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1REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
Ribeirão Preto SP
Novembro - 2014
Ano 7 - Nº 77
R$ 10,00
POLÍTICA: Setor espera por mudanças em segundo mandato de Dilma Rousseff
CADERNO TERRA & CIA: Cafeicultor é afetado por quebra na produção de arábica
Conferência Internacional Datagro reúne mais de 600 profissionais
e fala sobre o presente e o futuro do segmento canavieiro
EM DEBATEEM DEBATE
O SETOR
Campanha ‘etanol
completão’ está de volta
Programas de capacitação
tecnológica a distância
Cafeicultor é afetado por
quebra na produção
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20142
3REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
Carta ao leitor
Que a força esteja conosco!
E
Dois	mil	e	quatorze	tem	sido	um	ano	atípico.	Ainda	que	os	profi	ssionais	que	trabalham	
com a terra estejam acostumados as intempéries climáticas, a seca que atingiu grande
parte do Centro-Sul surpreendeu a todos. Os canaviais não completaram seu ciclo de de-
senvolvimento e o resultado estamos vivenciando agora. Falta matéria-prima nas usinas e a sa-
fra será menor.
Porteira a fora, foi um ano de muitas promessas e poucas ações. Em época de eleições,
os envolvidos pouco fazem além de comícios, participações em programas de rádio e televisão,
apertos	de	mãos,	e	promessas	que	deveriam	ser	cobradas	num	futuro	próximo.
É justamente isso que o setor sucroenergético precisa fazer.
Dilma Rousseff (PT) continuará no comando do país por mais quatro anos. O setor não
tem todo este tempo para começar a reagir. Algumas medidas, como o aumento da mistura de
etanol	anidro	na	gasolina,	a	volta	da	Contribuição	de	Intervenção	no	Domínio	Econômico	(Cide)	
sobre	o	combustível	fóssil,	além	de	uma	adequação	nos	leilões	de	energia	do	Brasil,	precisam	
ser tomadas o quanto antes.
Elizabeth	Farina,	presidente	da	Unica	–	União	da	Indústria	de	Cana-de-Açúcar,	comentou	
o	discurso	de	Dilma	logo	após	os	resultados	das	urnas	serem	divulgados.	A	petista	afi	rmou	que	
para	o	Brasil	voltar	a	crescer,	retomará	o	diálogo	com	diversas	áreas,	inclusive,	o	agronegócio.	
“Não	podemos	saber	se	o	dialogo	será	positivo	ou	não,	mas	é	importante	que	a	presidente	de-
monstre	com	clareza	qual	o	papel	ela	espera	da	agroenergia	na	matriz	energética	brasileira,	se	é	
protagonista ou se é secundário”.
De	fato,	é	preciso	um	tempo	para	que	a	presidente	estabeleça	sua	nova	equipe	econômi-
ca,	para,	a	partir	daí,	cobrar	as	devidas	ações.	
Apenas	como	exemplo,	senhora	presidente,	o	setor	canavieiro	está	pronto	para	ajudar	o	
país	no	colapso	energético	que	se	desenha	há	anos.	Temos	bagaço	e	palha	para	gerar	a	ener-
gia de uma Itaipu.
Estamos	preparados,	também,	para	contribuir	com	o	meio-ambiente	e	com	o	fl	uxo	de	cai-
xa	da	Petrobras,	que	ao	importar	gasolina	para	suprir	a	demanda	in-
terna, registra prejuízos mensalmente. Nosso etanol é limpo, susten-
tável	e	genuinamente	brasileiro.	
Que	os	próximos	quatro	anos	tenham	em	comum	apenas	o	
nome e o partido de quem os comandará. E que o setor, antes no
vermelho,	volte	ao	azul,	aos	menos	nas	contas.	
Foto:Divulgação
Expediente
Diretor: Plínio César
Gerente de Comunicação: Luciana Zunfrilli
Redação
Editor Chefe: Doca Pascoal
Reportagem: Marcela Servano
Colaboração: José Osvaldo Bozzo e Plinio Nastari
Foto da capa: Datagro
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dos autores e não expressam a opinião da revista.
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REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20144
5REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20146
Guia de Compras SA
		PG	 ÁREA ADMINISTRATIVA
	 ANUÁRIO......................................................................
31	 AGRIANUAL.........................................(11) 4504 1414
	 BANCOS  INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.............................
14	BANCOOB...........................................(16) 3456 7407
14	SICOOB....................................................1634567407
	 CHURRASCARIA / RODÍZIO...........................................
7	 COXILHA DOS PAMPAS......................(16) 3629  6017
	 CONSULTORIA  ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL..........
28	 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208
19	 DATAGRO............................................(11) 4133 3944
	 CONSULTORIA  GESTÃO AMBIENTAL...........................
28	 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208
	 CURSOS E TREINAMENTOS.........................................
28	 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208
	 ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES.......................................
14	BANCOOB...........................................(16) 3456 7407
14	SICOOB....................................................1634567407
	EVENTOS......................................................................
27	 GRUPO IDEA...............................................3514 0631
	 FEIRAS, SIMPÓSIOS E EVENTOS..................................
27	 GRUPO IDEA...............................................3514 0631
13	 MULTIPLUS.........................................(16) 2132 8936
	 SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO....................................
28	 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208
9	 ARGUS................................................(19) 3826 6670
35	 BASF DO BRASIL.................................(11) 3043 2273
36	 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405
2	 DU PONT.............................................(11) 4166 8041
	 PLANTADORAS DE CANA.............................................
20	CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222
	TRANSBORDOS............................................................
20	CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222
		PG	 ÁREA INDUSTRIAL
	 CABOS DE AÇO............................................................
28	 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208
	CLARIFICANTES...........................................................
4	 PROSUGAR.........................................(81) 3267 4759
	DESCOLORANTES........................................................
4	 PROSUGAR.........................................(81) 3267 4759
	EMPILHADEIRAS..........................................................
20	 EMPIZA EMPILHADEIRAS.........................1935713000
	 EPI  EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.........
28	 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208
	 MEDIDORES, TRANSMISSORES DE VAZÃO E NÍVEL.....
11	 DWYLER..............................................(11) 2682 6633
	 PRODUTOS E SISTEMAS CONTRA INCÊNCIO...............
28	 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208
9	 ARGUS................................................(19) 3826 6670
	 SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO.....................................
28	 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208
9	 ARGUS................................................(19) 3826 6670
	
		PG	 ÁREA AGRÍCOLA
	
	 COLHEDORAS DE CANA...............................................
20	CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222
	 DEFENSIVOS AGRÍCOLAS.............................................
36	 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405
	 EPI  EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.........
28	 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208
	FERTILIZANTES............................................................
36	 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405
	 FUNGICIDAS.................................................................
35	 BASF DO BRASIL.................................(11) 3043 2273
36	 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405
2	 DU PONT.............................................(11) 4166 8041
	HERBICIDAS.................................................................
35	 BASF DO BRASIL.................................(11) 3043 2273
36	 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405
2	 DU PONT.............................................(11) 4166 8041
	 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS.........................................
20	CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222
	 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS  PEÇAS E SERVIÇOS........
20	CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222
	INSETICIDAS................................................................
35	 BASF DO BRASIL.................................(11) 3043 2273
36	 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405
2	 DU PONT.............................................(11) 4166 8041
	 MATURADORES E REGULADORES DE CRESCIMENTO.
7REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20148
Arquivo	CanaMix
Sumário
16
18
Marketing Canavieiro
-	Inseticida	Atabron,	da	Arysta,	agora
		para	cana-de-açúcar
- DuPont Proteção de Cultivos
tem novo diretor de Pesquisa &
Desenvolvimento no Brasil
Capa
- O setor e seu futuro discutidos durante a
Conferência Internacional Datagro
-	Artigo:	A	pouco	divulgada	contribuição	do	
etanol para a redução de importação da
gasolina
Portal CanaMix
- Minas Gerais quer menos
imposto e mais etanol
-	Campanha	‘etanol	completão’	está	de	volta
-	Grupo	Clealco	doa	R$	90	mil	para
pronto-socorro de Penápolis
-	Usina	São	Fernando	celebra	o	Dia	
das Crianças com ação social
- Da Mata realiza palestra para
idosos em Lavínia (SP)
Mercado
Tereos tem prejuízo no
1º	tri	da	safra	2014/15
10
30
12
34
26
Café
Cafeicultor é afetado por
quebra	na	produção	de	arábica
Programa
Senar	abre	programas	de	
capacitação	tecnológica	a	distância
Política
Setor espera por mudanças
em segundo mandato
de Dilma Rousseff
9REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201410
Mercado
Tereos tem prejuízo no 1º tri da safra 2014/15
Números indicam prejuízo líquido de R$ 32 milhões quando
comparado com o mesmo trimestre do ciclo 2013/14
Da redação
A
Tereos Internacional, empresa que
no Brasil tem operações de pro-
cessamento de milho, mandioca
e cana-de-açúcar, sendo, neste último,
a terceira maior produtora de etanol do
país, informou seus resultados no trimes-
tre encerrado em 30 de junho, equivalen-
te ao primeiro período da safra 2014/15.
Os números indicam prejuízo líquido
de R$ 32 milhões se comparado com o re-
sultado líquido positivo de R$ 8 milhões ob-
tido no mesmo trimestre do ciclo 2013/14.
O prejuízo líquido atribuível aos acionistas
da controladora foi de R$ 31,7 milhões,
contra um lucro líquido de R$ 8,6 milhões
em igual trimestre do ano passado.
A empresa, que atua também na
Europa, África e Ásia, disse que o seg-
mento de amidos e adoçantes apresen-
tou pequena melhora, mas o negócio de
álcool na Europa foi afetado pelos bai-
xos preços de etanol e também ao fato
que o trigo processado pela unidade foi
comprado a preço de mercado. “As ope-
rações do Oceano Índico registraram es-
tabilidade, enquanto a rentabilidade na
África sofreu com o início tardio da safra
e deterioração das condições de merca-
do”, informou em nota.
O lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização (Ebitda) da
companhia caiu 17,4%, a R$ 173 mi-
lhões. Ainda no comunicado, a Tereos
afirmou que ao excluir o feito contábil po-
sitivo sobre o primeiro trimestre do ciclo
passado da controlada Guarani, o Ebitda
permanece em linha com o ano anterior.
Com relação aos negócios voltados
a Guarani, a companhia registrou no pri-
meiro trimestre da safra um Ebitda ajus-
tado ao valor justo dos ativos biológi-
cos de R$ 95 milhões, valor 24% abaixo
do registrado em igual trimestre do ciclo
anterior.
De acordo com o comunicado,
houve aumento da moagem, assim como
receita com cogeração de energia, mas
também retração no faturamento com
açúcar.
Empresa aponta aumento da moagem e receita com cogeração de energia, mas retração no faturamento com açúcar
11REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201412
Política
Setor espera por mudanças em
segundo mandato de Dilma Rousseff
Petista terá mais quatro anos para mostrar ao
segmento o que não conseguiu até agora
Da redação
P
ara superar a crise vivida pelo
segmentReeleita para o segun-
do mandato, a presidente Dilma
Rousseff (PT) terá pela frente grandes
desafios. Ao menos no discurso, ela
afirma que para fazer o Brasil voltar a
crescer irá dialogar com diversas áre-
as, entre elas, o agronegócio.
O presidente da Associação Brasi-
leira do Agronegócio (Abag), Luiz Car-
los Corrêa Carvalho, afirmou logo após
a eleição, ocorrida em 26 de outubro, à
Agência Estado, que é necessária uma
trégua do setor sucroenergético à presi-
dente para avaliar quais medidas ela to-
mará a partir de agora. “Acho que temos
de encarar como uma nova eleição, es-
perar, ver o que ela pretende fazer e até
que ponto a presidente absorverá o que
foi proposto”, disse. “Foi eleição muito
dividida, mas sem programa de governo
para discutir”, completou ele.
Presidente prometeu mais diálogo para o Brasil voltar a crescer
A União da Indústria de Cana-de-
-Açúcar (Unica) espera que Dilma apre-
sente políticas mais claras para o setor
de combustíveis que possam beneficiar
os produtores de etanol. “Não pode-
mos saber se o dialogo será positivo ou
não, mas é importante que a presidente
demonstre com clareza qual o papel ela
espera deste setor na matriz de energia
brasileira, se é um papel protagonista
ou se é secundário”, afirmou a presi-
dente da Unica, Elizabeth Farina.
Ainda de acordo com a executiva
da Unica, políticas mais claras para se-
tor de combustíveis poderiam ajudar as
usinas de etanol a lidar com o elevado
endividamento, já que com o controle
de preços da gasolina, usado artificial-
mente para combater a inflação, tirou a
competitividade do etanol.
Outro ponto defendido por Farina
é o reconhecimento das “externalida-
des positivas do etanol”, como o fato
de ele ser um combustível menos po-
luente. Para ela, isso poderia ser feito
por meio do restabelecimento da Cide,
tributo incidente sobre a gasolina.
O setor sucroenegético luta por
atenção do Governo Federal já que,
desde a crise financeira mundial em
2008, até 2013, mais de 70 usinas já
fecharam as portas no Brasil, informou
a Unica em relatório recente, que con-
tabilizou ainda 66 unidades produtoras
em recuperação judicial, considerando
aquelas em operação e inativas.
13REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201414
15REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201416
Capa
Em sua 14ª edição, participantes da Conferência discutem soluções
para a saída da crise e as oportunidades para recuperação do setor
Evento contou com cerca
de 650 participantes
Elizabeth Farina fala sobre a importância do mercado de etanol hidratado
Com informações
da assessoria Datagro
N
os	dias	20	e	21	de	outubro,	em	
São	 Paulo,	 capital,	 650	 partici-
pantes e 40 palestrantes de 32
países estiveram presentes durante a
14ª edição da Conferência Internacio-
nal	sobre	Açúcar	e	Etanol,	realizada	pela	
Datagro.	Em	sua	maioria,	CEO’s	e	dire-
tores	fi	zeram	do	encontro	um	momento	
importante para troca de informações,
ideias, opiniões e soluções para o setor.
Com palestras e discussões de
elevado nível técnico, a Conferência dis-
cutiu estimativas de safra, tendências de
mercado no Brasil e no mundo, a impor-
tância	do	mercado	de	etanol	hidratado,	
perspectivas	 de	 aumento	 da	 efi	ciência	
O setor e seu futuro discutidos
durante a Conferência
Internacional Datagro
dos	 veículos	 fl	ex	 usando	 etanol,	 como	
otimizar	 o	 custo	 do	 ATR	 -	 Açúcar	 To-
tal Recuperável contido na cana, e mui-
tos	outros	temas	de	grande	importância	
para o setor.
Um	 dos	 destaques	 fi	cou	 para	 as	
estimativas	 da	 safra	 2015/16	 anuncia-
das por Plínio Nastari, presidente da Da-
17REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
Luiz Fernando de Sá, José Luiz Tejon, Mariana Godoy e Heródoto Barbeiro
Mônika Bergamaski diz que o país precisa de políticas públicas para alavancar o setor
tagro e curador do evento. O presidente
apontou para uma menor oferta de cana
em resposta novamente à falta de chu-
vas, enquanto baixos investimentos em
renovação impactarão negativamente os
canaviais na próxima safra.
Sobre a importância do mercado
de etanol hidratado, houve um painel de
debates com a participação dos CEOs
dos principais grupos sucroenergeticos
no Brasil: Biosev, Copersucar, Raízen,
São Martinho e Tereos, sob a coorde-
nação de Elizabeth Farina, presidente da
Unica. “Dessa forma, discutir etanol hi-
dratado é uma questão estratégica”, dis-
se Farina, que completa. “Através dele,
o Brasil pode recuperar sua relevância
no mercado”.
Foi discutido também o fim das
cotas de produção da União Europeia
e os estoques internacionais de açúcar
puderam situar o que esperar do merca-
do nos próximos anos.
De acordo com José Orive, dire-
tor executivo da ISO, após 2017 a Eu-
ropa poderá produzir uma média de 19
milhões de toneladas de açúcar, voltan-
do a ter condições de atender a deman-
da interna e exportar 2,5 milhões de to-
neladas no médio prazo.
Enquanto isso não acontece, atu-
almente, o elevado estoque mundial de
açúcar tem afetado a capacidade de rea-
ção dos preços. Dessa forma, para Ivan
Melo, diretor comercial da Raízen, o
mercado precisa corrigir os preços para
Paulo, José Luiz Tejon, e o editor-che-
fe da revista IstoÉ, Luiz Fernando de Sá,
foram quase unanimes quanto a impor-
tância da mudança da consciência da
população em relação ao etanol e ao
açúcar.
Segundo eles, o setor precisa tra-
balhar mais ativamente os canais de co-
municação, não apenas para estimular o
consumo de etanol e também de açúcar,
como também desmitificar o setor que
tem contribuído muito para o meio am-
biente, para o desenvolvimento das pe-
quenas cidades e para a economia do
Brasil.
Ainda dentro deste contexto, para
a secretária de Agricultura e Abasteci-
mento do Estado de São Paulo, Mônika
Bergamaski, o país precisa de políticas
públicas para alavancar o setor com me-
nos impostos e mais investimentos em
pesquisas e produção de cana-de-açú-
car. A secretária enfatizou ainda que “os
debates realizados durante a 14ª Confe-
rência Internacional Datagro sobre Açú-
car e Etanol demonstram que ainda te-
mos esperança”, diz.
Nos bastidores do evento, diver-
sos líderes e empresários do setor tam-
bém se referiram à importância dos
debates neste momento crucial, para
planejar um futuro mais promissor.
“
“
Dessa forma, discutir
etanol hidratado é uma
questão estratégica.
Através dele, o Brasil
pode recuperar sua
relevância no mercado.
Elizabeth Farina, presidente da Unica.
escoar o açúcar em estoque.
Passando de mercado para socie-
dade, os jornalistas Heródoto Barbeiro,
Mariana Godoy, o diretor do Núcleo de
Estudos do Agronegócio, da ESPM São
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201418
Capa
A pouco divulgada contribuição do etanol
para a redução de importação da gasolina
*Plínio Nastari
N
o acumulado de janeiro a agosto
desde ano, o consumo de com-
bustíveis	 do	 ciclo	 Otto	 (gasoli-
na	 mais	 etanol)	 cresceu	 9,05%	 quan-
do comparado a igual período de 2013.
Em gasolina equivalente, o consumo de
ciclo	Otto	até	agosto	foi	de	34.549.183	
m³,	contra	31.681.855	m³	no	mesmo	pe-
ríodo do ano passado. Este é um cres-
cimento impressionante, em particular
quando	a	economia	cresce	apenas	0,3%	
em 2014. Esta performance indica uma
elasticidade-renda	 bastante	 elevada	 do	
consumo	 de	 combustíveis	 leves	 utiliza-
dos	em	transporte,	refl	exo	do	crescimen-
to	do	mercado	de	automóveis	no	Brasil.	
Este	não	é	um	fenômeno	novo,	ou	parti-
cular	de	2014.	O	consumo	de	combustí-
veis	do	ciclo	Otto	cresceu	às	seguintes	
taxas	anuais,	desde	2008:	11,6%	(2008),	
7,1%,	9,4%,	6,7%,	8,1%	e	5,0%	(2013).
No mesmo período de oito meses
em 2014, o consumo de gasolina C (ga-
solina pura mais etanol anidro) cresceu
7,17%,	portanto	abaixo	da	média	do	ci-
clo	 Otto,	 em	 contraste	 ao	 aumento	 ob-
servado	no	consumo	de	etanol	hidrata-
do,	de	19,75%.	O	consumo	de	gasolina	C	
passou	de	26.944.211	m³	nos	primeiros	
oito	meses	de	2013,	para	28.875.978	m³	
em	2014,	aumento	de	1.931.767	m³.	E	o	
consumo	de	etanol	hidratado	passou	de	
6.768.062	m³	em	2013	para	8.104.579	
m³	em	2014,	aumento	de	1.336.517	m³.
O consumo de etanol anidro, que
é	misturado	à	gasolina,	também	cresceu	
bem	acima	do	percentual	observado	para	
a gasolina C, do qual faz parte. Este fato
se	explica	pelo	fato	de	que	desde	maio	
de	2013	a	mistura	combustível	foi	eleva-
da	de	20%	para	25%.	O	consumo	de	ani-
dro	passou	de	6.080.774	m³	nos	primei-
ros	oito	meses	de	2013,	para	7.218.995	
m³	em	2014,	aumento	de	1.138.221	m³,	
ou	18,72%.
O consumo de gasolina A (pura),
nos primeiros oito meses de 2014
caiu	 9,10%,	 para	 18.964.816	 m³,	 con-
tra	20.863.438	m³	em	igual	período	de	
2013.
Portanto, resumidamente, nos pri-
meiros oito meses de 2014, o consu-
mo	 de	 ciclo	 Otto	 cresceu	 9,05%,	 o	 de	
gasolina	 C	 7,17%,	 o	 de	 etanol	 hidrata-
do	19,75%,	e	o	de	etanol	anidro	18,72%,	
e o consumo de gasolina A (pura) caiu
9,10%.
O consumo de gasolina A caiu ape-
sar	do	aumento	expressivo	no	consumo	
de gasolina C. Isso se deveu ao efeito
combinado	do	elevado	aumento	no	con-
sumo	de	etanol	anidro	e	hidratado.	É	a	
queda do consumo de gasolina A que
tem propiciado a redução da importação
de gasolina.
A importação de gasolina (A) nos
primeiros oito meses de 2014 foi de
1.688.427,95	 m³,	 contra	 2.488.726,22	
m³	em	2013,	uma	redução	expressiva	de	
32,16%,	ou	de	800,3	milhões	de	litros.	
Esta	redução	só	não	foi	maior,	pois	cres-
ceu o consumo de gasolina C como um
todo.
A redução de importação de ga-
solina	se	repetiu	também	no	último	mês	
de	setembro,	quando	foram	importados	
72.732,73	m³,	contra	141.583,84	m³	em	
setembro	de	2013.
Plínio Nastari, presidente da Datagro
Em 2014, o preço médio de impor-
tação	da	gasolina	foi	de	0,73	centavos	de	
dólar	por	litro	–	à	taxa	de	câmbio	de	2,50	
por	dólar,	equivalentes	a	R$	1,825	por	li-
tro. Portanto, a redução na importação de
gasolina	em	2014	(janeiro	a	setembro),	
propiciada pelo aumento no uso do eta-
nol,	permitiu	uma	economia	de	634	mi-
lhões	de	dólares	na	balança	comercial.
Caso	 não	 tivesse	 havido	 nenhum	
aumento no consumo de etanol, anidro
e	hidratado,	somente	nos	primeiros	oito	
meses de 2014 o consumo de gasolina
teria	 sido	 maior	 em	 2.073.782,9	 m³,	 o	
que teria gerado uma importação adicio-
nal	que	teria	custado	ao	país	US$	1,51	
bilhão	adicionais.
Esta	tem	sido	a	contribuição	silen-
ciosa	que	o	setor	do	açúcar	e	do	etanol	
tem	dado	à	balança	comercial	e	à	saúde	
da	economia	brasileira,	ao	mesmo	tem-
po em que atravessa a pior crise de sua
19REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
Desafios e oportunidades: planejando para o futuro
E N E GR Y
RESEARCH
INSTITUTE
SSAMOIB
Midia Parceira: Midia Parceira:
Realização/Curadoria:
+55 (11) 4193-4031
conferencia@datagro.com
www.datagroconferences.com
Mais informações:
650 PARTICIPANTES 47 PALESTRANTES 32 PAÍSES
A 14ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol foi
um sucesso. Ao todo, 650 participantes e 47 palestrantes de 32 países
fizeram do encontro um momento excepcional para troca de informações,
ideias, opiniões e soluções para o setor sucroenergético mundial.
Agradecemos a todos que estiveram conosco e colaboram para esta
com mais uma edição desta importante Conferência. Juntos, pudemos
contribuir para mais um debate sobre desenvolvimento econômico,
através do setor que dá energia ao mundo.
E, em decorrência do resultado do evento deste ano, a 15ª Conferência
Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol já tem data definida.
O evento será realizado nos dias 21 e 22 de setembro de 2015.
Garanta já sua participação, com desconto especial.
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201420
Capa
história. Crise que tem como principal
fundamento o subsídio de preço à ga-
solina, e a política fiscal que zerou a ta-
xação (Cide) incidente sobre a gasoli-
na. Entre janeiro e setembro de 2014, a
defasagem de preço média da gasolina
foi de 17,85%, segundo o acompanha-
mento diário da Datagro.
E enquanto o país importa gaso-
lina a um preço médio de R$ 1,83 por
litro (ao câmbio atual), o preço do ani-
dro que a substitui numa relação 1:1
é de apenas R$ 1,3 por litro, e o do
hidratado é de somente R$ 1,14 por
litro.
É lamentável que a política pú-
blica não esteja valorizando a contri-
buição que o etanol tem dado para o
equilíbrio do mercado de combustí-
veis do ciclo Otto. O maior consumo
de etanol tem sido viabilizado, nos úl-
A importação de gasolina (A) nos primeiros oito meses de 2014 foi de 1.688.427,95 m³
timos dois anos, por um aumento de
produção que ocorre porque o preço
do açúcar se encontra depreciado, em
função de estoques elevados no mer-
cado mundial. No entanto, esta situa-
ção tende a se inverter no futuro o que,
na falta de uma perspectiva de valori-
zação do etanol combustível, pode ge-
rar um novo ciclo de aumento e depen-
dência por gasolina importada.
*Plínio Nastari é presidente da Da-
tagro Consultoria, mestre e doutor em
economia agrícola pela Iowa State Uni-
versity, foi presidente do Conselho Di-
retor da Associação Brasileira de Enge-
nharia Automotiva (AEA), e professor de
micro e macroeconomia na EAESP-FGV.
21REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201422
Opinião
Obrigações acessórias:
munição para os órgãos públicos
*José Osvaldo Bozzo
A
ideia central deste artigo é dis-
seminar a importância do cum-
primento das obrigações fiscais
acessórias. Nosso foco consiste em
demonstrar a importância da acuida-
de dessas obrigações como meio que
o Fisco possui de fiscalizar e contro-
lar a ocorrência de condutas prescritas
como hábeis de fazer incidir a norma
de tributação. Não obstante, de manei-
ra bastante objetiva, tentaremos indi-
car que a Administração Tributária, ao
impor alguns deveres formais, pratica
certos excessos e coloca em risco toda
a sistemática do instituto. Por isso, a
tentativa de demonstrar que a origem
das chamadas “obrigações acessórias”
deverá seguir os mesmos alcances atri-
buídos ao exercício da competência le-
gislativa de criação de tributos, obser-
vando o processo legal de enunciação
de cada ente competente, em sua fun-
ção delegada pela Constituição Federal
do Brasil.
FÁBRICA DE LEIS – Por sermos
um dos países que mais produz leis,
seja do ponto de vista legal ou infrale-
gal, é crucial que haja atenção ao obe-
decer todo o nosso ordenamento jurí-
dico, considerando ser esse um dos
principais fatores do sistema jurisdicio-
nal, que é o conjunto de normas feitas
sob o amparo dos princípios constitu-
cionais. Com a vasta edição de medi-
das provisórias, portarias, atos declara-
tórios, decretos, enfim, torna-se quase
que impossível ter total domínio e co-
nhecimento do que é instituído diaria-
mente. E o pior é que a ninguém cabe
alegar desconhecimento das leis.
APLICAÇÃO DA LEGALIDADE – E
é por esta razão que partimos da pre-
missa de que as obrigações acessórias
ou os deveres instrumentais, enquanto
obrigações de fazer, não fazer ou con-
sentir algo estão intimamente relacio-
nadas ao implemento das normas jurí-
dicas de tributação, sendo certas que,
para a criação de tais obrigações, as
regras constitucionais são as mesmas:
deverá guardar respeito ao princípio da
legalidade. No bojo deste contexto inse-
re-se a questão das normas que tratam
da observância no cumprimento das
obrigações acessórias a que estão su-
jeitas as empresas, independentemente
do ramo de sua atividade. Acreditamos
que, para a maioria dos doutrinadores,
os excessos de tantas obrigações es-
tão atrelados não só àquelas em que
o contribuinte está obrigado a prati-
car, mas, principalmente, como parâ-
metro de tolerância do sujeito passivo
à fiscalização. Fato é que as obriga-
ções acessórias, na doutrina tributária,
servem como instrumentos de caráter
administrativo.
E MAIS “ACESSÓRIOS” – Outro
aspecto a ser notado, e que muitas ve-
zes dá margem a interpretações dúbias,
é que a “acessoriedade” de que tra-
ta o Código Tributário Nacional (CTN)
não pode ser confundida ou lida com a
mesma aparência que lhe dá o Código
Civil, pois a regra de que o acessório
segue o principal não encontra ampa-
ro no CTN. Ou seja, a “acessoriedade”
necessita ser vista de acordo com os
fins que o próprio CTN proclama, que é
o interesse da arrecadação e da fisca-
lização dos tributos. Basta analisarmos
os artigos 113, 122, 194 e 197 do CTN.
A propósito, este Código foi re-
cepcionado como norma geral, porém
com status de lei complementar em re-
lação às obrigações acessórias. Não
obstante, nem tudo o que prevê o CTN
sobre tais obrigações deve ser consi-
derado como norma geral, pois o su-
jeito passivo da obrigação acessória,
do ponto de vista legal, não está mui-
to bem definido, haja vista a redação do
seu artigo 122 dar margem para outras
indagações.
INTERAÇÃO SEGURA COM O
CONTRIBUINTE – Na realidade, como
dissemos em outras ocasiões, a fun-
23REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
ção da obrigação acessória é municiar
a administração dos órgãos públicos
de elementos capazes de interagir onli-
ne com o contribuinte, a fim de manter
a segurança, o monitoramento e, prin-
cipalmente, a fiscalização dos valores
arrecadados junto ao erário. São me-
canismos cada vez mais severos, inte-
ligentes, modernos e apropriados para
impedir a sonegação e a evasão tribu-
tária. Por essa razão, consultores ex-
ternos e especialistas de empresas
exercem uma atividade de extrema re-
levância na gestão dos seus negócios
fiscais. Não só colaboram no cum-
primento das obrigações acessórias,
como também subsidiam e colaboram
com a administração pública. Uma ges-
tão eficaz na área fiscal demonstra es-
tar adaptada aos inúmeros recursos
de monitoramento que a Receita Fede-
ral possui. Basta constatar a instituição
do Sistema Público de Escrituração Di-
gital (SPED), composto pelos módulos
Escrituração Contábil Digital (ECD), Es-
crituração Fiscal Digital (EFD) e NF-e
(Nota Fiscal Eletrônica) em domínio na-
cional. Todo esse sistema passou a exi-
gir que os mecanismos atrelados às in-
formações contábeis e fiscais estejam
em conformidade com as regras pré-
determinadas por aquele órgão.
SEM RESTRIÇÕES – É fato que a
Receita Federal deve fiscalizar, e cabe
ao contribuinte prestar informações.
Porém, em hipótese alguma poderá o
órgão público, ainda que involuntaria-
mente, criar restrições ou proibições
impostas às empresas como forma in-
direta de obrigá-las ao pagamento de
determinado tributo. A exemplo dis-
so, a forma como são impostas algu-
mas obrigações acessórias acaba por
qualificá-las como verdadeiras sanções
políticas. Exemplos mais comuns que
temos hoje são: a restrição ao contri-
buinte de renovação ou retirada de cer-
tidões de regularidade fiscal, a suspen-
são da inscrição estadual, a restrição
do contribuinte inadimplente perante o
CNPJ, etc. Referidas restrições podem
causar verdadeiros embaraços ao de-
senvolvimento regular das empresas,
podendo estas, na medida em que se
sentirem prejudicadas, recorrer ao Po-
der Judiciário. Fato é que a Receita Fe-
deral do Brasil (RFB) está cada vez mais
preparada para auditar os contribuintes
sem a necessidade de estar “fisicamen-
te” nas empresas. A auditoria informati-
zada será a fonte do auditor fiscal a par-
tir de 2015, uma vez que praticamente
todas as informações necessárias já
estarão na sua base de dados. No pas-
sado iniciou-se o processo por meio da
NFe, passando pelo SPED Fiscal, SPED
Contábil, EFD Contribuições, e agora te-
remos o E-LALUR e EFD Social (contri-
buições trabalhistas).
GRAÇAS À TECNOLOGIA – Outro
avanço foi a unificação da Secretaria da
Receita Federal e do Instituto Nacional
de Seguridade Social (INSS), formando
a Receita Federal do Brasil, o que aca-
bou ocasionando a implantação de uma
única certidão negativa de débitos com
a Fazenda Nacional. Tais controles in-
formatizados estão ganhando cada vez
mais importância e se tornando uma
ferramenta essencial para fazer frente
à tecnologia utilizada pela Receita. Não
basta ter apenas um Enterprise Resour-
ce Planning (ERP), é preciso estruturar
as informações, fortalecer os contro-
les para que sejam previamente valida-
dos os dados disponibilizados à Recei-
ta já a partir de 2015. Isso contribuirá
para evitar autuações fiscais e desgas-
tes em processos administrativos e ju-
diciais, os quais trazem elevados cus-
tos para o negócio.
*José Osvaldo Bozzo é consul-
tor tributarista é consultor, tributarista
e sócio da MJC Consultores. Formado
em Direito, foi também sócio da BDO e
da KPMG e professor de Planejamen-
to Tributário na USP – MBA de Ribei-
rão Preto.
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201424
25REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201426
Da redação
Minas Gerais quer menos
imposto e mais etanol
Com informações da assessoria Siamig
AAssembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) abriu uma
consulta ao cidadão sobre o Projeto de Lei (PL) 5.494/14, que
reduz a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) incidente sobre o etanol hidratado combustível de
19% para 14%, enviado pelogovernoàquelaCasanodia30/09/14.
O projeto tem o objetivo de incentivar o consumo de com-
bustível limpo e renovável no Estado e, caso seja aprovado, Mi-
nas Gerais terá a segunda menor alíquota de ICMS do país sobre o
etanol hidratado, somente atrás de São Paulo que é de 12% e hoje
maior centro consumidor do combustível no país.
No portal da ALMG, o cidadão pode votar a favor ou contra
o projeto e fazer o comentário. Para participar basta acessar o site
www.almg.gov.br,preencherumrápidocadastroefazeravotação.
Diversos materiais hospitalares foram entregues pelo Gru-
po Clealco ao Pronto-Socorro de Penápolis (SP). A ação,
Confira outros destaques no Portal CanaMix.
Campanha ‘etanol completão’
está de volta
Grupo Clealco doa R$ 90 mil para
pronto-socorro de Penápolis
Com informações
da assessoria Unica
AUnião da Indústria de
Cana-de-Açúcar (Uni-
ca) lançou no fim de se-
tembro uma nova fase
da campanha publicitá-
ria “Etanol, o combustível
completão”. Focada princi-
palmente no estado de São
Paulo, a ação tem como
objetivo reforçar os impac-
Divulgação
Proposta visa alterar o ICMS incidente sobre o
etanol hidratado de 19% para 14%
Quando lançada pela primeira vez,
em 2012, a campanha alavancou
as vendas em 10% em São Paulo
O prefeito de Penápolis, Célio de Oliveira, e o diretor da Clealco, Júnior
Bassetto (ao centro) entregaram R$ 90 mil em equipamentos hospitalares
tos positivos do etanol para a economia e o meio ambiente, e in-
centivar seu consumo. “Com a retomada da campanha queremos
relembrar aos consumidores as vantagens e os benefícios do bio-
combustível. O etanol gera ganhos ambientais, sociais e promove
o crescimento econômico de forma significativa em mais de mil
municípios brasileiros”, diz a presidente da Unica, Elizabeth Farina.
Quando lançada pela primeira vez, em novembro de 2012, a
campanha alavancou as vendas de etanol no estado de São Pau-
lo, que em apenas um mês de veiculação cresceram 10%. No ano
passado, a ação publicitária também chegou a outros três estados:
Paraná, Goiás e Minas Gerais.
“Neste momento, o preço do etanol está mais vantajoso do
que o da gasolina para o consumidor, ou seja, a paridade de 70%
já foi atingida em alguns estados, mesmo assim a demanda pelo
produto não reagiu como se esperava. Isso reforça o nosso diag-
nóstico de que o contato direto com o público deve ser constan-
te”, afirma Farina.
27REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
Usina São Fernando celebra o Dia
das Crianças com ação social
Da Mata realiza palestra para
idosos em Lavínia (SP)
Usina São Fernando, em Dourados (MS)
Usina Da Mata
Com informações da assessoria Da Mata
Em comemoração ao Dia do Idoso, comemorado em 1º de ou-
tubro,	o	Conselho	Municipal	do	Idoso	de	Lavínia	(SP),	convi-
dou	a	técnica	de	Segurança	do	Trabalho	da	Usina	Da	Mata,	Ana	
Flávia Ferreira de Sousa, para realizar uma palestra com o tema
“Prevenção	sobre	Quedas”	a	todos	os	idosos	do	município.
O	evento	foi	realizado	na	tarde	do	dia	28	de	outubro,	no	
Centro de Convivência do Idoso (CCI), onde estavam reunidos
mais	de	60	idosos,	entre	eles,	membros	da	Terceira	Idade	e	mo-
radores do Asilo.
Durante	a	palestra,	Ana	Flávia	alertou	sobre	os	perigos	que	
os	idosos	podem	encontrar	dentro	de	suas	casas,	citando	o	ba-
nheiro	como	o	maior	causador	de	acidentes	na	terceira	idade.	
Além de ressaltar os cuidados que devem ser tomados para evitar
quedas,	a	palestrante	também	contou	algumas	histórias	de	moti-
vação, encerrando assim o evento.
Sugestões através do e-mail redacao@canamix.com.br
Para saber mais, acesse: www.canamix.com.br | twitter: @canamix
Para	celebrar	o	Dia	das	Crianças,	os	colaboradores	da	Usina	
São Fernando, em conjunto com a diretoria, reuniram-se para
uma ação social. Sessenta e uma crianças carentes cadastradas
no CRAS (Centro de Referência a Assistência Social) do Bairro
Cachoeirinha	em	Dourados	(MS)	receberam	presentes	arrecada-
dos	pelos	trabalhadores.
Ao	todo,	foram	183	brinquedos,	entregues	no	dia	10	de	ou-
tubro	durante	evento	promovido	pela	empresa,	que	contou	ainda	
com	brincadeiras	e	lanche.
Durante a comemoração, as crianças prepararam tam-
bém	uma	apresentação	musical	para	os	representantes	da	São	
Fernando.
Divulgação
que	totalizou	R$	90	mil,	atende	a	um	compromisso	com	fi	rma-
do	entre	a	usina	e	o	Ministério	Público	do	Trabalho.
Pelo	acordo,	a	empresa	teria	que	reverter	R$	90	mil	em	
doações	 para	 alguma	 entidade	 fi	lantrópica	 de	 sua	 escolha,	
sendo	o	município	de	Penápolis	o	escolhido.
Entre os materiais entregues estão: camas para adultos
e crianças, poltronas reclináveis, eletrocardiogramas, monito-
res	multiparâmetros,	entre	outros.
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201428
Marketing Canavieiro
Inseticida Atabron, da Arysta, agora para
cana-de-açúcar
O Atabron 50 EC é um inseticida fisiológico que age no crescimento
da broca-da-cana, especificamente na sua mudança de estágio
O
inseticida Atabron, da Arysta Li-
feScience, obteve registro para
combate à broca da cana-de-açú-
car (Diatraea saccharalis). Essa praga
compete com a produção da cana, ataca
os colmos e causa contaminação à ma-
téria-prima, prejudicando a indústria e a
área agrícola – já que reduz a produtivida-
de –, sendo encontrada nas culturas das
regiões Centro-Sul e Nordeste do Brasil.
O controle da broca-da-cana é re-
alizado por meio do manejo integrado –
controle biológico com a cotésia (vespi-
nha considerada o mais eficiente agente
de controle biológico dessa enfermidade)
para infestações baixas. Já para altas in-
festações, a indicação é utilização de de-
fensivo agrícola, como Atabron.
Atabron 50 EC é um inseticida fisio-
lógico que age no crescimento da broca-
da-cana, especificamente na sua mudan-
ça de estágio, promovendo o controle da
praga. “É uma nova ferramenta à disposi-
ção do agricultor, que traz de forma efeti-
va uma contribuição para os ganhos dos
indicadores financeiros do setor sucroe-
nergético. Atabron está disponível em to-
dos os estados produtores”, aponta José
Renato Gambassi, gerente de marketing
cana da Arysta LifeScience.
Esse é um momento crucial para o
ciclo da produção da cana, alerta Gam-
bassi. Nos meses de setembro e outu-
bro, as chuvas retomam no Centro-Sul e
a praga inicia o seu ciclo, seguindo até
março/abril do ano seguinte. “Temos o
inseticida já disponível para proteger a
cana da broca e o período do ano é ideal,
já que sempre recomendamos o controle
nos primeiros meses de infestação ou ci-
clo dessa praga”.
Durante o evento de lançamento,
especialistas renomados debaterão sobre
o manejo integrado e o impacto da bro-
ca da cana-de-açúcar sobre a eficiência
industrial, além de apresentação técnica
do produto e esclarecimentos aos partici-
pantes. Com essa conquista, a Arysta no-
vamente amplia seu portfólio em cana e
segue conquistando participação de mer-
cado na cultura da cana-de-açúcar.
Canavial sadio é um grande aliado no aumento de produtividade
29REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201430
Marketing Canavieiro
DuPont Proteção de Cultivos tem novo diretor de
Pesquisa & Desenvolvimento no Brasil
“Minha missão nesta nova etapa será
assegurar recursos à área de Pesquisa &
Desenvolvimento e reforçar a visão dos
clientes no desenvolvimento de soluções
na área de Proteção de Plantas”
Marcelo Okamura ingressou na DuPont em 2004 e vem
traçando sua história junto da empresa
O
engenheiro agrônomo Marcelo
Okamura é o novo diretor de Pes-
quisa & Desenvolvimento da DuPont
do Brasil Proteção de Cultivos. O executivo,
que até o mês de setembro último ocupou o
cargo de diretor de Marketing da empresa,
assumiu a liderança do Centro de Pesqui-
sas e Desenvolvimento da DuPont, situado
no município de Paulínia (SP), onde funcio-
na um dos mais modernos centros de pes-
quisas e inovação da empresa.
Okamura ingressou na DuPont em
2004, como líder de Marketing e Vendas
do segmento de Especialidades da área
de Proteção de Cultivos. Atuou depois
como diretor de Vendas e assumiu em
2007 a direção de Marketing.
Em sua passagem pela direção de
Marketing, Okamura contribuiu decisiva-
mente para contínuo crescimento da área
de Proteção de Cultivos. “Minha missão
nesta nova etapa será assegurar recur-
sos à área de Pesquisa & Desenvolvi-
mento e reforçar a visão dos clientes no
desenvolvimento de soluções na área de
Proteção de Plantas. Tenho como metas
oferecer condições ao desenvolvimento
profissional de nossos colaboradores e
reforçar a posição do Brasil como polo
gerador de conhecimento para a Du-
Pont”, salienta Okamura.
Nascido em Londrina (PR), Mar-
celo Okamura graduou-se engenhei-
ro agrônomo na Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho – Unesp,
de Jaboticabal (SP).
Com especialização em Adminis-
tração de Marketing na FGV – Fundação
Getúlio Vargas, e outros diversos cursos
realizados dentro e fora do Brasil, o exe-
cutivo detém profundo conhecimento do
mercado mundial de agroquímicos.
31REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
Cafeicultor é afetado por quebra na produção de arábica
Senar abre programas de capacitação tecnológica a distância
REVISTA CANAMIX |NOVEMBRO | 201432
Cafeicultor é afetado por quebra na
produção de arábica
De acordo com o boletim “Ativos do Café”, em Guaxupé
(MG) o custo operacional total aumentou em 27,9%
Com informações
da assessoria de imprensa CNA
Na	safra	2013/2014	o	Brasil	regis-
trou queda de produtividade do café ará-
bica.	 A	 baixa	 nos	 números	 provocou,	
consequentemente, redução na renda do
cafeicultor nas principais regiões produ-
toras, especialmente em Minas Gerais, o
maior	estado	produtor.	Guaxupé,	tradicio-
nal região cafeeira no sul de Minas, teve
o Custo Operacional Total (COT) aumen-
tado	em	27,9%.	
Os	dados	estão	no	boletim	“Ativos	
do	Café”,	elaborado	pelo	Centro	de	Inte-
ligência	 e	 Mercado	 da	 Universidade	 Fe-
deral	de	Lavras	(CIM/UFLA),	em	parceria	
com a Confederação da Agricultura e Pe-
cuária do Brasil (CNA).
Os	problemas	meteorológicos	ocor-
ridos nos primeiros meses de 2014 foram
preponderantes para a redução na produ-
ção	de	Arábica.	Com	isso,	a	principal	justi-
fi	cativa	para	os	impactos	das	adversidades	
climáticas no custo de produção está rela-
cionada	à	quebra	maior	na	renda	do	bene-
fi	ciamento	do	café,	e	não	na	carga	produti-
va,	conforme	apontado	pela	Conab.
De	acordo	com	os	números	do	Bo-
letim, considerando a produção plena na
safra	 atual,	 os	 custos	 em	 setembro/14	
seriam	 de	 R$	 466,30/saca.	 Na	 simula-
ção de redução na produção estes cus-
tos	fi	caram	em	R$596,47/saca	no	mes-
mo	mês;	um	aumento	de	27,9%.
O levantamento mostra, ainda, que
a cafeicultura manual, no terceiro trimes-
tre de 2014, apresentou custo 1,43 ve-
zes maior em comparação com a lavou-
ra mecanizada, sem considerar a redução
de	 produção	 estimada	 pela	 Companhia	
Nacional	de	Abastecimento	(Conab).
Algodão pluma é um dos produtos que mais tem potencial de crescimento da produção
Café
33REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
1P (PÁGINA DE ANÚNCIO)
REVISTA CANAMIX |NOVEMBRO | 201434
Senar abre programas de capacitação
tecnológica a distância
A capacitação oferecida foca a atualização dos profissionais nas principais
mudanças e transformações tecnológicas no processo produtivo
Com informações
da assessoria de imprensa
O	Portal	de	Educação	a	Distância	
do Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural	(Senar)	abriu	inscrições	para	qua-
tro programas gratuitos de capacitação
tecnológica	a	distância	(EaD),	nas	áreas	
de Suinocultura, Floricultura, Silvicultura
e	Heveicultura.	A	capacitação	tecnológi-
ca	 foca	 a	 atualização	 dos	 profi	ssionais	
nas principais mudanças e transforma-
ções	tecnológicas	signifi	cativas	no	pro-
cesso produtivo.
Cada programa terá cursos com
carga	horária	específi	ca,	ou	seja,	o	par-
ticipante não vai precisar concluir todo
o	programa	para	receber	a	certifi	cação.	
Além disso, os cursos terão atividades de
aprendizagem e ações interativas como
fóruns	e	chats.	“Com	isso,	o	participan-
te	vai	poder	escolher	dentro	do	progra-
ma	o	conteúdo	mais	adequado	às	suas	
necessidades”,	explica	a	pedagoga	e	as-
sessora técnica do Senar, Larissa Arêa.
As capacitações são voltadas para quem
já tem formação inicial em alguma ativi-
dade agropecuária.
Na	área	de	fl	oricultura,	por	exem-
plo, o participante vai encontrar material
sobre	manejos	do	solo	hidropônico	e	do	
substrato,	conservantes,	fi	siologia,	plan-
tio	de	mudas,	poda,	colheita,	embalagens	
e padrão de qualidade. Em Floricultura o
portal EaD Senar vai ofertar três cursos
que são: Sistemas Produtivos e Mane-
jos Culturais na Floricultura; Produção de
Flores de Corte, Flores de Vaso e Plantas
Ornamentais; Legislação, Planejamento e
o Mercado de Flores.
Na área de Suinocultura serão dois
cursos: Assuntos Gerais na Suinocultu-
ra	e	Produção	na	Suinocultura.	O	conteú-
do programático trará o panorama da sui-
nocultura	brasileira,	além	de	aprofundar	
temas	como	o	bem	estar	animal,	medi-
cação	de	suínos,	anatomia	e	fi	siologia	re-
produtiva	suína,	inseminação	artifi	cial	em	
suinocultura	e	higiene,	segurança	e	bem-
-estar	do	trabalhador	das	granjas.	
No setor de Heveicultura, que é a
prática	de	cultivo	da	hevea	spp.,	espécie	
conhecida	como	seringueira	e	de	onde	é	
extraído	o	látex	e	produzida	a	borracha,	o	
Senar vai ofertar três cursos, sendo Siste-
mas de Cultivo da Seringueira e Produção
de	 látex,	 Produção	 de	 Mudas	 de	 Serin-
gueira	e	Legislação,	Relações	de	Traba-
lho	e	Cooperativismo	na	Heveicultura.	
No programa de Silvicultura, se-
rão	ofertados	três	cursos	que	vão	abor-
dar os Sistemas de Cultivo na Silvicultu-
ra e Projetos Florestais, a Produção de
Mudas e Manejo Produtivo na Silvicultu-
ra	e	a	Legislação,	Relações	de	Trabalho,	
Certifi	cação	e	Gestão	do	Empreendimen-
to Florestal.
Oportunidade aos profissionais que não têm disponibilidade para estar numa sala de aula
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35REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
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  • 1. 1REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014 Ribeirão Preto SP Novembro - 2014 Ano 7 - Nº 77 R$ 10,00 POLÍTICA: Setor espera por mudanças em segundo mandato de Dilma Rousseff CADERNO TERRA & CIA: Cafeicultor é afetado por quebra na produção de arábica Conferência Internacional Datagro reúne mais de 600 profissionais e fala sobre o presente e o futuro do segmento canavieiro EM DEBATEEM DEBATE O SETOR Campanha ‘etanol completão’ está de volta Programas de capacitação tecnológica a distância Cafeicultor é afetado por quebra na produção
  • 2. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20142
  • 3. 3REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014 Carta ao leitor Que a força esteja conosco! E Dois mil e quatorze tem sido um ano atípico. Ainda que os profi ssionais que trabalham com a terra estejam acostumados as intempéries climáticas, a seca que atingiu grande parte do Centro-Sul surpreendeu a todos. Os canaviais não completaram seu ciclo de de- senvolvimento e o resultado estamos vivenciando agora. Falta matéria-prima nas usinas e a sa- fra será menor. Porteira a fora, foi um ano de muitas promessas e poucas ações. Em época de eleições, os envolvidos pouco fazem além de comícios, participações em programas de rádio e televisão, apertos de mãos, e promessas que deveriam ser cobradas num futuro próximo. É justamente isso que o setor sucroenergético precisa fazer. Dilma Rousseff (PT) continuará no comando do país por mais quatro anos. O setor não tem todo este tempo para começar a reagir. Algumas medidas, como o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o combustível fóssil, além de uma adequação nos leilões de energia do Brasil, precisam ser tomadas o quanto antes. Elizabeth Farina, presidente da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, comentou o discurso de Dilma logo após os resultados das urnas serem divulgados. A petista afi rmou que para o Brasil voltar a crescer, retomará o diálogo com diversas áreas, inclusive, o agronegócio. “Não podemos saber se o dialogo será positivo ou não, mas é importante que a presidente de- monstre com clareza qual o papel ela espera da agroenergia na matriz energética brasileira, se é protagonista ou se é secundário”. De fato, é preciso um tempo para que a presidente estabeleça sua nova equipe econômi- ca, para, a partir daí, cobrar as devidas ações. Apenas como exemplo, senhora presidente, o setor canavieiro está pronto para ajudar o país no colapso energético que se desenha há anos. Temos bagaço e palha para gerar a ener- gia de uma Itaipu. Estamos preparados, também, para contribuir com o meio-ambiente e com o fl uxo de cai- xa da Petrobras, que ao importar gasolina para suprir a demanda in- terna, registra prejuízos mensalmente. Nosso etanol é limpo, susten- tável e genuinamente brasileiro. Que os próximos quatro anos tenham em comum apenas o nome e o partido de quem os comandará. E que o setor, antes no vermelho, volte ao azul, aos menos nas contas. Foto:Divulgação Expediente Diretor: Plínio César Gerente de Comunicação: Luciana Zunfrilli Redação Editor Chefe: Doca Pascoal Reportagem: Marcela Servano Colaboração: José Osvaldo Bozzo e Plinio Nastari Foto da capa: Datagro Editor Gráfico: Jonatas Pereira Publicidade: Alexandre Richards (16) 98828 4185 alexandre@canamix.com.br Fernando Masson (16) 98271 1119 fernando@canamix.com.br Plínio César (16) 98242 1177 plinio@canamix.com.br Assinaturas: assinaturas@canamix.com.br Eventos: eventos@canamix.com.br Contatos com a redação: reportagem@canamix.com.br ISSN: 2236-3351 Outras publicações do Grupo Agrobrasil Guia Ofi cial de Compras do Setor Sucroenergético Portal CanaMix Grupo Agrobrasil Av. Brasil, 2780 CEP 14075-030 - Ribeirão Preto - SP (16) 3446 3993 / 3446 7574 www.canamix.com.br Artigos assinados, mensagens publicitárias e o caderno Marketing Canavieiro refletem ponto de vista dos autores e não expressam a opinião da revista. É permitida a reprodução total ou parcial dos textos, desde que citada a fonte. Plinio Cesar, diretor plinio@canamix.com.br
  • 4. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20144
  • 5. 5REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
  • 6. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20146 Guia de Compras SA PG ÁREA ADMINISTRATIVA ANUÁRIO...................................................................... 31 AGRIANUAL.........................................(11) 4504 1414 BANCOS INSTITUIÇÃO FINANCEIRA............................. 14 BANCOOB...........................................(16) 3456 7407 14 SICOOB....................................................1634567407 CHURRASCARIA / RODÍZIO........................................... 7 COXILHA DOS PAMPAS......................(16) 3629 6017 CONSULTORIA ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL.......... 28 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208 19 DATAGRO............................................(11) 4133 3944 CONSULTORIA GESTÃO AMBIENTAL........................... 28 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208 CURSOS E TREINAMENTOS......................................... 28 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208 ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES....................................... 14 BANCOOB...........................................(16) 3456 7407 14 SICOOB....................................................1634567407 EVENTOS...................................................................... 27 GRUPO IDEA...............................................3514 0631 FEIRAS, SIMPÓSIOS E EVENTOS.................................. 27 GRUPO IDEA...............................................3514 0631 13 MULTIPLUS.........................................(16) 2132 8936 SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO.................................... 28 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208 9 ARGUS................................................(19) 3826 6670 35 BASF DO BRASIL.................................(11) 3043 2273 36 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405 2 DU PONT.............................................(11) 4166 8041 PLANTADORAS DE CANA............................................. 20 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222 TRANSBORDOS............................................................ 20 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222 PG ÁREA INDUSTRIAL CABOS DE AÇO............................................................ 28 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208 CLARIFICANTES........................................................... 4 PROSUGAR.........................................(81) 3267 4759 DESCOLORANTES........................................................ 4 PROSUGAR.........................................(81) 3267 4759 EMPILHADEIRAS.......................................................... 20 EMPIZA EMPILHADEIRAS.........................1935713000 EPI EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL......... 28 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208 MEDIDORES, TRANSMISSORES DE VAZÃO E NÍVEL..... 11 DWYLER..............................................(11) 2682 6633 PRODUTOS E SISTEMAS CONTRA INCÊNCIO............... 28 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208 9 ARGUS................................................(19) 3826 6670 SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO..................................... 28 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208 9 ARGUS................................................(19) 3826 6670 PG ÁREA AGRÍCOLA COLHEDORAS DE CANA............................................... 20 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222 DEFENSIVOS AGRÍCOLAS............................................. 36 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405 EPI EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL......... 28 ARAUJORTC........................................(16) 3237 0208 FERTILIZANTES............................................................ 36 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405 FUNGICIDAS................................................................. 35 BASF DO BRASIL.................................(11) 3043 2273 36 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405 2 DU PONT.............................................(11) 4166 8041 HERBICIDAS................................................................. 35 BASF DO BRASIL.................................(11) 3043 2273 36 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405 2 DU PONT.............................................(11) 4166 8041 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS......................................... 20 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS PEÇAS E SERVIÇOS........ 20 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222 INSETICIDAS................................................................ 35 BASF DO BRASIL.................................(11) 3043 2273 36 BAYER CROPSCIENCE.........................(16) 2132 5405 2 DU PONT.............................................(11) 4166 8041 MATURADORES E REGULADORES DE CRESCIMENTO.
  • 7. 7REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
  • 8. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20148 Arquivo CanaMix Sumário 16 18 Marketing Canavieiro - Inseticida Atabron, da Arysta, agora para cana-de-açúcar - DuPont Proteção de Cultivos tem novo diretor de Pesquisa & Desenvolvimento no Brasil Capa - O setor e seu futuro discutidos durante a Conferência Internacional Datagro - Artigo: A pouco divulgada contribuição do etanol para a redução de importação da gasolina Portal CanaMix - Minas Gerais quer menos imposto e mais etanol - Campanha ‘etanol completão’ está de volta - Grupo Clealco doa R$ 90 mil para pronto-socorro de Penápolis - Usina São Fernando celebra o Dia das Crianças com ação social - Da Mata realiza palestra para idosos em Lavínia (SP) Mercado Tereos tem prejuízo no 1º tri da safra 2014/15 10 30 12 34 26 Café Cafeicultor é afetado por quebra na produção de arábica Programa Senar abre programas de capacitação tecnológica a distância Política Setor espera por mudanças em segundo mandato de Dilma Rousseff
  • 9. 9REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
  • 10. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201410 Mercado Tereos tem prejuízo no 1º tri da safra 2014/15 Números indicam prejuízo líquido de R$ 32 milhões quando comparado com o mesmo trimestre do ciclo 2013/14 Da redação A Tereos Internacional, empresa que no Brasil tem operações de pro- cessamento de milho, mandioca e cana-de-açúcar, sendo, neste último, a terceira maior produtora de etanol do país, informou seus resultados no trimes- tre encerrado em 30 de junho, equivalen- te ao primeiro período da safra 2014/15. Os números indicam prejuízo líquido de R$ 32 milhões se comparado com o re- sultado líquido positivo de R$ 8 milhões ob- tido no mesmo trimestre do ciclo 2013/14. O prejuízo líquido atribuível aos acionistas da controladora foi de R$ 31,7 milhões, contra um lucro líquido de R$ 8,6 milhões em igual trimestre do ano passado. A empresa, que atua também na Europa, África e Ásia, disse que o seg- mento de amidos e adoçantes apresen- tou pequena melhora, mas o negócio de álcool na Europa foi afetado pelos bai- xos preços de etanol e também ao fato que o trigo processado pela unidade foi comprado a preço de mercado. “As ope- rações do Oceano Índico registraram es- tabilidade, enquanto a rentabilidade na África sofreu com o início tardio da safra e deterioração das condições de merca- do”, informou em nota. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia caiu 17,4%, a R$ 173 mi- lhões. Ainda no comunicado, a Tereos afirmou que ao excluir o feito contábil po- sitivo sobre o primeiro trimestre do ciclo passado da controlada Guarani, o Ebitda permanece em linha com o ano anterior. Com relação aos negócios voltados a Guarani, a companhia registrou no pri- meiro trimestre da safra um Ebitda ajus- tado ao valor justo dos ativos biológi- cos de R$ 95 milhões, valor 24% abaixo do registrado em igual trimestre do ciclo anterior. De acordo com o comunicado, houve aumento da moagem, assim como receita com cogeração de energia, mas também retração no faturamento com açúcar. Empresa aponta aumento da moagem e receita com cogeração de energia, mas retração no faturamento com açúcar
  • 11. 11REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
  • 12. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201412 Política Setor espera por mudanças em segundo mandato de Dilma Rousseff Petista terá mais quatro anos para mostrar ao segmento o que não conseguiu até agora Da redação P ara superar a crise vivida pelo segmentReeleita para o segun- do mandato, a presidente Dilma Rousseff (PT) terá pela frente grandes desafios. Ao menos no discurso, ela afirma que para fazer o Brasil voltar a crescer irá dialogar com diversas áre- as, entre elas, o agronegócio. O presidente da Associação Brasi- leira do Agronegócio (Abag), Luiz Car- los Corrêa Carvalho, afirmou logo após a eleição, ocorrida em 26 de outubro, à Agência Estado, que é necessária uma trégua do setor sucroenergético à presi- dente para avaliar quais medidas ela to- mará a partir de agora. “Acho que temos de encarar como uma nova eleição, es- perar, ver o que ela pretende fazer e até que ponto a presidente absorverá o que foi proposto”, disse. “Foi eleição muito dividida, mas sem programa de governo para discutir”, completou ele. Presidente prometeu mais diálogo para o Brasil voltar a crescer A União da Indústria de Cana-de- -Açúcar (Unica) espera que Dilma apre- sente políticas mais claras para o setor de combustíveis que possam beneficiar os produtores de etanol. “Não pode- mos saber se o dialogo será positivo ou não, mas é importante que a presidente demonstre com clareza qual o papel ela espera deste setor na matriz de energia brasileira, se é um papel protagonista ou se é secundário”, afirmou a presi- dente da Unica, Elizabeth Farina. Ainda de acordo com a executiva da Unica, políticas mais claras para se- tor de combustíveis poderiam ajudar as usinas de etanol a lidar com o elevado endividamento, já que com o controle de preços da gasolina, usado artificial- mente para combater a inflação, tirou a competitividade do etanol. Outro ponto defendido por Farina é o reconhecimento das “externalida- des positivas do etanol”, como o fato de ele ser um combustível menos po- luente. Para ela, isso poderia ser feito por meio do restabelecimento da Cide, tributo incidente sobre a gasolina. O setor sucroenegético luta por atenção do Governo Federal já que, desde a crise financeira mundial em 2008, até 2013, mais de 70 usinas já fecharam as portas no Brasil, informou a Unica em relatório recente, que con- tabilizou ainda 66 unidades produtoras em recuperação judicial, considerando aquelas em operação e inativas.
  • 13. 13REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
  • 14. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201414
  • 15. 15REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
  • 16. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201416 Capa Em sua 14ª edição, participantes da Conferência discutem soluções para a saída da crise e as oportunidades para recuperação do setor Evento contou com cerca de 650 participantes Elizabeth Farina fala sobre a importância do mercado de etanol hidratado Com informações da assessoria Datagro N os dias 20 e 21 de outubro, em São Paulo, capital, 650 partici- pantes e 40 palestrantes de 32 países estiveram presentes durante a 14ª edição da Conferência Internacio- nal sobre Açúcar e Etanol, realizada pela Datagro. Em sua maioria, CEO’s e dire- tores fi zeram do encontro um momento importante para troca de informações, ideias, opiniões e soluções para o setor. Com palestras e discussões de elevado nível técnico, a Conferência dis- cutiu estimativas de safra, tendências de mercado no Brasil e no mundo, a impor- tância do mercado de etanol hidratado, perspectivas de aumento da efi ciência O setor e seu futuro discutidos durante a Conferência Internacional Datagro dos veículos fl ex usando etanol, como otimizar o custo do ATR - Açúcar To- tal Recuperável contido na cana, e mui- tos outros temas de grande importância para o setor. Um dos destaques fi cou para as estimativas da safra 2015/16 anuncia- das por Plínio Nastari, presidente da Da-
  • 17. 17REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014 Luiz Fernando de Sá, José Luiz Tejon, Mariana Godoy e Heródoto Barbeiro Mônika Bergamaski diz que o país precisa de políticas públicas para alavancar o setor tagro e curador do evento. O presidente apontou para uma menor oferta de cana em resposta novamente à falta de chu- vas, enquanto baixos investimentos em renovação impactarão negativamente os canaviais na próxima safra. Sobre a importância do mercado de etanol hidratado, houve um painel de debates com a participação dos CEOs dos principais grupos sucroenergeticos no Brasil: Biosev, Copersucar, Raízen, São Martinho e Tereos, sob a coorde- nação de Elizabeth Farina, presidente da Unica. “Dessa forma, discutir etanol hi- dratado é uma questão estratégica”, dis- se Farina, que completa. “Através dele, o Brasil pode recuperar sua relevância no mercado”. Foi discutido também o fim das cotas de produção da União Europeia e os estoques internacionais de açúcar puderam situar o que esperar do merca- do nos próximos anos. De acordo com José Orive, dire- tor executivo da ISO, após 2017 a Eu- ropa poderá produzir uma média de 19 milhões de toneladas de açúcar, voltan- do a ter condições de atender a deman- da interna e exportar 2,5 milhões de to- neladas no médio prazo. Enquanto isso não acontece, atu- almente, o elevado estoque mundial de açúcar tem afetado a capacidade de rea- ção dos preços. Dessa forma, para Ivan Melo, diretor comercial da Raízen, o mercado precisa corrigir os preços para Paulo, José Luiz Tejon, e o editor-che- fe da revista IstoÉ, Luiz Fernando de Sá, foram quase unanimes quanto a impor- tância da mudança da consciência da população em relação ao etanol e ao açúcar. Segundo eles, o setor precisa tra- balhar mais ativamente os canais de co- municação, não apenas para estimular o consumo de etanol e também de açúcar, como também desmitificar o setor que tem contribuído muito para o meio am- biente, para o desenvolvimento das pe- quenas cidades e para a economia do Brasil. Ainda dentro deste contexto, para a secretária de Agricultura e Abasteci- mento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaski, o país precisa de políticas públicas para alavancar o setor com me- nos impostos e mais investimentos em pesquisas e produção de cana-de-açú- car. A secretária enfatizou ainda que “os debates realizados durante a 14ª Confe- rência Internacional Datagro sobre Açú- car e Etanol demonstram que ainda te- mos esperança”, diz. Nos bastidores do evento, diver- sos líderes e empresários do setor tam- bém se referiram à importância dos debates neste momento crucial, para planejar um futuro mais promissor. “ “ Dessa forma, discutir etanol hidratado é uma questão estratégica. Através dele, o Brasil pode recuperar sua relevância no mercado. Elizabeth Farina, presidente da Unica. escoar o açúcar em estoque. Passando de mercado para socie- dade, os jornalistas Heródoto Barbeiro, Mariana Godoy, o diretor do Núcleo de Estudos do Agronegócio, da ESPM São
  • 18. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201418 Capa A pouco divulgada contribuição do etanol para a redução de importação da gasolina *Plínio Nastari N o acumulado de janeiro a agosto desde ano, o consumo de com- bustíveis do ciclo Otto (gasoli- na mais etanol) cresceu 9,05% quan- do comparado a igual período de 2013. Em gasolina equivalente, o consumo de ciclo Otto até agosto foi de 34.549.183 m³, contra 31.681.855 m³ no mesmo pe- ríodo do ano passado. Este é um cres- cimento impressionante, em particular quando a economia cresce apenas 0,3% em 2014. Esta performance indica uma elasticidade-renda bastante elevada do consumo de combustíveis leves utiliza- dos em transporte, refl exo do crescimen- to do mercado de automóveis no Brasil. Este não é um fenômeno novo, ou parti- cular de 2014. O consumo de combustí- veis do ciclo Otto cresceu às seguintes taxas anuais, desde 2008: 11,6% (2008), 7,1%, 9,4%, 6,7%, 8,1% e 5,0% (2013). No mesmo período de oito meses em 2014, o consumo de gasolina C (ga- solina pura mais etanol anidro) cresceu 7,17%, portanto abaixo da média do ci- clo Otto, em contraste ao aumento ob- servado no consumo de etanol hidrata- do, de 19,75%. O consumo de gasolina C passou de 26.944.211 m³ nos primeiros oito meses de 2013, para 28.875.978 m³ em 2014, aumento de 1.931.767 m³. E o consumo de etanol hidratado passou de 6.768.062 m³ em 2013 para 8.104.579 m³ em 2014, aumento de 1.336.517 m³. O consumo de etanol anidro, que é misturado à gasolina, também cresceu bem acima do percentual observado para a gasolina C, do qual faz parte. Este fato se explica pelo fato de que desde maio de 2013 a mistura combustível foi eleva- da de 20% para 25%. O consumo de ani- dro passou de 6.080.774 m³ nos primei- ros oito meses de 2013, para 7.218.995 m³ em 2014, aumento de 1.138.221 m³, ou 18,72%. O consumo de gasolina A (pura), nos primeiros oito meses de 2014 caiu 9,10%, para 18.964.816 m³, con- tra 20.863.438 m³ em igual período de 2013. Portanto, resumidamente, nos pri- meiros oito meses de 2014, o consu- mo de ciclo Otto cresceu 9,05%, o de gasolina C 7,17%, o de etanol hidrata- do 19,75%, e o de etanol anidro 18,72%, e o consumo de gasolina A (pura) caiu 9,10%. O consumo de gasolina A caiu ape- sar do aumento expressivo no consumo de gasolina C. Isso se deveu ao efeito combinado do elevado aumento no con- sumo de etanol anidro e hidratado. É a queda do consumo de gasolina A que tem propiciado a redução da importação de gasolina. A importação de gasolina (A) nos primeiros oito meses de 2014 foi de 1.688.427,95 m³, contra 2.488.726,22 m³ em 2013, uma redução expressiva de 32,16%, ou de 800,3 milhões de litros. Esta redução só não foi maior, pois cres- ceu o consumo de gasolina C como um todo. A redução de importação de ga- solina se repetiu também no último mês de setembro, quando foram importados 72.732,73 m³, contra 141.583,84 m³ em setembro de 2013. Plínio Nastari, presidente da Datagro Em 2014, o preço médio de impor- tação da gasolina foi de 0,73 centavos de dólar por litro – à taxa de câmbio de 2,50 por dólar, equivalentes a R$ 1,825 por li- tro. Portanto, a redução na importação de gasolina em 2014 (janeiro a setembro), propiciada pelo aumento no uso do eta- nol, permitiu uma economia de 634 mi- lhões de dólares na balança comercial. Caso não tivesse havido nenhum aumento no consumo de etanol, anidro e hidratado, somente nos primeiros oito meses de 2014 o consumo de gasolina teria sido maior em 2.073.782,9 m³, o que teria gerado uma importação adicio- nal que teria custado ao país US$ 1,51 bilhão adicionais. Esta tem sido a contribuição silen- ciosa que o setor do açúcar e do etanol tem dado à balança comercial e à saúde da economia brasileira, ao mesmo tem- po em que atravessa a pior crise de sua
  • 19. 19REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014 Desafios e oportunidades: planejando para o futuro E N E GR Y RESEARCH INSTITUTE SSAMOIB Midia Parceira: Midia Parceira: Realização/Curadoria: +55 (11) 4193-4031 conferencia@datagro.com www.datagroconferences.com Mais informações: 650 PARTICIPANTES 47 PALESTRANTES 32 PAÍSES A 14ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol foi um sucesso. Ao todo, 650 participantes e 47 palestrantes de 32 países fizeram do encontro um momento excepcional para troca de informações, ideias, opiniões e soluções para o setor sucroenergético mundial. Agradecemos a todos que estiveram conosco e colaboram para esta com mais uma edição desta importante Conferência. Juntos, pudemos contribuir para mais um debate sobre desenvolvimento econômico, através do setor que dá energia ao mundo. E, em decorrência do resultado do evento deste ano, a 15ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol já tem data definida. O evento será realizado nos dias 21 e 22 de setembro de 2015. Garanta já sua participação, com desconto especial.
  • 20. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201420 Capa história. Crise que tem como principal fundamento o subsídio de preço à ga- solina, e a política fiscal que zerou a ta- xação (Cide) incidente sobre a gasoli- na. Entre janeiro e setembro de 2014, a defasagem de preço média da gasolina foi de 17,85%, segundo o acompanha- mento diário da Datagro. E enquanto o país importa gaso- lina a um preço médio de R$ 1,83 por litro (ao câmbio atual), o preço do ani- dro que a substitui numa relação 1:1 é de apenas R$ 1,3 por litro, e o do hidratado é de somente R$ 1,14 por litro. É lamentável que a política pú- blica não esteja valorizando a contri- buição que o etanol tem dado para o equilíbrio do mercado de combustí- veis do ciclo Otto. O maior consumo de etanol tem sido viabilizado, nos úl- A importação de gasolina (A) nos primeiros oito meses de 2014 foi de 1.688.427,95 m³ timos dois anos, por um aumento de produção que ocorre porque o preço do açúcar se encontra depreciado, em função de estoques elevados no mer- cado mundial. No entanto, esta situa- ção tende a se inverter no futuro o que, na falta de uma perspectiva de valori- zação do etanol combustível, pode ge- rar um novo ciclo de aumento e depen- dência por gasolina importada. *Plínio Nastari é presidente da Da- tagro Consultoria, mestre e doutor em economia agrícola pela Iowa State Uni- versity, foi presidente do Conselho Di- retor da Associação Brasileira de Enge- nharia Automotiva (AEA), e professor de micro e macroeconomia na EAESP-FGV.
  • 21. 21REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
  • 22. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201422 Opinião Obrigações acessórias: munição para os órgãos públicos *José Osvaldo Bozzo A ideia central deste artigo é dis- seminar a importância do cum- primento das obrigações fiscais acessórias. Nosso foco consiste em demonstrar a importância da acuida- de dessas obrigações como meio que o Fisco possui de fiscalizar e contro- lar a ocorrência de condutas prescritas como hábeis de fazer incidir a norma de tributação. Não obstante, de manei- ra bastante objetiva, tentaremos indi- car que a Administração Tributária, ao impor alguns deveres formais, pratica certos excessos e coloca em risco toda a sistemática do instituto. Por isso, a tentativa de demonstrar que a origem das chamadas “obrigações acessórias” deverá seguir os mesmos alcances atri- buídos ao exercício da competência le- gislativa de criação de tributos, obser- vando o processo legal de enunciação de cada ente competente, em sua fun- ção delegada pela Constituição Federal do Brasil. FÁBRICA DE LEIS – Por sermos um dos países que mais produz leis, seja do ponto de vista legal ou infrale- gal, é crucial que haja atenção ao obe- decer todo o nosso ordenamento jurí- dico, considerando ser esse um dos principais fatores do sistema jurisdicio- nal, que é o conjunto de normas feitas sob o amparo dos princípios constitu- cionais. Com a vasta edição de medi- das provisórias, portarias, atos declara- tórios, decretos, enfim, torna-se quase que impossível ter total domínio e co- nhecimento do que é instituído diaria- mente. E o pior é que a ninguém cabe alegar desconhecimento das leis. APLICAÇÃO DA LEGALIDADE – E é por esta razão que partimos da pre- missa de que as obrigações acessórias ou os deveres instrumentais, enquanto obrigações de fazer, não fazer ou con- sentir algo estão intimamente relacio- nadas ao implemento das normas jurí- dicas de tributação, sendo certas que, para a criação de tais obrigações, as regras constitucionais são as mesmas: deverá guardar respeito ao princípio da legalidade. No bojo deste contexto inse- re-se a questão das normas que tratam da observância no cumprimento das obrigações acessórias a que estão su- jeitas as empresas, independentemente do ramo de sua atividade. Acreditamos que, para a maioria dos doutrinadores, os excessos de tantas obrigações es- tão atrelados não só àquelas em que o contribuinte está obrigado a prati- car, mas, principalmente, como parâ- metro de tolerância do sujeito passivo à fiscalização. Fato é que as obriga- ções acessórias, na doutrina tributária, servem como instrumentos de caráter administrativo. E MAIS “ACESSÓRIOS” – Outro aspecto a ser notado, e que muitas ve- zes dá margem a interpretações dúbias, é que a “acessoriedade” de que tra- ta o Código Tributário Nacional (CTN) não pode ser confundida ou lida com a mesma aparência que lhe dá o Código Civil, pois a regra de que o acessório segue o principal não encontra ampa- ro no CTN. Ou seja, a “acessoriedade” necessita ser vista de acordo com os fins que o próprio CTN proclama, que é o interesse da arrecadação e da fisca- lização dos tributos. Basta analisarmos os artigos 113, 122, 194 e 197 do CTN. A propósito, este Código foi re- cepcionado como norma geral, porém com status de lei complementar em re- lação às obrigações acessórias. Não obstante, nem tudo o que prevê o CTN sobre tais obrigações deve ser consi- derado como norma geral, pois o su- jeito passivo da obrigação acessória, do ponto de vista legal, não está mui- to bem definido, haja vista a redação do seu artigo 122 dar margem para outras indagações. INTERAÇÃO SEGURA COM O CONTRIBUINTE – Na realidade, como dissemos em outras ocasiões, a fun-
  • 23. 23REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014 ção da obrigação acessória é municiar a administração dos órgãos públicos de elementos capazes de interagir onli- ne com o contribuinte, a fim de manter a segurança, o monitoramento e, prin- cipalmente, a fiscalização dos valores arrecadados junto ao erário. São me- canismos cada vez mais severos, inte- ligentes, modernos e apropriados para impedir a sonegação e a evasão tribu- tária. Por essa razão, consultores ex- ternos e especialistas de empresas exercem uma atividade de extrema re- levância na gestão dos seus negócios fiscais. Não só colaboram no cum- primento das obrigações acessórias, como também subsidiam e colaboram com a administração pública. Uma ges- tão eficaz na área fiscal demonstra es- tar adaptada aos inúmeros recursos de monitoramento que a Receita Fede- ral possui. Basta constatar a instituição do Sistema Público de Escrituração Di- gital (SPED), composto pelos módulos Escrituração Contábil Digital (ECD), Es- crituração Fiscal Digital (EFD) e NF-e (Nota Fiscal Eletrônica) em domínio na- cional. Todo esse sistema passou a exi- gir que os mecanismos atrelados às in- formações contábeis e fiscais estejam em conformidade com as regras pré- determinadas por aquele órgão. SEM RESTRIÇÕES – É fato que a Receita Federal deve fiscalizar, e cabe ao contribuinte prestar informações. Porém, em hipótese alguma poderá o órgão público, ainda que involuntaria- mente, criar restrições ou proibições impostas às empresas como forma in- direta de obrigá-las ao pagamento de determinado tributo. A exemplo dis- so, a forma como são impostas algu- mas obrigações acessórias acaba por qualificá-las como verdadeiras sanções políticas. Exemplos mais comuns que temos hoje são: a restrição ao contri- buinte de renovação ou retirada de cer- tidões de regularidade fiscal, a suspen- são da inscrição estadual, a restrição do contribuinte inadimplente perante o CNPJ, etc. Referidas restrições podem causar verdadeiros embaraços ao de- senvolvimento regular das empresas, podendo estas, na medida em que se sentirem prejudicadas, recorrer ao Po- der Judiciário. Fato é que a Receita Fe- deral do Brasil (RFB) está cada vez mais preparada para auditar os contribuintes sem a necessidade de estar “fisicamen- te” nas empresas. A auditoria informati- zada será a fonte do auditor fiscal a par- tir de 2015, uma vez que praticamente todas as informações necessárias já estarão na sua base de dados. No pas- sado iniciou-se o processo por meio da NFe, passando pelo SPED Fiscal, SPED Contábil, EFD Contribuições, e agora te- remos o E-LALUR e EFD Social (contri- buições trabalhistas). GRAÇAS À TECNOLOGIA – Outro avanço foi a unificação da Secretaria da Receita Federal e do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), formando a Receita Federal do Brasil, o que aca- bou ocasionando a implantação de uma única certidão negativa de débitos com a Fazenda Nacional. Tais controles in- formatizados estão ganhando cada vez mais importância e se tornando uma ferramenta essencial para fazer frente à tecnologia utilizada pela Receita. Não basta ter apenas um Enterprise Resour- ce Planning (ERP), é preciso estruturar as informações, fortalecer os contro- les para que sejam previamente valida- dos os dados disponibilizados à Recei- ta já a partir de 2015. Isso contribuirá para evitar autuações fiscais e desgas- tes em processos administrativos e ju- diciais, os quais trazem elevados cus- tos para o negócio. *José Osvaldo Bozzo é consul- tor tributarista é consultor, tributarista e sócio da MJC Consultores. Formado em Direito, foi também sócio da BDO e da KPMG e professor de Planejamen- to Tributário na USP – MBA de Ribei- rão Preto.
  • 24. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201424
  • 25. 25REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
  • 26. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201426 Da redação Minas Gerais quer menos imposto e mais etanol Com informações da assessoria Siamig AAssembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) abriu uma consulta ao cidadão sobre o Projeto de Lei (PL) 5.494/14, que reduz a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o etanol hidratado combustível de 19% para 14%, enviado pelogovernoàquelaCasanodia30/09/14. O projeto tem o objetivo de incentivar o consumo de com- bustível limpo e renovável no Estado e, caso seja aprovado, Mi- nas Gerais terá a segunda menor alíquota de ICMS do país sobre o etanol hidratado, somente atrás de São Paulo que é de 12% e hoje maior centro consumidor do combustível no país. No portal da ALMG, o cidadão pode votar a favor ou contra o projeto e fazer o comentário. Para participar basta acessar o site www.almg.gov.br,preencherumrápidocadastroefazeravotação. Diversos materiais hospitalares foram entregues pelo Gru- po Clealco ao Pronto-Socorro de Penápolis (SP). A ação, Confira outros destaques no Portal CanaMix. Campanha ‘etanol completão’ está de volta Grupo Clealco doa R$ 90 mil para pronto-socorro de Penápolis Com informações da assessoria Unica AUnião da Indústria de Cana-de-Açúcar (Uni- ca) lançou no fim de se- tembro uma nova fase da campanha publicitá- ria “Etanol, o combustível completão”. Focada princi- palmente no estado de São Paulo, a ação tem como objetivo reforçar os impac- Divulgação Proposta visa alterar o ICMS incidente sobre o etanol hidratado de 19% para 14% Quando lançada pela primeira vez, em 2012, a campanha alavancou as vendas em 10% em São Paulo O prefeito de Penápolis, Célio de Oliveira, e o diretor da Clealco, Júnior Bassetto (ao centro) entregaram R$ 90 mil em equipamentos hospitalares tos positivos do etanol para a economia e o meio ambiente, e in- centivar seu consumo. “Com a retomada da campanha queremos relembrar aos consumidores as vantagens e os benefícios do bio- combustível. O etanol gera ganhos ambientais, sociais e promove o crescimento econômico de forma significativa em mais de mil municípios brasileiros”, diz a presidente da Unica, Elizabeth Farina. Quando lançada pela primeira vez, em novembro de 2012, a campanha alavancou as vendas de etanol no estado de São Pau- lo, que em apenas um mês de veiculação cresceram 10%. No ano passado, a ação publicitária também chegou a outros três estados: Paraná, Goiás e Minas Gerais. “Neste momento, o preço do etanol está mais vantajoso do que o da gasolina para o consumidor, ou seja, a paridade de 70% já foi atingida em alguns estados, mesmo assim a demanda pelo produto não reagiu como se esperava. Isso reforça o nosso diag- nóstico de que o contato direto com o público deve ser constan- te”, afirma Farina.
  • 27. 27REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014 Usina São Fernando celebra o Dia das Crianças com ação social Da Mata realiza palestra para idosos em Lavínia (SP) Usina São Fernando, em Dourados (MS) Usina Da Mata Com informações da assessoria Da Mata Em comemoração ao Dia do Idoso, comemorado em 1º de ou- tubro, o Conselho Municipal do Idoso de Lavínia (SP), convi- dou a técnica de Segurança do Trabalho da Usina Da Mata, Ana Flávia Ferreira de Sousa, para realizar uma palestra com o tema “Prevenção sobre Quedas” a todos os idosos do município. O evento foi realizado na tarde do dia 28 de outubro, no Centro de Convivência do Idoso (CCI), onde estavam reunidos mais de 60 idosos, entre eles, membros da Terceira Idade e mo- radores do Asilo. Durante a palestra, Ana Flávia alertou sobre os perigos que os idosos podem encontrar dentro de suas casas, citando o ba- nheiro como o maior causador de acidentes na terceira idade. Além de ressaltar os cuidados que devem ser tomados para evitar quedas, a palestrante também contou algumas histórias de moti- vação, encerrando assim o evento. Sugestões através do e-mail redacao@canamix.com.br Para saber mais, acesse: www.canamix.com.br | twitter: @canamix Para celebrar o Dia das Crianças, os colaboradores da Usina São Fernando, em conjunto com a diretoria, reuniram-se para uma ação social. Sessenta e uma crianças carentes cadastradas no CRAS (Centro de Referência a Assistência Social) do Bairro Cachoeirinha em Dourados (MS) receberam presentes arrecada- dos pelos trabalhadores. Ao todo, foram 183 brinquedos, entregues no dia 10 de ou- tubro durante evento promovido pela empresa, que contou ainda com brincadeiras e lanche. Durante a comemoração, as crianças prepararam tam- bém uma apresentação musical para os representantes da São Fernando. Divulgação que totalizou R$ 90 mil, atende a um compromisso com fi rma- do entre a usina e o Ministério Público do Trabalho. Pelo acordo, a empresa teria que reverter R$ 90 mil em doações para alguma entidade fi lantrópica de sua escolha, sendo o município de Penápolis o escolhido. Entre os materiais entregues estão: camas para adultos e crianças, poltronas reclináveis, eletrocardiogramas, monito- res multiparâmetros, entre outros.
  • 28. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201428 Marketing Canavieiro Inseticida Atabron, da Arysta, agora para cana-de-açúcar O Atabron 50 EC é um inseticida fisiológico que age no crescimento da broca-da-cana, especificamente na sua mudança de estágio O inseticida Atabron, da Arysta Li- feScience, obteve registro para combate à broca da cana-de-açú- car (Diatraea saccharalis). Essa praga compete com a produção da cana, ataca os colmos e causa contaminação à ma- téria-prima, prejudicando a indústria e a área agrícola – já que reduz a produtivida- de –, sendo encontrada nas culturas das regiões Centro-Sul e Nordeste do Brasil. O controle da broca-da-cana é re- alizado por meio do manejo integrado – controle biológico com a cotésia (vespi- nha considerada o mais eficiente agente de controle biológico dessa enfermidade) para infestações baixas. Já para altas in- festações, a indicação é utilização de de- fensivo agrícola, como Atabron. Atabron 50 EC é um inseticida fisio- lógico que age no crescimento da broca- da-cana, especificamente na sua mudan- ça de estágio, promovendo o controle da praga. “É uma nova ferramenta à disposi- ção do agricultor, que traz de forma efeti- va uma contribuição para os ganhos dos indicadores financeiros do setor sucroe- nergético. Atabron está disponível em to- dos os estados produtores”, aponta José Renato Gambassi, gerente de marketing cana da Arysta LifeScience. Esse é um momento crucial para o ciclo da produção da cana, alerta Gam- bassi. Nos meses de setembro e outu- bro, as chuvas retomam no Centro-Sul e a praga inicia o seu ciclo, seguindo até março/abril do ano seguinte. “Temos o inseticida já disponível para proteger a cana da broca e o período do ano é ideal, já que sempre recomendamos o controle nos primeiros meses de infestação ou ci- clo dessa praga”. Durante o evento de lançamento, especialistas renomados debaterão sobre o manejo integrado e o impacto da bro- ca da cana-de-açúcar sobre a eficiência industrial, além de apresentação técnica do produto e esclarecimentos aos partici- pantes. Com essa conquista, a Arysta no- vamente amplia seu portfólio em cana e segue conquistando participação de mer- cado na cultura da cana-de-açúcar. Canavial sadio é um grande aliado no aumento de produtividade
  • 29. 29REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014
  • 30. REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201430 Marketing Canavieiro DuPont Proteção de Cultivos tem novo diretor de Pesquisa & Desenvolvimento no Brasil “Minha missão nesta nova etapa será assegurar recursos à área de Pesquisa & Desenvolvimento e reforçar a visão dos clientes no desenvolvimento de soluções na área de Proteção de Plantas” Marcelo Okamura ingressou na DuPont em 2004 e vem traçando sua história junto da empresa O engenheiro agrônomo Marcelo Okamura é o novo diretor de Pes- quisa & Desenvolvimento da DuPont do Brasil Proteção de Cultivos. O executivo, que até o mês de setembro último ocupou o cargo de diretor de Marketing da empresa, assumiu a liderança do Centro de Pesqui- sas e Desenvolvimento da DuPont, situado no município de Paulínia (SP), onde funcio- na um dos mais modernos centros de pes- quisas e inovação da empresa. Okamura ingressou na DuPont em 2004, como líder de Marketing e Vendas do segmento de Especialidades da área de Proteção de Cultivos. Atuou depois como diretor de Vendas e assumiu em 2007 a direção de Marketing. Em sua passagem pela direção de Marketing, Okamura contribuiu decisiva- mente para contínuo crescimento da área de Proteção de Cultivos. “Minha missão nesta nova etapa será assegurar recur- sos à área de Pesquisa & Desenvolvi- mento e reforçar a visão dos clientes no desenvolvimento de soluções na área de Proteção de Plantas. Tenho como metas oferecer condições ao desenvolvimento profissional de nossos colaboradores e reforçar a posição do Brasil como polo gerador de conhecimento para a Du- Pont”, salienta Okamura. Nascido em Londrina (PR), Mar- celo Okamura graduou-se engenhei- ro agrônomo na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Unesp, de Jaboticabal (SP). Com especialização em Adminis- tração de Marketing na FGV – Fundação Getúlio Vargas, e outros diversos cursos realizados dentro e fora do Brasil, o exe- cutivo detém profundo conhecimento do mercado mundial de agroquímicos.
  • 31. 31REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014 Cafeicultor é afetado por quebra na produção de arábica Senar abre programas de capacitação tecnológica a distância
  • 32. REVISTA CANAMIX |NOVEMBRO | 201432 Cafeicultor é afetado por quebra na produção de arábica De acordo com o boletim “Ativos do Café”, em Guaxupé (MG) o custo operacional total aumentou em 27,9% Com informações da assessoria de imprensa CNA Na safra 2013/2014 o Brasil regis- trou queda de produtividade do café ará- bica. A baixa nos números provocou, consequentemente, redução na renda do cafeicultor nas principais regiões produ- toras, especialmente em Minas Gerais, o maior estado produtor. Guaxupé, tradicio- nal região cafeeira no sul de Minas, teve o Custo Operacional Total (COT) aumen- tado em 27,9%. Os dados estão no boletim “Ativos do Café”, elaborado pelo Centro de Inte- ligência e Mercado da Universidade Fe- deral de Lavras (CIM/UFLA), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pe- cuária do Brasil (CNA). Os problemas meteorológicos ocor- ridos nos primeiros meses de 2014 foram preponderantes para a redução na produ- ção de Arábica. Com isso, a principal justi- fi cativa para os impactos das adversidades climáticas no custo de produção está rela- cionada à quebra maior na renda do bene- fi ciamento do café, e não na carga produti- va, conforme apontado pela Conab. De acordo com os números do Bo- letim, considerando a produção plena na safra atual, os custos em setembro/14 seriam de R$ 466,30/saca. Na simula- ção de redução na produção estes cus- tos fi caram em R$596,47/saca no mes- mo mês; um aumento de 27,9%. O levantamento mostra, ainda, que a cafeicultura manual, no terceiro trimes- tre de 2014, apresentou custo 1,43 ve- zes maior em comparação com a lavou- ra mecanizada, sem considerar a redução de produção estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Algodão pluma é um dos produtos que mais tem potencial de crescimento da produção Café
  • 33. 33REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014 1P (PÁGINA DE ANÚNCIO)
  • 34. REVISTA CANAMIX |NOVEMBRO | 201434 Senar abre programas de capacitação tecnológica a distância A capacitação oferecida foca a atualização dos profissionais nas principais mudanças e transformações tecnológicas no processo produtivo Com informações da assessoria de imprensa O Portal de Educação a Distância do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) abriu inscrições para qua- tro programas gratuitos de capacitação tecnológica a distância (EaD), nas áreas de Suinocultura, Floricultura, Silvicultura e Heveicultura. A capacitação tecnológi- ca foca a atualização dos profi ssionais nas principais mudanças e transforma- ções tecnológicas signifi cativas no pro- cesso produtivo. Cada programa terá cursos com carga horária específi ca, ou seja, o par- ticipante não vai precisar concluir todo o programa para receber a certifi cação. Além disso, os cursos terão atividades de aprendizagem e ações interativas como fóruns e chats. “Com isso, o participan- te vai poder escolher dentro do progra- ma o conteúdo mais adequado às suas necessidades”, explica a pedagoga e as- sessora técnica do Senar, Larissa Arêa. As capacitações são voltadas para quem já tem formação inicial em alguma ativi- dade agropecuária. Na área de fl oricultura, por exem- plo, o participante vai encontrar material sobre manejos do solo hidropônico e do substrato, conservantes, fi siologia, plan- tio de mudas, poda, colheita, embalagens e padrão de qualidade. Em Floricultura o portal EaD Senar vai ofertar três cursos que são: Sistemas Produtivos e Mane- jos Culturais na Floricultura; Produção de Flores de Corte, Flores de Vaso e Plantas Ornamentais; Legislação, Planejamento e o Mercado de Flores. Na área de Suinocultura serão dois cursos: Assuntos Gerais na Suinocultu- ra e Produção na Suinocultura. O conteú- do programático trará o panorama da sui- nocultura brasileira, além de aprofundar temas como o bem estar animal, medi- cação de suínos, anatomia e fi siologia re- produtiva suína, inseminação artifi cial em suinocultura e higiene, segurança e bem- -estar do trabalhador das granjas. No setor de Heveicultura, que é a prática de cultivo da hevea spp., espécie conhecida como seringueira e de onde é extraído o látex e produzida a borracha, o Senar vai ofertar três cursos, sendo Siste- mas de Cultivo da Seringueira e Produção de látex, Produção de Mudas de Serin- gueira e Legislação, Relações de Traba- lho e Cooperativismo na Heveicultura. No programa de Silvicultura, se- rão ofertados três cursos que vão abor- dar os Sistemas de Cultivo na Silvicultu- ra e Projetos Florestais, a Produção de Mudas e Manejo Produtivo na Silvicultu- ra e a Legislação, Relações de Trabalho, Certifi cação e Gestão do Empreendimen- to Florestal. Oportunidade aos profissionais que não têm disponibilidade para estar numa sala de aula Capacitação
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