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1REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
ribeirão Preto SP | SeTeMBro - 2014 | Ano 7 - Nº 75
r$ 10,00
4ª Sucroeste detalha assuntos ligados ao setor sucroenergético em Goiânia, Go
Maturadores favorecem armazenamento de sacarose nos colmos
da cana e auxiliam o produtor no gerenciamento da colheita
CADerNo TerrA & CIA: Safra da soja deve ultrapassar 90 milhões de toneladas
ACELERADOACELERADO
Desenvolvimento
Energias: Guatapará, SP,
inaugura usina que produz
biogás a partir do lixo
Fenasucro: Apesar do
setor em crise, movimento
financeiro confirma otimismo
Network CanaMix: Evento
reúne empresas, porco no
rolete e show de humor
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 20142
3REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
expediente
Diretor: Plínio César
Gerente de Comunicação: Luciana Zunfrilli
Gerente Administrativo: Paulo Cézar
redação
editor Chefe: Igor Savenhago
reportagem: Marcela Servano e Wolfgang Pistori
Colaboração: Alexandre Andrade Lima, José
Osvaldo Bozzo, Lara Moraes, Luiz Albino Barbosa
e Ulisses Rocha Antuniassi
Foto da capa: Garcia Aviação Agrícola
Editor Gráfico: Jonatas Pereira
Arte: Daniel Esteves
Publicidade: Alexandre Richards (16) 98828 4185
alexandre@canamix.com.br
Fernando Masson (16) 98271 1119
fernando@canamix.com.br
Plínio César (16) 98242 1177
plinio@canamix.com.br
Assinaturas:
assinaturas@canamix.com.br
eventos:
eventos@canamix.com.br
Contatos com a redação:
luciana@canamix.com.br
reportagem@canamix.com.br
ISSN: 2236-3351
outras publicações do Grupo Agrobrasil
Guia Oficial de Compras do Setor Sucroenergético
Portal CanaMix
Grupo Agrobrasil
Av. Independência, 3146
CeP 14025-230 - ribeirão Preto - SP
(16) 3446 3993 / 3446 7574
www.canamix.com.br
Artigos assinados, mensagens publicitárias e o
caderno Marketing Canavieiro refletem ponto de vista
dos autores e não expressam a opinião da revista.
É permitida a reprodução total ou parcial
dos textos, desde que citada a fonte.
Carta ao leitor
Igor Savenhago, editor
igor@canamix.com.br
Agenda para a futura Presidência
A
menos de um mês das eleições presidenciais, a disputa para ver quem chega ao se-
gundo turno fica cada vez mais acirrada. A morte de Eduardo Campos, em agosto,
que vinha em terceiro lugar nas pesquisas e parecia não incomodar os adversários
Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) acabou colocando uma nova personagem no jogo:
Marina Silva (PSB), a única, entre os três principais candidatos, a marcar presença na recém-
-terminada Fenasucro, a maior feira de tecnologia sucroenergética do planeta, prometendo re-
ver a política econômica para os combustíveis e oferecer, ao etanol, uma posição de destaque
na matriz energética nacional.
O setor da cana-de-açúcar parece flertar com Marina, que vem forte e promove uma pola-
rização entre mulheres, ao dividir, nesse momento, a preferência do eleitorado com Dilma. Digo
“nesse momento” porque, como demonstra a própria disputa deste ano, o jogo político é impre-
visível e pode virar de novo a qualquer hora. Certo mesmo é que, independentemente de quem
seja o escolhido pelos brasileiros, algumas medidas em caráter emergencial terão de ser aplica-
das para recolocar a cadeia canavieira nos trilhos e retomar seu desenvolvimento.
A Fenasucro demonstrou que, do lado do setor, não faltam esforços para isso. As tecno-
logias apresentadas deixaram, no visitante, a mais positiva das impressões, de que as alternati-
vas para redução de custos e melhoria da produtividade têm, com afinco, sido pensadas, repen-
sadas e experimentadas de forma contínua. Já da esfera governamental, o sentimento, por ora,
é de profunda decepção. Ao priorizar o controle da inflação por meio da importação de gasolina,
o poder público federal arrebenta com um setor que pode oferecer, além de um combustível lim-
po e renovável, soluções ambientalmente responsáveis, como a produção de uma energia elé-
trica sustentável a partir do bagaço e da palha.
Entre as reivindicações para incentivar a cadeia, representantes dos produtores, usinas e
políticos que integram as frentes parlamentares estadual e nacional em defesa do etanol pedem,
ao novo (ou nova) presidente, que preste um pouco mais de atenção aos potenciais da cana-de-
-açúcar e possa reabrir o diálogo para que futuras ações possam entrar na pauta de discussões.
Uma das cobranças é a volta da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico], um
tributo brasileiro que incide sobre a gasolina e contribuiria para aumentar a competitividade do
etanol. O setor quer, ainda, definição clara do papel do biocombustível na matriz brasileira, valo-
rização das externalidades positivas dos demais subprodutos, como
a bioeletricidade, entre outras.
Que o trabalho incansável evidenciado na feira possa, então,
servir de modelo para que o próximo Presidente da República aja
para recuperar o que foi prejudicado por atitudes muito mais políti-
cas do que de compromisso com o país.
RenatoLopes
Marina Silva (PSB) foi a única candidata à Presidência a marcar presença na
Fenasucro: promessa de mudanças em prol do setor sucroenergético
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 20144
5REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 20146
Guia de Compras SA
PG ÁreA ADMINISTrATIVA
BANCoS - INSTITuIção FINANCeIrA.........................
14 SICOOB ..............................................(16) 3456 7407
CoNSulTorIA - eSTrATéGIA orGANIzACIoNAl.......
26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208
63 DATAGRO...........................................(11) 4133 3944
CoNSulTorIA - GeSTão AMBIeNTAl........................
26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208
CurSoS e TreINAMeNToS........................................
26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208
43 MOURA LACERDA...............................(16) 21011076
eNTIDADeS e ASSoCIAçõeS......................................
14 SICOOB ..............................................(16) 3456 7407
eVeNToS ....................................................................
73 GRUPO IDEA.......................................(16) 3514 0631
FeIrAS, SIMPóSIoS e eVeNToS................................
73 GRUPO IDEA.......................................(16) 3514 0631
13 MULTIPLUS........................................(16) 2132 8936
SISTeMAS - CoNTrA INCêNDIo.................................
26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208
17 ARGUS...............................................(19) 3826 6670
TrANSPorTe - FreTAMeNTo ....................................
49 GUEPARDO ........................................(16) 3524 0939
TrANSPorTe e loGíSTICA - AçúCAr e eTANol.......
49 GUEPARDO ........................................(16) 3524 0939
PG ÁreA AGríColA
AGrICulTurA De PreCISão e GeoProCeSSAMeNTo
9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400
CAlCÁrIo e CorreTIVoS De Solo...........................
29 VOTORANTIM.....................................(16) 3019 8110
ColheDorAS De CANA..............................................
48 CIVEMASA..........................................(16) 3382 8222
9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400
ColheDorAS De CANA - PeçAS e SerVIçoS ...........
9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400
CoNSulTorIA AGríColA ..........................................
47 CTC....................................................(19) 3429 8199
DeFeNSIVoSA GríColAS...........................................
79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405
ePI - equIPAMeNToS De ProTeção INDIVIDuAl.....
26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208
FerTIlIzANTeS ..........................................................
79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405
FuNGICIDAS ...............................................................
80 BASF DO BRASIL................................(11) 3043 2273
CoNVerSoreS De eNerGIA ......................................
7 SEW...................................................(11) 2489 9200
DeSColorANTeS.......................................................
4 PROSUGAR ........................................(81) 3267 4759
eMPIlhADeIrAS ........................................................
48 EMPIZA EMPILHADEIRAS ...................(19) 3571 3000
ePI - equIPAMeNToS De ProTeção INDIVIDuAl.....
26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208
INVerSoreS De FrequêNCIA ...................................
7 SEW...................................................(11) 2489 9200
MANuTeNção INDuSTrIAl - ACeSSórIoS ...............
55 INTACTA ROLAMENTOS.....................(11) 3085 8003
MANuTeNção PreDITIVA e PreVeNTIVA..................
55 INTACTA ROLAMENTOS.....................(11) 3085 8003
MeDIDoreS, TrANSMISSoreS De VAzão e NíVel...
31 DWYLER.............................................(11) 2682 6633
MoToreS eléTrICoS ................................................
59 PTI .....................................................(11) 5613 1000
7 SEW...................................................(11) 2489 9200
MoTorreDuToreS....................................................
59 PTI .....................................................(11) 5613 1000
7 SEW...................................................(11) 2489 9200
MulTIPlICADoreS ....................................................
59 PTI .....................................................(11) 5613 1000
PerFIS........................................................................
57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405
ProDuToS e SISTeMAS CoNTrA INCêNCIo..............
26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208
27 ARGUS...............................................(19) 3826 6670
quíMICA - ProDuToS e DerIVADoS.........................
18 ASHER ...............................................(16) 3969 8999
reDuToreS................................................................
59 PTI .....................................................(11) 5613 1000
7 SEW...................................................(11) 2489 9200
reDuToreSP lANeTÁrIoS........................................
59 PTI .....................................................(11) 5613 1000
7 SEW...................................................(11) 2489 9200
rePoTeNCIAMeNTo - SerVIçoS ...............................
55 INTACTA ROLAMENTOS.....................(11) 3085 8003
rolAMeNToS.............................................................
55 INTACTA ROLAMENTOS.....................(11) 3085 8003
SISTeMAS CoNTrA INCêNDIo ...................................
26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208
17 ARGUS...............................................(19) 3826 6670
TuBulAçõeS..............................................................
57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405
VerGAlhõeS .............................................................
57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405
79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405
2 DU PONT.....................................................................
herBICIDAS ...............................................................
80 BASF DO BRASIL................................(11) 3043 2273
79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405
2 DU PONT.....................................................................
IMPleMeNToS AGríColAS .......................................
48 CIVEMASA..........................................(16) 3382 8222
IMPleMeNToS AGríColAS - PeçAS e SerVIçoS.....
48 CIVEMASA..........................................(16) 3382 8222
INSeTICIDAS...............................................................
80 BASF DO BRASIL................................(11) 3043 2273
79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405
2 DU PONT.....................................................................
MATurADoreS e reGulADoreS De CreSCIMeNTo
80 BASF DO BRASIL................................(11) 3043 2273
79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405
MuDAS .......................................................................
47 CTC....................................................(19) 3429 8199
PlANTADorAS De CANA............................................
48 CIVEMASA..........................................(16) 3382 8222
9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400
PulVerIzADoreS......................................................
9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400
TrANSBorDoS...........................................................
48 CIVEMASA..........................................(16) 3382 8222
TrAToreS ..................................................................
9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400
TuBulAçõeS..............................................................
57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405
VArIeDADeS De CANA ...............................................
47 CTC....................................................(19) 3429 8199
PG ÁreA INDuSTrIAl
BoMBAS CeNTríFuGAS .............................................
45 EQUIPE...............................................(19) 3426 4600
BoMBAS eSPeCIAIS ...................................................
45 EQUIPE...............................................(19) 3426 4600
CABoS De Aço ...........................................................
26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208
CAl VIrGeM - hIDrATADA.........................................
29 VOTORANTIM.....................................(16) 3019 8110
ChAPAS - Aço INox...................................................
57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405
ClArIFICANTeS..........................................................
4 PROSUGAR ........................................(81) 3267 4759
CoNexõeS..................................................................
57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405
7REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 20148
Sumário
10
16
20
21
24
28
32
44
48
Portal CanaMix
- Senado aprova aumento
de etanol na gasolina
- Terminal Copersucar de Etanol recebe
primeiro carregamento de etanol
- Jalles Machado recebe Prêmio Inova
do Centro de Tecnologia Canavieira
- Usina Pumaty, em Pernambuco, reabre
em outubro por iniciativa de canavieiros
- Tonon Bioenergia planta uma árvore
para cada criança nascida em 2014
Marketing Canavieiro
- Wallerstein fecha parceria com Fermentec
para oferecer pacote aos clientes
- CASE expõe na Expointer máquina de
construção usada no agronegócio
- Desafio CANAMAX chega para
estimular a produtividade da cana
- DAF XF105 agrada consumidor pelo
conforto, robustez e economia
- Válvulas da Metal Work atendem
requisitos da NR 12
- MWM INTERNATIONAL expande
parceria no grupo Kuhn-Montana
- Sebigas desenvolveu tecnologia
própria para operações com biogás
- Riberman inova e reduz custos
no setor sucroalcooleir
- Total Wine: Casa de Vinhos e Eventos
equinos
- Semana do Campolina
Sojicultura
- Safra 2014/15 de soja deve superar
90 milhões de toneladas
Marketing rural
- FMC apresenta Bolsa Biflex Treebags
e linha Fertis na Feibanan
- Ourofino lança site da campanha “Leite é
bom com Tudo”
50
54
68
70
76
espaço Datagro
- Gigantes do setor reunidos
espaço TI
- Tudo pronto e muitas novidades
Gestão de Negócios
- Cenário para a carne bovina
na segunda metade do ano
energias renováveis
- A luz que vem do lixo
Capa
- Os benefícios dos maturadores
opinião
- O poder de tributar: o círculo vicioso
que aterroriza o contribuinte
- A agricultura brasileira está voando
eventos
- Fenasucro: Expectativa superada
- Impactos do setor no desenvolvimento
econômico são assuntos
da Datagro Ceise Br
- Algumas empresas que marcaram
presença na Fenasucro
- Network CanaMix: parcerias de sucesso
Nordeste em Foco
- Subvenção sem fonte de
recurso mais uma vez
Gestão Industrial
- XIII Seminário do GERHAI:
Liderança em discussão
ArquivoCanaMix
9REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201410
Gigantes do setor reunidos
Com informações da assessoria
de imprensa
A
Conferência Internacional DATA-
GRO sobre Açúcar e Etanol é um
dos mais importantes eventos do
calendário mundial do açúcar e etanol. A
conferência que reúne gigantes do setor,
autoridades e renomados especialistas é
oportunidade de networking em um dos
maiores centros de negócios do Hemis-
fério Sul – mais de 750 líderes empresa-
riais provenientes de mais de 30 países
construindo e consolidando negócios.
A Conferência Internacional DATA-
GRO sobre Açúcar e Etanol é o evento
técnico oficial do Sugar & Ethanol Din-
ner São Paulo, um dos eventos sociais
e de negócios de maior prestígio para o
setor em todo o mundo, contando com
a presença dos mais relevantes agentes
da cadeia de valor – produtores de cana
e beterraba, indústrias, refinarias, usinas,
investidores, bancos e traders de todos
os continentes.
Nesta 14ª edição, a conferên-
14ª edição da Conferência Internacional Datagro reunirá mais de 750
líderes empresariais de 30 países no Grand hyatt hotel, em São Paulo
A Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol é o evento
técnico oficial do Sugar & Ethanol Dinner São Paulo
cia terá como tema central “Desafios e
oportunidades: planejando para o futu-
ro”. O evento é composto por palestras
de elevado teor técnico, ministradas pe-
los mais renomados especialistas bra-
sileiros e internacionais do setor sucro-
energético mundial. O principal objetivo
da Conferência é reunir autoridades da
indústria para debater perspectivas de
mercado, planejamento estratégico, co-
mércio internacional, produção e outras
questões atuais dos segmentos de açú-
car e etanol.
A 14ª Conferência Internacional
DATAGRO sobre Açúcar e Etanol aconte-
ce nos dias 20 e 21 de outubro de 2014,
com início a partir das 14h do dia 20 de
outubro no Grand Hyatt Hotel, em São
Paulo.
etanol 2G
Um dos assuntos em discussão
será o etanol de segunda geração (2G),
produzido a partir do processamento do
bagaço e da palha de cana-de-açúcar,
que poderá se tornar um dos combustí-
veis mais competitivos do mercado nos
próximos anos.
Nesta 14ª edição, a conferência terá como tema central “Desafios
e oportunidades: planejando para o futuro”
Fotos:Divulgação/DATAGRO
11REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014 REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201411
A implementação da nova tecno-
logia trará, principalmente, aumento no
número de empregos, bem como maior
movimentação financeira na cadeia pro-
dutiva do etanol, além de atender as de-
mandas nacionais e internacionais. A in-
formação é da pesquisadora da Embrapa
Agroenergia, Dasciana Rodrigues. Ela
destaca, também, que o Brasil poderá
produzir aproximadamente 120 milhões
de litros de etanol por ano.
A Granbio - a empresa de biotec-
nologia industrial - acredita que a nova
tecnologia vai dobrar a fabricação brasi-
leira de etanol em 20 ou 30 anos. “Usan-
do somente palha e bagaço, é possível
aumentar em 50% a capacidade de pro-
dução do combustível, sem a necessida-
O evento é composto por palestras de elevado teor técnico, ministradas
pelos mais renomados especialistas brasileiros e internacionais
A 14ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol
acontece nos dias 20 e 21 de outubro de 2014
de de ampliar as áreas plantadas do ca-
navial”, diz a empresa.
Para a Granbio, a técnica minimiza-
rá os impactos de crise no setor sucro-
energetico. “Com os avanços da tecno-
logia e acesso à biomassa, será possível
maior geração do 2G”. E, na mesma li-
nha, a pesquisadora Dasciana Rodrigues
acrescenta que a matéria-prima utilizada
na fabricação do combustível, além de
ser renovável e abundante, está disponí-
vel em muitas regiões do país.
Em entrevista ao Universo Agro, a
empresa explica ainda que os custos de
produção e comercialização serão me-
nores. “Isso ocorre devido ao baixo pre-
ço da matéria-prima. À medida que a fá-
brica atingir 100% de sua capacidade,
alcançaremos um custo mais competiti-
vo que o do etanol de primeira geração”,
informa a Ganbrio.
Por outro lado, o coordenador do
Laboratório Nacional de Ciência e Tecno-
logia de bioetanol (CTBE), Antônio Boni-
ni, ressalta que o 2G enfrenta algumas
dificuldades. “Os principais desafios são:
a logística, produção de enzimas e ope-
ração do processo”, diz. Algumas maté-
rias-primas, como sorgo e resíduos flo-
restais, também, podem ser utilizadas na
elaboração do etanol de segunda gera-
ção. “O ideal é que o material esteja dis-
ponível em grandes quantidades e com
preços baixos”, finaliza Bonini.
economia de r$ 429 milhões
Estudo publicado em maio des-
te ano pelo Laboratório de Poluição At-
mosférica Experimental da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo
(USP) mostrou que, se a frota de veículos
das principais capitais brasileiras utilizas-
se o etanol ao invés da gasolina, a saú-
de pública economizaria R$ 67 milhões
de reais por ano no caso de internações
relacionadas a problemas respiratórios.
Os números do estudo foram ela-
borados a partir da avaliação das oito
principais regiões Metropolitanas bra-
sileiras: Belo Horizonte, Curitiba, Porto
Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador,
São Paulo e Vitória. Para realizar a pes-
quisa, o estudo elaborou três cenários e
neles especificou a utilização de três ti-
pos de combustíveis: gasolina não adi-
tivada com etanol anidro, gasolina aditi-
vada com 25% em sua mistura de etanol
anidro e o etanol hidratado.
A pesquisa destacou a presen-
ça do material MP 2,5, uma mistura de
partículas em suspensão no ar capaz de
chegar até os pontos mais profundos
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201412
dos pulmões. Esse poluente é gerado
principalmente na queima de combustí-
veis por veículos. A Organização Mun-
dial de Saúde (OMS) classifica o MP 2,5
como o poluente de maior efeito nocivo à
saúde humana.
Os cenários avaliados pelos pes-
quisadores mostram que, utilizando ape-
nas carros com gasolina comum nas
principais regiões metropolitanas do
país, está previsto um aumento no MP
2,5, o que irá impactar nas internações
hospitalares e também nas mortes. O
custo para a saúde pública nesse caso
seria mais de R$ 429 milhões por ano.
Na avaliação feita com o uso de
gasolina contendo 25% de etanol anidro,
também foi constatado aumento nos ní-
veis do poluente, mas os gastos referen-
tes à saúde diminuíram para R$ 267,973
milhões. Já nos levantamentos feitos
com etanol anidro e redução do volume
de gasolina, os números mostraram re-
dução na concentração ambiental do MP
2,5, além de uma economia de R$ 67
milhões de reais com gastos em saúde.
Os dados apresentam uma preo-
cupação em relação ao poluente, uma
vez que o fator de risco que ele possui
é tratado de forma pouco efetiva, em vir-
tude de poucas pesquisas relacionadas
ao tema. Outro ponto que preocupa os
pesquisadores é a legislação ambiental
brasileira, que na visão deles, pouco fis-
caliza os índices de MP 2,5, que são libe-
rados no meio ambiente.
Durante um evento voltado para o
setor sucroenergético realizado em Lon-
dres no mês de julho, Elizabeth Farina,
presidente da Unica (União da Indústria
de Cana-de-Açúcar), reforçou os núme-
ros positivos com o uso do biocombus-
tível para a saúde: “Se usássemos ape-
nas combustível fóssil, a quantidade de
internações por problemas respiratórios
e cardiovasculares em cidades como São
Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre au-
mentaria em 9.247 e o de mortes, 1.384.
Por outro lado, com o uso do etanol ha-
veria uma redução de 505 internações e
de 226 mortes por ano,” afirmou Elizabe-
th, também com base no estudo feito pe-
los pesquisadores da USP.
Um dos assuntos em discussão será o etanol de segunda geração (2G), produzido
a partir do processamento do bagaço e da palha de cana-de-açúcar
O principal objetivo da Conferência é reunir autoridades da indústria para debater
perspectivas de mercado, planejamento estratégico, comércio internacional,
produção e outras questões atuais dos segmentos de açúcar e etanol
13REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014 REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201413
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201414
15REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014 REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201415
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201416
Tudo pronto e muitas novidades
espaço TI
Congresso do GATuA, nos dias 25 a 27 de novembro, em ribeirão Preto,
SP, colocará participantes em contato com gama variada de assuntos
Coordenação do GATUA
O
GATUA– Grupo das Áreas de
Tecnologia das Usinas de Açú-
car, Etanol e Energia (www.ga-
tua.com.br) promoverá, nos próximos
dias 25, 26 e 27 de novembro, a 10ª edi-
ção de seu Congresso Anual.
Hoje com 322 usinas associadas
de quatro países, o grupo busca, nes-
te evento colocar os congressistas que
lá estiverem em contato com uma gama
variada de temas, conteúdos, lançamen-
tos e soluções para potencializar o uso
das ferramentas de TI pelas empresas,
Para isso, o congresso terá uma
grade com 20 palestras, distribuídas du-
rante os três dias do evento, além de vá-
rias rodadas de negócios, em que pro-
dutos e soluções serão detalhadas e
exploradas de forma prática por todos.
Também haverá uma feira de tecnologia
com 32 estandes, onde os maiores fa-
bricantes mundiais de hardware, softwa-
re ou serviços apresentarão muitas novi-
dades e lançamentos.
Também terá uma sala com 15
Meeting Tables, praticamente uma mini-
feira, onde empresas que não possuem
estande na Feira de Tecnologia poderão
receber os congressistas para também
apresentarem seus produtos e serviços.
Além de todos esses espaços para
o intercâmbio entre demandas e ofertas,
o congresso também possibilita uma ex-
celente oportunidade para benchmark.
Usinas de todo o Brasil poderão trocar
informações, conhecimentos e experiên-
cias em seus processos técnicos de TI.
Aliás, esse foi o agente motivador
para a criação do GATUA, ocorrida há
11 anos. Usinas são, por natureza, iso-
ladas geograficamente, e esse isolamen-
to traz um enorme risco para as áreas de
TI, pela rapidez e intensidade das evolu-
ções tecnológicas.
Apenas o fato de um profissional
de uma usina, sem sair de sua mesa de
trabalho, poder colocar no Fórum de Dis-
cussões do GATUA um problema técni-
co qualquer e receber ajuda de todos os
cantos e de outros profissionais iguais a
ele, sem nenhum interesse comercial, já
justifica a existência do GATUA.
E é justamente o Congresso Anual
o maior evento do grupo, no qual a par-
ticipação presencial das usinas associa-
das permite uma atualização “em massa”
e evidenciando ao mercado fornecedor
de TI a força da união do setor sucroener-
gético. Que ninguém se engane: qualquer
problema ocorrido em uma usina é ime-
diatamente noticiado a todo o setor, sen-
do o GATUA o instrumento para a inter-
mediação junto ao fornecedor, buscando
a sua solução e a melhoria contínua do
mercado de TI.
Visitem o site do evento – www.
congresso.gatua.com.br – e inscrevam-
-se. Com certeza você entrará em conta-
to com o que há de mais atual em produ-
tos e soluções de TI.
Espaço do evento é destinado a feiras, que mostram aos representantes
de usinas o que há de mais moderno em TI
Vinte palestras foram divididas nos três dias
de evento agora em 2014: atualização sobre os
principais temas que preocupam as usinas
SerVIço:
10º Congresso Anual GATUA 2014
Onde: TAIWAN Centro de
Convenções – Ribeirão Preto, SP
Quando: Dias 25 a 27 de novembro de 2014
Informações: www.congresso.gatua.com.br
ou pelo e-mail gatua@grutibrasil.com.br
Telefones – (16) 3329.4281 ou (16) 98145.0445
Fotos:Divulgação/GATUA
17REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201418 REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201418
19REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201420
Gestão de Negócios
Cenário para a carne bovina na segunda metade do ano
O
s bons fundamentos do mercado glo-
bal de carne bovina, somados ao ce-
nário positivo para o setor no Brasil,
animam pecuaristas e frigoríficos brasileiros,
que esperam bons retornos ainda em 2014.
Essa visão sobre o desempenho da bovino-
cultura de corte é um consenso entre os es-
pecialistas do setor.
Para entender essa tendência e conhe-
cer mais a fundo o que está acontecendo no
mercado, é interessante analisar o desempe-
nhoesperadopara2014dosmaioresproduto-
res mundiais de carne bovina. De acordo com
o Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos(USDA),cincolocalidadesrepresentam
66%daproduçãodebovinosnomundo:Esta-
dos Unidos (20%), China (15%), Brasil (15%),
UniãoEuropeia(12%)eÍndia(4%).
estados unidos
Os Estados Unidos já anunciaram uma
possíveldiminuiçãodaofertadomésticadeboi
gordo. O país vem reduzindo a produção de
bovinosnosúltimosanose,em2014,devere-
gistrar a menor produção de carne bovina nas
últimas duas décadas. Essa queda foi agrava-
da pela forte seca que atingiu o país em 2012.
Naépoca,oscustosdeproduçãoseelevaram,
em virtude do aumento dos preços dos grãos,
e o rebanho norte-americano diminuiu – e ain-
danãofoitotalmenterecuperado.
união europeia
Tudo indica que a oferta também será
menor na União Europeia, mas o motivo deve
ser a preferência dos pecuaristas pela produ-
ção de leite. O aumento do preço do leite e o
fim das quotas de produção (sistema implan-
tado em 1984 para reduzir a oferta do produ-
tonaEuropa)estimularamosprodutoresain-
vestir no rebanho leiteiro.
China
A demanda por carne bovina está
aquecida no país, e a produção doméstica
não é suficiente para atender o seu merca-
do consumidor. Isso abre grandes oportuni-
dades para os países produtores abastece-
rem o mercado chinês. Segundo o USDA,
de 2012 a 2013 as importações chinesas de
carne bovina aumentaram 316%. Em 2014,
espera-se que as importações da China nes-
se segmento continuem crescendo, mas em
ritmo menor.
índia
A produção está crescendo de forma
contínua desde 2008, o que aumentou a par-
ticipação do país no comércio internacional.
Pela sua localização privilegiada, perto de im-
portantesmercadosconsumidores,comoSul
daÁsiaeOrienteMédio,aÍndiasetornouuma
importante fornecedora de carne bovina para
os países dessas regiões. Além disso, o país
segue o princípio islâmico halal (que determi-
na se um alimento é permitido ou não para
consumo), observado em muitos países da
Ásia e do Oriente Médio.
Brasil
O país vem se beneficiando desse ce-
nário mundial de forte demanda e oferta inter-
na restrita. Dos cinco maiores produtores de
carnebovina,três(EstadosUnidos,UniãoEu-
ropeia e China) apresentam queda na produ-
ção. Isso aumentou a demanda internacional
pela carne brasileira.
As exportações no primeiro semes-
tre do ano, segundo a Secretaria de Comér-
cio Exterior (Secex), registraram o recorde de
US$ 2,7 bilhões, 15% acima do mesmo perí-
odo do ano anterior. Além do melhor preço, a
desvalorização do real frente ao dólar foi cru-
cial para esse resultado.
No mercado interno, a seca no início
do ano levou à redução da oferta de animais.
Além disso, com o intuito de ampliar o reba-
nho, os pecuaristas retiveram vacas, o que li-
mitou ainda mais a oferta. Com isso, o pre-
ço da carne bovina, que iniciou o ano a R$
115/@, chegou a quase R$ 128/@ na se-
gunda quinzena de março, o maior patamar
de toda a série histórica do Indicador Esalq/
BM&FBovespa.
Apesar do temor de que a inflação
possa conter o consumo de carne bovina,
especialistas ainda mantêm uma visão po-
sitiva, em virtude do alto consumo e das ex-
portações elevadas do primeiro semestre,
que têm contribuído para pressionar a ofer-
ta. A expectativa é que ela continue aperta-
da, o que pode resultar em bons preços até
o fim do ano.
Luiz Albino Barbosa, Gerente do Centro
PwC de Inteligência em Agronegócio,
Mestre em Agroenergia pela Esalq-
USP/Embrapa/FGV e Bacharel em
Relações Internacionais pela FAAP
Lara Moraes , Analista Sênior do
Centro PwC de Inteligência em
Agronegócio e Bacharel e Mestre em
economia pela UNESP/Araraquara
21REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201422
energias renováveis
No mês de agosto, entrou em funcionamento a primeira usina de biogás do interior
do estado de São Paulo, localizada em Guatapará, região de ribeirão Preto, SP
A luz que vem do lixo
Marcela Servano
S
ustentabilidade. Talvez essa seja
a palavra-chave do século XXI.
Consiste na busca do desenvolvi-
mento econômico e material sem agre-
dir o meio ambiente. Foi utilizando deste
conceito que a Estre, maior empresa de
serviços ambientais do Brasil, implantou
no último mês de agosto a primeira usi-
na de biogás do interior de São Paulo.
A usina, que gera energia a par-
tir do lixo, fica em Guatapará, na região
de Ribeirão Preto, e funciona no Centro
de Gerenciamento de Resíduos (CGR),
onde está localizado o aterro sanitário
do município. Segundo o diretor de No-
vos Negócios da Estre, Alexandre Alvim,
a escolha de Guatapará se deu em fun-
ção do tamanho do aterro – “nem mui-
to pequeno e nem muito grande”, sendo
considerado ideal para que a companhia
iniciasse os testes do projeto.
Para entrar no mercado de energia, a
Estre se associou à companhia portugue-
sa Enc Energy, que forneceu a tecnologia
e o modelo de exploração do biogás. Os
portugueses possuem outras usinas espa-
lhadas pelo mundo e, junto com a empre-
sa brasileira, criaram uma nova marca, a
Estre Energia Renovável, que é responsá-
vel por gerar e comercializar a energia elé-
trica a partir do biogás, não só do CGR de
Guatapará, como em todos os aterros em
que a tecnologia for implantada. O objetivo
da Estre é ter usinas de geração de energia
em funcionamento em dez de seus princi-
pais aterros até 2017, com uma capacida-
de total de 100 MW.
A expectativa é que a energia pro-
duzida a partir da combustão de gases
emitidos na decomposição de lixo orgâ-
nico seja suficiente para abastecer 18
mil pessoas. Além disso, a Estre garante
que o lixo gerado por 20 municípios da
região de Ribeirão Preto, interior de São
Paulo, tenha menor impacto ambiental.
O local recebe, por dia, 2.400 tonela-
das de lixo e produz 4,2 MW de energia.
A empresa e investiu R$ 15 milhões na
construção do empreendimento.
Segundo Alvim, a manutenção da
usina é realizada de maneira preventiva
por técnicos credenciados, executada
Para entrar no mercado de energia, a Estre se associou à companhia portuguesa Enc Energy,
que forneceu a tecnologia e o modelo de exploração do biogás.
Fotos:MarinaGuimarães/InvesteSP
23REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
seguindo o período de horas de funcio-
namento dos equipamentos, com base
em um plano de manutenção. Os princi-
pais parâmetros operacionais de segu-
rança da usina são monitorados 24h. A
intervenção dos técnicos pode aconte-
cer até mesmo remotamente, via inter-
net, se necessário.
A companhia pretende expandir a
estrutura de Guatapará para 10 MW e
também construir mais nove usinas em
seus outros aterros para produzir 100
MW. Os locais estão sendo estudados,
mas devem contemplar Centros de Ge-
renciamento de Resíduos nos estados
de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e
Alagoas, afirma Alvim. A empresa pre-
tende investir R$ 300 milhões previstos
para todo o projeto – que contempla 10
aterros no total. E estima uma receita de
R$ 200 milhões por ano quando todas
as usinas estiverem em operação.
Preocupação Ambiental
Segundo o diretor a empresa, a
Estre acredita em um modelo de gestão
focado na valorização do resíduo, o que
significa extrair ao máximo tudo o que
pode ser aproveitado do lixo. A utiliza-
ção do biogás dos aterros está dentro
dessa estratégia de valorização traça-
da pela companhia. Todos os 19 ater-
ros da companhia já foram construídos
com estrutura para captação do biogás
para queima controlada com geração
de créditos de carbono e também para
produção de energia.
A usina, que gera energia a partir do
lixo, fica em Guatapará, na região de
Ribeirão Preto, e funciona no Centro de
Gerenciamento de Resíduos (CGR)
A expectativa é que a energia produzida
a partir da combustão de gases emitidos
na decomposição de lixo orgânico seja
suficiente para abastecer 18 mil pessoas
Segundo o diretor de Novos
Negócios da Estre, Alexandre Alvim,
a escolha de Guatapará se deu em
função do tamanho do aterro
ção da taxa de distribuição da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o
deferimento do Imposto sobre opera-
ções relativas à circulação de merca-
dorias e sobre prestações (ICMS), no
caso do Estado de São Paulo.
Em outubro deste ano, o Governo
Federal deve realizar o primeiro leilão de
energia para empreendimento de bio-
gás. A expectativa para área é que en-
tre 2014 a 2018 sejam produzidos mais
de 35 mil MW novos no país. Segundo
dados do Banco Mundial, o Brasil pode
economizar 1% da demanda elétrica se
aproveitar compostos de lixo orgânico e
transformá-los em biogás. Algo que au-
mentaria o PIB em R$ 35 milhões, além
de tornar o país exemplo mundial no
consumo de biogás.
O cuidado com as questões am-
bientais é item prioritário para a Estre
e fator que influência a decisão de in-
vestimentos da companhia. “Nossa ati-
vidade é, em sua essência, dar solu-
ção a problemas ambientais. No caso
da energia a partir de biogás, a com-
panhia contribui de diversas formas
para redução de impactos. O primeiro
e mais evidente é que, com a captação
e transformação do biogás em energia
elétrica, os gases causadores do efei-
to estufa deixam de ser dispersos na at-
mosfera. Outro ponto importante é que
no cenário de escassez hídrica enfren-
tado pelo País, as usinas de biogás são
fonte alternativa às térmicas convencio-
nais, que utilizam combustíveis fósseis
e poluentes”.
O estudante de Química da Uni-
versidade de São Paulo (USP) Die-
go Marques visitou a usina de Guata-
pará para conhecer, pois seu trabalho
de conclusão de curso é sobre a pro-
dução de resíduos derivados do biogás.
Ele aprovou a iniciativa de investir neste
tipo de energia. Para ele, o mundo tem
que buscar alternativas sustentáveis
para diminuir os impactos ambientais
causados pela busca de energia. “Hoje
é inadmissível não buscarmos novas
soluções para um consumo de ener-
gia elétrica menos agressivo ao meio
ambiente”.
Governo investe no Biogás
Além da questão ambiental, a em-
presa apontou outros fatores que a le-
varam investir na geração de energia a
partir do lixo. Uma das razões foi o con-
junto de fatores que tornaram o merca-
do mais atrativo neste momento. Entre
os aspectos relevantes, estão a queda
nos valores das tecnologias necessárias
para a conversão do gás em energia, o
preço mais competitivo da energia elé-
trica e alguns incentivos para produção
de energia limpa, como 100% de isen-
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201424
Capa
os benefícios dos
maturadores
Produto acelera armazenamento de sacarose
nos colmos da cana-de-açúcar e contribui para
melhorar a qualidade da matéria-prima
Marcela Servano
A
utilização de maturadores em la-
vouras de cana-de-açúcar no Bra-
sil vem ganhando força nos últi-
mos anos. Mas você sabe o que são eles?
E como podem beneficiar sua colheita?
Por que seu uso está se popularizando no
país? Esta edição da CanaMix irá explicar
melhor sobre esses produtos que estão
modificando o plantio da cultura.
Os maturadores trazem inúmeros
benefícios para a safra. O produto ace-
lera a translocação (transporte através
da água) e o armazenamento de saca-
rose nos colmos (caule) da cana. Sen-
do usado na cultura da cana-de-açúcar
com a finalidade de auxiliar o produtor
no gerenciamento da colheita. Pode ser
empregados na antecipação do início da
safra ou mesmo no final, para a manu-
tenção da qualidade da matéria-prima.
Para o agrônomo da Bayer CropS-
cience, Augusto de Camargo Monteiro,
os maturadores trazem resultados posi-
tivos em praticamente todas as aplica-
ções, desde que a cana apresente ca-
racterísticas favoráveis (pureza e ATR).
Sua utilização deve ser feita por meio
de pulverização aérea, serviço feito, por
exemplo, pela Garcia Aviação Agrícola,
empresa realizada em Ribeirão Preto,
respeitando o prazo que o produto ne-
cessita para agir na planta. Podem ser
utilizados no final de safra, para fazer a
manutenção do açúcar já acumulado na
cana, que normalmente se perderia com
o crescimento da planta por ocasião do
início das chuvas. E, também, há regiões
Aplicação dos maturadores deve ser feita por
meio de pulverização aérea, serviço feito,
por exemplo, pela Garcia Aviação Agrícola
Divulgação/GarciaAviaçãoAgrícola
25REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
em que a cana vegeta o ano inteiro, ha-
vendo necessidade da maturação artifi-
cial para melhorar a qualidade.
Os benefícios são intensos para
as lavouras, mas, para aplicar os ma-
turadores, as fases de desenvolvimen-
to da cana precisam ser respeitados. É
o que alerta o pesquisador do Grupo Fi-
totécnico de Cana-de-Açúcar Renan Vi-
torino. “Como todas as culturas, a cana
tem sua fase de desenvolvimento, perío-
do que o cultivo passa pelo processo de
vegetação e crescimento. Esse tempo
consiste nos primeiros 180 dias. Nessa
fase, há um grande consumo de energia
(açucares) para o desenvolvimento das
folhas e colmos. Com isso, impossibilita
grandes acúmulos de açucares nos col-
mos. Após essa etapa, a planta diminui
seu desenvolvimento, o que possibilita
um maior acúmulo de açúcares no cau-
le, fase essa chamada de maturação e
propícia para se aplicar o produto”.
A aplicação após esse período au-
xilia no combate ao florescimento, que
é indesejado na produção de cana para
indústria, pois gasta energia que seria
transformada em açúcares, deixando a
cana pobre, com um aspecto parecido
com um isopor. É a chamada isoporiza-
ção da cana.
Uma das funções do maturador é
exatamente interferir no florescimento.
Através de processos bioquímicos, ini-
be a produção de folhas novas e, conse-
quentemente, diminui a concentração de
fitocromo, um fotorreceptor contido nas
células, principalmente das folhas no-
vas. É ele o responsável pela leitura do
número de horas de dia e de noite. As-
sim, consegue-se interferir em um dos
três fatores responsáveis pelo estimulo
ao florescimento, impedindo que a cana
gaste açúcares na produção de flores.
Engana-se quem pensa que os
maturadores aumentam a produção de
cana-de-açúcar. Eles apenas favorecem
a qualidade do material a ser entregue
Augusto Camargo Monteiro, da Bayer
CropScience: maturadores trazem resultados
positivos em praticamente todas as aplicações
a usina. Segundo Camargo Monteiro os
dados mostram ganhos de 10 kg a 15
kg de açúcar por tonelada de cana. Po-
rém, vale lembrar que o maturador pode
influenciar em diferentes níveis na pro-
dutividade da cana.
Os maturadores estressantes são
aqueles que agem no ritmo de cresci-
mento da cana, fazendo com que a cul-
tura acumule sacarose nos colmos ao
invés de utilizá-la como fonte de ener-
gia para seu crescimento. Os mais uti-
lizados são à base dos seguintes com-
postos: Glyplhosate, Etil Trinexapac e
Sulfometurom Metil. Já os maturadores
não-estressantes, como o Ethrel® da
Bayer, proporcionam acúmulo da saca-
rose pela liberação de etileno.
O produtor rural do norte de Mi-
nas Gerais Sebastião Pereira começou a
usar maturadores na sua lavoura há um
ano e meio. Depois que viu uma pales-
tra realizada pela Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em
que se falava dos benefícios do produ-
to. “Quando assisti à palestra, achei in-
teressante a forma que o produto agia e
os resultados que ele propiciava”. Perei-
ra diz que a qualidade da safra melhorou
e acabou o problema da isoporização,
que ocorria com frequência.
Maturador ethrel, da Bayer
A Bayer CropScience fabrica o
Ethrel®, que apresenta a menor interfe-
rência na taxa de crescimento da cultu-
ra, sendo um dos mais seletivos para a
cana-de-açúcar e contribuindo para que
a cultura continue ganhando peso en-
quanto acelera seu acúmulo de sacaro-
se no colmo. Isso representa maior pro-
dutividade de açúcar por hectare. Além
de atuar como maturador, o Ethrel®
também tem a função de inibir o flores-
cimento da cana, que é indesejável para
o processo produtivo, e também propor-
ciona a redução da isoporização, evitan-
do a perda de peso causada por esse
processo.
O Ethrel® (Etephon) é precursor
do hormônio vegetal etileno, e seu mais
novo benefício contribuirá com os rendi-
mentos do produtor de cana, melhoran-
do a brotação das soqueiras do ano se-
guinte à aplicação, trazendo maior vigor,
rapidez no brotamento e, consequente-
mente, maior produtividade.
Grupo de estudos
O Grupo Fitotécnico de Cana-de-
-Açúcar tem sede em Sertãozinho e per-
““
Os maturadores
trazem resultados
positivos em
praticamente todas
as aplicações, desde
que a cana apresente
características
favoráveis
Augusto Camargo Monteiro
DivulgaçãoBayer/CropScience
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201426
tence ao Instituto de Agronômico de
Campinas (IAC). Congrega fitotecnistas
de usinas e cooperativas, pesquisado-
res e outros profissionais de empresas
de insumos, matérias-primas, máquinas
e equipamentos, projetos e outros fa-
tores de produção ligados à cultura de
cana-de-açúcar.
Segundo Vitorino, as pesquisa re-
alizada na área de maturadores é im-
portante para um conhecimento básico
e uma melhor utilização dos produtos.
Quem se interessar, é só acessar o site
http://www.grupofitotecnicodecana.
com.br/.
Os benefícios são intensos para as lavouras, mas, para aplicar os maturadores, as fases de desenvolvimento da cana precisam ser respeitados
Capa
Divulgação/GarciaAviaçãoAgrícola
27REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201428
opinião
o poder de tributar: o círculo vicioso que
aterroriza o contribuinte
*José Osvaldo Bozzo
1
999. Foi o ano em que publiquei um
artigo parecido com este. Remoen-
do meus arquivos, dei-me de encon-
tro com esta “pérola”. O mais interessante
de tudo isso é que nada mudou. Não se trata
de uma republicação e sim de uma lembran-
ça. Talvez sirva-nos, como me serviu, para
relembrar o passado. O título, eu fiz ques-
tão de manter intocável. Parece-me bastan-
te casuístico. Naquela década, já havia mui-
tas disputas judiciais, como nos dias atuais,
entre os contribuintes e os governos Estadu-
al e Federal, principalmente por questões de
natureza tributária.
Nos últimos anos, tornaram-se roti-
neiras as modificações na Legislação Tri-
butária, surpreendendo os contribuintes não
apenas pelo constante afrontamento aos
princípios constitucionais como pela inten-
ção precípua do legislador de aumentar a re-
ceita, porém, jamais o de aperfeiçoar o sis-
tema tributário. Cercados por um verdadeiro
cipoal de leis, decretos, atos declaratórios e
normativos, pareceres, etc., os contribuin-
tes não têm como acompanhar essas al-
terações – que acabam não logrando êxito
nos tribunais superiores – e se veem às vol-
tas com o desconhecimento do nosso or-
denamento jurídico, bem como dos cons-
tantes ataques à integridade da Constituição
Federal.
MEDIDAS EM 1999 - No início da-
quele ano, foram reeditadas inúmeras me-
didas de ajuste fiscal, especificamente com
relação à apuração das bases de cálculo do
PIS e da Cofins, tendo em vista enfatizar a tal
da aplicabilidade legal e fiscal de uma ques-
tão muito conhecida na época. O tal do con-
ceito de “faturamento”. Foram elas: a Lei nº
9.718,de27denovembrode1998,aEmen-
da Constitucional nº 20, de 15 de dezembro
de 1998, a Medida Provisória nº 1.788, de
29 de dezembro de 1998 – posteriormente
convertida na Lei nº 9.779, de 19 de janeiro
de 1999 – e, finalmente, a Medida Provisória
nº 1.807, de 28 de janeiro de 1999.
Aquela lei, de nº 9.718/98, veio am-
pliar as bases de cálculo em absoluta desar-
monia com definição constitucional, já que
determinou a incidência das contribuições
do PIS e da Cofins não sobre o faturamento
– cujo conceito já era estabelecido pela le-
gislação do imposto de renda –, mas sobre
a totalidade das receitas auferidas pela pes-
soa jurídica. Como se não bastasse, poste-
riormente, a Emenda Constitucional nº 20,
que alterou o artigo 195 da Constituição Fe-
deral, autorizou, a partir de 1º de fevereiro
de 1999, a instituição de contribuições com
base na receita ou faturamento, outorgan-
do legitimidade à exigência da Cofins devi-
da sobre a totalidade das receitas auferidas
pela pessoa jurídica. Naquela ocasião, o en-
tendimento manifestado pelos juristas foi no
sentido de que, tendo em vista a autoriza-
ção para compensar a parcela majorada de
1% com a contribuição social sobre o lucro,
tal procedimento acarretaria a desfiguração
da referida contribuição, uma vez que exigi-
-la sugeriria a inconstitucionalidade, seja por
desconformidade com o princípio das con-
tribuições contido no artigo 195 da Consti-
tuição Federal – que veda a incidência sobre
o “não-lucro” –, seja, ainda, por contrariar
os princípios da isonomia.
Com o objetivo de maximizar ainda
mais a arrecadação, foi majorada, também,
a base de cálculo do PIS, que passou a inci-
dir sobre a totalidade das receitas auferidas
pela pessoa jurídica. No entender dos espe-
cialistas, aquele dispositivo era passível de
discussão judicial, uma vez que o mesmo
afrontava diretamente a Lei Complementar
nº 7/70, bem como não tinha força de alte-
ração do artigo 239 da Constituição Federal.
E ASSIM SE VAI A CARTA MAGNA -
Certo é que na ocasião o legislador limitou
o acesso dos contribuintes à Justiça, pois
majorando a alíquota e a base de cálculo
da Cofins, mediante o artigo 41 da Lei nº
8.981/95, instituiu-se uma penalidade para
as empresas que não se submetessem às
imposições tributárias, ainda que ilegítimas
e inconstitucionais. Houve um cerceamento
e desestímulo às pessoas jurídicas de ques-
tionar os tributos tidos como inconstitucio-
nais, ou seja, uma afronta à Carta Magna,
documento esse que consagra os direitos e
garantias dos brasileiros residentes no terri-
tório nacional – que sequer podem ser alte-
rados por emendas constitucionais. E tem
mais. Não bastasse o contribuinte ter de
consumir recursos para garantir a suspen-
são da exigibilidade do crédito tributário ile-
gítimo e inconstitucional, ele tinha, e tem até
hoje, que pagar imposto de renda sobre o
valor questionado judicialmente; caso con-
trário, poderá ser autuado por redução in-
29REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
*José Osvaldo Bozzo é consultor,
tributarista e sócio da MJC
Consultores. Formado em Direito, foi
também Sócio da BDO e da KPMG e
professor de Planejamento Tributário
na USP - MBA de Ribeirão Preto.
devida do lucro real. Tributo nenhum pode
se constituir sanção pelo exercício de um di-
reito assegurado pela Contribuição Federal.
Outra questão que passou a ser co-
mum em nosso Direito é a aplicabilidade,
em determinadas circunstâncias, de Lei Or-
dinária sem o devido respaldo jurídico, ou
seja, sem que ela esteja amparada por Lei
Complementar. A Constituição Federal esta-
belece que as normas ordinárias que institu-
írem as contribuições, bem como a defini-
ção de tributos, suas espécies e respectivas
bases de cálculo, devem ser embasadas em
Lei Complementar. A ela cabe estabelecer
normas gerais em matéria tributária, regu-
lando as limitações constitucionais para sal-
vaguardar direitos subjetivos dos contribuin-
tes; cabe, também, prevenir a ocorrência de
conflitos de competência entre pessoas jurí-
dicas de direito público, credenciadas para
legislar sobre a matéria tributária ou mesmo
autorizar a instituição de tributos não expres-
samente previstos na Carta Magna.
leI CoMPleMeNTAr - Quando a
Contribuição exige Lei Complementar para
embasar e lastrear determinadas normas in-
fraconstitucionais, dentre elas as que regu-
lam a definição da base de cálculo, a ino-
bservância desse preceito constitucional
torna a lei editada inválida, uma vez que con-
tém vício suprível apenas com a edição de
Lei Complementar que venha a embasá-la e
recepcioná-la expressamente.
O artigo 146 da Constituição Federal
estabeleceu a função da Lei Complementar.
No inciso III, alínea “a”, prevê-se explicita-
mente a competência dessa modalidade de
lei para estabelecer normas gerais em ma-
téria tributária, especialmente sobre a defi-
nição de tributos expressamente nela des-
criminados, suas espécies, fatos geradores,
bases de cálculo e contribuintes. Portanto,
somente mediante Lei Complementar pode-
rá a União definir base de cálculo, além das
previstas nos incisos I a III do artigo 145 da
Constituição Federal.
Voltando à questão da majoração de
eventual base de cálculo, a Lei Ordinária
deve estar amparada por Lei Complementar,
com a exclusividade e indelegável compe-
tência para legislar sobre aspectos relacio-
nados à definição de tributos, fatos gerado-
res, bases de cálculo e contribuintes, sob
pena de os dispositivos constitucionais que
impõem a reserva de Lei Complementar ser
afrontados.
Curiosamente, na ocasião, nenhum
ponto da Emenda Constitucional nº 20/98
dispunha sobre referidas alterações à con-
tribuição para PIS e sua base de cálcu-
lo. Tampouco foi alterado o artigo 239 da
Constituição Federal, no qual se encontra
consubstanciada seu fundamento de valida-
de. Por derradeiro, a afronta à Lei Comple-
mentar nº 7/70.
Tudo isso sugere que esteja faltan-
do aos órgãos competentes o compromis-
so com uma legislação cuja aplicabilidade
seja transparente, deixando de lado o cír-
culo vicioso que tem influenciado nosso or-
denamento jurídico. Utilizado apenas como
fonte de arrecadação, desvirtua-se a fun-
ção essencial do tributo: servir à sociedade
como recurso para suprir as necessidades
públicas.
Talvez a única salvaguarda que resta
aos contribuintes seja o Refis, promulgado
pela tão esperada Lei nº 12.865/13. Afinal,
não foi à toa que o governo propôs um par-
celamento de bilhões de reais a determina-
dos setores da Economia, haja vista estes
estarem discutindo há anos a questão do fa-
turamento. Pensando bem, quão calamitosa
foi a tal Lei nº 9.718, de 1998!
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201430
A agricultura brasileira está voando
*Ulisses Rocha Antuniassi
H
á uma estatística impressionante
sobre a aviação agrícola no Bra-
sil: cerca de 50% das aeronaves
vendidas na última safra foram adquiri-
das para uso privado, ou seja, produto-
res rurais estão investindo pesado na
aplicação aérea como ferramenta para o
tratamento de suas lavouras.
Num mercado que sempre foi di-
recionado para a prestação de serviços,
as empresas que comercializam aviões
agrícolas estão comemorando o avanço
de sua participação sobre os chamados
operadores privados (aqueles que pos-
suem aeronaves para uso próprio e não
prestam serviços). Só no ano passado
mais de 100 aeronaves agrícolas novas
foram acrescidas à frota nacional, que
já ultrapassa a casa das 2000 unidades.
Ou seja, em 2013 cerca de 50 aerona-
ves agrícolas foram compradas para
uso privado. Não que o mercado de ser-
viços no setor esteja reduzindo, ao con-
trário, mas há uma crescente percepção
dos empresários rurais de que a aplica-
ção aérea é ferramenta indispensável.
O curioso é que este proces-
so ocorre no momento em que a avia-
ção agrícola vem sofrendo pressões por
conta de incidentes envolvendo casos
de deriva. A deriva ocorre quando par-
te do produto aplicado se desloca para
áreas vizinhas, com potencial de cau-
sar danos a outras lavouras e conta-
minação do ambiente. Apesar de extre-
mamente segura se realizada de acordo
com as recomendações, a aplicação aé-
rea esteve de fato ligada recentemente
a incidentes que repercutiram de manei-
ra muito negativa na mídia, acirrando a
disputa do setor com entidades ambien-
talistas que buscam impor restrições ao
mercado.
Em meio a este processo, o se-
tor aeroagrícola brasileiro vem buscan-
do reagir. Com o apoio da Andef (Asso-
ciação Nacional de Defesa Vegetal) e o
do Sindag (Sindicato Nacional das Em-
presas de Aviação Agrícola), um progra-
ma denominado Certificação Aeroagrí-
cola Sustentável (CAS) foi criado para
certificar que os operadores atuam de
acordo com critérios rigorosos quan-
to à sustentabilidade e responsabilida-
de ambiental.
Coordenado por universidades pú-
blicas e gerido pela Fundação de Estu-
dos e Pesquisas Agrícolas e Florestais
(FEPAF), o CAS já certificou 30 empre-
sas apenas neste ano (de um total de
227 empresas) e espera que, até 2017,
pelo menos 75% dos operadores este-
jam certificados. Este movimento é uma
resposta importante do setor às críticas,
e sua qualificação será, certamente, be-
néfica para toda a sociedade.
*Professor Titular do Departamento
de Engenharia Rural FCA/
UNESP - Botucatu/SP
opinião
31REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201432
expectativa superada
Fenasucro 2014 não garante futuro certo do setor sucroenergético, que
deve ser definido apenas em 2015, mas garante bons resultados
eventos
Wolfgang Pistori
C
om números quase idênticos aos
de 2013, a 22ª edição da Fenasu-
cro - Feira Internacional de Tecno-
logia Sucroenergética -, realizada de 26 a
29 de agosto, no Centro de Eventos Zani-
ni, em Sertãozinho, SP, foi um retrato do
cenário atual do setor sucroenergético. A
crise, disfarçada em otimismo, está es-
tancada, mas crescimento parece pala-
vra distante dos responsáveis pelas em-
presas que passaram pela cidade. A fase
é evidenciada pela ausência de algumas
empresas-chaves no setor.
Enquanto a reportagem tentou em
vão falar com algumas empresas sobre
a Fenasucro, a CEISE Br – Centro Nacio-
nal das Indústrias do Setor Sucroenergé-
tico e Biocombustíveis –, e a Reed Exbhi-
tions Alcantara Machado, responsáveis
pela realização do evento, comemoraram
a manutenção de um mercado que ainda
é incógnita.
Segundo a organização, 33.240
pessoas passaram pela Fenasucro, nú-
mero parecido com o de 2013, assim
como a estimativa em negócios projeta-
dos durante a feira, que pode chegar a R$
2,2 bilhões nos próximos 12 meses, exa-
tamente a mesma projeção do ano ante-
rior. Outra conta parecida é a de núme-
Fotos:AlbertoGonzaga
Autoridades do setor abrem a feira, cujos negócios podem chegar a R$ 2,2 bilhões
nos próximos 12 meses, a mesma projeção do ano anterior
Com números quase idênticos aos de 2013, a 22ª edição da Fenasucro foi
um retrato do cenário atual do setor sucroenergético
ro de expositores (550), porém, vindos
de mais países: 50 contra 30 em 2013.
Apesar do pessimismo, o setor su-
croenergético apenas acompanha o ritmo
da economia do Brasil. Exemplo desse
cenário, mais geral, é o corte da Orga-
nização para Cooperação e Desenvolvi-
mento Econômico (OCDE) das estima-
tivas de crescimento para as principais
economias desenvolvidas, reduzindo
também a perspectiva para o crescimen-
to do Brasil no biênio 2014/2015.
Para o Brasil, a OCDE - organiza-
ção internacional que tem a missão de
promover políticas que melhorem o bem-
-estar econômico e social de pessoas em
todo o mundo - reduziu a expectativa de
crescimento para 2014 para 0,3% - em
maio, era 1,8%. Para 2015, a expectati-
va é de expansão de 1,4%, contra 2,2%
anteriormente.
Por outro lado, o setor conta, nos
últimos anos, com a obrigação por par-
te das usinas de uma colheita totalmen-
33REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
te mecanizada, o que gerou investimen-
to e produção maciça de máquinas para
o auxilio do plantio, da colheita e de todo
o processo de produção do etanol. Um
clima socioambiental que condena a
queima de cana ao lado da pressão de
diferentes setores da sociedade vem dei-
xando claro que não há alternativa senão
a mecanização do trabalho.
Distante da pauta política por al-
guns anos, o setor sucroenergético é um
dos temas mais debatidos nas campa-
O presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho, disse que a volta
das caravanas levou para a feita profissionais com poder de compra
Segundo a organização, 33.240 pessoas passaram pela Fenasucro, número parecido com o de 2013
nhas políticas. Aproveitando essa abertu-
ra na pauta, a candidata a presidente pelo
PSB, Marina Silva, foi destaque em sua
passagem pelo evento (leia mais abaixo).
Apesar disso, empresas como a
Case IH analisam o mercado de países
menos desenvolvidos que o Brasil para
aumentarem sua produção. A medida é
alternativa para a estagnação em merca-
dos que já têm boa participação da em-
presa. A Massey Ferguson, outra empre-
sa líder no seu setor, não participou da
Fenasucro e, por ora, prefere não opinar
sobre questões que tratem da realidade
da cana-de-açúcar.
Apenas em 2015, as estratégias e
os planos das principais empresas do se-
tor devem ser de fato desvendados. Nes-
te segundo semestre, assim como na Fe-
nasucro, o comportamento mais comum
foi a cautela.
Até por conta de todo este pano-
rama, a participação de estrangeiros foi
mais importante do que nunca na Fena-
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201434
sucro. Foram 50 países participando ati-
vamente da feira. Entre visitantes e ex-
positores, Arábia Saudita, Dinamarca,
Costa Rica, Inglaterra, Estados Unidos,
China, Alemanha, França e África do Sul
foram destaque e ajudaram a movimen-
tar as mais diversas áreas de produ-
ção da agroindústria da cana – do plan-
tio até o destino final dos produtos e
subprodutos.
A Rodada de Negócios Internacio-
nais, promovida pela Apla/Apex, con-
tou com a participação de 50 empresas
brasileiras, 20 convidados estrangeiros
e outras 31 participações internacio-
nais espontâneas, de países como Ar-
gentina, África, Belize, Bolívia, Colôm-
bia, Costa Rica, Cuba, Estados Unidos,
Filipinas, Guatemala, Honduras, México,
Peru, República Dominicana e Venezue-
la. Ao todo, foram 562 encontros de ne-
gócios. A empresa Zanini, por exemplo,
participou de 14 rodadas de negócios
via Apla, além de estender parcerias
com compradores angolanos e fechar
negócios com uma destilaria e uma fá-
brica de açúcar do Paraguai.
“Confirmamos que a necessida-
de dos clientes estrangeiros convidados
era alta. As parcerias e futuras colabora-
ções estão sendo concretizadas. As in-
formações obtidas no local onde acon-
teceram as rodadas de negócios foram
Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica, falou de suas
projeções para o setor sucroenergético nos próximos anos
de vital importância, para entender às
necessidades do setor em outros paí-
ses”, diz Alexandre Margato, represen-
tante da Jaguar Bombas Especiais.
Outra empresa que teve moti-
vo para comemorar foi a prata da casa
TGM, de Sertãozinho. A fornecedora de
turbinas concluiu contrato importante de
venda para a empresa Goiânia Cerradi-
nho Bioenergia, de Chapadão do Céu.
“A qualidade das visitas foi interessante,
pois trouxe oportunidades reais de ne-
gócios. A TGM conseguiu trazer com in-
tensidade, pessoas pleiteando projetos
diferentes do cotidiano, ou seja, oportu-
nidades que irão fazer a diferença, em
longo prazo, até mesmo em outros seg-
mentos”, analisa Marcelo Severi, geren-
te do departamento comercial da Unida-
de de Negócios de Turbinas TGM.
Segundo a organização, as mi-
cro e pequenas empresas que partici-
param do evento, através de parceria
com o Sebrae, também saíram satisfei-
tas. “Na edição da feira deste ano, tive-
mos ainda mais certeza de que apoiar
os pequenos negócios é o caminho
para manter a cadeia produtiva fortale-
cida como um todo, ajudando presta-
dores de serviços e fornecedores a se
manterem competitivos”, comenta Ro-
drigo Matos do Carmo, gerente regional
do Sebrae-SP.
Formato
“A volta das caravanas de diver-
sas cidades produtoras de cana e/ou li-
gadas ao setor trouxe profissionais com
poder de compra, além dos programas
Vip e Club Premium que receberam com-
pradores em potencial, personalidades e
líderes do setor. Essas iniciativas foram
responsáveis pelo público maior, mais
qualificado e focado na realização de ne-
gócios”, explica Antonio Eduardo Tonielo
Filho, presidente do CEISE Br.
O formato atrativo da Fenasucro
deixa uma questão importante no ar: a
manutenção de números positivos nos
negócios é um fato isolado ou uma nova
bomba de oxigênio para o setor nos pró-
ximos meses? Segundo Tonielo, as ade-
quações na infraestrutura e as novidades
deste ano foram o grande propulsor eco-
nômico do mês de agosto no setor.
Ainda de acordo com a organiza-
ção, o Espaço de Conferências Fenasu-
cro recebeu duas mil pessoas, que confe-
riram as mais de 40 palestras e debates,
como a 3ª Conferência Datagro CEISE Br,
o Seminário Agroindustrial STAB Fenasu-
cro, o XIV Encontro de Produtores Cana-
oeste/Orplana, entre outros eventos.
“Manter o volume de negócios,
atrair compradores internacionais e ele-
var o número de público cada vez mais
qualificado são fatores que mostram que
os nossos objetivos de promover integra-
ção, network, geração de negócios e co-
nhecimento no setor foram cumpridos.
Esses números, somados ao feedback
positivo que recebemos das empresas,
representam a união da cadeia produti-
va da cana-de-açúcar para a retomada
do setor”, afirma Gabriel Godoy, diretor
da Fenasucro.
Para o presidente da Organização
de Plantadores de Cana da Região Cen-
tro-Sul do Brasil (Orplana), Manoel Orto-
lan, o diferencial da Fenasucro neste ano
esteve na pluralidade de produtos e ideias
apresentadas. “A Feira apresentou uma
35REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
A candidata do PSB à presidência, Marina Silva, esteve na Fenasucro,
no penúltimo dia da feira, e defendeu o setor sucroenergético
Por se tratar de período eleitoral, Marina não poupou críticas aos principais
adversários, principalmente à atual presidente, Dilma Rousseff
vitrine de produtos e serviços à disposi-
ção dos produtores rurais. Nela, encon-
tramos o que há de mais moderno e os
principais lançamentos do mercado. São
as novas tecnologias que podemos utili-
zar nas lavouras, ajudando na redução de
custos e aumento de produtividade. Esse
é o principal impacto da feira para as la-
vouras de cana-de-açúcar, os benefícios
que ela apresenta e que podemos utilizar
para melhorar o nosso rendimento”.
Setor em pauta
A candidata do PSB à presidên-
cia, Marina Silva, esteve na Fenasucro,
no penúltimo dia da feira, e defendeu o
setor sucroenergético como fator decisi-
vo para o bom andamento da economia
brasileira como um todo. Por se tratar de
período eleitoral, é claro que não falta-
ram críticas aos principais adversários,
principalmente à atual presidente, Dilma
Rousseff (PT).
Segundo Marina, atualmente, as
políticas praticadas são “equivocadas”.
“É necessário criar um marco regulatório
para o setor”, defendeu. O discurso vai
ao mesmo ponto do setor usineiro que
criticou recentemente a manutenção do
preço artificial da gasolina pelo Governo
para conter a inflação. A medida impede
melhor remuneração ao etanol.
Cerca de 300 pessoas acompa-
nharam o discurso de Marina Silva na Fe-
nasucro. Ela elogiou o setor. “Vocês fi-
zeram o dever de casa, se ajustaram,
acreditaram na propaganda do governo,
assumiram compromissos para fornecer
uma fonte de energia que deveria ser esti-
mulada, apoiada. Mas os erros que foram
praticados devem ser corrigidos”.
A Embrapa também foi tema da
conversa. Marina disse que somente
uma Embrapa “forte e vigorosa” pode ga-
rantir a defesa do ambiente e as ativida-
des agrícolas de forma sustentável. “Há
uma visão equivocada de que quando
se fala em agricultura e pecuária signifi-
ca ser contra o meio ambiente. É possível
juntar as coisas numa mesma equação.”
Se é discurso ou realidade, não é
possível saber, mas, para Marina, o futu-
ro do Brasil no setor agrícola é muito pro-
missor. “Temos que trabalhar para ele-
var a produção e a produtividade, pois há
demanda”.
Fotos:RenatoLopes
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201436
Com informações assessoria de imprensa Datagro
O
setor sucroenergético brasileiro desempenha papel no
mercado de combustível, bioenergia e alimento mundial.
Conforme o presidente da Datagro, Plinio Nastari, o seg-
mento trata-se também de desenvolvimento econômico. Mas
com a crise que assola o setor, a indústria canavieira enfrenta
desafios na sua produção.
Fatores relacionados às condições climáticas e econômi-
cas desfavoreceram a produção. “O país deverá produzir 36,3
milhões de açúcar e 25,9 bilhões de litros de etanol nesta tem-
porada”, relatou Nastari durante a abertura oficial da 22ª Fena-
sucro. A produção total deve cair 5,8%, conforme aponta rela-
tórios da Datagro. “O cenário atual de safra tende a prejudicar
pelo menos as duas próximas produções anuais”, completou o
presidente.
Entretanto, para Marcos Fava Neves – também presente no
evento -, a previsão é que o Brasil se mantenha como líder mun-
dial na exportação de açúcar e a produção de etanol ainda seja di-
recionada para abastecer os mercados internos dos produtores.
Mas é necessário que novas medidas de incentivo sejam adota-
das. “É preciso readequar as ações para que o mercado reaja”,
disse ele, que é professor da FEA/USP, em Ribeirão Preto.
Entre essas medidas apontadas por ele para incentivar o
setor, estão as condições tributárias. Atualmente, o setor gera
mais R$ 8 bilhões de impostos por ano. ”O governo precisa vol-
tar a ter políticas de competitivas para reduzir a tributação. Preci-
samos gerar renda para distribuí-la”, apontou Fava Neves.
Outro ponto de incentivo à estabilidade da produção cana-
vieira, por meio do etanol, é o projeto de lei que prevê o aumento
de 26% para 27,5% da mistura do álcool na gasolina. Para o de-
putado Newton Lima, mentor do projeto, essa medida pode con-
tribuir para os avanços no setor. Newton ainda defendeu maior
incentivo para a produção da bioeletrecidade por meio de leilões
específicos, revisão das condições tributárias, financeiras e de
novas linhas de transmissão.
Em contraponto às críticas de mercado, durante a confe-
rência, o economista Diego Nyko, do Banco Nacional de Desen-
volvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou o cenário
envolvendo a inovação industrial. De acordo com ele, a transfor-
mação estrutural do sistema produtivo que envolve o etanol de
segunda geração, as mudas transgênicas e a química renová-
vel podem ser uma alternativa crescente para o país em crise.
A 3ª Conferencia DATAGRO Ceise Br fez parte do even-
to de abertura da Fenasucro. O evento contou com a presença
de autoridades políticas, especialistas e representantes do se-
tor sucroenergético.
Impactos do setor no desenvolvimento
econômico são assunto da Datagro CeISe Br
Nastari: “O cenário atual de safra tende a prejudicar
pelo menos as duas próximas produções anuais”
O evento contou com a presença de autoridades políticas,
especialistas e representantes do setor sucroenergético
O presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho, fala
durante o evento, que fez parte da abertura da Fenasucro
Fotos:Divulgação
37REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
Produtos em exposição
Algumas empresas que marcaram presença na Fenasucro:
PTI
Siemens
Ge
PTI
Redutores WBX estiveram entre os
equipamentos expostos pela PTI durante
a realização da Fenasucro, no Centro
Empresarial Zanini, em Sertãozinho, SP
Siemens apresentou, em seu estande, soluções
para garantir maior eficiência energética e
reduzir o custo operacional das usinas
Estande da GE na Fenasucro apresentou o
que há em tecnologia de ponta oferecido pela
empresa, como soluções para tratamento
de água e sistemas para automação
A Power Transmission Industries
do Brasil (PTI), empresa líder no mercado
brasileiro de acionamentos mecânicos,
apresentou equipamentos que atendem,
entre outros segmentos, a agroindústria
da cana. Além das soluções que integram
o sistema de monitoramento VIBMAXI, a
empresa expôs os redutores WBX, prote-
tores Flexguard, acoplamentos MAX Dy-
namic e WPFlex.
“Apesar da crise do mercado, a par-
ticipação na Fenasucro gerou para a PTI
boas prospecções de negócios. Registra-
mos um grande número de visitantes em
nosso estande de diferentes estados além
de São Paulo, principalmente Minas Gerais
e Paraná, e temos boas perspectivas fu-
turas, principalmente relacionadas à nos-
sa linha de protetores e elementos rotati-
vos Flexguard”, afirmou Giovana Salmazo,
gerente de marketing da PTI.
A linha Flexguard foi desenvolvi-
da visando segurança total e economia.
“O protetor possui corpo robusto que
envolve todo o acoplamento e permite
maior segurança entre a ligação da má-
quina motora e movida, reduzindo dras-
ticamente os riscos de acidente de traba-
lho causados pela exposição a elementos
rotativos”, explica o gerente geral de ven-
das da PTI, Sérgio Manfrim, ressaltando
que a linha atende às mais rigorosas nor-
mas de segurança, como OSHA, ASME,
ANSI e NR-12. Além disso, também per-
mite versões especiais para o atendimen-
to a outros requisitos de norma, median-
te consulta.
A Siemens apresentou soluções
completas que garantem maior eficiência
energética e redução de custos operacio-
nais para toda a cadeia de produção das
usinas. A companhia destacou os dife-
renciais da turbina a vapor SST-600, con-
siderada a maior turbina do segmento de
açúcar e etanol do Brasil. A empresa co-
memorou, em junho deste ano, a assina-
tura do contrato para fornecimento da pri-
meira turbina com acionamento direto para
o gerador de 73,4 MW, que dispensa o uso
do redutor, para a Delta Sucroenergia. Fa-
bricada no complexo industrial da Siemens
em Jundiaí, SP, a turbina a vapor reforça
o compromisso da empresa em investir na
produção local para atender aos clientes de
forma rápida e eficiente. Vista como uma
das principais contribuições da Siemens
para o setor sucroenergético, por sua tec-
nologia de ponta no ciclo global da termo-
dinâmica, a turbina se consagra como uma
importante aliada das usinas na cogeração
de energia a partir do bagaço da cana. Esta
vantagem permite otimizar o serviço, por
meio da implementação do ciclo regenera-
tivo, ao proporcionar maior quantidade de
energia gerada com a mesma quantidade
de combustível e, consequentemente, uma
receita adicional para o cliente. A tecnolo-
gia representa ainda uma inovação na for-
ma de instalação outdoor (ao tempo), re-
duzindo significativamente os gastos com
obras civis.
A GE apresentou as soluções GE Mo-
bile Water, fornecidas há mais de 40 anos
como solução para o tratamento de água,
para manter a produção das plantas dos
clientes. Com a maior frota móvel de seu
tipo, as centenas de unidades móveis da GE
Mobile Water cobrar todos os tipos de apli-
cações. Utilizando sistemas móveis de água,
como os sistemas MobileFlow, ultra-filtração
ZeeWeed, MobileRO, Mobile EDR e de des-
salinização da água do mar, a empresa pode
oferecer equipamentos e sistemas padroni-
zados que podem ser adaptados à sua so-
lução específica.
Outra tecnologia oferecida foram os
softwares e sistemas para automação indus-
trial da Aquarius, única distribuidora e centro
de treinamento autorizado no Brasil de sof-
twares da GE Intelligent Platforms, com so-
luções de líderes de mercado para os mais
diversos processos produtivos, oferecen-
do serviços de suporte, consultoria, e traba-
lhando com uma rede de integradores cer-
tificados em todo o território nacional. Os
softwares são configuráveis, com arquitetura
flexíveleadaptáveisaaplicaçõesdepequeno
a grande porte, atendendo a características
como segurança, alta disponibilidade, aces-
so remoto, interfaces web e mobilidade.
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201438
Network CanaMix: parcerias de sucesso
U
ma noite de celebração. Assim
pode ser definida a 7ª edição do
Network CanaMix 2014, realizada
na Fazenda São Geraldo em Sertãozinho
no dia 28 de agosto. O evento, paralelo
à Fenasucro, contou com a participação
de centenas de personalidades ligadas
do setor do agronegócio e teve apresen-
tações musicais, show do humorista Ro-
berto Edson (Chico Lorota) e o delicioso
e tradicional porco no rolete.
A confraternização, promovida pelo
Grupo AgroBrasil, responsável pela pu-
blicação da revista CanaMix, é uma das
mais aguardadas durante o período da
Fenasucro. O diretor da empresa, Plínio
César Azevedo, ressalta a importância
de um evento como esse na região. “É
uma alegria realizar esses eventos para
nossos parceiros, que, na realidade, são
nossos amigos”.
Para Plínio, com o evento, a Agro-
Brasil proporciona um ambiente agra-
dável e festivo para seus patrocinado-
res, que, durante todo o ano, colaboram
e acreditam na seriedade da empresa.
Segundo o diretor, é gratificante realizar
essa celebração, pois é uma forma de
agradecer às pessoas que acreditam no
trabalho do grupo.
Foram 14 empresas que colabo-
ram para a realização do evento. Todas
enviaram seus representantes para feste-
jar e, por que não, fazer contatos. Como
lembrou Luís Cláudio Azevedo, da segu-
radora Kapseg: “O evento é muito im-
portante, porque, além de reunir muitas
pessoas do setor sucroenergético e de
outros setores, acaba sendo uma opor-
tunidade descontraída para fazer inúme-
ros contatos e negócios”.
O representante da Empiza, Caio
Zapacosta, participou pela primeira vez e
agradeceu o convite. Ele afirmou que a
parceria com a CanaMix está sendo muito
rica e produtiva para ambas as partes. Já
o representante da Sicoob, Rodrigo Ma-
theus Moraes, é um veterano no Network.
“Estamos aqui por que o trabalho do gru-
po AgroBrasil é sério e, por isso, a Sicoob
não só apoia o Network, como também é
uma anunciante da revista. Hoje, a Sicoob
está aqui para festejar esta grande união e
desejamos que ela dure por muitos anos”.
Quem também manifestou o desejo
de continuar a parceria foi Rosilene Pivete,
da Guepardo Transportes. “Estou gostan-
do muito do evento. É algo inovador e te-
nho certeza do sucesso, porque é feito por
pessoas competentes. Com certeza, esta-
remos presentes nos próximos”.
Os participantes, como David Quei-
roz, da Riberman, aproveitaram para elo-
giar o empreendedorismo de Plínio Cé-
sar. “Temos que parabenizar o Plínio, uma
pessoa talentosa e extremamente com-
petente”. Já o Secretário de Turismo de
Ribeirão Preto, Tanielson Campos, dis-
se que Plínio lidera o setor do agronegó-
cio em Ribeirão Preto. “Ele realizada diver-
sos eventos na cidade, trazendo pessoas
de todo o Brasil para debater a respeito do
agronegócio no país. Algo que ajuda a de-
senvolver ainda mais o setor na região”.
O show de Chico Lorota era uma
das atrações mais aguardadas da noite e
não decepcionou. Ele levou o público às
gargalhadas. Roberto Edson, intérprete do
personagem, afirmou que estava ansio-
so, não só por ser um dos destaques do
evento, mas também para comer o porco
no rolete. Afirmou, no entanto, que o que
mais gosta no evento não as novas ami-
zades que faz.
Plínio aproveitou e fez o convite para
a celebração de 2015. Se ficou com von-
tade de fazer parte dessa grande união,
conheça o trabalho do Grupo AgroBrasil.
Acesse: http://www.canamix.com.br/in-
dex.html.
Conheça as empresas que partici-
param do Network CanaMix:
Asher
A Asher Produtos Químicos foi fun-
dada em maio de 1993, em Ribeirão Pre-
to, SP. É especializada em produtos
químicos para área de cosméticos e do-
missaneantes, tratamento de água e in-
dústrias em geral.
39REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
A Asher foi desenvolvendo sua li-
nha de acordo com as necessidades dos
clientes e se tornou a maior no segmen-
to de produtos químicos microfraciona-
dos. Distribui as marcas Carbocloro, Vale,
Tebras, Akzo Nobel, American Chemicals,
Euroamerican, Fosbrasil, Cargill, HtH, Ne-
oclor, Clor Up, além das importadas En-
zur, Romena, Turquia, Chinesa, Indiana,
entre outras.
Asher Produtos Químicos
Contatos: (16) 3969-3241 e 3969-3246
www.asher.com.br
Ribeirão Preto, SP
equipe Indústria Mecânica ltda
A Equipe Indústria Mecânica Ltda,
foi fundada em 1967. A empresa dedicou-
-se, inicialmente, a prestação de serviços
e manutenção de equipamentos, reposi-
ção de peças em máquinas e acessórios
hidráulicos de pequeno porte, destinados
principalmente ao parque açucareiro do
Estado de São Paulo.
Com ampla gama de produtos, de-
senvolve e fabrica bombas centrífugas
horizontais com rotores fechado ou aber-
to, de alta pressão, deslocamento posi-
tivo, bipartidas, axiais ou verticais, entre
outras.
Localizada em Piracicaba, a Equi-
pe se orgulha de ser uma empresa genui-
namente brasileira e que atende todos os
padrões internacionais de qualidade, fo-
cando principalmente o pós-venda e a ga-
rantia de qualidade total nos produtos e
serviços.
Equipe Indústria Mecânica
Contatos: (19) 3426-4600 e 3426-4172
http://www.equipe-bombas.com.br/
Piracicaba, SP
empiza
Com uma história de mais de 30
anos, o Grupo Zapacosta fundou a Em-
Bonfim Paulista Equipe da Porto Seguro
Chico Lorota e Plínio César,
diretor da Revista CanaMix
Equipe da Riberman
Elisangela da Total Wine
Equipe da SICOOB
Empiza e Usina Santa Isabel
Equipe do Programa Evidência
Equipe da HCI
Fernando da CanaMix e Adilson
da Faz. São Geraldo
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201440
piza em meados de 1999 com um único
objetivo: atender com excelência ao mer-
cado potencial de aluguel de empilhadei-
ras a empresas de diversos ramos, que
precisem movimentar bens.
Nestes anos de trabalho, a Empiza
destacou-se pelo atendimento diferencia-
do, rápido e objetivo aos clientes, o que
faz dela hoje uma das mais respeitadas
empresas de locação do Estado de São
Paulo.
Empiza
Contato: (19) 3571-3000
www.empiza.com.br
Leme, SP
Guepardo Transportes e logística
A Guepardo Transportes e Logística
atua no mercado desde 2009, oferecendo
a Sertãozinho e todo o país qualidade, se-
gurança, rapidez e comprometimento em
qualquer tipo de transporte.
Formada por profissionais que,
juntos, atuam neste ramo há mais de
60 anos, a Guepardo chegou para ino-
var o conceito de carregamento e logís-
tica. Com funcionários treinados (MOOP)
em transporte de cargas perigosa e espe-
ciais, a empresa garante ao cliente o me-
lhor serviço.
Guepardo
Contatos: (16) 3942-7660 e 3524-0939
http://transportadoraguepardo.com.br/
Sertãozinho, SP
hCI - hidráulica e Conexões Industriais
A HCI atua há 21 anos no Brasil e
oferece soluções completas no segmento
de tubulação industrial baseadas em ino-
vação, criatividade e constante foco no
cliente. Além do alto desempenho em to-
das as áreas que atua, fornece ao merca-
do nacional e internacional a alta confiabi-
lidade que só uma grande empresa pode
oferecer.
Investe em condições de traba-
Fernando Feitosa da Wallerstein Plínio César: entrevista para
o programa Evidência
Porco no Rolete do Badô
Queiroz da Riberman: entrevista
para o programa Evidência
Roberto Maia e Marcelo Maia da ProSugar
Jantar
Luís Cláudio da KAPSEG Seguros
Marino dos Anjos da Porto Seguro
Paulo, Nilson e Luciana, equipe CanaMix
Rose da Transportadora Guepardo:
entrevista para o programa Evidência
41REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
lho, desenvolvimento e evolução estrutu-
ral, qualidade de ponta nos equipamentos,
cuidados com segurança e tudo que pos-
sa auxiliar seus profissionais ao máximo
para que tenham condições ideais para re-
alizarem seu trabalho.
Além disso, a HCI tem uma preo-
cupação especial com o impacto no meio
ambiente, promovendo ações entre seus
profissionais, além de orientá-los a cultuar
esta prática não apenas dentro da empre-
sa, mas principalmente em seus lares e na
sociedade em geral.
HCI
Contato: (11) 2413-8080
http://www.portalhci.com.br/
Guarulhos, SP
Kapseg
Fundada em 1994, se tornou uma
empresa sólida e reconhecida no merca-
do, trabalhando com ética e transparência
e conquistando a confiança e respeito no
meio em que atua.
O seu proprietário, antes de fundar
a Kapseg, já trabalhava em companhia de
seguros com vários anos de experiência
em todos os segmentos. A empresa atua
na área de automóveis, residência, empre-
sa e seguro fiança. Tem o compromisso
de proporcionar segurança ao cliente. As-
sessoria individual e preços justos a ne-
cessidade de seus consumidores.
Kapseg
Contato: (16) 3633-9595
http://www.kapsegseguros.com.br/
Ribeirão Preto, SP
ProSugar
Os produtos da ProSugar são sinô-
nimos de inovação tecnológica em fer-
mentação etanólica e produção de açú-
car. A empresa tem sua base estruturada
na pesquisa, desenvolvimento e inovação
contínua.
Desde sua criação, constantes in-
vestimentos foram feitos em seu grupo
técnico de PD&I, responsável por transfor-
mar as demandas e problemáticas indus-
triais em soluções tecnológicas de ponta,
beneficiando o setor sucroenergético.
ProSugar
Contato: (16) 3946-6620
http://www.prosugar.com.br/
Ribeirão Preto, SP
riberman
A Riberman Plásticos Industriais
Ltda iniciou suas atividades comerciais
em agosto de 1990, tendo como princi-
pal objetivo a especialização na comercia-
lização de produtos semiacabados e pe-
ças técnicas em plásticos de engenharia.
A missão da Riberman é desenvol-
ver oportunidades de negócio, presentes
e futuros, oferecendo aos clientes produ-
tos e serviços de alta qualidade, confiabili-
dade, com preços competitivos e de valor
agregado. Conquistar uma ampla distribui-
ção desenvolvendo parceiros comerciais.
Riberman
Contato: (16) 4009-5399
http://www.riberman.com.br/
Ribeirão Preto, SP
Sicoob
O Sistema de Cooperativas de Cré-
dito do Brasil (Sicoob) é o maior sistema
financeiro cooperativo do país, com mais
de 2,8 milhões de associados e 2,2 mil
pontos de atendimento, distribuídos em
25 Estados e no Distrito Federal.
É composto por cooperativas e em-
presas de apoio, que em conjunto ofere-
cem aos cooperados serviços de conta
corrente, crédito, investimento, cartões,
previdência, consórcio, seguros, cobran-
ça bancária, entre outras soluções finan-
ceiras, ou seja, tem todos os produtos
e serviços bancários, mas não é banco.
É uma instituição financeira cooperati-
va, onde os clientes são os donos e, por
Sérgio e Claudinei da Transportadora Guepardo
Show do Chico Lorota 1
Show do Chico Lorota 2
Tanielson Campos Sec. de Turismo de Ribeirão
Preto e Gustavo Pres. do Rotary Boulevard
Usina Bela Vista
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201442
isso, os resultados são divididos entre os
associados.
Sicoob
Site: http://www.cocred.com.br/
Contato: (16) 3621-4660
Cidade: Ribeirão Preto, SP
Porto Seguro
A Corporação Porto Seguro teve
origem com a fundação da Porto Seguro
Cia de Seguros Gerais, em 1945. Na épo-
ca de sua constituição, operava em segu-
ros e resseguros de ramos elementares.
Em 1972, Abrahão Garfinkel, ex-diretor
do grupo Boa Vista de Seguros, adquiriu
o controle da empresa, que, naquela épo-
ca, ocupava a 44ª posição no ranking do
mercado
A Porto Seguro atua em todos os
ramos de Seguros, Patrimoniais e de Pes-
soas, que são complementados por ou-
tros negócios sinérgicos com a atividade
principal: Automóvel, Saúde Empresarial,
Patrimonial, Vida e Transportes, Previ-
dência, Consórcio de Imóveis e Automó-
veis, Administração de Investimentos, Fi-
nanciamento, Capitalização e Cartão de
Crédito, Proteção e Monitoramento, Ser-
viços a Condomínios e Residências e
Telecomunicações.
Porto Seguro
Contatos: (11) 3366-3184 / 0800 727
1184
https://institucional.portoseguro.com.br/
São Paulo, SP
Itaú Seguros
A história do Itaú Seguros se inicia
em 1921, com o nome de “Companhia
Ítalo-Brasileira de Seguros Gerais”, funda-
da por um grupo de italianos com o ob-
jetivo de operar junto ao setor industrial.
Já em 1935, o controle acionário passou
para as mãos de um grupo de empresá-
rios brasileiros e seu nome mudou para
“Companhia Seguradora Brasileira”. Mu-
dou uma vez mais em 1972, para “Itaú
Seguradora S.A.”, e, em 1985, recebeu
uma nova e definitiva razão social: “Itaú
Seguros S/A”.
Os principais produtos do Itaú para
você são: o Seguro Residencial Itaú; o Se-
guro Itaú Acidentes Pessoas, para você
e toda a sua família estarem seguros; e
o Seguro Viagens, que ajuda a proteger
você e todos os seus familiares em suas
viagens, proporcionando tranquilidade e
bem-estar a todos.
Itaú Seguros
Contato: (11) 2255-0202
www.itauseguros.com.br
São Paulo, SP
Jatinox
A Jatinox tem 50 anos de merca-
do atuando no segmento de distribuição
e conta com o mais diversificado esto-
que de tubos, chapas e barras em aço
inox, com diversos tipos e bitolas de aço
à disposição de seus clientes para entrega
imediata. Conta com especialistas na es-
pecificação de aços inox para o segmen-
to sucroenergético, em que apoia seus
clientes visando maior vida útil dos aços
inox com vantajosa relação custo/benefí-
cio. Consulte a Jatinox e conheça o que
ela pode fazer para reduzir custo e manu-
tenção em sua usina.
Jatinox
Site: http://www.jati.com.br/site/
Contato: (11) 2172-0405/ 2060-0405
Cidade: São Paulo, SP
Wallerstein
Há mais de 30 anos, a Wallerstein
Industrial e Comercial Ltda produz, co-
mercializa e revende aditivos e insumos
para a indústria cervejeira, principalmente
no Brasil. A Wallerstein pertence ao Gru-
po Landmann, que há 170 anos é um dos
mais tradicionais fornecedores de maté-
rias-primas para a indústria cervejeira. En-
tre os produtos do Grupo Landmann, está
o lúpulo, responsável pelo amargor e aro-
ma da cerveja, e o malte, que é produzi-
do pela sua coligada Malteria do Vale SA,
com um volume anual de 105.000 tonela-
das em sua unidade fabril de Taubaté, SP.
Wallerstein
Site:
http://www.betabio.com.br/page009.html
Telefone: (11) 3848-2900
Cidade: São Paulo, SP
Usina Guarani
Usina Pontal
Vivian do Chopp Klaro
Usina Santa Isabel
43REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201444
Nordeste em Foco
Subvenção sem fonte de
recurso mais uma vez
*Alexandre Andrade Lima
A
pesar de ter sido sancionada
pela presidente Dilma Rousse-
ff em julho, a Lei 12.999, que
libera R$ 170 milhões em subvenção
econômica para 23 mil canavieiros do
Nordeste, vítimas da maior seca dos
últimos 50 anos na região, tem a libe-
ração do subsídio travada pelo Gover-
no Federal. Isso acontece porque, além
da sanção, o recurso só chega nas
mãos dos agricultores se o Poder Exe-
cutivo publicar o Decreto Presidencial,
regulamentando a legislação, e quan-
do promulgar no Diário Oficial a fon-
te de recurso deste benefício. Meses
passaram desde a publicação da lei e,
até agora, nada do restante dos pro-
cessos necessários para liberação real
da subvenção.
Três ministérios são responsáveis
pelos referidos processos burocráticos:
Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
to (MAPA), Fazenda e Planejamento. O
MAPA cumpriu todas as medidas para
garantir a liberação do subsídio, mas
sozinho não pode fazer nada, pois de-
pende das demais pastas. A Fazenda
tem feito o possível e, geralmente tem
recebido os dirigentes da União Nordes-
tina dos Produtores de Cana (Unida),
explicando sobre os trâmites burocráti-
cos a respeito. Já o Ministério do Plane-
jamento, que é o principal responsável
e com poderes pela questão adminis-
trativa da fonte de recurso, vem contri-
buindo para atrasar o processo, crian-
do barreiras, ampliando a morosidade
na aplicação da Lei 12.999.
Canaviais secos em Pernambuco durante estiagem de 2013: agora em
2014, liberação de recursos está mais uma vez atrasada
O Ministério do Planejamento já
recebeu do MAPA os encaminhamen-
tos legais para agilizar as questões da
fonte de recurso da subvenção. Desde o
mês de agosto, a Agricultura enviou do-
cumento necessário para cumprir a de-
manda, sem ser atendida até hoje. Ao
ser inquirido pelo presidente do Sena-
do, Renan Calheiros (PMDB-AL) – alia-
do histórico do segmento sucroenergé-
tico nordestino, o Planejamento alegou
ser necessária uma solicitação também
do Ministério da Fazenda, idêntica à que
o MAPA fez. A pasta citada negou a res-
pectiva necessidade. O cenário mostra
que há, no mínimo, um tipo de “empur-
ra-empurra” para ganhar tempo, antes
da pasta atender a referida Lei.
É preciso cessar todo e qualquer
tipo de questões burocráticas ou políti-
cas que atrasam o cumprimento da Lei
12.999. Enquanto isso não é resolvi-
do, os 23 mil produtores nordestinos de
cana, juntamente com seus familiares e
também os seus trabalhadores e famí-
lia, aguardam a boa vontade do Minis-
tério do Planejamento e penam sem os
R$ 12 por cada tonelada de cana forne-
cida na safra 2012-2013, conforme de-
termina a legislação. A presidente Dilma
Rousseff, candidata à reeleição ao Palá-
cio do Planalto, deve interceder no caso,
para não ser conivente com esta injusti-
ça com o agricultor da Região Nordeste.
Em relação à publicação do De-
creto Presidencial – documento também
necessário para a liberação da subven-
ção aos agricultores –, o processo foi
bem encaminhado pelos ministérios da
Agricultura e da Fazenda. Tudo já foi re-
Fotos:Divulgação
45REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201446
Dilma e Alexandre Andrade Lima na sede da AFCP, em 2013, quando Dilma anunciou a subvenção da safra 2011-2012
solvido. O documento está na Casa Civil,
aguardando apenas a publicação no Di-
ário Oficial da União. Entretanto, se não
houver fonte de recurso para iniciar o
pagamento do benefício, de nada adian-
ta divulgar o decreto. Os 23 mil produ-
tores nordestinos de cana clamam por
respostas.
Infelizmente, mais um ano, o Go-
verno Federal opta por mecanismos que
atrasam a efetiva liberação da subven-
ção, onerando a vida do canavieiro nor-
destino. No ano passado, o benefício,
referente à safra 2011/2012 foi anun-
ciado no mês de maio, pela própria pre-
sidente Dilma Rousseff, na Associação
dos Fornecedores de Cana de Pernam-
buco (AFCP), em Recife, mas só come-
çou a ser pago no final de 2013, fican-
do uma parte pendente para este ano. O
problema foi a publicação da fonte de re-
curso também.
Fé em Deus e muitas idas à Bra-
sília estão na agenda dos dirigentes da
Unida na esperança de buscar garan-
tir o cumprimento da lei 12.999, a fim
de aliviar os problemas dos canavieiros
nordestinos – vítima da seca e da buro-
cracia e de informações distorcidas do
Governo Federal. Esta será a cartilha de
iniciativas praticada pelos representan-
tes da entidade de classe regional nas
próximas semanas e talvez meses, sa-
be-se lá infelizmente.
Depois da publicação do Decreto
Presidencial e do anúncio da fonte de re-
curso de R$ 170 milhões para os produ-
tores do NE, outra exigência burocrática
será obrigatória. Ficará a cargo da Com-
panhia Nacional de Abastecimento (Co-
nab) fazer o regulamento de pagamento
do benefício. O órgão federal é respon-
sável pelo pagamento efetivo do subsí-
dio. Sem o regulamento, nada pode ser
liberado. Os canavieiros do estado do
Rio de Janeiro, que são beneficiados da
Lei 12.999, esperam também pela con-
clusão burocrática desses processos.
Eles receberão R$ 17 milhões.
Portanto, os produtores nordesti-
nos e cariocas de cana passam por uma
via-crúcis enquanto o imbróglio conti-
nua. É preciso efetivamente uma atitu-
de firme da presidente Dilma para acabar
com o martírio do produtor canavieiro
este ano novamente.
*Alexandre Andrade Lima é pre-
sidente da União Nordestina dos Pro-
dutores de Cana (Unida) e da AFCP.
47REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201448
Gestão Industrial
liderança em discussão
Casos envolvendo trabalhadores do corte, em que ambiente de trabalho
não oferece condições, foi um dos temas do xIII Seminário do GerhAI
Seminário foi na FAAP, em Ribeirão Preto, e contou com apoio do Centro Nacional
das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br)
Com informações da assessoria
de imprensa
“
Gestão de pessoas e lideranças sus-
tentáveis” foi o tema do XIII Seminá-
rio do GERHAI (Grupo de Estudos em
Recursos Humanos na Agroindústria), re-
alizado no dia 19 de setembro no auditório
da FAAP, em Ribeirão Preto, e que contou
também com o apoio do Centro Nacional
das Indústrias do Setor Sucroenergético e
Biocombustíveis (CEISE Br).
O painel de abertura foi conduzi-
do pelo desembargador do Tribunal Re-
gional do Trabalho (TRT) da 15ª Região,
Manoel Carlos Toledo Filho, com a pales-
tra “Gestão de pessoas para a mitigação
dos impactos da legislação trabalhista na
indústria canavieira”.
Filho apresentou casos julgados en-
volvendo trabalhadores do corte de cana,
como o de dano moral, em que o ambien-
te de trabalho não oferece sanitários ade-
quados. Segundo ele, como medida de
prevenção, “para evitar este tipo de confli-
case de sucesso “Formação de lideranças
como estratégia da gestão de talentos hu-
manos”. De acordo com ela, o processo de
desenvolvimento de lideranças envolve a te-
mática “como o funcionário se sente sobre o
trabalho, começa e termina a partir do líder”.
“Líder ruim pode matar, literalmente”.
Participando do painel interativo
“Como recursos humanos e as lideran-
ças podem contribuir para a melhoria do
clima organizacional e engajamento das
pessoas”, o coach, psicólogo organiza-
cional e consultor em desenvolvimento
humano na Gonçales & Associados, Mar-
celo Herrera, destacou que o líder “antes
de tudo, precisa se autodesenvolver”.
Para o psicólogo e diretor da Brid-
ge, Celso Braga, bons resultados de uma
liderança depende de “um líder mais ins-
pirador, que preste mais atenção nos ou-
tros, no que está acontecendo em volta”.
Fechando o encontro, o consultor
especialista em gestão de negócios fami-
liares e governança corporativa, Eduardo
Najjar, apresentou a conferência “O papel
da gestão de recursos humanos e das li-
deranças para a melhoria dos resultados
organizacionais através das pessoas”.
to, o empregador deve ter uma observân-
cia rigorosa quanto às instalações sanitá-
rias e locais para refeição e repouso”.
Entre os debatedores do painel, o
gerente jurídico do Grupo São Martinho,
Elias Georges, comentou sobre “um ju-
diciário que ainda aplica um julgamento
muito duro, ligado ao passado”. Já o ad-
vogado João Reis, representando o CEI-
SE Br, falou em “uma avalanche de abu-
so do direito de pedir, de postular”.
Em seguida, Andreia Nalesso, respon-
sável pelas estratégias de desenvolvimento
das lideranças do grupo Algar, apresentou o
Divulgação
49REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
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  • 1. 1REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014 ribeirão Preto SP | SeTeMBro - 2014 | Ano 7 - Nº 75 r$ 10,00 4ª Sucroeste detalha assuntos ligados ao setor sucroenergético em Goiânia, Go Maturadores favorecem armazenamento de sacarose nos colmos da cana e auxiliam o produtor no gerenciamento da colheita CADerNo TerrA & CIA: Safra da soja deve ultrapassar 90 milhões de toneladas ACELERADOACELERADO Desenvolvimento Energias: Guatapará, SP, inaugura usina que produz biogás a partir do lixo Fenasucro: Apesar do setor em crise, movimento financeiro confirma otimismo Network CanaMix: Evento reúne empresas, porco no rolete e show de humor
  • 2. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 20142
  • 3. 3REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014 expediente Diretor: Plínio César Gerente de Comunicação: Luciana Zunfrilli Gerente Administrativo: Paulo Cézar redação editor Chefe: Igor Savenhago reportagem: Marcela Servano e Wolfgang Pistori Colaboração: Alexandre Andrade Lima, José Osvaldo Bozzo, Lara Moraes, Luiz Albino Barbosa e Ulisses Rocha Antuniassi Foto da capa: Garcia Aviação Agrícola Editor Gráfico: Jonatas Pereira Arte: Daniel Esteves Publicidade: Alexandre Richards (16) 98828 4185 alexandre@canamix.com.br Fernando Masson (16) 98271 1119 fernando@canamix.com.br Plínio César (16) 98242 1177 plinio@canamix.com.br Assinaturas: assinaturas@canamix.com.br eventos: eventos@canamix.com.br Contatos com a redação: luciana@canamix.com.br reportagem@canamix.com.br ISSN: 2236-3351 outras publicações do Grupo Agrobrasil Guia Oficial de Compras do Setor Sucroenergético Portal CanaMix Grupo Agrobrasil Av. Independência, 3146 CeP 14025-230 - ribeirão Preto - SP (16) 3446 3993 / 3446 7574 www.canamix.com.br Artigos assinados, mensagens publicitárias e o caderno Marketing Canavieiro refletem ponto de vista dos autores e não expressam a opinião da revista. É permitida a reprodução total ou parcial dos textos, desde que citada a fonte. Carta ao leitor Igor Savenhago, editor igor@canamix.com.br Agenda para a futura Presidência A menos de um mês das eleições presidenciais, a disputa para ver quem chega ao se- gundo turno fica cada vez mais acirrada. A morte de Eduardo Campos, em agosto, que vinha em terceiro lugar nas pesquisas e parecia não incomodar os adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) acabou colocando uma nova personagem no jogo: Marina Silva (PSB), a única, entre os três principais candidatos, a marcar presença na recém- -terminada Fenasucro, a maior feira de tecnologia sucroenergética do planeta, prometendo re- ver a política econômica para os combustíveis e oferecer, ao etanol, uma posição de destaque na matriz energética nacional. O setor da cana-de-açúcar parece flertar com Marina, que vem forte e promove uma pola- rização entre mulheres, ao dividir, nesse momento, a preferência do eleitorado com Dilma. Digo “nesse momento” porque, como demonstra a própria disputa deste ano, o jogo político é impre- visível e pode virar de novo a qualquer hora. Certo mesmo é que, independentemente de quem seja o escolhido pelos brasileiros, algumas medidas em caráter emergencial terão de ser aplica- das para recolocar a cadeia canavieira nos trilhos e retomar seu desenvolvimento. A Fenasucro demonstrou que, do lado do setor, não faltam esforços para isso. As tecno- logias apresentadas deixaram, no visitante, a mais positiva das impressões, de que as alternati- vas para redução de custos e melhoria da produtividade têm, com afinco, sido pensadas, repen- sadas e experimentadas de forma contínua. Já da esfera governamental, o sentimento, por ora, é de profunda decepção. Ao priorizar o controle da inflação por meio da importação de gasolina, o poder público federal arrebenta com um setor que pode oferecer, além de um combustível lim- po e renovável, soluções ambientalmente responsáveis, como a produção de uma energia elé- trica sustentável a partir do bagaço e da palha. Entre as reivindicações para incentivar a cadeia, representantes dos produtores, usinas e políticos que integram as frentes parlamentares estadual e nacional em defesa do etanol pedem, ao novo (ou nova) presidente, que preste um pouco mais de atenção aos potenciais da cana-de- -açúcar e possa reabrir o diálogo para que futuras ações possam entrar na pauta de discussões. Uma das cobranças é a volta da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico], um tributo brasileiro que incide sobre a gasolina e contribuiria para aumentar a competitividade do etanol. O setor quer, ainda, definição clara do papel do biocombustível na matriz brasileira, valo- rização das externalidades positivas dos demais subprodutos, como a bioeletricidade, entre outras. Que o trabalho incansável evidenciado na feira possa, então, servir de modelo para que o próximo Presidente da República aja para recuperar o que foi prejudicado por atitudes muito mais políti- cas do que de compromisso com o país. RenatoLopes Marina Silva (PSB) foi a única candidata à Presidência a marcar presença na Fenasucro: promessa de mudanças em prol do setor sucroenergético
  • 4. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 20144
  • 5. 5REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
  • 6. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 20146 Guia de Compras SA PG ÁreA ADMINISTrATIVA BANCoS - INSTITuIção FINANCeIrA......................... 14 SICOOB ..............................................(16) 3456 7407 CoNSulTorIA - eSTrATéGIA orGANIzACIoNAl....... 26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208 63 DATAGRO...........................................(11) 4133 3944 CoNSulTorIA - GeSTão AMBIeNTAl........................ 26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208 CurSoS e TreINAMeNToS........................................ 26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208 43 MOURA LACERDA...............................(16) 21011076 eNTIDADeS e ASSoCIAçõeS...................................... 14 SICOOB ..............................................(16) 3456 7407 eVeNToS .................................................................... 73 GRUPO IDEA.......................................(16) 3514 0631 FeIrAS, SIMPóSIoS e eVeNToS................................ 73 GRUPO IDEA.......................................(16) 3514 0631 13 MULTIPLUS........................................(16) 2132 8936 SISTeMAS - CoNTrA INCêNDIo................................. 26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208 17 ARGUS...............................................(19) 3826 6670 TrANSPorTe - FreTAMeNTo .................................... 49 GUEPARDO ........................................(16) 3524 0939 TrANSPorTe e loGíSTICA - AçúCAr e eTANol....... 49 GUEPARDO ........................................(16) 3524 0939 PG ÁreA AGríColA AGrICulTurA De PreCISão e GeoProCeSSAMeNTo 9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400 CAlCÁrIo e CorreTIVoS De Solo........................... 29 VOTORANTIM.....................................(16) 3019 8110 ColheDorAS De CANA.............................................. 48 CIVEMASA..........................................(16) 3382 8222 9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400 ColheDorAS De CANA - PeçAS e SerVIçoS ........... 9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400 CoNSulTorIA AGríColA .......................................... 47 CTC....................................................(19) 3429 8199 DeFeNSIVoSA GríColAS........................................... 79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405 ePI - equIPAMeNToS De ProTeção INDIVIDuAl..... 26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208 FerTIlIzANTeS .......................................................... 79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405 FuNGICIDAS ............................................................... 80 BASF DO BRASIL................................(11) 3043 2273 CoNVerSoreS De eNerGIA ...................................... 7 SEW...................................................(11) 2489 9200 DeSColorANTeS....................................................... 4 PROSUGAR ........................................(81) 3267 4759 eMPIlhADeIrAS ........................................................ 48 EMPIZA EMPILHADEIRAS ...................(19) 3571 3000 ePI - equIPAMeNToS De ProTeção INDIVIDuAl..... 26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208 INVerSoreS De FrequêNCIA ................................... 7 SEW...................................................(11) 2489 9200 MANuTeNção INDuSTrIAl - ACeSSórIoS ............... 55 INTACTA ROLAMENTOS.....................(11) 3085 8003 MANuTeNção PreDITIVA e PreVeNTIVA.................. 55 INTACTA ROLAMENTOS.....................(11) 3085 8003 MeDIDoreS, TrANSMISSoreS De VAzão e NíVel... 31 DWYLER.............................................(11) 2682 6633 MoToreS eléTrICoS ................................................ 59 PTI .....................................................(11) 5613 1000 7 SEW...................................................(11) 2489 9200 MoTorreDuToreS.................................................... 59 PTI .....................................................(11) 5613 1000 7 SEW...................................................(11) 2489 9200 MulTIPlICADoreS .................................................... 59 PTI .....................................................(11) 5613 1000 PerFIS........................................................................ 57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405 ProDuToS e SISTeMAS CoNTrA INCêNCIo.............. 26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208 27 ARGUS...............................................(19) 3826 6670 quíMICA - ProDuToS e DerIVADoS......................... 18 ASHER ...............................................(16) 3969 8999 reDuToreS................................................................ 59 PTI .....................................................(11) 5613 1000 7 SEW...................................................(11) 2489 9200 reDuToreSP lANeTÁrIoS........................................ 59 PTI .....................................................(11) 5613 1000 7 SEW...................................................(11) 2489 9200 rePoTeNCIAMeNTo - SerVIçoS ............................... 55 INTACTA ROLAMENTOS.....................(11) 3085 8003 rolAMeNToS............................................................. 55 INTACTA ROLAMENTOS.....................(11) 3085 8003 SISTeMAS CoNTrA INCêNDIo ................................... 26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208 17 ARGUS...............................................(19) 3826 6670 TuBulAçõeS.............................................................. 57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405 VerGAlhõeS ............................................................. 57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405 79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405 2 DU PONT..................................................................... herBICIDAS ............................................................... 80 BASF DO BRASIL................................(11) 3043 2273 79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405 2 DU PONT..................................................................... IMPleMeNToS AGríColAS ....................................... 48 CIVEMASA..........................................(16) 3382 8222 IMPleMeNToS AGríColAS - PeçAS e SerVIçoS..... 48 CIVEMASA..........................................(16) 3382 8222 INSeTICIDAS............................................................... 80 BASF DO BRASIL................................(11) 3043 2273 79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405 2 DU PONT..................................................................... MATurADoreS e reGulADoreS De CreSCIMeNTo 80 BASF DO BRASIL................................(11) 3043 2273 79 BAYER CROPSCIENCE........................(16) 2132 5405 MuDAS ....................................................................... 47 CTC....................................................(19) 3429 8199 PlANTADorAS De CANA............................................ 48 CIVEMASA..........................................(16) 3382 8222 9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400 PulVerIzADoreS...................................................... 9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400 TrANSBorDoS........................................................... 48 CIVEMASA..........................................(16) 3382 8222 TrAToreS .................................................................. 9 TRACAN.............................................(16) 3456 5400 TuBulAçõeS.............................................................. 57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405 VArIeDADeS De CANA ............................................... 47 CTC....................................................(19) 3429 8199 PG ÁreA INDuSTrIAl BoMBAS CeNTríFuGAS ............................................. 45 EQUIPE...............................................(19) 3426 4600 BoMBAS eSPeCIAIS ................................................... 45 EQUIPE...............................................(19) 3426 4600 CABoS De Aço ........................................................... 26 ARAUJORTC.......................................(16) 3237 0208 CAl VIrGeM - hIDrATADA......................................... 29 VOTORANTIM.....................................(16) 3019 8110 ChAPAS - Aço INox................................................... 57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405 ClArIFICANTeS.......................................................... 4 PROSUGAR ........................................(81) 3267 4759 CoNexõeS.................................................................. 57 JATINOX.............................................(11) 2172 0405
  • 7. 7REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
  • 8. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 20148 Sumário 10 16 20 21 24 28 32 44 48 Portal CanaMix - Senado aprova aumento de etanol na gasolina - Terminal Copersucar de Etanol recebe primeiro carregamento de etanol - Jalles Machado recebe Prêmio Inova do Centro de Tecnologia Canavieira - Usina Pumaty, em Pernambuco, reabre em outubro por iniciativa de canavieiros - Tonon Bioenergia planta uma árvore para cada criança nascida em 2014 Marketing Canavieiro - Wallerstein fecha parceria com Fermentec para oferecer pacote aos clientes - CASE expõe na Expointer máquina de construção usada no agronegócio - Desafio CANAMAX chega para estimular a produtividade da cana - DAF XF105 agrada consumidor pelo conforto, robustez e economia - Válvulas da Metal Work atendem requisitos da NR 12 - MWM INTERNATIONAL expande parceria no grupo Kuhn-Montana - Sebigas desenvolveu tecnologia própria para operações com biogás - Riberman inova e reduz custos no setor sucroalcooleir - Total Wine: Casa de Vinhos e Eventos equinos - Semana do Campolina Sojicultura - Safra 2014/15 de soja deve superar 90 milhões de toneladas Marketing rural - FMC apresenta Bolsa Biflex Treebags e linha Fertis na Feibanan - Ourofino lança site da campanha “Leite é bom com Tudo” 50 54 68 70 76 espaço Datagro - Gigantes do setor reunidos espaço TI - Tudo pronto e muitas novidades Gestão de Negócios - Cenário para a carne bovina na segunda metade do ano energias renováveis - A luz que vem do lixo Capa - Os benefícios dos maturadores opinião - O poder de tributar: o círculo vicioso que aterroriza o contribuinte - A agricultura brasileira está voando eventos - Fenasucro: Expectativa superada - Impactos do setor no desenvolvimento econômico são assuntos da Datagro Ceise Br - Algumas empresas que marcaram presença na Fenasucro - Network CanaMix: parcerias de sucesso Nordeste em Foco - Subvenção sem fonte de recurso mais uma vez Gestão Industrial - XIII Seminário do GERHAI: Liderança em discussão ArquivoCanaMix
  • 9. 9REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
  • 10. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201410 Gigantes do setor reunidos Com informações da assessoria de imprensa A Conferência Internacional DATA- GRO sobre Açúcar e Etanol é um dos mais importantes eventos do calendário mundial do açúcar e etanol. A conferência que reúne gigantes do setor, autoridades e renomados especialistas é oportunidade de networking em um dos maiores centros de negócios do Hemis- fério Sul – mais de 750 líderes empresa- riais provenientes de mais de 30 países construindo e consolidando negócios. A Conferência Internacional DATA- GRO sobre Açúcar e Etanol é o evento técnico oficial do Sugar & Ethanol Din- ner São Paulo, um dos eventos sociais e de negócios de maior prestígio para o setor em todo o mundo, contando com a presença dos mais relevantes agentes da cadeia de valor – produtores de cana e beterraba, indústrias, refinarias, usinas, investidores, bancos e traders de todos os continentes. Nesta 14ª edição, a conferên- 14ª edição da Conferência Internacional Datagro reunirá mais de 750 líderes empresariais de 30 países no Grand hyatt hotel, em São Paulo A Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol é o evento técnico oficial do Sugar & Ethanol Dinner São Paulo cia terá como tema central “Desafios e oportunidades: planejando para o futu- ro”. O evento é composto por palestras de elevado teor técnico, ministradas pe- los mais renomados especialistas bra- sileiros e internacionais do setor sucro- energético mundial. O principal objetivo da Conferência é reunir autoridades da indústria para debater perspectivas de mercado, planejamento estratégico, co- mércio internacional, produção e outras questões atuais dos segmentos de açú- car e etanol. A 14ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol aconte- ce nos dias 20 e 21 de outubro de 2014, com início a partir das 14h do dia 20 de outubro no Grand Hyatt Hotel, em São Paulo. etanol 2G Um dos assuntos em discussão será o etanol de segunda geração (2G), produzido a partir do processamento do bagaço e da palha de cana-de-açúcar, que poderá se tornar um dos combustí- veis mais competitivos do mercado nos próximos anos. Nesta 14ª edição, a conferência terá como tema central “Desafios e oportunidades: planejando para o futuro” Fotos:Divulgação/DATAGRO
  • 11. 11REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014 REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201411 A implementação da nova tecno- logia trará, principalmente, aumento no número de empregos, bem como maior movimentação financeira na cadeia pro- dutiva do etanol, além de atender as de- mandas nacionais e internacionais. A in- formação é da pesquisadora da Embrapa Agroenergia, Dasciana Rodrigues. Ela destaca, também, que o Brasil poderá produzir aproximadamente 120 milhões de litros de etanol por ano. A Granbio - a empresa de biotec- nologia industrial - acredita que a nova tecnologia vai dobrar a fabricação brasi- leira de etanol em 20 ou 30 anos. “Usan- do somente palha e bagaço, é possível aumentar em 50% a capacidade de pro- dução do combustível, sem a necessida- O evento é composto por palestras de elevado teor técnico, ministradas pelos mais renomados especialistas brasileiros e internacionais A 14ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol acontece nos dias 20 e 21 de outubro de 2014 de de ampliar as áreas plantadas do ca- navial”, diz a empresa. Para a Granbio, a técnica minimiza- rá os impactos de crise no setor sucro- energetico. “Com os avanços da tecno- logia e acesso à biomassa, será possível maior geração do 2G”. E, na mesma li- nha, a pesquisadora Dasciana Rodrigues acrescenta que a matéria-prima utilizada na fabricação do combustível, além de ser renovável e abundante, está disponí- vel em muitas regiões do país. Em entrevista ao Universo Agro, a empresa explica ainda que os custos de produção e comercialização serão me- nores. “Isso ocorre devido ao baixo pre- ço da matéria-prima. À medida que a fá- brica atingir 100% de sua capacidade, alcançaremos um custo mais competiti- vo que o do etanol de primeira geração”, informa a Ganbrio. Por outro lado, o coordenador do Laboratório Nacional de Ciência e Tecno- logia de bioetanol (CTBE), Antônio Boni- ni, ressalta que o 2G enfrenta algumas dificuldades. “Os principais desafios são: a logística, produção de enzimas e ope- ração do processo”, diz. Algumas maté- rias-primas, como sorgo e resíduos flo- restais, também, podem ser utilizadas na elaboração do etanol de segunda gera- ção. “O ideal é que o material esteja dis- ponível em grandes quantidades e com preços baixos”, finaliza Bonini. economia de r$ 429 milhões Estudo publicado em maio des- te ano pelo Laboratório de Poluição At- mosférica Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que, se a frota de veículos das principais capitais brasileiras utilizas- se o etanol ao invés da gasolina, a saú- de pública economizaria R$ 67 milhões de reais por ano no caso de internações relacionadas a problemas respiratórios. Os números do estudo foram ela- borados a partir da avaliação das oito principais regiões Metropolitanas bra- sileiras: Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. Para realizar a pes- quisa, o estudo elaborou três cenários e neles especificou a utilização de três ti- pos de combustíveis: gasolina não adi- tivada com etanol anidro, gasolina aditi- vada com 25% em sua mistura de etanol anidro e o etanol hidratado. A pesquisa destacou a presen- ça do material MP 2,5, uma mistura de partículas em suspensão no ar capaz de chegar até os pontos mais profundos
  • 12. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201412 dos pulmões. Esse poluente é gerado principalmente na queima de combustí- veis por veículos. A Organização Mun- dial de Saúde (OMS) classifica o MP 2,5 como o poluente de maior efeito nocivo à saúde humana. Os cenários avaliados pelos pes- quisadores mostram que, utilizando ape- nas carros com gasolina comum nas principais regiões metropolitanas do país, está previsto um aumento no MP 2,5, o que irá impactar nas internações hospitalares e também nas mortes. O custo para a saúde pública nesse caso seria mais de R$ 429 milhões por ano. Na avaliação feita com o uso de gasolina contendo 25% de etanol anidro, também foi constatado aumento nos ní- veis do poluente, mas os gastos referen- tes à saúde diminuíram para R$ 267,973 milhões. Já nos levantamentos feitos com etanol anidro e redução do volume de gasolina, os números mostraram re- dução na concentração ambiental do MP 2,5, além de uma economia de R$ 67 milhões de reais com gastos em saúde. Os dados apresentam uma preo- cupação em relação ao poluente, uma vez que o fator de risco que ele possui é tratado de forma pouco efetiva, em vir- tude de poucas pesquisas relacionadas ao tema. Outro ponto que preocupa os pesquisadores é a legislação ambiental brasileira, que na visão deles, pouco fis- caliza os índices de MP 2,5, que são libe- rados no meio ambiente. Durante um evento voltado para o setor sucroenergético realizado em Lon- dres no mês de julho, Elizabeth Farina, presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), reforçou os núme- ros positivos com o uso do biocombus- tível para a saúde: “Se usássemos ape- nas combustível fóssil, a quantidade de internações por problemas respiratórios e cardiovasculares em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre au- mentaria em 9.247 e o de mortes, 1.384. Por outro lado, com o uso do etanol ha- veria uma redução de 505 internações e de 226 mortes por ano,” afirmou Elizabe- th, também com base no estudo feito pe- los pesquisadores da USP. Um dos assuntos em discussão será o etanol de segunda geração (2G), produzido a partir do processamento do bagaço e da palha de cana-de-açúcar O principal objetivo da Conferência é reunir autoridades da indústria para debater perspectivas de mercado, planejamento estratégico, comércio internacional, produção e outras questões atuais dos segmentos de açúcar e etanol
  • 13. 13REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014 REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201413
  • 14. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201414
  • 15. 15REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014 REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201415
  • 16. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201416 Tudo pronto e muitas novidades espaço TI Congresso do GATuA, nos dias 25 a 27 de novembro, em ribeirão Preto, SP, colocará participantes em contato com gama variada de assuntos Coordenação do GATUA O GATUA– Grupo das Áreas de Tecnologia das Usinas de Açú- car, Etanol e Energia (www.ga- tua.com.br) promoverá, nos próximos dias 25, 26 e 27 de novembro, a 10ª edi- ção de seu Congresso Anual. Hoje com 322 usinas associadas de quatro países, o grupo busca, nes- te evento colocar os congressistas que lá estiverem em contato com uma gama variada de temas, conteúdos, lançamen- tos e soluções para potencializar o uso das ferramentas de TI pelas empresas, Para isso, o congresso terá uma grade com 20 palestras, distribuídas du- rante os três dias do evento, além de vá- rias rodadas de negócios, em que pro- dutos e soluções serão detalhadas e exploradas de forma prática por todos. Também haverá uma feira de tecnologia com 32 estandes, onde os maiores fa- bricantes mundiais de hardware, softwa- re ou serviços apresentarão muitas novi- dades e lançamentos. Também terá uma sala com 15 Meeting Tables, praticamente uma mini- feira, onde empresas que não possuem estande na Feira de Tecnologia poderão receber os congressistas para também apresentarem seus produtos e serviços. Além de todos esses espaços para o intercâmbio entre demandas e ofertas, o congresso também possibilita uma ex- celente oportunidade para benchmark. Usinas de todo o Brasil poderão trocar informações, conhecimentos e experiên- cias em seus processos técnicos de TI. Aliás, esse foi o agente motivador para a criação do GATUA, ocorrida há 11 anos. Usinas são, por natureza, iso- ladas geograficamente, e esse isolamen- to traz um enorme risco para as áreas de TI, pela rapidez e intensidade das evolu- ções tecnológicas. Apenas o fato de um profissional de uma usina, sem sair de sua mesa de trabalho, poder colocar no Fórum de Dis- cussões do GATUA um problema técni- co qualquer e receber ajuda de todos os cantos e de outros profissionais iguais a ele, sem nenhum interesse comercial, já justifica a existência do GATUA. E é justamente o Congresso Anual o maior evento do grupo, no qual a par- ticipação presencial das usinas associa- das permite uma atualização “em massa” e evidenciando ao mercado fornecedor de TI a força da união do setor sucroener- gético. Que ninguém se engane: qualquer problema ocorrido em uma usina é ime- diatamente noticiado a todo o setor, sen- do o GATUA o instrumento para a inter- mediação junto ao fornecedor, buscando a sua solução e a melhoria contínua do mercado de TI. Visitem o site do evento – www. congresso.gatua.com.br – e inscrevam- -se. Com certeza você entrará em conta- to com o que há de mais atual em produ- tos e soluções de TI. Espaço do evento é destinado a feiras, que mostram aos representantes de usinas o que há de mais moderno em TI Vinte palestras foram divididas nos três dias de evento agora em 2014: atualização sobre os principais temas que preocupam as usinas SerVIço: 10º Congresso Anual GATUA 2014 Onde: TAIWAN Centro de Convenções – Ribeirão Preto, SP Quando: Dias 25 a 27 de novembro de 2014 Informações: www.congresso.gatua.com.br ou pelo e-mail gatua@grutibrasil.com.br Telefones – (16) 3329.4281 ou (16) 98145.0445 Fotos:Divulgação/GATUA
  • 17. 17REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
  • 18. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201418 REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201418
  • 19. 19REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
  • 20. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201420 Gestão de Negócios Cenário para a carne bovina na segunda metade do ano O s bons fundamentos do mercado glo- bal de carne bovina, somados ao ce- nário positivo para o setor no Brasil, animam pecuaristas e frigoríficos brasileiros, que esperam bons retornos ainda em 2014. Essa visão sobre o desempenho da bovino- cultura de corte é um consenso entre os es- pecialistas do setor. Para entender essa tendência e conhe- cer mais a fundo o que está acontecendo no mercado, é interessante analisar o desempe- nhoesperadopara2014dosmaioresproduto- res mundiais de carne bovina. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos(USDA),cincolocalidadesrepresentam 66%daproduçãodebovinosnomundo:Esta- dos Unidos (20%), China (15%), Brasil (15%), UniãoEuropeia(12%)eÍndia(4%). estados unidos Os Estados Unidos já anunciaram uma possíveldiminuiçãodaofertadomésticadeboi gordo. O país vem reduzindo a produção de bovinosnosúltimosanose,em2014,devere- gistrar a menor produção de carne bovina nas últimas duas décadas. Essa queda foi agrava- da pela forte seca que atingiu o país em 2012. Naépoca,oscustosdeproduçãoseelevaram, em virtude do aumento dos preços dos grãos, e o rebanho norte-americano diminuiu – e ain- danãofoitotalmenterecuperado. união europeia Tudo indica que a oferta também será menor na União Europeia, mas o motivo deve ser a preferência dos pecuaristas pela produ- ção de leite. O aumento do preço do leite e o fim das quotas de produção (sistema implan- tado em 1984 para reduzir a oferta do produ- tonaEuropa)estimularamosprodutoresain- vestir no rebanho leiteiro. China A demanda por carne bovina está aquecida no país, e a produção doméstica não é suficiente para atender o seu merca- do consumidor. Isso abre grandes oportuni- dades para os países produtores abastece- rem o mercado chinês. Segundo o USDA, de 2012 a 2013 as importações chinesas de carne bovina aumentaram 316%. Em 2014, espera-se que as importações da China nes- se segmento continuem crescendo, mas em ritmo menor. índia A produção está crescendo de forma contínua desde 2008, o que aumentou a par- ticipação do país no comércio internacional. Pela sua localização privilegiada, perto de im- portantesmercadosconsumidores,comoSul daÁsiaeOrienteMédio,aÍndiasetornouuma importante fornecedora de carne bovina para os países dessas regiões. Além disso, o país segue o princípio islâmico halal (que determi- na se um alimento é permitido ou não para consumo), observado em muitos países da Ásia e do Oriente Médio. Brasil O país vem se beneficiando desse ce- nário mundial de forte demanda e oferta inter- na restrita. Dos cinco maiores produtores de carnebovina,três(EstadosUnidos,UniãoEu- ropeia e China) apresentam queda na produ- ção. Isso aumentou a demanda internacional pela carne brasileira. As exportações no primeiro semes- tre do ano, segundo a Secretaria de Comér- cio Exterior (Secex), registraram o recorde de US$ 2,7 bilhões, 15% acima do mesmo perí- odo do ano anterior. Além do melhor preço, a desvalorização do real frente ao dólar foi cru- cial para esse resultado. No mercado interno, a seca no início do ano levou à redução da oferta de animais. Além disso, com o intuito de ampliar o reba- nho, os pecuaristas retiveram vacas, o que li- mitou ainda mais a oferta. Com isso, o pre- ço da carne bovina, que iniciou o ano a R$ 115/@, chegou a quase R$ 128/@ na se- gunda quinzena de março, o maior patamar de toda a série histórica do Indicador Esalq/ BM&FBovespa. Apesar do temor de que a inflação possa conter o consumo de carne bovina, especialistas ainda mantêm uma visão po- sitiva, em virtude do alto consumo e das ex- portações elevadas do primeiro semestre, que têm contribuído para pressionar a ofer- ta. A expectativa é que ela continue aperta- da, o que pode resultar em bons preços até o fim do ano. Luiz Albino Barbosa, Gerente do Centro PwC de Inteligência em Agronegócio, Mestre em Agroenergia pela Esalq- USP/Embrapa/FGV e Bacharel em Relações Internacionais pela FAAP Lara Moraes , Analista Sênior do Centro PwC de Inteligência em Agronegócio e Bacharel e Mestre em economia pela UNESP/Araraquara
  • 21. 21REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
  • 22. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201422 energias renováveis No mês de agosto, entrou em funcionamento a primeira usina de biogás do interior do estado de São Paulo, localizada em Guatapará, região de ribeirão Preto, SP A luz que vem do lixo Marcela Servano S ustentabilidade. Talvez essa seja a palavra-chave do século XXI. Consiste na busca do desenvolvi- mento econômico e material sem agre- dir o meio ambiente. Foi utilizando deste conceito que a Estre, maior empresa de serviços ambientais do Brasil, implantou no último mês de agosto a primeira usi- na de biogás do interior de São Paulo. A usina, que gera energia a par- tir do lixo, fica em Guatapará, na região de Ribeirão Preto, e funciona no Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR), onde está localizado o aterro sanitário do município. Segundo o diretor de No- vos Negócios da Estre, Alexandre Alvim, a escolha de Guatapará se deu em fun- ção do tamanho do aterro – “nem mui- to pequeno e nem muito grande”, sendo considerado ideal para que a companhia iniciasse os testes do projeto. Para entrar no mercado de energia, a Estre se associou à companhia portugue- sa Enc Energy, que forneceu a tecnologia e o modelo de exploração do biogás. Os portugueses possuem outras usinas espa- lhadas pelo mundo e, junto com a empre- sa brasileira, criaram uma nova marca, a Estre Energia Renovável, que é responsá- vel por gerar e comercializar a energia elé- trica a partir do biogás, não só do CGR de Guatapará, como em todos os aterros em que a tecnologia for implantada. O objetivo da Estre é ter usinas de geração de energia em funcionamento em dez de seus princi- pais aterros até 2017, com uma capacida- de total de 100 MW. A expectativa é que a energia pro- duzida a partir da combustão de gases emitidos na decomposição de lixo orgâ- nico seja suficiente para abastecer 18 mil pessoas. Além disso, a Estre garante que o lixo gerado por 20 municípios da região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, tenha menor impacto ambiental. O local recebe, por dia, 2.400 tonela- das de lixo e produz 4,2 MW de energia. A empresa e investiu R$ 15 milhões na construção do empreendimento. Segundo Alvim, a manutenção da usina é realizada de maneira preventiva por técnicos credenciados, executada Para entrar no mercado de energia, a Estre se associou à companhia portuguesa Enc Energy, que forneceu a tecnologia e o modelo de exploração do biogás. Fotos:MarinaGuimarães/InvesteSP
  • 23. 23REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014 seguindo o período de horas de funcio- namento dos equipamentos, com base em um plano de manutenção. Os princi- pais parâmetros operacionais de segu- rança da usina são monitorados 24h. A intervenção dos técnicos pode aconte- cer até mesmo remotamente, via inter- net, se necessário. A companhia pretende expandir a estrutura de Guatapará para 10 MW e também construir mais nove usinas em seus outros aterros para produzir 100 MW. Os locais estão sendo estudados, mas devem contemplar Centros de Ge- renciamento de Resíduos nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas, afirma Alvim. A empresa pre- tende investir R$ 300 milhões previstos para todo o projeto – que contempla 10 aterros no total. E estima uma receita de R$ 200 milhões por ano quando todas as usinas estiverem em operação. Preocupação Ambiental Segundo o diretor a empresa, a Estre acredita em um modelo de gestão focado na valorização do resíduo, o que significa extrair ao máximo tudo o que pode ser aproveitado do lixo. A utiliza- ção do biogás dos aterros está dentro dessa estratégia de valorização traça- da pela companhia. Todos os 19 ater- ros da companhia já foram construídos com estrutura para captação do biogás para queima controlada com geração de créditos de carbono e também para produção de energia. A usina, que gera energia a partir do lixo, fica em Guatapará, na região de Ribeirão Preto, e funciona no Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR) A expectativa é que a energia produzida a partir da combustão de gases emitidos na decomposição de lixo orgânico seja suficiente para abastecer 18 mil pessoas Segundo o diretor de Novos Negócios da Estre, Alexandre Alvim, a escolha de Guatapará se deu em função do tamanho do aterro ção da taxa de distribuição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o deferimento do Imposto sobre opera- ções relativas à circulação de merca- dorias e sobre prestações (ICMS), no caso do Estado de São Paulo. Em outubro deste ano, o Governo Federal deve realizar o primeiro leilão de energia para empreendimento de bio- gás. A expectativa para área é que en- tre 2014 a 2018 sejam produzidos mais de 35 mil MW novos no país. Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil pode economizar 1% da demanda elétrica se aproveitar compostos de lixo orgânico e transformá-los em biogás. Algo que au- mentaria o PIB em R$ 35 milhões, além de tornar o país exemplo mundial no consumo de biogás. O cuidado com as questões am- bientais é item prioritário para a Estre e fator que influência a decisão de in- vestimentos da companhia. “Nossa ati- vidade é, em sua essência, dar solu- ção a problemas ambientais. No caso da energia a partir de biogás, a com- panhia contribui de diversas formas para redução de impactos. O primeiro e mais evidente é que, com a captação e transformação do biogás em energia elétrica, os gases causadores do efei- to estufa deixam de ser dispersos na at- mosfera. Outro ponto importante é que no cenário de escassez hídrica enfren- tado pelo País, as usinas de biogás são fonte alternativa às térmicas convencio- nais, que utilizam combustíveis fósseis e poluentes”. O estudante de Química da Uni- versidade de São Paulo (USP) Die- go Marques visitou a usina de Guata- pará para conhecer, pois seu trabalho de conclusão de curso é sobre a pro- dução de resíduos derivados do biogás. Ele aprovou a iniciativa de investir neste tipo de energia. Para ele, o mundo tem que buscar alternativas sustentáveis para diminuir os impactos ambientais causados pela busca de energia. “Hoje é inadmissível não buscarmos novas soluções para um consumo de ener- gia elétrica menos agressivo ao meio ambiente”. Governo investe no Biogás Além da questão ambiental, a em- presa apontou outros fatores que a le- varam investir na geração de energia a partir do lixo. Uma das razões foi o con- junto de fatores que tornaram o merca- do mais atrativo neste momento. Entre os aspectos relevantes, estão a queda nos valores das tecnologias necessárias para a conversão do gás em energia, o preço mais competitivo da energia elé- trica e alguns incentivos para produção de energia limpa, como 100% de isen-
  • 24. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201424 Capa os benefícios dos maturadores Produto acelera armazenamento de sacarose nos colmos da cana-de-açúcar e contribui para melhorar a qualidade da matéria-prima Marcela Servano A utilização de maturadores em la- vouras de cana-de-açúcar no Bra- sil vem ganhando força nos últi- mos anos. Mas você sabe o que são eles? E como podem beneficiar sua colheita? Por que seu uso está se popularizando no país? Esta edição da CanaMix irá explicar melhor sobre esses produtos que estão modificando o plantio da cultura. Os maturadores trazem inúmeros benefícios para a safra. O produto ace- lera a translocação (transporte através da água) e o armazenamento de saca- rose nos colmos (caule) da cana. Sen- do usado na cultura da cana-de-açúcar com a finalidade de auxiliar o produtor no gerenciamento da colheita. Pode ser empregados na antecipação do início da safra ou mesmo no final, para a manu- tenção da qualidade da matéria-prima. Para o agrônomo da Bayer CropS- cience, Augusto de Camargo Monteiro, os maturadores trazem resultados posi- tivos em praticamente todas as aplica- ções, desde que a cana apresente ca- racterísticas favoráveis (pureza e ATR). Sua utilização deve ser feita por meio de pulverização aérea, serviço feito, por exemplo, pela Garcia Aviação Agrícola, empresa realizada em Ribeirão Preto, respeitando o prazo que o produto ne- cessita para agir na planta. Podem ser utilizados no final de safra, para fazer a manutenção do açúcar já acumulado na cana, que normalmente se perderia com o crescimento da planta por ocasião do início das chuvas. E, também, há regiões Aplicação dos maturadores deve ser feita por meio de pulverização aérea, serviço feito, por exemplo, pela Garcia Aviação Agrícola Divulgação/GarciaAviaçãoAgrícola
  • 25. 25REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014 em que a cana vegeta o ano inteiro, ha- vendo necessidade da maturação artifi- cial para melhorar a qualidade. Os benefícios são intensos para as lavouras, mas, para aplicar os ma- turadores, as fases de desenvolvimen- to da cana precisam ser respeitados. É o que alerta o pesquisador do Grupo Fi- totécnico de Cana-de-Açúcar Renan Vi- torino. “Como todas as culturas, a cana tem sua fase de desenvolvimento, perío- do que o cultivo passa pelo processo de vegetação e crescimento. Esse tempo consiste nos primeiros 180 dias. Nessa fase, há um grande consumo de energia (açucares) para o desenvolvimento das folhas e colmos. Com isso, impossibilita grandes acúmulos de açucares nos col- mos. Após essa etapa, a planta diminui seu desenvolvimento, o que possibilita um maior acúmulo de açúcares no cau- le, fase essa chamada de maturação e propícia para se aplicar o produto”. A aplicação após esse período au- xilia no combate ao florescimento, que é indesejado na produção de cana para indústria, pois gasta energia que seria transformada em açúcares, deixando a cana pobre, com um aspecto parecido com um isopor. É a chamada isoporiza- ção da cana. Uma das funções do maturador é exatamente interferir no florescimento. Através de processos bioquímicos, ini- be a produção de folhas novas e, conse- quentemente, diminui a concentração de fitocromo, um fotorreceptor contido nas células, principalmente das folhas no- vas. É ele o responsável pela leitura do número de horas de dia e de noite. As- sim, consegue-se interferir em um dos três fatores responsáveis pelo estimulo ao florescimento, impedindo que a cana gaste açúcares na produção de flores. Engana-se quem pensa que os maturadores aumentam a produção de cana-de-açúcar. Eles apenas favorecem a qualidade do material a ser entregue Augusto Camargo Monteiro, da Bayer CropScience: maturadores trazem resultados positivos em praticamente todas as aplicações a usina. Segundo Camargo Monteiro os dados mostram ganhos de 10 kg a 15 kg de açúcar por tonelada de cana. Po- rém, vale lembrar que o maturador pode influenciar em diferentes níveis na pro- dutividade da cana. Os maturadores estressantes são aqueles que agem no ritmo de cresci- mento da cana, fazendo com que a cul- tura acumule sacarose nos colmos ao invés de utilizá-la como fonte de ener- gia para seu crescimento. Os mais uti- lizados são à base dos seguintes com- postos: Glyplhosate, Etil Trinexapac e Sulfometurom Metil. Já os maturadores não-estressantes, como o Ethrel® da Bayer, proporcionam acúmulo da saca- rose pela liberação de etileno. O produtor rural do norte de Mi- nas Gerais Sebastião Pereira começou a usar maturadores na sua lavoura há um ano e meio. Depois que viu uma pales- tra realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em que se falava dos benefícios do produ- to. “Quando assisti à palestra, achei in- teressante a forma que o produto agia e os resultados que ele propiciava”. Perei- ra diz que a qualidade da safra melhorou e acabou o problema da isoporização, que ocorria com frequência. Maturador ethrel, da Bayer A Bayer CropScience fabrica o Ethrel®, que apresenta a menor interfe- rência na taxa de crescimento da cultu- ra, sendo um dos mais seletivos para a cana-de-açúcar e contribuindo para que a cultura continue ganhando peso en- quanto acelera seu acúmulo de sacaro- se no colmo. Isso representa maior pro- dutividade de açúcar por hectare. Além de atuar como maturador, o Ethrel® também tem a função de inibir o flores- cimento da cana, que é indesejável para o processo produtivo, e também propor- ciona a redução da isoporização, evitan- do a perda de peso causada por esse processo. O Ethrel® (Etephon) é precursor do hormônio vegetal etileno, e seu mais novo benefício contribuirá com os rendi- mentos do produtor de cana, melhoran- do a brotação das soqueiras do ano se- guinte à aplicação, trazendo maior vigor, rapidez no brotamento e, consequente- mente, maior produtividade. Grupo de estudos O Grupo Fitotécnico de Cana-de- -Açúcar tem sede em Sertãozinho e per- ““ Os maturadores trazem resultados positivos em praticamente todas as aplicações, desde que a cana apresente características favoráveis Augusto Camargo Monteiro DivulgaçãoBayer/CropScience
  • 26. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201426 tence ao Instituto de Agronômico de Campinas (IAC). Congrega fitotecnistas de usinas e cooperativas, pesquisado- res e outros profissionais de empresas de insumos, matérias-primas, máquinas e equipamentos, projetos e outros fa- tores de produção ligados à cultura de cana-de-açúcar. Segundo Vitorino, as pesquisa re- alizada na área de maturadores é im- portante para um conhecimento básico e uma melhor utilização dos produtos. Quem se interessar, é só acessar o site http://www.grupofitotecnicodecana. com.br/. Os benefícios são intensos para as lavouras, mas, para aplicar os maturadores, as fases de desenvolvimento da cana precisam ser respeitados Capa Divulgação/GarciaAviaçãoAgrícola
  • 27. 27REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
  • 28. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201428 opinião o poder de tributar: o círculo vicioso que aterroriza o contribuinte *José Osvaldo Bozzo 1 999. Foi o ano em que publiquei um artigo parecido com este. Remoen- do meus arquivos, dei-me de encon- tro com esta “pérola”. O mais interessante de tudo isso é que nada mudou. Não se trata de uma republicação e sim de uma lembran- ça. Talvez sirva-nos, como me serviu, para relembrar o passado. O título, eu fiz ques- tão de manter intocável. Parece-me bastan- te casuístico. Naquela década, já havia mui- tas disputas judiciais, como nos dias atuais, entre os contribuintes e os governos Estadu- al e Federal, principalmente por questões de natureza tributária. Nos últimos anos, tornaram-se roti- neiras as modificações na Legislação Tri- butária, surpreendendo os contribuintes não apenas pelo constante afrontamento aos princípios constitucionais como pela inten- ção precípua do legislador de aumentar a re- ceita, porém, jamais o de aperfeiçoar o sis- tema tributário. Cercados por um verdadeiro cipoal de leis, decretos, atos declaratórios e normativos, pareceres, etc., os contribuin- tes não têm como acompanhar essas al- terações – que acabam não logrando êxito nos tribunais superiores – e se veem às vol- tas com o desconhecimento do nosso or- denamento jurídico, bem como dos cons- tantes ataques à integridade da Constituição Federal. MEDIDAS EM 1999 - No início da- quele ano, foram reeditadas inúmeras me- didas de ajuste fiscal, especificamente com relação à apuração das bases de cálculo do PIS e da Cofins, tendo em vista enfatizar a tal da aplicabilidade legal e fiscal de uma ques- tão muito conhecida na época. O tal do con- ceito de “faturamento”. Foram elas: a Lei nº 9.718,de27denovembrode1998,aEmen- da Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, a Medida Provisória nº 1.788, de 29 de dezembro de 1998 – posteriormente convertida na Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999 – e, finalmente, a Medida Provisória nº 1.807, de 28 de janeiro de 1999. Aquela lei, de nº 9.718/98, veio am- pliar as bases de cálculo em absoluta desar- monia com definição constitucional, já que determinou a incidência das contribuições do PIS e da Cofins não sobre o faturamento – cujo conceito já era estabelecido pela le- gislação do imposto de renda –, mas sobre a totalidade das receitas auferidas pela pes- soa jurídica. Como se não bastasse, poste- riormente, a Emenda Constitucional nº 20, que alterou o artigo 195 da Constituição Fe- deral, autorizou, a partir de 1º de fevereiro de 1999, a instituição de contribuições com base na receita ou faturamento, outorgan- do legitimidade à exigência da Cofins devi- da sobre a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica. Naquela ocasião, o en- tendimento manifestado pelos juristas foi no sentido de que, tendo em vista a autoriza- ção para compensar a parcela majorada de 1% com a contribuição social sobre o lucro, tal procedimento acarretaria a desfiguração da referida contribuição, uma vez que exigi- -la sugeriria a inconstitucionalidade, seja por desconformidade com o princípio das con- tribuições contido no artigo 195 da Consti- tuição Federal – que veda a incidência sobre o “não-lucro” –, seja, ainda, por contrariar os princípios da isonomia. Com o objetivo de maximizar ainda mais a arrecadação, foi majorada, também, a base de cálculo do PIS, que passou a inci- dir sobre a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica. No entender dos espe- cialistas, aquele dispositivo era passível de discussão judicial, uma vez que o mesmo afrontava diretamente a Lei Complementar nº 7/70, bem como não tinha força de alte- ração do artigo 239 da Constituição Federal. E ASSIM SE VAI A CARTA MAGNA - Certo é que na ocasião o legislador limitou o acesso dos contribuintes à Justiça, pois majorando a alíquota e a base de cálculo da Cofins, mediante o artigo 41 da Lei nº 8.981/95, instituiu-se uma penalidade para as empresas que não se submetessem às imposições tributárias, ainda que ilegítimas e inconstitucionais. Houve um cerceamento e desestímulo às pessoas jurídicas de ques- tionar os tributos tidos como inconstitucio- nais, ou seja, uma afronta à Carta Magna, documento esse que consagra os direitos e garantias dos brasileiros residentes no terri- tório nacional – que sequer podem ser alte- rados por emendas constitucionais. E tem mais. Não bastasse o contribuinte ter de consumir recursos para garantir a suspen- são da exigibilidade do crédito tributário ile- gítimo e inconstitucional, ele tinha, e tem até hoje, que pagar imposto de renda sobre o valor questionado judicialmente; caso con- trário, poderá ser autuado por redução in-
  • 29. 29REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014 *José Osvaldo Bozzo é consultor, tributarista e sócio da MJC Consultores. Formado em Direito, foi também Sócio da BDO e da KPMG e professor de Planejamento Tributário na USP - MBA de Ribeirão Preto. devida do lucro real. Tributo nenhum pode se constituir sanção pelo exercício de um di- reito assegurado pela Contribuição Federal. Outra questão que passou a ser co- mum em nosso Direito é a aplicabilidade, em determinadas circunstâncias, de Lei Or- dinária sem o devido respaldo jurídico, ou seja, sem que ela esteja amparada por Lei Complementar. A Constituição Federal esta- belece que as normas ordinárias que institu- írem as contribuições, bem como a defini- ção de tributos, suas espécies e respectivas bases de cálculo, devem ser embasadas em Lei Complementar. A ela cabe estabelecer normas gerais em matéria tributária, regu- lando as limitações constitucionais para sal- vaguardar direitos subjetivos dos contribuin- tes; cabe, também, prevenir a ocorrência de conflitos de competência entre pessoas jurí- dicas de direito público, credenciadas para legislar sobre a matéria tributária ou mesmo autorizar a instituição de tributos não expres- samente previstos na Carta Magna. leI CoMPleMeNTAr - Quando a Contribuição exige Lei Complementar para embasar e lastrear determinadas normas in- fraconstitucionais, dentre elas as que regu- lam a definição da base de cálculo, a ino- bservância desse preceito constitucional torna a lei editada inválida, uma vez que con- tém vício suprível apenas com a edição de Lei Complementar que venha a embasá-la e recepcioná-la expressamente. O artigo 146 da Constituição Federal estabeleceu a função da Lei Complementar. No inciso III, alínea “a”, prevê-se explicita- mente a competência dessa modalidade de lei para estabelecer normas gerais em ma- téria tributária, especialmente sobre a defi- nição de tributos expressamente nela des- criminados, suas espécies, fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. Portanto, somente mediante Lei Complementar pode- rá a União definir base de cálculo, além das previstas nos incisos I a III do artigo 145 da Constituição Federal. Voltando à questão da majoração de eventual base de cálculo, a Lei Ordinária deve estar amparada por Lei Complementar, com a exclusividade e indelegável compe- tência para legislar sobre aspectos relacio- nados à definição de tributos, fatos gerado- res, bases de cálculo e contribuintes, sob pena de os dispositivos constitucionais que impõem a reserva de Lei Complementar ser afrontados. Curiosamente, na ocasião, nenhum ponto da Emenda Constitucional nº 20/98 dispunha sobre referidas alterações à con- tribuição para PIS e sua base de cálcu- lo. Tampouco foi alterado o artigo 239 da Constituição Federal, no qual se encontra consubstanciada seu fundamento de valida- de. Por derradeiro, a afronta à Lei Comple- mentar nº 7/70. Tudo isso sugere que esteja faltan- do aos órgãos competentes o compromis- so com uma legislação cuja aplicabilidade seja transparente, deixando de lado o cír- culo vicioso que tem influenciado nosso or- denamento jurídico. Utilizado apenas como fonte de arrecadação, desvirtua-se a fun- ção essencial do tributo: servir à sociedade como recurso para suprir as necessidades públicas. Talvez a única salvaguarda que resta aos contribuintes seja o Refis, promulgado pela tão esperada Lei nº 12.865/13. Afinal, não foi à toa que o governo propôs um par- celamento de bilhões de reais a determina- dos setores da Economia, haja vista estes estarem discutindo há anos a questão do fa- turamento. Pensando bem, quão calamitosa foi a tal Lei nº 9.718, de 1998!
  • 30. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201430 A agricultura brasileira está voando *Ulisses Rocha Antuniassi H á uma estatística impressionante sobre a aviação agrícola no Bra- sil: cerca de 50% das aeronaves vendidas na última safra foram adquiri- das para uso privado, ou seja, produto- res rurais estão investindo pesado na aplicação aérea como ferramenta para o tratamento de suas lavouras. Num mercado que sempre foi di- recionado para a prestação de serviços, as empresas que comercializam aviões agrícolas estão comemorando o avanço de sua participação sobre os chamados operadores privados (aqueles que pos- suem aeronaves para uso próprio e não prestam serviços). Só no ano passado mais de 100 aeronaves agrícolas novas foram acrescidas à frota nacional, que já ultrapassa a casa das 2000 unidades. Ou seja, em 2013 cerca de 50 aerona- ves agrícolas foram compradas para uso privado. Não que o mercado de ser- viços no setor esteja reduzindo, ao con- trário, mas há uma crescente percepção dos empresários rurais de que a aplica- ção aérea é ferramenta indispensável. O curioso é que este proces- so ocorre no momento em que a avia- ção agrícola vem sofrendo pressões por conta de incidentes envolvendo casos de deriva. A deriva ocorre quando par- te do produto aplicado se desloca para áreas vizinhas, com potencial de cau- sar danos a outras lavouras e conta- minação do ambiente. Apesar de extre- mamente segura se realizada de acordo com as recomendações, a aplicação aé- rea esteve de fato ligada recentemente a incidentes que repercutiram de manei- ra muito negativa na mídia, acirrando a disputa do setor com entidades ambien- talistas que buscam impor restrições ao mercado. Em meio a este processo, o se- tor aeroagrícola brasileiro vem buscan- do reagir. Com o apoio da Andef (Asso- ciação Nacional de Defesa Vegetal) e o do Sindag (Sindicato Nacional das Em- presas de Aviação Agrícola), um progra- ma denominado Certificação Aeroagrí- cola Sustentável (CAS) foi criado para certificar que os operadores atuam de acordo com critérios rigorosos quan- to à sustentabilidade e responsabilida- de ambiental. Coordenado por universidades pú- blicas e gerido pela Fundação de Estu- dos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (FEPAF), o CAS já certificou 30 empre- sas apenas neste ano (de um total de 227 empresas) e espera que, até 2017, pelo menos 75% dos operadores este- jam certificados. Este movimento é uma resposta importante do setor às críticas, e sua qualificação será, certamente, be- néfica para toda a sociedade. *Professor Titular do Departamento de Engenharia Rural FCA/ UNESP - Botucatu/SP opinião
  • 31. 31REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
  • 32. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201432 expectativa superada Fenasucro 2014 não garante futuro certo do setor sucroenergético, que deve ser definido apenas em 2015, mas garante bons resultados eventos Wolfgang Pistori C om números quase idênticos aos de 2013, a 22ª edição da Fenasu- cro - Feira Internacional de Tecno- logia Sucroenergética -, realizada de 26 a 29 de agosto, no Centro de Eventos Zani- ni, em Sertãozinho, SP, foi um retrato do cenário atual do setor sucroenergético. A crise, disfarçada em otimismo, está es- tancada, mas crescimento parece pala- vra distante dos responsáveis pelas em- presas que passaram pela cidade. A fase é evidenciada pela ausência de algumas empresas-chaves no setor. Enquanto a reportagem tentou em vão falar com algumas empresas sobre a Fenasucro, a CEISE Br – Centro Nacio- nal das Indústrias do Setor Sucroenergé- tico e Biocombustíveis –, e a Reed Exbhi- tions Alcantara Machado, responsáveis pela realização do evento, comemoraram a manutenção de um mercado que ainda é incógnita. Segundo a organização, 33.240 pessoas passaram pela Fenasucro, nú- mero parecido com o de 2013, assim como a estimativa em negócios projeta- dos durante a feira, que pode chegar a R$ 2,2 bilhões nos próximos 12 meses, exa- tamente a mesma projeção do ano ante- rior. Outra conta parecida é a de núme- Fotos:AlbertoGonzaga Autoridades do setor abrem a feira, cujos negócios podem chegar a R$ 2,2 bilhões nos próximos 12 meses, a mesma projeção do ano anterior Com números quase idênticos aos de 2013, a 22ª edição da Fenasucro foi um retrato do cenário atual do setor sucroenergético ro de expositores (550), porém, vindos de mais países: 50 contra 30 em 2013. Apesar do pessimismo, o setor su- croenergético apenas acompanha o ritmo da economia do Brasil. Exemplo desse cenário, mais geral, é o corte da Orga- nização para Cooperação e Desenvolvi- mento Econômico (OCDE) das estima- tivas de crescimento para as principais economias desenvolvidas, reduzindo também a perspectiva para o crescimen- to do Brasil no biênio 2014/2015. Para o Brasil, a OCDE - organiza- ção internacional que tem a missão de promover políticas que melhorem o bem- -estar econômico e social de pessoas em todo o mundo - reduziu a expectativa de crescimento para 2014 para 0,3% - em maio, era 1,8%. Para 2015, a expectati- va é de expansão de 1,4%, contra 2,2% anteriormente. Por outro lado, o setor conta, nos últimos anos, com a obrigação por par- te das usinas de uma colheita totalmen-
  • 33. 33REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014 te mecanizada, o que gerou investimen- to e produção maciça de máquinas para o auxilio do plantio, da colheita e de todo o processo de produção do etanol. Um clima socioambiental que condena a queima de cana ao lado da pressão de diferentes setores da sociedade vem dei- xando claro que não há alternativa senão a mecanização do trabalho. Distante da pauta política por al- guns anos, o setor sucroenergético é um dos temas mais debatidos nas campa- O presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho, disse que a volta das caravanas levou para a feita profissionais com poder de compra Segundo a organização, 33.240 pessoas passaram pela Fenasucro, número parecido com o de 2013 nhas políticas. Aproveitando essa abertu- ra na pauta, a candidata a presidente pelo PSB, Marina Silva, foi destaque em sua passagem pelo evento (leia mais abaixo). Apesar disso, empresas como a Case IH analisam o mercado de países menos desenvolvidos que o Brasil para aumentarem sua produção. A medida é alternativa para a estagnação em merca- dos que já têm boa participação da em- presa. A Massey Ferguson, outra empre- sa líder no seu setor, não participou da Fenasucro e, por ora, prefere não opinar sobre questões que tratem da realidade da cana-de-açúcar. Apenas em 2015, as estratégias e os planos das principais empresas do se- tor devem ser de fato desvendados. Nes- te segundo semestre, assim como na Fe- nasucro, o comportamento mais comum foi a cautela. Até por conta de todo este pano- rama, a participação de estrangeiros foi mais importante do que nunca na Fena-
  • 34. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201434 sucro. Foram 50 países participando ati- vamente da feira. Entre visitantes e ex- positores, Arábia Saudita, Dinamarca, Costa Rica, Inglaterra, Estados Unidos, China, Alemanha, França e África do Sul foram destaque e ajudaram a movimen- tar as mais diversas áreas de produ- ção da agroindústria da cana – do plan- tio até o destino final dos produtos e subprodutos. A Rodada de Negócios Internacio- nais, promovida pela Apla/Apex, con- tou com a participação de 50 empresas brasileiras, 20 convidados estrangeiros e outras 31 participações internacio- nais espontâneas, de países como Ar- gentina, África, Belize, Bolívia, Colôm- bia, Costa Rica, Cuba, Estados Unidos, Filipinas, Guatemala, Honduras, México, Peru, República Dominicana e Venezue- la. Ao todo, foram 562 encontros de ne- gócios. A empresa Zanini, por exemplo, participou de 14 rodadas de negócios via Apla, além de estender parcerias com compradores angolanos e fechar negócios com uma destilaria e uma fá- brica de açúcar do Paraguai. “Confirmamos que a necessida- de dos clientes estrangeiros convidados era alta. As parcerias e futuras colabora- ções estão sendo concretizadas. As in- formações obtidas no local onde acon- teceram as rodadas de negócios foram Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica, falou de suas projeções para o setor sucroenergético nos próximos anos de vital importância, para entender às necessidades do setor em outros paí- ses”, diz Alexandre Margato, represen- tante da Jaguar Bombas Especiais. Outra empresa que teve moti- vo para comemorar foi a prata da casa TGM, de Sertãozinho. A fornecedora de turbinas concluiu contrato importante de venda para a empresa Goiânia Cerradi- nho Bioenergia, de Chapadão do Céu. “A qualidade das visitas foi interessante, pois trouxe oportunidades reais de ne- gócios. A TGM conseguiu trazer com in- tensidade, pessoas pleiteando projetos diferentes do cotidiano, ou seja, oportu- nidades que irão fazer a diferença, em longo prazo, até mesmo em outros seg- mentos”, analisa Marcelo Severi, geren- te do departamento comercial da Unida- de de Negócios de Turbinas TGM. Segundo a organização, as mi- cro e pequenas empresas que partici- param do evento, através de parceria com o Sebrae, também saíram satisfei- tas. “Na edição da feira deste ano, tive- mos ainda mais certeza de que apoiar os pequenos negócios é o caminho para manter a cadeia produtiva fortale- cida como um todo, ajudando presta- dores de serviços e fornecedores a se manterem competitivos”, comenta Ro- drigo Matos do Carmo, gerente regional do Sebrae-SP. Formato “A volta das caravanas de diver- sas cidades produtoras de cana e/ou li- gadas ao setor trouxe profissionais com poder de compra, além dos programas Vip e Club Premium que receberam com- pradores em potencial, personalidades e líderes do setor. Essas iniciativas foram responsáveis pelo público maior, mais qualificado e focado na realização de ne- gócios”, explica Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do CEISE Br. O formato atrativo da Fenasucro deixa uma questão importante no ar: a manutenção de números positivos nos negócios é um fato isolado ou uma nova bomba de oxigênio para o setor nos pró- ximos meses? Segundo Tonielo, as ade- quações na infraestrutura e as novidades deste ano foram o grande propulsor eco- nômico do mês de agosto no setor. Ainda de acordo com a organiza- ção, o Espaço de Conferências Fenasu- cro recebeu duas mil pessoas, que confe- riram as mais de 40 palestras e debates, como a 3ª Conferência Datagro CEISE Br, o Seminário Agroindustrial STAB Fenasu- cro, o XIV Encontro de Produtores Cana- oeste/Orplana, entre outros eventos. “Manter o volume de negócios, atrair compradores internacionais e ele- var o número de público cada vez mais qualificado são fatores que mostram que os nossos objetivos de promover integra- ção, network, geração de negócios e co- nhecimento no setor foram cumpridos. Esses números, somados ao feedback positivo que recebemos das empresas, representam a união da cadeia produti- va da cana-de-açúcar para a retomada do setor”, afirma Gabriel Godoy, diretor da Fenasucro. Para o presidente da Organização de Plantadores de Cana da Região Cen- tro-Sul do Brasil (Orplana), Manoel Orto- lan, o diferencial da Fenasucro neste ano esteve na pluralidade de produtos e ideias apresentadas. “A Feira apresentou uma
  • 35. 35REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014 A candidata do PSB à presidência, Marina Silva, esteve na Fenasucro, no penúltimo dia da feira, e defendeu o setor sucroenergético Por se tratar de período eleitoral, Marina não poupou críticas aos principais adversários, principalmente à atual presidente, Dilma Rousseff vitrine de produtos e serviços à disposi- ção dos produtores rurais. Nela, encon- tramos o que há de mais moderno e os principais lançamentos do mercado. São as novas tecnologias que podemos utili- zar nas lavouras, ajudando na redução de custos e aumento de produtividade. Esse é o principal impacto da feira para as la- vouras de cana-de-açúcar, os benefícios que ela apresenta e que podemos utilizar para melhorar o nosso rendimento”. Setor em pauta A candidata do PSB à presidên- cia, Marina Silva, esteve na Fenasucro, no penúltimo dia da feira, e defendeu o setor sucroenergético como fator decisi- vo para o bom andamento da economia brasileira como um todo. Por se tratar de período eleitoral, é claro que não falta- ram críticas aos principais adversários, principalmente à atual presidente, Dilma Rousseff (PT). Segundo Marina, atualmente, as políticas praticadas são “equivocadas”. “É necessário criar um marco regulatório para o setor”, defendeu. O discurso vai ao mesmo ponto do setor usineiro que criticou recentemente a manutenção do preço artificial da gasolina pelo Governo para conter a inflação. A medida impede melhor remuneração ao etanol. Cerca de 300 pessoas acompa- nharam o discurso de Marina Silva na Fe- nasucro. Ela elogiou o setor. “Vocês fi- zeram o dever de casa, se ajustaram, acreditaram na propaganda do governo, assumiram compromissos para fornecer uma fonte de energia que deveria ser esti- mulada, apoiada. Mas os erros que foram praticados devem ser corrigidos”. A Embrapa também foi tema da conversa. Marina disse que somente uma Embrapa “forte e vigorosa” pode ga- rantir a defesa do ambiente e as ativida- des agrícolas de forma sustentável. “Há uma visão equivocada de que quando se fala em agricultura e pecuária signifi- ca ser contra o meio ambiente. É possível juntar as coisas numa mesma equação.” Se é discurso ou realidade, não é possível saber, mas, para Marina, o futu- ro do Brasil no setor agrícola é muito pro- missor. “Temos que trabalhar para ele- var a produção e a produtividade, pois há demanda”. Fotos:RenatoLopes
  • 36. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201436 Com informações assessoria de imprensa Datagro O setor sucroenergético brasileiro desempenha papel no mercado de combustível, bioenergia e alimento mundial. Conforme o presidente da Datagro, Plinio Nastari, o seg- mento trata-se também de desenvolvimento econômico. Mas com a crise que assola o setor, a indústria canavieira enfrenta desafios na sua produção. Fatores relacionados às condições climáticas e econômi- cas desfavoreceram a produção. “O país deverá produzir 36,3 milhões de açúcar e 25,9 bilhões de litros de etanol nesta tem- porada”, relatou Nastari durante a abertura oficial da 22ª Fena- sucro. A produção total deve cair 5,8%, conforme aponta rela- tórios da Datagro. “O cenário atual de safra tende a prejudicar pelo menos as duas próximas produções anuais”, completou o presidente. Entretanto, para Marcos Fava Neves – também presente no evento -, a previsão é que o Brasil se mantenha como líder mun- dial na exportação de açúcar e a produção de etanol ainda seja di- recionada para abastecer os mercados internos dos produtores. Mas é necessário que novas medidas de incentivo sejam adota- das. “É preciso readequar as ações para que o mercado reaja”, disse ele, que é professor da FEA/USP, em Ribeirão Preto. Entre essas medidas apontadas por ele para incentivar o setor, estão as condições tributárias. Atualmente, o setor gera mais R$ 8 bilhões de impostos por ano. ”O governo precisa vol- tar a ter políticas de competitivas para reduzir a tributação. Preci- samos gerar renda para distribuí-la”, apontou Fava Neves. Outro ponto de incentivo à estabilidade da produção cana- vieira, por meio do etanol, é o projeto de lei que prevê o aumento de 26% para 27,5% da mistura do álcool na gasolina. Para o de- putado Newton Lima, mentor do projeto, essa medida pode con- tribuir para os avanços no setor. Newton ainda defendeu maior incentivo para a produção da bioeletrecidade por meio de leilões específicos, revisão das condições tributárias, financeiras e de novas linhas de transmissão. Em contraponto às críticas de mercado, durante a confe- rência, o economista Diego Nyko, do Banco Nacional de Desen- volvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou o cenário envolvendo a inovação industrial. De acordo com ele, a transfor- mação estrutural do sistema produtivo que envolve o etanol de segunda geração, as mudas transgênicas e a química renová- vel podem ser uma alternativa crescente para o país em crise. A 3ª Conferencia DATAGRO Ceise Br fez parte do even- to de abertura da Fenasucro. O evento contou com a presença de autoridades políticas, especialistas e representantes do se- tor sucroenergético. Impactos do setor no desenvolvimento econômico são assunto da Datagro CeISe Br Nastari: “O cenário atual de safra tende a prejudicar pelo menos as duas próximas produções anuais” O evento contou com a presença de autoridades políticas, especialistas e representantes do setor sucroenergético O presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho, fala durante o evento, que fez parte da abertura da Fenasucro Fotos:Divulgação
  • 37. 37REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014 Produtos em exposição Algumas empresas que marcaram presença na Fenasucro: PTI Siemens Ge PTI Redutores WBX estiveram entre os equipamentos expostos pela PTI durante a realização da Fenasucro, no Centro Empresarial Zanini, em Sertãozinho, SP Siemens apresentou, em seu estande, soluções para garantir maior eficiência energética e reduzir o custo operacional das usinas Estande da GE na Fenasucro apresentou o que há em tecnologia de ponta oferecido pela empresa, como soluções para tratamento de água e sistemas para automação A Power Transmission Industries do Brasil (PTI), empresa líder no mercado brasileiro de acionamentos mecânicos, apresentou equipamentos que atendem, entre outros segmentos, a agroindústria da cana. Além das soluções que integram o sistema de monitoramento VIBMAXI, a empresa expôs os redutores WBX, prote- tores Flexguard, acoplamentos MAX Dy- namic e WPFlex. “Apesar da crise do mercado, a par- ticipação na Fenasucro gerou para a PTI boas prospecções de negócios. Registra- mos um grande número de visitantes em nosso estande de diferentes estados além de São Paulo, principalmente Minas Gerais e Paraná, e temos boas perspectivas fu- turas, principalmente relacionadas à nos- sa linha de protetores e elementos rotati- vos Flexguard”, afirmou Giovana Salmazo, gerente de marketing da PTI. A linha Flexguard foi desenvolvi- da visando segurança total e economia. “O protetor possui corpo robusto que envolve todo o acoplamento e permite maior segurança entre a ligação da má- quina motora e movida, reduzindo dras- ticamente os riscos de acidente de traba- lho causados pela exposição a elementos rotativos”, explica o gerente geral de ven- das da PTI, Sérgio Manfrim, ressaltando que a linha atende às mais rigorosas nor- mas de segurança, como OSHA, ASME, ANSI e NR-12. Além disso, também per- mite versões especiais para o atendimen- to a outros requisitos de norma, median- te consulta. A Siemens apresentou soluções completas que garantem maior eficiência energética e redução de custos operacio- nais para toda a cadeia de produção das usinas. A companhia destacou os dife- renciais da turbina a vapor SST-600, con- siderada a maior turbina do segmento de açúcar e etanol do Brasil. A empresa co- memorou, em junho deste ano, a assina- tura do contrato para fornecimento da pri- meira turbina com acionamento direto para o gerador de 73,4 MW, que dispensa o uso do redutor, para a Delta Sucroenergia. Fa- bricada no complexo industrial da Siemens em Jundiaí, SP, a turbina a vapor reforça o compromisso da empresa em investir na produção local para atender aos clientes de forma rápida e eficiente. Vista como uma das principais contribuições da Siemens para o setor sucroenergético, por sua tec- nologia de ponta no ciclo global da termo- dinâmica, a turbina se consagra como uma importante aliada das usinas na cogeração de energia a partir do bagaço da cana. Esta vantagem permite otimizar o serviço, por meio da implementação do ciclo regenera- tivo, ao proporcionar maior quantidade de energia gerada com a mesma quantidade de combustível e, consequentemente, uma receita adicional para o cliente. A tecnolo- gia representa ainda uma inovação na for- ma de instalação outdoor (ao tempo), re- duzindo significativamente os gastos com obras civis. A GE apresentou as soluções GE Mo- bile Water, fornecidas há mais de 40 anos como solução para o tratamento de água, para manter a produção das plantas dos clientes. Com a maior frota móvel de seu tipo, as centenas de unidades móveis da GE Mobile Water cobrar todos os tipos de apli- cações. Utilizando sistemas móveis de água, como os sistemas MobileFlow, ultra-filtração ZeeWeed, MobileRO, Mobile EDR e de des- salinização da água do mar, a empresa pode oferecer equipamentos e sistemas padroni- zados que podem ser adaptados à sua so- lução específica. Outra tecnologia oferecida foram os softwares e sistemas para automação indus- trial da Aquarius, única distribuidora e centro de treinamento autorizado no Brasil de sof- twares da GE Intelligent Platforms, com so- luções de líderes de mercado para os mais diversos processos produtivos, oferecen- do serviços de suporte, consultoria, e traba- lhando com uma rede de integradores cer- tificados em todo o território nacional. Os softwares são configuráveis, com arquitetura flexíveleadaptáveisaaplicaçõesdepequeno a grande porte, atendendo a características como segurança, alta disponibilidade, aces- so remoto, interfaces web e mobilidade.
  • 38. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201438 Network CanaMix: parcerias de sucesso U ma noite de celebração. Assim pode ser definida a 7ª edição do Network CanaMix 2014, realizada na Fazenda São Geraldo em Sertãozinho no dia 28 de agosto. O evento, paralelo à Fenasucro, contou com a participação de centenas de personalidades ligadas do setor do agronegócio e teve apresen- tações musicais, show do humorista Ro- berto Edson (Chico Lorota) e o delicioso e tradicional porco no rolete. A confraternização, promovida pelo Grupo AgroBrasil, responsável pela pu- blicação da revista CanaMix, é uma das mais aguardadas durante o período da Fenasucro. O diretor da empresa, Plínio César Azevedo, ressalta a importância de um evento como esse na região. “É uma alegria realizar esses eventos para nossos parceiros, que, na realidade, são nossos amigos”. Para Plínio, com o evento, a Agro- Brasil proporciona um ambiente agra- dável e festivo para seus patrocinado- res, que, durante todo o ano, colaboram e acreditam na seriedade da empresa. Segundo o diretor, é gratificante realizar essa celebração, pois é uma forma de agradecer às pessoas que acreditam no trabalho do grupo. Foram 14 empresas que colabo- ram para a realização do evento. Todas enviaram seus representantes para feste- jar e, por que não, fazer contatos. Como lembrou Luís Cláudio Azevedo, da segu- radora Kapseg: “O evento é muito im- portante, porque, além de reunir muitas pessoas do setor sucroenergético e de outros setores, acaba sendo uma opor- tunidade descontraída para fazer inúme- ros contatos e negócios”. O representante da Empiza, Caio Zapacosta, participou pela primeira vez e agradeceu o convite. Ele afirmou que a parceria com a CanaMix está sendo muito rica e produtiva para ambas as partes. Já o representante da Sicoob, Rodrigo Ma- theus Moraes, é um veterano no Network. “Estamos aqui por que o trabalho do gru- po AgroBrasil é sério e, por isso, a Sicoob não só apoia o Network, como também é uma anunciante da revista. Hoje, a Sicoob está aqui para festejar esta grande união e desejamos que ela dure por muitos anos”. Quem também manifestou o desejo de continuar a parceria foi Rosilene Pivete, da Guepardo Transportes. “Estou gostan- do muito do evento. É algo inovador e te- nho certeza do sucesso, porque é feito por pessoas competentes. Com certeza, esta- remos presentes nos próximos”. Os participantes, como David Quei- roz, da Riberman, aproveitaram para elo- giar o empreendedorismo de Plínio Cé- sar. “Temos que parabenizar o Plínio, uma pessoa talentosa e extremamente com- petente”. Já o Secretário de Turismo de Ribeirão Preto, Tanielson Campos, dis- se que Plínio lidera o setor do agronegó- cio em Ribeirão Preto. “Ele realizada diver- sos eventos na cidade, trazendo pessoas de todo o Brasil para debater a respeito do agronegócio no país. Algo que ajuda a de- senvolver ainda mais o setor na região”. O show de Chico Lorota era uma das atrações mais aguardadas da noite e não decepcionou. Ele levou o público às gargalhadas. Roberto Edson, intérprete do personagem, afirmou que estava ansio- so, não só por ser um dos destaques do evento, mas também para comer o porco no rolete. Afirmou, no entanto, que o que mais gosta no evento não as novas ami- zades que faz. Plínio aproveitou e fez o convite para a celebração de 2015. Se ficou com von- tade de fazer parte dessa grande união, conheça o trabalho do Grupo AgroBrasil. Acesse: http://www.canamix.com.br/in- dex.html. Conheça as empresas que partici- param do Network CanaMix: Asher A Asher Produtos Químicos foi fun- dada em maio de 1993, em Ribeirão Pre- to, SP. É especializada em produtos químicos para área de cosméticos e do- missaneantes, tratamento de água e in- dústrias em geral.
  • 39. 39REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014 A Asher foi desenvolvendo sua li- nha de acordo com as necessidades dos clientes e se tornou a maior no segmen- to de produtos químicos microfraciona- dos. Distribui as marcas Carbocloro, Vale, Tebras, Akzo Nobel, American Chemicals, Euroamerican, Fosbrasil, Cargill, HtH, Ne- oclor, Clor Up, além das importadas En- zur, Romena, Turquia, Chinesa, Indiana, entre outras. Asher Produtos Químicos Contatos: (16) 3969-3241 e 3969-3246 www.asher.com.br Ribeirão Preto, SP equipe Indústria Mecânica ltda A Equipe Indústria Mecânica Ltda, foi fundada em 1967. A empresa dedicou- -se, inicialmente, a prestação de serviços e manutenção de equipamentos, reposi- ção de peças em máquinas e acessórios hidráulicos de pequeno porte, destinados principalmente ao parque açucareiro do Estado de São Paulo. Com ampla gama de produtos, de- senvolve e fabrica bombas centrífugas horizontais com rotores fechado ou aber- to, de alta pressão, deslocamento posi- tivo, bipartidas, axiais ou verticais, entre outras. Localizada em Piracicaba, a Equi- pe se orgulha de ser uma empresa genui- namente brasileira e que atende todos os padrões internacionais de qualidade, fo- cando principalmente o pós-venda e a ga- rantia de qualidade total nos produtos e serviços. Equipe Indústria Mecânica Contatos: (19) 3426-4600 e 3426-4172 http://www.equipe-bombas.com.br/ Piracicaba, SP empiza Com uma história de mais de 30 anos, o Grupo Zapacosta fundou a Em- Bonfim Paulista Equipe da Porto Seguro Chico Lorota e Plínio César, diretor da Revista CanaMix Equipe da Riberman Elisangela da Total Wine Equipe da SICOOB Empiza e Usina Santa Isabel Equipe do Programa Evidência Equipe da HCI Fernando da CanaMix e Adilson da Faz. São Geraldo
  • 40. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201440 piza em meados de 1999 com um único objetivo: atender com excelência ao mer- cado potencial de aluguel de empilhadei- ras a empresas de diversos ramos, que precisem movimentar bens. Nestes anos de trabalho, a Empiza destacou-se pelo atendimento diferencia- do, rápido e objetivo aos clientes, o que faz dela hoje uma das mais respeitadas empresas de locação do Estado de São Paulo. Empiza Contato: (19) 3571-3000 www.empiza.com.br Leme, SP Guepardo Transportes e logística A Guepardo Transportes e Logística atua no mercado desde 2009, oferecendo a Sertãozinho e todo o país qualidade, se- gurança, rapidez e comprometimento em qualquer tipo de transporte. Formada por profissionais que, juntos, atuam neste ramo há mais de 60 anos, a Guepardo chegou para ino- var o conceito de carregamento e logís- tica. Com funcionários treinados (MOOP) em transporte de cargas perigosa e espe- ciais, a empresa garante ao cliente o me- lhor serviço. Guepardo Contatos: (16) 3942-7660 e 3524-0939 http://transportadoraguepardo.com.br/ Sertãozinho, SP hCI - hidráulica e Conexões Industriais A HCI atua há 21 anos no Brasil e oferece soluções completas no segmento de tubulação industrial baseadas em ino- vação, criatividade e constante foco no cliente. Além do alto desempenho em to- das as áreas que atua, fornece ao merca- do nacional e internacional a alta confiabi- lidade que só uma grande empresa pode oferecer. Investe em condições de traba- Fernando Feitosa da Wallerstein Plínio César: entrevista para o programa Evidência Porco no Rolete do Badô Queiroz da Riberman: entrevista para o programa Evidência Roberto Maia e Marcelo Maia da ProSugar Jantar Luís Cláudio da KAPSEG Seguros Marino dos Anjos da Porto Seguro Paulo, Nilson e Luciana, equipe CanaMix Rose da Transportadora Guepardo: entrevista para o programa Evidência
  • 41. 41REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014 lho, desenvolvimento e evolução estrutu- ral, qualidade de ponta nos equipamentos, cuidados com segurança e tudo que pos- sa auxiliar seus profissionais ao máximo para que tenham condições ideais para re- alizarem seu trabalho. Além disso, a HCI tem uma preo- cupação especial com o impacto no meio ambiente, promovendo ações entre seus profissionais, além de orientá-los a cultuar esta prática não apenas dentro da empre- sa, mas principalmente em seus lares e na sociedade em geral. HCI Contato: (11) 2413-8080 http://www.portalhci.com.br/ Guarulhos, SP Kapseg Fundada em 1994, se tornou uma empresa sólida e reconhecida no merca- do, trabalhando com ética e transparência e conquistando a confiança e respeito no meio em que atua. O seu proprietário, antes de fundar a Kapseg, já trabalhava em companhia de seguros com vários anos de experiência em todos os segmentos. A empresa atua na área de automóveis, residência, empre- sa e seguro fiança. Tem o compromisso de proporcionar segurança ao cliente. As- sessoria individual e preços justos a ne- cessidade de seus consumidores. Kapseg Contato: (16) 3633-9595 http://www.kapsegseguros.com.br/ Ribeirão Preto, SP ProSugar Os produtos da ProSugar são sinô- nimos de inovação tecnológica em fer- mentação etanólica e produção de açú- car. A empresa tem sua base estruturada na pesquisa, desenvolvimento e inovação contínua. Desde sua criação, constantes in- vestimentos foram feitos em seu grupo técnico de PD&I, responsável por transfor- mar as demandas e problemáticas indus- triais em soluções tecnológicas de ponta, beneficiando o setor sucroenergético. ProSugar Contato: (16) 3946-6620 http://www.prosugar.com.br/ Ribeirão Preto, SP riberman A Riberman Plásticos Industriais Ltda iniciou suas atividades comerciais em agosto de 1990, tendo como princi- pal objetivo a especialização na comercia- lização de produtos semiacabados e pe- ças técnicas em plásticos de engenharia. A missão da Riberman é desenvol- ver oportunidades de negócio, presentes e futuros, oferecendo aos clientes produ- tos e serviços de alta qualidade, confiabili- dade, com preços competitivos e de valor agregado. Conquistar uma ampla distribui- ção desenvolvendo parceiros comerciais. Riberman Contato: (16) 4009-5399 http://www.riberman.com.br/ Ribeirão Preto, SP Sicoob O Sistema de Cooperativas de Cré- dito do Brasil (Sicoob) é o maior sistema financeiro cooperativo do país, com mais de 2,8 milhões de associados e 2,2 mil pontos de atendimento, distribuídos em 25 Estados e no Distrito Federal. É composto por cooperativas e em- presas de apoio, que em conjunto ofere- cem aos cooperados serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobran- ça bancária, entre outras soluções finan- ceiras, ou seja, tem todos os produtos e serviços bancários, mas não é banco. É uma instituição financeira cooperati- va, onde os clientes são os donos e, por Sérgio e Claudinei da Transportadora Guepardo Show do Chico Lorota 1 Show do Chico Lorota 2 Tanielson Campos Sec. de Turismo de Ribeirão Preto e Gustavo Pres. do Rotary Boulevard Usina Bela Vista
  • 42. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201442 isso, os resultados são divididos entre os associados. Sicoob Site: http://www.cocred.com.br/ Contato: (16) 3621-4660 Cidade: Ribeirão Preto, SP Porto Seguro A Corporação Porto Seguro teve origem com a fundação da Porto Seguro Cia de Seguros Gerais, em 1945. Na épo- ca de sua constituição, operava em segu- ros e resseguros de ramos elementares. Em 1972, Abrahão Garfinkel, ex-diretor do grupo Boa Vista de Seguros, adquiriu o controle da empresa, que, naquela épo- ca, ocupava a 44ª posição no ranking do mercado A Porto Seguro atua em todos os ramos de Seguros, Patrimoniais e de Pes- soas, que são complementados por ou- tros negócios sinérgicos com a atividade principal: Automóvel, Saúde Empresarial, Patrimonial, Vida e Transportes, Previ- dência, Consórcio de Imóveis e Automó- veis, Administração de Investimentos, Fi- nanciamento, Capitalização e Cartão de Crédito, Proteção e Monitoramento, Ser- viços a Condomínios e Residências e Telecomunicações. Porto Seguro Contatos: (11) 3366-3184 / 0800 727 1184 https://institucional.portoseguro.com.br/ São Paulo, SP Itaú Seguros A história do Itaú Seguros se inicia em 1921, com o nome de “Companhia Ítalo-Brasileira de Seguros Gerais”, funda- da por um grupo de italianos com o ob- jetivo de operar junto ao setor industrial. Já em 1935, o controle acionário passou para as mãos de um grupo de empresá- rios brasileiros e seu nome mudou para “Companhia Seguradora Brasileira”. Mu- dou uma vez mais em 1972, para “Itaú Seguradora S.A.”, e, em 1985, recebeu uma nova e definitiva razão social: “Itaú Seguros S/A”. Os principais produtos do Itaú para você são: o Seguro Residencial Itaú; o Se- guro Itaú Acidentes Pessoas, para você e toda a sua família estarem seguros; e o Seguro Viagens, que ajuda a proteger você e todos os seus familiares em suas viagens, proporcionando tranquilidade e bem-estar a todos. Itaú Seguros Contato: (11) 2255-0202 www.itauseguros.com.br São Paulo, SP Jatinox A Jatinox tem 50 anos de merca- do atuando no segmento de distribuição e conta com o mais diversificado esto- que de tubos, chapas e barras em aço inox, com diversos tipos e bitolas de aço à disposição de seus clientes para entrega imediata. Conta com especialistas na es- pecificação de aços inox para o segmen- to sucroenergético, em que apoia seus clientes visando maior vida útil dos aços inox com vantajosa relação custo/benefí- cio. Consulte a Jatinox e conheça o que ela pode fazer para reduzir custo e manu- tenção em sua usina. Jatinox Site: http://www.jati.com.br/site/ Contato: (11) 2172-0405/ 2060-0405 Cidade: São Paulo, SP Wallerstein Há mais de 30 anos, a Wallerstein Industrial e Comercial Ltda produz, co- mercializa e revende aditivos e insumos para a indústria cervejeira, principalmente no Brasil. A Wallerstein pertence ao Gru- po Landmann, que há 170 anos é um dos mais tradicionais fornecedores de maté- rias-primas para a indústria cervejeira. En- tre os produtos do Grupo Landmann, está o lúpulo, responsável pelo amargor e aro- ma da cerveja, e o malte, que é produzi- do pela sua coligada Malteria do Vale SA, com um volume anual de 105.000 tonela- das em sua unidade fabril de Taubaté, SP. Wallerstein Site: http://www.betabio.com.br/page009.html Telefone: (11) 3848-2900 Cidade: São Paulo, SP Usina Guarani Usina Pontal Vivian do Chopp Klaro Usina Santa Isabel
  • 43. 43REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
  • 44. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201444 Nordeste em Foco Subvenção sem fonte de recurso mais uma vez *Alexandre Andrade Lima A pesar de ter sido sancionada pela presidente Dilma Rousse- ff em julho, a Lei 12.999, que libera R$ 170 milhões em subvenção econômica para 23 mil canavieiros do Nordeste, vítimas da maior seca dos últimos 50 anos na região, tem a libe- ração do subsídio travada pelo Gover- no Federal. Isso acontece porque, além da sanção, o recurso só chega nas mãos dos agricultores se o Poder Exe- cutivo publicar o Decreto Presidencial, regulamentando a legislação, e quan- do promulgar no Diário Oficial a fon- te de recurso deste benefício. Meses passaram desde a publicação da lei e, até agora, nada do restante dos pro- cessos necessários para liberação real da subvenção. Três ministérios são responsáveis pelos referidos processos burocráticos: Agricultura, Pecuária e Abastecimen- to (MAPA), Fazenda e Planejamento. O MAPA cumpriu todas as medidas para garantir a liberação do subsídio, mas sozinho não pode fazer nada, pois de- pende das demais pastas. A Fazenda tem feito o possível e, geralmente tem recebido os dirigentes da União Nordes- tina dos Produtores de Cana (Unida), explicando sobre os trâmites burocráti- cos a respeito. Já o Ministério do Plane- jamento, que é o principal responsável e com poderes pela questão adminis- trativa da fonte de recurso, vem contri- buindo para atrasar o processo, crian- do barreiras, ampliando a morosidade na aplicação da Lei 12.999. Canaviais secos em Pernambuco durante estiagem de 2013: agora em 2014, liberação de recursos está mais uma vez atrasada O Ministério do Planejamento já recebeu do MAPA os encaminhamen- tos legais para agilizar as questões da fonte de recurso da subvenção. Desde o mês de agosto, a Agricultura enviou do- cumento necessário para cumprir a de- manda, sem ser atendida até hoje. Ao ser inquirido pelo presidente do Sena- do, Renan Calheiros (PMDB-AL) – alia- do histórico do segmento sucroenergé- tico nordestino, o Planejamento alegou ser necessária uma solicitação também do Ministério da Fazenda, idêntica à que o MAPA fez. A pasta citada negou a res- pectiva necessidade. O cenário mostra que há, no mínimo, um tipo de “empur- ra-empurra” para ganhar tempo, antes da pasta atender a referida Lei. É preciso cessar todo e qualquer tipo de questões burocráticas ou políti- cas que atrasam o cumprimento da Lei 12.999. Enquanto isso não é resolvi- do, os 23 mil produtores nordestinos de cana, juntamente com seus familiares e também os seus trabalhadores e famí- lia, aguardam a boa vontade do Minis- tério do Planejamento e penam sem os R$ 12 por cada tonelada de cana forne- cida na safra 2012-2013, conforme de- termina a legislação. A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição ao Palá- cio do Planalto, deve interceder no caso, para não ser conivente com esta injusti- ça com o agricultor da Região Nordeste. Em relação à publicação do De- creto Presidencial – documento também necessário para a liberação da subven- ção aos agricultores –, o processo foi bem encaminhado pelos ministérios da Agricultura e da Fazenda. Tudo já foi re- Fotos:Divulgação
  • 45. 45REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
  • 46. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201446 Dilma e Alexandre Andrade Lima na sede da AFCP, em 2013, quando Dilma anunciou a subvenção da safra 2011-2012 solvido. O documento está na Casa Civil, aguardando apenas a publicação no Di- ário Oficial da União. Entretanto, se não houver fonte de recurso para iniciar o pagamento do benefício, de nada adian- ta divulgar o decreto. Os 23 mil produ- tores nordestinos de cana clamam por respostas. Infelizmente, mais um ano, o Go- verno Federal opta por mecanismos que atrasam a efetiva liberação da subven- ção, onerando a vida do canavieiro nor- destino. No ano passado, o benefício, referente à safra 2011/2012 foi anun- ciado no mês de maio, pela própria pre- sidente Dilma Rousseff, na Associação dos Fornecedores de Cana de Pernam- buco (AFCP), em Recife, mas só come- çou a ser pago no final de 2013, fican- do uma parte pendente para este ano. O problema foi a publicação da fonte de re- curso também. Fé em Deus e muitas idas à Bra- sília estão na agenda dos dirigentes da Unida na esperança de buscar garan- tir o cumprimento da lei 12.999, a fim de aliviar os problemas dos canavieiros nordestinos – vítima da seca e da buro- cracia e de informações distorcidas do Governo Federal. Esta será a cartilha de iniciativas praticada pelos representan- tes da entidade de classe regional nas próximas semanas e talvez meses, sa- be-se lá infelizmente. Depois da publicação do Decreto Presidencial e do anúncio da fonte de re- curso de R$ 170 milhões para os produ- tores do NE, outra exigência burocrática será obrigatória. Ficará a cargo da Com- panhia Nacional de Abastecimento (Co- nab) fazer o regulamento de pagamento do benefício. O órgão federal é respon- sável pelo pagamento efetivo do subsí- dio. Sem o regulamento, nada pode ser liberado. Os canavieiros do estado do Rio de Janeiro, que são beneficiados da Lei 12.999, esperam também pela con- clusão burocrática desses processos. Eles receberão R$ 17 milhões. Portanto, os produtores nordesti- nos e cariocas de cana passam por uma via-crúcis enquanto o imbróglio conti- nua. É preciso efetivamente uma atitu- de firme da presidente Dilma para acabar com o martírio do produtor canavieiro este ano novamente. *Alexandre Andrade Lima é pre- sidente da União Nordestina dos Pro- dutores de Cana (Unida) e da AFCP.
  • 47. 47REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014
  • 48. REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 201448 Gestão Industrial liderança em discussão Casos envolvendo trabalhadores do corte, em que ambiente de trabalho não oferece condições, foi um dos temas do xIII Seminário do GerhAI Seminário foi na FAAP, em Ribeirão Preto, e contou com apoio do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br) Com informações da assessoria de imprensa “ Gestão de pessoas e lideranças sus- tentáveis” foi o tema do XIII Seminá- rio do GERHAI (Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria), re- alizado no dia 19 de setembro no auditório da FAAP, em Ribeirão Preto, e que contou também com o apoio do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br). O painel de abertura foi conduzi- do pelo desembargador do Tribunal Re- gional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, Manoel Carlos Toledo Filho, com a pales- tra “Gestão de pessoas para a mitigação dos impactos da legislação trabalhista na indústria canavieira”. Filho apresentou casos julgados en- volvendo trabalhadores do corte de cana, como o de dano moral, em que o ambien- te de trabalho não oferece sanitários ade- quados. Segundo ele, como medida de prevenção, “para evitar este tipo de confli- case de sucesso “Formação de lideranças como estratégia da gestão de talentos hu- manos”. De acordo com ela, o processo de desenvolvimento de lideranças envolve a te- mática “como o funcionário se sente sobre o trabalho, começa e termina a partir do líder”. “Líder ruim pode matar, literalmente”. Participando do painel interativo “Como recursos humanos e as lideran- ças podem contribuir para a melhoria do clima organizacional e engajamento das pessoas”, o coach, psicólogo organiza- cional e consultor em desenvolvimento humano na Gonçales & Associados, Mar- celo Herrera, destacou que o líder “antes de tudo, precisa se autodesenvolver”. Para o psicólogo e diretor da Brid- ge, Celso Braga, bons resultados de uma liderança depende de “um líder mais ins- pirador, que preste mais atenção nos ou- tros, no que está acontecendo em volta”. Fechando o encontro, o consultor especialista em gestão de negócios fami- liares e governança corporativa, Eduardo Najjar, apresentou a conferência “O papel da gestão de recursos humanos e das li- deranças para a melhoria dos resultados organizacionais através das pessoas”. to, o empregador deve ter uma observân- cia rigorosa quanto às instalações sanitá- rias e locais para refeição e repouso”. Entre os debatedores do painel, o gerente jurídico do Grupo São Martinho, Elias Georges, comentou sobre “um ju- diciário que ainda aplica um julgamento muito duro, ligado ao passado”. Já o ad- vogado João Reis, representando o CEI- SE Br, falou em “uma avalanche de abu- so do direito de pedir, de postular”. Em seguida, Andreia Nalesso, respon- sável pelas estratégias de desenvolvimento das lideranças do grupo Algar, apresentou o Divulgação
  • 49. 49REVISTA CANAMIX | SETEMBRO | 2014