Nos séculos XII e XIII, novas escolas e universidades surgiram na Europa para atender às necessidades de formação de juristas, notários e outros profissionais para as cidades em expansão. As primeiras universidades, como as de Paris e Bolonha, se especializaram em áreas como teologia, direito e medicina. A primeira universidade portuguesa foi fundada por D. Dinis em Lisboa em 1290 e transferida para Coimbra em 1308.
1. A EXPANSÃO DO ENSINO ELEMENTAR E A FORMAÇÃO DE
UNIVERSIDADES
Diogo Saraiva, nº9
Mara Godinho, nº17
2. Factores que levaram Expansão do
Ensino
Nos séculos XII e XIII verifica-se na Europa um
grande aumento das instituições de ensino e cultura.
Porquê?
De modo a corresponder às novas necessidades da administração e
da economia – as cidades precisavam de juristas, notários,
escrivães...devidamente formados.
Para corresponder ao aumento do volume das trocas e à formação
de grandes companhias comerciais, que obrigam a registos
minuciosos.
3. As Primeiras Escolas
Até ao século XI, a leitura e a escrita, aprendidas nas escolas,
eram privilégio quase exclusivo dos clérigos e dos monges. Os
mosteiros mais conceituados eram verdadeiras livrarias (bibliotecas) que
eram as suas escolas monacais, destinadas à preparação de jovens
candidatos a monges.
Biblioteca no Mosteiro de
Malk, na Áustria, de
1089.
Mosteiro da Alcobaça
Mosteiro dos Jerónimos
4. O séc XI trouxe consigo:
Escolas Urbanas ou
Catedrais
Universidades, que ao
início eram chamadas de
Estudos Gerais.
5. Escolas Urbanas ou Catedrais
No séc. XI , organizaram-se as primeiras escolas urbanas.
Os professores das escolas mantêm-se (Clérigos e monges)
mudando apenas os seus destinatários e locais.
Escolas Urbanas
Locais:
Ao lado das Sés
Patriarcais e nos
centros das
cidades,
Catedrais etc.
Destinatários:
Passam a ser
dirigidas não só
aos clérigos mas
também a
bastantes leigos.
6. A Fundação das Universidades
A SUA FUNDAÇÃO EXPLICA-SE DEVIDO A UM CONJUNTO
DE FACTORES:
Crescimento demográfico;
O aumento das heresias e a necessidade que a Igreja sentiu
de aumentar a formação intelectual dos seus clérigos, de modo
a estarem preparados para as combaterem;
Os progressos técnicos e culturais da época, que tornaram
necessário diversificar e aprofundar as matérias do ensino.
7. As Universidades
Algumas escolas catedrais que vieram a ganhar autonomia
e importância, deram origem às universidades ou studium
generale.
Este agregava mestres e discípulos dedicados ao ensino
superior de algum ramo específico do saber.
Universidades – Do termo
latino universitas, corporação
de professores e estudantes,
com vista à organização de
um estabelecimento de ensino
superior. A Universidade
medieval foi sempre
dependente da Igreja.
Primeiras
Universidades
Europeias
Paris
(Teologia)
Bolonha
(Direito)
8. As Sete Artes Liberais, figura do 'Hortus
deliciarum' de 'Herrad von Landsberg'
(século XII) Sete Artes
Liberais
Trivium:
gramática, retórica
e dialéctica
Quadrivium:
aritmética,
geometria,
astronomia e música
As disciplinas ditas superiores formavam a
parte central e preparatória do currículo das
universidades medievais, preparando o para
as disciplinas como Medicina, o Direito e a
Teologia (e a Filosofia).
9. As Especializações
Uma vez licenciado em Artes, o estudante podia especializar-
se em Medicina, Direito ou Teologia.
Enquanto os cursos de Direito e Medicina obrigavam a mais 6
anos de estudo, o de Teologia chegava a exigir 15.
O ensino baseava-se sobretudo na leitura e comentário, pelo
mestre, dos escritos das autoridades no assunto versado.
As universidades conferiam os graus de bacharel, licenciado
e doutor.
11. A Primeira Universidade Portuguesa
Esta funcionava com as Faculdades de Artes, Direito Canónico, Leis e
12. A Primeira Universidade Portuguesa
O rei D. Dinis fundou o Estudo Geral de Lisboa em Março de 1290,
sendo a primeira universidade portuguesa.
Esta foi confirmada pela bula do papa Nicolau IV, em Agosto do
mesmo ano.
O Estudo Geral de Lisboa funcionou com as faculdades de Artes,
Direito Canónico, Leis e Medicina.
Em 1308, foi transferida para Coimbra, devido aos protestos da
população lisboeta contra os privilégios dos estudantes.
A Universidade de Coimbra era do tipo bolonhês – corporação de
estudantes – pois eram os alunos que elegiam as autoridades
escolares.
13. Conclusão
Em relação à educação, a leitura e a escrita
intensificaram-se, surgindo novas escolas que, devido à sua
autonomia e fama internacional, deram origem a uma
organização mais rígida, as Universidades.
Por último, a universidade foi responsável pela
alteração da própria fisionomia da cidade, como se pode
constatar facilmente pelos exemplos de Paris, com a criação
do Bairro Latino e, no nosso país, de Coimbra, cidade que
passou a viver, em grande medida, do seu cariz universitário.
14. Bibliografia
“O Tempo da História” 2ªparte – História A, 10ºano
http://topazio1950.blogs.sapo.pt/226948.html
http://sergiocoimbrao.fotosblogue.com/135165/Universida
de-de-Coimbra/
http://www.literaturaemfoco.com/?p=4115