2. “se é um produto natural
não apresenta efeitos
adversos”
http://belezaesaude.com/calmantes-naturais/
3. Final Século XX, a fitoterapia começa a ser vinculada,
principalmente pela mídia, como produto associado a
um modo alternativo de vida, estilo de “vida natural”.
O mercado criou uma imagem “não agressora” das
plantas medicinais.
http://www.bolsademulher.com/corpo/fitoterapia-nao-e-agua-com-acucar/
4. As plantas tóxicas são assim denominadas por
apresentarem substâncias biodisponíveis capazes
de causar alterações metabólicas, tais alterações
são
reconhecidas
como
sintomas
de
intoxicação, que em alguns casos podem causar
sérios transtornos e até mesmo levar a óbito.
5. http://maesamigas.com.br/crianca-em-casa-atencao-as-plantas-toxicas/
Vocês sabiam que de cada dez casos
de intoxicação por plantas tóxicas
registradas no Brasil, seis ocorrem
com crianças menores de 10 anos, e
que 84% do total dessas intoxicações
são acidentais?
Adolescentes e adultos: Intoxicação por plantas alucinógenas ou por
finalidade alimentar de plantas identificadas erroneamente.
A falta de informação pode causar sérios danos à saúde. Reconhecer
as plantas tóxicas mais frequentes pode evitar muita dor de cabeça.
6. Oxalato de cálcio
Oxalato de cálcio é um composto químico que forma cristais
monocíclicos aciculares (isto é em forma de agulha). Grande
quantidade deste composto ocorre naturalmente no Comigoninguém-pode, na qual forma ráfides.
http://www.microscopy-uk.org.uk/mag/indexmag.html?http://www.microscopyuk.org.uk/mag/artaug04/wdaptenia.html
http://www.anatomiavegetal.ibilce.unesp.br/cursos/morfologiavegetal/aulas/celula-vegetal.php
7. Até mesmo pequenas doses de oxalato de cálcio são
suficientes para causar intensa sensação de queimação na
boca e garganta, inchaço e asfixia. Os sintomas podem
durar por até duas semanas. Em casos de ingestão de
grandes doses pode ocorrer um grande mal estar no
sistema digestório, dificuldade de respirar, coma e até
morte. Recuperação de envenenamento por grandes doses
de oxalato de cálcio é possível, no entanto o fígado e os rins
são afetados permanentemente.
http://blogs.diariodepernambuco.com.br/economia/?attachment_id=11039
8. COMIGO-NINGUÉM-PODE
Nome científico: Dieffenbachia picta
Schott
Nome Popular: aninga-do-pará
Parte tóxica: todas as partes da planta
Princípio Ativo: Ráfides de Oxalato de
cálcio e saponinas.
Sintomas: a ingestão e o contato pode
causar sensação de queimação, edema de
lábios,
boca
e
língua,
náuseas,
diarreia,
salivação
abundante, dificuldade de engolir e asfixia;
o contato com os olhos pode provocar
irritação e lesão da córnea.
http://www.chacaratropical.com.br/decorativas.html
9. TINHORÃO
Nome científico: Caladium bicolor Vert
Nome Popular: tajá, taiá, caládio
Parte tóxica: todas as partes da planta
Princípio Ativo: Ráfides de Oxalato de
cálcio.
Sintomas: a ingestão e o contato pode
causar sensação de queimação, edema
de lábios, boca e língua, náuseas,
vômitos, diarreia, salivação abundante,
dificuldade de engolir e asfixia ; o
contato com os olhos pode provocar
irritação e lesão da córnea.
http://www.arteplural.com.br/coluna/carol/0609.php
12. COROA DE CRISTO
Nome científico: Euphorbia millii L.
Parte tóxica: todas as partes da
planta
Sintomas: a seiva leitosa (látex
irritante) causa lesão na pele e
mucosa, edema de lábios, boca e
língua, dor, queimação e prurido; o
contato
com os olhos provoca
irritação, lacrimejamento, edema das
pálpebras e dificuldade de visão; a
ingestão
pode
causar
náuseas, vômitos e diarreias.
http://www.fazfacil.com.br/jardim/coroa-de-cristo-euphorbia/
Nome Popular: Coroa-de-cristo
13. AVELÓS
http://www.princesadebobes.com.br/2010/07/hospital-albert-einstein-fazpesquisa-contra-o-cancer/
Nome científico: Euphorbia tirucalli L.
Nome Popular: graveto-do-cão, figueira-dodiabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São
Sebastião.
Parte tóxica: todas as partes da planta
Princípio ativo: Látex Irritante, Toxalbumina.
Sintomas: Seiva leitosa (látex irritante) causa
lesão na pele e mucosa, edema de lábios, boca e
língua, dor, queimação e prurido; o contato com
os
olhos
provoca
irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e
dificuldade de visão; a ingestão pode causar
náuseas, vômitos e diarreias.
15. TOXALBUMINA
O princípio ativo é comumente uma albumina – as
toxalbuminas, que são proteínas muito tóxicas, de efeito
altamente irritante sobre a mucosa gastrintestinal, além de
hemaglutinante. O efeito irritante facilita a absorção e o
aparecimento de distúrbios sistêmicos algum tempo após a
ingestão.
http://biomedicinapadrao.wordpress.com/category/estudos/page/9/
16. PINHÃO-ROXO
Nome científico: Jatropha curcas L.
Nome Popular: pinhão-de-purga, pinhão-de-cerca, purgante-decavalo, manduigaçu, figo-do-inferno
Parte tóxica: folhas e frutos
Princípio ativo: Curcina (toxalbumina).
http://olhares.uol.com.br/pinhao-roxo-foto5389764.html
Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas
abdominais,
diarreia
mucosa
e
até
sanguinolenta, dispneia, arritmia e parada cardíaca.
17. MAMONA
Nome científico: Ricinus communis L.
Nome Popular: Carrapateira, rícino, mamoeira, carrapato.
Parte tóxica: sementes
Princípio ativo: Ricina (Toxalbumina)
Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas,
vômitos, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta,
nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito.
http://www.patricinhaesperta.com.br/beleza/beneficios-do-oleo-de-ricino-pra-beleza
http://aceitericino.blogspot.com.br/2012/04/aceite-de-ricino-para-el-estrenimiento.html
18.
19. SAPONINAS: são glicosídeos dificilmente absorvidos
pela mucosa intestinal íntegra. Sua ação lipofílica facilita
a complexação das saponinas com esteróides, proteínas e
fosfolipídeos das membranas celulares alterando sua
permeabilidade
ou
causando
sua
destruição,
determinando
manifestações
sistêmicas, entre as quais, a hemólise.
http://www.portalocupacional.com.br/portal/materias/2/128/223/anemias
http://www.tudoemfoco.com.br/anemia-hemolitica.html
20. HERA
Nome científico: Hedera helix L.
Nome
Hera,
Aradeira,
Hedra,
muros,
Hera-inglesa,
trepadeira,
verdadeira, Heradeira, Hereira.
Popular:
Hera-dosHeraHera-
Parte tóxica: folhas e frutos
Princípio ativo: Glicosídeos Saponínicos
Sintomas: a ingestão do fruto causa
náuseas,
vômitos,
salivação
excessiva,
cólicas abdominais, diarreia
mucosa
e
até
sanguinolenta, dispneia, arritmia e parada
cardíaca.
http://betaflores.blogspot.com.br/2012/11/formato-das-plantas-e-decoracao.html
21. BUCHA
Nome científico: Luffa cylindrica Roem
Nome Popular: esfregão
Parte tóxica: frutos
Princípio ativo: Glicosídeos Saponínicos
Sintomas: Quando ingerido em grandes
quantidades,
produzem
quadro
de
náusea,
vômitos,
diarreia,
dor
abdominal.
Se
ocorrer
absorção
gastrintestinal pode apresentar quadro
mais grave em decorrência de hemólise.
http://en.wikipedia.org/wiki/Luffa_aegyptiaca
22. SOLANINA: é um glicoalcalóide que por clivagem hidrolítica libera
um alcaloide, a alcamina e um açúcar. A alcamina é rapidamente
absorvida pelo trato digestivo considerado responsável pelas
manifestações
sistêmicas
(alucinações,
dor
de
cabeça,
hepatoxicidade). A solanina não hidrolisada, produz intensa irritação
da mucosa intestinal, com o aparecimento das manifestações
gastrintestinais.
Solanum tuberosum L.
Solanum lycopersicum L.
Solanum melongena L.
http://omegaproyecto.blogspot.com.br/2013/09/gastronomia-los-vegetales-toxicos-iii.html
23. MARIA PRETA
Nome científico: Solanum nigrum L.
Nome Popular: mata-cavalo, ervamoura, pimenta-de-rato, pimente-degalinha.
Parte tóxica: folhas e frutos não
maduros
Sintomas: sinais de irritação gástrica,
enjoos, cólica abdominal, vômitos dor
de cabeça.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Solanum_nigrum_Nep.jpg
24. CARDIOTÔNICOS: Os glicosídeos cardiotônicos têm como principais
características farmacológicas a capacidade de aumentar a força de
contração da fibra miocárdica.
A margem terapêutica é bastante pequena → intoxicações são
bastante comuns (20% dos pacientes).
ritmo cardíaco anormal que produz tontura, palpitação, falta de ar, sudorese ou
desmaio;
alucinações confusão e alterações mentais (ex. depressão);
cansaço ou debilidade anormais;
problemas de visão: visão borrada, dupla, percepção de
auréolas amarelas, verdes ou brancas;
perda de apetite ou náuseas etc
http://www.essaseoutras.xpg.com.br/como-manter-oseu-coracao-saudavel-siga-as-dicas-e-previna-doencas/
São efeitos secundários e/ou sinais de intoxicação:
25. DEDALEIRA
Nome científico: Digitalis purpúrea L.
Nome
dedaleira, digital, campainhas
popular:
Parte tóxica: folha e flor
Pricípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos
Sintomas:
Ingestão:dor/queimação, sialorréia, náuseas, vô
mitos, cólicas abdominais,diarréia.
Manifestações
neurológicas:
cefaléia, tonturas, confusão mental e distúrbios
visuais.
Distúrbios
cardiovasculares:
arritmias, bradicardia, hipotensão.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Digitalis_pur
purea_in_Slavkovsky_les_in_summer_2012_(8).JPG
Contato
ocular:
fotofobia,
conjuntival, lacrimejamento.
congestão
26. OLEANDRO
Nome científico: Nerium oleander L.
Nome popular: oleandro, louro rosa, loandro
da índia, adelfa, espirradeira, flor de são José.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos.
Sintomas: a ingestão ou o contato com o látex
podem
causar
dor
em
queimação
na
boca,
salivação,
náuseas,
vómito
intensos, cólicas abdominais, diarreia, tonturas
e distúrbios cardíacos (Arritmia, taquicardia e
fibrilação ventricular) que podem levar a morte.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Nerium_oleander2.jpg
27. SINDROME ANTICOLINÉRGICAS
A)
Centrais:
alteração
da
consciência,
desorientação,
discurso
incoerente,
delírio,
alucinações, agitação, comportamento violento,
sonolência, coma, depressão respiratória central e
raramente
convulsões.
B) Periféricas: hipertermia, midríase, membranas
e mucosas secas, pele vermelha, quente e seca,
vasodilatação periférica, taquicardia, diminuição da
motilidade intestinal e retenção urinária.
A toxicidade provém de ação anticolinérgica dos alcalóides
tropânicos, que inibem a ação da acetilcolina em efetores
autônomos e na musculatura lisa, causando além da síndrome
anticolinérgica, uma síndrome alucinógena.
28. Essas plantas já foram utilizadas em
rituais
religiosos
e
até
com
finalidades
criminosas, porém, atualmente, são
mais
utilizados
pelos
efeitos
medicinais
e
alucinógenos
(finalidade recreativa).
http://bruxassalem.blogspot.com.br/2010_04_01_archive.html
29. SAIA BRANCA
Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome Popular: erva-do-diabo,
trombeteira, trombeta de anjo, aguadeira,
zabumba.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
http://mgonline.com/articles/datura.aspx
Principio Ativo: alcalóides beladonados
(atropina, escopolamina e hioscina).
Sintomas: Náuseas, vômitos (rápido) seguido de sintomas
anticolinérgicos (pele quente, seca e avermelhada, secura de
mucosas, principalmente bucal e ocular, taquicardia, midríase
intensa, disúria, oligúria, distúrbio de comportamento, confusão mental
e agitação psicomotora. Alucinação visual seguido de depressão
neurológica
e
até
coma
profundo,
distúrbios
30. FIGUEIRA-DO-INFERNO
Nome científico: Datura stramonium L.
Nome Popular: Estramônio, erva-dosbruxos,
figueira-do-demo,
figueira-dodiabo, figueira brava e zabumba.
Parte tóxica: Toda a planta
Principio Ativo: alcalóides beladonados
Sintomas:
síndrome
anticolinérgica
(alucinações,
secura
na
boca, midríase, taquicardia, agitação, quad
ros de delírio).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Midr%C3%ADase
http://en.wikipedia.org/wiki/Datura_stramonium
http://invasoras.uc.pt/gallery/datura-stramonium/
31. DAMA DA NOITE
Nome científico: Cestrum nocturnum L .
Nome Popular: Cestrum, Coerana, Coirana, Flor-da-noite, Jasmim-danoite, Jasmim-verde, Rainha-da-noite
Parte tóxica: todas as partes
(maior
concentração
de
glicosídeos em folhas e frutos
verdes)
Principio ativo: Glicosídeos
Sintomas: A intoxicação provoca
vômitos e náuseas, seguido de
agitação psicomotora, distúrbios
comportamentais e alucinações,
midríase e secura das mucosas.
http://blog.giulianaflores.com.br/wp-content/uploads/2013/06/Dama-da-noite.jpg
32. BELADONA
Nome científico: Atropa belladonna L.
Nome popular: beladona
Parte tóxica: todas as partes da planta
(maior concentração nas raízes)
Pricípio ativo: glicosídeos cardiotônicos
Sintomas:
A
ingestão
causa:
Pele
seca, quente e vermelha, principalmente no
rosto; boca seca, dificultando a deglutição e
articulação das palavras; sede intensa; febre;
aumento da frequência cardíaca; dilatação
das pupilas; movimentos desordenados;
agitação;
alteração
de
comportamento, podendo ficar agressivo;
confusão mental e alucinações.
http://www.dr.hauschka.com/en_DE/knowledgebase/medicinal-plant-facts/deadly-nightshade/
http://www.hierbas2000.com/belladona.html
33. MEDIDAS PREVENTIVAS
1. Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças.
2. Conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e
características.
3. Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como
brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.).
4. Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica.
5. Não coma folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras
ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem
sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.
6. Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele
e principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em qualquer local onde
possam vir a ser manuseados por crianças; quando estiver lidando com plantas
venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade.
7. Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a
planta para identificação.
8. Em caso de dúvida ligue para o Centro de Intoxicação de sua região.
34. Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo
(CCI-Jabaquara)
Hospital Municipal Dr. Artur Ribeiro de Saboya
Av. Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro,
860 4.º andar - Jabaquara
CEP: 04330-020 - São Paulo/SP
Atendimento: 0800 771 37 33