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REVOLUÇÃO INGLESA – HOBBES
E LOCKE
Sit. De Ap. 06
Habilidade: Reconhecer nas obras de Thomas Hobbes e John Locke as
posições distintas que ambos possuíam em relação à queda do poder
absolutista inglês.
Justificativa
• O estudo da Revolução Inglesa serve como introdução ao tema do
Iluminismo e das Revoluções Burguesas do século XVIII.
O Parlamentarismo e a subordinação do rei na atualidade são
heranças deste processo. Enfatize as transformações geradas pela
revolução na estrutura do Antigo Regime, assim como a importância
das conquistas da burguesia.
• Dois grandes pensadores políticos do ocidente viveram de perto os
acontecimentos da Revolução Inglesa, que se estendeu de 1640
até 1689. As transformações ocorridas na Inglaterra do século XVII
são evidentes nas obras de Thomas Hobbes e John Locke. Os dois
adotaram posições diferentes em relação à queda do poder
absolutista inglês e suas teorias políticas influenciaram diversas
discussões posteriores.
Thomas Hobbes
John Locke
Posicionamento destes dois autores com a
Revolução Inglesa, cada qual com suas influências e
contextos políticos diversos
• OBS: apesar de ambos escreverem na Inglaterra e da proximidade
temporal entre os textos – apenas 40 anos os separam –, há um
direcionamento político completamente diverso entre os autores.
Thomas Hobbes (15881679)
• Saiu da Inglaterra durante a guerra Civil travada entre os Cavaleiros e
os Cabeças Redondas, foi professor do filho de Carlos I na França e
tornou se próximo da corte dos Stuart. Durante o seu exílio na França,
escreveu Leviatã, uma de suas principais obras políticas, e, quando
o poder dos Stuart foi restaurado, já vivia na Inglaterra.
Curiosamente, algumas de suas obras foram censuradas por seu
antigo aluno, o rei da época, Carlos II.
John Locke
• Nasceu em 1632 e seus pais participaram da guerra Civil lutando
pelas tropas do parlamento. Quando Hobbes escreveu Leviatã, Locke
tinha aproximadamente 18 anos e ainda era um estudante.
Viajou bastante pela Europa durante a República de Cromwell e os
reinados de Carlos II e Jaime II, o que fez que suas críticas ao
Absolutismo tornarem-se muito evidentes em seus textos. Retornou à
Inglaterra após a Revolução gloriosa e era muito próximo de
guilherme de Orange, que assumiu o trono após a deposição de Jaime
II.
O poder político
• O texto de Hobbes defendia o poder absoluto do soberano pela força
e o Estado como sendo essencial para manter a paz entre os seres
humanos. Hobbes apresentava o poder político como o poder de um
pai sobre o filho, que o subjuga por poder destruí-lo. Há uma
justificativa pragmática e racional da existência do Estado, trata-se
de adquirir o poder por meio da “força natural” de um pai sobre um
filho, por exemplo, ou por meio da guerra.
• A importância do pensamento político para justificar o poder dos reis
absolutistas e, no caso de Hobbes, do papel do rei como mediador
dos conflitos entre os seres humanos, que nascem das propriedades
específicas da natureza humana. O pensamento de Hobbes está
vinculado ao Antigo Regime, que no século XVII foi alvo de críticas e
enfrentamentos na Inglaterra.
Analogias? (semelhanças)
• John Locke não concordava com a analogia de Thomas Hobbes entre o
poder do magistrado (soberano) e o poder de um
pai. Ele diferenciava o poder do Magistrado do poder de um pai sobre um
filho, de um mestre sobre seu servo e de um senhor sobre seu escravo.
Pensamento burguês de Locke:
- a preocupação com a proteção da propriedade.
Papel da comunidade para Locke:
- a comunidade deve ser utilizada para a legitimação das leis e na defesa do
Estado de invasões estrangeiras, em nome do “bem comum”.
Diferenças entre os momentos históricos em
que Hobbes e Locke escreveram seus textos
Hobbes escreveu seu texto durante a queda da monarquia
dos Stuart e a ascensão de um regime republicano ditatorial, no qual a
Inglaterra não foi governada por um soberano legitimado pela
continuidade sanguínea de poder. Já Locke escreveu seu texto na
ascensão de uma nova dinastia monárquica, que substituía os Stuart, e
de um novo período político marcado pela soberania do Parlamento,
assegurada pela “Declaração de Direitos” de 1689.
“O mundo de cabeça para baixo”
• No caderno do aluno, entraremos em contato com a expressão de Willian Dell escrita
durante a Revolução Inglesa : “Oh, são esses os homens que gostariam de virar o mundo
de cabeça para baixo, que enchem a nação de tumulto e alvoroço, que geram toda a
perturbação da Igreja e do Estado. É adequado que tais homens sejam eliminados, nunca
possuiremos um mundo tranquilo até alguma atitude ser tomada em relação a eles,
assim teremos verdade e paz novamente.” DELL, William.
O “mundo de cabeça para baixo” ficou conhecida como o título de uma obra do
historiador Christopher Hill (19122003) sobre o assunto. Podemos relacionar a expressão
de William Dell (c. 16071669) e as transformações provocadas pela Revolução Inglesa
(16401689) a partir de vários indícios de que a revolução virou “o mundo de
cabeça para baixo”, entre eles a derrubada da monarquia, a instituição de um poder
republicano e a ascensão do poder do parlamento acima do poder monárquico
assegurado pela Declaração de Direitos de 1689.
• A Revolução gloriosa selou um compromisso entre a burguesia e a nobreza
proprietária de terras, fortaleceu o parlamento e criou condições favoráveis
ao desenvolvimento econômico inglês e à instauração do capitalismo
industrial na Inglaterra. A Revolução Inglesa, portanto, contribuiu para
fazer da Inglaterra a maior potência econômica da época, pois marcou a
ascensão econômica da Inglaterra em virtude das medidas de incentivo ao
comércio, como os “Atos de Navegação”, de 1651; pelos conflitos contra
potências comerciais e navais da época, como a Holanda; e, de maneira
geral, pelo favorecimento ao crescimento da burguesia, que passou a se
manifestar, politicamente, no sistema parlamentar, subjugando os poderes
dos reis absolutistas.
Henrique VIII
• Com a criação da Igreja Anglicana por Henrique VIII no século XVI, os
conflitos religiosos influenciaram profundamente o andamento da política
inglesa. Católicos, calvinistas e anglicanos travaram diversos embates
religiosos e políticos, o trono foi ocupado por reis ora católicos, ora
protestantes, alimentando situações que reconfiguravam o quadro de
perseguidos e perseguidores. A Revolução Gloriosa aconteceu com o
intuito de afastar Jaime II (católico e absolutista) do trono e coroar
Guilherme de Orange (protestante e favorável ao poder do parlamento). A
situação se agravou com as unificações políticas dos reinos da Inglaterra,
da Escócia e da Irlanda (marcadamente católicos) durante o processo
revolucionário.
Conflitos
• A deposição de Jaime II por Guilherme de Orange é utilizada,
atualmente, como pretexto para uma provocação constante na
Irlanda do Norte. Todo ano, no dia 11 de julho, jovens recolhem uma
grande quantidade de madeiras e montam enormes fogueiras que
são acesas durante a madrugada. Além desta provocação, outra
evidência histórica dos conflitos entre católicos e protestantes no
Reino Unido, pode-se citar, a atuação do IRA (Exército Republicano
Irlandês) como exemplo dos conflitos entre protestantes e católicos.
Algumas conclusões
• No século XVII, a Inglaterra conheceu convulsões revolucionárias que
culminaram com a execução de um rei (1649) e a deposição de outro
(1688). Apesar de as transformações significativas terem se verificado
na primeira fase, sob o governo de Oliver Cromwell, foi o período final
que ficou conhecido como “Revolução gloriosa”.
• A execução de Carlos I, na década de 1640, marcou a ascensão dos
grupos liberais ao poder por um breve período republicano. No caso
da “Revolução Gloriosa”, o fortalecimento se deu pela deposição de
Jaime II e pela ascensão perene do parlamento ao poder.
• Mais que a violência da década de 1640, com suas execuções, a
tradição liberal inglesa desejou celebrar a nova monarquia
parlamentar consolidada em 1688.
• Podemos afirmar que a relação entre a ruptura ocorrida após a
Revolução Inglesa do século XVII e a ascensão do Imperialismo e da
indústria na Inglaterra, nos séculos XVIII e XIX, se dá pelo
fortalecimento das conquistas burguesas que expandiram as
estruturas capitalistas no Reino inglês.

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Revolução Inglesa e Hobbes vs Locke

  • 1. REVOLUÇÃO INGLESA – HOBBES E LOCKE Sit. De Ap. 06 Habilidade: Reconhecer nas obras de Thomas Hobbes e John Locke as posições distintas que ambos possuíam em relação à queda do poder absolutista inglês.
  • 2. Justificativa • O estudo da Revolução Inglesa serve como introdução ao tema do Iluminismo e das Revoluções Burguesas do século XVIII. O Parlamentarismo e a subordinação do rei na atualidade são heranças deste processo. Enfatize as transformações geradas pela revolução na estrutura do Antigo Regime, assim como a importância das conquistas da burguesia.
  • 3. • Dois grandes pensadores políticos do ocidente viveram de perto os acontecimentos da Revolução Inglesa, que se estendeu de 1640 até 1689. As transformações ocorridas na Inglaterra do século XVII são evidentes nas obras de Thomas Hobbes e John Locke. Os dois adotaram posições diferentes em relação à queda do poder absolutista inglês e suas teorias políticas influenciaram diversas discussões posteriores. Thomas Hobbes John Locke
  • 4. Posicionamento destes dois autores com a Revolução Inglesa, cada qual com suas influências e contextos políticos diversos • OBS: apesar de ambos escreverem na Inglaterra e da proximidade temporal entre os textos – apenas 40 anos os separam –, há um direcionamento político completamente diverso entre os autores.
  • 5. Thomas Hobbes (15881679) • Saiu da Inglaterra durante a guerra Civil travada entre os Cavaleiros e os Cabeças Redondas, foi professor do filho de Carlos I na França e tornou se próximo da corte dos Stuart. Durante o seu exílio na França, escreveu Leviatã, uma de suas principais obras políticas, e, quando o poder dos Stuart foi restaurado, já vivia na Inglaterra. Curiosamente, algumas de suas obras foram censuradas por seu antigo aluno, o rei da época, Carlos II.
  • 6. John Locke • Nasceu em 1632 e seus pais participaram da guerra Civil lutando pelas tropas do parlamento. Quando Hobbes escreveu Leviatã, Locke tinha aproximadamente 18 anos e ainda era um estudante. Viajou bastante pela Europa durante a República de Cromwell e os reinados de Carlos II e Jaime II, o que fez que suas críticas ao Absolutismo tornarem-se muito evidentes em seus textos. Retornou à Inglaterra após a Revolução gloriosa e era muito próximo de guilherme de Orange, que assumiu o trono após a deposição de Jaime II.
  • 7. O poder político • O texto de Hobbes defendia o poder absoluto do soberano pela força e o Estado como sendo essencial para manter a paz entre os seres humanos. Hobbes apresentava o poder político como o poder de um pai sobre o filho, que o subjuga por poder destruí-lo. Há uma justificativa pragmática e racional da existência do Estado, trata-se de adquirir o poder por meio da “força natural” de um pai sobre um filho, por exemplo, ou por meio da guerra.
  • 8. • A importância do pensamento político para justificar o poder dos reis absolutistas e, no caso de Hobbes, do papel do rei como mediador dos conflitos entre os seres humanos, que nascem das propriedades específicas da natureza humana. O pensamento de Hobbes está vinculado ao Antigo Regime, que no século XVII foi alvo de críticas e enfrentamentos na Inglaterra.
  • 9. Analogias? (semelhanças) • John Locke não concordava com a analogia de Thomas Hobbes entre o poder do magistrado (soberano) e o poder de um pai. Ele diferenciava o poder do Magistrado do poder de um pai sobre um filho, de um mestre sobre seu servo e de um senhor sobre seu escravo. Pensamento burguês de Locke: - a preocupação com a proteção da propriedade. Papel da comunidade para Locke: - a comunidade deve ser utilizada para a legitimação das leis e na defesa do Estado de invasões estrangeiras, em nome do “bem comum”.
  • 10. Diferenças entre os momentos históricos em que Hobbes e Locke escreveram seus textos Hobbes escreveu seu texto durante a queda da monarquia dos Stuart e a ascensão de um regime republicano ditatorial, no qual a Inglaterra não foi governada por um soberano legitimado pela continuidade sanguínea de poder. Já Locke escreveu seu texto na ascensão de uma nova dinastia monárquica, que substituía os Stuart, e de um novo período político marcado pela soberania do Parlamento, assegurada pela “Declaração de Direitos” de 1689.
  • 11. “O mundo de cabeça para baixo” • No caderno do aluno, entraremos em contato com a expressão de Willian Dell escrita durante a Revolução Inglesa : “Oh, são esses os homens que gostariam de virar o mundo de cabeça para baixo, que enchem a nação de tumulto e alvoroço, que geram toda a perturbação da Igreja e do Estado. É adequado que tais homens sejam eliminados, nunca possuiremos um mundo tranquilo até alguma atitude ser tomada em relação a eles, assim teremos verdade e paz novamente.” DELL, William. O “mundo de cabeça para baixo” ficou conhecida como o título de uma obra do historiador Christopher Hill (19122003) sobre o assunto. Podemos relacionar a expressão de William Dell (c. 16071669) e as transformações provocadas pela Revolução Inglesa (16401689) a partir de vários indícios de que a revolução virou “o mundo de cabeça para baixo”, entre eles a derrubada da monarquia, a instituição de um poder republicano e a ascensão do poder do parlamento acima do poder monárquico assegurado pela Declaração de Direitos de 1689.
  • 12. • A Revolução gloriosa selou um compromisso entre a burguesia e a nobreza proprietária de terras, fortaleceu o parlamento e criou condições favoráveis ao desenvolvimento econômico inglês e à instauração do capitalismo industrial na Inglaterra. A Revolução Inglesa, portanto, contribuiu para fazer da Inglaterra a maior potência econômica da época, pois marcou a ascensão econômica da Inglaterra em virtude das medidas de incentivo ao comércio, como os “Atos de Navegação”, de 1651; pelos conflitos contra potências comerciais e navais da época, como a Holanda; e, de maneira geral, pelo favorecimento ao crescimento da burguesia, que passou a se manifestar, politicamente, no sistema parlamentar, subjugando os poderes dos reis absolutistas.
  • 13. Henrique VIII • Com a criação da Igreja Anglicana por Henrique VIII no século XVI, os conflitos religiosos influenciaram profundamente o andamento da política inglesa. Católicos, calvinistas e anglicanos travaram diversos embates religiosos e políticos, o trono foi ocupado por reis ora católicos, ora protestantes, alimentando situações que reconfiguravam o quadro de perseguidos e perseguidores. A Revolução Gloriosa aconteceu com o intuito de afastar Jaime II (católico e absolutista) do trono e coroar Guilherme de Orange (protestante e favorável ao poder do parlamento). A situação se agravou com as unificações políticas dos reinos da Inglaterra, da Escócia e da Irlanda (marcadamente católicos) durante o processo revolucionário.
  • 14. Conflitos • A deposição de Jaime II por Guilherme de Orange é utilizada, atualmente, como pretexto para uma provocação constante na Irlanda do Norte. Todo ano, no dia 11 de julho, jovens recolhem uma grande quantidade de madeiras e montam enormes fogueiras que são acesas durante a madrugada. Além desta provocação, outra evidência histórica dos conflitos entre católicos e protestantes no Reino Unido, pode-se citar, a atuação do IRA (Exército Republicano Irlandês) como exemplo dos conflitos entre protestantes e católicos.
  • 15. Algumas conclusões • No século XVII, a Inglaterra conheceu convulsões revolucionárias que culminaram com a execução de um rei (1649) e a deposição de outro (1688). Apesar de as transformações significativas terem se verificado na primeira fase, sob o governo de Oliver Cromwell, foi o período final que ficou conhecido como “Revolução gloriosa”. • A execução de Carlos I, na década de 1640, marcou a ascensão dos grupos liberais ao poder por um breve período republicano. No caso da “Revolução Gloriosa”, o fortalecimento se deu pela deposição de Jaime II e pela ascensão perene do parlamento ao poder. • Mais que a violência da década de 1640, com suas execuções, a tradição liberal inglesa desejou celebrar a nova monarquia parlamentar consolidada em 1688.
  • 16. • Podemos afirmar que a relação entre a ruptura ocorrida após a Revolução Inglesa do século XVII e a ascensão do Imperialismo e da indústria na Inglaterra, nos séculos XVIII e XIX, se dá pelo fortalecimento das conquistas burguesas que expandiram as estruturas capitalistas no Reino inglês.