Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 35-36
Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 69-70
1.
2. Nesta crónica sobre o que deve ser
uma crónica, Luís Filipe Borges recorre a
uma analogia entre as divisões de uma
casa e as secções de um jornal. À crónica
corresponderia o sótão, que, como se
sabe, é a parte da casa que implica mais
familiaridade, frequentada em escapadas à
normalidade. Os cronistas seriam «os
miúdos da casa», os colaboradores do
jornal de quem se espera irreverência. Ora,
3. segundo o autor de «Elogio da velhice
enquanto verdadeira», alguns cronistas —
precisamente os mais jovens —
desperdiçam o «privilégio de brincar
nesse espaço», preferindo adotar um
estilo formal e sério, talvez porque
considerem que isso os valoriza enquanto
jornalistas. Felizmente que ainda há
cronistas que conseguem atrair os leitores
sobretudo pela sua criatividade.
4. Representa-se uma cena de pesca,
com dois iscos lado a lado. A um deles, a
minhoca com a forma de @, acorre quase
todo o cardume, havendo um único peixe
que dá atenção ao outro engodo, uma
minhoca normal. Trata-se de uma alegoria
que parece salientar a força de atração que
a Internet constitui. A facilidade com que
tantos peixes foram enganados deixa
implícitas críticas à dependência que
muitos sentem relativamente à net e ao
pouco escrutínio que sobre esta
exercemos.
8. O termo antecedente e o termo anafórico
são correferentes, isto é, têm o mesmo
referente (tanto o sintagma nominal «A
pneumo...» como o pronome «a»
reportam-se ao referente ‘pneumoultrami-
croscopicossilicovulcanoconiose’).
10. O termo antecedente e o termo
anafórico têm de novo o mesmo referente
(são, portanto, correferentes). O que
permite percebermos essa correferência
é o facto de
«oftalmotorrinolaringologista» ser um
hipónimo do hiperónimo «médico».
Assim, podemos usar como anáfora este
último termo, já que ele, englobando-o,
nos permite inferir o outro termo.
11. O corpo humano é uma máquina.
Então o esternocleidomastóideo funciona
exemplarmente.
12. Podemos considerar que «o
esternocleidomastóideo» é entendido
como termo anafórico de «o corpo
humano» (que será o termo antecedente),
porque entre ambos há uma relação de
holonímia-meronímia («corpo humano» é
holónimo dos merónimos
«esternocleidomastóideo», «braço»,
«perna», etc.).
13. Que raio, já a perdi! E ainda foi cara a
tetrabromometacresolsulfonoftaleína.
14. O pronome «a» e o sintagma nominal «a
tetrabromometacresolsulfonoftaleína»
são também correferentes. No entanto,
agora o referente está depois do
pronome que o substitui. Nestes casos,
dizemos que se trata não de uma anáfora,
mas de uma catáfora. O termo referencial
é sucedente.
15. Que raio, já a perdi! E ainda foi cara
a tetrabromometacresolsulfonoftaleína.
catáfora (termo catafórico)
termo sucedente (termo referencial)
16. Uma sequência cuja interpretação
depende do valor referencial de
anáforas ou de catáforas constitui uma
cadeia de referência.
Às vezes, numa cadeia de referência,
o termo anafórico não se realiza
lexicalmente (está «subentendido»;
houve a sua elipse). É o que sucede em:
17. O comandante Schettino queria
ficar no navio, mas Ø tropeçou na
escada e Ø caiu num bote.
Termo antecedente
Elipse
Elipse
18. Percebemos que o sujeito da oração
adversativa, embora subentendido (ou
«elidido»), é «ele» ou «O comandante
Schettino».
19.
20.
21. Relancear o texto na p. 96, para se
aperceberem de
– lead (o primeiro período: «Ouvir leitores
[até] audição»)
– título (e jogo com pos subtítutos)
– três parágrafos
– estilo
24. Passa para discurso indireto as três
falas do cartoon na p. 96
O pai perguntou...
O pai disse...
25. Então, como é que vão as coisas na
escola, filho?
O pai perguntou ao filho como é que
iam as coisas na escola.
26. Ouvi dizer que aterraram marcianos em
New Jersey hoje de manhã.
O pai disse que ouvira dizer que tinham
aterrado/aterraram marcianos em New
Jersey naquele dia de manhã.
27. Sabes? A mãe e eu estamos a pensar
fazer-te um upgrade do computador
com os gigacoisos... Estás
interessado?
O pai disse/anunciou [ao filho] que a
mãe e ele estavam a pensar fazer-lhe
um upgrade do computador com os
gigacoisos e perguntou-lhe se estava
interessado.
28.
29.
30. TPC — Lê as páginas sobre
‘Variação e normalização linguística’ —
reproduzidas de uma boa gramática —
que pus em Gaveta de Nuvens. (Para
efeitos de próximos trabalhos acrca de
gramática, assume-se que estas e outras
páginas que vou recomendando estão
razoavelmente estudadas.)
31. [Para os que ainda tenham quinze anos (ou só
tivessem feito os dezasseis já esta semana) e
que já me entregaram reformulação da primeira
versão da carta sobre «O mundo onde
gostarias de crescer»:]
Se quiseres, posso enviar carta para o
concurso dos CTT/ANACOM, se me for trazida
uma versão limpa da mesma (pode ser a última
versão que vi, mas também pode haver ainda
algum retoque de ordem tipográfica que
queiras fazer).
32. Deve haver também identificação (nome
completo, data de nascimento, morada, escola)
— que, aparentemente, pode figurar na própria
folha da carta, mas eu sugeria que ficasse em
folha solta, e fotocópia do cartão de cidadão. Eu
encarrego-me de trazer os envelopes onde tudo
isto ficará encerrado.
Terei de enviar as cartas até 13 de
fevereiro, pelo que as aulas convenientes para
este efeito serão as de 11 de fevereiro (10.º 1.ª,
7.ª, 8.ª) e 12 de fevereiro (5.ª, 12.ª).