SlideShare a Scribd company logo
1 of 3
Download to read offline
Sociedade, Tecnologia e Ciência 
Agrupamento de Escolas de 
Alter do Chão 
Nome:____________________________________________ 
Data: ___/___/___ 
NG6: Urbanismo e Mobilidades 
NG6 – DR1 
Tema: Construção e Arquitetura 
Domínio de Referência 1 – DR1 – Associar conceitos de construção e arquitetura à integração social e à melhoria do bem-estar individual 
Ficha de Trabalho 
A Evolução das Habitações 
As casas e demais formas de abrigo constituem as mais importantes criações da evolução técnica e intelectual, pois foram elas que tornaram a espécie humana mais adaptável, capaz de sobreviver desde o equador aos polos. 
Habitação é, desde tempos ancestrais, o abrigo usado pelo Homem para se proteger das ameaças do meio ambiente ou do seu semelhante. Definido como lugar em que se habita, o termo confunde-se, no uso corrente, com domicílio, residência, moradia, vivenda, casa, apartamento, etc. Segundo a Organização das Nações Unidas, trata-se do "meio ambiente material onde se deve desenvolver a família, considerada unidade básica da sociedade". 
Abrigos naturais 
A partir do Paleolítico Inferior, grutas e cavernas começaram a ser aproveitadas como habitações temporárias pelos hominídeos. O Homo Neanderthalensis fez uso mais frequente destes abrigos, durante as fases frias da glaciação, também ocupados pelo Homo Sapiens do Paleolítico Superior. 
Alguns grupos humanos contemporâneos conservam o hábito de escavar abrigos em paredes rochosas ou no próprio solo, sempre que sejam suficientemente porosos para não reterem a humidade, ofereçam pouca resistência aos instrumentos utilizados e, principalmente, apresentem tendência à clivagem vertical. 
Os abrigos naturais apresentavam, no entanto, vários inconvenientes: eram fixos, por vezes mal situados e húmidos, conjunto de circunstâncias negativas para um coletor ou caçador sempre em movimento. Como os próprios antropoides atuais fazem ninhos para dormir (chimpanzé, gorila), e o orangotango chega a cobrir ninho com uma cúpula de galhos ou ramos trançados, é se presumir que os australopitecíneos fizessem o mesmo, o que teria dado origem aos abrigos artificiais. 
Abrigos artificiais 
No sítio mesolítico de Campigny (cerca de 12000 a. C.), encontram-se os mais antigos tipos de habitações semissubterrâneas, com pilares de madeira em forma de forquilha que suportam troncos e barrotes colocados horizontalmente. O conjunto é coberto por paus roliços mais finos, e estes são recobertos com terra. No centro há um orifício por onde escapa o fumo. 
Habitações 
O conceito de casa tem uma existência mais recente e a sua configuração depende de fatores como os materiais disponíveis, as técnicas de construção dominadas por certo grupo e suas conceções planeamento e arquitetura, em função das atividades económicas, do género de vida dos padrões culturais.
Sociedade, Tecnologia e Ciência 
Agrupamento de Escolas de 
Alter do Chão 
Habitação rural 
É na habitação rural que as influências geográficas se apresentam com 
maior nitidez, não só porque no campo as comunidades humanas têm 
contacto direto com a natureza, mas também por constituírem grupos 
menos equipados tecnicamente e mais presos à tradição. Além disso, a 
habitação rural é abrigo e também, muitas vezes, local de trabalho e de 
armazenamento de produtos, de tal forma que revela nitidamente as 
atividades e necessidades dos seus ocupantes. As mais simples utilizam 
material vegetal praticamente sem elaboração. São constituídas 
basicamente por um arcabouço de troncos e ramos de árvores entrelaçados e usualmente amarrados por fios, 
forrado ou não com barro, esteiras ou folhas. A cobertura é feita de palha, folhas de árvore ou, em áreas mais 
evoluídas, de telhas. 
Casa de pedra 
A pedra é um material oferecido pela natureza que já no Império 
Romano, no Egito e na Grécia antigos foi amplamente utilizado. A casa 
de pedra é um tipo de habitação que pode surgir onde quer que a 
formação geológica forneça materiais suscetíveis de aproveitamento, 
como o granito e o xisto. Embora exista em todos os continentes, o seu 
domínio específico é da área europeia que circunda o Mediterrâneo, em 
que constitui a residência rural típica e de onde aparentemente se 
difundiu para outras regiões. 
Casa de tijolo 
Proveniente de matéria-prima fornecida pela natureza, mas já resultante de certa elaboração, o tijolo nasceu 
nas regiões desérticas, onde, pela falta de madeira, é o elemento básico da construção de moradias. O tijolo 
seco ao sol, ou adobe, foi amplamente utilizado pelo Homem, mas a sua inconsistência tornou-o facilmente 
destrutível, especialmente sob a ação da chuva. Uma vez cozido, no entanto, passa a ter boa resistência. É, 
atualmente, um dos materiais mais difundidos e, com o ferro e o cimento, constitui a base da arquitetura 
dominante nos centros urbanos. 
Outros tipos de habitações 
Existem ainda tipos específicos de habitação, de domínio geográfico nitidamente demarcado. Entre eles 
destaca-se a tenda, habitação típica dos pastores nómadas do Velho Mundo e também utilizada pelos 
esquimós no verão, quando se tornam nómadas. No inverno, quando se sedentarizam, a sua habitação é o 
iglu, construído com blocos de gelo, que se mantém de pé somente na estação invernal e se dissolve na 
primavera. 
Adaptação às condições naturais 
Além da influência que o meio físico exerce sobre a habitação rural mediante o material de construção, a
Sociedade, Tecnologia e Ciência 
Agrupamento de Escolas de 
Alter do Chão 
sua ação faz-se sentir em outros aspetos da moradia. Assim, nos climas tropicais procura-se protegê-la do 
calor por meio de varandas e pátios internos. Para enfrentar as chuvas, os telhados são amplos, projetados 
para além das paredes, em beirais. Nos climas secos e quentes, o pátio com poço central atende também ao 
abastecimento de água, enquanto a cobertura, tal como ocorre nas casas árabes, não precisando servir para o 
escoamento das águas, pode tornar-se plana, em forma de terraço. Nas regiões de inverno rigoroso, os 
telhados são pronunciadamente inclinados, para não acumularem neve. Janelas e portas têm tamanho 
reduzido, de modo a evitar perda de calor, e, como regra, a lareira domina o conjunto arquitetónico e a sala 
principal da habitação. A influência das condições naturais é sentida também em territórios frequentemente 
atingidos por terramotos, como o Japão, nos quais se adotam casas leves e flexíveis, feitas com armações de 
madeira e papel. 
Casa urbana 
Graças à utilização de técnicas avançadas, a habitação urbana tornou-se 
relativamente independente das condições físicas locais. Nas 
grandes construções imperam o ferro e o cimento, o que leva ao 
surgimento de novas conceções arquitetónicas, enquanto técnicas de 
refrigeração e calafetação de ambientes tornam a casa urbana imune 
aos efeitos climáticos. 
Embora não dependa tanto das condições naturais, a casa 
urbana, no entanto, torna mais evidentes as diferenças sociais. O 
equipamento técnico fica claramente documentado nas formas e 
estilos arquitetónicos. Os padrões de vida, muito mais diferenciados, criam profundos contrastes, com 
habitações de luxo edificadas muitas vezes perto de paupérrimas habitações coletivas, como os bairros sociais. 
A habitação urbana muda de acordo com o gosto de cada época, sem chegar a criar um estilo próprio. 
Nas cidades europeias, entre moradias de linhas modernas de estilo indefinido, veem-se construções de rara 
beleza, ou habitações que respeitaram certo estilo tradicional. Nas cidades de tipo americano, no entanto, o 
individualismo leva à convivência de diversos estilos dentro de uma mesma cidade ou bairro, ou a produção em 
série inviabiliza toda originalidade. 
Uma característica específica da vida urbana, a falta de espaço, afeta a moradia urbana na sua conceção e 
aspeto. Às vezes, comprimem-se umas contra as outras, em fachadas estreitas e em vários andares, como é 
comum nos Países Baixos e na Itália. Outras vezes, grandes prédios são subdivididos em várias moradias, 
com o aproveitamento dos sótãos e águas-furtadas, como é comum em Paris. Outras vezes ainda, as 
habitações acumulam-se em grandes edifícios, os arranha-céus, característicos dos centros comerciais e 
bancários das cidades americanas, que se tornaram a marca das grandes metrópoles de todo o mundo no 
século XX. 
Proposta de trabalho: 
Elabore um texto que contenha a informação facultada na ficha. Pode incluir algumas informações/imagens 
adicionais que considere pertinentes.

More Related Content

Viewers also liked

Ficha 3 ng1 dr1
Ficha 3 ng1 dr1Ficha 3 ng1 dr1
Ficha 3 ng1 dr1Luis Pedro
 
Ng1 Dr1 João e Clementina
Ng1 Dr1   João e ClementinaNg1 Dr1   João e Clementina
Ng1 Dr1 João e ClementinaAlfredo Garcia
 
Ficha 1 ng1 dr1
Ficha 1 ng1 dr1Ficha 1 ng1 dr1
Ficha 1 ng1 dr1Luis Pedro
 
CP NG6 DR3-proposta de trabalho -lina e lúcia
CP NG6 DR3-proposta de trabalho -lina e lúciaCP NG6 DR3-proposta de trabalho -lina e lúcia
CP NG6 DR3-proposta de trabalho -lina e lúcialuciafreitas1
 
Ficha 2 ng1 dr1
Ficha 2 ng1 dr1Ficha 2 ng1 dr1
Ficha 2 ng1 dr1Luis Pedro
 
Ng1 Dr1 Electrodomésticos Trabalho Josefa
Ng1 Dr1   Electrodomésticos   Trabalho JosefaNg1 Dr1   Electrodomésticos   Trabalho Josefa
Ng1 Dr1 Electrodomésticos Trabalho JosefaAlfredo Garcia
 
Clc 1. equipamentos
Clc 1. equipamentosClc 1. equipamentos
Clc 1. equipamentosmariajoao500
 

Viewers also liked (8)

Ficha 3 ng1 dr1
Ficha 3 ng1 dr1Ficha 3 ng1 dr1
Ficha 3 ng1 dr1
 
Ng1 Dr1 João e Clementina
Ng1 Dr1   João e ClementinaNg1 Dr1   João e Clementina
Ng1 Dr1 João e Clementina
 
Ficha 1 ng1 dr1
Ficha 1 ng1 dr1Ficha 1 ng1 dr1
Ficha 1 ng1 dr1
 
CP NG6 DR3-proposta de trabalho -lina e lúcia
CP NG6 DR3-proposta de trabalho -lina e lúciaCP NG6 DR3-proposta de trabalho -lina e lúcia
CP NG6 DR3-proposta de trabalho -lina e lúcia
 
Ficha 2 ng1 dr1
Ficha 2 ng1 dr1Ficha 2 ng1 dr1
Ficha 2 ng1 dr1
 
Apresentacao NG1
Apresentacao NG1Apresentacao NG1
Apresentacao NG1
 
Ng1 Dr1 Electrodomésticos Trabalho Josefa
Ng1 Dr1   Electrodomésticos   Trabalho JosefaNg1 Dr1   Electrodomésticos   Trabalho Josefa
Ng1 Dr1 Electrodomésticos Trabalho Josefa
 
Clc 1. equipamentos
Clc 1. equipamentosClc 1. equipamentos
Clc 1. equipamentos
 

Similar to Evolução das Habitações

3 Evolução da Habitação.pdf
3 Evolução da Habitação.pdf3 Evolução da Habitação.pdf
3 Evolução da Habitação.pdfElizabeteCosta18
 
Dia Mundial da Floresta
Dia Mundial da FlorestaDia Mundial da Floresta
Dia Mundial da FlorestaCoordTic
 
Tecnologia e-sociedade
Tecnologia e-sociedade Tecnologia e-sociedade
Tecnologia e-sociedade Fernando Costa
 
Portfolio matheus chuery pinto
Portfolio matheus chuery pintoPortfolio matheus chuery pinto
Portfolio matheus chuery pintoMatheusChuery
 
Centro cultural jean marie tjibaou_UNIP Bacelar
Centro cultural jean marie tjibaou_UNIP BacelarCentro cultural jean marie tjibaou_UNIP Bacelar
Centro cultural jean marie tjibaou_UNIP BacelarTata Noronha da Silva
 
Madeira mat const ii
Madeira mat const iiMadeira mat const ii
Madeira mat const iihalyssonmafra
 
Varanda, o novo quintal da casa?
Varanda, o novo quintal da casa?Varanda, o novo quintal da casa?
Varanda, o novo quintal da casa?Helena Degreas
 
Varandaoquintaldacasa2 141209065852-conversion-gate02
Varandaoquintaldacasa2 141209065852-conversion-gate02Varandaoquintaldacasa2 141209065852-conversion-gate02
Varandaoquintaldacasa2 141209065852-conversion-gate02Eliane Parente
 
Trabalho de coberturas
Trabalho de coberturasTrabalho de coberturas
Trabalho de coberturasIala Almeida
 

Similar to Evolução das Habitações (15)

3 Evolução da Habitação.pdf
3 Evolução da Habitação.pdf3 Evolução da Habitação.pdf
3 Evolução da Habitação.pdf
 
Dia Mundial da Floresta
Dia Mundial da FlorestaDia Mundial da Floresta
Dia Mundial da Floresta
 
Tecnologia e-sociedade
Tecnologia e-sociedade Tecnologia e-sociedade
Tecnologia e-sociedade
 
Tipos de moradia
Tipos de moradiaTipos de moradia
Tipos de moradia
 
Portfolio matheus chuery pinto
Portfolio matheus chuery pintoPortfolio matheus chuery pinto
Portfolio matheus chuery pinto
 
Alvenaria, Arte e Técnica
Alvenaria, Arte e TécnicaAlvenaria, Arte e Técnica
Alvenaria, Arte e Técnica
 
Centro cultural jean marie tjibaou_UNIP Bacelar
Centro cultural jean marie tjibaou_UNIP BacelarCentro cultural jean marie tjibaou_UNIP Bacelar
Centro cultural jean marie tjibaou_UNIP Bacelar
 
Madeira mat const ii
Madeira mat const iiMadeira mat const ii
Madeira mat const ii
 
Ana liz
Ana lizAna liz
Ana liz
 
Madeiras pdf
Madeiras pdfMadeiras pdf
Madeiras pdf
 
Varanda, o novo quintal da casa?
Varanda, o novo quintal da casa?Varanda, o novo quintal da casa?
Varanda, o novo quintal da casa?
 
Varandaoquintaldacasa2 141209065852-conversion-gate02
Varandaoquintaldacasa2 141209065852-conversion-gate02Varandaoquintaldacasa2 141209065852-conversion-gate02
Varandaoquintaldacasa2 141209065852-conversion-gate02
 
Mg arquitectura de terra no moxico
Mg arquitectura de terra no moxicoMg arquitectura de terra no moxico
Mg arquitectura de terra no moxico
 
Trabalho de coberturas
Trabalho de coberturasTrabalho de coberturas
Trabalho de coberturas
 
Pranchas 1 e 2
Pranchas 1 e 2Pranchas 1 e 2
Pranchas 1 e 2
 

More from Luis Pedro

Ficha 2 ng1 dr2
Ficha 2 ng1 dr2Ficha 2 ng1 dr2
Ficha 2 ng1 dr2Luis Pedro
 
Ficha 3 ng1 dr2
Ficha 3 ng1 dr2Ficha 3 ng1 dr2
Ficha 3 ng1 dr2Luis Pedro
 
Ficha de trabalho 3
Ficha de trabalho 3Ficha de trabalho 3
Ficha de trabalho 3Luis Pedro
 
2 tabela periódica
2   tabela periódica2   tabela periódica
2 tabela periódicaLuis Pedro
 
1 evolucao modelos-atomicos
1   evolucao modelos-atomicos1   evolucao modelos-atomicos
1 evolucao modelos-atomicosLuis Pedro
 
2 universo 7º
2   universo 7º2   universo 7º
2 universo 7ºLuis Pedro
 
Ficha 2 ng4 dr1
Ficha 2 ng4   dr1Ficha 2 ng4   dr1
Ficha 2 ng4 dr1Luis Pedro
 
Ficha 1 ng4 dr1
Ficha 1 ng4   dr1Ficha 1 ng4   dr1
Ficha 1 ng4 dr1Luis Pedro
 
Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1Luis Pedro
 
Ficha 2 ng2 dr1
Ficha 2 ng2 dr1Ficha 2 ng2 dr1
Ficha 2 ng2 dr1Luis Pedro
 
Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1Luis Pedro
 
Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1Luis Pedro
 
Referencial de competências Chave - Guia de operacionalização
Referencial de competências Chave - Guia de operacionalizaçãoReferencial de competências Chave - Guia de operacionalização
Referencial de competências Chave - Guia de operacionalizaçãoLuis Pedro
 
Referencial de competências chave EFA - Secundário
Referencial de competências chave EFA - SecundárioReferencial de competências chave EFA - Secundário
Referencial de competências chave EFA - SecundárioLuis Pedro
 
A. p . energias renováveis
A. p . energias renováveisA. p . energias renováveis
A. p . energias renováveisLuis Pedro
 
A. p. tecnologias
A. p. tecnologiasA. p. tecnologias
A. p. tecnologiasLuis Pedro
 
Massa volúmica
Massa volúmicaMassa volúmica
Massa volúmicaLuis Pedro
 

More from Luis Pedro (20)

Ficha 2 ng1 dr2
Ficha 2 ng1 dr2Ficha 2 ng1 dr2
Ficha 2 ng1 dr2
 
Ficha 3 ng1 dr2
Ficha 3 ng1 dr2Ficha 3 ng1 dr2
Ficha 3 ng1 dr2
 
Ficha de trabalho 3
Ficha de trabalho 3Ficha de trabalho 3
Ficha de trabalho 3
 
2 tabela periódica
2   tabela periódica2   tabela periódica
2 tabela periódica
 
1 evolucao modelos-atomicos
1   evolucao modelos-atomicos1   evolucao modelos-atomicos
1 evolucao modelos-atomicos
 
2 universo 7º
2   universo 7º2   universo 7º
2 universo 7º
 
Ficha 2 ng4 dr1
Ficha 2 ng4   dr1Ficha 2 ng4   dr1
Ficha 2 ng4 dr1
 
Ficha 1 ng4 dr1
Ficha 1 ng4   dr1Ficha 1 ng4   dr1
Ficha 1 ng4 dr1
 
Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1
 
Ficha 2 ng2 dr1
Ficha 2 ng2 dr1Ficha 2 ng2 dr1
Ficha 2 ng2 dr1
 
Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1
 
Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1Ficha 1 ng2 dr1
Ficha 1 ng2 dr1
 
STC
STCSTC
STC
 
Resumo STC
Resumo STCResumo STC
Resumo STC
 
Referencial de competências Chave - Guia de operacionalização
Referencial de competências Chave - Guia de operacionalizaçãoReferencial de competências Chave - Guia de operacionalização
Referencial de competências Chave - Guia de operacionalização
 
Referencial de competências chave EFA - Secundário
Referencial de competências chave EFA - SecundárioReferencial de competências chave EFA - Secundário
Referencial de competências chave EFA - Secundário
 
Universo
UniversoUniverso
Universo
 
A. p . energias renováveis
A. p . energias renováveisA. p . energias renováveis
A. p . energias renováveis
 
A. p. tecnologias
A. p. tecnologiasA. p. tecnologias
A. p. tecnologias
 
Massa volúmica
Massa volúmicaMassa volúmica
Massa volúmica
 

Recently uploaded

Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioDomingasMariaRomao
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 

Recently uploaded (20)

Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 

Evolução das Habitações

  • 1. Sociedade, Tecnologia e Ciência Agrupamento de Escolas de Alter do Chão Nome:____________________________________________ Data: ___/___/___ NG6: Urbanismo e Mobilidades NG6 – DR1 Tema: Construção e Arquitetura Domínio de Referência 1 – DR1 – Associar conceitos de construção e arquitetura à integração social e à melhoria do bem-estar individual Ficha de Trabalho A Evolução das Habitações As casas e demais formas de abrigo constituem as mais importantes criações da evolução técnica e intelectual, pois foram elas que tornaram a espécie humana mais adaptável, capaz de sobreviver desde o equador aos polos. Habitação é, desde tempos ancestrais, o abrigo usado pelo Homem para se proteger das ameaças do meio ambiente ou do seu semelhante. Definido como lugar em que se habita, o termo confunde-se, no uso corrente, com domicílio, residência, moradia, vivenda, casa, apartamento, etc. Segundo a Organização das Nações Unidas, trata-se do "meio ambiente material onde se deve desenvolver a família, considerada unidade básica da sociedade". Abrigos naturais A partir do Paleolítico Inferior, grutas e cavernas começaram a ser aproveitadas como habitações temporárias pelos hominídeos. O Homo Neanderthalensis fez uso mais frequente destes abrigos, durante as fases frias da glaciação, também ocupados pelo Homo Sapiens do Paleolítico Superior. Alguns grupos humanos contemporâneos conservam o hábito de escavar abrigos em paredes rochosas ou no próprio solo, sempre que sejam suficientemente porosos para não reterem a humidade, ofereçam pouca resistência aos instrumentos utilizados e, principalmente, apresentem tendência à clivagem vertical. Os abrigos naturais apresentavam, no entanto, vários inconvenientes: eram fixos, por vezes mal situados e húmidos, conjunto de circunstâncias negativas para um coletor ou caçador sempre em movimento. Como os próprios antropoides atuais fazem ninhos para dormir (chimpanzé, gorila), e o orangotango chega a cobrir ninho com uma cúpula de galhos ou ramos trançados, é se presumir que os australopitecíneos fizessem o mesmo, o que teria dado origem aos abrigos artificiais. Abrigos artificiais No sítio mesolítico de Campigny (cerca de 12000 a. C.), encontram-se os mais antigos tipos de habitações semissubterrâneas, com pilares de madeira em forma de forquilha que suportam troncos e barrotes colocados horizontalmente. O conjunto é coberto por paus roliços mais finos, e estes são recobertos com terra. No centro há um orifício por onde escapa o fumo. Habitações O conceito de casa tem uma existência mais recente e a sua configuração depende de fatores como os materiais disponíveis, as técnicas de construção dominadas por certo grupo e suas conceções planeamento e arquitetura, em função das atividades económicas, do género de vida dos padrões culturais.
  • 2. Sociedade, Tecnologia e Ciência Agrupamento de Escolas de Alter do Chão Habitação rural É na habitação rural que as influências geográficas se apresentam com maior nitidez, não só porque no campo as comunidades humanas têm contacto direto com a natureza, mas também por constituírem grupos menos equipados tecnicamente e mais presos à tradição. Além disso, a habitação rural é abrigo e também, muitas vezes, local de trabalho e de armazenamento de produtos, de tal forma que revela nitidamente as atividades e necessidades dos seus ocupantes. As mais simples utilizam material vegetal praticamente sem elaboração. São constituídas basicamente por um arcabouço de troncos e ramos de árvores entrelaçados e usualmente amarrados por fios, forrado ou não com barro, esteiras ou folhas. A cobertura é feita de palha, folhas de árvore ou, em áreas mais evoluídas, de telhas. Casa de pedra A pedra é um material oferecido pela natureza que já no Império Romano, no Egito e na Grécia antigos foi amplamente utilizado. A casa de pedra é um tipo de habitação que pode surgir onde quer que a formação geológica forneça materiais suscetíveis de aproveitamento, como o granito e o xisto. Embora exista em todos os continentes, o seu domínio específico é da área europeia que circunda o Mediterrâneo, em que constitui a residência rural típica e de onde aparentemente se difundiu para outras regiões. Casa de tijolo Proveniente de matéria-prima fornecida pela natureza, mas já resultante de certa elaboração, o tijolo nasceu nas regiões desérticas, onde, pela falta de madeira, é o elemento básico da construção de moradias. O tijolo seco ao sol, ou adobe, foi amplamente utilizado pelo Homem, mas a sua inconsistência tornou-o facilmente destrutível, especialmente sob a ação da chuva. Uma vez cozido, no entanto, passa a ter boa resistência. É, atualmente, um dos materiais mais difundidos e, com o ferro e o cimento, constitui a base da arquitetura dominante nos centros urbanos. Outros tipos de habitações Existem ainda tipos específicos de habitação, de domínio geográfico nitidamente demarcado. Entre eles destaca-se a tenda, habitação típica dos pastores nómadas do Velho Mundo e também utilizada pelos esquimós no verão, quando se tornam nómadas. No inverno, quando se sedentarizam, a sua habitação é o iglu, construído com blocos de gelo, que se mantém de pé somente na estação invernal e se dissolve na primavera. Adaptação às condições naturais Além da influência que o meio físico exerce sobre a habitação rural mediante o material de construção, a
  • 3. Sociedade, Tecnologia e Ciência Agrupamento de Escolas de Alter do Chão sua ação faz-se sentir em outros aspetos da moradia. Assim, nos climas tropicais procura-se protegê-la do calor por meio de varandas e pátios internos. Para enfrentar as chuvas, os telhados são amplos, projetados para além das paredes, em beirais. Nos climas secos e quentes, o pátio com poço central atende também ao abastecimento de água, enquanto a cobertura, tal como ocorre nas casas árabes, não precisando servir para o escoamento das águas, pode tornar-se plana, em forma de terraço. Nas regiões de inverno rigoroso, os telhados são pronunciadamente inclinados, para não acumularem neve. Janelas e portas têm tamanho reduzido, de modo a evitar perda de calor, e, como regra, a lareira domina o conjunto arquitetónico e a sala principal da habitação. A influência das condições naturais é sentida também em territórios frequentemente atingidos por terramotos, como o Japão, nos quais se adotam casas leves e flexíveis, feitas com armações de madeira e papel. Casa urbana Graças à utilização de técnicas avançadas, a habitação urbana tornou-se relativamente independente das condições físicas locais. Nas grandes construções imperam o ferro e o cimento, o que leva ao surgimento de novas conceções arquitetónicas, enquanto técnicas de refrigeração e calafetação de ambientes tornam a casa urbana imune aos efeitos climáticos. Embora não dependa tanto das condições naturais, a casa urbana, no entanto, torna mais evidentes as diferenças sociais. O equipamento técnico fica claramente documentado nas formas e estilos arquitetónicos. Os padrões de vida, muito mais diferenciados, criam profundos contrastes, com habitações de luxo edificadas muitas vezes perto de paupérrimas habitações coletivas, como os bairros sociais. A habitação urbana muda de acordo com o gosto de cada época, sem chegar a criar um estilo próprio. Nas cidades europeias, entre moradias de linhas modernas de estilo indefinido, veem-se construções de rara beleza, ou habitações que respeitaram certo estilo tradicional. Nas cidades de tipo americano, no entanto, o individualismo leva à convivência de diversos estilos dentro de uma mesma cidade ou bairro, ou a produção em série inviabiliza toda originalidade. Uma característica específica da vida urbana, a falta de espaço, afeta a moradia urbana na sua conceção e aspeto. Às vezes, comprimem-se umas contra as outras, em fachadas estreitas e em vários andares, como é comum nos Países Baixos e na Itália. Outras vezes, grandes prédios são subdivididos em várias moradias, com o aproveitamento dos sótãos e águas-furtadas, como é comum em Paris. Outras vezes ainda, as habitações acumulam-se em grandes edifícios, os arranha-céus, característicos dos centros comerciais e bancários das cidades americanas, que se tornaram a marca das grandes metrópoles de todo o mundo no século XX. Proposta de trabalho: Elabore um texto que contenha a informação facultada na ficha. Pode incluir algumas informações/imagens adicionais que considere pertinentes.