O texto resume os principais elementos da citação sobre a estrutura de um sermão segundo Padre António Vieira, explicando que o pregador deve escolher uma única matéria, definí-la para que seja compreendida e dividi-la para que seja distinguida, provando-a com a Escritura e declarando-a com a razão.
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Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 61-62
1.
2. p. 133:
Partindo da perspetiva do excerto abaixo
transcrito, seleciona uma das alternativas
apresentadas e redige um texto de acordo com as
instruções fornecidas.
1.A
Redige um texto argumentativo, com
uma extensão de duzentas a trezentas
palavras, em que evidencies a
modernidade da atuação e da mensagem
do Padre António Vieira.
3. Às vezes, sente-se faltar «assunto» (mais
«Sermão»).
Ir lendo texto de apoio no manual, ver os
programas de televisão, reler as nossas
folhas.
Não deixar de fazer estes trabalhos.
7. 1.
O texto apresentado integra-se no
capítulo V do «Sermão de Santo António»,
quando o orador trata de repreender os
peixes, em particular. O «peixe» criticado
é o polvo. Se considerarmos a estrutura
típica dos sermões, este passo situa-se já
perto do final da narração (ou
confirmação), seguindo-se-lhe o capítulo
VI, que constitui a peroração.
9. • Exórdio (ou introito) cap. I
Apresentação do tema (conceito predicável
«vos estis sal terrae»; metáfora do sal; Santo
António como modelo; invocação)
• Divisão [Exposição] cap. II-V (início)
Apresentação da matéria a desenvolver
• Narração [Confirmação] cap. II-V
Defesa da tese, através de argumentos de vária
ordem (exemplos; analogia; citações)
• Peroração (ou epílogo) cap. VI
Síntese; mobilização dos ouvintes
10. 2.1
Primeira parte, ll. 1-3 (primeira
frase); segunda parte — ll. 3-14; terceira
parte — ll. 15-21.
11. 2.2.
Primeira parte:
O polvo — de que tantos se queixam…
Esperem pelas últimas queixas
O odiado polvo
O réu
Mais queixas
Levante-se o réu
14. 3.1
[Há três expressões que poderiam ser
escolhidas: a primeira salienta a aparência de
santidade do molusco: «com aquele seu capelo
na cabeça, parece um monge» (l. 3); a segunda
comparação é estabelecida com uma estrela e,
decerto, com a sua luminosidade: «com aqueles
raios estendidos, parece uma estrela» (ll. 3-4); a
terceira comparação vinca a aparência inofensiva
do polvo: «com aquele não ter osso nem espinha,
parece a mesma brandura, a mesma mansidão»
(ll. 4-5). Estes atributos tão lisonjeiros ligados à
aparência contrastam com a realidade, a
dissimulação de que é capaz o polvo («é o maior
traidor do mar»).]
15. 4.1.
O camaleão tem em comum com o
polvo o facto de alterar a sua coloração em
função do ambiente em que se encontra.
O facto de se camuflar
disfarçar
dissimular
esconder
16. 4.2.
Segundo o pregador, estes animais
distinguem-se, porque esta caracte-
rística é «gala» (l. 9), no camaleão, e
«malícia» (l. 10), no polvo.
17. 5.1.
A comparação é feita com Judas,
também um traidor como o polvo, apesar
de, na opinião do pregador, as
características da sua traição serem
menos graves que as do polvo.
18. 6.
Apóstrofe — «peixe aleivoso e vil»
(l. 20). Esta apóstrofe, com uma dupla
adjetivação de conotação negativa,
revela a perspetiva do pregador sobre as
características do polvo.
6.1
Vocativo.
19. 7.
As interrogações retóricas (ll. 12 e
15) visam atrair a atenção dos ouvintes.
Como momentos de pausa na progressão
do sermão, chamam o auditório a uma
reflexão, preparando, desta forma, a
argumentação que se lhes segue.
20. 10.
Podemos talvez considerar deíticos
pessoais «estamos» (l. 1), «saiamos» (l.
1), «vê» (1.20), «tua» (l. 20); e deíticos
espaciais «saiamos» ou «lá» (l. 1).
(Quanto a mim, estas expressões
dificilmente evocam propriamente a
enunciação — o orador reporta-se ao seu
espaço ou está apenas a criar uma
situação narrativa? — e não são bons
exemplos de deixis.)
21. 11.1
Proponho duas hipóteses (com
«dever» e «poder»):
Até Judas pode não ter sido tão traidor
como tu, polvo estúpido.
Até Judas não deve ter sido tão traidor
quanto tu, estupidíssimo polvo.
23. p. 325 (ou aula 75-76 do 10.º ano)
no início no meio no final
Inserção de segmentos
Prótese Epêntese Paragoge
Supressão de segmentos
Aférese Síncope Apócope
Alteração de segmentos
Assimilação, Dissimilação, Nasalização,
Desnasalização, Ditongação, Vocalização,
Redução vocálica, Contração (crase, sinérese),
Metátese, Palatalização, Sonorização
26. alteração
(mudança de sons)
aproximação a um som vizinho:
assimilação
diferenciação relativamente a um som
vizinho: dissimilação
contração de duas vogais numa só:
crase
contração de duas vogais num ditongo:
sinérese
28. p. 325 (ou aula 75-76 do 10.º ano)
no início no meio no final
Inserção de segmentos
Prótese Epêntese Paragoge
Supressão de segmentos
Aférese Síncope Apócope
Alteração de segmentos
Assimilação, Dissimilação, Nasalização,
Desnasalização, Ditongação, Vocalização,
Redução vocálica, Contração (crase, sinérese),
Metátese, Palatalização, Sonorização
29. 12.
a.[SPINAM > espinha]
A queda do -m de SPINAM consiste
numa apócope. O acrescento da vogal
no início da palavra é uma prótese.
Houve ainda a palatalização do n em nh.
30. b. [PETRAM > pedra]
Como é costume deu-se a apócope do
-m latino. A passagem do t a d
configura uma sonorização.
31. c. [ARENAM > areia]
Como sempre, tudo começa com a
apócope do -m. Deu-se depois o
desaparecimento de um som medial (a
síncope do -n-). Na passagem de -ea a -eia
há uma ditongação.
32. d. [VERITATEM > verdade]
Apócope do -m. Síncope do i.
Sonorização do t em d.
52. 20
te
complemento indireto ou direto
Há duas interpretações possíveis: 'quero
a ti bem' (= 'desejo a ti o melhor') e
'quero-te muito' (= 'desejo-te muito').
58. Grupo III
«Há de tomar o pregador uma só matéria,
há de defini-la para que se conheça, há de
dividi-la para que se distinga, há de prová-
la com a Escritura, há de declará-la com a
razão...»
Padre António Vieira, «Sermão da Sexagésima», VI
(1655).
59. Elabora um texto de caráter expositivo
com um mínimo de duzentas e o máximo de
trezentas palavras, em que apresentes
elementos relevantes para a compreensão
da citação acima indicada, fundamentando
a tua resposta no conhecimento do
«Sermão de Santo António» (a estrutura do
sermão, a questão da alegoria, o tipo de
argumentos utilizado, por exemplo).
60.
61. A matéria de que vai tratar o «Sermão
de Santo António» está exposta no conceito
predicável — «Vos estis sal terrae» (Vós
sois o sal da terra) —, logo no exórdio (no
capítulo I, portanto). Depois de explicar o
significado de cada um dos constituintes
desta frase, o orador afirma que «este é o
assunto que eu tinha para tomar hoje».
Temos, assim, a matéria definida, como o
Padre Vieira, no seu «Sermão da
Sexagésima», recomendava fizessem os
pregadores.
62. No princípio do II Capítulo do «Sermão de
Santo António», Vieira divide a matéria, dizendo:
«para que procedamos com clareza, dividirei,
peixes, o vosso Sermão em dous pontos: no
primeiro louvar-vos-ei as vossas virtudes, no
segundo repreender-vos-ei os vossos vícios».
Voltará a repetir esta estratégia no início dos
capítulos III, IV e V, já que neles anuncia,
respetivamente, ir tratar o elogio das virtudes em
particular; as repreensões em geral; e as
repreensões em particular. No capítulo VI, que
corresponde à peroração, anuncia ir concluir.
Parece cumprir-se, com isto tudo, o preceito de
«dividi-la para que se distinga».
63.
64. TPC — Em folha solta, a caneta,
resolve o ponto 1 de Oficina de escrita, p.
118 («Tendo como tese a frase ‘Vaidade
das vaidades e tudo é vaidade’, escreve um
texto argumentativo, com uma extensão de
duzentas a duzentas e cinquenta palavras,
acerca dos hábitos de consumo na
sociedade atual»).