O documento fornece informações sobre a Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul no século XIX. Detalha curiosidades sobre a alimentação dos soldados e o uso de armas na época, e resume a participação importante do General Osório na pacificação do conflito. Também menciona a participação de Giuseppe Garibaldi ao lado dos republicanos da Revolução Farroupilha.
3. ● A erva mate, também uma
herança indígena, chegou
a ser condenada pelos
padres Jesuítas, pois “o
demônio” por meio de um
feiticeiro, a tinha
inventado. A cuia era
muito parecida com a de
hoje, porém a bomba era
feita de bambu.
4. ● O rancho das tropas de Osório
não era um luxo, como algumas
pessoas pensam. Pelo contrário,
pela manhã ninguém tomava
café, apenas tomavam
chimarrões, ou como diziam,
matavam. Para o almoço, os
soldados ganhavam carne fresca
para o churrasco todos os dias,
um pouco de farinha, erva-mate
nova e cachaça. Às vezes
ganhavam feijão e charque.
5. ● Quando Osório ingressou
no exército, ainda jovem,
basicamente se lutava com
cavalos, ainda com lanças,
porque as armas de fogo
eram pouco confiáveis e
não permitiam mira de
longa distância.
6. ● Osório talvez não tivesse
alcançado o posto de
General se não tivesse
participado da Revolução
Farroupilha, porque depois
que a guerra dividiu o que
existia de exércitos e tropas
no Rio Grande do Sul,
aqueles que ficaram no lado
legalista, fizeram carreira e
ganharam conceito junto ao
poder Central.
7. ● Osório, na época coronel, vai
conhecer o Duque de Caxias
na Revolução Farroupilha.
Caxias vai se tronar uma
espécie de protetor de Osório
no plano militar. Em troca,
Osório vai apoiar
politicamente os aliados de
Caxias no Estado.
8. ● Tchê é um vocativo usado
na Argentina, na Bolívia, no
Paraguai, no Uruguai e no
Brasil meridional como
"companheiro", "amigo",
"colega" e outros
sinônimos.
9. A PRINCIPAL PARTICIPAÇÃO DO GENERAL
OSÓRIO NA GUERRA DOS FARRAPOS
● Em 1835, Osório servia no 2º Corpo de Cavalaria em
Bagé (RS). Nessa oportunidade, eclodiu a Guerra dos
Farrapos. Ligado aos liberais, Osório de início, ficou do
lado dos rebelados, que lutavam por maior autonomia para
a província, mas sua posição se modificou e passou a
prestar serviços para as forças do Governo Central.
Participaram de combates contra os rebeldes em Porto
Alegre, Bagé e Caçapava e distinguiu-se no combate de
Herval em 1838. Promovido a Tenente Coronel, teve
participação destacada nas conversações que encerraram o
conflito e que pacificaram a província.
10. PRINCIPAIS PERSONAGENS DA GUERRA
DOS FARRAPOS - OS LIBERAIS
● Bento Manoel Ribeiro (1783-1855)
● David Canabarro (1793-1867)
● Giuseppe Garibaldi (1807-1882)
● Bento Gonçalves da Silva (1788-1847)
● Domingos José de Almeida (1801-1866)
● João Manoel de Lima e Silva (1805-1837)
● João Antônio da Silveira (1795-1872)
14. ● Giuseppe Garibaldi (Nice, 4 de julho de 1807 — Caprera, 2 de
junho de 1882) foi um general, guerrilheiro, Condottiero e
patriota italiano.
● Foi alcunhado de "herói de dois mundos", devido à sua
participação em conflitos na Europa e na América do Sul. Uma
das mais notáveis figuras da unificação italiana, ao lado de
Giuseppe Mazzini e do Conde de Cavour, Garibaldi dedicou
sua vida à luta contra a tirania. Nasceu em Nizza (hoje Nice,
na França), então ocupada pelo Primeiro Império Francês e
que retornaria ao reino de Sardenha Piemonte, com a queda de
Napoleão Bonaparte, para ser depois cedida à França por
Cavour, pelo tratado de Turim (24 de março de 1860)
15. ● Foi condenado à morte e fugiu para a
América do Sul, desembarcando no
Rio de Janeiro em 1835. Logo, porém,
segue para o Rio Grande do Sul e se
junta aos republicanos da Revolução
Farroupilha, ou Guerra dos Farrapos,
destacando-se nos combates às forças
imperiais. Juntamente com o general
Davi Canabarro, tomou o porto de
Laguna, em Santa Catarina, onde
proclamaram a República Juliana.
16. ● Em Laguna, Garibaldi
conheceu Ana Maria de Jesus
Ribeiro, com quem se casaria.
Ela se tornou sua companheira
de lutas na América do Sul e
na Europa e entrou para a
história com o nome de Anita
Garibaldi. Pouco antes do fim
da Guerra de Farrapos, foi
dispensado por Bento
Gonçalves de suas missões e
mudou-se para o Uruguai.
17. ● Naquele país, em 1842, foi
nomeado capitão da frota
uruguaia na luta contra o
ditador argentino Juan Manoel
Rosas. No ano seguinte,
exerceu papel fundamental na
defesa de Montevidéu,
impedindo que a cidade fosse
tomada pelos argentinos.
18. ● Em 1848, Garibaldi voltou à Itália para combater os exércitos
austríacos na Lombardia (norte da Itália) e dar início à luta pela
unificação italiana. Fracassou na tentativa de expulsar os
austríacos e foi forçado a refugiar-se primeiro na Suíça e depois
em Nizza (hoje Nice, na França). Visando conquistar Roma ao
papado, os liberais italianos marcharam contra aquela cidade e a
tomaram. Garibaldi participou da campanha com um corpo de
voluntários e foi eleito deputado na assembleia constituinte da
República Romana.
19. ● Contudo, os franceses e os
napolitanos cercaram a cidade,
visando a restabelecer a autoridade
papal. A cidade caiu em 1º. de julho
de 1849. Garibaldi recusou um
salvo-conduto do embaixador
americano e empreendeu uma
retirada com 4 mil soldados, sendo
perseguido por três exércitos
(franceses, espanhóis e
napolitanos), que somavam dez
vezes o seu número de homens. Ao
norte da Itália, o exército austríaco,
com 15 mil soldados, também
aguardava Garibaldi. Durante os
combates, Anita foi morta, em 4 de
agosto de 1849.
20. ● Condenado ao exílio, Garibaldi morou
na África, em Nova York e no Peru.
Entretanto, voltou à Itália em 1854,
participando da Segunda Guerra de
Independência contra os austríacos. O
Conde de Cavour, primeiro ministro do
Piemonte (norte da Itália), nomeou-o
comandante das forças piemontesas e
sob seu comando a Lombardia foi
tomada à Áustria. Com isso, a Itália do
norte estava unificada.
21. “ Eu vi corpos de tropas mais numerosas, batalhas mais
disputadas, mas nunca vi, em nenhuma parte, homens mais
valentes, nem cavaleiros mais brilhantes que os da bela
cavalaria rio-grandense, em cujas fileiras aprendi a desprezar o
perigo e combater dignamente pela causa sagrada das nações.
Quantas vezes fui tentado a patentear ao mundo os feitos
assombrosos que vi realizar por essa viril e destemida gente,
que sustentou, por mais de nove anos contra um poderoso
império, a mais encarniçada e gloriosa luta! ”
Garibaldi