são normalmente excluídas dessa classificação
por não serem suficientemente penetrativas.
5. O termo foliação se aplica a feições planares das
rochas metamórficas e corresponde a vários tipos
de estruturas
• Clivagem (de rocha): é a separação da
rocha em planos paralelos. O termo
clivagem é alusivo as foliações
secundárias presentes em rochas finas,
nos quais não há cristalização orientada
de minerais. As clivagens aparecem em
rochas metamórficas ou não e são
características do nível estrutural médio.
6. • A clivagem ardosiana é
uma estrutura típica das
ardósias e filitos
caracterizados
predominantemente pela
orientação paralela de
minerais placosos,
sobretudo sericitas e
minerais de argila, e
agregados mineraisagregados minerais
tabulares ou lenticulares.
• Macroscopicamente, é
caracterizada pela
quebra das rochas em
planos paralelos e
regulares, conforme
ilustração ao lado.
7. • A clivagem de crenulação é
uma segunda foliação gerada
sobre rocha metamórfica,
normalmente rica em
filossilicatos (micas), em
decorrência de dobramento
com pequeno comprimento de
onda e amplitude
(microdobras).
• Essa segunda foliação é
paralela ao plano axial dessas
dobras e quanto maisdobras e quanto mais
apertadas forem essas
microdobras, melhor será o
desenvolvimento da clivagem.
Em rochas que contém
clivagens de crenulação a
foliação preexistente é
normalmente afetada por
microdobras.
8. • Na imagem ao lado,
observa-se uma
dobra em rocha
xistosa que levou
desenvolvimento de
uma crenulação
(linha vermelha),
observável comoobservável como
feição planar
(clivagem) e
também como
feição linear (eixos
da crenulação).
9. • A clivagem de
crenulação é
descontínua e afeta
essencialmente
rochas finamente
acamadadas,
geralmente xistos
diversos ou
quartzitos laminados.
A geometria das
microdobras demicrodobras de
crenulação é
extremamente
variada, sendo
comuns kinks e
chevrons. Essas
microdobras podem
ou não ser
simétricas.
10. • As clivagens são feições
sistematicamente associadas
à dobramentos. Apresentam,
geralmente, relações
geométricas simples com as
dobras singenéticas, sendo os
planos de clivagem de modo
geral paralelos aos planos
axiais.
• Quando não paralelos aos• Quando não paralelos aos
planos axiais, as clivagens
desenham, na maioria dos
casos, um leque convergente
para a parte central das
dobras, conforme a figura à
direita.
11. • Xistosidade: definida pela
reorientação de minerais pré-
existentes e/ou cristalização orientada
de novos minerais, especialmente os
micáceos. A xistosidade é uma
foliação representada pelo
desenvolvimento de minerais
placóides e/ou tabulares/prismáticos.
• O aspecto mesoscópico característico
da xistosidade é a definição de planos
de foliação pelo alinhamento de micas
como muscovita, biotita, clorita e
sericita.sericita.
• Xistos raramente se partem segundo
planos perfeitos como as ardósias. Ao
contrário, sob a ação do martelo de
geólogo, eles se quebram formando
discos e soltam muita mica.
• A xistosidade é uma forma de
organização planar adquirida em
condições de temperaturas mais
elevadas do que as clivagens. É
característica do nível estrutural
inferior.
12.
13. • Estrutura ou bandamento
gnaissico: estrutura planar
caracterizada por cristalização
orientada e segregação de
minerais metamórficos
individualizados a olho nu, em
bandas definidas.
• Alguns autores utilizam o termo
foliação como sinônimo de
bandamento composicional
dos gnaisses (alternância de
bandas claras e escuras).bandas claras e escuras).
• Outros utilizam o
termo superfícies
S, designando qualquer
estrutura planar, independente
de qual seja sua origem.
Incluem-se juntos nessa
classificação xistosidade,
clivagem ardosiana e
acamamento, por exemplo.
14. • A gnaissificação é a estrutura
típica dos gnaisses, rochas em
que os feldspatos perfazem
mais de 20% do volume. Essa
estrutura normalmente é
caracterizada por bandeamento
composicional. Bandas claras,
mais ricas em quartzo e
feldspato alternadas com
bandas mais escuras, por conter
maior teor de minerais máficos.
• A figura ao lado mostra uma
estrutura gnáissica com bandas
claras (leucossoma) e escuras
(melanossoma), em migmatito
(rocha metamórfica em que a
formação de novos minerais
traduz uma alteração da
composição química devido a
material vindo do exterior da
rocha original).
15. Classificação das rochas foliadas
• As rochas foliadas são separadas de
acordo com:
– natureza da foliação (intensa ou não; espessa
/delgada; partição)/delgada; partição)
– tamanho dos cristais (grossos /finos)
– grau de separação entre minerais claros e
escuros (bandeamento)
– grau metamórfico (baixo; médio; alto)
16. • Ardósia
– foliada (excelente
partição); cristais finos
– metamorfismo de
baixo grau de
folhelhos e cinzas
vulcânicasvulcânicas
– cores escuras devido
à mineralogia da rocha
original - cinza, verde
oliva
17. • Filitos
– similares às
ardósias, com
grau de
metamorfismo um
pouco mais
elevado.
– textura pouco– textura pouco
mais grossa das
micas em geral e
cloritas maiores.
– partição boa.
18. • Xistos
– resultantes de
metamorfismo moderado a
elevado de rochas
argilosas
– início de segregação entre
minerais claros e escuros
– xistosidade – foliação
ondulada, intensa; texturaondulada, intensa; textura
grossa
– Ex.: Clorita-xistos;
Granada-xistos; Mica-
xistos - mais de 50%
minerais placóides (Micas:
moscovita, biotita, clorita);
Lentes de quartzo;
feldspato; Outros minerais.
19. • Gnaisses
– foliação caracterizada
por bandas onduladas,
claras e escuras
– (Qz + Fd) / (Biotita +
Anfibólio + Piroxênio +
Opacos)
– praticamente não há– praticamente não há
partição ao longo das
bandas
– resultam de condições
de P e T elevados
sobre granitos,
arenitos, etc.
(Metamorfismo de alto
grau).
20.
21. Referências
• ARTHAUD, M. Elementos de Geologia
Estrutural. Fortaleza, 1998.
• CARNEIRO, Celso dal Ré e outros. Tipos
de Foliação. UNICAPMP, out. 2003. pptde Foliação. UNICAPMP, out. 2003. ppt
• SALAMUNI, E. Aulas 9: Estruturas
planares e lineares.pdf.